5. A Identidade Cultural é um conceito das áreas da
sociologia e antropologia, que indica a cultura em
que o indivíduo está inserido. Ou seja, a que ele
compartilha com outros membros do grupo, seja
tradições, crenças, preferências, dentre outros.
Além disso, determinados fatores de identidade são
decisivos para que um grupo faça parte de tal
cultura, por exemplo, a história, o local, a raça, a
etnia, o idioma e a crença religiosa.
7. A falta do convívio
social impacta na
nossa saúde
mental
10. • Unidade temática: As pessoas e os grupos que compõem a
cidade e o Município
• Objeto (s) de conhecimento: O “Eu”, o “Outro” e os
diferentes grupos sociais e étnicos que compõem a cidade e os
municípios: os desafios sociais, culturais e ambientais do lugar onde
vive
11. Perfil do Egresso: Ser capaz de reconhecer, promover
e investigar a diversidade cultural envolvendo os
aspectos linguísticos-sociais, posicionando-se, através
das mais diversas formas de expressão (verbal, corporal
e artística), na sua prática social de maneira crítica,
engajada, ética e solidária.
12. • Habilidade(s) da BNCC:
• (EM01HI03) Identificar e comparar pontos de vista em relação a
eventos significativos do local em que vive, aspectos relacionados
a condições sociais e à presença de diferentes grupos sociais e
culturais, com especial destaque para as culturas africanas,
indígenas e de imigrantes
• Investigação Científica - (EMIF01PE) Investigar e analisar
situações problemas envolvendo temas, variáveis e processos
que estão relacionados às diversas áreas de conhecimento,
considerando as informações disponíveis em diferentes mídias.
13. (EM13LP34PE) Produzir textos para a divulgação de
conhecimentos e de resultados de pesquisas, considerando o
contexto de produção, o gênero de divulgação científica
escolhido, de forma a engajar-se em processos significativos de
socialização.
Processos Criativos - (EMIF04PE) Propor e testar soluções
éticas, estéticas, criativas e inovadoras para problemas reais,
considerando a aplicação dos conhecimentos das áreas e o uso
das tecnologias digitais, de modo a desenvolver novas
abordagens e estratégias para enfrentar novas situações.
14. Sobre o alcance das habilidades
Observar se os estudantes: apreendem os conceitos
abordados; discutem as problemáticas futuras existentes
entre os aspectos estudados; avaliam criticamente as
questões que envolvem este conteúdo; conseguem
identificar sua responsabilidade, da sociedade e do Estado
nessa questão
15. Ementa
Estudos/leituras de textos de diferentes gêneros/mídias com
o objetivo de compreensão/aprofundamento de conceitos,
significados, contextos históricos culturais e suas articulações com
a realidade dos jovens.
Estudo das temáticas de juventude, valores, cidadania e
pluralidade, cultura.
Desenvolvimento de projetos autorais e coletivos, tais como
campanhas publicitárias, criação de podcasts, aplicativos, vídeos,
jogos e programas culturais voltados para a construção de
soluções inovadoras para o enfrentamento de problemas
17. Objetivos Gerais:
• Realizar um trabalho onde , através da vivência de situações, movimentação e
manipulação de objetos, possam aprender a internalizar conceitos e modificar
comportamentos, além de adquirir, os conceitos de culinária e a utilização
correta dos alimentos;
• Estimular a partilha, o diálogo, o companheirismo, o cuidado com os alimentos,
bem como o prazer de cozinhar, a criatividade e o aproveitamento dos restos e
cascas de alimentos, como uma atividade ecológica;
18. • Estimular a capacidade de concentração e coordenação,
favorecendo a socialização, a criatividade e a descoberta dos
alimentos;
• Oportunizar a construção de conceitos e o desenvolvimento
de habilidades vinculadas à compreensão e ao conhecimento
da realidade;
• Envolver conteúdo das diversas áreas do conhecimento,
numa perspectiva de integração, uma vez que a cozinha
permite tal coisa;
19. 1. Este plano está previsto para ser realizado em aulas de 50
minutos. Serão abordados aspectos que fazem parte do
trabalho com as habilidade do novo ensino médio, que
consta na BNCC do currículo de Pernambuco.
1. Como a habilidade deve ser desenvolvida ao longo de
todo o ano, você observará que ela não será contemplada
em sua totalidade aqui e que as propostas podem ter
continuidade em aulas subsequentes.
20. Foco pedagógico
• Diagnóstico da realidade sobre a qual se pretende atuar, incluindo a busca de dados
oficiais e a escuta da comunidade local sobre questões históricas e socioculturais
vinculadas às culturas de matrizes africanas e dos povos indígenas presentes nas
produções culturais através de leitura, interpretação de textos, pesquisas, exposição de
conteúdos e seminários.
• Ampliação de conhecimentos sobre as produções e práticas culturais, literárias,
linguísticas, corporais, artísticas e religiosas de matriz africana e dos povos indígenas,
selecionando e mobilizando estes conhecimentos através de rodas de diálogos, mostras
culturais, oficinas, pesquisa de campo, entre outras que problematizam as relações
culturais étnico-raciais, grupos de idade e gerações, gêneros, organização social,
parentesco e a família.
21. • Superação de situações de estranheza, resistência, conflitos
interculturais, dentre outros possíveis obstáculos fazendo a (re)leitura de
linguagens (verbal, não-verbal, corporal e/ou artística) de matriz africana e dos povos
indígenas, através de leituras coletivas, pesquisas em grupos e elaboração de mostras
culturais.
• Planejamento, execução e avaliação de uma ação social e/ou ambiental
que responda de maneira efetiva, ética e consciente a valorização e
resgate histórico, da cultura, da territorialidade de modo a fortalecer as pautas
relevantes aos povos indígenas e de matrizes africanas. Desenvolvimento de ações
que deem visibilidade às questões étnico raciais com o apoio das comunidades
quilombolas e indígenas, considerando as particularidades e as reais necessidades dos
estudantes destas comunidades.
22. • Apresentação e difusão de uma ação, tais como obras e espetáculos
artísticos e culturais, entre outros produtos analógicos e digitais, que
demonstrem para outros colegas da comunidade escolar que a pluralidade de
saberes e culturas deve ser ferramenta para o combate a toda e qualquer
forma de ampliar o repertório/domínio pessoal sobre o funcionamento e os
recursos da(s) língua(s) ou da(s) linguagem(ns), fortalecendo o convívio
democrático e respeitoso com a diversidade cultural e promovendo uma
consciência de justiça e igualdade social.
23. A culinária promove à sociabilidade, a
integração, a cooperação e favorece a
autoestima , que se sente útil, ao exibir e
servir o resultado de seu trabalho. Durante
a execução de uma receita, é possível
trabalhar temas relacionados a diversas
áreas do conhecimento, basta usar a
criatividade.
25. A interação social entre os seres humanos fez surgir as
diversas culturas, ou seja, o conjunto de costumes e
tradições de um povo os quais são transmitidas de
geração em geração.
O sentimento de pertencimento surge então, a partir das
experiências que os seres humanos desenvolvem durante
sua vida social, no entanto, e como já foi mencionado
acima, o local e a história de tais civilizações são
essenciais para compreender esse conceito.
26. Manifestações Culturais do Nordeste.
As manifestações culturais que mais se
destacam na região nordeste do Brasil são:
festas juninas, Reisado, poesia popular,
artesanato, capoeira, frevo, culinária e muitas
manifestações religiosas cristãs e afro-
brasileiras.
27. A estrutura social era, basicamente,
formada pelos senhores de engenho (os
proprietários dos latifúndios), sua família e
os trabalhadores, alguns assalariados, mas a
maioria escravos. O plantio da cana-de-
açúcar foi a primeira atividade econômica
após o processo de colonização do
Nordeste.
28. A trilha Diversidade Cultural e Territórios
mobiliza conceitos como democracia,
cidadania, diversidade, protagonismo e
ética.
Conceitos esses que se articulam para
construção da identidade do
estudante sob a ótica da cultura e da
territorialidade.
29. Dessa forma, compreende-se que a democracia
garante o exercício da cidadania, promove o respeito
à diversidade cultural e linguística, fomenta o
protagonismo e a ética.
Esses últimos integram ações propostas por um
estudante que, ciente de sua identidade, intervenha na
realidade, visando a mudança da sua história e da
coletividade
30. Conhecimentos em ação, com significado para a
vida, expressas em práticas cognitivas, profissionais e
socioemocionais, atitudes e valores continuamente
mobilizados, articulados e integrados para resolver
demandas complexas da vida cotidiana, do exercício da
cidadania e da atuação no mundo do trabalho.
(DCNEM, 2018, p. 03)
32. Comunidade; conjunto de seres que
constituem o corpo coletivo,
partilhando os mesmos hábitos,
costumes e interesses: as
coletividades não procedem como os
indivíduos.
33. A culinária brasileira se
originou de uma mistura de
heranças e tradições culturais de
diferentes povos, indígenas,
africanos e europeus. Por isso,
ela é tão diversificada e saborosa.
37. Cada estado brasileiro possui
seus pratos típicos que são
preparados a partir das
tradições que são repassadas
de geração a geração.
39. Já aconteceu de você sentir o cheiro ou
saborear um delicioso prato e surgir
lembranças afetivas? Existem sabores que nos
fazem recordar do tempero da vovó, do
divertido aniversário de um amigo da infância,
de um momento romântico e entre outros
diversos. Muitos não sabem que essa
sensação recebe o nome de comida
afetiva.
41. Comida afetiva ou gastronomia afeita é uma
vertente da gastronomia que tem como objetivo
levar a boas memórias, até mesmo da infância, por
meio de receitas simples e saborosas que passam
longe da sofisticação de restaurantes renomados.
É o ato de experimentar um prato e associá-lo, de
imediato, a uma memória.
42. Uma das bases da gastronomia afetiva é a cozinha
caseira, que em geral traz lembranças familiares.
São marcadas por receitas tradicionais como, por
exemplo, aquele mingau de milho ou a
macarronada de domingo. A comida afetiva não é
marcado por um prato específico, ou seja, a
culinária pode ser qualquer receita capaz de
remeter a um momento especial da vida.
44. • Bolinho de chuva;
• Bolo de milho;
• Mingau de tapioca;
• Biscoito de polvilho;
• Arroz doce;
• Bolo de fubá;
• Pão de queijo;
• Frango assado com batata;
• Sopa de legumes com macarrão.
• Etc
45. Além de ser importante para a nossa
alimentação, a comida envolve um ritual.
Muitas pessoas consideram o ato de se
alimentar sagrado. Sentar à mesa com a
família significa um momento de
comunhão e de fortalecimento dos laços
afetivos.
46. Muitas pessoas, principalmente as que residem no
interior, ainda mantêm o hábito de retirar o
chapéu na hora de se alimentar e colocar a camisa.
Estas ações simbolizam o respeito a esse momento.
• Dessa forma, notamos a importância de
valorizar a culinária do nosso povo, pois
ela faz parte do cotidiano de todos os
brasileiros
48. PLANO DE AULA – CULINÁRIA
TRADICIONAL BRASILEIRA
Professor:
49. TEMA: A culinária tradicional brasileira
DURAÇÃO: 3 aulas de 50 minutos cada.
OBJETIVOS:
Mostrar a importância do ato de se alimentar;
Valorizar a comida;
Explicar o que são pratos típicos;
Evidenciar que cada região do país possui seu prato típico;
Promover o respeito às tradições culinárias de todas as regiões;
Desenvolver a memória, linguagem, escrita e criatividade.
50. RECURSOS DIDÁTICOS:
Quadro ou lousa;
Giz ou pincel;
Imagens;
Para reproduzir as imagens: projetor de vídeo,
notebook, TV, computador;
Folha branca;
Lápis de colorir e de escrever.
52. DESENVOLVIMENTO:
Sugestão Aula 1
• Inicie a aula dizendo à turma qual é sua comida preferida. Neste momento,
seria importante você citar um prato brasileiro. Em seguida, escreva no
quadro os ingredientes e o modo de preparo do prato, de forma bastante
breve e objetiva.
• Feito isso, pergunte aos estudantes qual é o prato preferido deles. Deixe os
estudantes que souberem os ingredientes e o modo de preparo dos seus
pratos preferidos narrarem, assim, estarão exercitando a memória.
• É provável que muitos citem pratos brasileiros. Os que citarem comida
japonesa, por exemplo, peça para que eles digam algum prato típico do
nosso país.
53. • Caso nenhum estudante cite pratos estrangeiros, faça a
seguinte pergunta: “Vocês sabiam que todos os pratos que
vocês citaram são típicos do nosso país?”. Explique o
significado da palavra “típico”.
• Em seguida, fale brevemente sobre a história da culinária
tradicional brasileira, como ela foi construída. Quando
você for narrar a história da culinária do nosso país,
saliente que cada região possui seu prato típico específico.
54. • Nesse momento, seria interessante você pegar um mapa
do Brasil e mostrar à turma o quanto nosso país é grande,
por isso, nem todas as regiões possuem o hábito de
comer as mesmas coisas.
• Feito isso, selecione algumas imagens de pratos típicos da
culinária de cada região e reproduza para a turma.
Selecionamos algumas:
62. • No momento em que estiver reproduzindo as
imagens, conte a história da construção de
cada prato. Pergunte à turma se alguém já
comeu algum destes pratos.
• Em seguida, repasse as imagens novamente e
solicite que eles escrevam no caderno os
ingredientes que eles conseguiram identificar.
65. AULA 2 Orientações: Organize a turma em círculo
1- Pergunte sobre as comidas que aparecem nas imagens.
Vocês já comeram?
Qual dos alimentos comeram?
Gostaram do sabor?
2 - Explique que são alimentos muito apreciados em uma região brasileira, a
região nordeste. Mas que também são consumidos em outros cantos do
Brasil.
3 - Faça outros questionamentos:
Você sabe a origem desses alimentos?
Qual a importância deles para as pessoas da região onde são mais
consumidos?
Será que sempre foram preparados dessa forma?
Os alimentos podem fazer parte da história de grupos e comunidades?
66. 4 - Converse rapidamente com o grupo, a fim de que eles
compreendam que há como saber da cultura de um povo
por meio dos alimentos. As comunidades herdam hábitos
alimentares de seus antepassados e transmitem a forma
como preparam seus alimentos, por exemplo, para as
gerações futuras. Transmitem também a forma de cultivo, as
receitas, o modo de conservação.
É por meio da memória que a forma de preparo de muitos
pratos foi passada de geração em geração, conservando
assim as histórias e tradições de famílias e comunidades de
Araripina / Rancharia
68. AULA 3 Questione o grupo sobre a origem da mandioca.
1. Na cultura dos não indígenas essa é uma história
conhecida?
2. Qual significado você acha que ela tem para os povos
indígenas?
3. O alimento (mandioca) parece algo valioso para os
indígenas? Por quê?
4. Como essas histórias chegaram às mais diferentes
comunidades, inclusive os não indígenas?
5. Oriente as respostas e faça intervenções de modo a
valorizar a tradição oral dos indígenas. Neste momento é
importante valorizar as narrativas míticas, pois essa é
uma forma das comunidades indígenas manifestarem
69. 1. Valorize o modo como essa tradição oral marca parte
importante da cultura indígena. Instigue o grupo a
conhecer outras lendas e mitos, veja nas sugestões e
material complementar. Pode ser que os alunos
questionem se mito é realmente verdadeiro. Nesse
momento esclareça que essas narrativas são
consideradas verdades, de acordo com a crença de
cada povo. Elas são construídas baseadas em suas
tradições.
- Questione o grupo:
1. A mandioca é apreciada em muitos lugares?
2. O que pode ser feito com ela?
3. Com a narrativa indígena é possível saber da sua
70. Deixe que os alunos levantem hipóteses.
É provável que conheçam outras histórias e relacionem
o cultivo da mandioca aos indígenas.
1 - Ainda em círculo, os alunos farão a leitura de textos
(a critério do professor ) que mostra a influência
indígena na culinária nordestina, com foco a culinária na
Pernambucana.
71. A partir da leitura, é preciso orientar o grupo para
que entendam como os povos de etnias diferentes se
unem por meio da manutenção de costumes comuns,
como pratos da culinária regional, por exemplo. É
importante ressaltar como esses alimentos são
modificados pelas comunidades locais, e seu uso continua
sendo valorizado e reconhecido como herança indígena.
É interessante ressaltar com os alunos que pratos
derivados da mandioca, na atualidade, são apreciados em
todo o Brasil.
72. No Pernambuco, além da forte influência indígena, eles também somaram
à sua culinária a forte influência africana.
Após as discussões, questione o grupo:
? Com base nos textos lidos, podemos afirmar que os hábitos alimentares
das populações do Pernambuco sofreram influência indígena? Como?
? Como foi a troca cultural entre a população indígena e não indígena do
Pernambuco?
? Como os Pernambucanos passaram a usar alimentos de origem indígena?
Houve variações na forma de usar tal alimento?
73. ATIVIDADE EM GRUPO
• Ao final das discussões, entregue uma folha a4 para cada dupla
de alunos. Em círculos, eles viram-se uns para os outros,
formando duplas, e recebem o desafio da produção de uma
história em quadrinhos que conte a história da mandioca no
Brasil.
• Devem explicar, por meio de uma tirinha, a origem do
alimento e como ele é consumido ainda hoje, sobretudo na
cultura do Pernambuco
75. Aula
• Para esta aula, selecione outras imagens de pratos
típicos específicos da sua região e siga a mesma
metodologia, conte a história dos mesmos.
• Em seguida, proponha à turma que eles criem seus
próprios pratos. Esta atividade deve conter os
ingredientes, modo de preparo e um desenho do prato
finalizado. Não se esqueçam de nomear os pratos!
76. DEBATE :Solicite que eles escrevam no
caderno e leia para os colegas a comida
afetiva da sua família, quais familiares comem
e fazem essa comida e se eles conhecem os
os ingredientes e conseguiriam identificar a
historia dos mesmos.
77. • PESQUISA:
Montar um questionário sobre
comidas afetivas com os
familiares de primeiro grau
78. Durante a execução de uma receita, é possível
trabalhar temas relacionados a diversas áreas do
conhecimento, basta usar a criatividade. Temas como
alimentação e saúde, por exemplo, podem ser
explorados na classificação dos alimentos e na análise da
transformação dos ingredientes durante os processos
químicos culinários. O aprendiz de cozinheiro passa a
reconhecer características e propriedades nutritivas e a
importância de uma alimentação saudável e balanceada.
80. O projeto também envolve
docentes, familiares e chefs
profissionais que visitam a escola
à convite da professora (o).
Palestras e mesas redondas
81. Para o projeto dar certo é essencial a
disponibilidade do tempo, , o
entrosamento entre os professores e,
principalmente, o interesse dos próprios
adolescentes: “Precisamos ouvir e acolher
os alunos.
Eles têm ideias incríveis!”.
83. Em todos os lugares do mundo, existem
milhares de receitas em cada seio familiar. Na
bagagem, cada família traz marcas profundas de
sua cultura e da terra natal em um hábito
singular: a culinária.
Cozinha de afeto – Histórias e receitas de
mulheres imigrantes da rancharia que resgata
receitas de família carregadas de carinho e
saudades.
84. Se a gente parar para pensar um caderno
de receitas tem o poder de fazer coisas
incríveis, capazes de satisfazer não só a
fome, mas também a alma.
Porque as receitas ajudam a eternizar as histórias,
marcar gerações, lembrar de momentos felizes.
Afinal, dificilmente a gente coloca nele uma
receita que não deu certo.
85. EXEMPLO :No meu caderno de receitas:
1. Anoto o nome do prato e de quem me passou a receita,
como, por exemplo, o bolo de fécula da Silvana, a torta
holandesa do Luis, a bolacha da memória da dra. Eloísa
(essa receita ando precisando fazer mais vezes).
1. Vou colecionando receitas e histórias por aí.
1. Aliás, o meu caderno foi um presente de uma querida
amiga chamada Tânia, um pouco antes de eu me casar.
87. O Projeto propicia, também, uma
abordagem voltada para a Linguagem
oral e escrita, que é estimulada pela
leitura e interpretação das receitas e pelas
histórias e músicas relacionadas à culinária,
bem como, noções de matemática, através
das medidas e pesos.
88. Como sugestão, listo aqui um conjunto de atividades
que podem ser desenvolvidas a partir de uma cozinha.
Isso não significa que esgotamos tal proposta; ao contrário,
demonstramos apenas alguns caminhos. Além disso, voltamos a
afirmar a necessidade de um trabalho integrado com outros
conteúdos e a necessidade dessa atividade não se fechar aqui,
mas estender-se para outros temas,
por exemplo: o alimento no corpo humano, as proteínas,
carboidratos, gorduras, vitaminas e sais minerais, uma
alimentação saudável, a subnutrição e outros conjuntos de
questões que podem surgir.
89. Questionamentos
Conhecimentos a
serem desenvolvidos
Detalhamento
1 – Grupo Social
Qual o objetivo deles –
alunos e professores –
estarem reunidos
naquele momento?
Qual será o papel de
cada um na atividade
proposta?
Organização de grupo
Desempenho de
papeis
Grupos se organizam
em função de critérios
e objetivos comuns.
Em um grupo social, as
pessoas
desempenham papéis
específicos e
estabelecem múltiplas
relações entre si.
90. 2 – Espaço
Qual é a função da cozinha?
As coisas que existem na cozinha
estarão dispostas na melhor
posição para serem usadas?
Quem organizou a cozinha
daquele jeito?
Como se pode representar a
cozinha?
O que está situado ao lado do
fogão? Em cima da mesa? Abaixo
de…? Em frente de…?
Função dos espaços
Organização de elementos em
determinado espaço.
Homem como responsável pelo
espaço físico.
Representação espacial.
Posição e orientação em relação
a pontos de referência
Os espaços físicos
desempenham funções
específicas e um mesmo espaço
pode desempenhar funções
diferentes, dependendo das
circunstâncias.
Os elementos são organizados,
em determinado espaço, em
decorrência das funções desse
espaço, de critérios e objetivos
definidos.
As pessoas organizam os
espaços que utilizam, em função
de suas necessidades e objetivos.
O espaço físico pode ser
representado através de
maquetes e mapas.
É possível definir a localização de
pessoas e objetos em um
determinado espaço,
considerando a posição que
91. 3 – Tempo:
Qual a ordem de utilização
dos ingredientes e o
porquê dessa ordem?
Por que a massa de pão ou
de bolo deve ficar parada
um certo tempo?
O que está acontecendo
em outros locais, enquanto
eles estão fazendo aquela
receita?
Como registrar a sequência
dos acontecimentos
(colocação dos
ingredientes/desenvolvime
nto das atividades)?
Ordenação/
Sequenciação
Duração
Simultaneidade
Registro do Tempo
Fatos e situações
acontecem, obedecida a
determinada ordem de
ocorrências.
Fatos e situações tem um
início e um fim,
desenrolam-se durante um
certo tempo: tem um tempo
de duração.
Fatos e situações podem
acontecer ao mesmo
tempo, num mesmo lugar
ou em lugares diferentes :
são simultâneos.
Os tempos em que os fatos
e situações acontecem
podem ser registrados em
instrumentos específicos,
92. 5 trabalho :
O que fazem as pessoas
envolvidas na produção
dos ingredientes e na
produção da própria
receita?
Que instrumentos foram
utilizados na produção da
receita e dos ingredientes?
Caso os alunos não
estivessem fazendo a
receita, haveria algo para
comer mais tarde?
Formas de trabalho e
relações no trabalho.
Instrumentos culturais.
Trabalho como garantidor
da existência da
sociedade.
O homem realiza
diferentes tipos de trabalho
e estabelece com os
demais, na execução da
tarefa, diversas formas de
relação.
O homem constrói e/ou
utiliza instrumentos, de
acordo com sua cultura, na
execução de diferentes
trabalhos.
O trabalho é o elemento
propulsor do progresso e
do desenvolvimento da
sociedade.
93. Meio ambiente:
Qual a origem dos ingredientes
(naturais) produzidos pelo
homem.
Quais as fontes de energia
utilizadas na produção daqueles
ingredientes e na própria receita?
Biodiversidade e tecnologia.
Equilíbrio ecológico.
Recursos naturais renováveis.
Recursos naturais não-
renováveis.
Existe na natureza uma variedade
enorme de elementos vegetais,
minerais, animais e outros que
podem ser aproveitados pelo homem
para sua sobrevivência.
O homem, usando os recursos
tecnológicos disponíveis, transforma
os elementos da natureza em bens
para seu uso e bem-estar.
O homem, ao usar a natureza em
seu favor, deve procurar manter o
equilíbrio do meio ambiente, criando
condições de desenvolvimento
autossustentável.
O tipo de ação do homem é
fundamental na preservação do meio
ambiente.
Ao utilizar recursos naturais
renováveis, o homem deve ter
presente a necessidade de fazer
reposição desses recursos.
Os recursos naturais não-renováveis
devem obedecer a um programa
nacional de utilização e de uso de
94. Na cozinha os jovens serão desafiadas a desenvolver
habilidades culinárias, criatividade e aproveitamento de
alimentos. As atividades serão realizadas através de:
1. Elaboração técnica do projeto: Culinária, providenciando os
utensílios culinários e preparando o ambiente para a aula;
2. Leitura e interpretação das receitas;
3. Preparo de pratos simples;
4. Cartazes e figuras de alimentos;
5. Músicas relacionadas à alimentação.
6. Comida afetiva
95. Aula de culinária possibilita:
1. Trabalhar de forma multidisciplinar diversos conteúdos escolares;
1. Elevar a autoestima do aluno (sentir-se útil ao preparar uma receita);
1. Trabalhar em equipe (aprender e respeitar as regras de convívio);
1. Aprender bons modos à mesa (mas nada substitui a família);
1. Transmitir a aprendizagem de sala de aula para os familiares;
1. Aprender a experimentar.
96. Leitura/ Linguagem
1. Leitura e interpretação das receitas;
1. Aprimorar a capacidade da criança em ler;
1. Ampliar e enriquecer o vocabulário;
1. Dependendo da turma, trabalhar com singular e plural,
aumentativo e diminutivo, verbos, substantivos, adjetivos
(regras gramaticais), etc.
97. Matemática
1. Trabalhar conceitos matemáticos: adição, subtração, multiplicação
e divisão;
1. Fração (pizza);
1. Medidas (de massa, volume, capacidade, temperatura);
1. Sequenciar (o que vem em 1º , 2º , 3º , etc.);
2. Resolução de problemas;
1. Valor monetário.
98. Ciências
1. Origem dos alimentos (animal, vegetal e mineral);
2. Estados físicos: gasoso, líquido e sólido;
3. Alterações dos alimentos durante o cozimento (ovo, legumes, etc.);
4. Desenvolver os 5 sentidos: paladar, tato, audição, visão e olfato;
5. Observar processos de fermentação, fervura, etc.;
6. Trabalhar resíduos recicláveis e orgânicos;
7. Componentes dos alimentos industrializados (conservantes, acidulantes,
corantes, etc.);
8. Data de fabricação, validade.
99. História
1. Origem da receita: associar o período em que a receita foi criada com
fatos históricos da época;
2. Como era a vida das pessoas que viviam naquele local (práticas, costumes,
etc.);
3. Estudos sobre imigração a partir de uma receita de origem estrangeira;
4. Diferenças nos hábitos alimentares entre culturas (países e estados).
Geografia
1. Receitas típicas regionais (utilizar mapas e mostrar onde se localiza da cada
país, estados, etc.);
2. Geografia da região (tipo de solo, vegetação, hidrografia).
100. Outros pontos a serem trabalhados
1. Alimentação saudável;
2. Fast food X Confort food;
3. Poder nutritivo dos alimentos (vitaminas,
carboidratos, gorduras, etc,);
4. Saúde (obesidade, anemia, anorexia).
102. Culminância:
A escolha do professor.
Eleger as receitas preferidas da classe e criar um livro de
receitas que pode ser ilustrado com desenhos e fotos,
durante as atividades. Cada receita ter o nome da mãe de
um aluno
Um lanche e apresentação dos pratos não pode faltar!
CONVIDAR AS FAMILIAS E CONFECCIONAR O
CADERNO DE RECEITAS