Este documento discute o Dia Mundial de Luta Contra a AIDS e fornece informações sobre o vírus HIV/AIDS. Explica o que é AIDS e como o HIV enfraquece o sistema imunológico, as formas de transmissão do HIV incluindo relações sexuais desprotegidas e o compartilhamento de agulhas, e que a única forma de prevenção é evitar esses comportamentos de risco.
3. O que é a SIDA?
A SIDA – Síndrome da Imunodeficiência
Adquirida - é uma doença não hereditária
provocada pelo Vírus da Imunodeficiência
Humana, o VIH, que penetra no organismo
por contacto com uma pessoa infetada e que
enfraquece o sistema imunitário do nosso
organismo, destruindo a capacidade de defesa
em relação a muitas doenças.
4. O que é o HIV?
O VIH (Vírus da Imunodeficiência Humana) é
o agente causador da SIDA. Este agente pode
ficar incubado no corpo humano por tempo
indeterminado, sem que manifeste quaisquer
sintomas.
Quando uma pessoa está
infetada com o VIH diz-se que é
seropositiva.
5. O que significa ser Seropositivo?
Uma pessoa seropositiva ou VIH-positiva é
uma pessoa que está infetada porque o vírus
está presente no seu organismo. No entanto,
pode não ter sinais da doença, aparentando
mesmo um estado saudável durante vários
anos. A pessoa infetada pode, durante todo
esse tempo, transmitir o vírus VIH a outras
pessoas.
6. Quais são as formas de transmissão
do VIH?
A transmissão sexual é a principal via de
transmissão da infeção VIH em todo o mundo.
As secreções sexuais de uma pessoa infetada podem,
com grande probabilidade, transmitir o VIH sempre
que exista uma relação sexual com penetração – anal,
vaginal ou oral – sem preservativo.
O risco associado ao sexo oral aumenta quando se
verificam algumas infeções, nomeadamente úlceras
bocais, gengivas inflamadas, garganta irritada ou
gengivas a sangrar após escovagem ou utilização do fio
dentário.
7. O contacto com sangue infetado, pelo que:
a partilha de seringas, agulhas, escova de dentes,
lâminas de barbear e/ou material cortante com a
pessoa infetada pelo VIH constitui risco de
transmissão.
Os utensílios e objetos mencionados, depois de
utilizados, devem ser colocados em contentores rígidos
com abertura e tampa.
Embora represente um risco menor, não devem ser
partilhados objetos cortantes onde exista sangue de
uma pessoa infetada. É o caso, por exemplo, dos
piercings, instrumentos de tatuagem e de furar as
orelhas e alguns utensílios de manicura.
8. Da mãe para o filho durante a gravidez, parto
e/ou amamentação.
Se a mãe estiver infetada pode transmitir a
infeção ao bebé durante a gravidez, através do
seu próprio sangue, ou durante o parto,
através do sangue ou secreções vaginais. Há
ainda o risco de contágio durante o período de
aleitamento.
Quando a mãe é seropositiva, as terapêuticas
anti retrovíricas, ministradas durante a
gravidez, permitem a redução do risco do seu
bebé nascer infetado.
9. Como NÃO se transmite o VIH?
Através do ar, alimentos, água, picadas de
insetos e outros animais, louça, talheres,
sanitas;
Através da urina, suor, lágrimas, fezes, saliva,
secreções nasais ou vómitos, desde que estes
não tenham sangue misturado;
Através de contactos sociais, como o beijo na
face, um abraço ou um aperto de mão.
10. A SIDA tem cura?
A SIDA caracteriza-se por uma quebra do
sistema imunitário do organismo e, por este
motivo, as infeções de ordem geral não
podem
ser
combatidas
eficazmente.
Atualmente, a cura não é possível. A única
medida
eficaz
para
combatê-la,
presentemente, é a prevenção.
11. Quais são as pessoas potencialmente
mais vulneráveis?
Todas as pessoas sexualmente ativas que têm
relações sexuais não protegidas.
Os jovens, por terem relações espontâneas e
apreciarem as frequentes mudanças de parceiros,
são o grupo mais vulnerável, exceto se procurarem
manter relações sexuais protegidas (preservativo)
desde o início da relação.
Os utilizadores de drogas injetáveis. As drogas
injetáveis são utilizadas sobretudo pela faixa etária
mais jovem e, no trocar de seringas e agulhas, pode
estar também o perigo de transmissão.
12. A propagação do VIH junto das pessoas que se
prostituem e indivíduos que recorrem ao sexo pago
também é preocupante. Trata-se de uma população
com grande mobilidade, sobretudo imigrante e,
muitas vezes, em situação irregular no país.
As populações móveis, por exemplo, camionistas de
longo curso, trabalhadores sazonais, operários da
construção civil e militares, podem adotar
comportamentos de risco, fruto da vulnerabilidade
psíquica e económica provocada por prolongadas e
frequentes ausências do seu meio.
13. Dados relativos à infeção VIH em Portugal
no ano 2012
Estadio clínico
Categoria de transmissão
Portador
Assintomático (PA)
Heterossexual
Total
Sintomático
não - SIDA
SIDA
238
89
163
490
Toxicodependente
23
18
37
78
Homo ou bissexual
118
30
39
187
1
0
0
1
*1
0
0
*1
Mãe/filho
3
1
1
5
Não referida
7
0
7
14
391
138
247
776
Homo/toxicodependente
Transfusionado
Total
Nota: * Transfusão ocorrida fora de Portugal.
14. Podemos concluir que:
Durante o ano de 2012 foram notificados 776 casos
cujos diagnósticos ocorreram no próprio ano. Destes,
319 (41,1%) referem residência no distrito de Lisboa. A
análise da distribuição por sexo revela que 549 (70,7%)
foram registados em indivíduos do sexo masculino
Verifica-se assim que, nos casos diagnosticados em 2012
e em que existe informação para esta variável (762), o
contacto sexual foi a forma mais frequente de
transmissão da infeção (88,8%). Os casos incluídos na
categoria de transmissão homo/bissexual correspondem
a 34,1% dos casos diagnosticados em homens.
16. Casos de SIDA diagnosticados em 2012
Em 2012 foram notificados 496 novos casos de SIDA, dos
quais
247
diagnosticados
no
próprio
ano,
maioritariamente no distrito de Lisboa (39,3%). 183 casos
registaram-se em homens (74,1%).
A patologia indicadora de SIDA mais frequentemente
diagnosticada nestes casos foi a pneumonia por
Pneumocystis jiroveci (54; 21,9%), contudo, a
tuberculose, se consideradas todas as suas formas de
apresentação clínica, é referida em 23,5% dos casos (58).
17. A epidemia da sida já mostrou que todos têm
de se prevenir: homens, mulheres, casados ou
solteiros, jovens e idosos.
Todos, independentemente da cor, raça,
situação económica ou orientação sexual.
18. Quem deve fazer o teste diagnóstico
do VIH?
Todos devem fazer o teste.
É importante fazer o teste de diagnóstico sempre que
se tem dúvidas sobre a possibilidade de estar infetado
pelo VIH ou se pensa engravidar e se:
Teve relações sexuais sem preservativo;
Houve partilha de seringas, agulhas ou outro material
na injeção de drogas;
Fez uma tatuagem ou um piercing e o material não
estava devidamente desinfetado;
Teve contato direto com o sangue de outra pessoa;
Pensa engravidar ou se está grávida.
19. Porquê fazer o teste?
Se o resultado for positivo, pode ter acesso
aos cuidados de saúde apropriados e iniciar o
tratamento o mais cedo possível. Deste modo,
a evolução da doença é retardada.
20. Por outro lado, saber que está infetado é
razão para evitar a transmissão a outras
pessoas,
adotando
comportamentos
preventivos. Protege-se a si próprio, de forma
mais eficaz, das chamadas doenças
oportunistas.
Em caso de gravidez, pode-se diminuir
muitíssimo o risco de transmissão do vírus da
mãe para o filho.
21. Onde pode fazer o teste do VIH?
Para fazer o teste do VIH, consulte o seu
médico ou dirija-se aos Centros de
Aconselhamento e Deteção Precoce VIH
(CAD).
Para consultar os contactos e horários de
funcionamento
dos
CAD,
aceda
a
http://sida.dgs.pt/
22. O preservativo é o método mais
eficaz de prevenção contra o HIV e
outras IST (Infeções Sexualmente
Transmissíveis).