SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 3
Baixar para ler offline
A CERÂMICA DAS CALDAS DA
RAINHA
A primeira fase da cerâmica Caldense iniciou-se na década de 1820, com a
produção de D. Maria dos Cacos, caracterizada por uma só cor, verde-
cobre ou castanho-manganês de peças de tipo
utilitário (funcionalista) de
gosto popular.
Um segundo momento é marcado, em meados do
século, pela renovação introduzida por Manuel Cipriano
Gomes Mafra, mais tarde conduzida ao seu ponto mais
alto por Rafael Bordalo Pinheiro e seus discípulos, como por
exemplo Francisco Elias. As peças produzidas a partir de
então caracterizam-se pela profusão de modelos
formais, assim como por uma diversificada abordagem
de temas decorativos.
No último quartel do século XIX, a louça das Caldas, um tipo de faiança
fundamentalmente decorativa inspirada em motivos naturalistas,
constituía-se como a principal indústria local. Fabricaram-se jarras, pratos,
bilhas, potes e animais de louça.
Ramalho Ortigão comenta, assim, a olaria das Caldas: «uma notável
facilidade de imitação em grosso, e um vidro incomparável cobrindo todos
os produtos de um brilho luminoso, irisado, com um reflexo de água
tepidamente ao sol, banhando e envolvendo o barro como um inducto
Diamantino, translúcido, deslumbrante, maravilhoso».
Quem foi Rafael Bordallo-Pinheiro ?
Rafael Augusto Prostes Bordalo Pinheiro nasceu em Lisboa, 21 de
Março de 1846 e morreu a 23 de Janeiro de 1905.
Foi um artista português, de obra vasta dispersa por largas dezenas de
livros e publicações, criador do cartaz artístico em
Portugal, desenhador, aguarelista,ilustrador, decorador, caricaturista políti
co e social, jornalista, ceramista e professor. O seu nome está
intimamente ligado à caricatura portuguesa, à qual deu um grande
impulso, imprimindo-lhe um estilo próprio que a levou a uma visibilidade
nunca antes atingida. É o autor da representação popular do Zé Povinho,
que se veio a tornar num símbolo, representando a preguiça e esperteza
do povo português e que criticava a corrupção dos políticos da altura,
fazendo um “manguito” a tudo que havia de errado no país. Experimentou
trabalhar o barro em 1885 e começou a produção de louça artística
na Fábrica de Faianças das Caldas da Rainha.
Novembro

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

A arte brasileira no final do império e inicio da república
A arte brasileira no final do império e inicio da repúblicaA arte brasileira no final do império e inicio da república
A arte brasileira no final do império e inicio da república
Céu Barros
 
Debret clarice
Debret  clariceDebret  clarice
Debret clarice
Hermano
 
História da arte brasileira
História da arte brasileiraHistória da arte brasileira
História da arte brasileira
Emilha Souza
 
A influencia da missão artistica francesa na arte brasileira
A influencia da missão artistica francesa na arte brasileiraA influencia da missão artistica francesa na arte brasileira
A influencia da missão artistica francesa na arte brasileira
Angeli Arte Educadora
 

Mais procurados (20)

Missao artística francesa
Missao artística  francesaMissao artística  francesa
Missao artística francesa
 
A arte brasileira no final do império e inicio da república
A arte brasileira no final do império e inicio da repúblicaA arte brasileira no final do império e inicio da república
A arte brasileira no final do império e inicio da república
 
Estilo neoclássico e missão francesa
Estilo neoclássico e missão francesaEstilo neoclássico e missão francesa
Estilo neoclássico e missão francesa
 
Era Vitoriana
Era VitorianaEra Vitoriana
Era Vitoriana
 
Debret clarice
Debret  clariceDebret  clarice
Debret clarice
 
Arte sec xix viajantes e academia 2016
Arte sec xix viajantes e academia 2016Arte sec xix viajantes e academia 2016
Arte sec xix viajantes e academia 2016
 
Arte no Brasil século XIX
Arte no Brasil século XIXArte no Brasil século XIX
Arte no Brasil século XIX
 
História da Arte: Arte brasileira 3
História da Arte: Arte brasileira 3História da Arte: Arte brasileira 3
História da Arte: Arte brasileira 3
 
A arte no brasil império
A arte no brasil impérioA arte no brasil império
A arte no brasil império
 
Revisão - História da Arte Brasileira
Revisão - História da Arte BrasileiraRevisão - História da Arte Brasileira
Revisão - História da Arte Brasileira
 
História da arte brasileira
História da arte brasileiraHistória da arte brasileira
História da arte brasileira
 
Candido Portinari
Candido PortinariCandido Portinari
Candido Portinari
 
Arte - Missão artística francesa
Arte - Missão artística francesa Arte - Missão artística francesa
Arte - Missão artística francesa
 
Aula 5 art em
Aula 5   art emAula 5   art em
Aula 5 art em
 
Arte popular brasileira 6o ano 2017
Arte popular brasileira 6o ano 2017Arte popular brasileira 6o ano 2017
Arte popular brasileira 6o ano 2017
 
A influencia da missão artistica francesa na arte brasileira
A influencia da missão artistica francesa na arte brasileiraA influencia da missão artistica francesa na arte brasileira
A influencia da missão artistica francesa na arte brasileira
 
Arte Brasileira; do Império à República
Arte Brasileira; do Império à RepúblicaArte Brasileira; do Império à República
Arte Brasileira; do Império à República
 
Obras dos pintores artes
Obras dos pintores  artesObras dos pintores  artes
Obras dos pintores artes
 
Cândido portinari
Cândido portinariCândido portinari
Cândido portinari
 
Século xix no brasil a modernização da arte
Século xix no brasil  a modernização da arteSéculo xix no brasil  a modernização da arte
Século xix no brasil a modernização da arte
 

Destaque

Share 'hydrometeorologic hazards.pptx'
Share 'hydrometeorologic hazards.pptx'Share 'hydrometeorologic hazards.pptx'
Share 'hydrometeorologic hazards.pptx'
Mafe Tajada
 
Royalty line catalog_2016_web
Royalty line catalog_2016_webRoyalty line catalog_2016_web
Royalty line catalog_2016_web
Mihail Cusnir
 

Destaque (11)

Miracle Crystal Herman Lighting Collection
Miracle Crystal Herman Lighting CollectionMiracle Crystal Herman Lighting Collection
Miracle Crystal Herman Lighting Collection
 
Article: Arthur D. Little Energy Executive Newsletter
Article: Arthur D. Little Energy Executive NewsletterArticle: Arthur D. Little Energy Executive Newsletter
Article: Arthur D. Little Energy Executive Newsletter
 
Share 'hydrometeorologic hazards.pptx'
Share 'hydrometeorologic hazards.pptx'Share 'hydrometeorologic hazards.pptx'
Share 'hydrometeorologic hazards.pptx'
 
Literary terms
Literary termsLiterary terms
Literary terms
 
canvas
canvas canvas
canvas
 
English (literary elements and devices)
English (literary elements and devices)English (literary elements and devices)
English (literary elements and devices)
 
2016 1214 CBSS Joint Steering Committee Mtg
2016 1214 CBSS Joint Steering Committee Mtg2016 1214 CBSS Joint Steering Committee Mtg
2016 1214 CBSS Joint Steering Committee Mtg
 
ZERO TOLERANCE- JULY - SEPTEMBER, 2016
ZERO TOLERANCE- JULY - SEPTEMBER, 2016ZERO TOLERANCE- JULY - SEPTEMBER, 2016
ZERO TOLERANCE- JULY - SEPTEMBER, 2016
 
Máscara
MáscaraMáscara
Máscara
 
Presentación power point julia
Presentación power point juliaPresentación power point julia
Presentación power point julia
 
Royalty line catalog_2016_web
Royalty line catalog_2016_webRoyalty line catalog_2016_web
Royalty line catalog_2016_web
 

Semelhante a Novembro

Indústria da-cerâmica-e-porcelana
Indústria da-cerâmica-e-porcelanaIndústria da-cerâmica-e-porcelana
Indústria da-cerâmica-e-porcelana
Hugo Galvão
 
Missão artística francesa 3
Missão artística francesa 3Missão artística francesa 3
Missão artística francesa 3
Cristiane Costa
 
A escultura portuguesa de frei cipriano da cruz a soares dos reis
A escultura portuguesa de frei cipriano da cruz a soares dos reisA escultura portuguesa de frei cipriano da cruz a soares dos reis
A escultura portuguesa de frei cipriano da cruz a soares dos reis
António Silva
 
Artistas e Músicos República 8ºC
Artistas e Músicos República 8ºCArtistas e Músicos República 8ºC
Artistas e Músicos República 8ºC
Michele Pó
 
Modernismo brasileiro2
Modernismo brasileiro2Modernismo brasileiro2
Modernismo brasileiro2
CEF16
 

Semelhante a Novembro (20)

Indústria da cerâmica e porcelana
Indústria da cerâmica e porcelanaIndústria da cerâmica e porcelana
Indústria da cerâmica e porcelana
 
8o Ano- Aleijadinho
8o Ano- Aleijadinho8o Ano- Aleijadinho
8o Ano- Aleijadinho
 
Arte colonial e rococó
Arte colonial  e rococóArte colonial  e rococó
Arte colonial e rococó
 
Apresentação artes visuais – arte brasileira
Apresentação   artes visuais – arte brasileiraApresentação   artes visuais – arte brasileira
Apresentação artes visuais – arte brasileira
 
Indústria da-cerâmica-e-porcelana
Indústria da-cerâmica-e-porcelanaIndústria da-cerâmica-e-porcelana
Indústria da-cerâmica-e-porcelana
 
Missão artística francesa 3
Missão artística francesa 3Missão artística francesa 3
Missão artística francesa 3
 
História da arte no Brasil
História da arte no BrasilHistória da arte no Brasil
História da arte no Brasil
 
A escultura portuguesa de frei cipriano da cruz a soares dos reis
A escultura portuguesa de frei cipriano da cruz a soares dos reisA escultura portuguesa de frei cipriano da cruz a soares dos reis
A escultura portuguesa de frei cipriano da cruz a soares dos reis
 
Aula 3 ef - artes
Aula 3   ef - artesAula 3   ef - artes
Aula 3 ef - artes
 
BARROCO NO BRASIL
BARROCO NO BRASILBARROCO NO BRASIL
BARROCO NO BRASIL
 
arte_2serie_Slide aula 10.pptx
arte_2serie_Slide aula 10.pptxarte_2serie_Slide aula 10.pptx
arte_2serie_Slide aula 10.pptx
 
Artistas e Músicos República 8ºC
Artistas e Músicos República 8ºCArtistas e Músicos República 8ºC
Artistas e Músicos República 8ºC
 
Indústria da-cerâmica-e-porcelana
Indústria da-cerâmica-e-porcelanaIndústria da-cerâmica-e-porcelana
Indústria da-cerâmica-e-porcelana
 
O ouro e o barroco
O ouro e o barrocoO ouro e o barroco
O ouro e o barroco
 
Artistas plásticos brasileiros
Artistas plásticos brasileirosArtistas plásticos brasileiros
Artistas plásticos brasileiros
 
Centro de ensino edison lobão1
Centro de ensino edison lobão1Centro de ensino edison lobão1
Centro de ensino edison lobão1
 
Modernismo Modernismo
Modernismo   ModernismoModernismo   Modernismo
Modernismo Modernismo
 
7ºano.pdfslideshare
7ºano.pdfslideshare7ºano.pdfslideshare
7ºano.pdfslideshare
 
Texto
TextoTexto
Texto
 
Modernismo brasileiro2
Modernismo brasileiro2Modernismo brasileiro2
Modernismo brasileiro2
 

Mais de BibliotecaLavra

Mais de BibliotecaLavra (20)

Concurso da Sardinha .pptx
Concurso da Sardinha .pptxConcurso da Sardinha .pptx
Concurso da Sardinha .pptx
 
A Viagem dos Livros.pdf
A Viagem dos Livros.pdfA Viagem dos Livros.pdf
A Viagem dos Livros.pdf
 
BalançoAtividadesBE.pptx
BalançoAtividadesBE.pptxBalançoAtividadesBE.pptx
BalançoAtividadesBE.pptx
 
FormaçãoUtilizadores.pptx
FormaçãoUtilizadores.pptxFormaçãoUtilizadores.pptx
FormaçãoUtilizadores.pptx
 
Manual de procedimentos EBDJDS.pdf
Manual de procedimentos EBDJDS.pdfManual de procedimentos EBDJDS.pdf
Manual de procedimentos EBDJDS.pdf
 
Política de Desenvolvimento da Coleção AEDJDS.pdf
Política de Desenvolvimento da Coleção AEDJDS.pdfPolítica de Desenvolvimento da Coleção AEDJDS.pdf
Política de Desenvolvimento da Coleção AEDJDS.pdf
 
regimento BE_2021-24.pdf
regimento BE_2021-24.pdfregimento BE_2021-24.pdf
regimento BE_2021-24.pdf
 
PAA.BE_22-23 Teresa (2).pdf
PAA.BE_22-23 Teresa (2).pdfPAA.BE_22-23 Teresa (2).pdf
PAA.BE_22-23 Teresa (2).pdf
 
Latitudes da Língua Portuguesa.pdf
Latitudes da Língua Portuguesa.pdfLatitudes da Língua Portuguesa.pdf
Latitudes da Língua Portuguesa.pdf
 
RI 2021-25_julho2022.pdf
RI 2021-25_julho2022.pdfRI 2021-25_julho2022.pdf
RI 2021-25_julho2022.pdf
 
Projeto Educativo21-25.pdf
Projeto Educativo21-25.pdfProjeto Educativo21-25.pdf
Projeto Educativo21-25.pdf
 
RISE UP_crianças e jovens.pdf
RISE UP_crianças e jovens.pdfRISE UP_crianças e jovens.pdf
RISE UP_crianças e jovens.pdf
 
Latitudes da Língua Portuguesa.pptx
Latitudes da Língua Portuguesa.pptxLatitudes da Língua Portuguesa.pptx
Latitudes da Língua Portuguesa.pptx
 
Projeto educativo 2021 2025
Projeto educativo 2021 2025Projeto educativo 2021 2025
Projeto educativo 2021 2025
 
A Terra e a Vida
A Terra e a VidaA Terra e a Vida
A Terra e a Vida
 
Janeiro 2015
Janeiro 2015Janeiro 2015
Janeiro 2015
 
Abril 2015
Abril 2015Abril 2015
Abril 2015
 
Novembro
NovembroNovembro
Novembro
 
Peça do mês de junho
Peça do mês de junhoPeça do mês de junho
Peça do mês de junho
 
Diploma da 4ª classe
Diploma da 4ª classeDiploma da 4ª classe
Diploma da 4ª classe
 

Último

A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdfA QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdf
Ana Lemos
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
azulassessoria9
 
Slide - EBD ADEB 2024 Licao 02 2Trim.pptx
Slide - EBD ADEB 2024 Licao 02 2Trim.pptxSlide - EBD ADEB 2024 Licao 02 2Trim.pptx
Slide - EBD ADEB 2024 Licao 02 2Trim.pptx
edelon1
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
azulassessoria9
 
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
LeloIurk1
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
azulassessoria9
 
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptxOs editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
TailsonSantos1
 
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
LeloIurk1
 
Apresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptx
Apresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptxApresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptx
Apresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptx
LusGlissonGud
 

Último (20)

Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdfCurrículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
 
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdfA QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdf
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
 
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMPRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
 
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfPRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
 
Slide - EBD ADEB 2024 Licao 02 2Trim.pptx
Slide - EBD ADEB 2024 Licao 02 2Trim.pptxSlide - EBD ADEB 2024 Licao 02 2Trim.pptx
Slide - EBD ADEB 2024 Licao 02 2Trim.pptx
 
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdf
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdfPROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdf
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdf
 
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.pptaula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
 
atividades_reforço_4°ano_231206_132728.pdf
atividades_reforço_4°ano_231206_132728.pdfatividades_reforço_4°ano_231206_132728.pdf
atividades_reforço_4°ano_231206_132728.pdf
 
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
 
Aula sobre o Imperialismo Europeu no século XIX
Aula sobre o Imperialismo Europeu no século XIXAula sobre o Imperialismo Europeu no século XIX
Aula sobre o Imperialismo Europeu no século XIX
 
Historia da Arte europeia e não só. .pdf
Historia da Arte europeia e não só. .pdfHistoria da Arte europeia e não só. .pdf
Historia da Arte europeia e não só. .pdf
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
 
Jogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para crianças
Jogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para criançasJogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para crianças
Jogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para crianças
 
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptxOs editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
 
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdfProjeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
 
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
 
Apresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptx
Apresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptxApresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptx
Apresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptx
 

Novembro

  • 1. A CERÂMICA DAS CALDAS DA RAINHA A primeira fase da cerâmica Caldense iniciou-se na década de 1820, com a produção de D. Maria dos Cacos, caracterizada por uma só cor, verde- cobre ou castanho-manganês de peças de tipo utilitário (funcionalista) de gosto popular. Um segundo momento é marcado, em meados do século, pela renovação introduzida por Manuel Cipriano Gomes Mafra, mais tarde conduzida ao seu ponto mais alto por Rafael Bordalo Pinheiro e seus discípulos, como por exemplo Francisco Elias. As peças produzidas a partir de então caracterizam-se pela profusão de modelos formais, assim como por uma diversificada abordagem de temas decorativos. No último quartel do século XIX, a louça das Caldas, um tipo de faiança fundamentalmente decorativa inspirada em motivos naturalistas, constituía-se como a principal indústria local. Fabricaram-se jarras, pratos, bilhas, potes e animais de louça. Ramalho Ortigão comenta, assim, a olaria das Caldas: «uma notável facilidade de imitação em grosso, e um vidro incomparável cobrindo todos os produtos de um brilho luminoso, irisado, com um reflexo de água
  • 2. tepidamente ao sol, banhando e envolvendo o barro como um inducto Diamantino, translúcido, deslumbrante, maravilhoso». Quem foi Rafael Bordallo-Pinheiro ? Rafael Augusto Prostes Bordalo Pinheiro nasceu em Lisboa, 21 de Março de 1846 e morreu a 23 de Janeiro de 1905. Foi um artista português, de obra vasta dispersa por largas dezenas de livros e publicações, criador do cartaz artístico em Portugal, desenhador, aguarelista,ilustrador, decorador, caricaturista políti co e social, jornalista, ceramista e professor. O seu nome está intimamente ligado à caricatura portuguesa, à qual deu um grande impulso, imprimindo-lhe um estilo próprio que a levou a uma visibilidade nunca antes atingida. É o autor da representação popular do Zé Povinho, que se veio a tornar num símbolo, representando a preguiça e esperteza do povo português e que criticava a corrupção dos políticos da altura, fazendo um “manguito” a tudo que havia de errado no país. Experimentou trabalhar o barro em 1885 e começou a produção de louça artística na Fábrica de Faianças das Caldas da Rainha.