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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
ENGENHARIA DE PETRÓLEO
AUGUSTO CEZAR CORREA DE SOUZA
CONTROLE DE PRODUÇÃO DE AREIA E SELEÇÃO DE GRAVEL E TELA
MACAÉ
2014
BRUNA SANCHEZ DE VIVEIROS
AUGUSTO CEZAR CORREA DE SOUZA
BRUNA SANCHEZ DE VIVEIROS
CONTROLE DE PRODUÇÃO DE AREIA E SELEÇÃO DE GRAVEL E TELA
Monografia apresentada no curso de
Engenharia de Petróleo da Universidade
Estácio de Sá como requisito para obtenção
de Bacharel em Engenharia de Petróleo.
.
Prof. e Geólogo Luiz Maurício Silva de Lima – Orientador
MACAÉ
2014
CONTROLE DE PRODUÇÃO DE AREIA E SELEÇÃO DE GRAVEL E TELA
Por
AUGUSTO CEZAR CORREA DE SOUZA
BRUNA SANCHEZ DE VIVEIROS
Trabalho de Conclusão de Curso aprovado com
nota ___ como requisito parcial para a
obtenção do grau de Bacharel em Engenharia
de Petróleo, tendo sido julgado pela Banca
Examinadora formada pelos professores:
____________________________________________________________
Presidente: Prof. Luiz Mauricio Silva de Lima – Orientador, Universidade Estácio de Sá
____________________________________________________________
Membro: M. Sc. Bárbara Diniz Lima, Universidade Estácio de Sá
____________________________________________________________
Prof. Esp. David Manoel de Sá, Universidade Estácio de Sá
Macaé, 3 de abril de 2014
DECLARAÇÃO DE ISENÇÃO DE RESPONSABILIDADE
Através deste instrumento, isento meu Orientador e a Banca Examinadora de qualquer
responsabilidade sobre o aporte ideológico conferido ao presente trabalho.
________________________________________
BRUNA SANCHEZ DE VIVEIROS
________________________________________
AUGUSTO CEZAR CORREA DE SOUZA
AGRADECIMENTOS
Nossos agradecimentos aos amigos, parentes e cônjuges pela compreensão, apoio e
carinho. Aos professores e colegas do Curso, pela troca de experiências.
RESUMO
Este trabalho tem como objetivo falar sobre os diferentes mecanismos e métodos de
contenção de areia utilizados em poços de petróleo. Mecanismos estes que são solicitados
após vários critérios de avaliações, incluindo os estudos de testes da formação, de perfis,
amostras laterais, testemunhos e cascalhos (amostras de calha). Ensaios laboratoriais são
realizados com base em amostras capturadas a fim de estabelecer características intrínsecas
do arenito do reservatório como: a granulometria, porosidade () , permeabilidade (), a
distribuição dos grãos e quantidade de agente cimentador entre os mesmos. Definido as
características anteriores e outras mais, são realizados diversos, experimentos com cálculos,
análises e simulações incluindo a avaliação e construção da curva S que é um gráfico com a
plotagem de percentual cumulativo de peso do arenito x diâmetro do grão. Este gráfico é
obtido através dos resultados da pesagem das porções acumuladas das amostras retidas nas
peneiras de classificação de tamanho de grãos que são enfileiradas em ordem decrescente de
diâmetro . Este é um gráfico importante para selecionar o tamanho ideal do gravel ou areia, e
ainda o tipo de tela aplicável para controlar a produção de sólidos do poço e/ou campo em
questão. As metodologias utilizadas são todas baseadas no coeficiente de uniformidade dos
grãos e percentuais de distribuição.
Palavras-chave: stand alone, gravel-pack, gravel e tela
ABSTRACT
The aims of this paper is discuss the various mechanisms and methods of
containment of sand used in oil wells. Mechanisms that are required after various criteria of
assessments, including studies of the formation testing, profiling, side samples, full core
samples and gravels (trough samples). Laboratory tests are performed on samples taken to
establish the intrinsic characteristics of the reservoir sandstone as particle size, porosity (),
permeability (), the distribution of grain and amount of agent the cement between them. Set
the previous features and more, are conducted several experiments with computations,
analyzes and simulations including the evaluation and construction of the S curve that is a
graph of plotting the cumulative percentage weight Sandstone x grain diameter. This graph is
obtained from the results of weighing the accumulated portions of the samples retained on
sieves of size classification of grains that are in a vertical form in order of decreasing
diameter. This is a important graph to select the optimum size of the gravel or sand, and the
kind of screen that is necessary to control production solids from the well and / or from the
field in question. The methods used are all based on the coefficient of uniformity of grains
and distribution percentages.
Keywords : Stand alone , gravel- pack , gravel and screen
SUMÁRIO
LISTA DE FIGURAS..........................................................................................................8
LISTA DE TABELA............................................................................................................9
LISTA DE EQUAÇÕES.....................................................................................................10
1 – INTRODUÇÃO.............................................................................................................11
1.1 – OBJETIVOS................................................................................................................12
CAPÍTULO 1-Produção de arenitos , granulometria e classificação de poços............14
1.1- Fatores para a Produção de Areia................................................................................14
1.2- Arenito do Reservatório ...............................................................................................15
- Análises Granulométrica...................................................................................................16
3 - Terminologias Usadas para Definição das Partículas do Reservatório de Arenito Segundo
– Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT/ NBR 6502/95).............................19
4 - Classificação dos Grãos.................................................................................................19
5 - Amostras do Sieve Analysis...........................................................................................20
6 - Classificaçao de Poço.....................................................................................................22
CAPÍTULO 2 - Métodos de Controle da Aréia ..............................................................23
1 - Principais Métodos de Controle de Areia ......................................................................23
1.1 - Controle de Produções ................................................................................................24
1.2 - Reforços, ou Melhor Condicionamento da Formação ................................................24
1.3 - Restrições ao Fluxo de Sólidos (métodos mecânicos) ................................................24
CAPÍTULO 3 - Principais Métodos Aplicados...............................................................26
CAPÍTULO 4 - Telas.........................................................................................................31
1 - Telas(conjunto de contenção mecânica) ........................................................................31
1.1 - Linear Rasgado / Slots Rasgado / Tubo Ranhurado....................................................31
1.2 - Tela Pré-empacotada...................................................................................................32
1.3 - Tela Wire Wrap...........................................................................................................32
1.4 - Tela Mesh ou Premium / Tubo Telado / Screen..........................................................33
1.5 - Tela Expansível...........................................................................................................34
1.6 - Alternate Path Screens ................................................................................................35
CAPÍTULO 5- Ferramenta de Gravel Pack e Packers..................................................36
1 - Ferramenta de Gravel Pack ............................................................................................36
1.1 - Gravel – Pack ..............................................................................................................36
1.2 - Gravel Pack Service Tool............................................................................................37
Capítulo 6 - Condicionamento do Poço e Fluido de Completação................................40
1 - Condicionamento de Poço..............................................................................................40
2 - Fluido de Complementação............................................................................................40
3 - Gravel da Completação..................................................................................................41
4 - Testes de Gravel.............................................................................................................42
CONCLUSÃO....................................................................................................................43
REFERÊNCIAS ................................................................................................................44
LISTA DE TABELA
TABELA 1 - Escala Granulométrica Adotada pela A.S.T.M, AASHTO, MIT E ABNT ..17
TABELA 2 - Principais Métodos Utilizados.......................................................................26
TABELA 3 - Diagrama de Bianco ......................................................................................27
TABELA 4 - Guia para Seleção de Gravel .........................................................................28
TABELA 5 - Diâmetro Comercial para Seleção de Gravel e Tela .....................................29
TABELA 6 - Fluidos de Complementação e Backer Fluids (BJ/BR).................................41
LISTA DE FIGURAS
FIGURA 1 - Foto de Teste Mecânico de TWC...................................................................13
FIGURA 2 - Curva Granulométrica....................................................................................14
FIGURA 3 - Gráfico Plotado do Sieve Analysis de Três Formações Distintas..................17
FIGURA 4 - Conjunto de Peneiras do Sieve Analysis........................................................18
FIGURA 5 - Aprelho do Sieve Analysis.............................................................................18
FIGURA 6 - Formas Distintas dos Grãos de Arenito..........................................................19
FIGURA 7 - Graduação dos Grãos Quanto a Distribuição .................................................19
FIGURA 8 - Ferramenta de Amostra Lateral Aberta em Laboratório, Desenho, e
Teste de FMI........................................................................................................................20
FIGURA 9 - Diferentes Tamanhos da Amostra Lateral com Detalhe da Broca .................21
FIGURA 10 - Broca e Testemunhos da Broca....................................................................21
FIGURA 11 - Caixa do Experimento de Saucier ................................................................25
FIGURA 12 - Resultado Plotado do Experimento de Sucier..............................................25
FIGURA 13 - Diferentes Disposições dos Slotes................................................................31
FIGURA 14 - Tela Pré-empacotada....................................................................................32
FIGURA 15 - Tela Wire Wrap Esquemático e Tela com Erosão .......................................32
FIGURA 16 - Escolha do Formato do Fio da Tela Wire Wrapped.....................................33
FIGURA 17 - Tela Mesh ou Premium ................................................................................33
FIGURA 18 - Tela Expansível............................................................................................34
FIGURA 19 - Alternate Path Screens .................................................................................35
FIGURA 20 - Modulado da Ferramenta de Gravel.............................................................39
FIGURA 21 - Esfericidad y Redondez por Krumbeim y Sloss...........................................41
LISTA DE EQUAÇÕES
EQUAÇÃO 1.1 - Velocidade da partícula ..........................................................................15
EQUAÇÃO 1.2 - Resistência viscosa da partícula..............................................................15
EQUAÇÃO 1.3 - Diâmetro da partícula .............................................................................15
12
1-INTRODUÇÃO
De acordo com ( Bellarby, 2009) aproximadamente 60 % da produção mundial
de gás e/ou óleo vem de formações de carbonatos, porém os 40% restantes são arenitos.
Cerca de 30% dos poços de arenitos apresenta problemas com relação a produção de areia.
Quando um poço produz hidrocarbonetos é natural por conta da vazão do fluido
produzido, grau de sedimentação dos grãos e força de arraste ocorrer desprendimento e
carreamento de partículas para a coluna de produção e para todos os outros equipamentos
por onde o fluido vai fluir, esse fenômeno aqui é chamado de carreamento de areia. A areia é
conhecida por sua natureza agressivo-erosiva, e uma grande produção dela pode causar danos
como : colapso da formação, furos na coluna de produção, entupimento da coluna tanto em
superfície como no fundo do poço, perda de volume útil de tanques. Esses problemas nos
equipamentos futuramente viriam a requerer intervenções de alto valor
econômico(Workover). Quando o grau de sedimentação da areia do reservatório é muito baixo
esse arenito recebe o nome de friável ( arenito de pouca sedimentação). Para evitar produção
excessiva desses friáveis, mecanismos como a retenção mecâcia atráves da descida de
conjunto de telas e pacote de gravel , entre outros são largamente utilizados, porém para a
correta seleção de combate ao carreamento de sólidos começa a ser necessária uma avaliação
sobre controle de vazão (redução da produção) X futura intervenção X previsão da chegada
de grande produção de sólidos carreados, ou seja, começa a parecer aceitável a aplicação de
um modo de combate/ controle a produção de arenitos.
De acordo com (Camila Paixão 2007), a Bacia de Campos tem reservatórios que apresentam
arenitos com pouca consolidação e em águas profundas. A tecnologia que vem atendendo ao
propósito de ter pouco gasto com operações de workover (intervenção) e baixa produção de
areia é o open hole gravel pack em poço horizontal que está apresentando ótimos resultados e
será o principal protagonista ao longo deste trabalho. O campo de Marlim também vem
recebendo este tratamento, assim como Marlim Sul , Voador, Barracuda, Caratinga, Roncador
, Espadarte e Jubarte (Unidade Operacional do Rio de Janeiro-UO-RIO).
13
1.1 OBJETIVOS
Este trabalho tem como objetivo enumerar razões positivas para a utilização de
mecanismos e técnicas de controle de produção de areia:
 Custo benefício (evita operações de ‘workover’) com utilização de métodos de
retenção de areia
 Aumento da área de produção com Utilização de Conjunto de tela no lugar de
canhoneios.
 Segurança do Poço com maior garantia de não desmoronamento (poços horizontais
e/ou desviados) utilizando o pacote de gravel.
 Garantia de empacotamntos do gravel utilizando as telas de caminhos alternativos
eficientes.
 Redução de danos a equipamentos de superfície, planta de produção e coluna
utilizando métodos que reduzem a produção de areia a um nível aceitável.
14
CAPÍTULO 1 – COMPLETAÇÃO , PRODUÇÃO DE ARENITOS ,
GRANULOMETRIA E CLASSIFICAÇÃO DE POÇOS
1.1 – COMPLETAÇÃO
Completação consiste nas técnicas de construção de poços especializadas em
colocar um poço que já foi perfurado para produzir com segurança. Para fazer isso são
necessários projetos e estudos a fim de estabelecer um modelo seguro a ser seguido como
tipo de tubulação, tipo de árvore de natal, se o poço é aberto ou fechado, se produz gás, ou
não, e especificações de modo geral. Este trabalho apenas direciona para a parte de
completação da coluna inferior conhecida como coluna de contenção de areia, ou ainda
cauda do poço. A fim de seguir com a completação inferior estudos a base de testemunhos
são realizados para estabelecer os parâmetros que vão entrar para ajudar a desenhar o
projeto do poço. Para tanto é preciso conhecer alguns fatores que fazem a areia se tornar
um problema, e esse é o assunto que vem a segui.
1.2- FATORES QUE INFLUENCIAM A PRODUÇÃO DE AREIA
Como explicado na introdução, o simples fato de haver o fluxo de hidrocarbonetos
durante a sua produção, gera a produção de arenitos. Essa Produção vai depender de
diversos fatores como a vazão em que o hidrocarboneto está sendo produzido, o nível de
despressurização da rocha reservatório em que o petróleo está contido, e a força peso que
as camadas de rochas acima dela estão exercendo. A seguir algumas definições desses
termos:
Força de strength : a rocha tem suas propriedades intríscecas conhecidas como
propriedades geomecânicas . Toda rocha está exposta a um conjunto de forças, essas
forças causam o estresse da rocha. Para resistir a esse conjunto de forças ela precisa
conter entre outras coisas, no caso dos arenitos os agentes cimentantes mais comuns que
são o quartzo, a calcita (carbonato de cálcio) e a dolomita (carbonato de magnésio). A
ausência desses compostos costuma vir acompanhada de boa porosidade, porém o arenito
se torna quebradiço e além de produzir hidrocarboneto vai também produzir areia em
grande quantidade.
15
Força Carga/ peso hidrostático É a força aplicada pela coluna de fluido de
perfuração/completação a cima da rocha reservatório.
Força Carga / peso litostático . É a força natural das camadas, que durante a perfuração /
produção, pode causar despressurização causando, cavernas, redução de fluxo, fluxo de
água, despressurização de poros.
Ainda tem a formação precipitada de cones de água, que consiste em produção de água
junto com o petróleo, que ao ser sugado para a coluna de produção cria uma força de
arraste que, caso a linha de água esteja muito próxima a linha do reservatório pode acabar
causando esse fenômeno que também é característico de produção de areia.
1.3-ARENITO DO RESERVATÓRIO
É muito importante para começar o serviço de elaboração de projeto de um
poço, obter informações fidedignas do reservatório, incluindo informações da porosidade,
permeabilidade e grau de consolidação das areias do reservatório. Devido ao dispendioso
valor de corridas de ferramentas dentro do poço para coletar amostras representativas do do
mesmo, apesar de ser sabido que as forças atuantes no reservatório não são igualmente
distribuídas, e que as vezes em um mesmo reservatório podem haver diferenças com relação
ao grau de coesão entre os grãos da formação e arenitos. Muitas vezes são feitas correlações
de valores com reservatórios e poços já conhecidos.
Para determinar o grau( quantidade de agentes cimentantes presentes nas areias
do arenito do reservatório), as amostras adquiridas sofrem testes para determinar a força de
coesão e resistência dos grãos, como o (UCS), unconfined compressive strength e o (TWC)
observado na figura 1, tick wall cylinder. Existm ainda outros testes que exigem menor
quantidade de amostras (menor custo) como o Brinell hardness e o Schmidt Hammer test.
Algumas características também podem ser obtidas através de métodos indiretos , que são os
dos perfis de densidade Neutrão e porosidade com corridas de wire & Line ou MWD.
16
Figura 1- Foto de Teste mecânico de TWC - Bellarby ( 2009)
1.4-ANÁLISE GRANULOMÉTRICA
A análise granulométrica é a análise necessária para saber , além do nível de
sedimentação das partículas do arenito, o percentual de finos produzidos e a distribuição dos
grãos com relação ao tamanho das partículas em peso divido pelo peso total da amostra
utilizada no teste. Para isso é feito o gráfico da p.18 conhecido como gráfico da curva S que é
tão necessário para auxiliar na aplicação da escolha do método de contenção de areia. O
gráfico e sua marcação dos pontos necessários vão ser mostrados mais adiante.
Para realizar uma análise granulométrica 3 fatores são importantes de acordo com a ABNT:
I- Diâmetro efetivo D10 - É o ponto característico da curva granulométrica para medir a finura
do solo, que corresponde ao ponto de 10%, tal que 10% das partículas do solo possuem
diâmetro inferiores a ele.
II-Coeficiente de uniformidade CU = (D40/D90) - Dá a distribuição do tamanho das
partículas do solo; valores próximos de 1 indicam curva granulométrica quase vertical, com
os diâmetros variando em um intervalo pequeno, enquanto que, para valores maiores a curva
granulométrica irá se abatendo e aumentando o intervalo de variação dos diâmetros.
Segundo Woods & Ott (2003) uma formação é considerada de ruim seleção, caso o seu
coeficiente tenha valor superior a 5.
17
III- Coeficiente de Curvatura CC = [(D30)²/D60 * D10] - Para um solo bem graduado, o valor
do coeficiente de curvatura, deverá estar entre 1 e 3. Portanto, a distribuição do tamanho de
partículas é proporcional, de forma que os espaços deixados pelas partículas maiores sejam
ocupados pelas menores. Solos com tamanhos e forma não muito arredondados causam
problema quanto a fluidez.
Os reservatórios, poços de modo geral apresentam características específicas,
umas delas são as formas de organização dos grãos, tamanho dos mesmos, presença de
argilas, porosidade, permeabilidade entre outras. Na estimativa do grau de sedimentação a fim
de direcionar para o método correto para contenção de areia é feito um gráfico, este o qual é
conhecido como Curva “S”, ou Curva Granulométrica, que surge da plotagem do teste de
avaliação do Sieve Analysis visto nas figuras 4 e 5 da p.22. Esse teste consiste em pegar uma
amostra representativa do reservatório, desidrata-la, pesá-la, descimentar os grãos com
cuidado para não triturar, colocar no conjunto de peneiras vibratórias (Sieves) com os
diâmetros e pesos unitários já conhecidos, adquirir o peso da amostra acumulado nas
peneiras e colocar no gráfico. Obter os percentuais cumulativos de 10%, 40%, 50%, 90% e
95% para poder calcular o (coeficiente de uniformidade = D40/D90), e adquirir os outros
fatores para aplicação dos outros métodos para contenção de areia e assim concluir a
avaliação do gráficao (Sieve Analysis). Mais adiante na p.35 essa figura 2 que se segue como
sendo o resultado da pesagem das amostras nas peneiras vai aparecer nos exemplos de
aplicação dos métodos e avaliações para facilitar o entendimento e entender a necessidade
do gráfico.
Figura 2 Curva Granulométrica – Disponível em: William Müller (2006)
18
Segundo (Müller 2006) para os solos finos, siltes e argilas, com partículas menores que
0,075mm (#200), o cálculo dos diâmetros equivalentes será feito a partir dos resultados
obtidos durante a sedimentação de certa quantidade de sólidos em um meio líquido. A base
teórica para o cálculo do diâmetro equivalente vem da lei de Stokes, que afirma que a
velocidade de queda de uma partícula esférica, de peso específico conhecido, em um meio
líquido rapidamente atinge um valor constante que é proporcional ao quadrado do diâmetro da
partícula. O estabelecimento da função, velocidade de queda - diâmetro de partícula, se faz a
partir do equilíbrio das forças atuantes (força peso) e resistentes (resistência viscosa) sobre a
esfera, resultando nas fórmulas a seguir, onde, Fórmula 1 dá resistência viscosa
Fórmula2 dá a velocidade partícula e a Fórmula 3 dá o diâmetro da partícula.
onde:
 = resistência viscosa
v = velocidade de queda
γs = peso específico real dos grãos - g/cm3
γw = peso específico do fluído - g/cm3
μ = viscosidade da água - g . s/ cm2
D = diâmetro equivalente (mm)
Z = Distância percorrida pela párticula.
As equações anteriores são equações para esferas perfeitas em condições ideias
não alcançáveis em um ensaio de sedimentação real. As partículas não são esferas perfeitas e
o número delas é amplo, o peso específico de todos os sólidos não é exclusivo e o espaço
utilizado é limitado, podendo ocorrer influência das paredes do recipiente do ensaio, bem
como de uma partícula sobre as outras. A fim de tornar mínimo os erros devido às condições
não ideais, alguns cuidados devem ser tomados durante o ensaio tais como:
-Não se deve ter uma suspensão com uma concentração de sólidos, (peso de sólidos/volume
da suspensão) muito alta.
Fórmula 1 Fórmula 2 Fórmula 3
19
-Para que não ocorra floculação e permita a descida individual das partículas, deve-se
adicionar um desfloculante à suspensão.
-A realização do ensaio fica restrito às partículas com diâmetro entre 0,2 e 0,0002mm, para se
evitar o problema da turbulência gerada pela queda de partículas grandes e o movimento
Browniano que afeta partículas muito pequenas.
1.5- Terminologia usada para definição das partículas do reservatório de arenito Segundo -
Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT/NBR 6502/95)
Segundo avaliação da Associação Brasileira de Norrmas Técnicas, a Classificação/definição
dos Grãos que podem ser encontrados em rochas siliciclásticas conhecidas como arenitos é
definida de acordo com uma facha de tamanhos/diâmetros. Essa classificação de tamanho de
grãos foi a utilizada na figura 2, e elas estão listadas a baixo, avaliando que para a questão de
análise de reservatórios de arenitos as classificações de maior importância são as areias e os
finos (siltes e Argilas), sendo assim, por definição:
Pedregulho – solos formados por minerais ou partículas de rocha, com diâmetro
compreendido entre 2,0 e 60,0 mm. Quando arredondados ou semi-arredondados, são
denominados cascalhos ou seixos. Divide-se quanto ao diâmetro em: pedregulho fino – (2 a 6
mm), pedregulho médio (6 a 20 mm) e pedregulho grosso (20 a 60 mm).
Areia – solo não coesivo e não plástico formado por minerais ou partículas de rochas com
diâmetros compreendidos entre 0,06 mm e 2,0 mm. As areias de acordo com o diâmetro
classificam-se em: areia fina (0,06 mm a 0,2 mm), areia média (0,2 mm a 0,6 mm) e areia
grossa (0,6 mm a 2,0 mm).
Silte – solo que apresenta baixo ou nenhuma plasticidade, baixa resistência quando seco ao ar.
Suas propriedades dominantes são devidas à parte constituída pela fração silte. É formado por
partículas com diâmetros compreendidos entre 0,002 mm e 0,06 mm.
Argila – solo de graduação fina constituída por partículas com dimensões menores que 0,002
mm. Apresentam características marcantes de plasticidade; quando suficientemente úmido,
20
molda-se facilmente em diferentes formas, quando seco, apresenta coesão suficiente para
construir torrões dificilmente desagregáveis por pressão dos dedos. Caracteriza-se pela sua
plasticidade, textura e consistência em seu estado e umidade naturais.
Essas mesmas definições vistas anteriormente estão resumidas na tabela 1 que se segue, junto
com a figura 3 que é mais um exemplo de curva ‘s’ considerando já o coeficiente de
uniformidade e as figuras 4 e 5 que mostram as peneiras utilizadas para fazer a pesagem e
obter os valores marcados do gráfico da curva ‘s’.
TABELA 1 -Escala granulométrica adotada pela ABNT
Figura 3- Gráfico plotado do Sieve Analysis de três formações distintas
21
Figura 4 - Conjunto de peneiras do Sieve Analysis
Figura 5 -Aprelho do Sieve Analysis
22
1.6- Classificação dos grãos
 Quanto a consolidação (grau de sedimentação/ quantidade de agente cimentante):
-Quicksand – pouco sedimentado (fraco)
-Parcialmente consolidado – (médio)
-Friável – consolidado, porém produz areia quando posto em produção. (moderado)
 Quanto ao tamanho (VISTO NAS P. 20 E 19)
-Pedregulho (2,0 a 60,0 mm)
-Areia (0,06 a 1,99 mm)
-fina [0,06 até 0,20]
-média [0,20 até 0,60]
-grossa [0,60 até 1,99]
-Silte (0,002 a 0,059 mm)
-Argila (0,0001 a 0,0019 mm)
 Quanto a forma : como visto na figura 6
Figura 6- Formas distintas dos grãos de arenito
RESERVATÓRIORIO RUIM
RUIMRUIIM
RESERVATÓRIO BOM
23
 Quando a distribuição dos grãos (Coeficiente de curvatura/ Coeficiente de
Uniformidade / Tiffin ) como visto na figura 7.
Figura 7 Graduação dos grãos quanto a distribuição
1.7- AMOSTRAS DO SIEVE ANALYSIS
As amostras utilizadas para o teste do Sieve Analysis podem ser laterais
(sidewall core) ou de testemunhos (full core sample), muitas vezes por representar alto custos
as vezes são utilizadas amostras dos cascalhos obtidos na perfuração.A seguir nas figura 8 a
ferramentas tradicionais de obtenção dos diferentes tipos de amostras acompanhade de teste
de FMI , na figura 9 a ferramenta com os dois tamanhos de amostras laterais disponíveis no
mercado e na 10 a broca com o testemunho.
Figura 8 – Ferramenta de amostra lateral aberta em laboratório, desenho, e teste de FMI
http://www.slb.com/~/media/Files/resources/oilfield_review/ors13/win13/03_rotary_side.pdf
24
Figura 9 - diferentes tamanhos da amostra lateral com detalhe da broca Disponível em:
http://www.slb.com/~/media/Files/resources/oilfield_review/ors13/win13/03_rotary_side.pdf
Figura 10 – Broca e testemunhos da broca Disponível em :
http://www.slb.com/~/media/Files/resources/oilfield_review/ors13/win13/03_rotary_side.pdf
25
1.8-- Classificações de poço
Assim que um poço é perfurado, Testes de Formação são realizados, Perfis são
traçados e o Geólogo a bordo da unidade de perfuração começa a receber os cascalhos da
operação, quando em poços pioneiros, em campos desconhecidos, o reservatório começa a ser
definido e junto com ele os ‘desenhos de completação’ dos poços.
De acordo com o tipo de fluido, sedimentação e localização do reservatório e poço, o
mesmo será classificado como:
- Open hole – (poço aberto)
- Cased hole – (Poço revestido)
- Poço vertical
- Poço horizontal / direcionado.
26
CAPÍTULO 2 - MÉTODOS DE CONTROLE DE AREIA
2.1- PRINCIPAIS MÉTODOS DE CONTROLE DE AREIA
O controle da produção de areia é dividido em três partes principais:
 Restrição ao fluxo de sólidos (métodos mecânicos)
 Controle da produção
 Reforço ou melhor condicionamento da formação
2.1.1 Controles da produção
Quando o fluido recuperado do poço atinge certa vazão, que acarreta em
determinada força de arraste começa a carrear sedimentos para a coluna. Para evitar a
produção de areia é simples, basta controlar o fluxo, ou seja, manter baixa a taxa de
escoamento do hidrocarboneto para não produzir esses grãos abrasivos, ou ainda usar uma
faixa de admissão controlado para obter um produção aceitável de arenitos.
2.1.2 Reforços, ou melhor, condicionamento da formação
É um tipo de tratamento químico que consiste na aplicação de um gravel com
resina nos ‘vazios’ causados pela produção de areia atrás da coluna de produção, ajudando
na força de coesão entre os grãos do reservatório. Este método apresenta alguns riscos de
danos e não vem sendo muito utilizado. Esta técnica se restringe a ser aplicada em poços com
pequena extensão canhoneada.
2.1.3Restrições ao fluxo de sólidos (métodos mecânicos)
Este método segundo ( Silva ,2008) constitui basicamente na determinação do
diâmetro da barreira física filtrante imposta contra o reservatório para limitar a produção de
partículas, visto que nenhum método aplicado extermina totalmente a produção de
sedimentos.
27
Aqui neste método, além das telas e liners, há a possibilidade de utilização de gravel (barreira
de grãos bem dimensionados para ‘segurar a parede do poço’), estes grãos podem ser areia,
cerâmica ou algum outro granel feito em laboratório. Mais a diante será dada mais atenção
aos tipos de gravel.
A metodologia difundida para determinar o tamanho da ‘barreira’ tela e gravel é
Saucier, Schwartz e Coberly, que estabeleceram ao longo do tempo por meio de ensaios e
testes algumas premissas , aqui assumidas como verdades nas condições mencionadas pelos
métodos indicados a cada caso específico, assim que diagnosticada a situação a qual as
condições in sito do reservatório o enquadram.
Alguns métodos são mais difundidos que outros em algumas áreas de acordo
com a característica da granulometria referencial das variadas reservas internacionais.
Cada um dos métodos utiliza os cumulativos apropriados a cada situação estabelecida pelo
próprio e pelo resultado do coeficiente de uniformidade. No diagrama de Bianco e nas tabelas
que se segues os métodos vão ser melhor vistos e explicados.
A seguir um gráfico esquemático do experimento de teste de fluxo realizado por Saucier no
qual ele afirma que o Gravel pode vir a ter problemas com plugueamento caso o sedimento do
reservatório seja rico em finos. A partir de ensaios com correntes de fluido ele chegou a
conclusão de seu método, o de que um gravel com tamanho entre 4 e 6 x o tamanho da areia
média encontrada (D50) no reservatório , seria o ideal para a produção de um poço.
Figura 11- Caixa do Experimento de Saucier
Figura - 12 Resultado Plotado do Experimento de Saucier
28
CAPÍTULO 3 PRINCIPAIS MÉTODOS APLICADOS NA SELEÇÃO DE GRAVEL
3.1 DISTINTAS TÉCNICAS DE SELEÇÃO DE GRAVEL
De acordo com (Bianco,2001) e ( Zamora,2011) existem diversos métodos para
a seleção do gravel a ser utilizado, entre eles estão Saucier, Schwartz, Hill, Coberly,
Gumpertz, Karpoff e Stein, cada um com sua particularidade. No entanto o mais difundido até
hoje é o Saucier, cujo Experimento foi mostrado nas figuras 11 e 12 e já foi citado. A seguir a
tabela 2 contém o resumo dos 4 métodos mais conhecidos. Já na p. 31 é possível encontrar
um diagrama de Bianco que aponta para os métodos mais indicados de acordo com certos
critérios de avaliação.
TABELA 2 PRINCIPAIS MÉTODOS UTILIZADOS NA SELEÇÃO DE GRAVEL
29
FIGURA13 DIAGRAMA DE BIANCO (Bianco,2001)
Método de SCHWARTZ D40/D90
CS = coeficiente de assimetria
(distribuição dos grãos) =
D10/D95
Tiffin - D10/D95 < 10 SAS
> 10 GP.
Método de Tiffin D10/D95
30
TABEL 3 GUIA PARA SELEÇÃO DE GRAVEL
31
TABELA 4 DIÂMETRO COMERCIAL PARA SELEÇÃO DE GRAVEL E TELA
32
A granulometria recomendada para o gravel é determinada multiplicando-se o
diâmetro
de partícula correspondente aos 50% acumulados em peso (D50- obtido na análise da
peneira) por 4 e 8, adotando o gravel comercialmente disponível com diâmetro
imediatamente inferior ao calculado.
Avaliando o gráfico da figura 2 e selecionando a área de interesse entre as linhas tracejadas
amarelas obtemos : o gráfico da fig. 14
Fig.: 14 Delimitação da área de interesse da amostra com o gráfico da curva S plotado.
Analisando a fig. 14 observamos que proximamente 95 % da areia da amostra está na
classificação de Areia. Marcando os pontos representativos de 10, 40,50, 90 e 95 % dos
acumulativos, e aplicando os métodos de Saucier , Schwartz, e Tiffin, obtém-se a figura 15
que vem a seguir:
Fig.15 Marcação dos pontos percentuais representativos com aplicação dos métodos de seleção de gravel
33
Analisando os resultados com valores em [mm] para Saucier e Schwartz da fig.15 aplicando
o pior caso para os valores de 2,10 mm e 4,2 mm respectivamente e jogando esses valores na
tabela da p. 32 obtemos: para Sucier o valor de 2 mm que em pol = 0,0790 que
comercialmente é conhecido/ comercializado como gravel tamanho US mesh 10 e para
Schwartz 4,000 mm que em pol = 0,1570 que é comercializado como US Mesh 5 indicados na
fig.16 abaixo.
Fig.16 Avaliação dos resultados da figura 13 aplicados na tabela de referência para escolha da faixa comercial do gravel.
34
Jogando ainda esses dois valors obtidos na outra tabela da p. 33 obtem-se que: os Us mesh
ainda pode ser reduzido a uma faixa comercial US mesh 8/16 como indicado na fig. 17 a
seguir.
Fig.17 Avaliação dos resultados da figura 14 na tabela guia para seleção de mesh de tela.
Voltando ainda ao 2° gráfico da p.32 analisando por Tiffin que usa o CS [ coeficiente de
Assimetria dos grãos] e jogando o valor obtido na figura 13 no diagrama de Bianco que
expõe o resultado de 10,67 para CS no Diagrama da p.29 obtém-se avaliando sempre o pior
caso considerando ainda os mais de 5% de finos produzidos pela formação que : A melhor
técnica de controle de produção de areia nesse caso, com base nas avaliações da plotagem do
sieve Analysis e no Diagrama de Bianco que para esse poço se faz necessária a utilização do
pacote de gravel tamanho de 5 vezes o tamanho do grão obtido no acumulativo de 50 % da
formação e o tipo de tela é a Premium como visto a baixo na figura 18.
35
36
CAPITULO 4 – TELAS
1 TELAS (CONJUNTO DE CONTENÇÃO MECÃNICA)
Os principais elementos empregados no mecanismo de retenção mecânica são os
tubos ranhurados, e as telas acompanhadas ou não de gravel. As telas se constituem de um
tubo base com furos entre 8 e 10% do seu corpo, gibs (fios verticais de sustentação), e
jaquetas, o que vai diferir de uma espécie de tela para outra vai ser o tipo de proteção/meio
filtrante que ela vai ter. As telas se dividem em wire-wrapped, premium, expansível e pré-
empacotadas. Para a descida de telas no poço, faz-se necessário um condicionamento do
mesmo e uma troca de fluido. Caso o fluido não seja bem cuidado este pode tamponar os
poros da tela. Nem todo conjunto de tela precisa que haja uma corrida de wishpipes , vai
depender das características do poço. Para aliviar a força de arraste e melhro dividir o gravel
caso venha a ter, as vezes utiliza-se de centralizadores no corpo da tela.
11 Liner rasgado / slots rasgado / Tubo ranhurado
Consiste de um tubo base com cortes dimensionados chamados slots de 2/3 o Ø do menor
gravel selecionado. Esses cortes costumam ser em zig e zag, a uma distância de 6 in do centro
de um para o outro. Costuma ter 6% do corpo aberto para fluxo.
Aplicação: Stand Alone para open hole com grãos homogêneos e economicidade.
Vantagem: gap fixo e baixo custo
Desvantagem: baixa área aberta ao fluxo e possíveis problemas com erosão e plugueamento
dos (slots).
Resistência : Varia com a distribuição dos slots no corpo do tubo.
Figura 13 - DIFERENTES DISPOSIÇÃO DOS SLOTES disponível em :
<http://monografias.poli.ufrj.brmonografiasmonopoli10000088>.
37
1.2Tela pré-empacotada
Consiste de tubo base, gibs, fio em forma de cunha, gravel e fio em forma de cunha.
Aplicação: Cased Holes com muitos canhoneios , open Hole Gravel Pack e stand alone.
Vantagem: redundancia para controle de areia, possível economia com a não operação de
bombeio de gravel.
Desvantgem: plugueamento e menor diâmentro interno.
Figura 14- Tela pré-empacotada disponível em :
<http://www.tecnicodepetroleo.ufpr.br/apostilas/engenheiro_do_petroleo/completacao.>
1.3 Tela Wire wrap
Consiste de Tubo base, gibs e fio em forma de cunha com os espaços ‘gaps’ bem definidos.
Aplicação : cased e open hole/ stand-alone para open hole, com gravel pack ou frac pack
revestido e poços horizontais HTHP e elevada exigência mecânica.
Vantagem: Gap fixo e aplicação para situações mais críticas.
Desvantagem : Plugueamento e risco de erosão em open hole.
Figura 15- Tela Wire wrap esquemático e Tela com erosão Disponível em :<
http://alloymachineworks.com/content/p_w_pbsc.html> e
38
<http://ri.bib.udo.edu.ve/bitstream/123456789/2780/1/70-TESIS.IP011.S84.pdf> respectivamente
Figura 16 - Escolha do formato do fio da tela wire wrapped
<http://monografias.poli.ufrj.brmonografiasmonopoli10000088>. Visitado no dia 09-03-2013
1.4 Tela mesh ou Premium / tubo telado / screen
Aplicação: Cased e open hole / stand-alone para open hole (coeficiente de uniformidade
moderado e finos < 5%), e em poços Horizontais ou com alta inclinação com gravel.
Vantagem : resisntente a plugueamento e maior abertura a fluxo segundo um dos fabricantes
Desvantagem : não tem gap fixo (malha).
Figura 17- Tela mesh ou Premium. disponível em : <http://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/11036/11036_3>
39
1.5 Tela expansível
Aplicação : Stand Alone
Vantagem : Por si só consegue manter a estrutura do poço, e aumenta o diâmetro interno da
coluna de produção.
Desvantagem : Tempo de descida , precisa da descida de um cone de expansão e antes um
calipter para melhor selecionar o cone de expansão.
Figira 18- Tela expansível. disponível em: <http://monografias.poli.ufrj.brmonografiasmonopoli10000088>.
40
1.6 Alternate Path screens
Fornecem um mecanismo redundante com tubos de derivação e bicos que permitem pasta
para contornar pontes de areia e preencher espaços vazios que podem ocorrer durante a
embalagem de cascalho-buraco aberto. O resultado é pacotes completos anulares, maior vida
útil e melhor finalização de produção e recuperação. Utilizada em operação de shunt pack.
Figura 19 - Alternate Path screens. disponível em:< http://www.drillingcontractor.org/well-economics-steer-
completions-focus-toward-standardization-27429 >
41
CAPÍTULO 5 FERRAMENTA DE GRAVEL PACK E PACKERS
1 FERRAMENTA DE GRAVEL PACK
1.1 Gravel -Pack
Segundo Felipe Sant’Anna Bastos da Silva (2008) “Consiste no preenchimento do espaço
anular entre a tela e formação em poços abertos ou entre a tela e o casing em poços fechados
por gravel ou areia”. Para o bombeio do gravel é necessário o uso de uma ferramenta
específica (Gravel pack service tool) recuperável. Esta é uma técnica que vem sendo
largamente utilizada no Brasil, e que vem obtendo bons resultados. Ela pode ser usada tanto
em poço aberto como em poço revestido. Este trabalho visa falar mais sobre sua aplicação em
poço aberto, principalmente nos horizontais. O Gravel- pack em poço aberto mantem uma
produção aberta para fluxo nos 360° do poço, enquanto que o revestido apenas a parte
canhoneada, porém um poço canhoneado tem maior facilidade para controle de produção de
fluidos indesejados, visto que a estrutura dos poços abertos horizontais tem uma chegada de
cone de água e gás mais precoce, segundo Lorenzzo Minassa(2009).
Para carrear o gravel/ ou areia é necessário uma unidade de bombeio de fluido, e um fluido
específico/ selecionado para o tipo de gravel pack, que pode ser dividido entre Water
Pack(água como fluido carreador) e Slurry Pack(fluido viscoso como carreador). Esse fluido
deve ser bem analisado a fim de que em poços horizontais principalmente os que apresentam
presença de folhelho intercalado no arenito não reaja com a formação hidratando-a ou
misturando a argila com o pacote do gravel reduzindo sua permeabilidade.
Ainda há o Frac Pack que é um método de estimulação e contenção de areia que era utilizado
apenas em poços com baixa permeabilidade, porém hoje com as vantagens do fraturamento
hidráulicoe um efetivo método de controle da produção de areia também a aumentar a
recuperação de poços Horizontais. O método consiste em aplicar um elevado diferencial de
pressão contra as rochas do reservatório até a sua ruptura. A fratura que é iniciada no poço se
propaga pela formação acima da pressão de fraturamento.
42
Para manter uma produção de hidrocarbonetos sem produção de granels, e o conjunto de
retenção mecânica posicionado na fase de interesse dentro do poço é necessário um
equipamento capaz de isolar o anular da coluna de produção, e que ainda seja capaz de
sustentar toda essa coluna inferior chamada de cauda ou completação inferior. Essa
ferramenta é o packer que pode ou não ser recuperável.
Todo o conjunto consiste em:
coluna fixa : Bull plug, Telas, Blank pipes , packer
coluna de trabalho: Gravel pack service tool e Wash pipes
1.2 Gravel Pack Service Tool
A ferramenta é composta da ferramenta de trabalho em si com o modulado de acionador
hidráulico, conjunto de selos com válvula equalizadora para não causar calço- hidráulico no
poço, módulo com o cross-over port bore para permitir bombeio e passagem do gravel, um
outro módulo com uma esfera acompanhada de yoke que permite colocar a ferramenta em
posição de circulação ou de reversa, e outros dois menores , um para realizar teste do packer e
outro para localizar um perfil no modulado ante-calço-hidráulico.
Além de seus modulados , a ferramenta quando vai para o trabalho vai acompanhada também
da parte que fica fixa na coluna que é o próprio packer, extensão superior, gravel pack porte,
Seal bore sub e extensão inferior, além dos wash pipes (tubos de lavagem), que permitem que
o fluido com o gravel alcance toda a extensão da coluna de telas e não desidrate e precipite o
screen-out. Todo o acionamento da ferramenta é feita com lançamento de esferas e
posicionamentos da mesma na coluna.
Quando a ferramenta acompanha trabalho de gravel ela passa por um momento crítico que
vem a ser o retorno da ‘onda de gravel’. Nos poços horizontais e desviados que são os mais
realizados hoje a fim de que recupere uma maior porção do óleo. O bombeio do gravel na ida
gera um onda chamada onda alfa que pode apenas sofrem com questão de encontrar rat-holes
e ‘embuchar’ o poço antes da hora, porém quando a camada de gravel está retornando, o
maior percentual do anular foi coberto na ida, logo a onda de retorno chamada de beta é mais
rápida e precisa de total atenção dos operados, pois quando ocorre o Screen-out ( pico de
43
pressão onde a onda beta normalmente já está nos blank-pipes), caso a onda continue a subir
pode causar o aprisionamento da ferramenta de trabalho no poço, causando até um abandono
do mesmo, caso não seja possível recuperar a ferramenta.
Vantagem : Maior resistência a condições do poço.
Desvantagem : atividade de reparo requer retirada de todo o conjunto, apresenta dificuldade
para futuros isolamentos de áreas que venham a produzir água.
44
BHA IMPORTANTES DO MODULADO DE GRAVEL
Figura 20 - Modulado da Ferramenta de Gravel.
Fonte : site sereneenergy.org/i/Gravel-Pack-Service-Tool.html
45
CAPÍTULO 6 CONDICIONAMENTO DO POÇO E FLUIDO DE COMPLETAÇÃO
1-CONDICIONAMENTO DE POÇO
De acordo com (David Sá 2003) para a descida da coluna de completação é necessária a
corrida de um modulado de condicionamento, a fim de limpar os risers, revestimentos de
produção e o colar de cimentação. O não condicionamento do poço poderia pluguear os
‘poros de produção’ da tela, reduzindo sua capacidade de fluxo, ou ainda causar dano a malha
protetora do conjunto das telas, podendo até levar a coluna a colapsar.
O fluido de completação utilizado deve deslocar a lama com colchão viscoso e filtrado de
modo que a turbidez seja <= 30 NTU e partículas <= 2 micra para não entupir os poros do
poço caso venha a invadir a formação e não conter componentes reativos com o poço.
De acordo com o ( Completação - Série Concursos Públicos Curso Prático & Objetivo) A
preparação do poço deve ser feita da seguinte forma: raspador e circulação intermitente de
colchões lavadores e fluidos gelificados devem ser usados para remover lama e resto de
cimento no revestimento.
2-FLUIDO DE COMPLETAÇÃO
Para completar um poço, antes é preciso perfurar, e para perfurar, são
necessárias algumas informações e alguns cuidados. Os reservatórios são estruturas
geológicas que estão expostos a um sistema de forças e são compostas por distintos minerais.
Essas forças precisam ser compreendidas para que se mantenham em equilíbrio. Testes
durante a perfuração são feitos para estabelecer uma janela operacional de pressões de
trabalho. Os teste que estabelecem a pressão de fratura do poço são conhecidos como Testes
de Absorção Clássico (Leak- off Tests –LOT) , e Testes de Absorção Estendido (Extended
Leak- off Tests –ELOT). As pressoes de Colapso e de poros também são estabelecidas.
Durante a fase de completação e perfuração o cuidado com o fluido utilizado no poço é
imprescindível, visto que dependendo do composto químico, e o próprio material da parede
do reservatório pode ser reativo ao mesmo. Por isso é necessário trabalhar na janela
operacional indicada e com fluidos apropriados afim de que o poço não tenha problemas com
46
mudança de diâmetros e Colapso, podendo até causar o abandono do próprio. Depois de
sabido o range de pressão operacional, o peso da coluna hidrostática , o fluxo de bombeio
dentro do poço precisa trabalhar nesta faixa. Diante disto existem diferentes fluidos e gravel
disponíveis no mercado para uso.
Como dito anteriormente caso a operação seja de water packer usando como fluido carreador
basicamente salmouras com algum aditivo ou o Slurry packer que tem alta concentração de
gravel e fluido viscoso. A seguir uma tabela com as principais salmouras utilizadas:
TABELA 5- Fluidos de completação e Baker fluids (BJ/BR)
3- GRAVEL DA COMPLETAÇÃO
O gravel em si , pode ser uma areia bem selecionada, uma cerâmica industrializada
resinada ou não, ou ainda um gravel especial como o carbolite ou aditivo para formações com
‘baixa pressão de faturamento”. Esse gravel é disposto no mercado em faixas
comercializáveis tais como as descritas a seguir fornecida pela empresa Mineração Jundu : As
areias Frac e Gravel Pack naturais são provenientes da planta de Analândia/SP, nas
granulometrias mesh # 10/20, # 16/30 e # 20/40. Já as areias Frac e Gravel-Pack resinadas
são provenientes da planta de Descalvado/SP, nas granulometrias # 8/12, # 8/16, # 10/20, #
47
12/20 e # 20/40. Estes produtos são testados e homologados pelo STIM-Lab, laboratório
internacional qualificado para análises de propantes e pelo CENPES - Centro de Pesquisas e
Desenvolvimento da Petrobras.
A empresa citada tem como principais clientes algumas das companhias mais conhecidas do
ramo petrolífero como Petrobras Petróleo Brasileiro, Petrobras Distribuidora (BR Supply),
Petroreconcavo e Cias de Serviço como: Schlumberger, Baker Hughes/BJ Services e
Hallibuton.
4- QUALIDADE DO GRAVEL
O gravel passa por muitos testes para poder garantir suas qualidades, e os testes são eles :
-Análise do tamanho (faixa de range do gravel escolhida 20-40) duas peneiras uma sobre a
outra, sendo que % retida da peneira de diâmetro menor =< a 96% e retida na maior =< a 2%.
- Esfericidade ( aproximação do gravel de uma esfera perfeira que é 1) resultado => que 0,6.
- Curvatura – medida de curvatura e uniformidade do gravel => 0,6
-Solubilidade em ácido (sem solubilidade em solução de ácido clorídrico com concentração
de 1%)
-Teor de Impureza – (teste de solubilidade em vapor – Turbidez menor que 250 NTU).
- Resistência a compressão ( amostra sem finos sobre confinamento não deveria produzir em
peso mais de 2 %.).
FIGURA 21- Esfericidad y redondez por Krumbein y Sloss Disponível em :
<http://ri.bib.udo.edu.ve/bitstream/123456789/2780/1/70-TESIS.IP011.S84.pdf>
48
CONCLUSÃO
As operações de Gravel –pack em poço aberto e principalmente em poços horizontais, apesar
dos riscos e maiores investimentos dos que os necessários para poços convencionais se
justifica, pelo simples fato de aumentar a área de recuperação de óleo e a ‘segurança’ do poço,
visto que em poços horizontais as condições de desmoronamento e colapso do reservatório
são mais favoráveis. A perda de um poço já justificaria os gastos maiores com sistemas de
prevenção como o controle de areia com pacote de gravel, e os recursos financeiros exigidos
com operações de intervenção e manutenção superam com facilidade o ‘investimento’ de uma
coluna de contenção mecânica de areia caso ela venha a ser requerida. Hoje com as telas de
caminho alternativo, até mesmo o risco de um empacotamento ineficiente se torna menor, ou
ainda com a presença das telas expansíveis, o próprio pacote de gravel pode vir a cair em
desuso em alguns casos visto que uma de suas principais funções é justamente sustentar a
formação ao redor do poço, pode ser feita com facilidade pelas expansíveis.
49
REFERÊNCIAS
ALLOY SCREENS.Products Oil and Gas: http://alloymachineworks.com/content/p_w_pbsc.html dia 30/08
BAKER HUGHES Disponível em: < http://public.bakerhughes.com/sand-control> visitado
em : 01/09/2014
BIANCO. L. C. B., HALLECK, P. M., Mechanisms of Arch Instability and Sand Production
in Two-Phase Saturated in Poorly Consolidated Sandstones, SPE 68932. 2001.
ENEGEP 2007 : XXVII Encontro Nacional de Engenharia de Produção. Elaboração de um
projeto de gravel pack como sistema de contenção de areia em poços de petróleo: estudo
de caso na bacia de campos - uma visão por gerência de projetos. Apresentado por:
Camila Paixão em Foz do Iguaçu-PR : Associação Brasileira de Engenharia de
Produção,2007.
COMPLETAÇÃO - Série Concursos Públicos, Curso Prático & Objetivo , Técnico do
Petróleo. disponível em :
<http://www.tecnicodepetroleo.ufpr.br/apostilas/engenheiro_do_petroleo/completacao.>visita
do em 29-08-2014
DAVID MANOEL DE SÁ .Fluidos de completação . Macaé . Universidade Estácio de sá
2013.
FELIPE SANT’ ANA BASTOS DA SILVA. : Análise paramétrica da aplicabilidade da
tecnologia de controle da produção de areia em poços de petróleo . Rio de Janeiro. Escola
politécnica da Universidade Federal do Rio de Janeiro 2008.
JAQUES SAVINO : Deslocamento de fluidos em poços horizontais não retilíneos . Rio de
Janeiro: PUC-Rio, 2009
JESÚS RAFAEL SALCEDO ZAMORA: Factibilidad de uso del diseño de empaque con
grava para el control de arenas en los pozos del campo posa, golfo de paria . Puerto La
Cruz, Venezuela : Universidad de oriente escuela de ingeniería y ciencias aplicadas
.Departamento de petróleo, 2011
50
JONATHAN BELLARBY. Well Completion Design . edt.: Elsevier, 2009
LORENZZO MINASSA Mini Curso CONTROLE DE AREIA EM POÇOS DE ÁGUAS
PROFUNDAS Disponível em :
<http://www.petroleo.ufrj.br/spetro/2009/spetro_arquivos/material/seg/Controle_de_Areia_e
m_Pocos_de_Aguas_Profundas.pdf >Visitado em : 13/09/2014
MARCELA SANTOS AZEVEDO.: Análise geomecânica aplicada a análise de
estabilidade de poços. Rio de Janeiro: Escola Politécnca, Universedade Federal do Rio de
Janeiro, 2011.
MINERAÇÃO JUNDU – Disponível em :
http://www.gnbc.com.br/detalhenoticia.aspx?id=5f3cb634-3273-4ce0-a5a2-
0a4b5cc59433&title=Entrevista+com+o+gerente+de+marketing+e+vendas+da+Mineracao+J
undu%2C+Edson+Gomiero Visitado em: 12/09/2014
WILLIAM MÜLLER . Mecânica das Rochas – UNIDADE 3- GRANULOMETRIA DOS
SOLOS . Disponível em : http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAoc0AA/mecanica-dos-
solos-unidade-03 visitado em : 01/09/2014
SERENE ENERGY – Disponível em: <http://www.i.sereneenergy.org/i/Gravel-Pack-Service-
Tool.html> Visitado em : 12/09/2014
SCHLUMBERGER Sand Control e Completação Disponível em :
<http://www.slb.com/services/completions.aspx > visitado em : 01/09/2014

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Controle de produção de areia e seleção de gravel e tela

  • 1. UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ ENGENHARIA DE PETRÓLEO AUGUSTO CEZAR CORREA DE SOUZA CONTROLE DE PRODUÇÃO DE AREIA E SELEÇÃO DE GRAVEL E TELA MACAÉ 2014 BRUNA SANCHEZ DE VIVEIROS
  • 2. AUGUSTO CEZAR CORREA DE SOUZA BRUNA SANCHEZ DE VIVEIROS CONTROLE DE PRODUÇÃO DE AREIA E SELEÇÃO DE GRAVEL E TELA Monografia apresentada no curso de Engenharia de Petróleo da Universidade Estácio de Sá como requisito para obtenção de Bacharel em Engenharia de Petróleo. . Prof. e Geólogo Luiz Maurício Silva de Lima – Orientador MACAÉ 2014
  • 3. CONTROLE DE PRODUÇÃO DE AREIA E SELEÇÃO DE GRAVEL E TELA Por AUGUSTO CEZAR CORREA DE SOUZA BRUNA SANCHEZ DE VIVEIROS Trabalho de Conclusão de Curso aprovado com nota ___ como requisito parcial para a obtenção do grau de Bacharel em Engenharia de Petróleo, tendo sido julgado pela Banca Examinadora formada pelos professores: ____________________________________________________________ Presidente: Prof. Luiz Mauricio Silva de Lima – Orientador, Universidade Estácio de Sá ____________________________________________________________ Membro: M. Sc. Bárbara Diniz Lima, Universidade Estácio de Sá ____________________________________________________________ Prof. Esp. David Manoel de Sá, Universidade Estácio de Sá Macaé, 3 de abril de 2014
  • 4. DECLARAÇÃO DE ISENÇÃO DE RESPONSABILIDADE Através deste instrumento, isento meu Orientador e a Banca Examinadora de qualquer responsabilidade sobre o aporte ideológico conferido ao presente trabalho. ________________________________________ BRUNA SANCHEZ DE VIVEIROS ________________________________________ AUGUSTO CEZAR CORREA DE SOUZA
  • 5. AGRADECIMENTOS Nossos agradecimentos aos amigos, parentes e cônjuges pela compreensão, apoio e carinho. Aos professores e colegas do Curso, pela troca de experiências.
  • 6. RESUMO Este trabalho tem como objetivo falar sobre os diferentes mecanismos e métodos de contenção de areia utilizados em poços de petróleo. Mecanismos estes que são solicitados após vários critérios de avaliações, incluindo os estudos de testes da formação, de perfis, amostras laterais, testemunhos e cascalhos (amostras de calha). Ensaios laboratoriais são realizados com base em amostras capturadas a fim de estabelecer características intrínsecas do arenito do reservatório como: a granulometria, porosidade () , permeabilidade (), a distribuição dos grãos e quantidade de agente cimentador entre os mesmos. Definido as características anteriores e outras mais, são realizados diversos, experimentos com cálculos, análises e simulações incluindo a avaliação e construção da curva S que é um gráfico com a plotagem de percentual cumulativo de peso do arenito x diâmetro do grão. Este gráfico é obtido através dos resultados da pesagem das porções acumuladas das amostras retidas nas peneiras de classificação de tamanho de grãos que são enfileiradas em ordem decrescente de diâmetro . Este é um gráfico importante para selecionar o tamanho ideal do gravel ou areia, e ainda o tipo de tela aplicável para controlar a produção de sólidos do poço e/ou campo em questão. As metodologias utilizadas são todas baseadas no coeficiente de uniformidade dos grãos e percentuais de distribuição. Palavras-chave: stand alone, gravel-pack, gravel e tela
  • 7. ABSTRACT The aims of this paper is discuss the various mechanisms and methods of containment of sand used in oil wells. Mechanisms that are required after various criteria of assessments, including studies of the formation testing, profiling, side samples, full core samples and gravels (trough samples). Laboratory tests are performed on samples taken to establish the intrinsic characteristics of the reservoir sandstone as particle size, porosity (), permeability (), the distribution of grain and amount of agent the cement between them. Set the previous features and more, are conducted several experiments with computations, analyzes and simulations including the evaluation and construction of the S curve that is a graph of plotting the cumulative percentage weight Sandstone x grain diameter. This graph is obtained from the results of weighing the accumulated portions of the samples retained on sieves of size classification of grains that are in a vertical form in order of decreasing diameter. This is a important graph to select the optimum size of the gravel or sand, and the kind of screen that is necessary to control production solids from the well and / or from the field in question. The methods used are all based on the coefficient of uniformity of grains and distribution percentages. Keywords : Stand alone , gravel- pack , gravel and screen
  • 8. SUMÁRIO LISTA DE FIGURAS..........................................................................................................8 LISTA DE TABELA............................................................................................................9 LISTA DE EQUAÇÕES.....................................................................................................10 1 – INTRODUÇÃO.............................................................................................................11 1.1 – OBJETIVOS................................................................................................................12 CAPÍTULO 1-Produção de arenitos , granulometria e classificação de poços............14 1.1- Fatores para a Produção de Areia................................................................................14 1.2- Arenito do Reservatório ...............................................................................................15 - Análises Granulométrica...................................................................................................16 3 - Terminologias Usadas para Definição das Partículas do Reservatório de Arenito Segundo – Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT/ NBR 6502/95).............................19 4 - Classificação dos Grãos.................................................................................................19 5 - Amostras do Sieve Analysis...........................................................................................20 6 - Classificaçao de Poço.....................................................................................................22 CAPÍTULO 2 - Métodos de Controle da Aréia ..............................................................23 1 - Principais Métodos de Controle de Areia ......................................................................23 1.1 - Controle de Produções ................................................................................................24 1.2 - Reforços, ou Melhor Condicionamento da Formação ................................................24 1.3 - Restrições ao Fluxo de Sólidos (métodos mecânicos) ................................................24 CAPÍTULO 3 - Principais Métodos Aplicados...............................................................26 CAPÍTULO 4 - Telas.........................................................................................................31 1 - Telas(conjunto de contenção mecânica) ........................................................................31 1.1 - Linear Rasgado / Slots Rasgado / Tubo Ranhurado....................................................31 1.2 - Tela Pré-empacotada...................................................................................................32 1.3 - Tela Wire Wrap...........................................................................................................32 1.4 - Tela Mesh ou Premium / Tubo Telado / Screen..........................................................33 1.5 - Tela Expansível...........................................................................................................34 1.6 - Alternate Path Screens ................................................................................................35 CAPÍTULO 5- Ferramenta de Gravel Pack e Packers..................................................36 1 - Ferramenta de Gravel Pack ............................................................................................36 1.1 - Gravel – Pack ..............................................................................................................36 1.2 - Gravel Pack Service Tool............................................................................................37
  • 9. Capítulo 6 - Condicionamento do Poço e Fluido de Completação................................40 1 - Condicionamento de Poço..............................................................................................40 2 - Fluido de Complementação............................................................................................40 3 - Gravel da Completação..................................................................................................41 4 - Testes de Gravel.............................................................................................................42 CONCLUSÃO....................................................................................................................43 REFERÊNCIAS ................................................................................................................44
  • 10. LISTA DE TABELA TABELA 1 - Escala Granulométrica Adotada pela A.S.T.M, AASHTO, MIT E ABNT ..17 TABELA 2 - Principais Métodos Utilizados.......................................................................26 TABELA 3 - Diagrama de Bianco ......................................................................................27 TABELA 4 - Guia para Seleção de Gravel .........................................................................28 TABELA 5 - Diâmetro Comercial para Seleção de Gravel e Tela .....................................29 TABELA 6 - Fluidos de Complementação e Backer Fluids (BJ/BR).................................41
  • 11. LISTA DE FIGURAS FIGURA 1 - Foto de Teste Mecânico de TWC...................................................................13 FIGURA 2 - Curva Granulométrica....................................................................................14 FIGURA 3 - Gráfico Plotado do Sieve Analysis de Três Formações Distintas..................17 FIGURA 4 - Conjunto de Peneiras do Sieve Analysis........................................................18 FIGURA 5 - Aprelho do Sieve Analysis.............................................................................18 FIGURA 6 - Formas Distintas dos Grãos de Arenito..........................................................19 FIGURA 7 - Graduação dos Grãos Quanto a Distribuição .................................................19 FIGURA 8 - Ferramenta de Amostra Lateral Aberta em Laboratório, Desenho, e Teste de FMI........................................................................................................................20 FIGURA 9 - Diferentes Tamanhos da Amostra Lateral com Detalhe da Broca .................21 FIGURA 10 - Broca e Testemunhos da Broca....................................................................21 FIGURA 11 - Caixa do Experimento de Saucier ................................................................25 FIGURA 12 - Resultado Plotado do Experimento de Sucier..............................................25 FIGURA 13 - Diferentes Disposições dos Slotes................................................................31 FIGURA 14 - Tela Pré-empacotada....................................................................................32 FIGURA 15 - Tela Wire Wrap Esquemático e Tela com Erosão .......................................32 FIGURA 16 - Escolha do Formato do Fio da Tela Wire Wrapped.....................................33 FIGURA 17 - Tela Mesh ou Premium ................................................................................33 FIGURA 18 - Tela Expansível............................................................................................34 FIGURA 19 - Alternate Path Screens .................................................................................35 FIGURA 20 - Modulado da Ferramenta de Gravel.............................................................39 FIGURA 21 - Esfericidad y Redondez por Krumbeim y Sloss...........................................41
  • 12. LISTA DE EQUAÇÕES EQUAÇÃO 1.1 - Velocidade da partícula ..........................................................................15 EQUAÇÃO 1.2 - Resistência viscosa da partícula..............................................................15 EQUAÇÃO 1.3 - Diâmetro da partícula .............................................................................15
  • 13. 12 1-INTRODUÇÃO De acordo com ( Bellarby, 2009) aproximadamente 60 % da produção mundial de gás e/ou óleo vem de formações de carbonatos, porém os 40% restantes são arenitos. Cerca de 30% dos poços de arenitos apresenta problemas com relação a produção de areia. Quando um poço produz hidrocarbonetos é natural por conta da vazão do fluido produzido, grau de sedimentação dos grãos e força de arraste ocorrer desprendimento e carreamento de partículas para a coluna de produção e para todos os outros equipamentos por onde o fluido vai fluir, esse fenômeno aqui é chamado de carreamento de areia. A areia é conhecida por sua natureza agressivo-erosiva, e uma grande produção dela pode causar danos como : colapso da formação, furos na coluna de produção, entupimento da coluna tanto em superfície como no fundo do poço, perda de volume útil de tanques. Esses problemas nos equipamentos futuramente viriam a requerer intervenções de alto valor econômico(Workover). Quando o grau de sedimentação da areia do reservatório é muito baixo esse arenito recebe o nome de friável ( arenito de pouca sedimentação). Para evitar produção excessiva desses friáveis, mecanismos como a retenção mecâcia atráves da descida de conjunto de telas e pacote de gravel , entre outros são largamente utilizados, porém para a correta seleção de combate ao carreamento de sólidos começa a ser necessária uma avaliação sobre controle de vazão (redução da produção) X futura intervenção X previsão da chegada de grande produção de sólidos carreados, ou seja, começa a parecer aceitável a aplicação de um modo de combate/ controle a produção de arenitos. De acordo com (Camila Paixão 2007), a Bacia de Campos tem reservatórios que apresentam arenitos com pouca consolidação e em águas profundas. A tecnologia que vem atendendo ao propósito de ter pouco gasto com operações de workover (intervenção) e baixa produção de areia é o open hole gravel pack em poço horizontal que está apresentando ótimos resultados e será o principal protagonista ao longo deste trabalho. O campo de Marlim também vem recebendo este tratamento, assim como Marlim Sul , Voador, Barracuda, Caratinga, Roncador , Espadarte e Jubarte (Unidade Operacional do Rio de Janeiro-UO-RIO).
  • 14. 13 1.1 OBJETIVOS Este trabalho tem como objetivo enumerar razões positivas para a utilização de mecanismos e técnicas de controle de produção de areia:  Custo benefício (evita operações de ‘workover’) com utilização de métodos de retenção de areia  Aumento da área de produção com Utilização de Conjunto de tela no lugar de canhoneios.  Segurança do Poço com maior garantia de não desmoronamento (poços horizontais e/ou desviados) utilizando o pacote de gravel.  Garantia de empacotamntos do gravel utilizando as telas de caminhos alternativos eficientes.  Redução de danos a equipamentos de superfície, planta de produção e coluna utilizando métodos que reduzem a produção de areia a um nível aceitável.
  • 15. 14 CAPÍTULO 1 – COMPLETAÇÃO , PRODUÇÃO DE ARENITOS , GRANULOMETRIA E CLASSIFICAÇÃO DE POÇOS 1.1 – COMPLETAÇÃO Completação consiste nas técnicas de construção de poços especializadas em colocar um poço que já foi perfurado para produzir com segurança. Para fazer isso são necessários projetos e estudos a fim de estabelecer um modelo seguro a ser seguido como tipo de tubulação, tipo de árvore de natal, se o poço é aberto ou fechado, se produz gás, ou não, e especificações de modo geral. Este trabalho apenas direciona para a parte de completação da coluna inferior conhecida como coluna de contenção de areia, ou ainda cauda do poço. A fim de seguir com a completação inferior estudos a base de testemunhos são realizados para estabelecer os parâmetros que vão entrar para ajudar a desenhar o projeto do poço. Para tanto é preciso conhecer alguns fatores que fazem a areia se tornar um problema, e esse é o assunto que vem a segui. 1.2- FATORES QUE INFLUENCIAM A PRODUÇÃO DE AREIA Como explicado na introdução, o simples fato de haver o fluxo de hidrocarbonetos durante a sua produção, gera a produção de arenitos. Essa Produção vai depender de diversos fatores como a vazão em que o hidrocarboneto está sendo produzido, o nível de despressurização da rocha reservatório em que o petróleo está contido, e a força peso que as camadas de rochas acima dela estão exercendo. A seguir algumas definições desses termos: Força de strength : a rocha tem suas propriedades intríscecas conhecidas como propriedades geomecânicas . Toda rocha está exposta a um conjunto de forças, essas forças causam o estresse da rocha. Para resistir a esse conjunto de forças ela precisa conter entre outras coisas, no caso dos arenitos os agentes cimentantes mais comuns que são o quartzo, a calcita (carbonato de cálcio) e a dolomita (carbonato de magnésio). A ausência desses compostos costuma vir acompanhada de boa porosidade, porém o arenito se torna quebradiço e além de produzir hidrocarboneto vai também produzir areia em grande quantidade.
  • 16. 15 Força Carga/ peso hidrostático É a força aplicada pela coluna de fluido de perfuração/completação a cima da rocha reservatório. Força Carga / peso litostático . É a força natural das camadas, que durante a perfuração / produção, pode causar despressurização causando, cavernas, redução de fluxo, fluxo de água, despressurização de poros. Ainda tem a formação precipitada de cones de água, que consiste em produção de água junto com o petróleo, que ao ser sugado para a coluna de produção cria uma força de arraste que, caso a linha de água esteja muito próxima a linha do reservatório pode acabar causando esse fenômeno que também é característico de produção de areia. 1.3-ARENITO DO RESERVATÓRIO É muito importante para começar o serviço de elaboração de projeto de um poço, obter informações fidedignas do reservatório, incluindo informações da porosidade, permeabilidade e grau de consolidação das areias do reservatório. Devido ao dispendioso valor de corridas de ferramentas dentro do poço para coletar amostras representativas do do mesmo, apesar de ser sabido que as forças atuantes no reservatório não são igualmente distribuídas, e que as vezes em um mesmo reservatório podem haver diferenças com relação ao grau de coesão entre os grãos da formação e arenitos. Muitas vezes são feitas correlações de valores com reservatórios e poços já conhecidos. Para determinar o grau( quantidade de agentes cimentantes presentes nas areias do arenito do reservatório), as amostras adquiridas sofrem testes para determinar a força de coesão e resistência dos grãos, como o (UCS), unconfined compressive strength e o (TWC) observado na figura 1, tick wall cylinder. Existm ainda outros testes que exigem menor quantidade de amostras (menor custo) como o Brinell hardness e o Schmidt Hammer test. Algumas características também podem ser obtidas através de métodos indiretos , que são os dos perfis de densidade Neutrão e porosidade com corridas de wire & Line ou MWD.
  • 17. 16 Figura 1- Foto de Teste mecânico de TWC - Bellarby ( 2009) 1.4-ANÁLISE GRANULOMÉTRICA A análise granulométrica é a análise necessária para saber , além do nível de sedimentação das partículas do arenito, o percentual de finos produzidos e a distribuição dos grãos com relação ao tamanho das partículas em peso divido pelo peso total da amostra utilizada no teste. Para isso é feito o gráfico da p.18 conhecido como gráfico da curva S que é tão necessário para auxiliar na aplicação da escolha do método de contenção de areia. O gráfico e sua marcação dos pontos necessários vão ser mostrados mais adiante. Para realizar uma análise granulométrica 3 fatores são importantes de acordo com a ABNT: I- Diâmetro efetivo D10 - É o ponto característico da curva granulométrica para medir a finura do solo, que corresponde ao ponto de 10%, tal que 10% das partículas do solo possuem diâmetro inferiores a ele. II-Coeficiente de uniformidade CU = (D40/D90) - Dá a distribuição do tamanho das partículas do solo; valores próximos de 1 indicam curva granulométrica quase vertical, com os diâmetros variando em um intervalo pequeno, enquanto que, para valores maiores a curva granulométrica irá se abatendo e aumentando o intervalo de variação dos diâmetros. Segundo Woods & Ott (2003) uma formação é considerada de ruim seleção, caso o seu coeficiente tenha valor superior a 5.
  • 18. 17 III- Coeficiente de Curvatura CC = [(D30)²/D60 * D10] - Para um solo bem graduado, o valor do coeficiente de curvatura, deverá estar entre 1 e 3. Portanto, a distribuição do tamanho de partículas é proporcional, de forma que os espaços deixados pelas partículas maiores sejam ocupados pelas menores. Solos com tamanhos e forma não muito arredondados causam problema quanto a fluidez. Os reservatórios, poços de modo geral apresentam características específicas, umas delas são as formas de organização dos grãos, tamanho dos mesmos, presença de argilas, porosidade, permeabilidade entre outras. Na estimativa do grau de sedimentação a fim de direcionar para o método correto para contenção de areia é feito um gráfico, este o qual é conhecido como Curva “S”, ou Curva Granulométrica, que surge da plotagem do teste de avaliação do Sieve Analysis visto nas figuras 4 e 5 da p.22. Esse teste consiste em pegar uma amostra representativa do reservatório, desidrata-la, pesá-la, descimentar os grãos com cuidado para não triturar, colocar no conjunto de peneiras vibratórias (Sieves) com os diâmetros e pesos unitários já conhecidos, adquirir o peso da amostra acumulado nas peneiras e colocar no gráfico. Obter os percentuais cumulativos de 10%, 40%, 50%, 90% e 95% para poder calcular o (coeficiente de uniformidade = D40/D90), e adquirir os outros fatores para aplicação dos outros métodos para contenção de areia e assim concluir a avaliação do gráficao (Sieve Analysis). Mais adiante na p.35 essa figura 2 que se segue como sendo o resultado da pesagem das amostras nas peneiras vai aparecer nos exemplos de aplicação dos métodos e avaliações para facilitar o entendimento e entender a necessidade do gráfico. Figura 2 Curva Granulométrica – Disponível em: William Müller (2006)
  • 19. 18 Segundo (Müller 2006) para os solos finos, siltes e argilas, com partículas menores que 0,075mm (#200), o cálculo dos diâmetros equivalentes será feito a partir dos resultados obtidos durante a sedimentação de certa quantidade de sólidos em um meio líquido. A base teórica para o cálculo do diâmetro equivalente vem da lei de Stokes, que afirma que a velocidade de queda de uma partícula esférica, de peso específico conhecido, em um meio líquido rapidamente atinge um valor constante que é proporcional ao quadrado do diâmetro da partícula. O estabelecimento da função, velocidade de queda - diâmetro de partícula, se faz a partir do equilíbrio das forças atuantes (força peso) e resistentes (resistência viscosa) sobre a esfera, resultando nas fórmulas a seguir, onde, Fórmula 1 dá resistência viscosa Fórmula2 dá a velocidade partícula e a Fórmula 3 dá o diâmetro da partícula. onde:  = resistência viscosa v = velocidade de queda γs = peso específico real dos grãos - g/cm3 γw = peso específico do fluído - g/cm3 μ = viscosidade da água - g . s/ cm2 D = diâmetro equivalente (mm) Z = Distância percorrida pela párticula. As equações anteriores são equações para esferas perfeitas em condições ideias não alcançáveis em um ensaio de sedimentação real. As partículas não são esferas perfeitas e o número delas é amplo, o peso específico de todos os sólidos não é exclusivo e o espaço utilizado é limitado, podendo ocorrer influência das paredes do recipiente do ensaio, bem como de uma partícula sobre as outras. A fim de tornar mínimo os erros devido às condições não ideais, alguns cuidados devem ser tomados durante o ensaio tais como: -Não se deve ter uma suspensão com uma concentração de sólidos, (peso de sólidos/volume da suspensão) muito alta. Fórmula 1 Fórmula 2 Fórmula 3
  • 20. 19 -Para que não ocorra floculação e permita a descida individual das partículas, deve-se adicionar um desfloculante à suspensão. -A realização do ensaio fica restrito às partículas com diâmetro entre 0,2 e 0,0002mm, para se evitar o problema da turbulência gerada pela queda de partículas grandes e o movimento Browniano que afeta partículas muito pequenas. 1.5- Terminologia usada para definição das partículas do reservatório de arenito Segundo - Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT/NBR 6502/95) Segundo avaliação da Associação Brasileira de Norrmas Técnicas, a Classificação/definição dos Grãos que podem ser encontrados em rochas siliciclásticas conhecidas como arenitos é definida de acordo com uma facha de tamanhos/diâmetros. Essa classificação de tamanho de grãos foi a utilizada na figura 2, e elas estão listadas a baixo, avaliando que para a questão de análise de reservatórios de arenitos as classificações de maior importância são as areias e os finos (siltes e Argilas), sendo assim, por definição: Pedregulho – solos formados por minerais ou partículas de rocha, com diâmetro compreendido entre 2,0 e 60,0 mm. Quando arredondados ou semi-arredondados, são denominados cascalhos ou seixos. Divide-se quanto ao diâmetro em: pedregulho fino – (2 a 6 mm), pedregulho médio (6 a 20 mm) e pedregulho grosso (20 a 60 mm). Areia – solo não coesivo e não plástico formado por minerais ou partículas de rochas com diâmetros compreendidos entre 0,06 mm e 2,0 mm. As areias de acordo com o diâmetro classificam-se em: areia fina (0,06 mm a 0,2 mm), areia média (0,2 mm a 0,6 mm) e areia grossa (0,6 mm a 2,0 mm). Silte – solo que apresenta baixo ou nenhuma plasticidade, baixa resistência quando seco ao ar. Suas propriedades dominantes são devidas à parte constituída pela fração silte. É formado por partículas com diâmetros compreendidos entre 0,002 mm e 0,06 mm. Argila – solo de graduação fina constituída por partículas com dimensões menores que 0,002 mm. Apresentam características marcantes de plasticidade; quando suficientemente úmido,
  • 21. 20 molda-se facilmente em diferentes formas, quando seco, apresenta coesão suficiente para construir torrões dificilmente desagregáveis por pressão dos dedos. Caracteriza-se pela sua plasticidade, textura e consistência em seu estado e umidade naturais. Essas mesmas definições vistas anteriormente estão resumidas na tabela 1 que se segue, junto com a figura 3 que é mais um exemplo de curva ‘s’ considerando já o coeficiente de uniformidade e as figuras 4 e 5 que mostram as peneiras utilizadas para fazer a pesagem e obter os valores marcados do gráfico da curva ‘s’. TABELA 1 -Escala granulométrica adotada pela ABNT Figura 3- Gráfico plotado do Sieve Analysis de três formações distintas
  • 22. 21 Figura 4 - Conjunto de peneiras do Sieve Analysis Figura 5 -Aprelho do Sieve Analysis
  • 23. 22 1.6- Classificação dos grãos  Quanto a consolidação (grau de sedimentação/ quantidade de agente cimentante): -Quicksand – pouco sedimentado (fraco) -Parcialmente consolidado – (médio) -Friável – consolidado, porém produz areia quando posto em produção. (moderado)  Quanto ao tamanho (VISTO NAS P. 20 E 19) -Pedregulho (2,0 a 60,0 mm) -Areia (0,06 a 1,99 mm) -fina [0,06 até 0,20] -média [0,20 até 0,60] -grossa [0,60 até 1,99] -Silte (0,002 a 0,059 mm) -Argila (0,0001 a 0,0019 mm)  Quanto a forma : como visto na figura 6 Figura 6- Formas distintas dos grãos de arenito RESERVATÓRIORIO RUIM RUIMRUIIM RESERVATÓRIO BOM
  • 24. 23  Quando a distribuição dos grãos (Coeficiente de curvatura/ Coeficiente de Uniformidade / Tiffin ) como visto na figura 7. Figura 7 Graduação dos grãos quanto a distribuição 1.7- AMOSTRAS DO SIEVE ANALYSIS As amostras utilizadas para o teste do Sieve Analysis podem ser laterais (sidewall core) ou de testemunhos (full core sample), muitas vezes por representar alto custos as vezes são utilizadas amostras dos cascalhos obtidos na perfuração.A seguir nas figura 8 a ferramentas tradicionais de obtenção dos diferentes tipos de amostras acompanhade de teste de FMI , na figura 9 a ferramenta com os dois tamanhos de amostras laterais disponíveis no mercado e na 10 a broca com o testemunho. Figura 8 – Ferramenta de amostra lateral aberta em laboratório, desenho, e teste de FMI http://www.slb.com/~/media/Files/resources/oilfield_review/ors13/win13/03_rotary_side.pdf
  • 25. 24 Figura 9 - diferentes tamanhos da amostra lateral com detalhe da broca Disponível em: http://www.slb.com/~/media/Files/resources/oilfield_review/ors13/win13/03_rotary_side.pdf Figura 10 – Broca e testemunhos da broca Disponível em : http://www.slb.com/~/media/Files/resources/oilfield_review/ors13/win13/03_rotary_side.pdf
  • 26. 25 1.8-- Classificações de poço Assim que um poço é perfurado, Testes de Formação são realizados, Perfis são traçados e o Geólogo a bordo da unidade de perfuração começa a receber os cascalhos da operação, quando em poços pioneiros, em campos desconhecidos, o reservatório começa a ser definido e junto com ele os ‘desenhos de completação’ dos poços. De acordo com o tipo de fluido, sedimentação e localização do reservatório e poço, o mesmo será classificado como: - Open hole – (poço aberto) - Cased hole – (Poço revestido) - Poço vertical - Poço horizontal / direcionado.
  • 27. 26 CAPÍTULO 2 - MÉTODOS DE CONTROLE DE AREIA 2.1- PRINCIPAIS MÉTODOS DE CONTROLE DE AREIA O controle da produção de areia é dividido em três partes principais:  Restrição ao fluxo de sólidos (métodos mecânicos)  Controle da produção  Reforço ou melhor condicionamento da formação 2.1.1 Controles da produção Quando o fluido recuperado do poço atinge certa vazão, que acarreta em determinada força de arraste começa a carrear sedimentos para a coluna. Para evitar a produção de areia é simples, basta controlar o fluxo, ou seja, manter baixa a taxa de escoamento do hidrocarboneto para não produzir esses grãos abrasivos, ou ainda usar uma faixa de admissão controlado para obter um produção aceitável de arenitos. 2.1.2 Reforços, ou melhor, condicionamento da formação É um tipo de tratamento químico que consiste na aplicação de um gravel com resina nos ‘vazios’ causados pela produção de areia atrás da coluna de produção, ajudando na força de coesão entre os grãos do reservatório. Este método apresenta alguns riscos de danos e não vem sendo muito utilizado. Esta técnica se restringe a ser aplicada em poços com pequena extensão canhoneada. 2.1.3Restrições ao fluxo de sólidos (métodos mecânicos) Este método segundo ( Silva ,2008) constitui basicamente na determinação do diâmetro da barreira física filtrante imposta contra o reservatório para limitar a produção de partículas, visto que nenhum método aplicado extermina totalmente a produção de sedimentos.
  • 28. 27 Aqui neste método, além das telas e liners, há a possibilidade de utilização de gravel (barreira de grãos bem dimensionados para ‘segurar a parede do poço’), estes grãos podem ser areia, cerâmica ou algum outro granel feito em laboratório. Mais a diante será dada mais atenção aos tipos de gravel. A metodologia difundida para determinar o tamanho da ‘barreira’ tela e gravel é Saucier, Schwartz e Coberly, que estabeleceram ao longo do tempo por meio de ensaios e testes algumas premissas , aqui assumidas como verdades nas condições mencionadas pelos métodos indicados a cada caso específico, assim que diagnosticada a situação a qual as condições in sito do reservatório o enquadram. Alguns métodos são mais difundidos que outros em algumas áreas de acordo com a característica da granulometria referencial das variadas reservas internacionais. Cada um dos métodos utiliza os cumulativos apropriados a cada situação estabelecida pelo próprio e pelo resultado do coeficiente de uniformidade. No diagrama de Bianco e nas tabelas que se segues os métodos vão ser melhor vistos e explicados. A seguir um gráfico esquemático do experimento de teste de fluxo realizado por Saucier no qual ele afirma que o Gravel pode vir a ter problemas com plugueamento caso o sedimento do reservatório seja rico em finos. A partir de ensaios com correntes de fluido ele chegou a conclusão de seu método, o de que um gravel com tamanho entre 4 e 6 x o tamanho da areia média encontrada (D50) no reservatório , seria o ideal para a produção de um poço. Figura 11- Caixa do Experimento de Saucier Figura - 12 Resultado Plotado do Experimento de Saucier
  • 29. 28 CAPÍTULO 3 PRINCIPAIS MÉTODOS APLICADOS NA SELEÇÃO DE GRAVEL 3.1 DISTINTAS TÉCNICAS DE SELEÇÃO DE GRAVEL De acordo com (Bianco,2001) e ( Zamora,2011) existem diversos métodos para a seleção do gravel a ser utilizado, entre eles estão Saucier, Schwartz, Hill, Coberly, Gumpertz, Karpoff e Stein, cada um com sua particularidade. No entanto o mais difundido até hoje é o Saucier, cujo Experimento foi mostrado nas figuras 11 e 12 e já foi citado. A seguir a tabela 2 contém o resumo dos 4 métodos mais conhecidos. Já na p. 31 é possível encontrar um diagrama de Bianco que aponta para os métodos mais indicados de acordo com certos critérios de avaliação. TABELA 2 PRINCIPAIS MÉTODOS UTILIZADOS NA SELEÇÃO DE GRAVEL
  • 30. 29 FIGURA13 DIAGRAMA DE BIANCO (Bianco,2001) Método de SCHWARTZ D40/D90 CS = coeficiente de assimetria (distribuição dos grãos) = D10/D95 Tiffin - D10/D95 < 10 SAS > 10 GP. Método de Tiffin D10/D95
  • 31. 30 TABEL 3 GUIA PARA SELEÇÃO DE GRAVEL
  • 32. 31 TABELA 4 DIÂMETRO COMERCIAL PARA SELEÇÃO DE GRAVEL E TELA
  • 33. 32 A granulometria recomendada para o gravel é determinada multiplicando-se o diâmetro de partícula correspondente aos 50% acumulados em peso (D50- obtido na análise da peneira) por 4 e 8, adotando o gravel comercialmente disponível com diâmetro imediatamente inferior ao calculado. Avaliando o gráfico da figura 2 e selecionando a área de interesse entre as linhas tracejadas amarelas obtemos : o gráfico da fig. 14 Fig.: 14 Delimitação da área de interesse da amostra com o gráfico da curva S plotado. Analisando a fig. 14 observamos que proximamente 95 % da areia da amostra está na classificação de Areia. Marcando os pontos representativos de 10, 40,50, 90 e 95 % dos acumulativos, e aplicando os métodos de Saucier , Schwartz, e Tiffin, obtém-se a figura 15 que vem a seguir: Fig.15 Marcação dos pontos percentuais representativos com aplicação dos métodos de seleção de gravel
  • 34. 33 Analisando os resultados com valores em [mm] para Saucier e Schwartz da fig.15 aplicando o pior caso para os valores de 2,10 mm e 4,2 mm respectivamente e jogando esses valores na tabela da p. 32 obtemos: para Sucier o valor de 2 mm que em pol = 0,0790 que comercialmente é conhecido/ comercializado como gravel tamanho US mesh 10 e para Schwartz 4,000 mm que em pol = 0,1570 que é comercializado como US Mesh 5 indicados na fig.16 abaixo. Fig.16 Avaliação dos resultados da figura 13 aplicados na tabela de referência para escolha da faixa comercial do gravel.
  • 35. 34 Jogando ainda esses dois valors obtidos na outra tabela da p. 33 obtem-se que: os Us mesh ainda pode ser reduzido a uma faixa comercial US mesh 8/16 como indicado na fig. 17 a seguir. Fig.17 Avaliação dos resultados da figura 14 na tabela guia para seleção de mesh de tela. Voltando ainda ao 2° gráfico da p.32 analisando por Tiffin que usa o CS [ coeficiente de Assimetria dos grãos] e jogando o valor obtido na figura 13 no diagrama de Bianco que expõe o resultado de 10,67 para CS no Diagrama da p.29 obtém-se avaliando sempre o pior caso considerando ainda os mais de 5% de finos produzidos pela formação que : A melhor técnica de controle de produção de areia nesse caso, com base nas avaliações da plotagem do sieve Analysis e no Diagrama de Bianco que para esse poço se faz necessária a utilização do pacote de gravel tamanho de 5 vezes o tamanho do grão obtido no acumulativo de 50 % da formação e o tipo de tela é a Premium como visto a baixo na figura 18.
  • 36. 35
  • 37. 36 CAPITULO 4 – TELAS 1 TELAS (CONJUNTO DE CONTENÇÃO MECÃNICA) Os principais elementos empregados no mecanismo de retenção mecânica são os tubos ranhurados, e as telas acompanhadas ou não de gravel. As telas se constituem de um tubo base com furos entre 8 e 10% do seu corpo, gibs (fios verticais de sustentação), e jaquetas, o que vai diferir de uma espécie de tela para outra vai ser o tipo de proteção/meio filtrante que ela vai ter. As telas se dividem em wire-wrapped, premium, expansível e pré- empacotadas. Para a descida de telas no poço, faz-se necessário um condicionamento do mesmo e uma troca de fluido. Caso o fluido não seja bem cuidado este pode tamponar os poros da tela. Nem todo conjunto de tela precisa que haja uma corrida de wishpipes , vai depender das características do poço. Para aliviar a força de arraste e melhro dividir o gravel caso venha a ter, as vezes utiliza-se de centralizadores no corpo da tela. 11 Liner rasgado / slots rasgado / Tubo ranhurado Consiste de um tubo base com cortes dimensionados chamados slots de 2/3 o Ø do menor gravel selecionado. Esses cortes costumam ser em zig e zag, a uma distância de 6 in do centro de um para o outro. Costuma ter 6% do corpo aberto para fluxo. Aplicação: Stand Alone para open hole com grãos homogêneos e economicidade. Vantagem: gap fixo e baixo custo Desvantagem: baixa área aberta ao fluxo e possíveis problemas com erosão e plugueamento dos (slots). Resistência : Varia com a distribuição dos slots no corpo do tubo. Figura 13 - DIFERENTES DISPOSIÇÃO DOS SLOTES disponível em : <http://monografias.poli.ufrj.brmonografiasmonopoli10000088>.
  • 38. 37 1.2Tela pré-empacotada Consiste de tubo base, gibs, fio em forma de cunha, gravel e fio em forma de cunha. Aplicação: Cased Holes com muitos canhoneios , open Hole Gravel Pack e stand alone. Vantagem: redundancia para controle de areia, possível economia com a não operação de bombeio de gravel. Desvantgem: plugueamento e menor diâmentro interno. Figura 14- Tela pré-empacotada disponível em : <http://www.tecnicodepetroleo.ufpr.br/apostilas/engenheiro_do_petroleo/completacao.> 1.3 Tela Wire wrap Consiste de Tubo base, gibs e fio em forma de cunha com os espaços ‘gaps’ bem definidos. Aplicação : cased e open hole/ stand-alone para open hole, com gravel pack ou frac pack revestido e poços horizontais HTHP e elevada exigência mecânica. Vantagem: Gap fixo e aplicação para situações mais críticas. Desvantagem : Plugueamento e risco de erosão em open hole. Figura 15- Tela Wire wrap esquemático e Tela com erosão Disponível em :< http://alloymachineworks.com/content/p_w_pbsc.html> e
  • 39. 38 <http://ri.bib.udo.edu.ve/bitstream/123456789/2780/1/70-TESIS.IP011.S84.pdf> respectivamente Figura 16 - Escolha do formato do fio da tela wire wrapped <http://monografias.poli.ufrj.brmonografiasmonopoli10000088>. Visitado no dia 09-03-2013 1.4 Tela mesh ou Premium / tubo telado / screen Aplicação: Cased e open hole / stand-alone para open hole (coeficiente de uniformidade moderado e finos < 5%), e em poços Horizontais ou com alta inclinação com gravel. Vantagem : resisntente a plugueamento e maior abertura a fluxo segundo um dos fabricantes Desvantagem : não tem gap fixo (malha). Figura 17- Tela mesh ou Premium. disponível em : <http://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/11036/11036_3>
  • 40. 39 1.5 Tela expansível Aplicação : Stand Alone Vantagem : Por si só consegue manter a estrutura do poço, e aumenta o diâmetro interno da coluna de produção. Desvantagem : Tempo de descida , precisa da descida de um cone de expansão e antes um calipter para melhor selecionar o cone de expansão. Figira 18- Tela expansível. disponível em: <http://monografias.poli.ufrj.brmonografiasmonopoli10000088>.
  • 41. 40 1.6 Alternate Path screens Fornecem um mecanismo redundante com tubos de derivação e bicos que permitem pasta para contornar pontes de areia e preencher espaços vazios que podem ocorrer durante a embalagem de cascalho-buraco aberto. O resultado é pacotes completos anulares, maior vida útil e melhor finalização de produção e recuperação. Utilizada em operação de shunt pack. Figura 19 - Alternate Path screens. disponível em:< http://www.drillingcontractor.org/well-economics-steer- completions-focus-toward-standardization-27429 >
  • 42. 41 CAPÍTULO 5 FERRAMENTA DE GRAVEL PACK E PACKERS 1 FERRAMENTA DE GRAVEL PACK 1.1 Gravel -Pack Segundo Felipe Sant’Anna Bastos da Silva (2008) “Consiste no preenchimento do espaço anular entre a tela e formação em poços abertos ou entre a tela e o casing em poços fechados por gravel ou areia”. Para o bombeio do gravel é necessário o uso de uma ferramenta específica (Gravel pack service tool) recuperável. Esta é uma técnica que vem sendo largamente utilizada no Brasil, e que vem obtendo bons resultados. Ela pode ser usada tanto em poço aberto como em poço revestido. Este trabalho visa falar mais sobre sua aplicação em poço aberto, principalmente nos horizontais. O Gravel- pack em poço aberto mantem uma produção aberta para fluxo nos 360° do poço, enquanto que o revestido apenas a parte canhoneada, porém um poço canhoneado tem maior facilidade para controle de produção de fluidos indesejados, visto que a estrutura dos poços abertos horizontais tem uma chegada de cone de água e gás mais precoce, segundo Lorenzzo Minassa(2009). Para carrear o gravel/ ou areia é necessário uma unidade de bombeio de fluido, e um fluido específico/ selecionado para o tipo de gravel pack, que pode ser dividido entre Water Pack(água como fluido carreador) e Slurry Pack(fluido viscoso como carreador). Esse fluido deve ser bem analisado a fim de que em poços horizontais principalmente os que apresentam presença de folhelho intercalado no arenito não reaja com a formação hidratando-a ou misturando a argila com o pacote do gravel reduzindo sua permeabilidade. Ainda há o Frac Pack que é um método de estimulação e contenção de areia que era utilizado apenas em poços com baixa permeabilidade, porém hoje com as vantagens do fraturamento hidráulicoe um efetivo método de controle da produção de areia também a aumentar a recuperação de poços Horizontais. O método consiste em aplicar um elevado diferencial de pressão contra as rochas do reservatório até a sua ruptura. A fratura que é iniciada no poço se propaga pela formação acima da pressão de fraturamento.
  • 43. 42 Para manter uma produção de hidrocarbonetos sem produção de granels, e o conjunto de retenção mecânica posicionado na fase de interesse dentro do poço é necessário um equipamento capaz de isolar o anular da coluna de produção, e que ainda seja capaz de sustentar toda essa coluna inferior chamada de cauda ou completação inferior. Essa ferramenta é o packer que pode ou não ser recuperável. Todo o conjunto consiste em: coluna fixa : Bull plug, Telas, Blank pipes , packer coluna de trabalho: Gravel pack service tool e Wash pipes 1.2 Gravel Pack Service Tool A ferramenta é composta da ferramenta de trabalho em si com o modulado de acionador hidráulico, conjunto de selos com válvula equalizadora para não causar calço- hidráulico no poço, módulo com o cross-over port bore para permitir bombeio e passagem do gravel, um outro módulo com uma esfera acompanhada de yoke que permite colocar a ferramenta em posição de circulação ou de reversa, e outros dois menores , um para realizar teste do packer e outro para localizar um perfil no modulado ante-calço-hidráulico. Além de seus modulados , a ferramenta quando vai para o trabalho vai acompanhada também da parte que fica fixa na coluna que é o próprio packer, extensão superior, gravel pack porte, Seal bore sub e extensão inferior, além dos wash pipes (tubos de lavagem), que permitem que o fluido com o gravel alcance toda a extensão da coluna de telas e não desidrate e precipite o screen-out. Todo o acionamento da ferramenta é feita com lançamento de esferas e posicionamentos da mesma na coluna. Quando a ferramenta acompanha trabalho de gravel ela passa por um momento crítico que vem a ser o retorno da ‘onda de gravel’. Nos poços horizontais e desviados que são os mais realizados hoje a fim de que recupere uma maior porção do óleo. O bombeio do gravel na ida gera um onda chamada onda alfa que pode apenas sofrem com questão de encontrar rat-holes e ‘embuchar’ o poço antes da hora, porém quando a camada de gravel está retornando, o maior percentual do anular foi coberto na ida, logo a onda de retorno chamada de beta é mais rápida e precisa de total atenção dos operados, pois quando ocorre o Screen-out ( pico de
  • 44. 43 pressão onde a onda beta normalmente já está nos blank-pipes), caso a onda continue a subir pode causar o aprisionamento da ferramenta de trabalho no poço, causando até um abandono do mesmo, caso não seja possível recuperar a ferramenta. Vantagem : Maior resistência a condições do poço. Desvantagem : atividade de reparo requer retirada de todo o conjunto, apresenta dificuldade para futuros isolamentos de áreas que venham a produzir água.
  • 45. 44 BHA IMPORTANTES DO MODULADO DE GRAVEL Figura 20 - Modulado da Ferramenta de Gravel. Fonte : site sereneenergy.org/i/Gravel-Pack-Service-Tool.html
  • 46. 45 CAPÍTULO 6 CONDICIONAMENTO DO POÇO E FLUIDO DE COMPLETAÇÃO 1-CONDICIONAMENTO DE POÇO De acordo com (David Sá 2003) para a descida da coluna de completação é necessária a corrida de um modulado de condicionamento, a fim de limpar os risers, revestimentos de produção e o colar de cimentação. O não condicionamento do poço poderia pluguear os ‘poros de produção’ da tela, reduzindo sua capacidade de fluxo, ou ainda causar dano a malha protetora do conjunto das telas, podendo até levar a coluna a colapsar. O fluido de completação utilizado deve deslocar a lama com colchão viscoso e filtrado de modo que a turbidez seja <= 30 NTU e partículas <= 2 micra para não entupir os poros do poço caso venha a invadir a formação e não conter componentes reativos com o poço. De acordo com o ( Completação - Série Concursos Públicos Curso Prático & Objetivo) A preparação do poço deve ser feita da seguinte forma: raspador e circulação intermitente de colchões lavadores e fluidos gelificados devem ser usados para remover lama e resto de cimento no revestimento. 2-FLUIDO DE COMPLETAÇÃO Para completar um poço, antes é preciso perfurar, e para perfurar, são necessárias algumas informações e alguns cuidados. Os reservatórios são estruturas geológicas que estão expostos a um sistema de forças e são compostas por distintos minerais. Essas forças precisam ser compreendidas para que se mantenham em equilíbrio. Testes durante a perfuração são feitos para estabelecer uma janela operacional de pressões de trabalho. Os teste que estabelecem a pressão de fratura do poço são conhecidos como Testes de Absorção Clássico (Leak- off Tests –LOT) , e Testes de Absorção Estendido (Extended Leak- off Tests –ELOT). As pressoes de Colapso e de poros também são estabelecidas. Durante a fase de completação e perfuração o cuidado com o fluido utilizado no poço é imprescindível, visto que dependendo do composto químico, e o próprio material da parede do reservatório pode ser reativo ao mesmo. Por isso é necessário trabalhar na janela operacional indicada e com fluidos apropriados afim de que o poço não tenha problemas com
  • 47. 46 mudança de diâmetros e Colapso, podendo até causar o abandono do próprio. Depois de sabido o range de pressão operacional, o peso da coluna hidrostática , o fluxo de bombeio dentro do poço precisa trabalhar nesta faixa. Diante disto existem diferentes fluidos e gravel disponíveis no mercado para uso. Como dito anteriormente caso a operação seja de water packer usando como fluido carreador basicamente salmouras com algum aditivo ou o Slurry packer que tem alta concentração de gravel e fluido viscoso. A seguir uma tabela com as principais salmouras utilizadas: TABELA 5- Fluidos de completação e Baker fluids (BJ/BR) 3- GRAVEL DA COMPLETAÇÃO O gravel em si , pode ser uma areia bem selecionada, uma cerâmica industrializada resinada ou não, ou ainda um gravel especial como o carbolite ou aditivo para formações com ‘baixa pressão de faturamento”. Esse gravel é disposto no mercado em faixas comercializáveis tais como as descritas a seguir fornecida pela empresa Mineração Jundu : As areias Frac e Gravel Pack naturais são provenientes da planta de Analândia/SP, nas granulometrias mesh # 10/20, # 16/30 e # 20/40. Já as areias Frac e Gravel-Pack resinadas são provenientes da planta de Descalvado/SP, nas granulometrias # 8/12, # 8/16, # 10/20, #
  • 48. 47 12/20 e # 20/40. Estes produtos são testados e homologados pelo STIM-Lab, laboratório internacional qualificado para análises de propantes e pelo CENPES - Centro de Pesquisas e Desenvolvimento da Petrobras. A empresa citada tem como principais clientes algumas das companhias mais conhecidas do ramo petrolífero como Petrobras Petróleo Brasileiro, Petrobras Distribuidora (BR Supply), Petroreconcavo e Cias de Serviço como: Schlumberger, Baker Hughes/BJ Services e Hallibuton. 4- QUALIDADE DO GRAVEL O gravel passa por muitos testes para poder garantir suas qualidades, e os testes são eles : -Análise do tamanho (faixa de range do gravel escolhida 20-40) duas peneiras uma sobre a outra, sendo que % retida da peneira de diâmetro menor =< a 96% e retida na maior =< a 2%. - Esfericidade ( aproximação do gravel de uma esfera perfeira que é 1) resultado => que 0,6. - Curvatura – medida de curvatura e uniformidade do gravel => 0,6 -Solubilidade em ácido (sem solubilidade em solução de ácido clorídrico com concentração de 1%) -Teor de Impureza – (teste de solubilidade em vapor – Turbidez menor que 250 NTU). - Resistência a compressão ( amostra sem finos sobre confinamento não deveria produzir em peso mais de 2 %.). FIGURA 21- Esfericidad y redondez por Krumbein y Sloss Disponível em : <http://ri.bib.udo.edu.ve/bitstream/123456789/2780/1/70-TESIS.IP011.S84.pdf>
  • 49. 48 CONCLUSÃO As operações de Gravel –pack em poço aberto e principalmente em poços horizontais, apesar dos riscos e maiores investimentos dos que os necessários para poços convencionais se justifica, pelo simples fato de aumentar a área de recuperação de óleo e a ‘segurança’ do poço, visto que em poços horizontais as condições de desmoronamento e colapso do reservatório são mais favoráveis. A perda de um poço já justificaria os gastos maiores com sistemas de prevenção como o controle de areia com pacote de gravel, e os recursos financeiros exigidos com operações de intervenção e manutenção superam com facilidade o ‘investimento’ de uma coluna de contenção mecânica de areia caso ela venha a ser requerida. Hoje com as telas de caminho alternativo, até mesmo o risco de um empacotamento ineficiente se torna menor, ou ainda com a presença das telas expansíveis, o próprio pacote de gravel pode vir a cair em desuso em alguns casos visto que uma de suas principais funções é justamente sustentar a formação ao redor do poço, pode ser feita com facilidade pelas expansíveis.
  • 50. 49 REFERÊNCIAS ALLOY SCREENS.Products Oil and Gas: http://alloymachineworks.com/content/p_w_pbsc.html dia 30/08 BAKER HUGHES Disponível em: < http://public.bakerhughes.com/sand-control> visitado em : 01/09/2014 BIANCO. L. C. B., HALLECK, P. M., Mechanisms of Arch Instability and Sand Production in Two-Phase Saturated in Poorly Consolidated Sandstones, SPE 68932. 2001. ENEGEP 2007 : XXVII Encontro Nacional de Engenharia de Produção. Elaboração de um projeto de gravel pack como sistema de contenção de areia em poços de petróleo: estudo de caso na bacia de campos - uma visão por gerência de projetos. Apresentado por: Camila Paixão em Foz do Iguaçu-PR : Associação Brasileira de Engenharia de Produção,2007. COMPLETAÇÃO - Série Concursos Públicos, Curso Prático & Objetivo , Técnico do Petróleo. disponível em : <http://www.tecnicodepetroleo.ufpr.br/apostilas/engenheiro_do_petroleo/completacao.>visita do em 29-08-2014 DAVID MANOEL DE SÁ .Fluidos de completação . Macaé . Universidade Estácio de sá 2013. FELIPE SANT’ ANA BASTOS DA SILVA. : Análise paramétrica da aplicabilidade da tecnologia de controle da produção de areia em poços de petróleo . Rio de Janeiro. Escola politécnica da Universidade Federal do Rio de Janeiro 2008. JAQUES SAVINO : Deslocamento de fluidos em poços horizontais não retilíneos . Rio de Janeiro: PUC-Rio, 2009 JESÚS RAFAEL SALCEDO ZAMORA: Factibilidad de uso del diseño de empaque con grava para el control de arenas en los pozos del campo posa, golfo de paria . Puerto La Cruz, Venezuela : Universidad de oriente escuela de ingeniería y ciencias aplicadas .Departamento de petróleo, 2011
  • 51. 50 JONATHAN BELLARBY. Well Completion Design . edt.: Elsevier, 2009 LORENZZO MINASSA Mini Curso CONTROLE DE AREIA EM POÇOS DE ÁGUAS PROFUNDAS Disponível em : <http://www.petroleo.ufrj.br/spetro/2009/spetro_arquivos/material/seg/Controle_de_Areia_e m_Pocos_de_Aguas_Profundas.pdf >Visitado em : 13/09/2014 MARCELA SANTOS AZEVEDO.: Análise geomecânica aplicada a análise de estabilidade de poços. Rio de Janeiro: Escola Politécnca, Universedade Federal do Rio de Janeiro, 2011. MINERAÇÃO JUNDU – Disponível em : http://www.gnbc.com.br/detalhenoticia.aspx?id=5f3cb634-3273-4ce0-a5a2- 0a4b5cc59433&title=Entrevista+com+o+gerente+de+marketing+e+vendas+da+Mineracao+J undu%2C+Edson+Gomiero Visitado em: 12/09/2014 WILLIAM MÜLLER . Mecânica das Rochas – UNIDADE 3- GRANULOMETRIA DOS SOLOS . Disponível em : http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAoc0AA/mecanica-dos- solos-unidade-03 visitado em : 01/09/2014 SERENE ENERGY – Disponível em: <http://www.i.sereneenergy.org/i/Gravel-Pack-Service- Tool.html> Visitado em : 12/09/2014 SCHLUMBERGER Sand Control e Completação Disponível em : <http://www.slb.com/services/completions.aspx > visitado em : 01/09/2014