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CIRURGIA PLÁSTICA
Serviço de Cirurgia Plástica e Queimados da
Santa Casa de Misericórdia
de São José do Rio Preto
Anatomia e Fratura de Órbita
Dr. Brunno Rosique Lara
Anatomia
• A órbita é composta de 7
ossos :
• Osso Esfenóide ( Asa
maior e menor)
Osso Frontal
Osso Etmoidal
• Osso Lacrimal
Osso Palatino
Osso Maxilar
Osso Zigomático
Osso Frontal
• Na margem supra -orbital existe uma incisura ou forame
supra-orbital para a passagem do nervo e vasos supra-
orbitários
• Trigêmio > Oftálmico > Frontal > Supra-Orbitário e
Supratroclear ( Menor e medial)
• Supratroclear inerva :
a conjuntiva ,pálpebra
superior e fronte
• Supra- Orbital inerva:
pálpebra superior ,
fronte até couro
cabeludo ,septo frontal
e pericrânio
Osso Esfenóide
• O osso esfenóide é considerado “chave” para a formação
da base do crânio.
• O corpo é ocupado pelo ar do seio esfenoidal enquanto
os três processos vão constituir a porção lateral da órbita,
a porção anterior da superfície temporal, o teto da fossa
infratemporal e finalmente a superfície anterior da fossa
craniana média.
Osso Etmóide
– A região olfatória da cavidade nasal encontra-se inervada
por feixes do n. olfatório que perfuram a lâmina crivosa do
osso etmóide e podem ser alvo de lesões nos traumatismos
a este nível.
Osso Lacrimal
– Da mesma forma, os traumatismos cominutivos da parede
medial da órbita podem comprometer o saco lacrimal e a
melhor drenagem de todo o sistema.
– É o menor e mais frágil osso da face, único totalmente
orbital
Osso Maxilar
• As maxilas são responsáveis pela dimensão vertical do
terço médio da face e são constituídas de um corpo e
quatro processos, formando as paredes laterais da
cavidade nasal e a maior parte do assoalho da órbita.
• A face anterior apresenta o forame infra-orbital que dá
passagem à artéria e nervo infra-orbitais, cerca de 1 cm
abaixo do rebordo orbitário inferior.
• Os processos da maxila são o zigomático, frontal,
palatino e o alveolar.
Osso Maxilar
• Trigêmio > Maxilar ( S.)-F. Redondo > Infra-
Orbitário – Fissura orbitária inferior e sai pelo
Forame infra-orbitário> Ramos: palpebral,nasal e
labial
Parede nasal lateral. Seta vermelha - Forame esfenopalatino, 1 - Osso
palatino, 2 - Lâmina medial do processo pterigóide, 3 - Seio
esfenóide, 4 - Concha nasal superior, 5 - Concha nasal média
(recortada para expor o meato médio), 6 - Agger nasi, 7 - Osso
lacrimal, 8 - Processo uncinado, 9 - Bula etmoidal, 10 - Osso maxilar,
11 - Concha nasal inferior (recortada para expor o meato inferior), 12
- Fossa cerebral anterior.
Osso Palatino
• Forma a parte posterior do
palato duro, parte do soalho
e parede lateral da cavidade
nasal e o soalho da órbita.
•
É formado por uma parte
vertical e uma horizontal e
apresenta 3 processos:
piramidal, orbital e
esfenoidal.
Osso Palatino
Processos
* Processo Piramidal - articula-
se com a maxila
* Processo Orbital - articula-se
com a maxila, esfenóide,
etmóide. Forma parte do soalho
da órbita
* Processo Esfenoidal - articula-
se com o osso esfenóide
Osso Zigomático
– O osso zigomático repousa sobre a maxila e contribui
para formar a parede lateral e assoalho da órbita, além
de projetar a face no sentido antero-posterior.
– O arco zigomático é formado pela união do processo
temporal do zigomático com o processo zigomático do
temporal, delimitando a fossa temporal e sustentando a
projeção lateral da face.
– As órbitas são cavidades
constituídas por sete
ossos que se articulam
em 4 paredes:
– Lateral (A-Zigomático
B-Esfenóide e C-
Frontal);
– Medial (D-Maxilar
superior ,E-Lacrimal,
F-Etmóide e
B-Esfenóide);
– Superior ou Teto (C-
Frontal e B-Esfenóide) e
– Inferior ou Soalho (A-
Zigomático, D-Maxilar
superior e
E-Palatino).
Órbita Óssea
• A cavidade orbital tem uma
forma piriforme com base
anterior
• O nervo infra-orbitário vem da
fissura orbitária inferior
atravessa o assoalho da órbita
e sai pelo forame infra-
orbitário
• O osso esfenóide é
considerado o osso essencial
porque todas estruturas
neurovasculares passam por
ele
O Canal Óptico( 10mm) situa-se
no ápice, e dá passagem ao
Nervo Óptico (II) e à Artéria
Óftálmica (A).
No ângulo súpero-externo acha-
se a Fissura Orbital
Superior(B)22mm, por vezes
denominada de fenda esfenoidal,
que comunica a órbita com a
fossa craniana média e dá
passagem à maioria dos
elementos vásculo-nervosos
orbitais ( Oculomotor III,
Troclear IV, Ramo oftálmico
do Trigêmio V e AbducenteVI,
a raiz simpática do gânglio
ciliar e as veias oftámicas).
No ângulo ínfero-externo
encontra-se a fissura orbital
inferior(c), ou fenda
esfeno-palatina, que
conecta a órbita às fossas
infratemporal e
pterigopalatina. Por ela
passam os nervos
infraorbital e zigomático
(ramos do nervo
maxilar), a artéria
infraorbital e a veia
oftálmica inferior, que no
seu trajeto dá um ramo para
o plexo pterigóide.
Canal Óptico
• Canal òptico :4-10mm
Nervo óptico e Artéria
oftálmica
• Fraturas com edema
predispõe á compressão
vascular do nervo no canal
Fissura Orbitária Superior
• Fissura de 22mm
• Separa a Asa maior
e menor do
Esfenóide
• Passa entre o
Forame Óptico e o
Redondo
• Contém:
OculomotorIII
TroclearIV
Ramo Olftálmico
do Trigêmio V
Abducente VI
Nervo Oculomotor
Clique duas vezes para
adicionar figuras
• O nervo oculomotor ou motor
ocular comum (III)
• É responsável pela maioria da
movimentação ocular
extrínseca.
• Controla a movimentação dos
músculos reto medial, reto
superior, reto inferior,
elevador da pálpebra
superior e oblíquo inferior.
• O III par de nervos cranianos é
responsável também pela
inervação dos músculos
intrínsecos do bulbo ocular.
Nervo Troclear
• O nervo troclear ou
patético(IV)
• Sendo responsável pela
inervação de músculos
chamados íntrínsecos do olho,
como o músculo esfincter da
íris (que fecha a pupila) e o
músculo ciliar (que controla a
forma da lente).
• Controla também o M.Oblíquo
Superior
Nervo Abducente
• O nervo abducente ou
motor ocular externo (VI)
• Tem função motora,
permitindo a lateralização do
globo ocular. Associado aos
nervos oculomotor e troclear
permite a movimentação
completa do globo ocular.
Ação do músculo reto lateral – Abdução.
Paralisia
Paralisia do músculo Oblíquo Superior
• NCIII: Ptose,pupila dilatada, não
reativa,aduzida e abaixada
• NCVII(Facial): Não pisca
• Síndrome de Horner: Interrupção do
tronco simpático cervical (Ptose,
Miose,enoftalmia)
• A síndrome de Tolosa Hunt (STH) é
doença de ocorrência rara, de
etiopatogenia desconhecida, que se
expressa clinicamente por dor
orbitária unilateral associada a
paralisia de um ou mais nervos
oculomotores, que regride
espontaneamente e pode recorrer ao
longo do tempo.
Síndrome da Fissura Orbitária
Superior
• A síndrome da fissura orbitária superior ou na
síndrome do ápice orbitário é resultante da compressão
de estruturas que passam nessa região, resultando na
paralisia dos pares cranianos III, IV e VI.
O globo torna-se imóvel, as pupilas dilatadas e não
reagentes à luz, ptose, hipoestesia palpebral, córnea,
conjuntiva e proptose de globo
• Síndrome do àpice superior: SFOS+ Cegueira
• Permite a passagem da:
divisão Maxilar do
Trigêmio , Artéria
infra-orbitària ,
Ramos do Gânglio
Esfenopalatino e Ramos
da Veia Oftálmica
Inferior
Fissura Orbitária Inferior
Artéria Oftálmica
• A vascularização arterial da
órbita é praticamente toda
dependente da Artéria
Oftálmica, ramo da
Carótida Interna.
• Na órbita, a artéria oftálmica
dá origem a ramos anexiais
(lacrimal, palpebrais
superior e inferior, etmoidais
anterior e posterior,
musculares) e sensoriais
(central da retina, ramos
piais, ciliares longas e curtas
posteriores)
Nervo Infra-orbitário
Cápsula de Tenon
• É uma fáscia que subdivide o globo ocular em
anterior e posterior
Fraturas da Órbita
• A órbita é uma estrutura esquelética piramidal composta
de sete ossos, cuja importância está ligada ao fato da
sua íntima relação com estruturas nobres como o
sistema nervoso central, nariz, seios paranasais, além
de ser a estrutura que oferece suporte e propicia a
função ocular.
• Estudos têm demonstrado que fraturas
do terço médio da face levam a injúrias
oculares severas, sendo que as fraturas
do assoalho orbital estão associadas
a uma prevalência de 40% das
complicações oftalmológicas.
Epidemiologia
• Correspondem a 10% das Fraturas
faciais
• EUA : 31000 traumas de órbita por
ano devido prática de esportes
• Segundo HAUSER (1992), 1/3 dos
traumas oculares estão
intimamente relacionados com as
fraturas do complexo zigomático-
maxilar, sendo que os demais
estão associados ‘as fraturas
naso-orbito-etmoidal, fraturas do
tipo LeFort II e III.
Epidemiologia
• De um modo geral, nas três últimas décadas, os
acidentes motociclísticos juntamente com os
automobilísticos,surgem como responsáveis por
cerca de 64% dos casos estudados por HAUG et
al., 1994, havendo uma maior predileção pelo sexo
masculino.
• A fratura mais comum: Complexo Zigomáticorbitário
Fisiopatologia
• Transmissão da energia recebida
pelas paredes orbitárias
• Fratura nas porções mais
delgadas (medial, assoalho) -
Blow Out
• Blow Out : Fratura do assoalho e
parede medial na ausência de
fratura de rebordo orbitário ,é
causado por trauma diretos no
globo ocular ( Médio Impacto)
• Fratura de Rebordos : Maior
Gravidade
• Blow -In : Redução volumétrica
da órbita : proptose
Exame Clínico
• Alguns traumas oftalmológicos podem ser
facilmente diagnosticados, entretanto existe
uma grande quantidade de alterações que
passam despercebidas, podendo acarretar em
complicações sociais e médico-legais.
• Assim o exame ocular é obrigatório para
qualquer paciente que apresentar trauma de
terço médio da face.
Exame Clínico
• Clinica : Edema , Equimose periorbital, Sangramentos
conjuntivais, Enfisema subcutâneo e Ferimentos corto
contusos
• * Assoalho : Enoftalmo (caracterizado pela diferença nos
ápices de ambas as córneas), diplopia, encurtamento da
pálpebra inferior
Exames Complementares
• Raio x ( Waters ,Hirtz,AP) e Tomografia
Computadorizada
● Fratura “Blow-Out”
● Converse e Smith – 1957
●Fratura do assoalho orbitário
sem acometimento das
margens, causada por um
aumento da pressão intra-
orbitária por ação direta de um
objeto rombo( Soco, Bola)
●Puras: Bordas intactas
●Adulteradas: Associadas a
fratura de ossos faciais
adjacentes
Fratura Blow-Out
●Há escape da gordura orbital para dentro
da cavidade sinusal através da ruptura do
assoalho e lâmina orbital do etmóide,
diminuindo a pressão e evitando a ruptura
do globo ocular.
•Indicações de cirurgia:
•1- limitação da força de rotação do globo
ocular;
•2- evidência radiológica;
•3- enoftalmo.
Tratamento
•Acesso : Transconjuntival ( não secciona o septo)
Infraciliar( mais ectrópio e esclero-show) ,
Infrapalpebral, infraorbital
•Redução do conteúdo
herniado
•Restauração da arquitetura
orbitária
● Fraturas da Parede Medial
●Ocorrem usualmente em conjunto a uma fratura do assoalho
da órbita ou fratura naso-orbital.
•Os principais sintomas são enoftalmo, diplopia horizontal
com restrição da abdução, e piora da enoftalmia durante a
abdução.
•A associação com fraturas do assoalho da órbita chegam a
50% dos casos.
Fraturas da Parede Medial
•O tratamento depende dos achados clínicos e radiológicos.
•Quando há indicação cirúrgica realiza-se a exposição da
parede medial da órbita e a liberação do músculo reto
medial, quando este se encontra preso na fratura, e
dependendo da severidade da lesão enxerto ósseo primário.
● Fraturas da Parede Lateral
●A parede lateral é constituída por uma porção anterior
formada pela forte rima frontozigomática e uma posterior
formada pelo processo orbital da asa maior do esfenóide.
•As fraturas nessa área estão freqüentemente associadas a
traumatismos severos da área zigomática, com disjunção
frontozigomática e deslocamento para baixo da porção lateral
do assoalho da órbita.
•O canto lateral é desviado inferiormente, com ectrópio da
pálpebra inferior.
• Nesses casos, o globo ocular sofre lesões variáveis, e perda
da visão não é infrequente.
Tratamento
•Acesso : Canto lateral do supercílio
● Fraturas do Teto da Órbita
● LaGrange (1918), em sua
monografia, mostrou que a fina
porção medial do teto da órbita
sofre fratura e deslocamento em
sua parte posterior na região da
fissura orbital superior e forâme
óptico.
• Fraturas nessa localização podem
causar a síndrome da fissura
orbitária superior:Ptose
palpebral;Proptose do globo e
Paralisia dos músculos
extraoculares;Anestesia do
território da primeira divisão do
NC V;
Fraturas do Teto da Órbita
●As fraturas do teto
da órbita usualmente
ocorrem em conjunto
com as fraturas do
osso frontal e da
rima superior.
Nesses casos a
tróclea pode estar
deslocada ocorrendo
diplopia.
Tratamento
●Acesso cirúrgico : Coronal, ou supercílos ( risco de
lesão dos nervos supra-orbiário e supratroclear
● Fraturas Interorbitárias
●As fraturas do complexo frontonasoetmoidal são as que
ocorrem na região entre as órbitas, caracterizando-se pela
fragmentação, com afundamento da região.
● As fraturas da lâmina perpendicular do etmóide e de
células etmoidais geralmente são cominutivas, pela
fragilidade das laminas ósseas, causam deslocamento
posterior do esqueleto ósteo-cartilaginoso do nariz
deixando deformidades severas nessa região, se não forem
tratadas adequadamente.
Fratura Interorbital
• Conteúdo da região
interorbitaria:
• - osso etmóide, lâmina
perpendicular e células
etmoidais;
• - cornetos médio e superior;
• - osso e septo nasal;
• - glabela e seio frontal;
• - ossos lacrimais;
• - processo frontal da maxila;
• - aparelhos lacrimais.
• Fratura interorbitária
• Clínica:
• Telecanto: deslocamento
lateral do ligamento medial
palpebral;
● Dacriocistite: lesão do
canal lacrimal entre o saco
lacrimal e sua entrada na
fossa nasal, levando a
infecções de repetição.
Fraturas interorbitárias
● Nariz em Sela: fragmentação e afundamento da
região nasal;
● Hematoma, edema, epistaxe;
● Liquorréia (fita de glicosúria - presença de glicose
na secreção nasal);
● Perda de olfato e gustação;
● Envolvimento do globo ocular (até perda da visão).
Classificação
• As fraturas NOE podem ser classificadas em 3
categorias dependendo da sua extensão e
grau de comprometimento dos tecidos:
• Tipo I: É a mais simples das fraturas do tipo
NOE onde há somente o envolvimento da
porção medial do rebordo orbitário, estando
preservada a inserção do ligamento.
• Ela poderá ser uni ou bilateral e neste caso, o
tratamento consiste na estabilização desse
complexo em bloco através de placas e
parafusos.
Classificação
• Tipo II: Pode acometer também um ou ambos
os lados, diferenciando-se da situação
anterior, pelo aumento de cominução entre os
segmentos.
• Nesta situação mais freqüentemente, o
ligamento cantal permanece ainda inserido ao
tecido ósseo e o tratamento passará pela
reposição anatômica seguida de fixação de
todos os seguimentos fraturados, havendo
uma especial atenção para a manipulação do
fragmento que contém o ligamento cantal.
Classificação
Tipo III:
Incluem fraturas que têm um fragmento central que
contém está o ligamento cantal medial.
Embora rara, a avulsão deste ligamento poderá
ocorrer, e nesta situação haverá a necessidade
fixação destes fragmentos muitas vezes com fio
transnasal para que se obtenha a adequada
estabilidadedo ligamento, além da reconstrução
óssea das áreas adjacentes.
Tratamento
• Recostrução óssea
• Redução das fraturas,
• Uso de enxertos de
cartilagem ou osso
• Uso de materiais
aloplásticos ( medpor)
• Incisão de Caldwell -
Luc e drenagem do seio
maxila
Exames Complementares
• Diagnóstico Radiológico: realizado através das
radiografias e Tomografia Computadorizada
(Padrão -ouro) .
Tomografia Computadorizada
• Herniação de Conteúdo Orbitário
• Pneumocrânio
• Tratamento:
• Inicia-se o tratamento após a regressão do edema. De
preferência, em torno do 7º dia de pós-trauma.
• A correção deve ser feita sob visão direta.
• Objetivos do tratamento:
● Unir fragmentos maiores;
● Reduzir o deslocamento posterior da região
frontonasoetmoidal.
● A correção do telecanto traumático é feita com fios de aço
– os ligamentos palpebrais são posicionados na parede
nasal medial, com transfixação com fios de aço através da
crista nasal anterior, e pontos captonados sobre a pele.
● Fixação com miniplacas ou fios de aço
Complicações
• Mais frequentes são : Diplopia e enoftalmo
● Fraturas do Zigoma
●O osso zigomático forma a
eminência malar, também forma a
porção lateral da órbita e a maior
porção da órbita inferior.
● Articula superiormente com o
processo angular externo do osso
frontal, medialmente na órbita com
a maxila, posteriormente com o
osso temporal (arco) e na órbita
lateral com a asa maior do
esfenóide.
●É fortemente aderido a maxila e
ao osso frontal, ao contrário sua
ligação com o esfenóide e arco
zigomático é fina e fraca.
Clínica
• Edema Periorbitário
• Deformidade
• Hemorragia Subconjuntival inferior
• Enoftalmia
• Distopia Ocular ( desnível dos globos oculares)
• Hemorragia Nasal
• Anestesia Regional
• Incapacidade de movimentação do Globo Ocular
• Dificuldade de abrir a boca
Exames Complementares
• Tomografia Computadorizada (Padrão Ouro)
• Raio x : Waters , Hirtz
• Velamento do seio maxilar
• Traço de Fratura
●Classificação (Knight & North – 1961)
●Grupo I: Não há
deslocamento significante;
fratura visível no RX, mas os
fragmentos estão alinhados
(6%);
•Grupo II: Fraturas do arco;
sem envolvimento da órbita
(10%)
•Grupo III: Fraturas do corpo
sem rotação; deslocamento
para dentro ou para fora,
porém sem rotação (33%)
Classificação
● Grupo IV: Fratura do
corpo com rotação
medial (11%)
• Grupo V: Rotação
lateral (22%)
• Grupo VI: Incluem
todos os casos em que
uma fratura adicional
atravessa o fragmento
principal (18%)
● Tratamento
●Dingman (1954) sugere que
qualquer fratura do zigoma
com desvio significante deve
ser tratada com exposição
das áreas, redução e fixação
direta com fio metálico.
•Redução Através do Seio
Maxilar – Lothrop (1906)
empregou uma antrostomia
maxilar para acessar a
fratura zigomática
Acesso Intraoral –Keen (1909)
● Acesso Temporal
● Gillies, Kilner e Stone (1927)
essa abordagem era útil e
eficiente, especialmente nos
casos de fratura em galho verde
sem deslocamento ao nível da
sutura zigomáticofrontal.
Tratamento
● Método de Suspensão – Kazanjian (1933) utilizado em
fraturas que, após a redução tornavam a se deslocar.
• Fixação com Pinos – Brown, Fryer e McDowell (1949)
divulgaram uma essa técnica utilizando um ou mais
pinos metálicos (fio de Kirschner) para fixação. Em
1965 Lange aperfeiçoou a técnica. Diversas
complicações foram observadas com emprego deste
método.
●Acesso de Dingman (1964)
● Incisão lateral no
supercílio e outra na
pálpebra inferior
com exposição das
linhas de suturas,
zigomáticofrontal e
zigomáticomaxilar.
Fixação dos
fragmentos com fios
metálicos
• Tamponamento do Seio
Maxilar
•Utiliza-se via de acesso intra-oral (Caldwell-Luc)
• Deve ser realizado, somente, após visualização
direta do assoalho da órbita.
• O tampão é retirado após uma a três semanas.
●Complicações Precoces:
Sangramento dentro do seio maxilar;
Infecção (raro);
Exacerbação de sinusite crônica preexistente;
Cegueira
●Complicações Tardias:
Má união;
Diplopia;
Anestesia ou hipoestesia persistente do nervo infra-orbital;
Sinusite crônica;
Não união;
Anquilose do processo coronóide.
``O órgão pelo qual compreendi o mundo é o olho.``
GOETHE (1749-1832)

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Cirurgia Plástica da Órbita

  • 1. CIRURGIA PLÁSTICA Serviço de Cirurgia Plástica e Queimados da Santa Casa de Misericórdia de São José do Rio Preto
  • 2. Anatomia e Fratura de Órbita Dr. Brunno Rosique Lara
  • 3. Anatomia • A órbita é composta de 7 ossos : • Osso Esfenóide ( Asa maior e menor) Osso Frontal Osso Etmoidal • Osso Lacrimal Osso Palatino Osso Maxilar Osso Zigomático
  • 4.
  • 5. Osso Frontal • Na margem supra -orbital existe uma incisura ou forame supra-orbital para a passagem do nervo e vasos supra- orbitários • Trigêmio > Oftálmico > Frontal > Supra-Orbitário e Supratroclear ( Menor e medial) • Supratroclear inerva : a conjuntiva ,pálpebra superior e fronte • Supra- Orbital inerva: pálpebra superior , fronte até couro cabeludo ,septo frontal e pericrânio
  • 6.
  • 7.
  • 8. Osso Esfenóide • O osso esfenóide é considerado “chave” para a formação da base do crânio. • O corpo é ocupado pelo ar do seio esfenoidal enquanto os três processos vão constituir a porção lateral da órbita, a porção anterior da superfície temporal, o teto da fossa infratemporal e finalmente a superfície anterior da fossa craniana média.
  • 9.
  • 10. Osso Etmóide – A região olfatória da cavidade nasal encontra-se inervada por feixes do n. olfatório que perfuram a lâmina crivosa do osso etmóide e podem ser alvo de lesões nos traumatismos a este nível.
  • 11.
  • 12. Osso Lacrimal – Da mesma forma, os traumatismos cominutivos da parede medial da órbita podem comprometer o saco lacrimal e a melhor drenagem de todo o sistema. – É o menor e mais frágil osso da face, único totalmente orbital
  • 13.
  • 14.
  • 15. Osso Maxilar • As maxilas são responsáveis pela dimensão vertical do terço médio da face e são constituídas de um corpo e quatro processos, formando as paredes laterais da cavidade nasal e a maior parte do assoalho da órbita. • A face anterior apresenta o forame infra-orbital que dá passagem à artéria e nervo infra-orbitais, cerca de 1 cm abaixo do rebordo orbitário inferior. • Os processos da maxila são o zigomático, frontal, palatino e o alveolar.
  • 16. Osso Maxilar • Trigêmio > Maxilar ( S.)-F. Redondo > Infra- Orbitário – Fissura orbitária inferior e sai pelo Forame infra-orbitário> Ramos: palpebral,nasal e labial
  • 17. Parede nasal lateral. Seta vermelha - Forame esfenopalatino, 1 - Osso palatino, 2 - Lâmina medial do processo pterigóide, 3 - Seio esfenóide, 4 - Concha nasal superior, 5 - Concha nasal média (recortada para expor o meato médio), 6 - Agger nasi, 7 - Osso lacrimal, 8 - Processo uncinado, 9 - Bula etmoidal, 10 - Osso maxilar, 11 - Concha nasal inferior (recortada para expor o meato inferior), 12 - Fossa cerebral anterior. Osso Palatino • Forma a parte posterior do palato duro, parte do soalho e parede lateral da cavidade nasal e o soalho da órbita. • É formado por uma parte vertical e uma horizontal e apresenta 3 processos: piramidal, orbital e esfenoidal.
  • 18. Osso Palatino Processos * Processo Piramidal - articula- se com a maxila * Processo Orbital - articula-se com a maxila, esfenóide, etmóide. Forma parte do soalho da órbita * Processo Esfenoidal - articula- se com o osso esfenóide
  • 19.
  • 20. Osso Zigomático – O osso zigomático repousa sobre a maxila e contribui para formar a parede lateral e assoalho da órbita, além de projetar a face no sentido antero-posterior. – O arco zigomático é formado pela união do processo temporal do zigomático com o processo zigomático do temporal, delimitando a fossa temporal e sustentando a projeção lateral da face.
  • 21.
  • 22. – As órbitas são cavidades constituídas por sete ossos que se articulam em 4 paredes: – Lateral (A-Zigomático B-Esfenóide e C- Frontal); – Medial (D-Maxilar superior ,E-Lacrimal, F-Etmóide e B-Esfenóide); – Superior ou Teto (C- Frontal e B-Esfenóide) e – Inferior ou Soalho (A- Zigomático, D-Maxilar superior e E-Palatino).
  • 23. Órbita Óssea • A cavidade orbital tem uma forma piriforme com base anterior • O nervo infra-orbitário vem da fissura orbitária inferior atravessa o assoalho da órbita e sai pelo forame infra- orbitário • O osso esfenóide é considerado o osso essencial porque todas estruturas neurovasculares passam por ele
  • 24. O Canal Óptico( 10mm) situa-se no ápice, e dá passagem ao Nervo Óptico (II) e à Artéria Óftálmica (A). No ângulo súpero-externo acha- se a Fissura Orbital Superior(B)22mm, por vezes denominada de fenda esfenoidal, que comunica a órbita com a fossa craniana média e dá passagem à maioria dos elementos vásculo-nervosos orbitais ( Oculomotor III, Troclear IV, Ramo oftálmico do Trigêmio V e AbducenteVI, a raiz simpática do gânglio ciliar e as veias oftámicas).
  • 25. No ângulo ínfero-externo encontra-se a fissura orbital inferior(c), ou fenda esfeno-palatina, que conecta a órbita às fossas infratemporal e pterigopalatina. Por ela passam os nervos infraorbital e zigomático (ramos do nervo maxilar), a artéria infraorbital e a veia oftálmica inferior, que no seu trajeto dá um ramo para o plexo pterigóide.
  • 26. Canal Óptico • Canal òptico :4-10mm Nervo óptico e Artéria oftálmica • Fraturas com edema predispõe á compressão vascular do nervo no canal
  • 27. Fissura Orbitária Superior • Fissura de 22mm • Separa a Asa maior e menor do Esfenóide • Passa entre o Forame Óptico e o Redondo • Contém: OculomotorIII TroclearIV Ramo Olftálmico do Trigêmio V Abducente VI
  • 28. Nervo Oculomotor Clique duas vezes para adicionar figuras • O nervo oculomotor ou motor ocular comum (III) • É responsável pela maioria da movimentação ocular extrínseca. • Controla a movimentação dos músculos reto medial, reto superior, reto inferior, elevador da pálpebra superior e oblíquo inferior. • O III par de nervos cranianos é responsável também pela inervação dos músculos intrínsecos do bulbo ocular.
  • 29. Nervo Troclear • O nervo troclear ou patético(IV) • Sendo responsável pela inervação de músculos chamados íntrínsecos do olho, como o músculo esfincter da íris (que fecha a pupila) e o músculo ciliar (que controla a forma da lente). • Controla também o M.Oblíquo Superior
  • 30. Nervo Abducente • O nervo abducente ou motor ocular externo (VI) • Tem função motora, permitindo a lateralização do globo ocular. Associado aos nervos oculomotor e troclear permite a movimentação completa do globo ocular. Ação do músculo reto lateral – Abdução.
  • 31. Paralisia Paralisia do músculo Oblíquo Superior • NCIII: Ptose,pupila dilatada, não reativa,aduzida e abaixada • NCVII(Facial): Não pisca • Síndrome de Horner: Interrupção do tronco simpático cervical (Ptose, Miose,enoftalmia) • A síndrome de Tolosa Hunt (STH) é doença de ocorrência rara, de etiopatogenia desconhecida, que se expressa clinicamente por dor orbitária unilateral associada a paralisia de um ou mais nervos oculomotores, que regride espontaneamente e pode recorrer ao longo do tempo.
  • 32. Síndrome da Fissura Orbitária Superior • A síndrome da fissura orbitária superior ou na síndrome do ápice orbitário é resultante da compressão de estruturas que passam nessa região, resultando na paralisia dos pares cranianos III, IV e VI. O globo torna-se imóvel, as pupilas dilatadas e não reagentes à luz, ptose, hipoestesia palpebral, córnea, conjuntiva e proptose de globo • Síndrome do àpice superior: SFOS+ Cegueira
  • 33. • Permite a passagem da: divisão Maxilar do Trigêmio , Artéria infra-orbitària , Ramos do Gânglio Esfenopalatino e Ramos da Veia Oftálmica Inferior Fissura Orbitária Inferior
  • 34. Artéria Oftálmica • A vascularização arterial da órbita é praticamente toda dependente da Artéria Oftálmica, ramo da Carótida Interna. • Na órbita, a artéria oftálmica dá origem a ramos anexiais (lacrimal, palpebrais superior e inferior, etmoidais anterior e posterior, musculares) e sensoriais (central da retina, ramos piais, ciliares longas e curtas posteriores)
  • 36. Cápsula de Tenon • É uma fáscia que subdivide o globo ocular em anterior e posterior
  • 37. Fraturas da Órbita • A órbita é uma estrutura esquelética piramidal composta de sete ossos, cuja importância está ligada ao fato da sua íntima relação com estruturas nobres como o sistema nervoso central, nariz, seios paranasais, além de ser a estrutura que oferece suporte e propicia a função ocular. • Estudos têm demonstrado que fraturas do terço médio da face levam a injúrias oculares severas, sendo que as fraturas do assoalho orbital estão associadas a uma prevalência de 40% das complicações oftalmológicas.
  • 38. Epidemiologia • Correspondem a 10% das Fraturas faciais • EUA : 31000 traumas de órbita por ano devido prática de esportes • Segundo HAUSER (1992), 1/3 dos traumas oculares estão intimamente relacionados com as fraturas do complexo zigomático- maxilar, sendo que os demais estão associados ‘as fraturas naso-orbito-etmoidal, fraturas do tipo LeFort II e III.
  • 39. Epidemiologia • De um modo geral, nas três últimas décadas, os acidentes motociclísticos juntamente com os automobilísticos,surgem como responsáveis por cerca de 64% dos casos estudados por HAUG et al., 1994, havendo uma maior predileção pelo sexo masculino. • A fratura mais comum: Complexo Zigomáticorbitário
  • 40. Fisiopatologia • Transmissão da energia recebida pelas paredes orbitárias • Fratura nas porções mais delgadas (medial, assoalho) - Blow Out • Blow Out : Fratura do assoalho e parede medial na ausência de fratura de rebordo orbitário ,é causado por trauma diretos no globo ocular ( Médio Impacto) • Fratura de Rebordos : Maior Gravidade • Blow -In : Redução volumétrica da órbita : proptose
  • 41. Exame Clínico • Alguns traumas oftalmológicos podem ser facilmente diagnosticados, entretanto existe uma grande quantidade de alterações que passam despercebidas, podendo acarretar em complicações sociais e médico-legais. • Assim o exame ocular é obrigatório para qualquer paciente que apresentar trauma de terço médio da face.
  • 42. Exame Clínico • Clinica : Edema , Equimose periorbital, Sangramentos conjuntivais, Enfisema subcutâneo e Ferimentos corto contusos • * Assoalho : Enoftalmo (caracterizado pela diferença nos ápices de ambas as córneas), diplopia, encurtamento da pálpebra inferior
  • 43. Exames Complementares • Raio x ( Waters ,Hirtz,AP) e Tomografia Computadorizada
  • 44. ● Fratura “Blow-Out” ● Converse e Smith – 1957 ●Fratura do assoalho orbitário sem acometimento das margens, causada por um aumento da pressão intra- orbitária por ação direta de um objeto rombo( Soco, Bola) ●Puras: Bordas intactas ●Adulteradas: Associadas a fratura de ossos faciais adjacentes
  • 45. Fratura Blow-Out ●Há escape da gordura orbital para dentro da cavidade sinusal através da ruptura do assoalho e lâmina orbital do etmóide, diminuindo a pressão e evitando a ruptura do globo ocular. •Indicações de cirurgia: •1- limitação da força de rotação do globo ocular; •2- evidência radiológica; •3- enoftalmo.
  • 46. Tratamento •Acesso : Transconjuntival ( não secciona o septo) Infraciliar( mais ectrópio e esclero-show) , Infrapalpebral, infraorbital •Redução do conteúdo herniado •Restauração da arquitetura orbitária
  • 47. ● Fraturas da Parede Medial ●Ocorrem usualmente em conjunto a uma fratura do assoalho da órbita ou fratura naso-orbital. •Os principais sintomas são enoftalmo, diplopia horizontal com restrição da abdução, e piora da enoftalmia durante a abdução. •A associação com fraturas do assoalho da órbita chegam a 50% dos casos.
  • 48. Fraturas da Parede Medial •O tratamento depende dos achados clínicos e radiológicos. •Quando há indicação cirúrgica realiza-se a exposição da parede medial da órbita e a liberação do músculo reto medial, quando este se encontra preso na fratura, e dependendo da severidade da lesão enxerto ósseo primário.
  • 49. ● Fraturas da Parede Lateral ●A parede lateral é constituída por uma porção anterior formada pela forte rima frontozigomática e uma posterior formada pelo processo orbital da asa maior do esfenóide. •As fraturas nessa área estão freqüentemente associadas a traumatismos severos da área zigomática, com disjunção frontozigomática e deslocamento para baixo da porção lateral do assoalho da órbita. •O canto lateral é desviado inferiormente, com ectrópio da pálpebra inferior. • Nesses casos, o globo ocular sofre lesões variáveis, e perda da visão não é infrequente.
  • 50. Tratamento •Acesso : Canto lateral do supercílio
  • 51. ● Fraturas do Teto da Órbita ● LaGrange (1918), em sua monografia, mostrou que a fina porção medial do teto da órbita sofre fratura e deslocamento em sua parte posterior na região da fissura orbital superior e forâme óptico. • Fraturas nessa localização podem causar a síndrome da fissura orbitária superior:Ptose palpebral;Proptose do globo e Paralisia dos músculos extraoculares;Anestesia do território da primeira divisão do NC V;
  • 52. Fraturas do Teto da Órbita ●As fraturas do teto da órbita usualmente ocorrem em conjunto com as fraturas do osso frontal e da rima superior. Nesses casos a tróclea pode estar deslocada ocorrendo diplopia.
  • 53. Tratamento ●Acesso cirúrgico : Coronal, ou supercílos ( risco de lesão dos nervos supra-orbiário e supratroclear
  • 54. ● Fraturas Interorbitárias ●As fraturas do complexo frontonasoetmoidal são as que ocorrem na região entre as órbitas, caracterizando-se pela fragmentação, com afundamento da região. ● As fraturas da lâmina perpendicular do etmóide e de células etmoidais geralmente são cominutivas, pela fragilidade das laminas ósseas, causam deslocamento posterior do esqueleto ósteo-cartilaginoso do nariz deixando deformidades severas nessa região, se não forem tratadas adequadamente.
  • 55. Fratura Interorbital • Conteúdo da região interorbitaria: • - osso etmóide, lâmina perpendicular e células etmoidais; • - cornetos médio e superior; • - osso e septo nasal; • - glabela e seio frontal; • - ossos lacrimais; • - processo frontal da maxila; • - aparelhos lacrimais.
  • 56. • Fratura interorbitária • Clínica: • Telecanto: deslocamento lateral do ligamento medial palpebral; ● Dacriocistite: lesão do canal lacrimal entre o saco lacrimal e sua entrada na fossa nasal, levando a infecções de repetição.
  • 57. Fraturas interorbitárias ● Nariz em Sela: fragmentação e afundamento da região nasal; ● Hematoma, edema, epistaxe; ● Liquorréia (fita de glicosúria - presença de glicose na secreção nasal); ● Perda de olfato e gustação; ● Envolvimento do globo ocular (até perda da visão).
  • 58. Classificação • As fraturas NOE podem ser classificadas em 3 categorias dependendo da sua extensão e grau de comprometimento dos tecidos: • Tipo I: É a mais simples das fraturas do tipo NOE onde há somente o envolvimento da porção medial do rebordo orbitário, estando preservada a inserção do ligamento. • Ela poderá ser uni ou bilateral e neste caso, o tratamento consiste na estabilização desse complexo em bloco através de placas e parafusos.
  • 59. Classificação • Tipo II: Pode acometer também um ou ambos os lados, diferenciando-se da situação anterior, pelo aumento de cominução entre os segmentos. • Nesta situação mais freqüentemente, o ligamento cantal permanece ainda inserido ao tecido ósseo e o tratamento passará pela reposição anatômica seguida de fixação de todos os seguimentos fraturados, havendo uma especial atenção para a manipulação do fragmento que contém o ligamento cantal.
  • 60. Classificação Tipo III: Incluem fraturas que têm um fragmento central que contém está o ligamento cantal medial. Embora rara, a avulsão deste ligamento poderá ocorrer, e nesta situação haverá a necessidade fixação destes fragmentos muitas vezes com fio transnasal para que se obtenha a adequada estabilidadedo ligamento, além da reconstrução óssea das áreas adjacentes.
  • 61. Tratamento • Recostrução óssea • Redução das fraturas, • Uso de enxertos de cartilagem ou osso • Uso de materiais aloplásticos ( medpor) • Incisão de Caldwell - Luc e drenagem do seio maxila
  • 62. Exames Complementares • Diagnóstico Radiológico: realizado através das radiografias e Tomografia Computadorizada (Padrão -ouro) .
  • 63. Tomografia Computadorizada • Herniação de Conteúdo Orbitário • Pneumocrânio
  • 64. • Tratamento: • Inicia-se o tratamento após a regressão do edema. De preferência, em torno do 7º dia de pós-trauma. • A correção deve ser feita sob visão direta. • Objetivos do tratamento: ● Unir fragmentos maiores; ● Reduzir o deslocamento posterior da região frontonasoetmoidal. ● A correção do telecanto traumático é feita com fios de aço – os ligamentos palpebrais são posicionados na parede nasal medial, com transfixação com fios de aço através da crista nasal anterior, e pontos captonados sobre a pele. ● Fixação com miniplacas ou fios de aço
  • 65. Complicações • Mais frequentes são : Diplopia e enoftalmo
  • 66. ● Fraturas do Zigoma ●O osso zigomático forma a eminência malar, também forma a porção lateral da órbita e a maior porção da órbita inferior. ● Articula superiormente com o processo angular externo do osso frontal, medialmente na órbita com a maxila, posteriormente com o osso temporal (arco) e na órbita lateral com a asa maior do esfenóide. ●É fortemente aderido a maxila e ao osso frontal, ao contrário sua ligação com o esfenóide e arco zigomático é fina e fraca.
  • 67. Clínica • Edema Periorbitário • Deformidade • Hemorragia Subconjuntival inferior • Enoftalmia • Distopia Ocular ( desnível dos globos oculares) • Hemorragia Nasal • Anestesia Regional • Incapacidade de movimentação do Globo Ocular • Dificuldade de abrir a boca
  • 68. Exames Complementares • Tomografia Computadorizada (Padrão Ouro) • Raio x : Waters , Hirtz • Velamento do seio maxilar • Traço de Fratura
  • 69. ●Classificação (Knight & North – 1961) ●Grupo I: Não há deslocamento significante; fratura visível no RX, mas os fragmentos estão alinhados (6%); •Grupo II: Fraturas do arco; sem envolvimento da órbita (10%) •Grupo III: Fraturas do corpo sem rotação; deslocamento para dentro ou para fora, porém sem rotação (33%)
  • 70. Classificação ● Grupo IV: Fratura do corpo com rotação medial (11%) • Grupo V: Rotação lateral (22%) • Grupo VI: Incluem todos os casos em que uma fratura adicional atravessa o fragmento principal (18%)
  • 71. ● Tratamento ●Dingman (1954) sugere que qualquer fratura do zigoma com desvio significante deve ser tratada com exposição das áreas, redução e fixação direta com fio metálico. •Redução Através do Seio Maxilar – Lothrop (1906) empregou uma antrostomia maxilar para acessar a fratura zigomática
  • 73. ● Acesso Temporal ● Gillies, Kilner e Stone (1927) essa abordagem era útil e eficiente, especialmente nos casos de fratura em galho verde sem deslocamento ao nível da sutura zigomáticofrontal.
  • 74. Tratamento ● Método de Suspensão – Kazanjian (1933) utilizado em fraturas que, após a redução tornavam a se deslocar. • Fixação com Pinos – Brown, Fryer e McDowell (1949) divulgaram uma essa técnica utilizando um ou mais pinos metálicos (fio de Kirschner) para fixação. Em 1965 Lange aperfeiçoou a técnica. Diversas complicações foram observadas com emprego deste método.
  • 75. ●Acesso de Dingman (1964) ● Incisão lateral no supercílio e outra na pálpebra inferior com exposição das linhas de suturas, zigomáticofrontal e zigomáticomaxilar. Fixação dos fragmentos com fios metálicos
  • 76. • Tamponamento do Seio Maxilar •Utiliza-se via de acesso intra-oral (Caldwell-Luc) • Deve ser realizado, somente, após visualização direta do assoalho da órbita. • O tampão é retirado após uma a três semanas.
  • 77. ●Complicações Precoces: Sangramento dentro do seio maxilar; Infecção (raro); Exacerbação de sinusite crônica preexistente; Cegueira
  • 78. ●Complicações Tardias: Má união; Diplopia; Anestesia ou hipoestesia persistente do nervo infra-orbital; Sinusite crônica; Não união; Anquilose do processo coronóide.
  • 79. ``O órgão pelo qual compreendi o mundo é o olho.`` GOETHE (1749-1832)