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Conceito de Ergonomia
É o estudo científico de adaptação dos instrumentos, condições e ambiente de
trabalho ás capacidades psicofisiológicas, antropométricas e biomecânicas do
homem.
A ERGONOMIA é uma ciência multídisciplinar com a base formada por várias outras
ciências. A Antropometria e a Biomecânica fornecem as informações sobre as
dimensões e os movimentos do corpo humano. A Anatomia e a Fisiologia Aplicada
fornecem os dados sobre a estrutura e o funcionamento do corpo humano. A
Psicologia, os parâmetros do comportamento humano. A Medicina do Trabalho, os
dados de condições de trabalho que podem ser prejudiciais ao organismo humano.
Da mesma forma, a Higiene industrial, a Física, a Estatística e outras ciências
fornecem informações a serem utilizadas pela ERGONOMIA, de forma a possibilitar o
conhecimento e o estudo completo do sistema homem-máquina-ambiente de
trabalho, visando a uma melhor adequação do trabalho ao homem.
Adaptação dos instrumentos, condições e ambiente de trabalho às capacidades
psicofisiológicas antropométricas e biomecânicas do homem, de forma a:

LER E DORT
Atualmente a doença mais notificada no trabalho é a L.E.R.(Lesões por Esforços Repetitivos,
também conhecida como D.O.R.T.(Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho) que
são lesões ocorridas em ligamentos, músculos, tendões e em outros segmentos corporais
relacionadas com o uso repetitivo de movimentos, posturas inadequadas e outros fatores como a
força excessiva.
Atinge a capacidade motora dos membros superiores englobando um conjunto de doenças
como: Tenossinovite (inflamação do tecido que reveste os tendões), Tendinite (inflamação nos
tendões), Picondilite (inflamação das estruturas do cotovelo), Bursite (inflamação nas
articulações dos ombros), Miosites (inflamação dos músculos), Síndrome Cervicobraquial
(compressão dos nervos da coluna cervical), entre outros.
A LER e a DORT, são a segunda maior causa de afastamento de trabalho no Brasil. Nos últimos
cinco anos, foram 532.434 afastamentos, sem contar os casos que ainda estão na justiça (Folha
SP,1999).
Esse aumento é causado pelo crescimento da informática e da automação onde o trabalho é
cada vez mais especializado, tornando o trabalhador um prestador de serviço de uma atividade
limitada e repetitiva.
Como meio de intervir no andamento do trabalho e implantar períodos de pausas, a GINÁSTICA
LABORAL surge como uma atividade auxiliadora e essencial, oferecida as empresas e aos
trabalhadores, na forma de prevenção a doenças como a LER e DORT, tendo como objetivo
reduzir a tensão muscular, melhorar a circulação, reduzir a ansiedade, o estresse e a fadiga,
melhorando a prontidão mental e facilitando o trabalho.

Tipos de Ginástica Laboral:
Ginástica Preparatória (no início do expediente);
Ginástica Compensatória (durante o expediente) e
Ginástica de Relaxamento (no final do expediente).
*Categorias profissionais que encabeçam a DORT:bancários, operadores de linha de montagem,
operadores de telemarketing, digitadores, jornalistas e secretárias.
Fonte: Instituto Nacional de Prevenção ás LER/DORT

A HISTÓRIA DA ERGONOMIA
Desde a pré-história a Ergonomia já estava presente. O homem pré-histórico, ao fixar na ponta de uma vara
uma lasca de pedra afiada para facilitar a caça de uma forma mais confortável, segura e eficaz estava
inconscientemente realizando ergonomia.

Em 1949, na Inglaterra, o termo ergonomia foi oficializado pelo engenheiro inglês Murrell ao criar a primeira
sociedade de ergonomia do mundo: a ErgonomicResearchSociety. No entanto, o termo Ergonomia teve origem
em 1857, quando o polonês W. Jastrzebowski intitulou um de seus trabalhos como "Esboço da Ergonomia ou
Ciência do trabalho baseada sobre as verdadeiras avaliações das ciências da natureza".

A ergonomia teve seu reconhecimento científico e desenvolveu-se em função dos avanços tecnológicos do
século XX, principalmente após a 2ª guerra mundial, quando as incompatibilidades entre o progresso humano e
o progresso técnico exacerbaram-se. Os equipamentos militares (aviões mais velozes, radares, submarinos e
sonares) exigiam dos operadores decisões rápidas e complexas em situações críticas de combate.

Segundo Hendrick (1993), a Ergonomia teve várias fases:

Ergonomia de Hardware ou Tradicional - concentrou os estudos nas características (capacidades e limites)
físicas e perceptivas do ser humano e na aplicação dos dados no design de controles, displays e arranjos de
interesse militar.

Ergonomia do Meio Ambiente - tem o interesse de compreender melhor a relação do ser humano com seu meio
ambiente (natural ou construído). Preocupa-se com efeitos de temperatura, ruído, vibração, iluminação e
aerodispersóides.

Ergonomia de Software ou Cognitiva - lida com questões de processamento de informação. Seu campo de
trabalho é fortalecido pela informatização de processos e produtos, que exige, cada vez mais, uma Ergonomia
de interface com o usuário.

Macroergonomia - enfatiza a interação entre os contextos organizacional e psicossocial de um sistema.
Diferencia-se das demais fases por priorizar o processo participativo. Isto garante que a intervenção ergonômica
tenha um melhor resultado, reduzindo a margem de erros de concepção e que as modificações tenham melhor
aceitação por parte dos trabalhadores.

A Ergonomia embora não seja uma descoberta deste século vem sendo uma "ferramenta" amplamente utilizada
por profissionais de diversas áreas que querem agregar funcionalidade aos seus projetos e contribuir para uma
melhor qualidade de vida das pessoas.




A IMPORTÂNCIA DA ERGONOMIA
A importância da Ergonomia está na contribuição para a promoção da segurança e bem-estar das pessoas e
conseqüentemente a eficácia dos sistemas nas quais elas se encontram envolvidas.
No Brasil, a Ergonomia vem ganhando notoriedade devido às exigências de uma Norma Regulamentadora do
Ministério do Trabalho e Emprego, a NR-17. A atual redação da NR-17 foi estabelecida pela Portaria nº 3.751,
de 23 de Novembro de 1990.
Dentre os vários itens desta norma, o item 17.3 refere-se ao mobiliário dos postos de trabalho, preconizando
que ele deve ser adaptado não só às características antropométricas da população, mas também à natureza do
trabalho, ou seja, as exigências da tarefa.
O OBJETIVO DA ERGONOMIA
O objetivo da ergonomia é otimizar as interações do ser humano com suas atividades de forma integrada,
promovendo eficácia, segurança, saúde e bem-estar do usuário.




MÉTODOS E TÉCNICAS DA ERGONOMIA

          A Ergonomia utiliza métodos e técnicas científicas para observar o trabalho humano.

A estratégia utilizada pela Ergonomia para apreender a complexidade do trabalho é decompor a atividade
em indicadores observáveis (postura, exploração visual, deslocamento).

A partir dos resultados iniciais obtidos e validados com os operadores, chega-se a uma síntese que
permite explicar a inter-relação de vários condicionantes à situação de trabalho.

Como em todo processo científico de investigação, a espinha dorsal de uma intervenção ergonômica é a
formulação de hipóteses.

Segundo LEPLAT "o pesquisador trabalha em geral a partir de uma hipótese, é isso que lhe permite
ordenar os fatos". São as hipóteses que darão o status científico aos métodos de observação nas atividades
do homem no trabalho.

A organização das observações em uma situação real de trabalho é feita em função das hipóteses que
guiam a análise, mas também, segundo GUERIN (1991), em função das imposições práticas ou das
facilidades de cada situação de trabalho.

Os comportamentos manifestáveis do homem são freqüentemente observáveis pelos ergonomistas, como
por exemplo:

Os deslocamentos dos operadores - esses podem ser registrados a partir do acompanhamento dos
percursos realizados pelo operador em sua jornada de trabalho. O registro do deslocamento pode explicar
a importância de outras áreas de trabalho e zonas adjacentes. Exemplo; em uma sala de controle o
deslocamento dos operadores até os painéis de controle está relacionado à exploração de certas
informações visuais que são fundamentais para o controle de processo; o deslocamento até outros colegas
pode esclarecer as trocas de comunicações necessárias ao trabalho.




Técnicas utilizadas na análise do trabalho

Pode-se agrupar as técnicas utilizadas em Ergonomia em técnicas objetivas e subjetivas.

• Técnicas objetivas ou diretas: - Registro das atividades ao longo de um período, por exemplo, através
de um registro em video. Essas técnicas impõem uma etapa importante de tratamento de dados.

• Técnicas subjetivas ou indiretas:- Técnicas que tratam do discurso do operador, são os questionários,
os check-lists e as entrevistas. Esse tipo de coleta de dados pode levar a distorções da situação real de
trabalho, se considerada uma apreciação subjetiva. Entretanto, esses podem fornecer uma gama de dados
que favoreçam uma análise preliminar.

Deve-se considerar que essas técnicas são aplicadas segundo um plano preestabelecido de intervenção em
campo, com um dimensionamento da amostra a ser considerado em função dos problemas abordados.
Métodos diretos

Observação

É o método mais utilizado em Ergonomia pois permite abordar de maneira global a atividade no trabalho.

A partir da estruturação das grandes classes de problemas a serem observados, o Ergonomista dirige suas
observações e faz uma filtragem seletiva das informações disponíveis.

Observação assistida

Inicialmente considera-se uma ficha de observação, construída a partir de uma primeira fase de
observação "aberta".

A utilização de uma ficha de registro permite tratar estatisticamente os dados recolhidos; as freqüências
de utilização, as transições entre atividades, a evolução temporal das atividades.

Em um segundo nível utiliza-se os meios automáticos de registro, áudio e video.

O registro em video é interessante à medida que libera o pesquisador da tomada incessante de dados, que
são, inevitavelmente, incompletos, e permite a fusão entre os comportamentos verbais, posturais e outros.
O video pode ser um elemento importante na análise do trabalho, mas os registros devem poder ser
sempre explicados pelos resultados da observação paralela dos pesquisadores.

Os registros em video permitem recuperar inúmeras informações interessantes nos processos de validação
dos dados pelos operadores. Essa técnica, entretanto, está relacionada a uma etapa importante de
tratamento de dados, assim como de toda preparação inicial para a coleta de dados (ambientação dos
operadores), e uma filtragem dos períodos observáveis e dos operadores que participarão dos registros.

Alguns indicadores podem ser observados para melhor estudo da situação de trabalho (postura,
exploração visual, deslocamentos etc).

Direção do olhar

A posição da cabeça e orientação dos olhos do indivíduo permite inferir para onde esse está olhando.

O registro da direção do olhar é amplamente utilizado em Ergonomia para apreciação das fontes de
informações utilizadas pelos operadores. As observações da direção do olhar podem ser utilizadas como
indicador da solicitação visual da tarefa.

O número e a frequência das informações observadas em um painel de controle na troca de petróleo em
uma refinaria, por exemplo, indicam as estratégias que estão sendo utilizadas pelos operadores na
detecção de presença de água no petróleo, para planejar sua ação futura.

Comunicações

A troca de informação entre indivíduos no trabalho podem ter diversas formas: verbais, por intermédio de
telefones, documentais e através de gestos.

O conteúdo das informações trocadas tem se revelado como grande fonte entre operadores, esclarecedora
da aprendizagem no trabalho, da competência das pessoas, da importância e contribuição do
conhecimento diferenciado de cada um na resolução de incidentes.

O registro do conteúdo das comunicações em um estudo de caso no Setor Petroquímico da Refinaria
Alberto Pasqualini, Canoas - RS, mostrou a importância da checagem das informações fornecidas pelos
automatismos e pelas pessoas envolvidas no trabalho, através de inúmeras confirmações solicitadas pelos
operadores do painel de controle.

O conteúdo das comunicações pode, além de permitir uma quantificação de fontes de informações e
interlocutores privilegiados, revelar os aspectos coletivos do trabalho.

Posturas

As posturas constituem um reflexo de uma série de imposições da atividade a ser realizada. A postura é
um suporte à atividade gestual do trabalho e um suporte às informações obtidas visualmente. A postura é
influenciada pelas características antropométricas do operador e características formais e dimensionais
dos postos de trabalho.

No trabalho em salas de controle, a postura é condicionada à oscilação do volume de trabalho. Em
períodos monótonos a alternância postural servirá como escape à monotonia e reduzirá a fadiga do
operador. Em períodos perturbados a postura será condicionada pela exploração visual que passa a ser o
pivô da atividade. Os segmentos corporais acompanharão a exploração visual e excutarão os gestos.

Estudo de traços

A análise é centralizada no resultado da atividade e não mais na própria atividade. Ela permite confrontar
os resultados técnicos esperados e os resultados reais.

Os dados levantados em diferentes fases do trabalho podem dar indicação sobre os custos humanos no
trabalho mas, entretanto, não conseguem explicar o processo cognitivo necessário à execução da
atividade. O estudo de traços pode ser considerado como complemento e é usado, com freqüência, nas
primeiras fases da análise do trabalho. O estudo de traços pode ser fundamental no quadro metodológico
para análise dos erros.

Métodos subjetivos

O questionário é pouco utilizado em Ergonomia pois requer um número importante de operadores.
Entretanto a aplicação de questionário em um grupo restrito de pessoas pode ser utilizada para
hierarquizar um certo número de questões a serem tratadas em uma análise aprofundada.

As respostas dos questionários podem ser úteis para a contribuição de uma classificação de tarefas e de
postos de trabalho. O questionário, entretanto, deve respeitar a amostra e as probabilidades de aplicação.

Deve-se ressaltar que com o questionário se obtém as opiniões, as atitudes em relação aos objetos, e que
elas não permitem acesso ao comportamento real.

Segundo PAVARD & VLADIS (1985), o questionário é um método fácil e se presta ao tratamento
estatístico, e, se corretamente utilizado, permite coletar um certo número de informações pertinentes para
o Ergonomista.

Tabelas de avaliação

Esse tipo de questionário permite aos operadores avaliarem, eles mesmos, o sistema que utilizam. O
objetivo é apontar os pontos fracos e fortes dos produtos. No caso de avaliação de programas, uma tabela
de avaliação deve cobrir os aspectos funcionais e conversacionais.

Entrevistas e verbalizações provocadas

A consideração do discurso do operador é uma fonte de dados indispensável à Ergonomia. A linguagem,
segundo MONTMOLLIN (1984), é a expressão direta dos processos cognitivos utilizados pelo operador
para realizar uma tarefa.
A entrevista pode ser consecutiva à realização da tarefa (pede-se ao operador para explicar o que ele faz,
como ele faz e por que).

Entrevistas e verbalizações simultâneas

As entrevistas podem ser realizadas simultaneamente à observação dos operadores trabalhando em
situação real ou em simulação.

A análise se concentra nas questões sobre a natureza dos dados levantados, sobre as razões que
motivaram certas decisões e sobre as estratégias utilizadas.

Dessa maneira o Ergonomista revela a significação que os operadores tem do seu próprio comportamento.
As verbalizações devem ser aplicadas com cuidado e de maneira a não alterar a atividade real de trabalho




QUAL O PAPEL DA ERGONOMIA PARA A SAÚDE?

A ergonomia se preocupa com as condições gerais de trabalho, tais como, a iluminação, os
ruídos e a temperatura, que geralmente são conhecidas como agentes causadores de males
na área de saúde física e mental, mas que o estudo procura traçar os caminhos para a
correção. O seu objetivo é aumentar a eficiência humana, através de dados que permitam que
se tomem decisões lógicas.

O custo individual é minimizado através da ergonomia, que remove aspectos do trabalho, que a
longo prazo, possam provocar ineficiências ou os mais variados tipos de incapacidades físicas.

Nas condições em que a atividade do indivíduo envolve a operação de uma peça de
equipamento, na maioria das vezes, ele passa a constituir, com este equipamento, um sistema
fechado. Este visa apresentar muitas das características de auto-regulamentação (feedback).
Como dentro de tal sistema é o indivíduo quem usualmente decide, torna-se necessário que
ele seja incluído no estudo da eficiência do sistema. Para que a eficiência seja máxima é
preciso que o sistema seja projetado como um todo, com o homem completando a máquina e
esta completando o homem.

ERGONOMIA - CIÊNCIA DO CONFORTO

É uma ciência multidisciplinar que envolve aspectos ligados a anatomia, fisiologia, biomecânica, antropometria,
psicologia, engenharia, desenho industrial, informática e administração de maneira a proporcionar ao homem
mais conforto, segurança e eficiência em qualquer atividade.

Nosso consultor, eng. Osny apresenta de forma direta e eficaz todos os apectos relacionados ao tema.

Uma pequena viagem ao Mundo da Ergonomia

Noções Fundamentais

O QUE É ERGONOMIA?

ERGONOMIA: palavra de origem grega

ERGO = que significa trabalho
NOMOS = que significa regras

Uma Definição: "Estudo entre o homem e o seu trabalho, equipamentos e meio ambiente".

A ergonomia surgiu junto com o homem primitivo, com a necessidade de se proteger e sobreviver. Sem querer,
o homem primitivo, começou a aplicar os princípios da ergonomia, ao fazer seus utensílios de barro para tirar
água de cacimbas e cozinhar alimentos, fazer tacapes para se defender ou abater animais. Ele exercia a mesma
atividade com menos esforço, com mais conforto!

Mas, foi na revolução industrial que a ergonomia começou a surgir. Nas grandes guerras ela teve uma
importância fundamental no desenvolvimento de armas e equipamentos bélicos que deveriam ser precisos e
habilitados a serem usados por soldados de vários países com medidas antropométricas diferentes (altura é um
item, apenas!)

Foi na segunda Guerra Mundial que os aliados agrupados com os mais diferentes biotipos, jamais visto em um
exército, que começaram a perceber que o armamento precisava ser projetado, montado, desmontado e usado
em função do "tamanho" do soldado ou serviço de engenharia.

Foi a junção da tecnologia com as ciências humanas com a criação da EngineeringPsychology, com as primeiras
entidades mais importantes: INGLATERRA 1949 ErgonomicResearchSociety e EUA 1961
InternationalErgonomicsAssociation - 40 países.

Como podemos notar, a ergonomia surgiu em função da necessidade do ser humano, cada vez mais querer
aplicar menos esforço físico e mental, nas atividades diárias. O Computador, a calculadora, são dois exemplos
de produtos ergonômicos diminuindo o esforço mental.

Podemos aplicar estudos ergonômicos no lar, no transporte, no lazer, na escola e, principalmente no trabalho,
ou seja, em qualquer lugar.

As duas tendências

Ergonomia dos métodos e das tecnologias, mais americana, contínua necessidade de adaptação da máquina ao
homem.

Ergonomia da organização do trabalho, européia, estudo da inter-relação entre o homem e o trabalho, como o
homem “sente” e “experimenta” o trabalho. Ergonomia da Conscientização.

Tríade básica da Ergonomia:
Conforto
Segurança
Eficiência

A perfeita integração entre as condições de trabalho e a tríade: Conforto – Segurança - Eficiência do
Trabalhador, pode ser considerada a busca da ergonomia

Para se atingir este objetivo:

Anatomia – Fisiologia - Biomecânica (postura) – Antropometria – Psicologia – Engenharia - Desenho Industrial
– Informática – Administração, é o caráter interdisciplinar da ergonomia que tanto nos fascina!

ERGONOMIA = CIÊNCIA DO CONFORTO.

A ergonomia tem sido fator de aumento de produtividade das empresas e da qualidade do produto bem como
da qualidade de vida dos trabalhadores, na medida em que a mesma é aplicada com a finalidade de melhorar
as condições ambientais, visando à interação com o ser humano.

A ergonomia estrutura-se a partir dos conhecimentos científicos sobre o ser humano, isso é, sobre suas
características psicofisiológicas, para a partir deles, conceber equipamentos ou modifica-los e não o contrário,
isso é, aplicar o conhecimento em máquinas para depois procurar a pessoa certa.

Uma das Ergonomia, muito pouco conhecida, a ergonomia de concepção, que planeja, estrutura todo o projeto
a partir dos dados referentes do ser humano. Muito mais econômico projetar, conceber, montar um ambiente
com ergonomia do que corrigi-lo depois.
Nota: Antes de projetar, definir, construir, comprar, montar qualquer ambiente de trabalho ou lazer, consulte
um especialista em ergonomia. Sai mais em conta. Confira!

A ergonomia estuda a situação de trabalho como:

Atividades, Ambientes Físicos, Iluminação, Ruído, Temperaturas, Postos de Trabalho, Dimensões, Formas,
Concepção, etc....

  Buscando dar o máximo de conforto, segurança e eficiência.

Os três (quatro) tipos principais:

1. Ergonomia de Correção

Atua de maneira restrita, modificando os elementos parciais do posto de trabalho, como: Dimensões,
Iluminação, Ruído, Temperatura, etc.

Tem eficácia limitada, é cara!

2. Ergonomia de Concepção

Interfere amplamente no projeto do posto de trabalho, do instrumento, da máquina ou do sistema de
produção, organização do trabalho e formação de pessoal.

Não se esqueça: Ao Iniciar, Modificar, Aumentar seu Escritório, sua Linha de Produção, seu Trabalho, Consulte
um especialista em Ergonomia.

3. Ergonomia de Conscientização

Ensina o trabalhador a usufruir os benefícios de seu posto de trabalho.
Isto é:
Manter a Boa postura, uso adequado de mobiliários e equipamentos, como usar uma cadeira adequadamente,
por exemplo. Implantação de pausas, ginástica laboral (antes, durante e depois da atividade). Como
conscientizar as pessoas da limitação de seu corpo. Como treinar as pessoas a serem mais ificiêntes com seu
corpo, dos seus subordinados, dos seus amigos e parentes.

4. Ergonomia Participativa

Estimulada pela presença de um Comitê Interno de Ergonomia (CIE) que engloba representantes da empresa e
dos funcionários, utiliza as ferramentas da ergonomia de conscientização para que haja o pleno usufruto do
projeto ergonômico, seja esse implementado pela ergonomia de concepção ou de correção. Um CIE só funciona
quando é simples, de baixo custo. Como costumo dizer: Quando o Presidente se interessar da agenda do CIE,
você chegou lá!

Não esqueça: Ergonomia de Conscientização:

É fundamental para a obtenção dos objetivos propostos pelo projeto ergonômico, pois é pela realização de
treinamento, palestras, cursos de aprimoramento e atualização constante que é possível educar o funcionário
acerca dos meios de trabalho menos prejudiciais para a sua saúde individual e, ao mesmo tempo, mostrar-lhe
todos os benefícios das propostas ergonômicas para a saúde da coletividade.

Algumas Definições:

"Ergonomia é o conjunto de conhecimentos científicos relativos ao homem e necessário para os engenheiros
conceberem ferramentas, máquinas e conjuntos de trabalho que possam ser utilizados com o máximo de
conforto, segurança e eficiência." - Murrel, 1949 - Britânico.

"O esboço da ergonomia ou ciência do trabalho baseada sobre as verdadeiras avaliações das ciências da
natureza. Ciência do uso das forças e das capacidades humanas no trabalho" -W. Jartrzebowski, 1857

"Um conjunto de conhecimentos científicos relativos ao homem e necessários à concepção de instrumentos,
máquinas e dispositivos que possam ser utilizados com o máximo de conforto, segurança e eficiência." -
Wisner, 1987


COMO A ERGONOMIA PODE NOS AJUDAR?

Sendo ERGONOMIA a ciência que estuda toda e qualquer atividade física e mental com menos esforço,
percebe-se, facilmente que aqueles que não a praticam estão perdendo muito...:

- Correndo riscos de adquirir doenças, principalmente as músculo-esqueléticas como as LER/DORT e dores e
lesões da coluna. São elas as principais doenças que mais se beneficiam da ERGONOMIA.

- Perdendo em lucros, pois o mundo globalizado de hoje, altamente competitivo, requer alta produtividade e
eficácia em todas as atividades da empresa e um time perfeito e vencedor.

Os países do chamado primeiro mundo, capitaneados pelos EUA, investem bilhões de dólares anualmente
em ERGONOMIA, muito além da Legislação: Porquê? Você já viu um norte americano jogar dinheiro
fora? A resposta é fácil : Dá Lucro!

Confira no link de ARTIGOS deste Portal e por meio das palestras do Eng. Osny Telles Orselli, como a
ergonomia pode aumentar seus lucros, diminuir a fadiga, aumentar a produtividade, como prevenir
as LER/DORT. Como conscientizar a empresa como um todo, o que é o estágio superior da ergonomia em
uma estratégia de RH, o que o mundo está fazendo para aumentar a produtividade e eficácia através da
ergonomia. Dá até para calcular o retorno sobre o investimento, pois se você pensar que isso custa..., o melhor
é cortar e anular, pois custos são para serem diminuídos. Retorno é para checar o investimento. Sempre pense
em investimento e não em custos!
É assim que Coreanos (do Sul), Chineses e Indianos aprenderam com com os Norte Americanos.

Pratique ERGONOMIA e todos saem ganhando: O trabalhador, O Empresário, O Governo.

Mais Ergonomia, mais conforto, mais saúde mais qualidade de vida, mais SUSTENTABILIDADE!




ERGONOMIA E CONSCIENTIZAÇÃO / ERGONOMIA DE CONSCIENTIZAÇÃO


PORQUE É A MAIS IMPORTANTE?
POR QUE É A MAIS ESQUECIDA?

POR QUE OS COMITÊS INTERNOS DE ERGONOMIA NÃO FUNCIONAM?




Dentre as várias definições de ERGONOMIA, podemos citar:
Ergonomia como Ciência do uso das forças e das capacidades humanas no trabalho.

Ou, mais remotamente, 1857 W. JARTRZEBOWSKI
“O esboço da ergonomia ou ciência do trabalho baseada sobre as verdadeiras avaliações das ciências da
natureza”.

Ou, mais recentemente, 1987 Wisner
Um conjunto de conhecimentos científicos relativos ao homem e necessários à concepção de instrumentos,
máquinas e dispositivos que possam ser utilizados com o máximo de conforto, segurança e eficiência.

Também se sabe que há duas tendências:

Mais européia:
Ergonomia da organização do trabalho, estudo da inter-relação entre o homem e o trabalho, como o homem
“sente” e “experimenta” o trabalho.

Mais Americana:
Ergonomia dos métodos e das tecnologias, contínua necessidade de adaptação da máquina ao homem.
Na realidade a ergonomia estrutura-se a partir dos conhecimentos científicos sobre o ser humano, i.é, sobre
suas características psicofisiológicas para, a partir deles, conceber equipamentos ou modificá-los e não o
contrário, i.é, aplicar o conhecimento em máquinas para depois procurar a pessoa certa.

O caráter multidisciplinar da ergonomia que nos fascina:

ANATOMIA- FISIOLOGIA – BIOMECÂNICA (postura) – ANTROPOMETRIA – PSICOLOGIA – ENGENHARIA –
DESENHO INDUSTRIAL – INFORMÁTICA – ADMINISTRAÇÃO...

Sabemos que a tríade básica da ergonomia pode ser super resumida como: CONFORTO – SEGURANÇA -
EFICIÊNCIA

A perfeita integração entre as condições de trabalho e a tríade: CONFORTO – SEGURANÇA-EFICIÊNCIA do
trabalhador ou do posto de trabalho pode ser considerada a busca da ergonomia.

Ainda dentro de condições básicas de qualquer cursinho de ergonomia, eles ensinam que há três tipos de
ergonomia, que acho que poderiam ser três e meio ou quatro:

Vamos recordar:

1- ERGONOMIA DE CORREÇÃO:
Envolve e estuda: Atividade; Ambientes físicos; Iluminação, ruído, temperatura, etc; O posto de trabalho;
Dimensões, formas, concepção etc. Atua de maneira restrita modificando os elementos parciais do posto de
trabalho, como: Dimensões, Iluminação, Ruído, Temperatura, etc. Tem eficácia limitada, pois corrigir sempre
custa mais dinheiro.

2 -ERGONOMIA DE CONCEPÇÃO:
Interfere amplamente no projeto, da concepção do posto de trabalho, do instrumento, da máquina ou do
sistema de produção, da organização do trabalho e formação de pessoal.

3- ERGONOMIA (D)E CONSCIENTIZAÇÃO:
Ensina ao colaborador ou associado a usufruir os benefícios de seu posto de trabalho. Boa postura, Uso
adequado de mobiliários e equipamentos. Implantação de pausas, Ginástica laborativa (antes, no meio e depois
da atividade).

Não importando a modalidade e sim a finalidade foi desenvolvido o que chamamos de COMITÊ DE
ERGONOMIA:
COMITÊ DE ERGONOMIA: grupo de pessoas que juntas trabalham em prol da conscientização e viabilização de
um projeto ergonomicamente correto.

Formado por um Comitê Interno de Ergonomia (CIE) que englobe representantes da empresa e dos
funcionários, utiliza as ferramentas da ergonomia de conscientização para que haja o pleno usufruto do projeto
ergonômico, seja esse implementado pela ergonomia de concepção ou de correção.

O foco principal do Comitê de Ergonomia e a prática da ergonomia de conscientização, sendo que
essa conscientização se faz a partir do primeiro grupo a ser conscientizado que é o próprio CIE.

Esta conscientização é fundamental para a obtenção dos objetivos propostos pelo projeto ergonômico, pois é
pela realização de treinamento, palestras, cursos de aprimoramento e atualização constante que é possível
educar o funcionário acerca dos meios de trabalho menos prejudiciais para a saúde individual e, ao mesmo
tempo, mostrar-lhe todos os benefícios das propostas ergonômicas para a saúde da coletividade.

Vamos aprofundar sempre resumindo:
Cada empregado precisa saber que o risco de ter uma lesão na coluna, no seu ombro, no seu punho, no seu
local de trabalho varia e depende da natureza do seu trabalho.
Se os empregados estão manuseando materiais, a possibilidade de ter uma lesão na coluna é cinco vezes e
meio maior do que a média dos outros trabalhos.
Para o pessoal de enfermagem este número está perto de quatro vezes!
Quanto maior o risco, maior a necessidade de um programa de prevenção de lesões músculo-esqueléticas.
Levando em conta a velha receita de que não há elixir milagreiro para a prevenção de uma LER-DORT ou
lombalgia ou hérnia de disco, o CIE deve estar consciente de que a empresa decidiu focalizar no treinamento,
na educação (e se for o caso no uso ou implementação de algum acessório como banquinho, cadeira, nova
bancada, apoio para pés, cinto lombar, etc) além de executar uma análise ergonômica dos postos de trabalho.

Muitas empresas coletam dados irrefutáveis a respeito de programas de segurança e um forte compromisso a
nível gerencial no sentido de reduzir a incidência, os custos e horas perdidas ocasionadas por lesões músculo-
esqueléticas.

Assim, vocês estão entendendo que muitas vezes, até por força de uma inspeção da DRT, saímos correndo a
adquirir uma cadeira ou banquinho (a pressa é inimiga da perfeição), mas esquecemos da causa e do meio.

Não adianta nada comprar ou trocar mobiliário, implementar acessórios e/ou produtos ergonômicos ou afins
sem antes proceder a uma análise de conscientização através do CIE. Esta é a principal causa dos problemas
de muitos CIE. Quantas vezes nos deparamos vendo o usuário torto, com os pés flutuando no ar, com uma
cadeira caríssima e você pergunta para ele porque ele não usa pelo menos uma das aquelas 3 ou 4 alavancas ?
E Ele responde: Nem sei para que servem! Ninguém me disse nada!

Além de ensinar a tirar o máximo proveito de um novo (ou velho) mobiliário é necessário ensinar como ter boa
postura, a importância das pausas, porque ele precisa disso, porque ele precisa regular a altura e espaldar da
cadeira ou banco, por aí vai.

COMO SERIA O ESBOÇO DE UM PROGRAMA DE TREINAMENTO, POR EXEMPLO, DE PREVENÇÃO DE
LESÕES DA COLUNA?

Muitos dos itens abaixo se aplicam a qualquer programa de prevenção de doenças ou sintomas músculo-
esqueléticas

1- Aplicar um programa de Conhecimentos Gerais

- Fazer com que o associado/empregado/usuário absorva as técnicas de prevenção para adota-las dentro e
FORA do ambiente de trabalho.

- A importância dos exercícios físicos dentro e FORA do ambiente de trabalho;

- A importância de se cuidar durante o transporte, trabalhos de fins de semana, esporte e lazer;

- Fazer com que o empregado seja um multiplicador destas técnicas dentro e principalmente FORA do ambiente
de trabalho, pois vai melhorar seu relacionamento familiar, sua QUALIDADE DE VIDA

- Melhorar sua motivação dentro e FORA do ambiente de trabalho com conseqüente aumento da produtividade
e eficácia.

- No caso de lesões de coluna, devemos conscientizar o empregado/associado (e ao CIE e ao treinador) do
programa preventivo com alguns dados estatísticos (que aqui colocamos, alguns dos EUA para vocês verem
que o problema lá é enorme também; coloque dados da empresa ou do corporate se existir).

- Não fique surpreso em saber que 80% a 90% da população MUNDIAL vai sofrer algum tipo de lesão na coluna
durante suas vidas.
-Nos locais de trabalho, um a cada três empregados experimenta algum tipo de problemas nas costas ou
coluna.

- Na média, cada empresa norte americana gasta mais de US$120.000,00/ ocorrência com essas lesões.

- De acordo com o Departamento de Estatística do Trabalho dos EUA, 31 milhões de americanos sofrem de
lesões na coluna relativas ao trabalho, e essas lesões representam cerca de 33% de todas as reclamações de
indenizações trabalhistas.

- De fato, apenas no Estados Unidos, 20 a 30 bilhões de dólares por ano são gastos em tratamento médico,
associados à lesão da coluna e 40 a 60 bilhões de dólares em horas de trabalho perdidas, incapacidade e
cuidados com crianças.

- Lesão da Coluna é a mais cara e é também a lesão do trabalho mais freqüente nos Estados Unidos
atualmente.

- Certamente você conhece alguém que já sofreu de lesão na coluna: A dor é constante e a lesão é debilitante.



2 - Aplicar um programa de Conhecimentos Científicos:

- Explicar como são e como funciona "as costas" (até a palavra deve ser bem escolhida: costas ao invés de
coluna); fotos, silhuetas, etc.

- Oferecer conhecimentos básicos de antropometria

- Mostrar mecanismos de funcionamentos básicos de nosso sistema músculo-esquelético apenas para que se
tenha noção de corpo x espaço.

- Uma das coisas mais importantes: Explicar detalhadamente a razão da importância da postura correta, pois
vai permitir o corpo a otimizar sua função enquanto reduz stress e tensões nos músculos e ossos. Isto
aumentará o conforto e vai reduzir a fadiga, EM PÉ OU SENTADO!!
* A parte inferior da coluna atua como um ponto de alavanca que suporta o peso do corpo e da carga.
* A coluna opera a uma relação de 10:1 com este ponto (média mundial para as medidas antropométricas
conhecidas). Isso significa que quando você curva na altura da cintura, as forças na região inferior da coluna
são maiores do que 500 Kg de pressão para um saco de cimento, por exemplo, (50 kg).

3- Aplicar um programa de Entendimento de Mobiliário e assessórios:
 Aqui vai entrar eventualmente a explicação da nova bancada com altura regulável, um novo banco, cadeira,
um cinto lombar, importância de um EPI,etc.



4- Aplicar os Programa de Prevenção:
Um programa de prevenção de lesões da coluna precisa de técnicas apropriadas de manuseio (e não só
levantamento) da carga, de qualquer carga (até ½ kg). (Liste-as neste ponto com slides, cartazes e filme).

Vocês estão vendo que um programa de prevenção de doenças músculo-esqueléticas passa por um
treinamento de conscientização onde fatos como os relatados acima devem ser passados ao treinador e aos
associados, obviamente com a devida cautela.

É necessário que TODOS estejam conscientes de que se a empresa escolheu a implementação de um programa
de prevenção de lesões da coluna através de um programa de segurança a fim de reduzir a incidência de lesões
da coluna e ao mesmo tempo obter dois grandes resultados deste investimento:
• Quando a incidência de lesões da coluna diminui, a saúde e a moral dos empregados aumenta;
• Os custos de indenizações diminuem, permitindo a empresa investir em outros programas de segurança e
bem-estar.



5- Aplicar um programa de Acuidade Visual:
Fazer com o empregado através de cartazes com imagens, silhuetas, semelhantes àquelas usadas durante o
treinamento, agora colocadas nos refeitórios, vestiários, postos de trabalho, lembre-se e se recorde sempre
destes treinamentos.
*É bastante interessante a idéia de se entregar estes cartazes para que sejam levados aos ADC s, sindicatos,
grêmios e clubes, para suas casas. Não esqueça, neste caso, de cuidar do nome, logomarca de sua empresa.
Nada funciona sem marketing!
Importante:
O enfoque fora do ambiente de trabalho

Porque razão o enfoque no FORA do ambiente de trabalh é importante?

Nos EUA, 30 % das lesões músculo-esqueléticas têm origem em atividades de risco FORA do trabalho.

E no Brasil?

Depende, mas certamente aqui essa porcentagem é muito superior. Dados colhidos não cientificamente,
durante minhas palestras e cursos neste Brasil, pode checar até 75 %!
Mas, atenção - muitos são os fatores a serem pesquisados: depende de como o trabalhador vai à empresa
(três conduções, como a média na região de Guarulhos?) ou o ônibus passa perto da casa dele? Quais graus
de serviços públicos estão disponíveis no seu lar?
Parece dificíl de entender, mas regiões de maior risco de segurança pública nos bairros faz aumentar o estresse
à insegurança que o trabalhador vai levar para dentro de sua fábrica e vai aumentar o risco – probabilidade de
ele contrair uma lesão.

Boas escolas, plano de saúde, lazer, cursos profissionalizantes, etc são agentes de risco positivos ou negativos,
dependendo se funcionam bem ou mal.

Quando implementar um programa destes, o CIE (Comitê Interno de Ergonomia) deve prover até o diploma
que a alta gerencia vai dar aos associados, no seu término, com palmas, para o novo “Especialista em
Coluna”.
Assim o papel do Comitê de Ergonomia deve ser focado desde o inicio nos modelos de Ergonomia (d) e
Conscientização.
O Comitê de ergonomia deve envolver a todos os setores, até o financeiro, controller.

Desde que a diminuição das dores, principalmente nas costas e membros superiores através da ergonomia, é
um grande fator de aumento da produtividade, não nos parece óbvio envolver o setor de finanças, de controle,
da empresa?
Vai facilitar na hora de explicar o investimento (e não custo) de um programa de treinamento, de compra de
novo mobiliário (mas consciente e com treinamento), por exemplo. E vamos falar de investimento e mostrar o
retorno.

Somente quando há este comprometimento geral o trabalho funciona.
Um animador externo das reuniões ou mesmo a presença de palestras elucidativas com pessoal externo é
sempre fortalecedor e enriquecedor.

Não é necessário um manual de como formar CIEs.
Menos formalidade e mais conscientização é o ideal.

Muitas vezes na primeira reunião do CIE, os membros da SST, responsável pela organização geral, faz
apresentações extremamente técnicas, cansativas, apresentando aquele brutal (literalmente) calhamaço de
papel com laudo ou levantamento ergonômico contratado, às vezes, com altos custos, às vezes até com vídeo,
cálculos de força e momento fletor da vértebra Lx, onde está descrito que tudo está errado ou até que está
certo mas que, infelizmente, não é PRÁTICO.
As vezes deparamos com laudos onde o CIE deveria fechar a fábrica de tantas não conformidades
apresentadas! Porém, é preciso ter consciência e ser realista. Não, não é assim.
Vamos estudar alternativas, vamos melhorar paulatinamente, vamos adequar aos poucos.

Devemos lembrar que nas pequenas ações temos as grandes reações.

Exemplos negativistas também servem para lembrar que as próximas reuniões serão ineficazes, até
ridicularizadas e fadadas ao fim.

A má condução de um CIE é uma perda irreparável: Perdem os trabalhadores, os responsáveis pela SST, perde
o sindicado, a CIPA, a empresa, o país

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Conceito e Importância da Ergonomia

  • 1. Conceito de Ergonomia É o estudo científico de adaptação dos instrumentos, condições e ambiente de trabalho ás capacidades psicofisiológicas, antropométricas e biomecânicas do homem. A ERGONOMIA é uma ciência multídisciplinar com a base formada por várias outras ciências. A Antropometria e a Biomecânica fornecem as informações sobre as dimensões e os movimentos do corpo humano. A Anatomia e a Fisiologia Aplicada fornecem os dados sobre a estrutura e o funcionamento do corpo humano. A Psicologia, os parâmetros do comportamento humano. A Medicina do Trabalho, os dados de condições de trabalho que podem ser prejudiciais ao organismo humano. Da mesma forma, a Higiene industrial, a Física, a Estatística e outras ciências fornecem informações a serem utilizadas pela ERGONOMIA, de forma a possibilitar o conhecimento e o estudo completo do sistema homem-máquina-ambiente de trabalho, visando a uma melhor adequação do trabalho ao homem. Adaptação dos instrumentos, condições e ambiente de trabalho às capacidades psicofisiológicas antropométricas e biomecânicas do homem, de forma a: LER E DORT Atualmente a doença mais notificada no trabalho é a L.E.R.(Lesões por Esforços Repetitivos, também conhecida como D.O.R.T.(Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho) que são lesões ocorridas em ligamentos, músculos, tendões e em outros segmentos corporais relacionadas com o uso repetitivo de movimentos, posturas inadequadas e outros fatores como a força excessiva. Atinge a capacidade motora dos membros superiores englobando um conjunto de doenças como: Tenossinovite (inflamação do tecido que reveste os tendões), Tendinite (inflamação nos tendões), Picondilite (inflamação das estruturas do cotovelo), Bursite (inflamação nas articulações dos ombros), Miosites (inflamação dos músculos), Síndrome Cervicobraquial (compressão dos nervos da coluna cervical), entre outros. A LER e a DORT, são a segunda maior causa de afastamento de trabalho no Brasil. Nos últimos cinco anos, foram 532.434 afastamentos, sem contar os casos que ainda estão na justiça (Folha SP,1999). Esse aumento é causado pelo crescimento da informática e da automação onde o trabalho é cada vez mais especializado, tornando o trabalhador um prestador de serviço de uma atividade limitada e repetitiva. Como meio de intervir no andamento do trabalho e implantar períodos de pausas, a GINÁSTICA LABORAL surge como uma atividade auxiliadora e essencial, oferecida as empresas e aos trabalhadores, na forma de prevenção a doenças como a LER e DORT, tendo como objetivo reduzir a tensão muscular, melhorar a circulação, reduzir a ansiedade, o estresse e a fadiga, melhorando a prontidão mental e facilitando o trabalho. Tipos de Ginástica Laboral: Ginástica Preparatória (no início do expediente); Ginástica Compensatória (durante o expediente) e Ginástica de Relaxamento (no final do expediente). *Categorias profissionais que encabeçam a DORT:bancários, operadores de linha de montagem,
  • 2. operadores de telemarketing, digitadores, jornalistas e secretárias. Fonte: Instituto Nacional de Prevenção ás LER/DORT A HISTÓRIA DA ERGONOMIA Desde a pré-história a Ergonomia já estava presente. O homem pré-histórico, ao fixar na ponta de uma vara uma lasca de pedra afiada para facilitar a caça de uma forma mais confortável, segura e eficaz estava inconscientemente realizando ergonomia. Em 1949, na Inglaterra, o termo ergonomia foi oficializado pelo engenheiro inglês Murrell ao criar a primeira sociedade de ergonomia do mundo: a ErgonomicResearchSociety. No entanto, o termo Ergonomia teve origem em 1857, quando o polonês W. Jastrzebowski intitulou um de seus trabalhos como "Esboço da Ergonomia ou Ciência do trabalho baseada sobre as verdadeiras avaliações das ciências da natureza". A ergonomia teve seu reconhecimento científico e desenvolveu-se em função dos avanços tecnológicos do século XX, principalmente após a 2ª guerra mundial, quando as incompatibilidades entre o progresso humano e o progresso técnico exacerbaram-se. Os equipamentos militares (aviões mais velozes, radares, submarinos e sonares) exigiam dos operadores decisões rápidas e complexas em situações críticas de combate. Segundo Hendrick (1993), a Ergonomia teve várias fases: Ergonomia de Hardware ou Tradicional - concentrou os estudos nas características (capacidades e limites) físicas e perceptivas do ser humano e na aplicação dos dados no design de controles, displays e arranjos de interesse militar. Ergonomia do Meio Ambiente - tem o interesse de compreender melhor a relação do ser humano com seu meio ambiente (natural ou construído). Preocupa-se com efeitos de temperatura, ruído, vibração, iluminação e aerodispersóides. Ergonomia de Software ou Cognitiva - lida com questões de processamento de informação. Seu campo de trabalho é fortalecido pela informatização de processos e produtos, que exige, cada vez mais, uma Ergonomia de interface com o usuário. Macroergonomia - enfatiza a interação entre os contextos organizacional e psicossocial de um sistema. Diferencia-se das demais fases por priorizar o processo participativo. Isto garante que a intervenção ergonômica tenha um melhor resultado, reduzindo a margem de erros de concepção e que as modificações tenham melhor aceitação por parte dos trabalhadores. A Ergonomia embora não seja uma descoberta deste século vem sendo uma "ferramenta" amplamente utilizada por profissionais de diversas áreas que querem agregar funcionalidade aos seus projetos e contribuir para uma melhor qualidade de vida das pessoas. A IMPORTÂNCIA DA ERGONOMIA A importância da Ergonomia está na contribuição para a promoção da segurança e bem-estar das pessoas e conseqüentemente a eficácia dos sistemas nas quais elas se encontram envolvidas. No Brasil, a Ergonomia vem ganhando notoriedade devido às exigências de uma Norma Regulamentadora do Ministério do Trabalho e Emprego, a NR-17. A atual redação da NR-17 foi estabelecida pela Portaria nº 3.751, de 23 de Novembro de 1990. Dentre os vários itens desta norma, o item 17.3 refere-se ao mobiliário dos postos de trabalho, preconizando que ele deve ser adaptado não só às características antropométricas da população, mas também à natureza do trabalho, ou seja, as exigências da tarefa.
  • 3. O OBJETIVO DA ERGONOMIA O objetivo da ergonomia é otimizar as interações do ser humano com suas atividades de forma integrada, promovendo eficácia, segurança, saúde e bem-estar do usuário. MÉTODOS E TÉCNICAS DA ERGONOMIA A Ergonomia utiliza métodos e técnicas científicas para observar o trabalho humano. A estratégia utilizada pela Ergonomia para apreender a complexidade do trabalho é decompor a atividade em indicadores observáveis (postura, exploração visual, deslocamento). A partir dos resultados iniciais obtidos e validados com os operadores, chega-se a uma síntese que permite explicar a inter-relação de vários condicionantes à situação de trabalho. Como em todo processo científico de investigação, a espinha dorsal de uma intervenção ergonômica é a formulação de hipóteses. Segundo LEPLAT "o pesquisador trabalha em geral a partir de uma hipótese, é isso que lhe permite ordenar os fatos". São as hipóteses que darão o status científico aos métodos de observação nas atividades do homem no trabalho. A organização das observações em uma situação real de trabalho é feita em função das hipóteses que guiam a análise, mas também, segundo GUERIN (1991), em função das imposições práticas ou das facilidades de cada situação de trabalho. Os comportamentos manifestáveis do homem são freqüentemente observáveis pelos ergonomistas, como por exemplo: Os deslocamentos dos operadores - esses podem ser registrados a partir do acompanhamento dos percursos realizados pelo operador em sua jornada de trabalho. O registro do deslocamento pode explicar a importância de outras áreas de trabalho e zonas adjacentes. Exemplo; em uma sala de controle o deslocamento dos operadores até os painéis de controle está relacionado à exploração de certas informações visuais que são fundamentais para o controle de processo; o deslocamento até outros colegas pode esclarecer as trocas de comunicações necessárias ao trabalho. Técnicas utilizadas na análise do trabalho Pode-se agrupar as técnicas utilizadas em Ergonomia em técnicas objetivas e subjetivas. • Técnicas objetivas ou diretas: - Registro das atividades ao longo de um período, por exemplo, através de um registro em video. Essas técnicas impõem uma etapa importante de tratamento de dados. • Técnicas subjetivas ou indiretas:- Técnicas que tratam do discurso do operador, são os questionários, os check-lists e as entrevistas. Esse tipo de coleta de dados pode levar a distorções da situação real de trabalho, se considerada uma apreciação subjetiva. Entretanto, esses podem fornecer uma gama de dados que favoreçam uma análise preliminar. Deve-se considerar que essas técnicas são aplicadas segundo um plano preestabelecido de intervenção em campo, com um dimensionamento da amostra a ser considerado em função dos problemas abordados.
  • 4. Métodos diretos Observação É o método mais utilizado em Ergonomia pois permite abordar de maneira global a atividade no trabalho. A partir da estruturação das grandes classes de problemas a serem observados, o Ergonomista dirige suas observações e faz uma filtragem seletiva das informações disponíveis. Observação assistida Inicialmente considera-se uma ficha de observação, construída a partir de uma primeira fase de observação "aberta". A utilização de uma ficha de registro permite tratar estatisticamente os dados recolhidos; as freqüências de utilização, as transições entre atividades, a evolução temporal das atividades. Em um segundo nível utiliza-se os meios automáticos de registro, áudio e video. O registro em video é interessante à medida que libera o pesquisador da tomada incessante de dados, que são, inevitavelmente, incompletos, e permite a fusão entre os comportamentos verbais, posturais e outros. O video pode ser um elemento importante na análise do trabalho, mas os registros devem poder ser sempre explicados pelos resultados da observação paralela dos pesquisadores. Os registros em video permitem recuperar inúmeras informações interessantes nos processos de validação dos dados pelos operadores. Essa técnica, entretanto, está relacionada a uma etapa importante de tratamento de dados, assim como de toda preparação inicial para a coleta de dados (ambientação dos operadores), e uma filtragem dos períodos observáveis e dos operadores que participarão dos registros. Alguns indicadores podem ser observados para melhor estudo da situação de trabalho (postura, exploração visual, deslocamentos etc). Direção do olhar A posição da cabeça e orientação dos olhos do indivíduo permite inferir para onde esse está olhando. O registro da direção do olhar é amplamente utilizado em Ergonomia para apreciação das fontes de informações utilizadas pelos operadores. As observações da direção do olhar podem ser utilizadas como indicador da solicitação visual da tarefa. O número e a frequência das informações observadas em um painel de controle na troca de petróleo em uma refinaria, por exemplo, indicam as estratégias que estão sendo utilizadas pelos operadores na detecção de presença de água no petróleo, para planejar sua ação futura. Comunicações A troca de informação entre indivíduos no trabalho podem ter diversas formas: verbais, por intermédio de telefones, documentais e através de gestos. O conteúdo das informações trocadas tem se revelado como grande fonte entre operadores, esclarecedora da aprendizagem no trabalho, da competência das pessoas, da importância e contribuição do conhecimento diferenciado de cada um na resolução de incidentes. O registro do conteúdo das comunicações em um estudo de caso no Setor Petroquímico da Refinaria Alberto Pasqualini, Canoas - RS, mostrou a importância da checagem das informações fornecidas pelos
  • 5. automatismos e pelas pessoas envolvidas no trabalho, através de inúmeras confirmações solicitadas pelos operadores do painel de controle. O conteúdo das comunicações pode, além de permitir uma quantificação de fontes de informações e interlocutores privilegiados, revelar os aspectos coletivos do trabalho. Posturas As posturas constituem um reflexo de uma série de imposições da atividade a ser realizada. A postura é um suporte à atividade gestual do trabalho e um suporte às informações obtidas visualmente. A postura é influenciada pelas características antropométricas do operador e características formais e dimensionais dos postos de trabalho. No trabalho em salas de controle, a postura é condicionada à oscilação do volume de trabalho. Em períodos monótonos a alternância postural servirá como escape à monotonia e reduzirá a fadiga do operador. Em períodos perturbados a postura será condicionada pela exploração visual que passa a ser o pivô da atividade. Os segmentos corporais acompanharão a exploração visual e excutarão os gestos. Estudo de traços A análise é centralizada no resultado da atividade e não mais na própria atividade. Ela permite confrontar os resultados técnicos esperados e os resultados reais. Os dados levantados em diferentes fases do trabalho podem dar indicação sobre os custos humanos no trabalho mas, entretanto, não conseguem explicar o processo cognitivo necessário à execução da atividade. O estudo de traços pode ser considerado como complemento e é usado, com freqüência, nas primeiras fases da análise do trabalho. O estudo de traços pode ser fundamental no quadro metodológico para análise dos erros. Métodos subjetivos O questionário é pouco utilizado em Ergonomia pois requer um número importante de operadores. Entretanto a aplicação de questionário em um grupo restrito de pessoas pode ser utilizada para hierarquizar um certo número de questões a serem tratadas em uma análise aprofundada. As respostas dos questionários podem ser úteis para a contribuição de uma classificação de tarefas e de postos de trabalho. O questionário, entretanto, deve respeitar a amostra e as probabilidades de aplicação. Deve-se ressaltar que com o questionário se obtém as opiniões, as atitudes em relação aos objetos, e que elas não permitem acesso ao comportamento real. Segundo PAVARD & VLADIS (1985), o questionário é um método fácil e se presta ao tratamento estatístico, e, se corretamente utilizado, permite coletar um certo número de informações pertinentes para o Ergonomista. Tabelas de avaliação Esse tipo de questionário permite aos operadores avaliarem, eles mesmos, o sistema que utilizam. O objetivo é apontar os pontos fracos e fortes dos produtos. No caso de avaliação de programas, uma tabela de avaliação deve cobrir os aspectos funcionais e conversacionais. Entrevistas e verbalizações provocadas A consideração do discurso do operador é uma fonte de dados indispensável à Ergonomia. A linguagem, segundo MONTMOLLIN (1984), é a expressão direta dos processos cognitivos utilizados pelo operador para realizar uma tarefa.
  • 6. A entrevista pode ser consecutiva à realização da tarefa (pede-se ao operador para explicar o que ele faz, como ele faz e por que). Entrevistas e verbalizações simultâneas As entrevistas podem ser realizadas simultaneamente à observação dos operadores trabalhando em situação real ou em simulação. A análise se concentra nas questões sobre a natureza dos dados levantados, sobre as razões que motivaram certas decisões e sobre as estratégias utilizadas. Dessa maneira o Ergonomista revela a significação que os operadores tem do seu próprio comportamento. As verbalizações devem ser aplicadas com cuidado e de maneira a não alterar a atividade real de trabalho QUAL O PAPEL DA ERGONOMIA PARA A SAÚDE? A ergonomia se preocupa com as condições gerais de trabalho, tais como, a iluminação, os ruídos e a temperatura, que geralmente são conhecidas como agentes causadores de males na área de saúde física e mental, mas que o estudo procura traçar os caminhos para a correção. O seu objetivo é aumentar a eficiência humana, através de dados que permitam que se tomem decisões lógicas. O custo individual é minimizado através da ergonomia, que remove aspectos do trabalho, que a longo prazo, possam provocar ineficiências ou os mais variados tipos de incapacidades físicas. Nas condições em que a atividade do indivíduo envolve a operação de uma peça de equipamento, na maioria das vezes, ele passa a constituir, com este equipamento, um sistema fechado. Este visa apresentar muitas das características de auto-regulamentação (feedback). Como dentro de tal sistema é o indivíduo quem usualmente decide, torna-se necessário que ele seja incluído no estudo da eficiência do sistema. Para que a eficiência seja máxima é preciso que o sistema seja projetado como um todo, com o homem completando a máquina e esta completando o homem. ERGONOMIA - CIÊNCIA DO CONFORTO É uma ciência multidisciplinar que envolve aspectos ligados a anatomia, fisiologia, biomecânica, antropometria, psicologia, engenharia, desenho industrial, informática e administração de maneira a proporcionar ao homem mais conforto, segurança e eficiência em qualquer atividade. Nosso consultor, eng. Osny apresenta de forma direta e eficaz todos os apectos relacionados ao tema. Uma pequena viagem ao Mundo da Ergonomia Noções Fundamentais O QUE É ERGONOMIA? ERGONOMIA: palavra de origem grega ERGO = que significa trabalho NOMOS = que significa regras Uma Definição: "Estudo entre o homem e o seu trabalho, equipamentos e meio ambiente". A ergonomia surgiu junto com o homem primitivo, com a necessidade de se proteger e sobreviver. Sem querer, o homem primitivo, começou a aplicar os princípios da ergonomia, ao fazer seus utensílios de barro para tirar água de cacimbas e cozinhar alimentos, fazer tacapes para se defender ou abater animais. Ele exercia a mesma atividade com menos esforço, com mais conforto! Mas, foi na revolução industrial que a ergonomia começou a surgir. Nas grandes guerras ela teve uma importância fundamental no desenvolvimento de armas e equipamentos bélicos que deveriam ser precisos e habilitados a serem usados por soldados de vários países com medidas antropométricas diferentes (altura é um
  • 7. item, apenas!) Foi na segunda Guerra Mundial que os aliados agrupados com os mais diferentes biotipos, jamais visto em um exército, que começaram a perceber que o armamento precisava ser projetado, montado, desmontado e usado em função do "tamanho" do soldado ou serviço de engenharia. Foi a junção da tecnologia com as ciências humanas com a criação da EngineeringPsychology, com as primeiras entidades mais importantes: INGLATERRA 1949 ErgonomicResearchSociety e EUA 1961 InternationalErgonomicsAssociation - 40 países. Como podemos notar, a ergonomia surgiu em função da necessidade do ser humano, cada vez mais querer aplicar menos esforço físico e mental, nas atividades diárias. O Computador, a calculadora, são dois exemplos de produtos ergonômicos diminuindo o esforço mental. Podemos aplicar estudos ergonômicos no lar, no transporte, no lazer, na escola e, principalmente no trabalho, ou seja, em qualquer lugar. As duas tendências Ergonomia dos métodos e das tecnologias, mais americana, contínua necessidade de adaptação da máquina ao homem. Ergonomia da organização do trabalho, européia, estudo da inter-relação entre o homem e o trabalho, como o homem “sente” e “experimenta” o trabalho. Ergonomia da Conscientização. Tríade básica da Ergonomia: Conforto Segurança Eficiência A perfeita integração entre as condições de trabalho e a tríade: Conforto – Segurança - Eficiência do Trabalhador, pode ser considerada a busca da ergonomia Para se atingir este objetivo: Anatomia – Fisiologia - Biomecânica (postura) – Antropometria – Psicologia – Engenharia - Desenho Industrial – Informática – Administração, é o caráter interdisciplinar da ergonomia que tanto nos fascina! ERGONOMIA = CIÊNCIA DO CONFORTO. A ergonomia tem sido fator de aumento de produtividade das empresas e da qualidade do produto bem como da qualidade de vida dos trabalhadores, na medida em que a mesma é aplicada com a finalidade de melhorar as condições ambientais, visando à interação com o ser humano. A ergonomia estrutura-se a partir dos conhecimentos científicos sobre o ser humano, isso é, sobre suas características psicofisiológicas, para a partir deles, conceber equipamentos ou modifica-los e não o contrário, isso é, aplicar o conhecimento em máquinas para depois procurar a pessoa certa. Uma das Ergonomia, muito pouco conhecida, a ergonomia de concepção, que planeja, estrutura todo o projeto a partir dos dados referentes do ser humano. Muito mais econômico projetar, conceber, montar um ambiente com ergonomia do que corrigi-lo depois. Nota: Antes de projetar, definir, construir, comprar, montar qualquer ambiente de trabalho ou lazer, consulte um especialista em ergonomia. Sai mais em conta. Confira! A ergonomia estuda a situação de trabalho como: Atividades, Ambientes Físicos, Iluminação, Ruído, Temperaturas, Postos de Trabalho, Dimensões, Formas, Concepção, etc.... Buscando dar o máximo de conforto, segurança e eficiência. Os três (quatro) tipos principais: 1. Ergonomia de Correção Atua de maneira restrita, modificando os elementos parciais do posto de trabalho, como: Dimensões, Iluminação, Ruído, Temperatura, etc. Tem eficácia limitada, é cara! 2. Ergonomia de Concepção Interfere amplamente no projeto do posto de trabalho, do instrumento, da máquina ou do sistema de produção, organização do trabalho e formação de pessoal. Não se esqueça: Ao Iniciar, Modificar, Aumentar seu Escritório, sua Linha de Produção, seu Trabalho, Consulte
  • 8. um especialista em Ergonomia. 3. Ergonomia de Conscientização Ensina o trabalhador a usufruir os benefícios de seu posto de trabalho. Isto é: Manter a Boa postura, uso adequado de mobiliários e equipamentos, como usar uma cadeira adequadamente, por exemplo. Implantação de pausas, ginástica laboral (antes, durante e depois da atividade). Como conscientizar as pessoas da limitação de seu corpo. Como treinar as pessoas a serem mais ificiêntes com seu corpo, dos seus subordinados, dos seus amigos e parentes. 4. Ergonomia Participativa Estimulada pela presença de um Comitê Interno de Ergonomia (CIE) que engloba representantes da empresa e dos funcionários, utiliza as ferramentas da ergonomia de conscientização para que haja o pleno usufruto do projeto ergonômico, seja esse implementado pela ergonomia de concepção ou de correção. Um CIE só funciona quando é simples, de baixo custo. Como costumo dizer: Quando o Presidente se interessar da agenda do CIE, você chegou lá! Não esqueça: Ergonomia de Conscientização: É fundamental para a obtenção dos objetivos propostos pelo projeto ergonômico, pois é pela realização de treinamento, palestras, cursos de aprimoramento e atualização constante que é possível educar o funcionário acerca dos meios de trabalho menos prejudiciais para a sua saúde individual e, ao mesmo tempo, mostrar-lhe todos os benefícios das propostas ergonômicas para a saúde da coletividade. Algumas Definições: "Ergonomia é o conjunto de conhecimentos científicos relativos ao homem e necessário para os engenheiros conceberem ferramentas, máquinas e conjuntos de trabalho que possam ser utilizados com o máximo de conforto, segurança e eficiência." - Murrel, 1949 - Britânico. "O esboço da ergonomia ou ciência do trabalho baseada sobre as verdadeiras avaliações das ciências da natureza. Ciência do uso das forças e das capacidades humanas no trabalho" -W. Jartrzebowski, 1857 "Um conjunto de conhecimentos científicos relativos ao homem e necessários à concepção de instrumentos, máquinas e dispositivos que possam ser utilizados com o máximo de conforto, segurança e eficiência." - Wisner, 1987 COMO A ERGONOMIA PODE NOS AJUDAR? Sendo ERGONOMIA a ciência que estuda toda e qualquer atividade física e mental com menos esforço, percebe-se, facilmente que aqueles que não a praticam estão perdendo muito...: - Correndo riscos de adquirir doenças, principalmente as músculo-esqueléticas como as LER/DORT e dores e lesões da coluna. São elas as principais doenças que mais se beneficiam da ERGONOMIA. - Perdendo em lucros, pois o mundo globalizado de hoje, altamente competitivo, requer alta produtividade e eficácia em todas as atividades da empresa e um time perfeito e vencedor. Os países do chamado primeiro mundo, capitaneados pelos EUA, investem bilhões de dólares anualmente em ERGONOMIA, muito além da Legislação: Porquê? Você já viu um norte americano jogar dinheiro fora? A resposta é fácil : Dá Lucro! Confira no link de ARTIGOS deste Portal e por meio das palestras do Eng. Osny Telles Orselli, como a ergonomia pode aumentar seus lucros, diminuir a fadiga, aumentar a produtividade, como prevenir as LER/DORT. Como conscientizar a empresa como um todo, o que é o estágio superior da ergonomia em uma estratégia de RH, o que o mundo está fazendo para aumentar a produtividade e eficácia através da ergonomia. Dá até para calcular o retorno sobre o investimento, pois se você pensar que isso custa..., o melhor é cortar e anular, pois custos são para serem diminuídos. Retorno é para checar o investimento. Sempre pense em investimento e não em custos! É assim que Coreanos (do Sul), Chineses e Indianos aprenderam com com os Norte Americanos. Pratique ERGONOMIA e todos saem ganhando: O trabalhador, O Empresário, O Governo. Mais Ergonomia, mais conforto, mais saúde mais qualidade de vida, mais SUSTENTABILIDADE! ERGONOMIA E CONSCIENTIZAÇÃO / ERGONOMIA DE CONSCIENTIZAÇÃO PORQUE É A MAIS IMPORTANTE?
  • 9. POR QUE É A MAIS ESQUECIDA? POR QUE OS COMITÊS INTERNOS DE ERGONOMIA NÃO FUNCIONAM? Dentre as várias definições de ERGONOMIA, podemos citar: Ergonomia como Ciência do uso das forças e das capacidades humanas no trabalho. Ou, mais remotamente, 1857 W. JARTRZEBOWSKI “O esboço da ergonomia ou ciência do trabalho baseada sobre as verdadeiras avaliações das ciências da natureza”. Ou, mais recentemente, 1987 Wisner Um conjunto de conhecimentos científicos relativos ao homem e necessários à concepção de instrumentos, máquinas e dispositivos que possam ser utilizados com o máximo de conforto, segurança e eficiência. Também se sabe que há duas tendências: Mais européia: Ergonomia da organização do trabalho, estudo da inter-relação entre o homem e o trabalho, como o homem “sente” e “experimenta” o trabalho. Mais Americana: Ergonomia dos métodos e das tecnologias, contínua necessidade de adaptação da máquina ao homem. Na realidade a ergonomia estrutura-se a partir dos conhecimentos científicos sobre o ser humano, i.é, sobre suas características psicofisiológicas para, a partir deles, conceber equipamentos ou modificá-los e não o contrário, i.é, aplicar o conhecimento em máquinas para depois procurar a pessoa certa. O caráter multidisciplinar da ergonomia que nos fascina: ANATOMIA- FISIOLOGIA – BIOMECÂNICA (postura) – ANTROPOMETRIA – PSICOLOGIA – ENGENHARIA – DESENHO INDUSTRIAL – INFORMÁTICA – ADMINISTRAÇÃO... Sabemos que a tríade básica da ergonomia pode ser super resumida como: CONFORTO – SEGURANÇA - EFICIÊNCIA A perfeita integração entre as condições de trabalho e a tríade: CONFORTO – SEGURANÇA-EFICIÊNCIA do trabalhador ou do posto de trabalho pode ser considerada a busca da ergonomia. Ainda dentro de condições básicas de qualquer cursinho de ergonomia, eles ensinam que há três tipos de ergonomia, que acho que poderiam ser três e meio ou quatro: Vamos recordar: 1- ERGONOMIA DE CORREÇÃO: Envolve e estuda: Atividade; Ambientes físicos; Iluminação, ruído, temperatura, etc; O posto de trabalho; Dimensões, formas, concepção etc. Atua de maneira restrita modificando os elementos parciais do posto de trabalho, como: Dimensões, Iluminação, Ruído, Temperatura, etc. Tem eficácia limitada, pois corrigir sempre custa mais dinheiro. 2 -ERGONOMIA DE CONCEPÇÃO: Interfere amplamente no projeto, da concepção do posto de trabalho, do instrumento, da máquina ou do sistema de produção, da organização do trabalho e formação de pessoal. 3- ERGONOMIA (D)E CONSCIENTIZAÇÃO: Ensina ao colaborador ou associado a usufruir os benefícios de seu posto de trabalho. Boa postura, Uso adequado de mobiliários e equipamentos. Implantação de pausas, Ginástica laborativa (antes, no meio e depois da atividade). Não importando a modalidade e sim a finalidade foi desenvolvido o que chamamos de COMITÊ DE ERGONOMIA: COMITÊ DE ERGONOMIA: grupo de pessoas que juntas trabalham em prol da conscientização e viabilização de um projeto ergonomicamente correto. Formado por um Comitê Interno de Ergonomia (CIE) que englobe representantes da empresa e dos funcionários, utiliza as ferramentas da ergonomia de conscientização para que haja o pleno usufruto do projeto
  • 10. ergonômico, seja esse implementado pela ergonomia de concepção ou de correção. O foco principal do Comitê de Ergonomia e a prática da ergonomia de conscientização, sendo que essa conscientização se faz a partir do primeiro grupo a ser conscientizado que é o próprio CIE. Esta conscientização é fundamental para a obtenção dos objetivos propostos pelo projeto ergonômico, pois é pela realização de treinamento, palestras, cursos de aprimoramento e atualização constante que é possível educar o funcionário acerca dos meios de trabalho menos prejudiciais para a saúde individual e, ao mesmo tempo, mostrar-lhe todos os benefícios das propostas ergonômicas para a saúde da coletividade. Vamos aprofundar sempre resumindo: Cada empregado precisa saber que o risco de ter uma lesão na coluna, no seu ombro, no seu punho, no seu local de trabalho varia e depende da natureza do seu trabalho. Se os empregados estão manuseando materiais, a possibilidade de ter uma lesão na coluna é cinco vezes e meio maior do que a média dos outros trabalhos. Para o pessoal de enfermagem este número está perto de quatro vezes! Quanto maior o risco, maior a necessidade de um programa de prevenção de lesões músculo-esqueléticas. Levando em conta a velha receita de que não há elixir milagreiro para a prevenção de uma LER-DORT ou lombalgia ou hérnia de disco, o CIE deve estar consciente de que a empresa decidiu focalizar no treinamento, na educação (e se for o caso no uso ou implementação de algum acessório como banquinho, cadeira, nova bancada, apoio para pés, cinto lombar, etc) além de executar uma análise ergonômica dos postos de trabalho. Muitas empresas coletam dados irrefutáveis a respeito de programas de segurança e um forte compromisso a nível gerencial no sentido de reduzir a incidência, os custos e horas perdidas ocasionadas por lesões músculo- esqueléticas. Assim, vocês estão entendendo que muitas vezes, até por força de uma inspeção da DRT, saímos correndo a adquirir uma cadeira ou banquinho (a pressa é inimiga da perfeição), mas esquecemos da causa e do meio. Não adianta nada comprar ou trocar mobiliário, implementar acessórios e/ou produtos ergonômicos ou afins sem antes proceder a uma análise de conscientização através do CIE. Esta é a principal causa dos problemas de muitos CIE. Quantas vezes nos deparamos vendo o usuário torto, com os pés flutuando no ar, com uma cadeira caríssima e você pergunta para ele porque ele não usa pelo menos uma das aquelas 3 ou 4 alavancas ? E Ele responde: Nem sei para que servem! Ninguém me disse nada! Além de ensinar a tirar o máximo proveito de um novo (ou velho) mobiliário é necessário ensinar como ter boa postura, a importância das pausas, porque ele precisa disso, porque ele precisa regular a altura e espaldar da cadeira ou banco, por aí vai. COMO SERIA O ESBOÇO DE UM PROGRAMA DE TREINAMENTO, POR EXEMPLO, DE PREVENÇÃO DE LESÕES DA COLUNA? Muitos dos itens abaixo se aplicam a qualquer programa de prevenção de doenças ou sintomas músculo- esqueléticas 1- Aplicar um programa de Conhecimentos Gerais - Fazer com que o associado/empregado/usuário absorva as técnicas de prevenção para adota-las dentro e FORA do ambiente de trabalho. - A importância dos exercícios físicos dentro e FORA do ambiente de trabalho; - A importância de se cuidar durante o transporte, trabalhos de fins de semana, esporte e lazer; - Fazer com que o empregado seja um multiplicador destas técnicas dentro e principalmente FORA do ambiente de trabalho, pois vai melhorar seu relacionamento familiar, sua QUALIDADE DE VIDA - Melhorar sua motivação dentro e FORA do ambiente de trabalho com conseqüente aumento da produtividade e eficácia. - No caso de lesões de coluna, devemos conscientizar o empregado/associado (e ao CIE e ao treinador) do programa preventivo com alguns dados estatísticos (que aqui colocamos, alguns dos EUA para vocês verem que o problema lá é enorme também; coloque dados da empresa ou do corporate se existir). - Não fique surpreso em saber que 80% a 90% da população MUNDIAL vai sofrer algum tipo de lesão na coluna durante suas vidas.
  • 11. -Nos locais de trabalho, um a cada três empregados experimenta algum tipo de problemas nas costas ou coluna. - Na média, cada empresa norte americana gasta mais de US$120.000,00/ ocorrência com essas lesões. - De acordo com o Departamento de Estatística do Trabalho dos EUA, 31 milhões de americanos sofrem de lesões na coluna relativas ao trabalho, e essas lesões representam cerca de 33% de todas as reclamações de indenizações trabalhistas. - De fato, apenas no Estados Unidos, 20 a 30 bilhões de dólares por ano são gastos em tratamento médico, associados à lesão da coluna e 40 a 60 bilhões de dólares em horas de trabalho perdidas, incapacidade e cuidados com crianças. - Lesão da Coluna é a mais cara e é também a lesão do trabalho mais freqüente nos Estados Unidos atualmente. - Certamente você conhece alguém que já sofreu de lesão na coluna: A dor é constante e a lesão é debilitante. 2 - Aplicar um programa de Conhecimentos Científicos: - Explicar como são e como funciona "as costas" (até a palavra deve ser bem escolhida: costas ao invés de coluna); fotos, silhuetas, etc. - Oferecer conhecimentos básicos de antropometria - Mostrar mecanismos de funcionamentos básicos de nosso sistema músculo-esquelético apenas para que se tenha noção de corpo x espaço. - Uma das coisas mais importantes: Explicar detalhadamente a razão da importância da postura correta, pois vai permitir o corpo a otimizar sua função enquanto reduz stress e tensões nos músculos e ossos. Isto aumentará o conforto e vai reduzir a fadiga, EM PÉ OU SENTADO!! * A parte inferior da coluna atua como um ponto de alavanca que suporta o peso do corpo e da carga. * A coluna opera a uma relação de 10:1 com este ponto (média mundial para as medidas antropométricas conhecidas). Isso significa que quando você curva na altura da cintura, as forças na região inferior da coluna são maiores do que 500 Kg de pressão para um saco de cimento, por exemplo, (50 kg). 3- Aplicar um programa de Entendimento de Mobiliário e assessórios: Aqui vai entrar eventualmente a explicação da nova bancada com altura regulável, um novo banco, cadeira, um cinto lombar, importância de um EPI,etc. 4- Aplicar os Programa de Prevenção: Um programa de prevenção de lesões da coluna precisa de técnicas apropriadas de manuseio (e não só levantamento) da carga, de qualquer carga (até ½ kg). (Liste-as neste ponto com slides, cartazes e filme). Vocês estão vendo que um programa de prevenção de doenças músculo-esqueléticas passa por um treinamento de conscientização onde fatos como os relatados acima devem ser passados ao treinador e aos associados, obviamente com a devida cautela. É necessário que TODOS estejam conscientes de que se a empresa escolheu a implementação de um programa de prevenção de lesões da coluna através de um programa de segurança a fim de reduzir a incidência de lesões da coluna e ao mesmo tempo obter dois grandes resultados deste investimento: • Quando a incidência de lesões da coluna diminui, a saúde e a moral dos empregados aumenta; • Os custos de indenizações diminuem, permitindo a empresa investir em outros programas de segurança e bem-estar. 5- Aplicar um programa de Acuidade Visual: Fazer com o empregado através de cartazes com imagens, silhuetas, semelhantes àquelas usadas durante o treinamento, agora colocadas nos refeitórios, vestiários, postos de trabalho, lembre-se e se recorde sempre destes treinamentos. *É bastante interessante a idéia de se entregar estes cartazes para que sejam levados aos ADC s, sindicatos, grêmios e clubes, para suas casas. Não esqueça, neste caso, de cuidar do nome, logomarca de sua empresa. Nada funciona sem marketing!
  • 12. Importante: O enfoque fora do ambiente de trabalho Porque razão o enfoque no FORA do ambiente de trabalh é importante? Nos EUA, 30 % das lesões músculo-esqueléticas têm origem em atividades de risco FORA do trabalho. E no Brasil? Depende, mas certamente aqui essa porcentagem é muito superior. Dados colhidos não cientificamente, durante minhas palestras e cursos neste Brasil, pode checar até 75 %! Mas, atenção - muitos são os fatores a serem pesquisados: depende de como o trabalhador vai à empresa (três conduções, como a média na região de Guarulhos?) ou o ônibus passa perto da casa dele? Quais graus de serviços públicos estão disponíveis no seu lar? Parece dificíl de entender, mas regiões de maior risco de segurança pública nos bairros faz aumentar o estresse à insegurança que o trabalhador vai levar para dentro de sua fábrica e vai aumentar o risco – probabilidade de ele contrair uma lesão. Boas escolas, plano de saúde, lazer, cursos profissionalizantes, etc são agentes de risco positivos ou negativos, dependendo se funcionam bem ou mal. Quando implementar um programa destes, o CIE (Comitê Interno de Ergonomia) deve prover até o diploma que a alta gerencia vai dar aos associados, no seu término, com palmas, para o novo “Especialista em Coluna”. Assim o papel do Comitê de Ergonomia deve ser focado desde o inicio nos modelos de Ergonomia (d) e Conscientização. O Comitê de ergonomia deve envolver a todos os setores, até o financeiro, controller. Desde que a diminuição das dores, principalmente nas costas e membros superiores através da ergonomia, é um grande fator de aumento da produtividade, não nos parece óbvio envolver o setor de finanças, de controle, da empresa? Vai facilitar na hora de explicar o investimento (e não custo) de um programa de treinamento, de compra de novo mobiliário (mas consciente e com treinamento), por exemplo. E vamos falar de investimento e mostrar o retorno. Somente quando há este comprometimento geral o trabalho funciona. Um animador externo das reuniões ou mesmo a presença de palestras elucidativas com pessoal externo é sempre fortalecedor e enriquecedor. Não é necessário um manual de como formar CIEs. Menos formalidade e mais conscientização é o ideal. Muitas vezes na primeira reunião do CIE, os membros da SST, responsável pela organização geral, faz apresentações extremamente técnicas, cansativas, apresentando aquele brutal (literalmente) calhamaço de papel com laudo ou levantamento ergonômico contratado, às vezes, com altos custos, às vezes até com vídeo, cálculos de força e momento fletor da vértebra Lx, onde está descrito que tudo está errado ou até que está certo mas que, infelizmente, não é PRÁTICO. As vezes deparamos com laudos onde o CIE deveria fechar a fábrica de tantas não conformidades apresentadas! Porém, é preciso ter consciência e ser realista. Não, não é assim. Vamos estudar alternativas, vamos melhorar paulatinamente, vamos adequar aos poucos. Devemos lembrar que nas pequenas ações temos as grandes reações. Exemplos negativistas também servem para lembrar que as próximas reuniões serão ineficazes, até ridicularizadas e fadadas ao fim. A má condução de um CIE é uma perda irreparável: Perdem os trabalhadores, os responsáveis pela SST, perde o sindicado, a CIPA, a empresa, o país