SlideShare une entreprise Scribd logo
1  sur  26
O SUS NA MÍDIA:
ALGUMAS CONSIDERAÇÕES SOBRE AS
VISIBILIDADES E OS SENTIDOS DO SUS
NOS JORNAIS O GLOBO E FOLHA DE SÃO PAULO

IZAMARA BASTOS MACHADO / OBSERVATÓRIO SAÚDE NA MÍDIA
Laboratório de Pesquisa em Comunicação e Saúde - LACES
Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde / ICICT - FIOCRUZ
Brasília, 18/11/2013
Seminário: “As Relações da Saúde Pública
com a Imprensa: SUS na Mídia”
O SUS...
Sabemos que...
O Sistema Único de Saúde (SUS) foi resultado da luta pela Reforma Sanitária
– especialmente através da agenda de reivindicações produzida a partir
das Conferências Nacionais de Saúde, com destaque para a VIII (1986).

E entendemos que...
Desde a sua criação, o SUS tem estado em meio a um campo de tensões que
às vezes polariza defensores ferrenhos de um lado, e críticos vorazes de
outro.

Gestores,

políticos,

usuários,

imprensa

apresentam

uma

multiplicidade de perspectivas sobre o que é e o que deveria ser o Sistema
Único de Saúde brasileiro, catalisando por vezes debates acalorados.
Seminário: “As Relações da Saúde Pública
com a Imprensa: SUS na Mídia”
Brasília, 18/11/2013
Por que observar a mídia?

Meios de comunicação
Lugares de embate e de interesses divergentes:
Mídia como espaço articulado e coerente de disputa do poder,
expressão dos interesses do capital

X

Dimensão crítica do

jornalismo, cuja função seria controlar e denunciar as mazelas
sociais, políticas e econômicas.

Seminário: “As Relações da Saúde Pública
com a Imprensa: SUS na Mídia”
Brasília, 18/11/2013
A partir dessas reflexões...
Surge o Observatório Saúde na Mídia (OSM)
O Observatório surgiu a partir do reconhecimento do lugar central que os
meios de comunicação de massa ocupam nas sociedades contemporâneas,
constituindo-se espaços privilegiados na formação do olhar que a população
lança sobre o mundo e as relações sociais, bem como mediante à percepção da
crescente importância da saúde como objeto de interesse midiático.

Objetivo do Observatório: Analisar como os meios de comunicação de massa
produzem sentidos sobre a saúde.
O Observatório é uma iniciativa do Laboratório de Pesquisa em Comunicação
e Saúde (LACES) do Instituto de Comunicação e Informação Científica e
Tecnológica em Saúde (ICICT) da Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)
Seminário: “As Relações da Saúde Pública
com a Imprensa: SUS na Mídia”
Brasília, 18/11/2013
Metodologia do Observatório
-

O Observatório tem seu campo observacional a partir do segundo
semestre de 2008, sem data para ser concluído.

-

A metodologia adotada pelo Observatório Saúde na Mídia tem como
base uma pesquisa documental em jornais impressos:
- Rio de Janeiro: O Globo e O Dia;
- São Paulo: Folha de São Paulo e O Estado de São Paulo
(anteriormente JT);

- Pernambuco: Folha de Pernambuco, Jornal do Commercio;
- Distrito Federal: Correio Braziliense.
- EQUIPE: Multidisciplinar (RJ) / Parceiros: FIOCRUZ Brasília e Recife
Seminário: “As Relações da Saúde Pública
com a Imprensa: SUS na Mídia”
Brasília, 18/11/2013
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Poder simbólico (Bourdieu) – poder de fazer ver e fazer crer dos meios de
comunicação.
Noção de discurso (Bakhtin) – conceitos de polifonia e dialogismo.

Enquadramento: “Produzir

um enquadramento é selecionar alguns aspectos da realidade

percebida e dar a eles destaque maior no texto comunicativo, gerando interpretação, avaliação
moral e/ou tratamento recomendado para o item descrito (...). Para identificar o enquadramento de
uma reportagem, primeiro é preciso ir em busca da definição do problema apresentado, verificando
se ele é político ou econômico”.

Seminário: “As Relações da Saúde
Pública com a Imprensa: SUS na Mídia”
Brasília, 18/11/2013

(Robert Entman)
...
“As pessoas agendam seus assuntos e suas conversas em função do
que a mídia veicula”.
(Citado em Barros Filho, 1995,p.169)

“Em consequência da ação dos jornais, da televisão e de outros meios
de informação, o público sabe ou ignora, presta atenção ou descura,
realça ou negligencia elementos específicos dos cenários públicos”.

(Donald L. Shaw)

Seminário: “As Relações da Saúde Pública
com a Imprensa: SUS na Mídia”
Brasília, 18/11/2013
Objetivo desta Comunicação:

Analisar os sentidos construídos sobre o Sistema Único
de Saúde (SUS) em 02 jornais de referência do país: o
Globo e a Folha de São Paulo.

Seminário: “As Relações da Saúde Pública
com a Imprensa: SUS na Mídia”
Brasília, 18/11/2013
...ENTÃO...se
Entendemos que os meios de comunicação interferem diretamente na
construção e na transformação da realidade da população, além de
influenciarem na percepção que cada indivíduo tem da realidade...
Nossa hipótese é que os discursos midiáticos interferem na
construção de uma imagem do SUS e dos discursos que o
avaliam.

No entanto, não se trata de um processo homogêneo: há distinções
entre os veículos, contradições internas, resistências etc.

Seminário: “As Relações da Saúde Pública
com a Imprensa: SUS na Mídia”
Brasília, 18/11/2013
METODOLOGIA
Trabalhamos com os pressupostos da Análise Social de Discursos
(Pinto, 1999 e Araújo, 2000), que correlaciona os textos com suas
condições de produção e circulação, entendendo estas como condições
sociais, econômicas, políticas, institucionais e situacionais. Análise não
apenas das marcas textuais da notícia – o que aparece de fato no jornal
– mas levando em conta o(s) contexto(s) de produção da notícia.

Mapeamento: “Saúde” em geral - Fevereiro e Março de 2013: jornais O
Globo e Folha de São Paulo;
Mapeamento “SUS” em específico - Recorte para Análise : Semanas
de 03 à 09 e 17 à 23 (Fevereiro e Março 2013)
Critérios de escolha dos jornais: jornais de maior circulação no país (IVC),
grande relevância política e capacidade de formação de opinião. São
monitorados pelo OSM.
Seminário: “As Relações da Saúde Pública
com a Imprensa: SUS na Mídia”
Brasília, 18/11/2013
RESULTADOS PRELIMINARES – SUS nos Jornais (por 04 semanas)
... METODOLOGIA

- Incluímos tanto os textos que utilizavam a nomenclatura “SUS”, como
aqueles que se referiam a algum elemento que constitui o SUS (mesmo
que não citassem o nome Sistema Único de Saúde (SUS));
- Buscamos identificar quais os dispositivos de enunciação utilizados
para falar do SUS e os contextos em que isso ocorreu.

Seminário: “As Relações da Saúde Pública
com a Imprensa: SUS na Mídia”
Brasília, 18/11/2013
RESULTADOS PRELIMINARES
Saúde em Geral ao longo dos 2 meses nos 2 Jornais:
MÊS/JORNAL

O GLOBO

FOLHA S.PAULO

TOTAL

FEVEREIRO

239

304

543

(8,5 texto/dia)

(10,8 texto/dia)

333

209

(10,7 texto/dia)

(6,7 texto/dia)

572

513

MARÇO
TOTAL

542
1085

“SUS” aos longo das 04 semanas: duas em Fev. e duas em Março
MÊS/JORNAL

O GLOBO

FOLHA S.PAULO

TOTAL

FEVEREIRO

56

40

96

MARÇO

30

19

49

TOTAL

86

59

145

OBS.: SUS nomeado/citado no texto ou não
ÁREAS TEMÁTICAS mais apresentadas nas páginas dos jornais no período
analisado: Semanas de 03 à 09 e de 17 à 23 (Fevereiro e Março 2013)

1º) Doenças: Saúde mental (31 textos); infecto-contagiosas (dengue (04), H1N1(01));
câncer (03), obesidade (03), entre outras pulverizadas nos jornais sendo apresentadas por
diversificados olhares: do ponto de vista do tratamento, da prevenção, do diagnóstico, dos
sintomas, do investimento do governo, das políticas públicas, etc.
OBS: Crack / Internação Involuntária (predominância de opinativos) : 18 textos
2º) Formação dos Médicos (Cursos de Medicina) e Distribuição dos Profissionais pelo
território nacional: 13 textos
3º) Atendimento na Rede Pública sob perspectiva da gestão (textos tanto trazendo relatos
de deficiência do sistema quanto apresentando investimentos e ampliação nos setores e
serviços): 08 textos
Outras Observações...

DESTAQUE: ANVISA ( atuação/ fiscalização – Medicamentos/Alimentos/Ambientes):
11 textos;

OUTROS TEMAS presentes na cobertura: Atuação Profissional e investigação (caso
médica de Curitiba);

Medicamentos; Pesquisas/Estudos; Diagnósticos; Alimentação

Saudável; SUS X Saúde privada; Tragédia em Santa Maria (atuação do SUS e ações
do Ministério da Saúde); ETC.
RESULTADOS PRELIMINARES

- Saúde pública como tema que mobiliza espaços nobres do jornal (Capas,
Artigos, ...):
- Recorrência dos mesmo temas nos dois jornais (agendamento);
- O Globo: saúde pública ocupa importante espaço nas discussões

políticas

(nacional) e nas coberturas “locais” (Editoria Rio);
- Folha de SP: caracteriza-se pelo destaque aos temas da pesquisa e também nas
discussões sobre saúde sendo discutidas na editoria local (Cotidiano). Saúde
ocupou mais as Capas/1ª Página (12 capas em 4 semanas);
- Convergência na cobertura: O Globo e Folha SP - Saúde pública como espaço
da cidade, do cotidiano, mas também da Política e da Ciência.
... RESULTADOS PRELIMINARES...
- Nomenclatura “SUS” : existe um “jogo” de visibilidade e invisibilidade na
construção das noticias.

- A nomenclatura “SUS” aparece com mais freqüência nas matérias que
falam de “um SUS que não funciona” , que nas matérias que falam da eficiência
do sistema.
- Se diz que é eficiente nomeação “SUS” é praticamente invisível.
- Quando o “SUS” é considerado eficiente: há uma tendência a atribuir
ao governo local.
- Quando tende a apresentar um “SUS ineficiente” – Política Nacional /
Governo Federal
Ex.: “Abandonados até pelo SUS”
“Ministério reconhece que apenas 38% da população carcerária recebe atendimento e que
cobertura de saúde mental é ainda mais baixa”.
Série de reportagens do jornal O GLOBO: “Loucura atrás das Grades”, 19/02/2013. Editoria: PAÍS, PÁG.3)

“Dilma vai acabar com o SUS”
“O desmonte final do Sistema único de Saúde (SUS) vem sendo negociados a portas fechadas,
em encontros da presidente Dilma Roussef com donos de planos de saúde, entre eles
financiadores da campanha presidencial de 2010 e sócios do capital estrangeiro, que acaba de
atracar faminto nesse mercado nacional.(...) O Sus é uma reforma incompleta, pois o gasto
público com saúde é insuficiente para um sistema de cobertura universal e atendimento integral.
Isso resulta em carência de profissionais, baixa resolutividade da rede básica de serviços e
péssimo atendimento à população. (...) É inaceitável, em uma sociedade democrática, a
intenção do governo de abdicar da consolidação do SUS, de insistir no subfinanciamento do
público e apostar no avanço de um modelo privado, estratificado, caro e ineficiente.(...)
Folha de São Paulo, 05/03/2013, Editoria de Opinião - TENDÊNCIAS/DEBATE, Pág. A3.
Artigo assinado por: Ligia Bahia (profª do Instituto de Saúde Coletiva da Univ. Fed. RJ); Luis Eugenio Portela (profº da Univ. Fed. Da
Bahia e presidente da Abrasco); Mário Scheffer (profº Depart. De Medicina Prventiva da Fac. Medic. Da Univ. de SP).
- Há um clima de “desconfiança” na eficiência do sistema público.

Essa desconfiança se consolida (especialmente) nas cartas de leitores,
colunas assinadas ou em artigos assinados. “Desconfiança” algumas vezes
explícitas, outras na contraposição ao Sistema de Saúde Privado (que
tende a ser tratado como a opção ao SUS que não funciona).
Ex.: “Cirurgia pelo SUS”
“Assessor da Presidência Marco Aurélio Garcia resistiu à tentação de ‘operar o coração no
Hospital Sírio Libanês, em São Paulo’. Sofreu pressão da família, do médico das
celebridades políticas e da presidente Dilma. Mas se internou no Instituto de Cardiologia,
em Brasília. E fez todos os procedimentos pelo Sistema Único de Saúde”.
(O Globo, 07/03/13 – Editoria: PAÍS, pág.2/ Coluna Panorâma Político)

“Uma radiografia da situação no Brasil”
Tetxo fala das dificuldades enfrentadas pelos pacientes para conseguir diagnóstico e
tratamentos adequados no SUS.
(O Globo, 18/03/2013 - Caderno Especial Projetos de Marketing, Pág. 04 e 05)
- No entanto, cabe destacar que a “desconfiança” não é unanimidade
na cobertura. Há textos que mostram ações positivas no que se refere à
saúde pública do País.
Ex.: “Governo acelera inclusão de drogas no SUS”
“Só em 2012, 29 medicamentos e procedimentos foram incorporados à rede pública, contra 81
entre 2006 e 2011(...) Médicos e pacientes, no entanto, criticam rejeição a remédios já usados
com sucesso na prática clínica(...).

(Folha de S.Paulo, 09/02/2013.Editoria:Saúde+Ciência, pág.

B8)

“Sai registro de 1º remédio biológico 100% nacional”
“A Anvisa concedeu registro para a fabricação do primeiro medicamento biológico 100% nacional.
(...) O produto brasileiro deverá custar 50% menos que o importado em cinco anos, segundo o
Ministério da Saúde.(...) A expectativa do Ministé rio da Saúde é que gere uma economia de R$
726 milhões no período à pasta. (...) O medicamento (Etanercepte – que trata de artride
reumatóide e outras doenças crônicas que afetam as articulações) é oferecido á 16.431
pacientes do Sistema único de Saúde (SUS). A previsão é que o remédio esteja pronto para a
comercialização em 2016. é um produto de saúde pública...”
Folha de São Paulo, 19/02/13. Editoria Mercado, pág. B2
Folha de São Paulo,
09/02/2013
O Globo,
19/02/2013
O GLOBO, 08/02/2013

FOLHA DE SÃO PAULO, 05/0302013
Diante disso...
Acreditamos que a visibilidade ou invisibilidade de um tema na mídia colabora
enormemente para que possamos ter a capacidade de construir um sentido
sobre um assunto;
... As observações que fazemos neste trabalho sugerem tendências da
cobertura da mídia;
... Acreditamos que os sentidos produzidos pela mídia, refletem não só em
quem utiliza diretamente os serviços do SUS, como influencia, de algum modo,
inclusive, a percepção daqueles que dizem não fazer uso do Sistema Único de
Saúde do Brasil.
Nossa intenção com nossos estudos é colaborar para o fortalecimento do SUS
como uma política nacional que merece seu devido reconhecimento.
POR FIM...
ESPERA-SE QUE...

“O Observatório Saúde na Mídia (OSM) possa contribuir para
o desenvolvimento de um conhecimento aprofundado sobre
os modos pelos quais os meios de comunicação constituem
os sentidos públicos sobre a saúde...
&
Partimos do pressuposto de que este conhecimento
interessa ao SUS e, particularmente, ao campo da
comunicação e saúde, em suas dimensões de ensino,
pesquisa e serviços”.

(Projeto do Observatório Saúde na Mídia, 2008)
OBRIGADA!
IZAMARA BASTOS MACHADO
Email: izamara.bastos@icict.fiocruz.br

Coordenadora Executiva do Observatório Saúde na Mídia
Laboratório de Pesquisa em Comunicação e Saúde (LACES)
Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em
Saúde (ICICT)
www.icict.fiocruz.br
Instituto de Comunicação e Informação
Científica e Tecnológica em Saúde

Contenu connexe

Tendances

Aula 6 Políticas Públicas de Saúde
Aula 6 Políticas Públicas de SaúdeAula 6 Políticas Públicas de Saúde
Aula 6 Políticas Públicas de SaúdeJesiele Spindler
 
Educação e saúde: uma relação humana, política e didática
Educação e saúde: uma relação humana, política e didáticaEducação e saúde: uma relação humana, política e didática
Educação e saúde: uma relação humana, política e didáticaJonathan Sampaio
 
Lei nº 8.142
Lei nº 8.142Lei nº 8.142
Lei nº 8.142dantispam
 
Programa nacional de atenção integral à saúde da Mulher
Programa nacional de atenção integral à saúde da MulherPrograma nacional de atenção integral à saúde da Mulher
Programa nacional de atenção integral à saúde da MulherFernanda Marinho
 
Politicas publicas de saúde
Politicas publicas de saúdePoliticas publicas de saúde
Politicas publicas de saúdeRômulo Augusto
 
Saude da familia
Saude da familiaSaude da familia
Saude da familiakarensuelen
 
Reforma sanitaria e a consolidação
Reforma sanitaria e a consolidaçãoReforma sanitaria e a consolidação
Reforma sanitaria e a consolidaçãoLuanapqt
 
PROGRAMA DE ATENÇÃO INTEGRAL A SAÚDE DA MULHER – PAISM: entre as diretrizes n...
PROGRAMA DE ATENÇÃO INTEGRAL A SAÚDE DA MULHER – PAISM: entre as diretrizes n...PROGRAMA DE ATENÇÃO INTEGRAL A SAÚDE DA MULHER – PAISM: entre as diretrizes n...
PROGRAMA DE ATENÇÃO INTEGRAL A SAÚDE DA MULHER – PAISM: entre as diretrizes n...Conceição Amorim
 
Aula-1-História-da-Saúde-Pública-no-Brasil.pdf
Aula-1-História-da-Saúde-Pública-no-Brasil.pdfAula-1-História-da-Saúde-Pública-no-Brasil.pdf
Aula-1-História-da-Saúde-Pública-no-Brasil.pdfUNEMAT
 
Participação e controle social
Participação e controle socialParticipação e controle social
Participação e controle socialferaps
 
HISTÓRIA DA SAÚDE PÚBLICA NO BRASIL AULA 01.ppt
HISTÓRIA DA SAÚDE PÚBLICA NO BRASIL AULA 01.pptHISTÓRIA DA SAÚDE PÚBLICA NO BRASIL AULA 01.ppt
HISTÓRIA DA SAÚDE PÚBLICA NO BRASIL AULA 01.pptssuser1b1803
 

Tendances (20)

Aula 6 Políticas Públicas de Saúde
Aula 6 Políticas Públicas de SaúdeAula 6 Políticas Públicas de Saúde
Aula 6 Políticas Públicas de Saúde
 
Educação e saúde: uma relação humana, política e didática
Educação e saúde: uma relação humana, política e didáticaEducação e saúde: uma relação humana, política e didática
Educação e saúde: uma relação humana, política e didática
 
Lei nº 8.142
Lei nº 8.142Lei nº 8.142
Lei nº 8.142
 
A Reforma Sanitária Brasileira
A Reforma Sanitária BrasileiraA Reforma Sanitária Brasileira
A Reforma Sanitária Brasileira
 
Programa nacional de atenção integral à saúde da Mulher
Programa nacional de atenção integral à saúde da MulherPrograma nacional de atenção integral à saúde da Mulher
Programa nacional de atenção integral à saúde da Mulher
 
Politicas publicas de saúde
Politicas publicas de saúdePoliticas publicas de saúde
Politicas publicas de saúde
 
Dss alma ata
Dss   alma ataDss   alma ata
Dss alma ata
 
Saude da familia
Saude da familiaSaude da familia
Saude da familia
 
Reforma sanitaria e a consolidação
Reforma sanitaria e a consolidaçãoReforma sanitaria e a consolidação
Reforma sanitaria e a consolidação
 
PROGRAMA DE ATENÇÃO INTEGRAL A SAÚDE DA MULHER – PAISM: entre as diretrizes n...
PROGRAMA DE ATENÇÃO INTEGRAL A SAÚDE DA MULHER – PAISM: entre as diretrizes n...PROGRAMA DE ATENÇÃO INTEGRAL A SAÚDE DA MULHER – PAISM: entre as diretrizes n...
PROGRAMA DE ATENÇÃO INTEGRAL A SAÚDE DA MULHER – PAISM: entre as diretrizes n...
 
Apresentação atenção básica esf
Apresentação atenção básica   esfApresentação atenção básica   esf
Apresentação atenção básica esf
 
PACTO PELA SAÚDE
PACTO PELA SAÚDEPACTO PELA SAÚDE
PACTO PELA SAÚDE
 
Sistema unico de saude[1]
Sistema unico de saude[1]Sistema unico de saude[1]
Sistema unico de saude[1]
 
Aula-1-História-da-Saúde-Pública-no-Brasil.pdf
Aula-1-História-da-Saúde-Pública-no-Brasil.pdfAula-1-História-da-Saúde-Pública-no-Brasil.pdf
Aula-1-História-da-Saúde-Pública-no-Brasil.pdf
 
(Re)Humanização na Saúde
(Re)Humanização na Saúde(Re)Humanização na Saúde
(Re)Humanização na Saúde
 
Participação e controle social
Participação e controle socialParticipação e controle social
Participação e controle social
 
Sus
SusSus
Sus
 
Controle social no Sistema Único de Saúde
Controle social no Sistema Único de SaúdeControle social no Sistema Único de Saúde
Controle social no Sistema Único de Saúde
 
HISTÓRIA DA SAÚDE PÚBLICA NO BRASIL AULA 01.ppt
HISTÓRIA DA SAÚDE PÚBLICA NO BRASIL AULA 01.pptHISTÓRIA DA SAÚDE PÚBLICA NO BRASIL AULA 01.ppt
HISTÓRIA DA SAÚDE PÚBLICA NO BRASIL AULA 01.ppt
 
Vigilância em saúde
Vigilância em saúdeVigilância em saúde
Vigilância em saúde
 

Similaire à O SUS na mídia

Determinantes socais e_saude
Determinantes socais e_saudeDeterminantes socais e_saude
Determinantes socais e_saudeellen1066
 
Artigo determinantes de_saúde
Artigo determinantes de_saúdeArtigo determinantes de_saúde
Artigo determinantes de_saúdeJuanito Florentino
 
O jornalismo de revista e a educação física
O jornalismo de revista e a educação física   O jornalismo de revista e a educação física
O jornalismo de revista e a educação física Margareth Michel
 
20686-89130-1-PB-saúde coletiva.pdf
20686-89130-1-PB-saúde coletiva.pdf20686-89130-1-PB-saúde coletiva.pdf
20686-89130-1-PB-saúde coletiva.pdfThiagoOliveira848024
 
Saúde e doença: um olhar antropológico
Saúde e doença: um olhar antropológicoSaúde e doença: um olhar antropológico
Saúde e doença: um olhar antropológicoFlávia Rodrigues
 
Aula 01 (2019) - Pós Comunicação e Saúde
Aula 01 (2019) - Pós Comunicação e SaúdeAula 01 (2019) - Pós Comunicação e Saúde
Aula 01 (2019) - Pós Comunicação e SaúdeWander Veroni Maia
 
Desafios para a saúde coletiva no século XXI
Desafios para a saúde coletiva no século XXIDesafios para a saúde coletiva no século XXI
Desafios para a saúde coletiva no século XXICentro Universitário Ages
 
Paim j. desafio da saude coletiva
Paim j. desafio da saude coletivaPaim j. desafio da saude coletiva
Paim j. desafio da saude coletivaSocorro Carneiro
 
Medicalização na infância
Medicalização na infância Medicalização na infância
Medicalização na infância CENAT Cursos
 
documento_orientador_5CNSM.pdf
documento_orientador_5CNSM.pdfdocumento_orientador_5CNSM.pdf
documento_orientador_5CNSM.pdfKeylaMeneses4
 
A comunicação e a propaganda no âmbito da saúde coletiva r30 1233-1
A comunicação e a propaganda no âmbito da saúde coletiva r30 1233-1A comunicação e a propaganda no âmbito da saúde coletiva r30 1233-1
A comunicação e a propaganda no âmbito da saúde coletiva r30 1233-1Margareth Michel
 
Artigo lumina publicado
Artigo lumina   publicadoArtigo lumina   publicado
Artigo lumina publicadoDenise Ayres
 

Similaire à O SUS na mídia (20)

Radis 131 web
Radis 131 webRadis 131 web
Radis 131 web
 
Saúde na Mídia: análise das matérias de saúde em um jornal impresso brasiliense
Saúde na Mídia: análise das matérias de saúde em um jornal impresso brasilienseSaúde na Mídia: análise das matérias de saúde em um jornal impresso brasiliense
Saúde na Mídia: análise das matérias de saúde em um jornal impresso brasiliense
 
Texto 3 determinantes sociais
Texto 3   determinantes sociaisTexto 3   determinantes sociais
Texto 3 determinantes sociais
 
Determinantes socais e_saude
Determinantes socais e_saudeDeterminantes socais e_saude
Determinantes socais e_saude
 
Artigo determinantes de_saúde
Artigo determinantes de_saúdeArtigo determinantes de_saúde
Artigo determinantes de_saúde
 
O jornalismo de revista e a educação física
O jornalismo de revista e a educação física   O jornalismo de revista e a educação física
O jornalismo de revista e a educação física
 
20686-89130-1-PB-saúde coletiva.pdf
20686-89130-1-PB-saúde coletiva.pdf20686-89130-1-PB-saúde coletiva.pdf
20686-89130-1-PB-saúde coletiva.pdf
 
Saúde e doença: um olhar antropológico
Saúde e doença: um olhar antropológicoSaúde e doença: um olhar antropológico
Saúde e doença: um olhar antropológico
 
Aula 01 (2019) - Pós Comunicação e Saúde
Aula 01 (2019) - Pós Comunicação e SaúdeAula 01 (2019) - Pós Comunicação e Saúde
Aula 01 (2019) - Pós Comunicação e Saúde
 
Desafios para a saúde coletiva no século XXI
Desafios para a saúde coletiva no século XXIDesafios para a saúde coletiva no século XXI
Desafios para a saúde coletiva no século XXI
 
Paim j. desafio da saude coletiva
Paim j. desafio da saude coletivaPaim j. desafio da saude coletiva
Paim j. desafio da saude coletiva
 
Saúde.mc
Saúde.mcSaúde.mc
Saúde.mc
 
Medicalização na infância
Medicalização na infância Medicalização na infância
Medicalização na infância
 
documento_orientador_5CNSM.pdf
documento_orientador_5CNSM.pdfdocumento_orientador_5CNSM.pdf
documento_orientador_5CNSM.pdf
 
A comunicação e a propaganda no âmbito da saúde coletiva r30 1233-1
A comunicação e a propaganda no âmbito da saúde coletiva r30 1233-1A comunicação e a propaganda no âmbito da saúde coletiva r30 1233-1
A comunicação e a propaganda no âmbito da saúde coletiva r30 1233-1
 
Informação em Saúde
Informação em SaúdeInformação em Saúde
Informação em Saúde
 
Livro pnaish 2018
Livro pnaish 2018Livro pnaish 2018
Livro pnaish 2018
 
Artigo lumina publicado
Artigo lumina   publicadoArtigo lumina   publicado
Artigo lumina publicado
 
Tr51 carolina boros
Tr51   carolina borosTr51   carolina boros
Tr51 carolina boros
 
Pnh
PnhPnh
Pnh
 

Plus de Conselho Nacional de Secretários de Saúde - CONASS

Plus de Conselho Nacional de Secretários de Saúde - CONASS (20)

Modelo de Distanciamento Controlado - Rio Grande do Sul
Modelo de Distanciamento Controlado - Rio Grande do SulModelo de Distanciamento Controlado - Rio Grande do Sul
Modelo de Distanciamento Controlado - Rio Grande do Sul
 
O enfrentamento da Covid-19 pela Atenção Primária à Saúde em Uberlândia, Mina...
O enfrentamento da Covid-19 pela Atenção Primária à Saúde em Uberlândia, Mina...O enfrentamento da Covid-19 pela Atenção Primária à Saúde em Uberlândia, Mina...
O enfrentamento da Covid-19 pela Atenção Primária à Saúde em Uberlândia, Mina...
 
Banners – II Seminário da Planificação da Atenção à Saúde
Banners – II Seminário da Planificação da Atenção à SaúdeBanners – II Seminário da Planificação da Atenção à Saúde
Banners – II Seminário da Planificação da Atenção à Saúde
 
A introdução de novas tecnologias para o manejo das condições crônicas na UBS...
A introdução de novas tecnologias para o manejo das condições crônicas na UBS...A introdução de novas tecnologias para o manejo das condições crônicas na UBS...
A introdução de novas tecnologias para o manejo das condições crônicas na UBS...
 
PIMENTEIRAS DO OESTE - RO
PIMENTEIRAS DO OESTE - ROPIMENTEIRAS DO OESTE - RO
PIMENTEIRAS DO OESTE - RO
 
CHECKLIST DA IMUNIZAÇÃO: um instrumento de melhoria e monitoramento do proces...
CHECKLIST DA IMUNIZAÇÃO: um instrumento de melhoria e monitoramento do proces...CHECKLIST DA IMUNIZAÇÃO: um instrumento de melhoria e monitoramento do proces...
CHECKLIST DA IMUNIZAÇÃO: um instrumento de melhoria e monitoramento do proces...
 
Da adesão aos resultados esperados no PlanificaSUS: um olhar sobre a importân...
Da adesão aos resultados esperados no PlanificaSUS: um olhar sobre a importân...Da adesão aos resultados esperados no PlanificaSUS: um olhar sobre a importân...
Da adesão aos resultados esperados no PlanificaSUS: um olhar sobre a importân...
 
INCORPORAÇÃO DE ESTRATÉGIAS INOVADORAS NO PROCESSO DE PLANIFICAÇÃO DA ATENÇÃO...
INCORPORAÇÃO DE ESTRATÉGIAS INOVADORAS NO PROCESSO DE PLANIFICAÇÃO DA ATENÇÃO...INCORPORAÇÃO DE ESTRATÉGIAS INOVADORAS NO PROCESSO DE PLANIFICAÇÃO DA ATENÇÃO...
INCORPORAÇÃO DE ESTRATÉGIAS INOVADORAS NO PROCESSO DE PLANIFICAÇÃO DA ATENÇÃO...
 
Melhorias na Unidade Laboratório do município de Pimenta Bueno/RO após a plan...
Melhorias na Unidade Laboratório do município de Pimenta Bueno/RO após a plan...Melhorias na Unidade Laboratório do município de Pimenta Bueno/RO após a plan...
Melhorias na Unidade Laboratório do município de Pimenta Bueno/RO após a plan...
 
Guia do Pré-Natal na Atenção Básica: a Planificação da Atenção à Saúde como E...
Guia do Pré-Natal na Atenção Básica: a Planificação da Atenção à Saúde como E...Guia do Pré-Natal na Atenção Básica: a Planificação da Atenção à Saúde como E...
Guia do Pré-Natal na Atenção Básica: a Planificação da Atenção à Saúde como E...
 
Jornada Interdisciplinar em Diabetes, Obesidade e Hipertensão
Jornada Interdisciplinar em Diabetes, Obesidade e HipertensãoJornada Interdisciplinar em Diabetes, Obesidade e Hipertensão
Jornada Interdisciplinar em Diabetes, Obesidade e Hipertensão
 
A Segurança do Paciente na Construção Social da APS
A Segurança do Paciente na Construção Social da APSA Segurança do Paciente na Construção Social da APS
A Segurança do Paciente na Construção Social da APS
 
Estratégias de Melhoria no Processo de Planificação da Região Leste do DF
Estratégias de Melhoria no Processo de Planificação da Região Leste do DFEstratégias de Melhoria no Processo de Planificação da Região Leste do DF
Estratégias de Melhoria no Processo de Planificação da Região Leste do DF
 
Cuidados Paliativos no contexto do avanço das condições crônicas
Cuidados Paliativos no contexto do avanço das condições crônicasCuidados Paliativos no contexto do avanço das condições crônicas
Cuidados Paliativos no contexto do avanço das condições crônicas
 
Sala de Situação Regional de Saúde Sudoeste I
Sala de Situação  Regional de Saúde  Sudoeste I Sala de Situação  Regional de Saúde  Sudoeste I
Sala de Situação Regional de Saúde Sudoeste I
 
Por um cuidado certo - Sociedade Brasileira de Diabetes
Por um cuidado certo - Sociedade Brasileira de DiabetesPor um cuidado certo - Sociedade Brasileira de Diabetes
Por um cuidado certo - Sociedade Brasileira de Diabetes
 
O pediatra e sua presença na Assistência no Brasil
O pediatra e sua presença na Assistência no BrasilO pediatra e sua presença na Assistência no Brasil
O pediatra e sua presença na Assistência no Brasil
 
Notas Técnicas para Organização das Redes de Atenção à Saúde
Notas Técnicas para Organização das Redes de Atenção à SaúdeNotas Técnicas para Organização das Redes de Atenção à Saúde
Notas Técnicas para Organização das Redes de Atenção à Saúde
 
Ministério Público em Defesa da APS
Ministério Público em Defesa da APSMinistério Público em Defesa da APS
Ministério Público em Defesa da APS
 
II Seminário da Planificação da Atenção à Saúde: “Desafios do SUS e a Planifi...
II Seminário da Planificação da Atenção à Saúde: “Desafios do SUS e a Planifi...II Seminário da Planificação da Atenção à Saúde: “Desafios do SUS e a Planifi...
II Seminário da Planificação da Atenção à Saúde: “Desafios do SUS e a Planifi...
 

Dernier

INTRODUÇÃO A DTM/DOF-DRLucasValente.pptx
INTRODUÇÃO A DTM/DOF-DRLucasValente.pptxINTRODUÇÃO A DTM/DOF-DRLucasValente.pptx
INTRODUÇÃO A DTM/DOF-DRLucasValente.pptxssuser4ba5b7
 
Enhanced recovery after surgery in neurosurgery
Enhanced recovery  after surgery in neurosurgeryEnhanced recovery  after surgery in neurosurgery
Enhanced recovery after surgery in neurosurgeryCarlos D A Bersot
 
Sistema endocrino anatomia humana slide.pdf
Sistema endocrino anatomia humana slide.pdfSistema endocrino anatomia humana slide.pdf
Sistema endocrino anatomia humana slide.pdfGustavoWallaceAlvesd
 
AULA DE ERROS radiologia odontologia.ppsx
AULA DE ERROS radiologia odontologia.ppsxAULA DE ERROS radiologia odontologia.ppsx
AULA DE ERROS radiologia odontologia.ppsxLeonardoSauro1
 
O mundo secreto dos desenhos - Gregg M. Furth.pdf
O mundo secreto dos desenhos - Gregg M. Furth.pdfO mundo secreto dos desenhos - Gregg M. Furth.pdf
O mundo secreto dos desenhos - Gregg M. Furth.pdfNelmo Pinto
 
AULA SOBRE SAMU, CONCEITOS E CARACTERICAS
AULA SOBRE SAMU, CONCEITOS E CARACTERICASAULA SOBRE SAMU, CONCEITOS E CARACTERICAS
AULA SOBRE SAMU, CONCEITOS E CARACTERICASArtthurPereira2
 
Prurigo. Dermatologia. Patologia UEM17B2.pdf
Prurigo. Dermatologia. Patologia UEM17B2.pdfPrurigo. Dermatologia. Patologia UEM17B2.pdf
Prurigo. Dermatologia. Patologia UEM17B2.pdfAlberto205764
 
Primeiros Socorros - Sinais vitais e Anatomia
Primeiros Socorros - Sinais vitais e AnatomiaPrimeiros Socorros - Sinais vitais e Anatomia
Primeiros Socorros - Sinais vitais e AnatomiaCristianodaRosa5
 

Dernier (9)

INTRODUÇÃO A DTM/DOF-DRLucasValente.pptx
INTRODUÇÃO A DTM/DOF-DRLucasValente.pptxINTRODUÇÃO A DTM/DOF-DRLucasValente.pptx
INTRODUÇÃO A DTM/DOF-DRLucasValente.pptx
 
Enhanced recovery after surgery in neurosurgery
Enhanced recovery  after surgery in neurosurgeryEnhanced recovery  after surgery in neurosurgery
Enhanced recovery after surgery in neurosurgery
 
Aplicativo aleitamento: apoio na palma das mãos
Aplicativo aleitamento: apoio na palma das mãosAplicativo aleitamento: apoio na palma das mãos
Aplicativo aleitamento: apoio na palma das mãos
 
Sistema endocrino anatomia humana slide.pdf
Sistema endocrino anatomia humana slide.pdfSistema endocrino anatomia humana slide.pdf
Sistema endocrino anatomia humana slide.pdf
 
AULA DE ERROS radiologia odontologia.ppsx
AULA DE ERROS radiologia odontologia.ppsxAULA DE ERROS radiologia odontologia.ppsx
AULA DE ERROS radiologia odontologia.ppsx
 
O mundo secreto dos desenhos - Gregg M. Furth.pdf
O mundo secreto dos desenhos - Gregg M. Furth.pdfO mundo secreto dos desenhos - Gregg M. Furth.pdf
O mundo secreto dos desenhos - Gregg M. Furth.pdf
 
AULA SOBRE SAMU, CONCEITOS E CARACTERICAS
AULA SOBRE SAMU, CONCEITOS E CARACTERICASAULA SOBRE SAMU, CONCEITOS E CARACTERICAS
AULA SOBRE SAMU, CONCEITOS E CARACTERICAS
 
Prurigo. Dermatologia. Patologia UEM17B2.pdf
Prurigo. Dermatologia. Patologia UEM17B2.pdfPrurigo. Dermatologia. Patologia UEM17B2.pdf
Prurigo. Dermatologia. Patologia UEM17B2.pdf
 
Primeiros Socorros - Sinais vitais e Anatomia
Primeiros Socorros - Sinais vitais e AnatomiaPrimeiros Socorros - Sinais vitais e Anatomia
Primeiros Socorros - Sinais vitais e Anatomia
 

O SUS na mídia

  • 1. O SUS NA MÍDIA: ALGUMAS CONSIDERAÇÕES SOBRE AS VISIBILIDADES E OS SENTIDOS DO SUS NOS JORNAIS O GLOBO E FOLHA DE SÃO PAULO IZAMARA BASTOS MACHADO / OBSERVATÓRIO SAÚDE NA MÍDIA Laboratório de Pesquisa em Comunicação e Saúde - LACES Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde / ICICT - FIOCRUZ Brasília, 18/11/2013 Seminário: “As Relações da Saúde Pública com a Imprensa: SUS na Mídia”
  • 2. O SUS... Sabemos que... O Sistema Único de Saúde (SUS) foi resultado da luta pela Reforma Sanitária – especialmente através da agenda de reivindicações produzida a partir das Conferências Nacionais de Saúde, com destaque para a VIII (1986). E entendemos que... Desde a sua criação, o SUS tem estado em meio a um campo de tensões que às vezes polariza defensores ferrenhos de um lado, e críticos vorazes de outro. Gestores, políticos, usuários, imprensa apresentam uma multiplicidade de perspectivas sobre o que é e o que deveria ser o Sistema Único de Saúde brasileiro, catalisando por vezes debates acalorados. Seminário: “As Relações da Saúde Pública com a Imprensa: SUS na Mídia” Brasília, 18/11/2013
  • 3. Por que observar a mídia? Meios de comunicação Lugares de embate e de interesses divergentes: Mídia como espaço articulado e coerente de disputa do poder, expressão dos interesses do capital X Dimensão crítica do jornalismo, cuja função seria controlar e denunciar as mazelas sociais, políticas e econômicas. Seminário: “As Relações da Saúde Pública com a Imprensa: SUS na Mídia” Brasília, 18/11/2013
  • 4. A partir dessas reflexões... Surge o Observatório Saúde na Mídia (OSM) O Observatório surgiu a partir do reconhecimento do lugar central que os meios de comunicação de massa ocupam nas sociedades contemporâneas, constituindo-se espaços privilegiados na formação do olhar que a população lança sobre o mundo e as relações sociais, bem como mediante à percepção da crescente importância da saúde como objeto de interesse midiático. Objetivo do Observatório: Analisar como os meios de comunicação de massa produzem sentidos sobre a saúde. O Observatório é uma iniciativa do Laboratório de Pesquisa em Comunicação e Saúde (LACES) do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (ICICT) da Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ) Seminário: “As Relações da Saúde Pública com a Imprensa: SUS na Mídia” Brasília, 18/11/2013
  • 5. Metodologia do Observatório - O Observatório tem seu campo observacional a partir do segundo semestre de 2008, sem data para ser concluído. - A metodologia adotada pelo Observatório Saúde na Mídia tem como base uma pesquisa documental em jornais impressos: - Rio de Janeiro: O Globo e O Dia; - São Paulo: Folha de São Paulo e O Estado de São Paulo (anteriormente JT); - Pernambuco: Folha de Pernambuco, Jornal do Commercio; - Distrito Federal: Correio Braziliense. - EQUIPE: Multidisciplinar (RJ) / Parceiros: FIOCRUZ Brasília e Recife Seminário: “As Relações da Saúde Pública com a Imprensa: SUS na Mídia” Brasília, 18/11/2013
  • 6. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Poder simbólico (Bourdieu) – poder de fazer ver e fazer crer dos meios de comunicação. Noção de discurso (Bakhtin) – conceitos de polifonia e dialogismo. Enquadramento: “Produzir um enquadramento é selecionar alguns aspectos da realidade percebida e dar a eles destaque maior no texto comunicativo, gerando interpretação, avaliação moral e/ou tratamento recomendado para o item descrito (...). Para identificar o enquadramento de uma reportagem, primeiro é preciso ir em busca da definição do problema apresentado, verificando se ele é político ou econômico”. Seminário: “As Relações da Saúde Pública com a Imprensa: SUS na Mídia” Brasília, 18/11/2013 (Robert Entman)
  • 7. ... “As pessoas agendam seus assuntos e suas conversas em função do que a mídia veicula”. (Citado em Barros Filho, 1995,p.169) “Em consequência da ação dos jornais, da televisão e de outros meios de informação, o público sabe ou ignora, presta atenção ou descura, realça ou negligencia elementos específicos dos cenários públicos”. (Donald L. Shaw) Seminário: “As Relações da Saúde Pública com a Imprensa: SUS na Mídia” Brasília, 18/11/2013
  • 8. Objetivo desta Comunicação: Analisar os sentidos construídos sobre o Sistema Único de Saúde (SUS) em 02 jornais de referência do país: o Globo e a Folha de São Paulo. Seminário: “As Relações da Saúde Pública com a Imprensa: SUS na Mídia” Brasília, 18/11/2013
  • 9. ...ENTÃO...se Entendemos que os meios de comunicação interferem diretamente na construção e na transformação da realidade da população, além de influenciarem na percepção que cada indivíduo tem da realidade... Nossa hipótese é que os discursos midiáticos interferem na construção de uma imagem do SUS e dos discursos que o avaliam. No entanto, não se trata de um processo homogêneo: há distinções entre os veículos, contradições internas, resistências etc. Seminário: “As Relações da Saúde Pública com a Imprensa: SUS na Mídia” Brasília, 18/11/2013
  • 10. METODOLOGIA Trabalhamos com os pressupostos da Análise Social de Discursos (Pinto, 1999 e Araújo, 2000), que correlaciona os textos com suas condições de produção e circulação, entendendo estas como condições sociais, econômicas, políticas, institucionais e situacionais. Análise não apenas das marcas textuais da notícia – o que aparece de fato no jornal – mas levando em conta o(s) contexto(s) de produção da notícia. Mapeamento: “Saúde” em geral - Fevereiro e Março de 2013: jornais O Globo e Folha de São Paulo; Mapeamento “SUS” em específico - Recorte para Análise : Semanas de 03 à 09 e 17 à 23 (Fevereiro e Março 2013) Critérios de escolha dos jornais: jornais de maior circulação no país (IVC), grande relevância política e capacidade de formação de opinião. São monitorados pelo OSM. Seminário: “As Relações da Saúde Pública com a Imprensa: SUS na Mídia” Brasília, 18/11/2013
  • 11. RESULTADOS PRELIMINARES – SUS nos Jornais (por 04 semanas)
  • 12. ... METODOLOGIA - Incluímos tanto os textos que utilizavam a nomenclatura “SUS”, como aqueles que se referiam a algum elemento que constitui o SUS (mesmo que não citassem o nome Sistema Único de Saúde (SUS)); - Buscamos identificar quais os dispositivos de enunciação utilizados para falar do SUS e os contextos em que isso ocorreu. Seminário: “As Relações da Saúde Pública com a Imprensa: SUS na Mídia” Brasília, 18/11/2013
  • 13. RESULTADOS PRELIMINARES Saúde em Geral ao longo dos 2 meses nos 2 Jornais: MÊS/JORNAL O GLOBO FOLHA S.PAULO TOTAL FEVEREIRO 239 304 543 (8,5 texto/dia) (10,8 texto/dia) 333 209 (10,7 texto/dia) (6,7 texto/dia) 572 513 MARÇO TOTAL 542 1085 “SUS” aos longo das 04 semanas: duas em Fev. e duas em Março MÊS/JORNAL O GLOBO FOLHA S.PAULO TOTAL FEVEREIRO 56 40 96 MARÇO 30 19 49 TOTAL 86 59 145 OBS.: SUS nomeado/citado no texto ou não
  • 14. ÁREAS TEMÁTICAS mais apresentadas nas páginas dos jornais no período analisado: Semanas de 03 à 09 e de 17 à 23 (Fevereiro e Março 2013) 1º) Doenças: Saúde mental (31 textos); infecto-contagiosas (dengue (04), H1N1(01)); câncer (03), obesidade (03), entre outras pulverizadas nos jornais sendo apresentadas por diversificados olhares: do ponto de vista do tratamento, da prevenção, do diagnóstico, dos sintomas, do investimento do governo, das políticas públicas, etc. OBS: Crack / Internação Involuntária (predominância de opinativos) : 18 textos 2º) Formação dos Médicos (Cursos de Medicina) e Distribuição dos Profissionais pelo território nacional: 13 textos 3º) Atendimento na Rede Pública sob perspectiva da gestão (textos tanto trazendo relatos de deficiência do sistema quanto apresentando investimentos e ampliação nos setores e serviços): 08 textos
  • 15. Outras Observações... DESTAQUE: ANVISA ( atuação/ fiscalização – Medicamentos/Alimentos/Ambientes): 11 textos; OUTROS TEMAS presentes na cobertura: Atuação Profissional e investigação (caso médica de Curitiba); Medicamentos; Pesquisas/Estudos; Diagnósticos; Alimentação Saudável; SUS X Saúde privada; Tragédia em Santa Maria (atuação do SUS e ações do Ministério da Saúde); ETC.
  • 16. RESULTADOS PRELIMINARES - Saúde pública como tema que mobiliza espaços nobres do jornal (Capas, Artigos, ...): - Recorrência dos mesmo temas nos dois jornais (agendamento); - O Globo: saúde pública ocupa importante espaço nas discussões políticas (nacional) e nas coberturas “locais” (Editoria Rio); - Folha de SP: caracteriza-se pelo destaque aos temas da pesquisa e também nas discussões sobre saúde sendo discutidas na editoria local (Cotidiano). Saúde ocupou mais as Capas/1ª Página (12 capas em 4 semanas); - Convergência na cobertura: O Globo e Folha SP - Saúde pública como espaço da cidade, do cotidiano, mas também da Política e da Ciência.
  • 17. ... RESULTADOS PRELIMINARES... - Nomenclatura “SUS” : existe um “jogo” de visibilidade e invisibilidade na construção das noticias. - A nomenclatura “SUS” aparece com mais freqüência nas matérias que falam de “um SUS que não funciona” , que nas matérias que falam da eficiência do sistema. - Se diz que é eficiente nomeação “SUS” é praticamente invisível. - Quando o “SUS” é considerado eficiente: há uma tendência a atribuir ao governo local.
  • 18. - Quando tende a apresentar um “SUS ineficiente” – Política Nacional / Governo Federal Ex.: “Abandonados até pelo SUS” “Ministério reconhece que apenas 38% da população carcerária recebe atendimento e que cobertura de saúde mental é ainda mais baixa”. Série de reportagens do jornal O GLOBO: “Loucura atrás das Grades”, 19/02/2013. Editoria: PAÍS, PÁG.3) “Dilma vai acabar com o SUS” “O desmonte final do Sistema único de Saúde (SUS) vem sendo negociados a portas fechadas, em encontros da presidente Dilma Roussef com donos de planos de saúde, entre eles financiadores da campanha presidencial de 2010 e sócios do capital estrangeiro, que acaba de atracar faminto nesse mercado nacional.(...) O Sus é uma reforma incompleta, pois o gasto público com saúde é insuficiente para um sistema de cobertura universal e atendimento integral. Isso resulta em carência de profissionais, baixa resolutividade da rede básica de serviços e péssimo atendimento à população. (...) É inaceitável, em uma sociedade democrática, a intenção do governo de abdicar da consolidação do SUS, de insistir no subfinanciamento do público e apostar no avanço de um modelo privado, estratificado, caro e ineficiente.(...) Folha de São Paulo, 05/03/2013, Editoria de Opinião - TENDÊNCIAS/DEBATE, Pág. A3. Artigo assinado por: Ligia Bahia (profª do Instituto de Saúde Coletiva da Univ. Fed. RJ); Luis Eugenio Portela (profº da Univ. Fed. Da Bahia e presidente da Abrasco); Mário Scheffer (profº Depart. De Medicina Prventiva da Fac. Medic. Da Univ. de SP).
  • 19. - Há um clima de “desconfiança” na eficiência do sistema público. Essa desconfiança se consolida (especialmente) nas cartas de leitores, colunas assinadas ou em artigos assinados. “Desconfiança” algumas vezes explícitas, outras na contraposição ao Sistema de Saúde Privado (que tende a ser tratado como a opção ao SUS que não funciona). Ex.: “Cirurgia pelo SUS” “Assessor da Presidência Marco Aurélio Garcia resistiu à tentação de ‘operar o coração no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo’. Sofreu pressão da família, do médico das celebridades políticas e da presidente Dilma. Mas se internou no Instituto de Cardiologia, em Brasília. E fez todos os procedimentos pelo Sistema Único de Saúde”. (O Globo, 07/03/13 – Editoria: PAÍS, pág.2/ Coluna Panorâma Político) “Uma radiografia da situação no Brasil” Tetxo fala das dificuldades enfrentadas pelos pacientes para conseguir diagnóstico e tratamentos adequados no SUS. (O Globo, 18/03/2013 - Caderno Especial Projetos de Marketing, Pág. 04 e 05)
  • 20. - No entanto, cabe destacar que a “desconfiança” não é unanimidade na cobertura. Há textos que mostram ações positivas no que se refere à saúde pública do País. Ex.: “Governo acelera inclusão de drogas no SUS” “Só em 2012, 29 medicamentos e procedimentos foram incorporados à rede pública, contra 81 entre 2006 e 2011(...) Médicos e pacientes, no entanto, criticam rejeição a remédios já usados com sucesso na prática clínica(...). (Folha de S.Paulo, 09/02/2013.Editoria:Saúde+Ciência, pág. B8) “Sai registro de 1º remédio biológico 100% nacional” “A Anvisa concedeu registro para a fabricação do primeiro medicamento biológico 100% nacional. (...) O produto brasileiro deverá custar 50% menos que o importado em cinco anos, segundo o Ministério da Saúde.(...) A expectativa do Ministé rio da Saúde é que gere uma economia de R$ 726 milhões no período à pasta. (...) O medicamento (Etanercepte – que trata de artride reumatóide e outras doenças crônicas que afetam as articulações) é oferecido á 16.431 pacientes do Sistema único de Saúde (SUS). A previsão é que o remédio esteja pronto para a comercialização em 2016. é um produto de saúde pública...” Folha de São Paulo, 19/02/13. Editoria Mercado, pág. B2
  • 21. Folha de São Paulo, 09/02/2013
  • 23. O GLOBO, 08/02/2013 FOLHA DE SÃO PAULO, 05/0302013
  • 24. Diante disso... Acreditamos que a visibilidade ou invisibilidade de um tema na mídia colabora enormemente para que possamos ter a capacidade de construir um sentido sobre um assunto; ... As observações que fazemos neste trabalho sugerem tendências da cobertura da mídia; ... Acreditamos que os sentidos produzidos pela mídia, refletem não só em quem utiliza diretamente os serviços do SUS, como influencia, de algum modo, inclusive, a percepção daqueles que dizem não fazer uso do Sistema Único de Saúde do Brasil. Nossa intenção com nossos estudos é colaborar para o fortalecimento do SUS como uma política nacional que merece seu devido reconhecimento.
  • 25. POR FIM... ESPERA-SE QUE... “O Observatório Saúde na Mídia (OSM) possa contribuir para o desenvolvimento de um conhecimento aprofundado sobre os modos pelos quais os meios de comunicação constituem os sentidos públicos sobre a saúde... & Partimos do pressuposto de que este conhecimento interessa ao SUS e, particularmente, ao campo da comunicação e saúde, em suas dimensões de ensino, pesquisa e serviços”. (Projeto do Observatório Saúde na Mídia, 2008)
  • 26. OBRIGADA! IZAMARA BASTOS MACHADO Email: izamara.bastos@icict.fiocruz.br Coordenadora Executiva do Observatório Saúde na Mídia Laboratório de Pesquisa em Comunicação e Saúde (LACES) Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (ICICT) www.icict.fiocruz.br Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde