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Escola Estadual de Ensino Médio Protásio Alves 
Espiritismo 
Aluno: Camila Fernandes 
Turma: 201 
Ensino Religioso 
Passo Fundo, Agosto de 2014.
Introdução 
Espiritismo, Doutrina espírita ou Kardecismo é a doutrina codificada pelo pedagogo 
francês Hippolyte Léon Denizard Rivail, usando o pseudônimo Allan Kardec. É uma 
doutrina que alia ciência, filosofia e religião, buscando a melhor compreensão não 
apenas do universo tangível (científico), mas também do universo a esse 
transcendente (religião). 
A doutrina é baseada em cinco obras básicas, escritas por Kardec, através da 
observação de fenômenos que o mesmo atribuía a manifestações de inteligências 
incorpóreas ou imateriais, denominadas espíritos. A codificação espírita está presente 
em: O Livro dos Espíritos, O Livro dos Médiuns, O Evangelho segundo o Espiritismo, O 
Céu e o Inferno e A Gênese; somam-se à codificação as chamadas obras 
"complementares", como O Que é o Espiritismo, Revista Espírita e Obras Póstumas. 
Define-se como uma doutrina que se trata da "natureza, origem e destino dos 
espíritos, bem como de suas relações com o mundo corporal e as consequências 
morais que dela emanam", e fundamenta-se nas manifestações e nos ensinamentos 
dos espíritos. 
Também é compreendida como uma doutrina de cunho científico-filosófico voltado 
para o aperfeiçoamento moral do homem, que acredita na possibilidade de 
comunicação com os espíritos através de médiuns. A doutrina também é conhecida 
por influenciar e prover um movimento social de instituições de caridade e saúde, que 
envolve milhões de pessoas em dezenas de países.
História da Doutrina Espirita 
A Doutrina Espírita, ou Espiritismo, apareceu no cenário terreno no século XIX, por 
volta do ano de 1850. Suas raízes encontram-se nos princípios do Cristianismo, 
doutrina implantada por Jesus e seus seguidores, há quase dois mil anos. A Doutrina 
Espírita é o cumprimento da promessa do Senhor, na qual afirmou que enviaria ao 
mundo, no devido tempo, um Consolador, O Espírito de Verdade, que relembraria seus 
ensinamentos e faria novas revelações a respeito dos mistérios da vida. 
Em um de seus muitos discursos, Jesus disse que não poderia dizer todas as cois as, 
pois os homens ainda não tinham condições de entendimento para compreendê-las. 
No tempo certo, enviou o Espiritismo, que retirou o véu dos "mistérios" de Seus 
ensinamentos e ampliou sobremaneira o campo do conhecimento humano, 
despertando o Ser para um novo mundo. 
Nos séculos XVI e XVII, depois que a Reforma Protestante havia libertado a 
humanidade dos domínios da Igreja, formou-se um clima muito propício à 
fermentação de ideais renovadores. Foi neste período que se iniciaram as primeiras 
manifestações de Espíritos, chamando a atenção do homem de então e preparando o 
terreno para o advento do Consolador. No século XIX, nascia o Espiritismo, 
considerada a terceira revelação. Com ele vieram as novas lições acerca do sentido da 
vida, da dor, da justiça e sobre o destino dos homens depois da morte. 
Allan Kardec afirmou que: "Partindo o Espiritismo das próprias palavras do Cristo, 
assim como o Cristo partiu de Moisés, é um sequência direta de sua doutrina" - 
(Revista Espírita, Setembro, 1867).
Princípios da Doutrina Espirita 
 A existência de Deus; 
 Existência do Espírito, sua sobrevivência após a morte e sua comunicação com 
o mundo material; 
 Reencarnação; 
 Evolução moral e intelectual dos espíritos; 
 Lei de Causa e Efeito. 
Podemos observar, então, que alguns desses princípios encontram-se em todas as 
religiões cristãs. Ou seja, tanto o Catolicismo, como o Protestantismo e suas diversas 
ramificações, creem em Deus e na existência de alguma forma de uma vida espiritual. 
Isso, porque Jesus sempre deixou muito claro ambos, falando em suas parábolas e em 
seus ensinamentos. 
Mas, por que existe Deus? Se há mundo espiritual, como é a vida lá? E vivendo no 
mundo espiritual, pode se fazer contato com o mundo material? Vivemos uma só vida? 
Todos temos a mesma evolução espiritual? O que fazemos de bom ou ruim, 
recebemos de volta? 
Estas perguntas que sempre nos atormentaram têm uma explicação racional na 
Doutrina Espírita. 
Espiritismo no Mundo 
Existe Espiritismo fora do Brasil? Sim, existe, é claro, embora que não conte com a 
mesma força que em nosso país. Dentre alguns lugares se pode citar Bósnia, Canadá, 
Holanda, Suécia, Japão, Noruega, Itália, França, Venezuela, Argentina e Estados 
Unidos.
Nestes países, assim como em muitos outros, o Espiritismo começa a andar, lenta, 
porém firmemente e sempre mantendo. Nos Estados Unidos, porém, é onde o 
Espiritismo caminha com maior vigor e rapidez. 
Espiritismo no Brasil 
O crescimento da doutrina espírita no Brasil ganhou novo fôlego, principalmente com 
o surgimento de uma figura emblemática dessa religião: o médium Francisco Cândido 
Xavier, o Chico Xavier. Por meio de suas obras psicografadas, passou a popularizar 
ainda mais o espiritismo. Entre suas obras, podemos destacar “Brasil, Coração do 
Mundo Pátria do Evangelho”, em que ele narra a intervenção dos espíritos em 
diferentes acontecimentos da história nacional. 
Um desdobramento religioso do espiritismo é a umbanda, considerada uma crença 
de origem brasileira. Mesmo não tendo os mesmos referenciais e práticas do 
espiritismo kardecista, alguns documentos da Federação Espírita de Umbanda constam 
a citação de obras do líder francês. As diferenciações entre as duas crenças acabaram 
gerando um amplo debate no interior das entidades espíritas, que preferiam 
estabelecer claramente as singularidades da umbanda e do espiritismo. 
Ao longo do tempo, o espiritismo foi ganhando maior prestígio junto a diferentes 
classes e instituições. Em contrapartida, muitos dos cultos afro-brasileiros ainda 
sofreriam bastante com a desconfiança de órgãos de polícia. Um dos itens para 
explicar a maior aceitação do espiritismo se dá pela sua política assistencialista. A 
caridade, sendo ponto fundamental do espiritismo, acabou trazendo uma visão 
positiva sobre essa fé aproximada da razão. 
Nas últimas décadas, o papel do Brasil frente aos rumos tomados pela doutrina 
espírita foi notório. Uma das mais interessantes afirmações desse papel central pode 
ser visto no fato de que pessoas de outras denominações simpatizam com o 
espiritismo. Talvez com isso possamos compreender o porquê de o Brasil ter maior 
contingente de praticantes do espiritismo e de denominações apáticas a essa mesma 
crença.
Movimento Espirita 
O que é? Movimento Espírita é o conjunto das atividades que têm por objetivo 
estudar, divulgar e praticar a Doutrina Espírita, contida nas obras básicas de Allan 
Kardec, colocando-a ao alcance e a serviço de toda a Humanidade. As atividades que 
compõem o Movimento Espírita são realizadas por pessoas, isoladamente ou em 
conjunto, e por Instituições Espíritas. 
Quais os Objetivos? Promover o Estudo, a Difusão e a Prática da Doutrina Espírita, 
procurando manter um constante contato com os Grupos, Centros e Sociedades 
Espíritas da área territorial, objetivando conhecer suas atividades, suas realidades e 
suas necessidades. Manter um permanente trabalho de apoio aos Grupos, Centros e 
Sociedades Espíritas de sua área de ação, procurando colaborar no atendimento a 
todas as suas atividades e necessidades; Promover e ajudar na criação, na formação e 
na organização de novos núcleos espíritas, na área de sua responsabilidade; Promover 
a união dos Grupos, Centros e Sociedades Espíritas e a unificação do Movimento 
Espírita, em sua área de ação; Promover e realizar reuniões periódicas dos Grupos, 
Centros e Sociedades Espíritas de sua área de ação, propiciando a troca de 
informações e experiências relacionadas com suas atividades, bem como a ajuda 
recíproca e a programação e realização de atividades conjuntas; Promover a união com 
as outras Entidades e Órgãos que lhe são congêneres de outras áreas territoriais, com 
vistas à unificação do Movimento Espírita em geral; Promover a realização de cursos, 
encontros, seminários, reuniões e demais atividades, voltados ao trabalho de apoio ao 
Centro Espírita, à tarefa de difusão da Doutrina Espírita e às atividades de unificação 
do Movimento Espírita. 
Pontos principais do Espiritismo 
“Deus é eterno, imutável, imaterial, 
único, todo-poderoso, soberanamente 
justo e bom.” 
“Criou o universo, que compreende 
todos os seres animados e inanimados, 
materiais e imateriais.” 
“Os seres materiais constituem o 
mundo visível ou corporal; os seres 
imateriais, o mundo invisível ou 
espírita, ou seja, dos Espíritos.”
“O mundo espírita é o mundo normal, 
primitivo, eterno, preexistindo e 
sobrevivendo a tudo.” 
“O mundo corporal é apenas 
secundário, poderia deixar de existir ou 
nunca ter existido, sem alterar a 
essência do mundo espírita.” 
“Os Espíritos vestem temporariamente 
um corpo material perecível, cuja 
destruição pela morte lhes devolve a 
liberdade.” 
“Entre as diferentes espécies de seres 
corporais, Deus escolheu a espécie 
humana para a encarnação dos 
Espíritos que atingiram um certo grau 
de desenvolvimento, o que lhe dá a 
superioridade moral e intelectual sobre 
os outros.” 
“A alma é um Espírito encarnado, sendo 
o corpo apenas o seu envoltório.” 
“Há três coisas no homem”: 1ª) o corpo 
ou ser material semelhante ao dos 
animais e animado pelo mesmo 
princípio vital; 2ª) a alma ou ser 
imaterial, Espírito encarnado no corpo; 
3ª) o laço que une a alma ao corpo, 
princípio intermediário entre a matéria 
e o Espírito. 
“Assim, o homem tem duas naturezas: 
pelo corpo participa da natureza dos 
animais, dos quais tem os instintos; 
pela alma participa da natureza dos 
Espíritos.” 
“O laço ou períspirito que une o corpo e 
o Espírito é uma espécie de envoltório 
semi material. A morte é a destruição 
do envoltório mais grosseiro. O Espírito 
conserva o segundo, que constitui para 
ele um corpo etéreo, invisível para nós 
no estado normal, mas que pode 
tornar-se algumas vezes visível e 
mesmo tangível, como ocorre no 
fenômeno das aparições.” 
“O Espírito não é, portanto, um ser 
abstrato, indefinido, que somente o 
pensamento pode conceber; é um ser 
real, definido, que, em alguns casos, 
pode ser reconhecido, avaliado pelos 
sentidos da visão, da audição e do 
tato.” 
“Os Espíritos pertencem a diferentes 
classes e não são iguais em poder, 
inteligência, saber e nem em 
moralidade. Os da primeira ordem são 
os Espíritos superiores, que se 
distinguem dos outros por sua 
perfeição, seus conhecimentos, sua 
proximidade de Deus, pela pureza de 
seus sentimentos e seu amor ao bem: 
são os anjos ou Espíritos puros. Os das 
outras classes não atingiram ainda essa 
perfeição; os das classes inferiores são 
inclinados à maioria das nossas 
paixões: ao ódio, à inveja, ao ciúme, ao 
orgulho, etc. Eles se satisfazem no mal; 
entre eles há os que não são nem muito 
bons nem muito maus, são mais 
trapaceiros e importunos do que maus, 
a malícia e a irresponsabilidade 
parecem ser sua diversão: são os 
Espíritos desajuizados ou levianos.” 
“Os Espíritos não pertencem 
perpetuamente à mesma ordem. Todos 
melhoram ao passar pelos diferentes 
graus da hierarquia espírita. Esse 
progresso ocorre pela encarnação, que
é imposta a alguns como expiação15 e 
a outros como missão. A vida material é 
uma prova que devem suportar várias 
vezes, até que tenham atingido a 
perfeição absoluta. É uma espécie de 
exame severo ou de depuração, de 
onde saem mais ou menos purificados.” 
“Ao deixar o corpo, a alma retorna ao 
mundo dos Espíritos, de onde havia 
saído, para recomeçar uma nova 
existência material, depois de um 
período mais ou menos longo, durante 
o qual permanece no estado de Espírito 
errante16.” 
“O Espírito deve passar por várias 
encarnações. Disso resulta que todos 
nós tivemos muitas existências e que 
ainda teremos outras que, aos poucos, 
nos aperfeiçoarão, seja na Terra, seja 
em outros mundos.” 
“A encarnação dos Espíritos se dá 
sempre na espécie humana; seria um 
erro acreditar que a alma ou o Espírito 
pudesse encarnar no corpo de um 
animal*.” 
“As diferentes existências corporais do 
Espírito são sempre progressivas e o 
Espírito nunca retrocede, mas o tempo 
necessário para progredir depende dos 
esforços de cada um para chegar à 
perfeição.” 
“As qualidades da alma17, isto é, as 
qualidades morais, são as do Espírito 
que está encarnado em nós; desse 
modo, o homem de bem é a 
encarnação do bom Espírito, e o 
homem perverso a de um Espírito 
impuro.” 
“A alma tinha sua individualidade antes 
de sua encarnação e a conserva depois 
que se separa do corpo.” 
“Na sua reentrada no mundo dos 
Espíritos, a alma reencontra todos 
aqueles que conheceu na Terra e todas 
as suas existências anteriores desfilam 
na sua memória com a lembrança de 
todo o bem e de todo o mal que fez.” 
“O Espírito, quando encarnado, está 
sob a influência da matéria. O homem 
que supera essa influência pela 
elevação e pela depuração de sua alma 
aproxima-se dos bons Espíritos, com os 
quais estará um dia. Aquele que se 
deixa dominar pelas más paixões e 
coloca todas as alegrias da sua 
existência na satisfação dos apetites 
grosseiros se aproxima dos Espíritos 
impuros, porque nele predomina a 
natureza animal.” 
“Os Espíritos encarnados habitam os 
diferentes globos do universo.” 
“Os Espíritos não encarnados ou 
errantes não ocupam uma região 
determinada e localizada, estão por 
todos os lugares no espaço e ao nosso 
lado, vendo-nos numa presença 
contínua. É toda uma população 
invisível que se agita ao nosso redor.” 
“Os Espíritos exercem sobre o mundo 
moral e o mundo físico uma ação 
incessante. Eles agem sobre a matéria e 
o pensamento e constituem uma das 
forças da natureza, causa determinante 
de uma multidão de fenômenos até 
agora inexplicável ou mal explicada e
que apenas encontram esclarecimento 
racional no Espiritismo.” 
“As relações dos Espíritos com os 
homens são constantes. Os bons 
Espíritos nos atraem e estimulam para 
o bem, sustentando-nos nas provações 
da vida e ajudando-nos a suportá-las 
com coragem e resignação. Os maus 
nos sugestionam para o mal; é um 
prazer para eles nos ver fracassar e nos 
assemelharmos a eles.” 
“As comunicações dos Espíritos com os 
homens são ocultas ou ostensivas. As 
comunicações ocultas ocorrem pela 
influência boa ou má que exercem 
sobre nós sem o sabermos; cabe ao 
nosso julgamento discernir as boas das 
más inspirações. As comunicações 
ostensivas ocorrem por meio da escrita, 
da palavra ou outras manifestações 
materiais, muitas vezes por médiuns 
que lhes servem de instrumento.” 
“Os Espíritos se manifestam 
espontaneamente ou por evocação. 
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tanto aqueles que animaram homens 
simples como os de personagens mais 
ilustres, qualquer que seja a época em 
que viveram, os de nossos parentes, 
amigos ou inimigos, e com isso obter, 
por meio das comunicações escritas ou 
verbais, conselhos, ensinamentos sobre 
sua situação depois da morte, seus 
pensamentos a nosso respeito, assim 
como as revelações que lhes são 
permitidas nos fazer.” 
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sua simpatia pela natureza moral do 
ambiente em que são evocados. Os 
Espíritos superiores se satisfazem com 
reuniões sérias em que dominam o 
amor pelo bem e 
o desejo sincero de receber instrução e 
aperfeiçoamento. A sua presença 
afasta os Espíritos inferiores que, caso 
contrário, encontrariam aí livre acesso 
e poderiam agir com toda a liberdade 
entre as pessoas levianas ou guiadas 
somente pela curiosidade. Em todos os 
lugares onde se encontram maus 
instintos, longe de obter bons 
conselhos, ensinamentos úteis, devem-se 
esperar apenas futilidades, mentiras, 
gracejos de mau gosto ou mistificações, 
visto que, frequentemente, eles tomam 
emprestado nomes veneráveis para 
melhor induzir ao erro.” 
“Distinguir os bons dos maus Espíritos é 
extremamente fácil. A linguagem dos 
Espíritos superiores é constantemente 
digna, nobre, repleta da mais alta 
moralidade, livre de toda paixão 
inferior; seus conselhos exaltam a 
sabedoria mais pura e sempre têm por 
objetivo nosso aperfeiçoamento e o 
bem da humanidade. A linguagem dos 
Espíritos inferiores, ao contrário, é 
inconsequente, muitas vezes banal e 
até mesmo grosseira; se por vezes 
dizem coisas boas e verdadeiras, dizem 
na maioria das vezes coisas falsas e 
absurdas por malícia ou por ignorância. 
Zombam da credulidade e se divertem à 
custa daqueles que os interrogam ao 
incentivar a vaidade, alimentando seus 
desejos com falsas esperanças. Em 
resumo, as comunicações sérias, no 
verdadeiro sentido da palavra, apenas 
acontecem nos centros sérios, cujos
membros estão unidos por uma íntima 
comunhão de pensamentos, visando ao 
bem.” 
“A moral dos Espíritos superiores se 
resume, como a de Cristo, neste 
ensinamento evangélico: ‘Fazer aos 
outros o que quereríamos que os outros 
nos fizessem’, ou seja, fazer o bem e 
não o mal. O homem encontra neste 
princípio a regra universal de conduta, 
mesmo para as suas menores ações.” 
“Eles nos ensinam que o egoísmo, o 
orgulho e a sensualidade são paixões 
que nos aproximam da natureza 
animal, prendendo-nos à matéria; que 
o homem que se desliga da matéria já 
neste mundo, desprezando as 
futilidades mundanas e amando o 
próximo, se aproxima da natureza 
espiritual; que cada um de nós deve se 
tornar útil segundo as capacidades e os 
meios que Deus nos colocou nas mãos 
para nos provar; que o forte e o 
poderoso devem apoio e proteção ao 
fraco, pois aquele que abusa de sua 
força e de seu poder para oprimir seu 
semelhante transgride a Lei de Deus. 
Enfim, ensinam que no mundo dos 
Espíritos nada pode ser escondido, o 
hipócrita será desmascarado e todas as 
suas baixezas descobertas; que a 
presença inevitável, em todos os 
instantes, daqueles com quem agimos 
mal é um dos castigos que nos estão 
reservados; que ao estado de 
inferioridade e de superioridade dos 
Espíritos equivalem punições e prazeres 
que desconhecemos na Terra.” 
“Mas também nos ensinam que não há 
faltas imperdoáveis que não possam ser 
apagadas pela expiação. Pela 
reencarnação, nas sucessivas 
existências, mediante os seus esforços e 
desejos de melhoria no caminho do 
progresso, o homem avança sempre e 
alcança a perfeição, que é a sua 
destinação final.” 
Este é o resumo da Doutrina Espírita, 
resultante do ensinamento dado pelos 
Espíritos superiores.
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  • 1. Escola Estadual de Ensino Médio Protásio Alves Espiritismo Aluno: Camila Fernandes Turma: 201 Ensino Religioso Passo Fundo, Agosto de 2014.
  • 2. Introdução Espiritismo, Doutrina espírita ou Kardecismo é a doutrina codificada pelo pedagogo francês Hippolyte Léon Denizard Rivail, usando o pseudônimo Allan Kardec. É uma doutrina que alia ciência, filosofia e religião, buscando a melhor compreensão não apenas do universo tangível (científico), mas também do universo a esse transcendente (religião). A doutrina é baseada em cinco obras básicas, escritas por Kardec, através da observação de fenômenos que o mesmo atribuía a manifestações de inteligências incorpóreas ou imateriais, denominadas espíritos. A codificação espírita está presente em: O Livro dos Espíritos, O Livro dos Médiuns, O Evangelho segundo o Espiritismo, O Céu e o Inferno e A Gênese; somam-se à codificação as chamadas obras "complementares", como O Que é o Espiritismo, Revista Espírita e Obras Póstumas. Define-se como uma doutrina que se trata da "natureza, origem e destino dos espíritos, bem como de suas relações com o mundo corporal e as consequências morais que dela emanam", e fundamenta-se nas manifestações e nos ensinamentos dos espíritos. Também é compreendida como uma doutrina de cunho científico-filosófico voltado para o aperfeiçoamento moral do homem, que acredita na possibilidade de comunicação com os espíritos através de médiuns. A doutrina também é conhecida por influenciar e prover um movimento social de instituições de caridade e saúde, que envolve milhões de pessoas em dezenas de países.
  • 3. História da Doutrina Espirita A Doutrina Espírita, ou Espiritismo, apareceu no cenário terreno no século XIX, por volta do ano de 1850. Suas raízes encontram-se nos princípios do Cristianismo, doutrina implantada por Jesus e seus seguidores, há quase dois mil anos. A Doutrina Espírita é o cumprimento da promessa do Senhor, na qual afirmou que enviaria ao mundo, no devido tempo, um Consolador, O Espírito de Verdade, que relembraria seus ensinamentos e faria novas revelações a respeito dos mistérios da vida. Em um de seus muitos discursos, Jesus disse que não poderia dizer todas as cois as, pois os homens ainda não tinham condições de entendimento para compreendê-las. No tempo certo, enviou o Espiritismo, que retirou o véu dos "mistérios" de Seus ensinamentos e ampliou sobremaneira o campo do conhecimento humano, despertando o Ser para um novo mundo. Nos séculos XVI e XVII, depois que a Reforma Protestante havia libertado a humanidade dos domínios da Igreja, formou-se um clima muito propício à fermentação de ideais renovadores. Foi neste período que se iniciaram as primeiras manifestações de Espíritos, chamando a atenção do homem de então e preparando o terreno para o advento do Consolador. No século XIX, nascia o Espiritismo, considerada a terceira revelação. Com ele vieram as novas lições acerca do sentido da vida, da dor, da justiça e sobre o destino dos homens depois da morte. Allan Kardec afirmou que: "Partindo o Espiritismo das próprias palavras do Cristo, assim como o Cristo partiu de Moisés, é um sequência direta de sua doutrina" - (Revista Espírita, Setembro, 1867).
  • 4. Princípios da Doutrina Espirita  A existência de Deus;  Existência do Espírito, sua sobrevivência após a morte e sua comunicação com o mundo material;  Reencarnação;  Evolução moral e intelectual dos espíritos;  Lei de Causa e Efeito. Podemos observar, então, que alguns desses princípios encontram-se em todas as religiões cristãs. Ou seja, tanto o Catolicismo, como o Protestantismo e suas diversas ramificações, creem em Deus e na existência de alguma forma de uma vida espiritual. Isso, porque Jesus sempre deixou muito claro ambos, falando em suas parábolas e em seus ensinamentos. Mas, por que existe Deus? Se há mundo espiritual, como é a vida lá? E vivendo no mundo espiritual, pode se fazer contato com o mundo material? Vivemos uma só vida? Todos temos a mesma evolução espiritual? O que fazemos de bom ou ruim, recebemos de volta? Estas perguntas que sempre nos atormentaram têm uma explicação racional na Doutrina Espírita. Espiritismo no Mundo Existe Espiritismo fora do Brasil? Sim, existe, é claro, embora que não conte com a mesma força que em nosso país. Dentre alguns lugares se pode citar Bósnia, Canadá, Holanda, Suécia, Japão, Noruega, Itália, França, Venezuela, Argentina e Estados Unidos.
  • 5. Nestes países, assim como em muitos outros, o Espiritismo começa a andar, lenta, porém firmemente e sempre mantendo. Nos Estados Unidos, porém, é onde o Espiritismo caminha com maior vigor e rapidez. Espiritismo no Brasil O crescimento da doutrina espírita no Brasil ganhou novo fôlego, principalmente com o surgimento de uma figura emblemática dessa religião: o médium Francisco Cândido Xavier, o Chico Xavier. Por meio de suas obras psicografadas, passou a popularizar ainda mais o espiritismo. Entre suas obras, podemos destacar “Brasil, Coração do Mundo Pátria do Evangelho”, em que ele narra a intervenção dos espíritos em diferentes acontecimentos da história nacional. Um desdobramento religioso do espiritismo é a umbanda, considerada uma crença de origem brasileira. Mesmo não tendo os mesmos referenciais e práticas do espiritismo kardecista, alguns documentos da Federação Espírita de Umbanda constam a citação de obras do líder francês. As diferenciações entre as duas crenças acabaram gerando um amplo debate no interior das entidades espíritas, que preferiam estabelecer claramente as singularidades da umbanda e do espiritismo. Ao longo do tempo, o espiritismo foi ganhando maior prestígio junto a diferentes classes e instituições. Em contrapartida, muitos dos cultos afro-brasileiros ainda sofreriam bastante com a desconfiança de órgãos de polícia. Um dos itens para explicar a maior aceitação do espiritismo se dá pela sua política assistencialista. A caridade, sendo ponto fundamental do espiritismo, acabou trazendo uma visão positiva sobre essa fé aproximada da razão. Nas últimas décadas, o papel do Brasil frente aos rumos tomados pela doutrina espírita foi notório. Uma das mais interessantes afirmações desse papel central pode ser visto no fato de que pessoas de outras denominações simpatizam com o espiritismo. Talvez com isso possamos compreender o porquê de o Brasil ter maior contingente de praticantes do espiritismo e de denominações apáticas a essa mesma crença.
  • 6. Movimento Espirita O que é? Movimento Espírita é o conjunto das atividades que têm por objetivo estudar, divulgar e praticar a Doutrina Espírita, contida nas obras básicas de Allan Kardec, colocando-a ao alcance e a serviço de toda a Humanidade. As atividades que compõem o Movimento Espírita são realizadas por pessoas, isoladamente ou em conjunto, e por Instituições Espíritas. Quais os Objetivos? Promover o Estudo, a Difusão e a Prática da Doutrina Espírita, procurando manter um constante contato com os Grupos, Centros e Sociedades Espíritas da área territorial, objetivando conhecer suas atividades, suas realidades e suas necessidades. Manter um permanente trabalho de apoio aos Grupos, Centros e Sociedades Espíritas de sua área de ação, procurando colaborar no atendimento a todas as suas atividades e necessidades; Promover e ajudar na criação, na formação e na organização de novos núcleos espíritas, na área de sua responsabilidade; Promover a união dos Grupos, Centros e Sociedades Espíritas e a unificação do Movimento Espírita, em sua área de ação; Promover e realizar reuniões periódicas dos Grupos, Centros e Sociedades Espíritas de sua área de ação, propiciando a troca de informações e experiências relacionadas com suas atividades, bem como a ajuda recíproca e a programação e realização de atividades conjuntas; Promover a união com as outras Entidades e Órgãos que lhe são congêneres de outras áreas territoriais, com vistas à unificação do Movimento Espírita em geral; Promover a realização de cursos, encontros, seminários, reuniões e demais atividades, voltados ao trabalho de apoio ao Centro Espírita, à tarefa de difusão da Doutrina Espírita e às atividades de unificação do Movimento Espírita. Pontos principais do Espiritismo “Deus é eterno, imutável, imaterial, único, todo-poderoso, soberanamente justo e bom.” “Criou o universo, que compreende todos os seres animados e inanimados, materiais e imateriais.” “Os seres materiais constituem o mundo visível ou corporal; os seres imateriais, o mundo invisível ou espírita, ou seja, dos Espíritos.”
  • 7. “O mundo espírita é o mundo normal, primitivo, eterno, preexistindo e sobrevivendo a tudo.” “O mundo corporal é apenas secundário, poderia deixar de existir ou nunca ter existido, sem alterar a essência do mundo espírita.” “Os Espíritos vestem temporariamente um corpo material perecível, cuja destruição pela morte lhes devolve a liberdade.” “Entre as diferentes espécies de seres corporais, Deus escolheu a espécie humana para a encarnação dos Espíritos que atingiram um certo grau de desenvolvimento, o que lhe dá a superioridade moral e intelectual sobre os outros.” “A alma é um Espírito encarnado, sendo o corpo apenas o seu envoltório.” “Há três coisas no homem”: 1ª) o corpo ou ser material semelhante ao dos animais e animado pelo mesmo princípio vital; 2ª) a alma ou ser imaterial, Espírito encarnado no corpo; 3ª) o laço que une a alma ao corpo, princípio intermediário entre a matéria e o Espírito. “Assim, o homem tem duas naturezas: pelo corpo participa da natureza dos animais, dos quais tem os instintos; pela alma participa da natureza dos Espíritos.” “O laço ou períspirito que une o corpo e o Espírito é uma espécie de envoltório semi material. A morte é a destruição do envoltório mais grosseiro. O Espírito conserva o segundo, que constitui para ele um corpo etéreo, invisível para nós no estado normal, mas que pode tornar-se algumas vezes visível e mesmo tangível, como ocorre no fenômeno das aparições.” “O Espírito não é, portanto, um ser abstrato, indefinido, que somente o pensamento pode conceber; é um ser real, definido, que, em alguns casos, pode ser reconhecido, avaliado pelos sentidos da visão, da audição e do tato.” “Os Espíritos pertencem a diferentes classes e não são iguais em poder, inteligência, saber e nem em moralidade. Os da primeira ordem são os Espíritos superiores, que se distinguem dos outros por sua perfeição, seus conhecimentos, sua proximidade de Deus, pela pureza de seus sentimentos e seu amor ao bem: são os anjos ou Espíritos puros. Os das outras classes não atingiram ainda essa perfeição; os das classes inferiores são inclinados à maioria das nossas paixões: ao ódio, à inveja, ao ciúme, ao orgulho, etc. Eles se satisfazem no mal; entre eles há os que não são nem muito bons nem muito maus, são mais trapaceiros e importunos do que maus, a malícia e a irresponsabilidade parecem ser sua diversão: são os Espíritos desajuizados ou levianos.” “Os Espíritos não pertencem perpetuamente à mesma ordem. Todos melhoram ao passar pelos diferentes graus da hierarquia espírita. Esse progresso ocorre pela encarnação, que
  • 8. é imposta a alguns como expiação15 e a outros como missão. A vida material é uma prova que devem suportar várias vezes, até que tenham atingido a perfeição absoluta. É uma espécie de exame severo ou de depuração, de onde saem mais ou menos purificados.” “Ao deixar o corpo, a alma retorna ao mundo dos Espíritos, de onde havia saído, para recomeçar uma nova existência material, depois de um período mais ou menos longo, durante o qual permanece no estado de Espírito errante16.” “O Espírito deve passar por várias encarnações. Disso resulta que todos nós tivemos muitas existências e que ainda teremos outras que, aos poucos, nos aperfeiçoarão, seja na Terra, seja em outros mundos.” “A encarnação dos Espíritos se dá sempre na espécie humana; seria um erro acreditar que a alma ou o Espírito pudesse encarnar no corpo de um animal*.” “As diferentes existências corporais do Espírito são sempre progressivas e o Espírito nunca retrocede, mas o tempo necessário para progredir depende dos esforços de cada um para chegar à perfeição.” “As qualidades da alma17, isto é, as qualidades morais, são as do Espírito que está encarnado em nós; desse modo, o homem de bem é a encarnação do bom Espírito, e o homem perverso a de um Espírito impuro.” “A alma tinha sua individualidade antes de sua encarnação e a conserva depois que se separa do corpo.” “Na sua reentrada no mundo dos Espíritos, a alma reencontra todos aqueles que conheceu na Terra e todas as suas existências anteriores desfilam na sua memória com a lembrança de todo o bem e de todo o mal que fez.” “O Espírito, quando encarnado, está sob a influência da matéria. O homem que supera essa influência pela elevação e pela depuração de sua alma aproxima-se dos bons Espíritos, com os quais estará um dia. Aquele que se deixa dominar pelas más paixões e coloca todas as alegrias da sua existência na satisfação dos apetites grosseiros se aproxima dos Espíritos impuros, porque nele predomina a natureza animal.” “Os Espíritos encarnados habitam os diferentes globos do universo.” “Os Espíritos não encarnados ou errantes não ocupam uma região determinada e localizada, estão por todos os lugares no espaço e ao nosso lado, vendo-nos numa presença contínua. É toda uma população invisível que se agita ao nosso redor.” “Os Espíritos exercem sobre o mundo moral e o mundo físico uma ação incessante. Eles agem sobre a matéria e o pensamento e constituem uma das forças da natureza, causa determinante de uma multidão de fenômenos até agora inexplicável ou mal explicada e
  • 9. que apenas encontram esclarecimento racional no Espiritismo.” “As relações dos Espíritos com os homens são constantes. Os bons Espíritos nos atraem e estimulam para o bem, sustentando-nos nas provações da vida e ajudando-nos a suportá-las com coragem e resignação. Os maus nos sugestionam para o mal; é um prazer para eles nos ver fracassar e nos assemelharmos a eles.” “As comunicações dos Espíritos com os homens são ocultas ou ostensivas. As comunicações ocultas ocorrem pela influência boa ou má que exercem sobre nós sem o sabermos; cabe ao nosso julgamento discernir as boas das más inspirações. As comunicações ostensivas ocorrem por meio da escrita, da palavra ou outras manifestações materiais, muitas vezes por médiuns que lhes servem de instrumento.” “Os Espíritos se manifestam espontaneamente ou por evocação. Podem-se evocar todos os Espíritos, tanto aqueles que animaram homens simples como os de personagens mais ilustres, qualquer que seja a época em que viveram, os de nossos parentes, amigos ou inimigos, e com isso obter, por meio das comunicações escritas ou verbais, conselhos, ensinamentos sobre sua situação depois da morte, seus pensamentos a nosso respeito, assim como as revelações que lhes são permitidas nos fazer.” “Os Espíritos são atraídos em razão de sua simpatia pela natureza moral do ambiente em que são evocados. Os Espíritos superiores se satisfazem com reuniões sérias em que dominam o amor pelo bem e o desejo sincero de receber instrução e aperfeiçoamento. A sua presença afasta os Espíritos inferiores que, caso contrário, encontrariam aí livre acesso e poderiam agir com toda a liberdade entre as pessoas levianas ou guiadas somente pela curiosidade. Em todos os lugares onde se encontram maus instintos, longe de obter bons conselhos, ensinamentos úteis, devem-se esperar apenas futilidades, mentiras, gracejos de mau gosto ou mistificações, visto que, frequentemente, eles tomam emprestado nomes veneráveis para melhor induzir ao erro.” “Distinguir os bons dos maus Espíritos é extremamente fácil. A linguagem dos Espíritos superiores é constantemente digna, nobre, repleta da mais alta moralidade, livre de toda paixão inferior; seus conselhos exaltam a sabedoria mais pura e sempre têm por objetivo nosso aperfeiçoamento e o bem da humanidade. A linguagem dos Espíritos inferiores, ao contrário, é inconsequente, muitas vezes banal e até mesmo grosseira; se por vezes dizem coisas boas e verdadeiras, dizem na maioria das vezes coisas falsas e absurdas por malícia ou por ignorância. Zombam da credulidade e se divertem à custa daqueles que os interrogam ao incentivar a vaidade, alimentando seus desejos com falsas esperanças. Em resumo, as comunicações sérias, no verdadeiro sentido da palavra, apenas acontecem nos centros sérios, cujos
  • 10. membros estão unidos por uma íntima comunhão de pensamentos, visando ao bem.” “A moral dos Espíritos superiores se resume, como a de Cristo, neste ensinamento evangélico: ‘Fazer aos outros o que quereríamos que os outros nos fizessem’, ou seja, fazer o bem e não o mal. O homem encontra neste princípio a regra universal de conduta, mesmo para as suas menores ações.” “Eles nos ensinam que o egoísmo, o orgulho e a sensualidade são paixões que nos aproximam da natureza animal, prendendo-nos à matéria; que o homem que se desliga da matéria já neste mundo, desprezando as futilidades mundanas e amando o próximo, se aproxima da natureza espiritual; que cada um de nós deve se tornar útil segundo as capacidades e os meios que Deus nos colocou nas mãos para nos provar; que o forte e o poderoso devem apoio e proteção ao fraco, pois aquele que abusa de sua força e de seu poder para oprimir seu semelhante transgride a Lei de Deus. Enfim, ensinam que no mundo dos Espíritos nada pode ser escondido, o hipócrita será desmascarado e todas as suas baixezas descobertas; que a presença inevitável, em todos os instantes, daqueles com quem agimos mal é um dos castigos que nos estão reservados; que ao estado de inferioridade e de superioridade dos Espíritos equivalem punições e prazeres que desconhecemos na Terra.” “Mas também nos ensinam que não há faltas imperdoáveis que não possam ser apagadas pela expiação. Pela reencarnação, nas sucessivas existências, mediante os seus esforços e desejos de melhoria no caminho do progresso, o homem avança sempre e alcança a perfeição, que é a sua destinação final.” Este é o resumo da Doutrina Espírita, resultante do ensinamento dado pelos Espíritos superiores.