O documento descreve três espaços observados: (1) Museu das Culturas Dom Bosco, que preserva a cultura dos povos indígenas da região Centro-Oeste do Brasil; (2) Museu de Zoologia da USP, que abriga uma das maiores coleções zoológicas da América Latina; (3) Casa Museu da Pessoa, que preserva histórias de vida de pessoas comuns para valorizar a diversidade cultural.
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IMERSÃO NA VIVÊNCIA PRÁTICA
1. APRESENTAÇÃO DO ESPAÇO OBSERVADO
Nome do espaço
Museu das Culturas Dom Bosco - MCDB/UCDB
Endereço/link da Internet do espaço:
http://www.mcdb.org.br/
http://www.conhecendomuseus.com.br/museus/museu-das-culturas-dom-bosco/
Área de Atuação:
Educação, Etnologia, Mineralogia, Paleontologia e Zoologia.
Público-alvo:
Adultos, jovens e crianças.
Como este espaço atua para a transformação social do contexto na qual está inserida?
Promove atividades como palestras, seminários e oficinas culturais. Possui exposições de longa
duração e temporárias e tem o objetivo de promover educação, desenvolvimento e o lazer de
adultos, jovens e crianças.
Análise dos dados da observação
O Museu das Culturas Dom Bosco inaugurado em 1951 foi idealizado pela Missão Salesiana e
durante anos formou um acervo variado a partir da dedicação dos salesianos e especialistas de
arqueologia, etnologia, mineralogia e paleontologia. Esse espaço está localizado no Parque das
Nações Unidas na cidade de Campo Grande no estado de Mato Grosso do Sul. Esse estado possui
uma grande população de povos indígenas e o Museu Dom Bosco possui uma extensa coleção de
objetos de cultura material indigena, possuindo a maior e mais completa coleção bororo do mundo.
Esse espaço recebe visitas da população e também das escolas promovendo a divulgação científica
e histórica da origem e cultura dos povos indígenas, principalmente da região centro-oeste do Brasil.
O prédio dispõe de recepção, um auditório para 130 pessoas e espaço para exposições temáticas.
Possui rampas de acesso para deficientes físicos e idosos, o que é um diferencial e alguns trabalhos
para alunos surdos e cegos utilizando língua de sinais e escrita braille. O espaço hospeda hoje uma
coleção das mais significativas, elaboradas pelo taxidermista Giovani Magnin, durante as suas
viagens feitas ao pantanal e demais regiões. Possui 40.000 peças divididas entre diferentes áreas
como mineralogia, paleontologia, etnografia, arqueologia e zoologia e mais de 5.000 peças
indígenas de várias culturas como Xavantes, Bororos e outros, além de centenas de aves e
mamíferos do Pantanal embalsamados, milhares de conchas e borboletas de vários continentes,
além de uma enorme coleção de minerais e insetos. Professores que querem realizar uma atividade
com seus alunos nesse espaço podem fazer reservas e terão o acompanhamento de guias que
auxiliam com explicações e apresentação do acervo, assim como a história de cada objeto. Além
disso, o museu também oferece vídeos e apresentações no auditório com intérpretes de libras e áudio
transcrição apresentando o acervo e a história do espaço.
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Fotos do espaço observado1
Guia do museu Modelo de uma oca Cocar
Apresentação dos sinais em
libras dos itens do museu Roupas utilizadas em ritos
Hall de entrada do museu
Parte da coleção Bororo
Parte da coleção de animais Modelo de uma oca
1 Espaço visitado antes da Pandemia (fotos do acervo pessoal).
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2. APRESENTAÇÃO DO ESPAÇO OBSERVADO
Nome do espaço
Museu de Zoologia da USP - MZUSP
Endereço/link da Internet do espaço:
https://mz.usp.br/pt/museu/historia/
Área de Atuação:
Educação, Zoologia, Sistemática, Taxinomia, Animal, Biodiversidade
Público-alvo:
Crianças, Jovens e Adultos
Como este espaço atua para a transformação social do contexto na qual está inserida?
O MZUSP demonstra ter como missão primordial o zelo pela manutenção, integridade e
crescimento de tal patrimônio, assim como engajamento na educação e formação de profissionais,
o que pode ser visto pela disponibilização dos dados relevantes para utilização em pesquisa, além
de uma Biblioteca com mais de 100 mil volumes em estudos sobre biodiversidade, e os acervos
servem como base para a educação formal de graduandos e pós-graduandos de todo o país. Oferece
exposições, palestras, oficinas, mostras e festivais, cursos de extensão gratuitos e programações
especiais, e ainda possibilita a inclusão com visitas direcionadas a pessoas com deficiência visual e
intelectual que incluem a manipulação de objetos e maquetes.
Análise dos dados da observação
O Museu de Zoologia teve seu início na década de 1890 quando diversas coleções formaram o
Museu Paulista. Nos 40 anos seguintes, muitos trabalhos foram desenvolvidos com o auxílio das
crescentes coleções zoológicas, botânicas, etnográficas e históricas abrigadas no Museu Paulista.
Em 1969, o museu passou a fazer parte da Universidade de São Paulo e recebeu seu nome atual.
Atualmente,, o Museu de Zoologia é detentor de um dos maiores acervos zoológicos da América
Latina e cumpre um papel crucial no desenvolvimento do conhecimento acerca da biodiversidade
brasileira e global, tendo sido a primeira instituição brasileira a ser reconhecida como fiel
depositária pelo Conselho de Gestão do Patrimônio Genético (Ministério do Meio Ambiente). Com
mais de 10 milhões de exemplares preservados, guarda testemunhos únicos sobre espécies e
ecossistemas, alguns hoje extintos. Esse patrimônio é fonte de dados importantes em biologia
evolutiva, paleontologia, ecologia, e biologia molecular. Por sua vez, essa informação é utilizada
em estudos de monitoramento ambiental, mudanças climáticas e bioprospecção, temas de grande
relevância no momento atual. O MZUSP tem como principal atividade compreender padrões e
processos da Biodiversidade brasileira. O museu abriga cerca de 20% de toda a biodiversidade do
planeta, sendo guardião de uma das maiores coleções da nossa fauna brasileira. O museu oferece
inúmeras exposições em biodiversidade, além de palestras, oficinas com opções de atividades para
todos os públicos de diversas faixas etárias, mostras e festivais, cursos de extensão e algumas
programações especiais, como USP e profissões, semana nacional de ciência e tecnologia e
primavera dos museus. O Museu de Zoologia também tem engajamento efetivo na formação de
zoólogos, pois os seus acervos servem como base para a educação formal de graduandos e pós-
graduandos de todo o país, para a formação e desenvolvimento de pesquisa e educação em zoologia.
Possui também uma biblioteca que assegura um grande número de recursos e serviços diferenciados
para a formação e desenvolvimento da pesquisa em zoologia. As visitas podem ser orientadas,
livres ou virtuais. A visita virtual é muito interessante, uma vez que possibilita a visualização 360º
de todo o acervo do museu, com direito a trilha sonora, sendo possível comandar a direção e assim
olhar o museu pelo ângulo que se deseja, além de disponibilizar de um ícone explicativo para cada
amostra.
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Visita virtual
Oficina com interação animal
Visitas às exposições Visitas orientadas
Visitas às coleções Visitas direcionadas à pessoas com deficiência
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3. APRESENTAÇÃO DO ESPAÇO OBSERVADO E SELECIONADO
Nome do espaço
Casa Museu da Pessoa
Endereço/link da Internet do espaço:
https://museudapessoa.org/
Área de Atuação:
Educação, memória, diversidade e pesquisa.
Público-alvo:
Adultos, jovens e crianças.
Como este espaço atua para a transformação social do contexto na qual está inserida?
O Museu da pessoa desde sua origem tem como objetivo registrar, preservar e transformar em
informação histórias de vida de toda e qualquer pessoa da sociedade. Seu principal papel é
disseminar e valorizar a cultura popular, através das histórias de vida das pessoas.
Análise dos dados da observação
O Museu da Pessoa fica na Rua Natingui, 110, Vila Madalena - São Paulo. Foi fundado em
1991, e apesar de não haver internet naquela época, o formato de preservação em base digital (CD-
roms multimídia) o transformou no primeiro 'museu virtual' brasileiro conhecido.
Apesar de normalmente ter as atividades físicas e online, desde o início da pandemia ele está
fechado, tendo hoje somente as atividades online. Mesmo quando havia visitas físicas os acervos lá
são virtuais, portanto a experiência foi muito igual à que seria antes da pandemia. Ele é um museu
virtual, aberto e colaborativo que transforma histórias de vida em fonte de conhecimento,
compreensão e conexão entre pessoas e povos.
Minha visita foi virtual, e o impacto que tive foi fortíssimo. Quando vi o nome do museu, pensei,
todo museu é da pessoa, as obras que ali estão, foram feitas por pessoas. Através da arte, as pessoas
contam a sua história e do seu tempo. O grande diferencial do Museu da Pessoa é que as obras de
arte ali expostas são as histórias de vida de pessoas, que sendo comuns, são extraordinárias. Foi
incrível ouvir histórias de um determinado tempo passado, me deu uma compreensão muito mais
empática daquele momento.
O Museu da Pessoa acredita que valorizar a diversidade cultural e a história de cada pessoa como
patrimônio da humanidade é contribuir para a construção de uma cultura de paz.
No site podemos ouvir histórias de pessoas aleatórias (a busca pode ser feita por coleções, histórias,
pessoas, imagens e vídeos) ou ainda ver uma exposição. São muitos disponíveis. Eu vi “Amigos do
Vlado”. Através dos depoimentos mergulhamos na história de Vladimir Herzog. É possível
perdermos a noção do tempo e passar horas neste museu.
Fotos referentes visita virtual
Obra artística composta 100% por materiais
recicláveis
Detalhe da fachada - Uma intervenção artística
composta 100% por materiais recicláveis
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Sala do Museu da Pessoa
Foto de uma das pessoas com a história
registrada
Foto de uma das pessoas com a história
registrada Foto de uma das pessoas com a história
registrada
Foto de Vladimir Herzog - Presente na
Exposição “Amigos do Vlado”
Vídeo de Paulo Freire da exposição Idade do
Pensar