SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 17
A CONSULTA EM 7 PASSOSA CONSULTA EM 7 PASSOS
A Consulta em 7 passos
CONSULTA = Atividade principal do médico da família.
• É um processo com antecedentes, princípio, meio, fim e
conseqüências;
Fases e passos da consulta
• A consulta é composta por 3 fases e 7 passos;
• FASE INICIAL = preparação e primeiros minutos com 2
passos.
1. Preparação: Revê a situação do médico, consultório
e do próximo paciente;
2. Primeiros minutos: Acolhimento do paciente e
detecção de indícios físicos e emocionais.
• FASE INTERMEDIÁRIA = Exploração, avaliação e
plano.
3. Exploração: Recolhe, analiza e cotextualiza dados.
4. Avaliação: Interpreta, estabelece diagnósticos e
prognósticos.
5. Plano: Planejamento de cuidados.
Fases e passos da consulta
• FASE FINAL = Encerramento e reflexão final.
6. Encerramento: Revê os planos, verifica as dúvidas e
despede-se do paciente.
7. Reflexão e notas finais: Reflexão crítica sobre o que
passou.
Fases e passos da consulta
Modelo clínico integrado
• A consulta em 7 passos é um método clínico centrado na pessoa;
• Centra-se na singularidade de cada indivíduo;
• Facilita a compreensão do doente e direciona a consulta,
fortalecendo a capacidade de discussão conjunta frente aos
problemas;
• Abordagem biomédica, psicossocial centrada na pessoa, atenta ao
médico e relação médico-doente.
PASSO 1 – PREPARAÇÃO DA CONSULTA
• “O começo é a parte mais importante de qualquer
trabalho” Platão
• Começar bem uma consulta significa prepará-la
cuidadosamente.
• Como eu, médico, estou? Forças e fraquezas...
• Consultar o que há sobre o paciente
• Avaliar as condições do ambiente
PASSO 2 – OS PRIMEIROS MINUTOS
• Acolhimento, primeiro contato, cumprimento
• É neste passo que começa a preparar-se um clima terapêutico
e onde se clarificam e acordam os problemas a abordar na
consulta.
• Primeiras impressões são muito importantes.
• A pergunta-chave deste passo é: Por que é que este doente
veio consultar-me hoje?
• Os principais objetivos deste passo são:
a)Abrir a consulta e o processo de comunicação;
b)Captar eventuais indícios de algo latente;
c)Preparar a criação de uma relação terapêutica;
d)Esclarecer os motivos de consulta mais importante;
e)Acordar os problemas a abordar na consulta – estabelecer a
ordem de trabalhos da consulta, para que ambos saibam o que
há para abordar, podendo verificar o que foi feito e o que falta
fazer.
PASSO 2 – OS PRIMEIROS MINUTOS
PASSO 3 - EXPLORAÇÃO
• Neste passo procede-se à recolha, análise e contextualização de
dados e de informações subjetiva e objetiva quer biomédica quer
psicossociocultural, através da condução criteriosa da anamnese e
da realização do exame objetivo.
• Anamnese, exame objetivo e contextualização
• Procurar apreender, sem modificar, a história do paciente
• Os principais objetivos deste passo são:
a) Obter uma anamnese adequada tendo em conta os motivos, as
expectativas e a agenda acordada para esta consulta;
b) Realizar o exame objetivo adequado a caracterização dos problemas
em estudo;
c) Testar hipóteses;
d) Complementar e contextualizar a informação colhidos pra, tendo
em conta as dimensões biomédicas e psicossociocultural do paciente
e dos problemas abordados;
e) Integrar e resumir os dados e a informação recolhidos.
PASSO 3 - EXPLORAÇÃO
PASSO 4 - AVALIAÇÃO
1) Racionalidade técnico-científica da abordagem médica.
chegar ao diagnóstico
2) Discorrer sobre o diagnóstico feito, ou seja:
Questionar
Explicar
Previsão/prognóstico
Impacto da doença
paciente
PASSO 5 – PLANO DE CUIDADOS
• Formular propostas de tratamento;
• Chegar a um acordo sobre o plano de tratamento;
• Propor medidas de prevenção.
• Comprometer o paciente:
Participação do paciente
Envolvimento do paciente
Objetivos e metas do paciente
Responsabilização do paciente
Com o tratamento
PASSO 6 – ENCERRAMENTO DA
CONSULTA
• “Serve para verificar se tudo ocorreu como desejado e se é oportuno
encerrar a consulta, se está tudo ok tanto para o medico como para o
paciente”.
• Neste momento, é importante perceber se o paciente obteve a resposta de
suas dúvidas, se a orientação de conduta indicada pelo médico ficou bem
entendida pelo seu paciente, independente do seu nível cultural.
• Tentar enxergar nas entrelinhas da relação medico e paciente, a satisfação
do seu paciente e suas expectativas. Precisamos ser persuasivos nesse
momento e também cordiais ao percebermos que é o momento de encerrar
formalmente a consulta.
PASSO 7 – REFLEXÃO E NOTAS FINAIS
• Momento que o médico precisa estar sozinho. Hora de atender as
suas necessidades formais para preenchimento dos registros no
prontuário do paciente;
• Também é hora do médico fazer uma auto avaliação da consulta.
Checar a coerência entre a queixa do paciente, o comportamento e a
conduta do médico frente a carência apresentada pelo paciente.
• Limpeza mental, cognitiva e descontaminação emocional para a
próxima consulta. Ter sempre presente que pode-se melhorar!
Considerações finais
• A consulta em 7 passos é uma forma de aprender a conduzir bem
uma consulta. Discutindo e treinando desde já, chega-se próximo do
padrão " consulta ideal“;
• Saber falar e saber ouvir é um grande desafio, muitas vezes maior do
que chegar ao diagnostico clinico;
• O bom senso leva a dar crédito as queixas do paciente sem
minimizá-las, porem mantendo o foco sem grandes desvios para não
faltar objetividade;
• O paciente na maioria das vezes vai consultar por alguma
carência, e na maior parte das vezes é afetiva. A sua queixa
clínica é a simbolização na prática de uma queixa psicossocial
da sua própria angústia;
• O paciente precisa ser olhado para se sentir confiante e
acreditado;
• E o médico por sua vez, precisa da valorização do paciente.
Considerações finais

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Exame físico do Tórax
Exame físico do TóraxExame físico do Tórax
Exame físico do Tóraxpauloalambert
 
Hipertensão arterial sistêmica
Hipertensão arterial sistêmicaHipertensão arterial sistêmica
Hipertensão arterial sistêmicaj2012p
 
Determinantes em saude
Determinantes em saudeDeterminantes em saude
Determinantes em saudeRica Cane
 
Pnab -programa nacional da Atenção básica
Pnab -programa nacional da Atenção básicaPnab -programa nacional da Atenção básica
Pnab -programa nacional da Atenção básicaJarquineide Silva
 
Diagnósticos de Enfermagem: Uso das Taxonomias (NANDA, NIC, NOC e CIPE)
Diagnósticos de Enfermagem: Uso das Taxonomias (NANDA, NIC, NOC e CIPE)Diagnósticos de Enfermagem: Uso das Taxonomias (NANDA, NIC, NOC e CIPE)
Diagnósticos de Enfermagem: Uso das Taxonomias (NANDA, NIC, NOC e CIPE)resenfe2013
 
Choque
ChoqueChoque
Choquedapab
 
Gasometria arterial
Gasometria arterialGasometria arterial
Gasometria arterialresenfe2013
 
Desenvolvimentos dos reflexos
Desenvolvimentos dos reflexosDesenvolvimentos dos reflexos
Desenvolvimentos dos reflexosbecresforte
 
2015 - Escala de Risco Familiar de Coelho e Savassi e o e-SUS
2015 - Escala de Risco Familiar de Coelho e Savassi e o e-SUS2015 - Escala de Risco Familiar de Coelho e Savassi e o e-SUS
2015 - Escala de Risco Familiar de Coelho e Savassi e o e-SUSLeonardo Savassi
 
Gasometria Arterial
Gasometria ArterialGasometria Arterial
Gasometria Arterialresenfe2013
 
Caso clínico Febre Reumática
Caso clínico Febre ReumáticaCaso clínico Febre Reumática
Caso clínico Febre Reumáticaresenfe2013
 
2a Aula Diagnóstico de Enfermagem - 04_12_19.pptx
2a Aula Diagnóstico de Enfermagem - 04_12_19.pptx2a Aula Diagnóstico de Enfermagem - 04_12_19.pptx
2a Aula Diagnóstico de Enfermagem - 04_12_19.pptxSocorro Carneiro
 
Exame fisico geral 2020
Exame fisico geral 2020Exame fisico geral 2020
Exame fisico geral 2020pauloalambert
 
Erros de medicação definições e estratégias de prevenção - COREN
Erros de medicação   definições e estratégias de prevenção - CORENErros de medicação   definições e estratégias de prevenção - COREN
Erros de medicação definições e estratégias de prevenção - CORENLetícia Spina Tapia
 

Mais procurados (20)

Prevenção Quaternária - Sobrediagnóstico
Prevenção Quaternária - SobrediagnósticoPrevenção Quaternária - Sobrediagnóstico
Prevenção Quaternária - Sobrediagnóstico
 
Exame físico do Tórax
Exame físico do TóraxExame físico do Tórax
Exame físico do Tórax
 
Exame Físico do RN
Exame Físico do RNExame Físico do RN
Exame Físico do RN
 
Hipertensão arterial sistêmica
Hipertensão arterial sistêmicaHipertensão arterial sistêmica
Hipertensão arterial sistêmica
 
Determinantes em saude
Determinantes em saudeDeterminantes em saude
Determinantes em saude
 
Pnab -programa nacional da Atenção básica
Pnab -programa nacional da Atenção básicaPnab -programa nacional da Atenção básica
Pnab -programa nacional da Atenção básica
 
Diagnósticos de Enfermagem: Uso das Taxonomias (NANDA, NIC, NOC e CIPE)
Diagnósticos de Enfermagem: Uso das Taxonomias (NANDA, NIC, NOC e CIPE)Diagnósticos de Enfermagem: Uso das Taxonomias (NANDA, NIC, NOC e CIPE)
Diagnósticos de Enfermagem: Uso das Taxonomias (NANDA, NIC, NOC e CIPE)
 
Choque
ChoqueChoque
Choque
 
Aula Introdutória de Saúde Coletiva
Aula Introdutória de Saúde ColetivaAula Introdutória de Saúde Coletiva
Aula Introdutória de Saúde Coletiva
 
Gasometria arterial
Gasometria arterialGasometria arterial
Gasometria arterial
 
Conduta fisioterapêutica na trombose venosa profunda (TVP)
Conduta fisioterapêutica na trombose venosa profunda (TVP)Conduta fisioterapêutica na trombose venosa profunda (TVP)
Conduta fisioterapêutica na trombose venosa profunda (TVP)
 
Desenvolvimentos dos reflexos
Desenvolvimentos dos reflexosDesenvolvimentos dos reflexos
Desenvolvimentos dos reflexos
 
2015 - Escala de Risco Familiar de Coelho e Savassi e o e-SUS
2015 - Escala de Risco Familiar de Coelho e Savassi e o e-SUS2015 - Escala de Risco Familiar de Coelho e Savassi e o e-SUS
2015 - Escala de Risco Familiar de Coelho e Savassi e o e-SUS
 
Gasometria Arterial
Gasometria ArterialGasometria Arterial
Gasometria Arterial
 
Promoção e prevenção
Promoção e prevençãoPromoção e prevenção
Promoção e prevenção
 
Processo saúde doença
Processo saúde doençaProcesso saúde doença
Processo saúde doença
 
Caso clínico Febre Reumática
Caso clínico Febre ReumáticaCaso clínico Febre Reumática
Caso clínico Febre Reumática
 
2a Aula Diagnóstico de Enfermagem - 04_12_19.pptx
2a Aula Diagnóstico de Enfermagem - 04_12_19.pptx2a Aula Diagnóstico de Enfermagem - 04_12_19.pptx
2a Aula Diagnóstico de Enfermagem - 04_12_19.pptx
 
Exame fisico geral 2020
Exame fisico geral 2020Exame fisico geral 2020
Exame fisico geral 2020
 
Erros de medicação definições e estratégias de prevenção - COREN
Erros de medicação   definições e estratégias de prevenção - CORENErros de medicação   definições e estratégias de prevenção - COREN
Erros de medicação definições e estratégias de prevenção - COREN
 

Destaque

Consulta MéDica O Que Você Deve Saber Perguntar1
Consulta MéDica   O Que Você Deve Saber Perguntar1Consulta MéDica   O Que Você Deve Saber Perguntar1
Consulta MéDica O Que Você Deve Saber Perguntar1chirlei ferreira
 
Consulta
ConsultaConsulta
Consultamireya
 
27 consulta orientada pelo problema - meu prontuario
27   consulta orientada pelo problema  - meu prontuario27   consulta orientada pelo problema  - meu prontuario
27 consulta orientada pelo problema - meu prontuarioLeonardo Alves
 
Formulario historia medica
Formulario historia medicaFormulario historia medica
Formulario historia medicaevelynecopetrol
 
Consulta rápida (usando modelos)
Consulta rápida (usando modelos)Consulta rápida (usando modelos)
Consulta rápida (usando modelos)Leonardo Alves
 
Caso de reabsorción fórum rpc
Caso de reabsorción fórum rpcCaso de reabsorción fórum rpc
Caso de reabsorción fórum rpcSérgio Quaresma
 
Ambulatório
AmbulatórioAmbulatório
AmbulatórioSTI
 
Conceitos básicos, linguagem de consulta e álgebra
Conceitos básicos, linguagem de consulta e álgebraConceitos básicos, linguagem de consulta e álgebra
Conceitos básicos, linguagem de consulta e álgebraproseando
 
Manual de Psicologia Hospitalar
Manual de Psicologia HospitalarManual de Psicologia Hospitalar
Manual de Psicologia HospitalarMaylu Souza
 
Consultar um dicionário
Consultar um dicionárioConsultar um dicionário
Consultar um dicionárioBescas
 
Consulta Enfermagem Doente Respiratório
Consulta Enfermagem Doente RespiratórioConsulta Enfermagem Doente Respiratório
Consulta Enfermagem Doente RespiratórioBelmiro Rocha
 
Cultura e interacao paciente-profissional
Cultura e interacao paciente-profissionalCultura e interacao paciente-profissional
Cultura e interacao paciente-profissionalLuís Fernando Tófoli
 
Gocs trabalho
Gocs trabalhoGocs trabalho
Gocs trabalhoRui Alves
 
Clínica Médica II (parte 1)
Clínica Médica II (parte 1)Clínica Médica II (parte 1)
Clínica Médica II (parte 1)Will Nunes
 
Acreditação Hospitalar
Acreditação HospitalarAcreditação Hospitalar
Acreditação HospitalarDenise Selegato
 

Destaque (20)

Tecnica_5As_U3M1
Tecnica_5As_U3M1Tecnica_5As_U3M1
Tecnica_5As_U3M1
 
Consulta MéDica O Que Você Deve Saber Perguntar1
Consulta MéDica   O Que Você Deve Saber Perguntar1Consulta MéDica   O Que Você Deve Saber Perguntar1
Consulta MéDica O Que Você Deve Saber Perguntar1
 
Clínica Médica l
Clínica Médica lClínica Médica l
Clínica Médica l
 
Motivo de consulta
Motivo de consultaMotivo de consulta
Motivo de consulta
 
Consulta médica
Consulta médicaConsulta médica
Consulta médica
 
Consulta
ConsultaConsulta
Consulta
 
27 consulta orientada pelo problema - meu prontuario
27   consulta orientada pelo problema  - meu prontuario27   consulta orientada pelo problema  - meu prontuario
27 consulta orientada pelo problema - meu prontuario
 
Formulario historia medica
Formulario historia medicaFormulario historia medica
Formulario historia medica
 
Consulta rápida (usando modelos)
Consulta rápida (usando modelos)Consulta rápida (usando modelos)
Consulta rápida (usando modelos)
 
Caso de reabsorción fórum rpc
Caso de reabsorción fórum rpcCaso de reabsorción fórum rpc
Caso de reabsorción fórum rpc
 
Ambulatório
AmbulatórioAmbulatório
Ambulatório
 
Conceitos básicos, linguagem de consulta e álgebra
Conceitos básicos, linguagem de consulta e álgebraConceitos básicos, linguagem de consulta e álgebra
Conceitos básicos, linguagem de consulta e álgebra
 
Manual de Psicologia Hospitalar
Manual de Psicologia HospitalarManual de Psicologia Hospitalar
Manual de Psicologia Hospitalar
 
Consultar um dicionário
Consultar um dicionárioConsultar um dicionário
Consultar um dicionário
 
Consulta Enfermagem Doente Respiratório
Consulta Enfermagem Doente RespiratórioConsulta Enfermagem Doente Respiratório
Consulta Enfermagem Doente Respiratório
 
Cultura e interacao paciente-profissional
Cultura e interacao paciente-profissionalCultura e interacao paciente-profissional
Cultura e interacao paciente-profissional
 
Gocs trabalho
Gocs trabalhoGocs trabalho
Gocs trabalho
 
Clínica Médica II (parte 1)
Clínica Médica II (parte 1)Clínica Médica II (parte 1)
Clínica Médica II (parte 1)
 
Acreditação Hospitalar
Acreditação HospitalarAcreditação Hospitalar
Acreditação Hospitalar
 
Abordagem Centrada na Pessoa
Abordagem Centrada na PessoaAbordagem Centrada na Pessoa
Abordagem Centrada na Pessoa
 

Semelhante a A consulta em 7 passos trabalho de alunos

Processo de enfermagem 2015
Processo de enfermagem 2015Processo de enfermagem 2015
Processo de enfermagem 2015Ellen Priscilla
 
Como Melhorar o Atendimento da Primeira Consulta na sua Clínica Odontológica.pdf
Como Melhorar o Atendimento da Primeira Consulta na sua Clínica Odontológica.pdfComo Melhorar o Atendimento da Primeira Consulta na sua Clínica Odontológica.pdf
Como Melhorar o Atendimento da Primeira Consulta na sua Clínica Odontológica.pdfSenior Consultoria em Gestão e Marketing
 
Passos do Processo Psicodiagnóstico.ppt
Passos do Processo Psicodiagnóstico.pptPassos do Processo Psicodiagnóstico.ppt
Passos do Processo Psicodiagnóstico.pptGernciaCRP15
 
Guia Calgary-Cambridge.pdf - comunicação e entrevistar médica
Guia Calgary-Cambridge.pdf -  comunicação e entrevistar médicaGuia Calgary-Cambridge.pdf -  comunicação e entrevistar médica
Guia Calgary-Cambridge.pdf - comunicação e entrevistar médicaCristianoNogueira19
 
Instrumento de avaliacao_da_consulta_farmaceutica_novo
Instrumento de avaliacao_da_consulta_farmaceutica_novoInstrumento de avaliacao_da_consulta_farmaceutica_novo
Instrumento de avaliacao_da_consulta_farmaceutica_novoLAFARCLIN UFPB
 
Psicoterapia orientações aos psicoterapeutas
Psicoterapia orientações aos psicoterapeutasPsicoterapia orientações aos psicoterapeutas
Psicoterapia orientações aos psicoterapeutasMarcelo da Rocha Carvalho
 
I Forum de residência médica em urologia
I Forum de residência médica em urologiaI Forum de residência médica em urologia
I Forum de residência médica em urologiaUrovideo.org
 
I forum urologia[1]
I forum urologia[1]I forum urologia[1]
I forum urologia[1]Urovideo.org
 
Aula 1.1 introdução à sistematização do cuidado ii
Aula 1.1  introdução à sistematização do cuidado iiAula 1.1  introdução à sistematização do cuidado ii
Aula 1.1 introdução à sistematização do cuidado iibrigidasilva98
 
GUIA-DO-INTERNATO.pdf
GUIA-DO-INTERNATO.pdfGUIA-DO-INTERNATO.pdf
GUIA-DO-INTERNATO.pdfssuser1c7b51
 
Aula+-+Estrutura+do+tratamento.pdf
Aula+-+Estrutura+do+tratamento.pdfAula+-+Estrutura+do+tratamento.pdf
Aula+-+Estrutura+do+tratamento.pdfJulianamarciafonseca
 
Esquema da Consulta Médica copy.pdf Calgary
Esquema da Consulta Médica copy.pdf CalgaryEsquema da Consulta Médica copy.pdf Calgary
Esquema da Consulta Médica copy.pdf CalgaryCristianoNogueira19
 

Semelhante a A consulta em 7 passos trabalho de alunos (20)

Processo de enfermagem 2015
Processo de enfermagem 2015Processo de enfermagem 2015
Processo de enfermagem 2015
 
Sae
SaeSae
Sae
 
Sae
SaeSae
Sae
 
Método Clínico Centrado na Pessoa Registro Clínico – RCOP SOAP - CIAP
Método Clínico Centrado na Pessoa Registro Clínico – RCOP SOAP - CIAPMétodo Clínico Centrado na Pessoa Registro Clínico – RCOP SOAP - CIAP
Método Clínico Centrado na Pessoa Registro Clínico – RCOP SOAP - CIAP
 
Como Melhorar o Atendimento da Primeira Consulta na sua Clínica Odontológica.pdf
Como Melhorar o Atendimento da Primeira Consulta na sua Clínica Odontológica.pdfComo Melhorar o Atendimento da Primeira Consulta na sua Clínica Odontológica.pdf
Como Melhorar o Atendimento da Primeira Consulta na sua Clínica Odontológica.pdf
 
Passos do Processo Psicodiagnóstico.ppt
Passos do Processo Psicodiagnóstico.pptPassos do Processo Psicodiagnóstico.ppt
Passos do Processo Psicodiagnóstico.ppt
 
Núcleo de Enfermagem Baseado em Evidências
Núcleo de Enfermagem Baseado em EvidênciasNúcleo de Enfermagem Baseado em Evidências
Núcleo de Enfermagem Baseado em Evidências
 
Guia Calgary-Cambridge.pdf - comunicação e entrevistar médica
Guia Calgary-Cambridge.pdf -  comunicação e entrevistar médicaGuia Calgary-Cambridge.pdf -  comunicação e entrevistar médica
Guia Calgary-Cambridge.pdf - comunicação e entrevistar médica
 
Instrumento de avaliacao_da_consulta_farmaceutica_novo
Instrumento de avaliacao_da_consulta_farmaceutica_novoInstrumento de avaliacao_da_consulta_farmaceutica_novo
Instrumento de avaliacao_da_consulta_farmaceutica_novo
 
Psicoterapia orientações aos psicoterapeutas
Psicoterapia orientações aos psicoterapeutasPsicoterapia orientações aos psicoterapeutas
Psicoterapia orientações aos psicoterapeutas
 
I Forum de residência médica em urologia
I Forum de residência médica em urologiaI Forum de residência médica em urologia
I Forum de residência médica em urologia
 
I forum urologia[1]
I forum urologia[1]I forum urologia[1]
I forum urologia[1]
 
Aula 1.1 introdução à sistematização do cuidado ii
Aula 1.1  introdução à sistematização do cuidado iiAula 1.1  introdução à sistematização do cuidado ii
Aula 1.1 introdução à sistematização do cuidado ii
 
Roteiro Profissional para a Primeira Consulta Odontológica.pdf
Roteiro Profissional para a Primeira Consulta Odontológica.pdfRoteiro Profissional para a Primeira Consulta Odontológica.pdf
Roteiro Profissional para a Primeira Consulta Odontológica.pdf
 
SAE 1.pptx
SAE 1.pptxSAE 1.pptx
SAE 1.pptx
 
GUIA-DO-INTERNATO.pdf
GUIA-DO-INTERNATO.pdfGUIA-DO-INTERNATO.pdf
GUIA-DO-INTERNATO.pdf
 
PBI 2014
PBI 2014PBI 2014
PBI 2014
 
Abordadem_centrada_pessoa
Abordadem_centrada_pessoaAbordadem_centrada_pessoa
Abordadem_centrada_pessoa
 
Aula+-+Estrutura+do+tratamento.pdf
Aula+-+Estrutura+do+tratamento.pdfAula+-+Estrutura+do+tratamento.pdf
Aula+-+Estrutura+do+tratamento.pdf
 
Esquema da Consulta Médica copy.pdf Calgary
Esquema da Consulta Médica copy.pdf CalgaryEsquema da Consulta Médica copy.pdf Calgary
Esquema da Consulta Médica copy.pdf Calgary
 

Último

PSICOLOGIA E SAÚDE COLETIVA ( Necessidade do Psicólogo na Atenção Básica).pptx
PSICOLOGIA E SAÚDE COLETIVA ( Necessidade do Psicólogo na Atenção Básica).pptxPSICOLOGIA E SAÚDE COLETIVA ( Necessidade do Psicólogo na Atenção Básica).pptx
PSICOLOGIA E SAÚDE COLETIVA ( Necessidade do Psicólogo na Atenção Básica).pptxkassiasilva1571
 
Aloimunizaçǎo ao Fator RH em Obstetrícia
Aloimunizaçǎo ao Fator RH em ObstetríciaAloimunizaçǎo ao Fator RH em Obstetrícia
Aloimunizaçǎo ao Fator RH em ObstetríciaJoyceDamasio2
 
 As vacinas pertencem a um dos grupos de produtos biológicos com excelente p...
	As vacinas pertencem a um dos grupos de produtos biológicos com excelente p...	As vacinas pertencem a um dos grupos de produtos biológicos com excelente p...
 As vacinas pertencem a um dos grupos de produtos biológicos com excelente p...SileneMaria2
 
Caderno de Exercícios Autoestima e Emoções.pdf
Caderno de Exercícios Autoestima e Emoções.pdfCaderno de Exercícios Autoestima e Emoções.pdf
Caderno de Exercícios Autoestima e Emoções.pdfpamelapsiborges
 
Dengue no Brasil 2024 treinamento DDS pptx
Dengue no Brasil 2024 treinamento DDS pptxDengue no Brasil 2024 treinamento DDS pptx
Dengue no Brasil 2024 treinamento DDS pptxrafaelacushman21
 
CATALOGO_LOTI_LORD_OF_THE_ICE-RUI-UNAS_TENSAI INDÚSTRIA
CATALOGO_LOTI_LORD_OF_THE_ICE-RUI-UNAS_TENSAI INDÚSTRIACATALOGO_LOTI_LORD_OF_THE_ICE-RUI-UNAS_TENSAI INDÚSTRIA
CATALOGO_LOTI_LORD_OF_THE_ICE-RUI-UNAS_TENSAI INDÚSTRIATensai Indústria, SA
 
Segurança Viária e Transporte de Passageiros em Motocicleta em Quatro Capit...
Segurança Viária e Transporte de Passageiros em Motocicleta em Quatro Capit...Segurança Viária e Transporte de Passageiros em Motocicleta em Quatro Capit...
Segurança Viária e Transporte de Passageiros em Motocicleta em Quatro Capit...FranciscaDamas3
 
Aula 1 Anatomia INTRODUÇÃO SISTEMA ESQUELETICO
Aula 1 Anatomia  INTRODUÇÃO SISTEMA ESQUELETICOAula 1 Anatomia  INTRODUÇÃO SISTEMA ESQUELETICO
Aula 1 Anatomia INTRODUÇÃO SISTEMA ESQUELETICOuedamm2019
 
Apresentação sobre doenças transmissíveis
Apresentação sobre doenças transmissíveisApresentação sobre doenças transmissíveis
Apresentação sobre doenças transmissíveisJoyceNogueira11
 
Treinamento rápido de NR 06 USO CORRETO DE EPI.pptx
Treinamento rápido de NR 06 USO CORRETO DE EPI.pptxTreinamento rápido de NR 06 USO CORRETO DE EPI.pptx
Treinamento rápido de NR 06 USO CORRETO DE EPI.pptxAlexsandroRocha22
 

Último (10)

PSICOLOGIA E SAÚDE COLETIVA ( Necessidade do Psicólogo na Atenção Básica).pptx
PSICOLOGIA E SAÚDE COLETIVA ( Necessidade do Psicólogo na Atenção Básica).pptxPSICOLOGIA E SAÚDE COLETIVA ( Necessidade do Psicólogo na Atenção Básica).pptx
PSICOLOGIA E SAÚDE COLETIVA ( Necessidade do Psicólogo na Atenção Básica).pptx
 
Aloimunizaçǎo ao Fator RH em Obstetrícia
Aloimunizaçǎo ao Fator RH em ObstetríciaAloimunizaçǎo ao Fator RH em Obstetrícia
Aloimunizaçǎo ao Fator RH em Obstetrícia
 
 As vacinas pertencem a um dos grupos de produtos biológicos com excelente p...
	As vacinas pertencem a um dos grupos de produtos biológicos com excelente p...	As vacinas pertencem a um dos grupos de produtos biológicos com excelente p...
 As vacinas pertencem a um dos grupos de produtos biológicos com excelente p...
 
Caderno de Exercícios Autoestima e Emoções.pdf
Caderno de Exercícios Autoestima e Emoções.pdfCaderno de Exercícios Autoestima e Emoções.pdf
Caderno de Exercícios Autoestima e Emoções.pdf
 
Dengue no Brasil 2024 treinamento DDS pptx
Dengue no Brasil 2024 treinamento DDS pptxDengue no Brasil 2024 treinamento DDS pptx
Dengue no Brasil 2024 treinamento DDS pptx
 
CATALOGO_LOTI_LORD_OF_THE_ICE-RUI-UNAS_TENSAI INDÚSTRIA
CATALOGO_LOTI_LORD_OF_THE_ICE-RUI-UNAS_TENSAI INDÚSTRIACATALOGO_LOTI_LORD_OF_THE_ICE-RUI-UNAS_TENSAI INDÚSTRIA
CATALOGO_LOTI_LORD_OF_THE_ICE-RUI-UNAS_TENSAI INDÚSTRIA
 
Segurança Viária e Transporte de Passageiros em Motocicleta em Quatro Capit...
Segurança Viária e Transporte de Passageiros em Motocicleta em Quatro Capit...Segurança Viária e Transporte de Passageiros em Motocicleta em Quatro Capit...
Segurança Viária e Transporte de Passageiros em Motocicleta em Quatro Capit...
 
Aula 1 Anatomia INTRODUÇÃO SISTEMA ESQUELETICO
Aula 1 Anatomia  INTRODUÇÃO SISTEMA ESQUELETICOAula 1 Anatomia  INTRODUÇÃO SISTEMA ESQUELETICO
Aula 1 Anatomia INTRODUÇÃO SISTEMA ESQUELETICO
 
Apresentação sobre doenças transmissíveis
Apresentação sobre doenças transmissíveisApresentação sobre doenças transmissíveis
Apresentação sobre doenças transmissíveis
 
Treinamento rápido de NR 06 USO CORRETO DE EPI.pptx
Treinamento rápido de NR 06 USO CORRETO DE EPI.pptxTreinamento rápido de NR 06 USO CORRETO DE EPI.pptx
Treinamento rápido de NR 06 USO CORRETO DE EPI.pptx
 

A consulta em 7 passos trabalho de alunos

  • 1. A CONSULTA EM 7 PASSOSA CONSULTA EM 7 PASSOS
  • 2. A Consulta em 7 passos CONSULTA = Atividade principal do médico da família. • É um processo com antecedentes, princípio, meio, fim e conseqüências;
  • 3. Fases e passos da consulta • A consulta é composta por 3 fases e 7 passos; • FASE INICIAL = preparação e primeiros minutos com 2 passos. 1. Preparação: Revê a situação do médico, consultório e do próximo paciente; 2. Primeiros minutos: Acolhimento do paciente e detecção de indícios físicos e emocionais.
  • 4. • FASE INTERMEDIÁRIA = Exploração, avaliação e plano. 3. Exploração: Recolhe, analiza e cotextualiza dados. 4. Avaliação: Interpreta, estabelece diagnósticos e prognósticos. 5. Plano: Planejamento de cuidados. Fases e passos da consulta
  • 5. • FASE FINAL = Encerramento e reflexão final. 6. Encerramento: Revê os planos, verifica as dúvidas e despede-se do paciente. 7. Reflexão e notas finais: Reflexão crítica sobre o que passou. Fases e passos da consulta
  • 6. Modelo clínico integrado • A consulta em 7 passos é um método clínico centrado na pessoa; • Centra-se na singularidade de cada indivíduo; • Facilita a compreensão do doente e direciona a consulta, fortalecendo a capacidade de discussão conjunta frente aos problemas; • Abordagem biomédica, psicossocial centrada na pessoa, atenta ao médico e relação médico-doente.
  • 7. PASSO 1 – PREPARAÇÃO DA CONSULTA • “O começo é a parte mais importante de qualquer trabalho” Platão • Começar bem uma consulta significa prepará-la cuidadosamente. • Como eu, médico, estou? Forças e fraquezas... • Consultar o que há sobre o paciente • Avaliar as condições do ambiente
  • 8. PASSO 2 – OS PRIMEIROS MINUTOS • Acolhimento, primeiro contato, cumprimento • É neste passo que começa a preparar-se um clima terapêutico e onde se clarificam e acordam os problemas a abordar na consulta. • Primeiras impressões são muito importantes. • A pergunta-chave deste passo é: Por que é que este doente veio consultar-me hoje?
  • 9. • Os principais objetivos deste passo são: a)Abrir a consulta e o processo de comunicação; b)Captar eventuais indícios de algo latente; c)Preparar a criação de uma relação terapêutica; d)Esclarecer os motivos de consulta mais importante; e)Acordar os problemas a abordar na consulta – estabelecer a ordem de trabalhos da consulta, para que ambos saibam o que há para abordar, podendo verificar o que foi feito e o que falta fazer. PASSO 2 – OS PRIMEIROS MINUTOS
  • 10. PASSO 3 - EXPLORAÇÃO • Neste passo procede-se à recolha, análise e contextualização de dados e de informações subjetiva e objetiva quer biomédica quer psicossociocultural, através da condução criteriosa da anamnese e da realização do exame objetivo. • Anamnese, exame objetivo e contextualização • Procurar apreender, sem modificar, a história do paciente
  • 11. • Os principais objetivos deste passo são: a) Obter uma anamnese adequada tendo em conta os motivos, as expectativas e a agenda acordada para esta consulta; b) Realizar o exame objetivo adequado a caracterização dos problemas em estudo; c) Testar hipóteses; d) Complementar e contextualizar a informação colhidos pra, tendo em conta as dimensões biomédicas e psicossociocultural do paciente e dos problemas abordados; e) Integrar e resumir os dados e a informação recolhidos. PASSO 3 - EXPLORAÇÃO
  • 12. PASSO 4 - AVALIAÇÃO 1) Racionalidade técnico-científica da abordagem médica. chegar ao diagnóstico 2) Discorrer sobre o diagnóstico feito, ou seja: Questionar Explicar Previsão/prognóstico Impacto da doença paciente
  • 13. PASSO 5 – PLANO DE CUIDADOS • Formular propostas de tratamento; • Chegar a um acordo sobre o plano de tratamento; • Propor medidas de prevenção. • Comprometer o paciente: Participação do paciente Envolvimento do paciente Objetivos e metas do paciente Responsabilização do paciente Com o tratamento
  • 14. PASSO 6 – ENCERRAMENTO DA CONSULTA • “Serve para verificar se tudo ocorreu como desejado e se é oportuno encerrar a consulta, se está tudo ok tanto para o medico como para o paciente”. • Neste momento, é importante perceber se o paciente obteve a resposta de suas dúvidas, se a orientação de conduta indicada pelo médico ficou bem entendida pelo seu paciente, independente do seu nível cultural. • Tentar enxergar nas entrelinhas da relação medico e paciente, a satisfação do seu paciente e suas expectativas. Precisamos ser persuasivos nesse momento e também cordiais ao percebermos que é o momento de encerrar formalmente a consulta.
  • 15. PASSO 7 – REFLEXÃO E NOTAS FINAIS • Momento que o médico precisa estar sozinho. Hora de atender as suas necessidades formais para preenchimento dos registros no prontuário do paciente; • Também é hora do médico fazer uma auto avaliação da consulta. Checar a coerência entre a queixa do paciente, o comportamento e a conduta do médico frente a carência apresentada pelo paciente. • Limpeza mental, cognitiva e descontaminação emocional para a próxima consulta. Ter sempre presente que pode-se melhorar!
  • 16. Considerações finais • A consulta em 7 passos é uma forma de aprender a conduzir bem uma consulta. Discutindo e treinando desde já, chega-se próximo do padrão " consulta ideal“; • Saber falar e saber ouvir é um grande desafio, muitas vezes maior do que chegar ao diagnostico clinico; • O bom senso leva a dar crédito as queixas do paciente sem minimizá-las, porem mantendo o foco sem grandes desvios para não faltar objetividade;
  • 17. • O paciente na maioria das vezes vai consultar por alguma carência, e na maior parte das vezes é afetiva. A sua queixa clínica é a simbolização na prática de uma queixa psicossocial da sua própria angústia; • O paciente precisa ser olhado para se sentir confiante e acreditado; • E o médico por sua vez, precisa da valorização do paciente. Considerações finais