SlideShare une entreprise Scribd logo
1  sur  64
Télécharger pour lire hors ligne
1
Under the great wave off Kanagawa (Hokusai, Japan~1832)
Medium: Polychrome woodblock print; ink and color on paper
Dimensions: 10 1/8 x 14 15/16 in. (25.7 x 37.9 cm)
Source:
https://www.metmuseum.org/toah/works-of-art/jp1847
/
Sistemas
Agroflorestais
Potencialidades
Ciro Abbud RIGHI
Universidade de São Paulo
Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” - ESALQ
Dept. Ciências Florestais
Organização:
03 de maio/2021
Piracicaba - SP
Diana Carolina Vásquez
Castro
Facultad Ciencias
Agrarias
Universidad del Cauca
Foto: Ciro Abbud Righi – Cultivo de amoreiras sob
sombra de coqueiros para criação de bicho-da-seda
- Karnataka - Índia, fevereiro/1994 3
4
Areia Branca –
Barra do Turvo-SP
Foto: Ciro Abbud Righi
Maio/2014
5
6
7
8
9
10
Desconstrução do conhecimento que
em grande parte foi distorcido e
mistificado para então reconstruí-lo
baseado em experiências práticas e
ciências básicas.
c
Escolas:
pensar
e
sentir
11
EVOLUÇÃO E
CRIATIVIDADE
NOVIDADE
12
As árvores nos dão tempo As árvores nos dão
perspectiva de futuro
✔ Estabilidade
✔ Manutenção
dos processos
✔ Amalgamento
das relações
✔ Co-evolução
✔ Adaptação
✔ Mutação
✔ Biodiversidade
13
RADIAÇÃO SOLAR
Fonte: Ahrens, C.D. (1998) Essentials of Meteorology:
an invitation to the atmosphere
14
15
Interceptação e Atenuação da Radiação
16
ESTRUTURA
E
FUNÇÃO
Foto: Ciro Abbud Righi
SOL SOMBRA
17
18
Agricultura
Florestal Profissionais em
Recursos Naturais
Aqui você deve
fazer assim, pois
se refere às
árvores!
Aqui você deve
fazer assim, pois
se refere às
culturas!
19
SISTEMAS AGROFLORESTAIS
Definição: Sistema Agroflorestal (SAF), na sua
definição mais aceita, é um sistema de uso da terra que
envolve a permanência deliberada, introdução ou
retenção de árvores ou outras culturas arbóreas
perenes em associação com culturas anuais ou animais
com mútuo benefício resultante das interações
ecológicas e econômicas (Nair, 1984). Este sistema
pode apresentar várias disposições em espaço e
tempo, e deve ser compatível com as práticas de
manejo da população local (Nair, 1989; Young, 1989).
20
O que nós esperamos?
21
O que nós esperamos?
22
O que nós esperamos?
23
24
Aspectos ecológicos
Econômicos
Sociais
Serviços ambientais
Políticas Públicas
SISTEMAS
AGROFLORESTAIS
Produção
Restauração
Ambiental
25
O QUE SE DEVE CONSIDERAR NOS SAFs?
Quantas árvores
Onde colocar a próxima árvore
(disposição)
Quanto deixar de área para realizar
plantios anuais
Quando plantar as diferentes culturas
Qual a produtividade
Qual o rendimento
Qual o custo de implantação, manejo e
colheita
Como fazer a operacionalização do
sistema
Qual a relação do sistema com a
sociedade
Algumas questões
26
27
O Pensamento
ecológico e o
desenvolvimento do
projeto
SAF – ONDA
Unindo produção e meio ambiente
O que eu pensei
28
CLIMA ESTRUTURA
FUNÇÃO
Conhecimento
Básico de
Ecologia
Fonte: Righi, 2001
Feijão (Phaseolus vulgaris L.) cv. Pérola foi cultivado sob diferentes condições de sombreamento em um
SAF. As plantas foram colhidas dos pontos de amostragem do experimento (da direita para a esquerda a 3,2,
4,5, 6,3, 9,9, 14,4 e 18,9 m de distância das árvores mais a testemunha – pleno sol) e, portanto, com níveis
crescentes de radiação solar 29
TEMPO e
DESENVOLVIMENTO
Inverno
Verão
PRODUCTION DE FEIJÃO NUM SISTEMA AGROFLORESTAL COM
SERINGUEIRAS
Fonte: Righi, 2001
30
r2
= 0,94
A
Irradiation Fraction (I/I0
)
Production
Fraction
r2
= 0,93
B
Irradiation Fraction (I/I0
)
Production
Fraction
31
Nós precisamos evoluir de sistemas estáticos para Sistemas Dinâmicos
Source:
http://oficinadenoticias.com.br/ultimas-noticias/idaf-recebe-eia-rima-da-suzano-para-pl
antio-de-mais-cinco-mil-hectares-de-eucaliptos-em-conceicao-da-barra/
Agricultura Bi-dimensional – chata
Ruas e Linhas
Fonte: http://www.epagri.sc.gov.br/?page_id=1349
Eucalyptus no Brasil: ~6 mi. ha
Monotonia da Paisagem
3,0 m
2,0 m
Distúrbio
Destruição
da
Estrutura
Fim
da
Função
33
Devemos
processar
as
informações
para fazer a
nossa
própria
agricultura
Movimento
Antropofágico
Americae tertia pars, cena antropológica
Autor: Theodor de Bry (1563) - Biblioteca Mário de Andrade – São Paulo/SP
34
-E se eu tentasse
fazer algo
diferente e com
mais dimensões?
-Por que descartar
as bordas dos
blocos?
-Não é lá que
estão as maiores
árvores?
Galinhas do meu quintal
Restos da feira
Foto: Ciro Abbud Righi
Galinhas - onívoras
Plantas no sub-bosque = perda de radiação do sistema = oportunidade
Foto: Ciro Abbud Righi
37
Efeito de Borda – plantas respondem às modificações
ambientais
PAREDE DE FOLHAS
Foto: Ciro Abbud Righi
Rod. Antônio Machado
Sant’Anna próx. Município
Luis Antônio
38
MOVIMENTO
ENERGIA
ESTRUTURA
ANTENA PARABÓBILCA
ESTRUTURAS TRIDIMENSIONAIS - FUNÇÕES
USO DAS 4 DIMENSÕES (LARG., COMP., ALTURA E TEMPO)
NUNCA RETORNA AO PONTO INICIAL – BAIXO DISTÚRBIO
MANUTENÇÃO DOS PROCESSOS ECOLÓGICOS
CRIAÇÃO DE INTERFACES – MAIOR PRODUÇÃO! 39
Ondas Estruturais,
de crescimento e
de produção
THE WAVE PROJECT
Para manejar a
rugosidade, o tempo e
as funções ecológicas
40
The Wave
Project
AFS
Zone A, Alley
1A 2A 3A 4A 5A 6A 7A 7B 6B 5B 4B 3B 2B 1B
1A 2A 3A 4A 4B 3B 2B 1B 41
Block I – AFS
24 m 42 m
FRUITS EUCALIPTUS
HARD
WOODS
FRUITS
Anália MMC Amorim
Jun | 2017
CONCEPTION OF WAVES OF 54.0 m AND 18.4 m OF DIAMETER
TO INTRODUCE MORE SPECIES
YEAR 7 OF EUCALYPTUS
YEAR 14 FRUIT
YEAR 21 HARD WOOD FOR CONSTRUCTION
HARD
WOODS
HARD
WOODS
EUCALIPTUS
Anália MMC Amorim
Jun | 2017
CONCEPTION OF WAVES OF 54.0 m AND 18.4 m OF DIAMETER
TO INTRODUCE MORE SPECIES
YEAR 7 OF EUCALYPTUS
YEAR 14 FRUIT
YEAR 21 HARD WOOD FOR CONSTRUCTION
6:00 AM
Anália MMC Amorim
Jun | 2017
CONCEPTION OF WAVES OF 54.0 m AND 18.4 m OF DIAMETER
TO INTRODUCE MORE SPECIES
YEAR 7 OF EUCALYPTUS
YEAR 14 FRUIT
YEAR 21 HARD WOOD FOR CONSTRUCTION
7:00 AM
Anália MMC Amorim
Jun | 2017
CONCEPTION OF WAVES OF 54.0 m AND 18.4 m OF DIAMETER
TO INTRODUCE MORE SPECIES
YEAR 7 OF EUCALYPTUS
YEAR 14 FRUIT
YEAR 21 HARD WOOD FOR CONSTRUCTION
8:00 AM
Anália MMC Amorim
Jun | 2017
CONCEPTION OF WAVES OF 54.0 m AND 18.4 m OF DIAMETER
TO INTRODUCE MORE SPECIES
YEAR 7 OF EUCALYPTUS
YEAR 14 FRUIT
YEAR 21 HARD WOOD FOR CONSTRUCTION
9:00 AM
Anália MMC Amorim
Jun | 2017
CONCEPTION OF WAVES OF 54.0 m AND 18.4 m OF DIAMETER
TO INTRODUCE MORE SPECIES
YEAR 7 OF EUCALYPTUS
YEAR 14 FRUIT
YEAR 21 HARD WOOD FOR CONSTRUCTION
10:00 AM
Anália MMC Amorim
Jun | 2017
CONCEPTION OF WAVES OF 54.0 m AND 18.4 m OF DIAMETER
TO INTRODUCE MORE SPECIES
YEAR 7 OF EUCALYPTUS
YEAR 14 FRUIT
YEAR 21 HARD WOOD FOR CONSTRUCTION
11:00 AM
Anália MMC Amorim
Jun | 2017
CONCEPTION OF WAVES OF 54.0 m AND 18.4 m OF DIAMETER
TO INTRODUCE MORE SPECIES
YEAR 7 OF EUCALYPTUS
YEAR 14 FRUIT
YEAR 21 HARD WOOD FOR CONSTRUCTION
12:00 AM
50
Corte transversal de uma OndA com aproximadamente ~4 anos de idade – 2015
Prof. Ciro A. Righi à esquerda
Foto: Leonardo Tardivo
51
Visita do SAF OndA – alunos da
disciplina de SAFs-PG - 2016
Foto: Ciro Abbud Righi
Anhembi/SP
52
Desenho esquemático de um corte transversal do campo experimental na Estação Experimental de Ciências Florestais do Anhembi (ESFSA) - ESALQ /
USP mostrando a distribuição de árvores (Eucalyptus híbrido COP 1277 - Eucalyptus grandis x Eucalyptus camaldulensis) plantadas com espaçamento
de 3x2 m em escala temporal formando uma estrutura com uma forma de onda - os números abaixo das árvores correspondem à sequência de plantio
em anos. Os tratamentos avaliados foram: Monocrop; Onda Curta - 24 m entre becos e; Long Wave - 42 m entre becos.
Aumento da
rugosidade do
sistema
Aumento da
interação – maior
exposição solar
Variações
no espaço e
no tempo
Desenho: Gabriella S. Ribeiro
53
Mathematical model for
simulation of solar radiation
availability
Bernardes, 1998
Where, I = daily radiation (MJ.m-2
)
that reaches the canopy of the
intercalary crop; d = distance from
the row of shading trees (m); I0
=
daily radiation (MJ.m-2
) on a
horizontal surface above the tree
canopy; Cw
= tree canopy radius
(m); D = declivity of the ground
(radians); Hr
= relative tree height
(m) Ha
= tree height (m); Hci
=
height of intercalary crop (m).
Goudriaan, 1977
Modelagem Matemática da
Disponibilidade da Radiação Solar
1A 2A 3A 4A 4B 3B 2B 1B
1A 2A 3A 4A 5A 6A 7A7B 6B5B 4B 3B 2B 1B
Solar radiation Availability %
d1 Distance from Eucalyptus trees (side A) d2 Distance from Eucalyptus trees (side B)
Lado A Lado B
100%
54
Cassava production measurement
55
Damien Joubert
July 2012,
Anhembi-SP
3 to 4
kg/plant
1mx1m
spacing
Pumpkins – no
measurement
56
Também produzimos
Mandioca e Abóboras
Dinheiro ($) no curto e
no longo prazo
57
Evaluation of Eucalyptus
growth in Agroforestry and
Monoculture: canopy
architecture and growth rates
Gabriella da Silva Ribeiro
(2015-2016)
58
Partial View of the first and second lines (years 1 and 2) of the Long Wave treatment – 42 m
Sept. 13th
, 2017
Photo: Claudia S.G. Martins
59
Table 1. Tree parameters evaluated (means and standard
deviations) Years 1 and 2 of the Eucalyptus hybrid
(Eucalyptus grandis and Eucalyptus camaldulensis)
Year 1
Year 2
Experimental Station of Forestry Science of Anhembi (ESFSA), Department of Forestry Science of the Escola Superior de Agricultura “Luiz de
Queiroz”, University of São Paulo (ESALQ/USP) in Anhembi-SP/Brazil (22°40’ S, 48°10’ W).
TREES CHARACTERISTICS
TREES FORM
and
FUNCTION
Gabriella S. Ribeiro (2017)
60
Mean basal area increment (cm²)
Precipitation Monocrop Alley 24 m Alley 42 m
Year 1
Year 2
61
BIOMASSA DO EUCALIPTO E CARBONO
2015 and 2016
Gabriella S. Ribeiro (2017)
~
2
,
5
X
B
i
g
g
e
r
MONOCROP LONG WAVE 42 M
SHORT WAVE 24 M
62
1. Sim, é possível planejar e projetar SAFs mais apropriados e
manejar a estrutura e a rugosidade do dossel florestal
aumentando a captura da radiação solar;
2. A biomassa de Tronco - Onda Longa 2.5 X Maior;
3. O uso das outras duas dimensões (espaço e tempo) é
grandemente ignorado - precisamos usá-las!
4. Grandes possibilidades de ajustar a questão temporal ao
desenvolvimento da planta e ao gerenciamento da arquitetura
do sistema, a fim de obter uma maior produção e ajustes
ecológicos - ainda inexplorados.
5. Precisamos desenvolver nossos próprios sistemas
6. É possível manter as pessoas num ambiente sadio
CONCLUSÕES!!
63
Espalhe a alegria - vivemos num mundo em mudança que se recria
Ciro Abbud Righi
E-mail: ciro@usp.br
64
FIM

Contenu connexe

Similaire à Palestra SAF Onda - Ciro Abbud Righi, PhD - USP - ESALQ

Rede SAFAS: Trazendo a floresta pra dentro da roça
Rede SAFAS: Trazendo a floresta pra dentro da roçaRede SAFAS: Trazendo a floresta pra dentro da roça
Rede SAFAS: Trazendo a floresta pra dentro da roçaCepagro
 
Apresentação projeto alphaville 2014
Apresentação projeto alphaville 2014Apresentação projeto alphaville 2014
Apresentação projeto alphaville 2014Delziene Jesus
 
Apresentação projeto alphaville 2014
Apresentação projeto alphaville 2014Apresentação projeto alphaville 2014
Apresentação projeto alphaville 2014Delziene Jesus
 
Frentes Agrícolas de Irrigação e Zoneamento Ecológico-Econômico
Frentes Agrícolas de Irrigação e Zoneamento Ecológico-EconômicoFrentes Agrícolas de Irrigação e Zoneamento Ecológico-Econômico
Frentes Agrícolas de Irrigação e Zoneamento Ecológico-EconômicoVitor Vieira Vasconcelos
 
Efeito do espacamento_de_plantio_na_variacao_dos_elementos_anatmicos_da_madei...
Efeito do espacamento_de_plantio_na_variacao_dos_elementos_anatmicos_da_madei...Efeito do espacamento_de_plantio_na_variacao_dos_elementos_anatmicos_da_madei...
Efeito do espacamento_de_plantio_na_variacao_dos_elementos_anatmicos_da_madei...brionlith
 
Ciências do Ambiente.pdf
Ciências do Ambiente.pdfCiências do Ambiente.pdf
Ciências do Ambiente.pdfBrunaSilveira74
 
Boletim técnico tupanciretã
Boletim técnico tupanciretãBoletim técnico tupanciretã
Boletim técnico tupanciretãgepaunipampa
 
Manual irrigacao-com-bambu
Manual irrigacao-com-bambuManual irrigacao-com-bambu
Manual irrigacao-com-bambuJoyce Muzy
 
Monografia apa do morro do gavião pdf
Monografia apa do morro do gavião pdfMonografia apa do morro do gavião pdf
Monografia apa do morro do gavião pdfRemotto
 
Sequencia didatica creative commons
Sequencia didatica creative commonsSequencia didatica creative commons
Sequencia didatica creative commonsLubelia Barbosa
 
Day 2 paulo kagyama aula 8 biodiv ferram
Day 2 paulo kagyama   aula 8 biodiv ferramDay 2 paulo kagyama   aula 8 biodiv ferram
Day 2 paulo kagyama aula 8 biodiv ferramThe Forests Dialogue
 
Uma adaptação curricular de física para ciências agrárias
Uma adaptação curricular de física para ciências agráriasUma adaptação curricular de física para ciências agrárias
Uma adaptação curricular de física para ciências agráriasSeminário Latino-Americano SLIEC
 
05 sustentabilidade&pegada ecologica
05 sustentabilidade&pegada ecologica05 sustentabilidade&pegada ecologica
05 sustentabilidade&pegada ecologicaPaulo Cruz
 
Projeto santanderr[1][1] o certo
Projeto santanderr[1][1] o certoProjeto santanderr[1][1] o certo
Projeto santanderr[1][1] o certoArielle3
 
Implicação pedagógica de uma visita técnica a uma Estação de Tratamento de Es...
Implicação pedagógica de uma visita técnica a uma Estação de Tratamento de Es...Implicação pedagógica de uma visita técnica a uma Estação de Tratamento de Es...
Implicação pedagógica de uma visita técnica a uma Estação de Tratamento de Es...Renato Feliciano
 
RN Nota técnica referente ao Complexo Eólico Cordilheira dos Ventos 14-04-20...
RN Nota técnica referente ao  Complexo Eólico Cordilheira dos Ventos 14-04-20...RN Nota técnica referente ao  Complexo Eólico Cordilheira dos Ventos 14-04-20...
RN Nota técnica referente ao Complexo Eólico Cordilheira dos Ventos 14-04-20...IncioFrana1
 
Atividades elm eco-escolas 2020-21
Atividades elm   eco-escolas 2020-21Atividades elm   eco-escolas 2020-21
Atividades elm eco-escolas 2020-21Ana Matias
 

Similaire à Palestra SAF Onda - Ciro Abbud Righi, PhD - USP - ESALQ (20)

Rede SAFAS: Trazendo a floresta pra dentro da roça
Rede SAFAS: Trazendo a floresta pra dentro da roçaRede SAFAS: Trazendo a floresta pra dentro da roça
Rede SAFAS: Trazendo a floresta pra dentro da roça
 
Apresentação projeto alphaville 2014
Apresentação projeto alphaville 2014Apresentação projeto alphaville 2014
Apresentação projeto alphaville 2014
 
Apresentação projeto alphaville 2014
Apresentação projeto alphaville 2014Apresentação projeto alphaville 2014
Apresentação projeto alphaville 2014
 
Frentes Agrícolas de Irrigação e Zoneamento Ecológico-Econômico
Frentes Agrícolas de Irrigação e Zoneamento Ecológico-EconômicoFrentes Agrícolas de Irrigação e Zoneamento Ecológico-Econômico
Frentes Agrícolas de Irrigação e Zoneamento Ecológico-Econômico
 
Efeito do espacamento_de_plantio_na_variacao_dos_elementos_anatmicos_da_madei...
Efeito do espacamento_de_plantio_na_variacao_dos_elementos_anatmicos_da_madei...Efeito do espacamento_de_plantio_na_variacao_dos_elementos_anatmicos_da_madei...
Efeito do espacamento_de_plantio_na_variacao_dos_elementos_anatmicos_da_madei...
 
Seminário MGME Ciências - CARAGUATATUBA
Seminário MGME Ciências - CARAGUATATUBASeminário MGME Ciências - CARAGUATATUBA
Seminário MGME Ciências - CARAGUATATUBA
 
Ciências do Ambiente.pdf
Ciências do Ambiente.pdfCiências do Ambiente.pdf
Ciências do Ambiente.pdf
 
Boletim técnico tupanciretã
Boletim técnico tupanciretãBoletim técnico tupanciretã
Boletim técnico tupanciretã
 
Manual irrigacao-com-bambu
Manual irrigacao-com-bambuManual irrigacao-com-bambu
Manual irrigacao-com-bambu
 
Inventário Florestal
Inventário FlorestalInventário Florestal
Inventário Florestal
 
Monografia apa do morro do gavião pdf
Monografia apa do morro do gavião pdfMonografia apa do morro do gavião pdf
Monografia apa do morro do gavião pdf
 
Sequencia didatica creative commons
Sequencia didatica creative commonsSequencia didatica creative commons
Sequencia didatica creative commons
 
Day 2 paulo kagyama aula 8 biodiv ferram
Day 2 paulo kagyama   aula 8 biodiv ferramDay 2 paulo kagyama   aula 8 biodiv ferram
Day 2 paulo kagyama aula 8 biodiv ferram
 
Uma adaptação curricular de física para ciências agrárias
Uma adaptação curricular de física para ciências agráriasUma adaptação curricular de física para ciências agrárias
Uma adaptação curricular de física para ciências agrárias
 
05 sustentabilidade&pegada ecologica
05 sustentabilidade&pegada ecologica05 sustentabilidade&pegada ecologica
05 sustentabilidade&pegada ecologica
 
Projeto santanderr[1][1] o certo
Projeto santanderr[1][1] o certoProjeto santanderr[1][1] o certo
Projeto santanderr[1][1] o certo
 
Implicação pedagógica de uma visita técnica a uma Estação de Tratamento de Es...
Implicação pedagógica de uma visita técnica a uma Estação de Tratamento de Es...Implicação pedagógica de uma visita técnica a uma Estação de Tratamento de Es...
Implicação pedagógica de uma visita técnica a uma Estação de Tratamento de Es...
 
RN Nota técnica referente ao Complexo Eólico Cordilheira dos Ventos 14-04-20...
RN Nota técnica referente ao  Complexo Eólico Cordilheira dos Ventos 14-04-20...RN Nota técnica referente ao  Complexo Eólico Cordilheira dos Ventos 14-04-20...
RN Nota técnica referente ao Complexo Eólico Cordilheira dos Ventos 14-04-20...
 
Atividades elm eco-escolas 2020-21
Atividades elm   eco-escolas 2020-21Atividades elm   eco-escolas 2020-21
Atividades elm eco-escolas 2020-21
 
Artigo pau brasil Revista Ecossistema
Artigo pau brasil Revista EcossistemaArtigo pau brasil Revista Ecossistema
Artigo pau brasil Revista Ecossistema
 

Palestra SAF Onda - Ciro Abbud Righi, PhD - USP - ESALQ

  • 1. 1 Under the great wave off Kanagawa (Hokusai, Japan~1832) Medium: Polychrome woodblock print; ink and color on paper Dimensions: 10 1/8 x 14 15/16 in. (25.7 x 37.9 cm) Source: https://www.metmuseum.org/toah/works-of-art/jp1847 /
  • 2. Sistemas Agroflorestais Potencialidades Ciro Abbud RIGHI Universidade de São Paulo Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” - ESALQ Dept. Ciências Florestais Organização: 03 de maio/2021 Piracicaba - SP Diana Carolina Vásquez Castro Facultad Ciencias Agrarias Universidad del Cauca
  • 3. Foto: Ciro Abbud Righi – Cultivo de amoreiras sob sombra de coqueiros para criação de bicho-da-seda - Karnataka - Índia, fevereiro/1994 3
  • 4. 4 Areia Branca – Barra do Turvo-SP Foto: Ciro Abbud Righi Maio/2014
  • 5. 5
  • 6. 6
  • 7. 7
  • 8. 8
  • 9. 9
  • 10. 10 Desconstrução do conhecimento que em grande parte foi distorcido e mistificado para então reconstruí-lo baseado em experiências práticas e ciências básicas. c Escolas: pensar e sentir
  • 12. 12 As árvores nos dão tempo As árvores nos dão perspectiva de futuro ✔ Estabilidade ✔ Manutenção dos processos ✔ Amalgamento das relações ✔ Co-evolução ✔ Adaptação ✔ Mutação ✔ Biodiversidade
  • 13. 13
  • 14. RADIAÇÃO SOLAR Fonte: Ahrens, C.D. (1998) Essentials of Meteorology: an invitation to the atmosphere 14
  • 15. 15
  • 16. Interceptação e Atenuação da Radiação 16 ESTRUTURA E FUNÇÃO
  • 17. Foto: Ciro Abbud Righi SOL SOMBRA 17
  • 18. 18
  • 19. Agricultura Florestal Profissionais em Recursos Naturais Aqui você deve fazer assim, pois se refere às árvores! Aqui você deve fazer assim, pois se refere às culturas! 19
  • 20. SISTEMAS AGROFLORESTAIS Definição: Sistema Agroflorestal (SAF), na sua definição mais aceita, é um sistema de uso da terra que envolve a permanência deliberada, introdução ou retenção de árvores ou outras culturas arbóreas perenes em associação com culturas anuais ou animais com mútuo benefício resultante das interações ecológicas e econômicas (Nair, 1984). Este sistema pode apresentar várias disposições em espaço e tempo, e deve ser compatível com as práticas de manejo da população local (Nair, 1989; Young, 1989). 20
  • 21. O que nós esperamos? 21
  • 22. O que nós esperamos? 22
  • 23. O que nós esperamos? 23
  • 24. 24
  • 25. Aspectos ecológicos Econômicos Sociais Serviços ambientais Políticas Públicas SISTEMAS AGROFLORESTAIS Produção Restauração Ambiental 25
  • 26. O QUE SE DEVE CONSIDERAR NOS SAFs? Quantas árvores Onde colocar a próxima árvore (disposição) Quanto deixar de área para realizar plantios anuais Quando plantar as diferentes culturas Qual a produtividade Qual o rendimento Qual o custo de implantação, manejo e colheita Como fazer a operacionalização do sistema Qual a relação do sistema com a sociedade Algumas questões 26
  • 27. 27 O Pensamento ecológico e o desenvolvimento do projeto SAF – ONDA Unindo produção e meio ambiente O que eu pensei
  • 29. Fonte: Righi, 2001 Feijão (Phaseolus vulgaris L.) cv. Pérola foi cultivado sob diferentes condições de sombreamento em um SAF. As plantas foram colhidas dos pontos de amostragem do experimento (da direita para a esquerda a 3,2, 4,5, 6,3, 9,9, 14,4 e 18,9 m de distância das árvores mais a testemunha – pleno sol) e, portanto, com níveis crescentes de radiação solar 29 TEMPO e DESENVOLVIMENTO
  • 30. Inverno Verão PRODUCTION DE FEIJÃO NUM SISTEMA AGROFLORESTAL COM SERINGUEIRAS Fonte: Righi, 2001 30 r2 = 0,94 A Irradiation Fraction (I/I0 ) Production Fraction r2 = 0,93 B Irradiation Fraction (I/I0 ) Production Fraction
  • 31. 31 Nós precisamos evoluir de sistemas estáticos para Sistemas Dinâmicos Source: http://oficinadenoticias.com.br/ultimas-noticias/idaf-recebe-eia-rima-da-suzano-para-pl antio-de-mais-cinco-mil-hectares-de-eucaliptos-em-conceicao-da-barra/ Agricultura Bi-dimensional – chata Ruas e Linhas Fonte: http://www.epagri.sc.gov.br/?page_id=1349 Eucalyptus no Brasil: ~6 mi. ha Monotonia da Paisagem 3,0 m 2,0 m
  • 33. 33 Devemos processar as informações para fazer a nossa própria agricultura Movimento Antropofágico Americae tertia pars, cena antropológica Autor: Theodor de Bry (1563) - Biblioteca Mário de Andrade – São Paulo/SP
  • 34. 34 -E se eu tentasse fazer algo diferente e com mais dimensões? -Por que descartar as bordas dos blocos? -Não é lá que estão as maiores árvores?
  • 35. Galinhas do meu quintal Restos da feira Foto: Ciro Abbud Righi Galinhas - onívoras
  • 36. Plantas no sub-bosque = perda de radiação do sistema = oportunidade Foto: Ciro Abbud Righi
  • 37. 37 Efeito de Borda – plantas respondem às modificações ambientais PAREDE DE FOLHAS Foto: Ciro Abbud Righi Rod. Antônio Machado Sant’Anna próx. Município Luis Antônio
  • 39. ESTRUTURAS TRIDIMENSIONAIS - FUNÇÕES USO DAS 4 DIMENSÕES (LARG., COMP., ALTURA E TEMPO) NUNCA RETORNA AO PONTO INICIAL – BAIXO DISTÚRBIO MANUTENÇÃO DOS PROCESSOS ECOLÓGICOS CRIAÇÃO DE INTERFACES – MAIOR PRODUÇÃO! 39 Ondas Estruturais, de crescimento e de produção THE WAVE PROJECT Para manejar a rugosidade, o tempo e as funções ecológicas
  • 41. Zone A, Alley 1A 2A 3A 4A 5A 6A 7A 7B 6B 5B 4B 3B 2B 1B 1A 2A 3A 4A 4B 3B 2B 1B 41 Block I – AFS 24 m 42 m
  • 42. FRUITS EUCALIPTUS HARD WOODS FRUITS Anália MMC Amorim Jun | 2017 CONCEPTION OF WAVES OF 54.0 m AND 18.4 m OF DIAMETER TO INTRODUCE MORE SPECIES YEAR 7 OF EUCALYPTUS YEAR 14 FRUIT YEAR 21 HARD WOOD FOR CONSTRUCTION HARD WOODS HARD WOODS EUCALIPTUS
  • 43. Anália MMC Amorim Jun | 2017 CONCEPTION OF WAVES OF 54.0 m AND 18.4 m OF DIAMETER TO INTRODUCE MORE SPECIES YEAR 7 OF EUCALYPTUS YEAR 14 FRUIT YEAR 21 HARD WOOD FOR CONSTRUCTION 6:00 AM
  • 44. Anália MMC Amorim Jun | 2017 CONCEPTION OF WAVES OF 54.0 m AND 18.4 m OF DIAMETER TO INTRODUCE MORE SPECIES YEAR 7 OF EUCALYPTUS YEAR 14 FRUIT YEAR 21 HARD WOOD FOR CONSTRUCTION 7:00 AM
  • 45. Anália MMC Amorim Jun | 2017 CONCEPTION OF WAVES OF 54.0 m AND 18.4 m OF DIAMETER TO INTRODUCE MORE SPECIES YEAR 7 OF EUCALYPTUS YEAR 14 FRUIT YEAR 21 HARD WOOD FOR CONSTRUCTION 8:00 AM
  • 46. Anália MMC Amorim Jun | 2017 CONCEPTION OF WAVES OF 54.0 m AND 18.4 m OF DIAMETER TO INTRODUCE MORE SPECIES YEAR 7 OF EUCALYPTUS YEAR 14 FRUIT YEAR 21 HARD WOOD FOR CONSTRUCTION 9:00 AM
  • 47. Anália MMC Amorim Jun | 2017 CONCEPTION OF WAVES OF 54.0 m AND 18.4 m OF DIAMETER TO INTRODUCE MORE SPECIES YEAR 7 OF EUCALYPTUS YEAR 14 FRUIT YEAR 21 HARD WOOD FOR CONSTRUCTION 10:00 AM
  • 48. Anália MMC Amorim Jun | 2017 CONCEPTION OF WAVES OF 54.0 m AND 18.4 m OF DIAMETER TO INTRODUCE MORE SPECIES YEAR 7 OF EUCALYPTUS YEAR 14 FRUIT YEAR 21 HARD WOOD FOR CONSTRUCTION 11:00 AM
  • 49. Anália MMC Amorim Jun | 2017 CONCEPTION OF WAVES OF 54.0 m AND 18.4 m OF DIAMETER TO INTRODUCE MORE SPECIES YEAR 7 OF EUCALYPTUS YEAR 14 FRUIT YEAR 21 HARD WOOD FOR CONSTRUCTION 12:00 AM
  • 50. 50 Corte transversal de uma OndA com aproximadamente ~4 anos de idade – 2015 Prof. Ciro A. Righi à esquerda Foto: Leonardo Tardivo
  • 51. 51 Visita do SAF OndA – alunos da disciplina de SAFs-PG - 2016 Foto: Ciro Abbud Righi Anhembi/SP
  • 52. 52 Desenho esquemático de um corte transversal do campo experimental na Estação Experimental de Ciências Florestais do Anhembi (ESFSA) - ESALQ / USP mostrando a distribuição de árvores (Eucalyptus híbrido COP 1277 - Eucalyptus grandis x Eucalyptus camaldulensis) plantadas com espaçamento de 3x2 m em escala temporal formando uma estrutura com uma forma de onda - os números abaixo das árvores correspondem à sequência de plantio em anos. Os tratamentos avaliados foram: Monocrop; Onda Curta - 24 m entre becos e; Long Wave - 42 m entre becos. Aumento da rugosidade do sistema Aumento da interação – maior exposição solar Variações no espaço e no tempo Desenho: Gabriella S. Ribeiro
  • 53. 53 Mathematical model for simulation of solar radiation availability Bernardes, 1998 Where, I = daily radiation (MJ.m-2 ) that reaches the canopy of the intercalary crop; d = distance from the row of shading trees (m); I0 = daily radiation (MJ.m-2 ) on a horizontal surface above the tree canopy; Cw = tree canopy radius (m); D = declivity of the ground (radians); Hr = relative tree height (m) Ha = tree height (m); Hci = height of intercalary crop (m). Goudriaan, 1977
  • 54. Modelagem Matemática da Disponibilidade da Radiação Solar 1A 2A 3A 4A 4B 3B 2B 1B 1A 2A 3A 4A 5A 6A 7A7B 6B5B 4B 3B 2B 1B Solar radiation Availability % d1 Distance from Eucalyptus trees (side A) d2 Distance from Eucalyptus trees (side B) Lado A Lado B 100% 54
  • 55. Cassava production measurement 55 Damien Joubert July 2012, Anhembi-SP 3 to 4 kg/plant 1mx1m spacing Pumpkins – no measurement
  • 56. 56 Também produzimos Mandioca e Abóboras Dinheiro ($) no curto e no longo prazo
  • 57. 57 Evaluation of Eucalyptus growth in Agroforestry and Monoculture: canopy architecture and growth rates Gabriella da Silva Ribeiro (2015-2016)
  • 58. 58 Partial View of the first and second lines (years 1 and 2) of the Long Wave treatment – 42 m Sept. 13th , 2017 Photo: Claudia S.G. Martins
  • 59. 59 Table 1. Tree parameters evaluated (means and standard deviations) Years 1 and 2 of the Eucalyptus hybrid (Eucalyptus grandis and Eucalyptus camaldulensis) Year 1 Year 2 Experimental Station of Forestry Science of Anhembi (ESFSA), Department of Forestry Science of the Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”, University of São Paulo (ESALQ/USP) in Anhembi-SP/Brazil (22°40’ S, 48°10’ W). TREES CHARACTERISTICS TREES FORM and FUNCTION Gabriella S. Ribeiro (2017)
  • 60. 60 Mean basal area increment (cm²) Precipitation Monocrop Alley 24 m Alley 42 m Year 1 Year 2
  • 61. 61 BIOMASSA DO EUCALIPTO E CARBONO 2015 and 2016 Gabriella S. Ribeiro (2017) ~ 2 , 5 X B i g g e r MONOCROP LONG WAVE 42 M SHORT WAVE 24 M
  • 62. 62 1. Sim, é possível planejar e projetar SAFs mais apropriados e manejar a estrutura e a rugosidade do dossel florestal aumentando a captura da radiação solar; 2. A biomassa de Tronco - Onda Longa 2.5 X Maior; 3. O uso das outras duas dimensões (espaço e tempo) é grandemente ignorado - precisamos usá-las! 4. Grandes possibilidades de ajustar a questão temporal ao desenvolvimento da planta e ao gerenciamento da arquitetura do sistema, a fim de obter uma maior produção e ajustes ecológicos - ainda inexplorados. 5. Precisamos desenvolver nossos próprios sistemas 6. É possível manter as pessoas num ambiente sadio CONCLUSÕES!!
  • 63. 63 Espalhe a alegria - vivemos num mundo em mudança que se recria Ciro Abbud Righi E-mail: ciro@usp.br