O documento descreve a corrente Aussie, uma corrente alternada de média frequência modulada em bursts desenvolvida por Alex Ward para estimulação sensorial e motora. A corrente Aussie produz mais torque muscular com menor intensidade em comparação com outras correntes. Estudos demonstraram que a corrente Aussie é mais eficiente e menos fadigante do que a corrente Russa.
2. Eletroterapia
• História:
• A corrente Aussie foi deselvolvida após 15 anos
de pesquisas pelo professor PhD Alex Ward da
Universidade de LaTrobe em Melborne, Austrália.
• Alex justifica que o que o levou a questionar as
demais correntes elétricas terapêuticas para a
estimulação sensorial e motora quanto à grande
eficiência para estimulação foi o fato de não se
encontrar na literatura científica trabalhos que
dessem suporte científico aos parâmetros e
características físicas adotadas por seus criadores
no momento da concepção das outras correntes.
Capítulo 8: Corrente Aussie
3. Eletroterapia
• Fisiologia:
• Na realidade a corrente Aussie é
classificada como uma corrente
alternada de média frequência
modulada em bursts de curta
duração.
• A corrente pode ser utilizada para
a estimulação sensorial e motora.
Capítulo 8: Corrente Aussie
4. Eletroterapia
• Para a estimulação motora a
frequência de 1kHz e duração de
bursts igual a 2ms são os parâmetros
de eleição.
• A frequência de modulação dos bursts
deve ser igual a 50Hz, podendo ser
modificada de acordo com a avaliação
clínica do paciente entre valores de
20Hz a 70Hz.
• A modulação em rampa é necessária
para que a fadiga e lesões musculares
sejam evitadas.
Capítulo 8: Corrente Aussie
5. Eletroterapia
• Comparativos:
• Estudos realizados pelo prof. Alex Ward
sugerem que a corrente Aussie seja mais
eficiente na produção de torque muscular
quando comparada à corrente Russa ou a
outras correntes pulsadas de baixa
frequência.
• Além disso, a estimulação por meio da
corrente Aussie possibilita maior torque
com menor intensidade de estimulação em
mA.
Capítulo 8: Corrente Aussie
6. Eletroterapia
• Estudos:
• A única literatura atual sobre "Corrente
Aussie" era uma comparação deste com as
outras duas correntes acima mencionados e
seus efeitos sobre o desconforto e extensor
do punho torque de produção.
• O estudo realizado por Ward et al (2006)
observaram que houve uma diferença
significativa nos diferentes protocolos de
estimulação e que “a corrente russa atual"
produziu o menor pulso extensor de torque
que a "Corrente Aussie“.
• Embora a pesquisa tenha sido prejudicada
por uma grande variação entre-sujeitos.
• Os resultados do estudo podem ser
encontrados na Figura ao lado.
Capítulo 8: Corrente Aussie
7. Eletroterapia
• Parâmetros de utilização:
• Na estimulação sensorial a corrente
Aussie deve ser utilizada com
frequência igual a 4kHz e duração de
bursts igual a 4ms e frequência de
modulação dos bursts podendo
variar de acordo com o mecanismo
modulatório que se deseja ativar, ou
seja, comporta de dor e liberação de
endorfina.
Capítulo 8: Corrente Aussie
8. Eletroterapia
• Se a opção for a modulação da
dor por meio da teoria das
comportas a frequência a ser
utilizada é a igual a 120Hz.
Capítulo 8: Corrente Aussie
9. Eletroterapia
• Se a opção for a liberação de
endorfina a frequência de eleição é
a igual a 20Hz.
• Esses valores podem sofrer
alterações em decorrência de
referências particulares de
parâmetros por parte dos
terapeutas.
Capítulo 8: Corrente Aussie
10. Eletroterapia
• A corrente Aussie para estimulação sensorial deve ser
utilizada em condições de pós cirúrgico imediato e
tardio para o tratamento das dores.
• Além disso, a corrente Aussie para estimulação
sensorial pode ser utilizada para o tratamento de
algias ocasionadas por diversos tipos de disfunções
como fibromialgia, lesões musculares e articulares,
tendinites, bursites, etc.
Capítulo 8: Corrente Aussie
11. Eletroterapia
Publicação Achados
Ward (2006) Comparativo de correntes Aussie e Rússa com as correntes pulsadas. Descobriu que a Aussie era mais
confortável para o paciente, e provocou pelo menos tanto torque muscular na máxima intensidade
tolerável, o que significa que freqüência e tamanha do ciclo de correntes alternadas são os maiores
determinantes do desconforto do paciente e produção de torque.
Ward & Oliver
(2007)
Este artigo comparou a eficácia hipoalgésica (limiares de dor) das correntes de baixa frequência
(corrente pulsada monofásica) e freqüência de explosão modulada (Aussie). Os autores descobriram
que ambos foram igualmente eficazes em elevar o limiar de dor, e as diferenças foram apenas
prováveis de serem encontradas, se o tamanho da amostra foi de > 100 e, portanto, quaisquer
diferenças não seria clinicamente relevantes
Laufer & Elboin
(2008)
Procurou efeito da mudança de frequência e duração de explosão na força de contração (extensores do
punho), a fadiga muscular, e percebeu o disconforto com as correntes alternadas (Russa, Aussie e
interferencial) e também correntes pulsadas de baixa corrente. Encontrou que as correntes pulsadas de
baixa corrente são provavelmente mais eficazes para ganho de força de contração muscular, a força de
contração foi igual, independentemente do tipo corrente, mas havia sido menos fatigante, que é
possivelmente devido a ação múltipla disparo potencial com correntes de freqüência em kilohertz
como a Aussie. Todavia a corrente russa é mais fatigante que a corrente Aussie e assim provocaria
melhores resultados.
Capítulo 8: Corrente Aussie
12. REFERÊNCIAS
• Ward AR, Lucas-Toumbourou S, McCarthy B. (2009). A comparison of the analgesic efficacy of medium-
frequency alternating current and TENS. Physiotherapy, 95(4):280-288.
• Ward AR, Chuen WL. (2009). Lowering of sensory, motor, and pain-tolerance thresholds with burst
duration using kilohertz-frequency alternating current electric stimulation: part II. Archives of Physical
Medicine and Rehabilitation, 90(9):1619-1627.
• Ward AR. (2009) Electrical stimulation using kilohertz-frequency alternating current. Physical Therapy,
89(2):181-190.
• Ward AR, Lucas-Toumbourou S. (2007). Lowering of sensory, motor and pain-tolerance thresholds with
burst duration using kHz frequency alternating current electrical stimulation. Archives of Physical
Medicine and Rehabilitation, 88(8). 1036-1041.
• Ward AR, Oliver W. (2007). A comparison of the hypoalgesic effectiveness of low frequency and burst
modulated kHz frequency currents. Physical Therapy, 87(8). 1056-1063.
• Ward AR, Oliver W, Buccella D. (2006). Wrist extensor torque production and discomfort associated with
low frequency and burst modulated kHz frequency currents. Physical Therapy, 86(10). 1360-1367.
• Ward AR, Robertson VJ, Ioannou H. (2004). The effect of duty cycle and frequency on muscle torque
production using kHz frequency range alternating current. Medical Engineering and Physics, 26(7), 569-
579.