O documento descreve o desenvolvimento de marcadores moleculares "sequence characterized amplified region" (SCAR) para identificar os biótipos B, Q e nativo brasileiro da mosca branca Bemisia tabaci através de análises de DNA. Os marcadores SCAR BT-B1, BT-B3 e BT-BR1 foram capazes de distinguir esses três biótipos de outras espécies de insetos e de outros biótipos de B. tabaci com sucesso. Esses marcadores moleculares podem ser usados para monitorar a distribuição e din
Identificação de biótipos b, q e nativo brasileiro do complexo da espécie bemisia tabaci por meio de marcadores scar
1. Identificação de biótipos B, Q e nativo brasileiro
do complexo de espécies Bemisia tabaci por meio
de marcadores SCAR
Paulo Queiroz(1), Érica Martins(1), Nazaré Klautau(2), Luzia
Lima(3), Lílian Praça(3) e Rose Monnerat(3)
o o Andar, Quadra 03, Setor
2. * Bemisia (37 espécies)
Bemisia tabaci;
* Mais de 40 biótipos
descritos;
Introdução
* Originária do sul da Ásia Índia ou
Paquistão.
* Cosmopolita (descrita em várias regiões do
mundo);
http://entnemdept.ufl.edu/creatures/veg/leaf/silverleaf_wh
itefly.htm
3. Biótipo Localização Cultura
A Estados Unidos Algodão
BR Brasil Algodão
B Estados Unidos/Brasil Polífaga
H Índia Melancia
L Sudão Algodão
Q Espanha Tomate
Sida Porto Rico Polífaga
(Fonte: Brown et al., 1995; Markham et al., 1995)
T Itália Euphorbia characias
Ms SE Oceano Índico Cucurbita sp
(Fonte: Simon et al., 2003; Delatte et al., 2005)
4. Biologia
* Tamanho pequeno (1 mm) ⇒
fêmea é maior;
* Dorso amarelo e asas brancas;
* Similaridade morfológica
entre os biótipos;
* Aparelho bucal picador-sugador (seiva
elaborada);
* Polífaga (várias plantas hospedeiras) = 600
espécies vegetais = 74 famílias botânicas;
http://umr-
pvbmt.cirad.fr/var/umr_pvbmt/storage/images/pvbmt/
actualites/soutenances-et-presentations/presentation-
de-these/50216-1-fre-FR/presentation-de-these.jpg
5. A - Como PRAGA = Reduz a
produtividade da planta e a
qualidade dos frutos.
Danos Causados por Bemisia tabaci
B - Como VETOR de Vírus =
Disseminação de 180 estirpes
de vírus.
http://4.bp.blogspot.com/-
SIHPB_lUzRY/VN5yQutfI6I/AAAAAAAAEWM/w
kUBVsd9B-Q/s1600/DSC00403%2BD%2Bstr
%2Bold%2Bleveas%2BPLRV%2Bor
%2BToCV.JPG
http://userscontent2.emaze.com/images/92ac33b8-
f60b-4f66-a8be-d08a5a9590b2/6069e3c5-4fc3-4bba-
8197-c091d59a6ba3image10.jpeg
6. Situação no Brasil
* Condições ideais para o estabelecimento de
populações de mosca branca (temperatura,
luminosidade e clima).
* Explosão populacional em todo o mundo;
* Adaptabilidade a clima e cultura;
* Resistência a produtos químicos.
Danos econômicos “Praga do Século”
8. BTomate
Embrapa – Recursos Genéticos
e Biotecnologia - DF
288
BRAlgodão
Embrapa – Recursos Genéticos
e Biotecnologia - DF
226
BMelãoPark Branco - RN184
BSojaCarolina - MA140
ACriaçãoRiverside – CA - USA62
BCriaçãoRiverside – CA - USA61
NIAlgodãoVárzea Grande - MTNI
CassavaMandiocaNigéria14
QPepinoMarrocos8
QTomateEspanha7
Biótipo de
B. tabaci
CulturaLocalidadeCódigo
Metodologia
9. B BR
Gel
M
RAPD
mix de reação
5’GGT CCA AAT G3’
Tampão de
extração
B
BR
Termociclador
DNA + mix de reação
10. M 61 62 226
2888714
184 140
M 6-02
B. tabaci B B. tabaci A B. tabaci BR B. tabaci B B. tabaci B
B. tabaci Q B. tabaci Q cassava B. tabaci B Não Identificada
OPA-10
11. B ió t ip o Q
S im il a ri d a d e
0 .1 6 0 .3 7 0 .5 8 0 .7 9 1 .0 0
6 1 1
6 1 2
6 1 3
6 1 4
6 1 5
1 8 4 1
1 8 4 2
1 8 4 3
1 8 4 4
1 8 4 5
1 4 0 4
1 4 0 1
1 4 0 2
1 4 0 3
e 1
e 2
e 3
e 4
e 5
m 1
m 2
m 3
m 4
m 5
n 1
n 2
n 3
n 4
n 5
2 8 8 1
2 8 8 2
2 8 8 3
2 8 8 4
2 8 8 5
6 2 1
6 2 2
6 2 3
6 2 4
6 2 5
2 2 6 1
2 2 6 2
2 2 6 3
2 2 6 4
2 2 6 5
n i 1
n i 2
n i 3
n i 4
Bemisia tabaci B
USA
Brasil
B. tabaci
Espanha
Marrocos
Biótipo Q
Biótipo casava
B. tabaci
Biótipo A
Biótipo BR
Não Identificada
Melão
Soja
Tomate
Pepino
Mandioca
Tomate
Algodã
Algodã
Biótipo B
o
o
A
B
C
Melão
Melão
Figura 18 – Análise de populações dos vários biótipos de B. tabaci presentes no Brasil e
em outros países.
13. 21(R) CCG AAC CCT TTG GTG GAG GAT
63,5 °C
21(F) GGC GTG TTC CGC GAA TTC TGA
BT-BR1
21(R) CCC ACT GTA TCC TTC GTC TCT
63,0 °C
20(F) GCA CCC ACG GAC ATT GAA AT
BT-B3
19(R) GCG GCA CCT TGT TGA CAG A
63,0 °C
19(F) CGC AGA ATG TCT CAC TGC A
BT-B1
TmntSeqüência 5’ → 3’Primer
14. M 207 207 228 228 236 236 278 278 281 281 45 45 45 110 110 110 ag sf px ant ant ae ae C+
Reações de SCAR utilizando-se o primer BT-B1 para a detecção do biótipo
B de B. tabaci entre várias amostras de insetos de diferentes famílias ou gêneros.
207, A. cocois; 228, A. aepim;
236, B. tuberculata; 278, A. woglumi;
281, T. vaporariorum; 45, B. tabaci biótipo BR;
110, B. tabaci biótipo B; ag, A. gemmatalis;
sf, S. frugiperda; ant, A. grandis;
ae, A. aegypti.
C+ fragmento de RAPD clonado no vetor pGEM-T.
Resultados
15. Uso do primer BT-B1 para a detecção do biótipo B quando comparado
com outros biótipos de B. tabaci.
7 e 14 biótipo Q;
8, biótipo cassava;
45 e 226 biótipo BR;
61, 110, 140 e 288 biótipo B.
207, A. aepim;
236, B. tuberculata.
C+ fragmento de RAPD clonado em plasmídio;
C- controle negativo feito com água.
M 7 7 8 8 14 14 45 45 61 61 110 110 140 140 226 226 288 288 207 207 236 236 C+ C-
16. M 207 207 228 228 236 236 278 278 281 281 45 45 45 110 110 110 ag sf px ant ant ae ae C+
Reações de SCAR com o primer BT-B3.
207, A. cocois; 228, A. aepim;
236, B. tuberculata; 278, A. woglumi;
281, T. vaporariorum; 45, B. tabaci biótipo BR;
110, B. tabaci biótipo B; ag, A. gemmatalis;
sf, S. frugiperda; px, P. xylostella;
ant, A. grandis; ae; A. aegypti;
C+, seqüência BT-B3 clonada em vetor plasmidial.
17. M 45 45 226 226 61 61 110 110 140 140 228 228 C+ AG C- M 7 7 8 8 14 14
Teste do primer BT-B3 para a detecção do biótipo B quando comparado
com outros biótipos de B. tabaci.
45 e 226 biótipo BR;
61, 110, 140 e 288 biótipo B;
7, e 14 biótipo Q;
8, biótipo cassava;
ag, A. gemmatalis;
C+ fragmento de RAPD clonado em plasmídio;
C- controle negativo feito com água.
18. M B Goiaba Pepino caipira Pepino Couve C+
M B Quiabo Tomate Tomate Quiabo Açaí C+
Identificação do biótipo B de B. tabaci em rotina de laboratório empregando-se o kit
diagnóstico BT-B1 a partir de amostras coletadas em localidades do estado do Maranhão. C+
corresponde ao fragmento de RAPD clonado no vetor pGEM-T; B, controle para o biótipo B;
A letra M indica o marcador de massa molecular 100 pb ladder.
Aplicações em rotina de uso: Amostras de campo
19. M B Goiaba Pepino caipira Pepino Couve
M B Quiabo Tomate Tomate Quiabo Açaí
igura 46 – Perfil de marcadores RAPD obtidos com o primer OPA-13 a partir deF
amostras coletadas em localidades do Maranhão. A letra B corresponde ao controle para o
biótipo B e a a letra M indica o marcador de massa molecular 100 pb ladder. A seta indica
o fragmento de RAPD que originou o marcador BT-B3.
Perfil de marcadores RAPD obtidos com o primer OPA-13 a partir de amostras
coletadas em localidades do Maranhão. A letra B corresponde ao controle para o
biõtipo B e a a letra M indica o marcador de massa molecular 100 pb ladder. A
seta indica o fragmento de RAPD que originou o marcador BT-B3.
20. Figure 3. Flowchart showing the decision steps to use the
sequence‑characterized amplified region (Scar) markers in
the routine identific
a
t ion of the B, Q, and Brazilian (BR)
biotypes of the whitefly Bemisia tabaci.
e region (Scar)
BT‑BR1 primer
an (BR) biotype
B biotype of B.
rothrixus aepim;
anthus woglumi;
850‑ and 582‑bp
baci, and 700-bp
baci cloned in the
ol using Milli‑Q
21. A questão do biótipo Q
Amplificação com os primers BT-B3.
Motivo?
* Cervera et al. (2000) AFLP similaridade
entre os biótipos B e Q
* Horowitz et al. (2005) análise COI PCR-
RFLP similaridade entre B e Q.
* Rabello et al. (2005) ITS1 PCR-RFLP
alta similaridade entre B e Q.
22. * Infestação em culturas de tomate, melão,
algodão e abóbora (entre outras);
* Marcadores moleculares estudo do
comportamento e a dinâmica das populações;
* Conhecimento da diferenciação genética de
B. tabaci no Brasil estratégias de controle da
mosca branca no Brasil.