A estrutura fundiária colonial brasileira se baseava no latifúndio e na monocultura, principalmente de cana-de-açúcar produzida por mão de obra escrava. Após a independência, o café substituiu a cana como principal cultura de exportação. A Lei de Terras de 1850 dificultou o acesso à terra, gerando conflitos agrários e êxodo rural.
4. MONOCULTURA
Cultivo de um só produto (cana-de-
açúcar)
Mão de obra escrava (africana)
Grandes propriedades nas mãos de
amigos do rei
3 séculos
Produção voltada para o mercado
exterior
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6. APÓS A INDEPENDÊNCIA -
1822
Ocupação de modestas áreas (terras
devolutas)
Baseada no latifúndio monocultor
Café
Mão de obra escrava
Mercado exterior
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8. LEI DAS TERRAS - 1850
Fronteira agrícola fechada pelas elites
Acesso à terra somente mediante a
grandes somas de dinheiro
Acesso negado aos brancos , mestiços
pobres, negros e emigrantes (através de
legislação)
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11. ÊXODO RURAL
Abandono do campo por seus
habitantes
De regiões de menos condições de
sustentabilidade para centros urbanos
Séculos XIX e XX
Miséria dos retirantes
Morte (fome, sede, doenças ligadas à
subnutrição)
PROF. CRISTINA SOARES 1118/08/2013
14. COLONIZAÇÃO E
DESMATAMENTO
Desmatamento para retirada de
vegetação nativa
Extração de pau-brasil
Plantio de cana-de-açúcar
Criação de animais
Plantio de café
PROF. CRISTINA SOARES 1418/08/2013
16. CULTURAS
1628 – 235 engenhos de cana
Empregando milhares de pessoas
PROF. CRISTINA SOARES 1618/08/2013
17. CAFÉ
1727 – Francisco de Mello Palheta introduz
o café no sul
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18. BORRACHA
Norte
Amazônia
Charles Marie (francês)
1735
Descoberta da borracha
Exigência de muitos trabalhadores
PROF. CRISTINA SOARES 1818/08/2013
20. SECA E ÊXODO RURAL
1879 – grande seca no nordeste
Morte de 220 mil pessoas
Extinção de todo gado e agricultura
Êxodo rural 1 milhão de
retirantes
PROF. CRISTINA SOARES 2018/08/2013
22. MIGRANTES EM SÃO PAULO
Década de 30
Destino: fazendas de café
Fracos e desnutridos
Preteridos pelos imigrantes
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23. MUDANÇA NO FLUXO
MIGRATÓRIO
Do nordeste
para Amazônia
Seringueiras
Invasão da
Bolívia
Hoje Acre
PROF. CRISTINA SOARES 2318/08/2013
24. MANAUS
RIQUEZA E DECADÊNCIA
1880 – Manaus líder mundial na
exportação da borracha
1904 – oitenta mil toneladas
1906 – queda na exportação (ingleses na
Malásia)
Miséria, morte e fome novamente
Malária e diarréia
Êxodo em direção ao sul (pelo centro)
Manaus vira cidade fantasma
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27. BRASÍLIA E O ÊXODO PARA
O CENTRO
1957 – início da construção
Êxodo da área rural para o centro do país
De todas as partes dos Brasil (candangos)
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29. ÊXODO RURAL E DITADURA
Década de 60 - movimentação populacional
Propaganda do governo
○ Crescimento do Brasil
○ Erradicação da pobreza
Grandes centros
○ Urbanização acelerada
○ Construção civil
Mao de obra não especializada e analfabeta
Melhora nas condições salariais
Inchaço das cidades
PROF. CRISTINA SOARES 2918/08/2013
32. A LUTA PELA TERRA NO
BRASIL
Lei das Terras – 1850 – cria situação
desigual na distribuição das terras.
Início dos conflitos agrários no Brasil
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33. PRIMEIRA FASE
De 1850 a 1940
Messiânica – lutas com presença de
líderes religiosos
De origem popular
Ideologias de cunho milenarista
Com elementos sebastianistas
Canudos, na Bahia – Antonio
Conselheiro – 1870 a 1897
18/08/2013 PROF. CRISTINA SOARES 33
34. No Brasil, o movimento milenarista mais
conhecido foi o de Canudos, comandado
pelo líder religioso Antônio Conselheiro.
Ele e os seus seguidores acreditavam na
proximidade do Julgamento Final e
esperavam a vinda de um messias, do
qual Conselheiro teria sido seu profeta. A
profecia mais conhecida de Conselheiro -
"o sertão vai virar mar, e o mar vaivirar
sertão"- também encaixa-se no
pensamento milenarista da transformação
radical a partir de um fenômeno
sobrenatural.
18/08/2013 PROF. CRISTINA SOARES 34
35. Sebastianismo no Nordeste
Brasileiro
O sebastianismo é um fenômeno secular, que
muitas vezes é visto como uma seita ou
elemento de crendice popular. Teve sua
origem na segunda metade do século XVI,
surgindo da crença na volta de Dom
Sebastião, rei de Portugal, que desapareceu
na batalha de Alcácer-Quibir, na África, no dia
4 de agosto de 1578, enquanto comandava
tropas portuguesas. Como ninguém o viu
tombar ou morrer, espalhou-se a lenda de que
El-Rei voltaria. Alimentado por lendas e mitos,
sobreviveu no imaginário português até o
século XVII.
18/08/2013 PROF. CRISTINA SOARES 35
36. O movimento político-religioso também foi
muito forte e com resultados trágicos nos
sertões da Bahia, no arraial de Canudos
chefiado por Antônio Conselheiro, entre os
anos de 1893 e 1897, que culminou com a
Guerra de Canudos. Documentos
encontrados no arraial indicam que
Conselheiro e seus colaboradores
acreditavam no retorno de Dom Sebastião,
ou, pelos menos, usavam isso para obter
apoio dos seus seguidores. No caso de
Canudos, o sabastianismo pregava a volta
de Dom Sabastião para restabelecer a
monarquia e derrubar a República. Em
1897, o arraial de Canudos foi destruído
por tropas do Exército.
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39. CONTESTADO
1912 – 1916
Santa Catarina – Monge José Maria
A Guerra do Contestado foi um conflito armado entre a
população cabocla e os representantes do poder estadual
e federal brasileirotravado entre outubro de 1912 a
agosto de 1916, numa região rica em erva-
mate e madeira, disputada pelos estados
brasileiros doParaná e de Santa Catarina.1
Originada nos problemas sociais, decorrentes
principalmente da falta de regularização da posse de
terras e da insatisfação da população hipossuficiente,
numa região em que a presença do poder público era
pífia, o embate foi agravado ainda pelo fanatismo
religioso, expresso pelo messianismo e pela crença, por
parte dos caboclos revoltados, de que se tratava de
uma guerra santa.
18/08/2013 PROF. CRISTINA SOARES 39
40. A região fronteiriça entre os estados
do Paraná e Santa Catarina recebeu o
nome de Contestado devido ao fato de
que os agricultores contestaram a
doação que o governo brasileiro fez aos
madeireiros e à Southern Brazil Lumber
& Colonization Company. Como foi uma
região de muitos conflitos, ficou
conhecida como Contestado, por ser
uma região de disputas de limites entre
os dois estados brasileiros.
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42. LAMPIÃO
Nordeste brasileiro
1917 a 1938
“banditismo social”
Espoliação dos pequenos agricultores
Ou
Comensalidade com o latifúndio?
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44. SEGUNDA FASE
Lutas radicais localizadas
1940 a 1955
Conflitos violentos
Revoltas populares pelo Brasil
Demandas sociais e políticas
Adesão de milhares de pessoas
Maranhão e Paraná (governos
paralelos)
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46. DITADURA MILITAR
Luta pela terra violentamente reprimida
Pretexto de “ameaça comunista”
Movimento pela Reforma Agrária sem
atuação
Líderes presos ou mortos
Constituição de 1946 – desapropriação
de terras mediante indenização prévia
em dinheiro
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48. ESTATUTO DA TERRA
1965 – Função Social da Propriedade
Privada, com o apoio da Igreja Católica
Permissão de desapropriação para fins
de assentamento agrário
Emenda Constitucional de 1969 –
desapropriação mediante o pagamento
de títulos de dívida pública
Inoperante durante a ditadura
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50. JOÃO GOULART
Decreto – Comício da Central, 1964
Terras públicas: as circundantes das
rodovias federais, ferrovias e açudes.
Acelerou o golpe
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53. CONSTITUIÇÃO DE 1988
Revalidação da desapropriação
mediante pagamento de títulos
Limitação às terras improdutivas
Grandes propriedades produtivas
servem para o progresso do Brasil
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55. MST - CONTEMPORÂNEO
1985 – reorganização dos camponeses
Luta pela Reforma Agrária
MST – Movimento dos Trabalhadores
Rurais Sem Terra
Surge com a ocupação da fazenda
Anoni – RS – 1985
1.500 famílias
Desapropriação durou 14 anos
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57. Apoio da Sociedade local, da Comissão
Pastoral da Terra e do embrião do futuro
Partido dos Trabalhadores
Hoje vivem na área de 9.170 hectares,
460 famílias assentadas
1984 – Movimento em âmbito nacional
Ocupação de terras improdutivas
Pressão por reforma agrária
2012 – MST ocupação do parque
industrial da Usina Cambahyba –
Goytacases – norte fluminense
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58. 200 famílias
Área de 3.500 hectares
Pressionar por desapropriação
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59. MST
24 estados
500 famílias formam o núcleo – direção
regional – direção estadual – direção
nacional.
Setores e coletivos – trabalham em
frentes para reforma agrária
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61. SETORES
Saúde
Direitos humanos
Gênero
Educação
Cultura
Comunicação
Formação
Projetos e Finanças
Cooperação e Meio Ambiente
Frente de Massa
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65. Movimento social
Sem registro legal
Não presta contas a nenhum órgão
Não poderia receber recursos públicos
Direção colegiada
Apoio de ONGs
Grupos religiosos
Dentro e fora do país
Contribuição de camponeses
assentados
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67. ARTICULAÇÃO
Via Campesina – Organização
Internacional de camponeses
Movimento dos pequenos agricultores
(MPA)
Agricultores da Europa, África, Ásia e
América
Organizar camponeses em todo o mundo
Contra a ALCA
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