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  1. autor do original EDUARDO PARETO 1ª edição SESES rio de janeiro  2016 CENÁRIOS DE TI
  2. Conselho editorial  regiane burger, simone markenson, roberto paes, gladis linhares Autor do original  eduardo pareto Projeto editorial  roberto paes Coordenação de produção  gladis linhares Projeto gráfico  paulo vitor bastos Diagramação  bfs media Revisão linguística  bfs media Revisão de conteúdo  vanilde manfredi Imagem de capa  alphaspirit | shutterstock.com Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta obra pode ser reproduzida ou transmitida por quaisquer meios (eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia e gravação) ou arquivada em qualquer sistema ou banco de dados sem permissão escrita da Editora. Copyright seses, 2016. Diretoria de Ensino — Fábrica de Conhecimento Rua do Bispo, 83, bloco F, Campus João Uchôa Rio Comprido — Rio de Janeiro — rj — cep 20261-063
  3. Sumário Prefácio 7 1. Conceitos de Sistemas de Informação, Teoria de Sistemas e Tecnologia da Informação 9 1.1  Conceituação de sistema, sistema de informação e tecnologia de informação 11 1.2  A importância e a contribuição dos sistemas de informação na gestão organizacional 13 1.3  Componentes dos sistemas de informação 14 1.4  Visão geral dos recursos de um sistema de informação 15 1.4.1  Recursos de hardware, de software, de dados, de rede e humanos 15 1.4.2  Elementos de entrada, processamento, saída etc. 17 2. Os Profissionais de TI 19 2.1  Analista e desenvolvimento de sistemas 21 2.1.1  Análise e desenvolvimento 21 2.1.2  Profissionais de banco de dados 25 2.1.2.1 DBA 26 2.1.2.2  Administrador de dados – AD 26 2.1.3  Profissionais Web 26 2.2  Gestão e governança de TI 29 2.2.1  Gestão de TI 29 2.2.2  Governança de TI 34 2.3  Infraestrutura e suporte 37 2.3.1 Infraestrutura 37 2.3.2 Suporte 39 2.4  Novos papéis da TI 42
  4. 3. Tipos de Sistemas de Informação – Arquiteturas 43 3.1  Sistemas legados 46 3.2 Sistemas stand alone 46 3.3  Arquitetura cliente-servidor 47 3.4  Sistemas Web 50 3.5  Aplicativos móveis 51 4. Meios de Armazenamento 53 4.1  Tipos de memória do computador 56 4.2  Organização dos dados armazenados 58 4.2.1  Sistemas de arquivos 58 4.2.2  Banco de dados 59 4.2.3  Data Warehouse 59 4.2.4  Armazenamento na nuvem 60 5. Infraestrutura 61 5.1  Redes de computadores 63 5.1.1  LAN, MAN, WAM 69 5.2  A Internet e seus serviços 75 6. Governança de TI 81 6.1  Introdução à governança de TI 83 6.1.1  Frameworks de governança 83 6.1.2 ITIL 85 6.1.3 COBIT 87 6.1.4  Certificações ITIL / COBIT 89 6.2  Acordo de nível de serviço 91 6.3 Métricas 91
  5. 7. Segurança nos Sistemas de Informação 93 7.1  Introdução à segurança de informação 95 7.1.1  Conceitos fundamentais de segurança da informação 97 7.1.2  Autenticação e controle de acesso 101 7.1.3  Segurança de redes 108 7.2  Planejamento da segurança da informação 110
  6. 7 Prefácio Prezados(as) alunos(as), Estamos no século XXI, com bilhões de usuários conectados: casas inteli- gentes, carros que andam autonomamente, sistemas que monitoram nossas vi- das, nossas compras. O futuro é agora, mas como funciona este mundo? Como se implementam estes sistemas? Como funcionam estes programas? Seja bem vindo ao mundo da tecnologia da informação: um ambiente com- plexo de bit's e bytes, software e hardware, computadores, redes, Internet, ví- rus, governança, nuvem e muitos termos que, frequentemente, precisamos co- nhecer até para um bate-papo informal. Os profissionais de TI são as pessoas que entendem de computadores. Geralmente são aquelas pessoas que, quando chegam a algum lugar, são sem- pre procuradas por alguém que tem sempre um problema de informática a re- latar como, por exemplo: – “Meu computador está com um probleminha...” Para que possamos responder aos questionamentos da sociedade, preci- samos conhecer os diversos cenários existentes neste universo de tecnologia, assim como os termos técnicos do assunto e e toda conjuntura pertinente à modernidade. Este livro busca desmistificar a informática apresentando os principais conceitos, as normas, os termos técnicos bem como suas principais áreas de aplicação. No capítulo um, serão apresentados o conceito e a teoria de sistema, os sis- temas de informação e a forma como os profissionais da área auxiliam a gestão das empresas propondo uma solução dentro da TI. No capítulo dois, serão focados os profissionais de TI. Será feita uma análise do mercado, das áreas de atuação e como cada profissional atua neste mercado. Também será apresentada a classificação destes trabalhadores pelo Ministério do Trabalho – CBO – Código Brasileiro de Ocupação. No capítulo três, serão mostradas as diversas arquiteturas de software exis- tentes. Os sistemas de computadores são projetados de acordo com as estrutu- ras de hardware existentes e as necessidades das empresas. Serão relacionados desde os sistemas legados que ainda são utilizados nas empresas até os aplica- tivos móveis.
  7. Os sistemas legados, que funcionam até hoje nos mainframe’s, são respon- sáveis por grandes processamentos como os bancários. Os sistemas stand-alo- ne são programas que não precisam de nenhum suporte, isto é, são autossufi- cientes. Funcionam em computadores isolados. São aplicados ou são pequenos sistemas para empresas de menor porte. Na arquitetura cliente–servidor, o software é dividido em dois: uma parte é o servidor e a outra parte é representa- da pelo cliente. Os sistemas Web que utilizam o conceito da arquitetura cliente- servidor são hoje muito difundidos. Além destes, temos os aplicativos móveis, que são programas feitos para dispositivos móveis, como é o caso dos smart- phones. Estes aplicativos estão mais uma vez transformando a informática. No capítulo 4, serão descritos os diversos tipos de meios de armazenamen- to, envolvendo desde os sistemas de arquivo, os banco de dados até o armaze- namento em nuvem. No capítulo 5, será detalhada a infraestrutura da informática. Como os com- putadores se interligam em rede, serão apresentadas as principais topologias de rede e seus protocolos, tão comuns nas conversas, mas, muitas vezes, abor- dadas sem o devido embasamento teórico. No capítulo 6, será exposta a governança da TI, que é a área da informática responsável pelo gerenciamento e análise dos projetos da área. Por meio da go- vernança, definimos o escopo do sistema para conseguir quantificar o trabalho de desenvolvimento, definimos regras para o acompanhamento e implantação dos softwares. Após o sistema em produção, é por meio da governança que mo- nitoramos a qualidade do serviço entregue. Por fim, no capítulo 7 serão apresentados os conceitos fundamentais de se- gurança, sua importância para a sociedade e para as organizações. Também será discutida a forma como os profissionais devem se comportar eticamente no gerenciamento das informações que são manipuladas. Este livro procura apresentar todas as áreas da TI, mesmo que superficial- mente, e oferece uma grande visão dos diversos cenários e possibilidades que este conhecimento oferece. Quando falamos em informática, sempre pensa- mos nos problemas ou nas soluções que conhecemos, mas é preciso saber tudo que ela envolve, para entender como estes recursos são implementados e ge- renciados e analisar adequadamente o seu âmbito de aplicação. Esperamos que este livro tire dúvidas fundamentais da área, apresente uma série de assuntos e mostre os caminhos que os futuros profissionais poderão trilhar neste campo de atuação. Espero que você tenha uma boa leitura! Bons Estudos!
  8. Conceitos de Sistemas de Informação, Teoria de Sistemas e Tecnologia da Informação 1
  9. 10 • capítulo 1 As empresas e cada vez mais possuem sistemas de informação, programas, computadores para melhorar os seus processos e administrar seus produtos e serviços. Este cenário atual é considerado uma nova época, chamada era da informação1 , e é caracterizado pela forma como manipulamos as informações, o que determina o sucesso ou fracasso das organizações. Estamos completamente conectados, seja no celular, seja no computador, no carro ou até mesmo em nossa casa. O que realmente são sistemas de informação? Podemos rusticamente definir sistema de informação como um programa de computador que coleta dados e armazena-os de forma eficiente. Estes da- dos podem ser consultados e alterados pelos usuários. Então, podemos entender que sistema de informação é um programa de computador que se comunica com um sistema de banco de dados gerenciando dados e transformando-os em informação? Grosso modo, sim. Preste atenção, porém, nesta observação. Para muitos, programa de com- putador é apenas a tela que o usuário visualiza, assim, caso ocorra algo errado com ela, o programa "bugou". O nosso papel aqui é entender esta tela e mergulhar dentro deste mundo, assimilando o que estes programas e sistemas têm a ver com o mundo real. Nosso papel é buscar a forma como passar o que nos interessa do mundo real para o mundo virtual. Este livro busca desmistificar todos estes pontos, expli- cando todos os componentes envolvidos neste ambiente. OBJETIVOS •  Conceituar sistema e sistema de informação; •  Distinguir sistema de informação e tecnologia de informação; •  Compreender os conceitos de dados, informação e conhecimento e sua independência; •  Relacionar os componentes básicos de um sistema. 1  Nome dado ao período subsequente à era industrial, que se iniciou após a década de 1980. Caracteriza-se pelo fato de que é a capacidade criativa e pensante das pessoas que determina o seu sucesso na economia mundial.
  10. capítulo 1 • 11 1.1  Conceituação de sistema, sistema de informação e tecnologia de informação O primeiro conceito que iremos estudar é o principal conceito da tecnologia da informação, que é o sistema de informação. Para assimilar este conceito tão importante, vamos separar as palavras e en- tender primeiramente o que é um sistema, depois apreender o que é informa- ção, para, então, alcançar este significado. Geralmente, quando perguntamos aos alunos o que são sistemas, mui- tos respondem: – Sistema operacional.... Windows.... e outros programas. Só que na nossa vida, estamos cercados de diversos sistemas, que e conhe- cemos bem e com os quais interagimos com bastante frequência. Vamos a al- guns exemplos: Na biologia, mais precisamente no corpo humano: – sistema respiratório – sistema circulatório etc. Nas cidades: – sistema viário – sistema de transmissão de energia – sistema de telefonia fixa Oquetodoselestêmemcomum?Elessãocomplexosefazempartedeummun- domaiscomplexoainda.Colaboramentresiebuscamrealizarumatarefa-objetivo. Bom, acho que agora podemos definir o que é sistema: É um conjunto de elementos inter-relacionados que compõem um todo que apresenta função definida, que pode ser assim explicado: 1. O “coletivo”, ou seja, o conjunto de partes, cada uma com o seu papel bem definido; 2. O “relacionamento” entre as partes, ou seja, o compromisso das partes na formação do todo; 3. A “unidade” do sistema caracterizado pela sua função.
  11. 12 • capítulo 1 É importante ressaltar que não existe o sistema absoluto, independente do observador. Um objeto só é um sistema na medida em que é observado como tal. Um sistema é, na essência, uma visão que um sujeito (observador) reconhe- ce em um objeto cuja função lhe interessa. O observador define o sistema para simplificar seu entendimento e estudo. Preste atenção ao corpo humano. Estudar todo o corpo humano é muito mais complexo que separá-lo em partes isoladas. Então, os biólogos definem siste- mas para que possamos estudar as partes separadamente. Um sistema precisa ter definido seu contexto, interno e/ou externo, o que define seu campo de trabalho e seus limites de atuação. Quando os analistas de sistemas são chamados para desenvolver um sistema, o primeiro coisa alvo é identificar o que faz parte do sistema e o que não faz. Esta tarefa é chamada de delimitar a fronteira do sistema: quem participa (está den- tro) e quem não participa (está fora). Como este sistema falará com o meio exter- no, será preciso também identificar como é feita esta comunicação de entrada/ saída de dados. Os sistemas de informação são sistemas que recebem dados, armazenam- nos em meios pertinentes e persistentes e manipulam-nos, gerando informa- ções para seus usuários. Todo software que recebe dados, armazena e gera saí- da são classificados como sistemas de informação. Existem diversos sistemas de informações à nossa volta, desde o controle de estoque de uma loja até o sistema de controle acadêmico de sua faculdade. CLIENTES USUÁRIOS FORNECEDORES GERENTES DE PROJETO SISTEMA DE INFORMAÇÃO Figura 1.1  –  Diagrama de contexto.
  12. capítulo 1 • 13 Vamos olhar o sistema clássico de controle de biblioteca. Ele armazena os dados dos livros, dos usuários e também controla os empréstimos. Podemos identificar a entrada de dados, os armazenamentos e também as saídas. Na figura 1.1, vemos um diagrama de contexto onde identificamos as ne- cessidadesdosistemadeinformaçãoeosatoresqueinteragemcomosistema. 1.2  A importância e a contribuição dos sistemas de informação na gestão organizacional As empresas estão em busca de otimizar seus processos produtivos para au- mentar seus lucros. Um dos passos para alcançar este feito é o controle de suas etapas. A informatização se encaixa perfeitamente neste processo. Utilizando os computadores, podemos controlar as empresas. Agora, para isso, é preciso entender e modelar todos os processos da empre- sa. O primeiro passo é definir o sistema que iremos informatizar. Este passo é chamado de definição do contexto do sistema. Quando um analista estuda a empresa, ele deve propor uma solução de TI, que é uma proposta que envolve um sistema de informação controlando os pro- cessos da empresa. A solução de TI – tecnologia de informação – engloba desde a definição de novos processos até a perspectivas de crescimento para a empresa. É respon- sabilidade do analista identificar os processos, as sinergias e a maneira como o sistema de informação pode auxiliar na nova configuração dos processos da empresa. Pense que o analista de sistemas tem uma visão externa e gerencial, além de não estar influenciado pelas tarefas do dia a dia. Ele será capaz de identifi- car a nova gestão organizacional que se fará presente na empresa com o siste- ma instalado.
  13. 14 • capítulo 1 1.3  Componentes dos sistemas de informação Sistema de informação é um conjunto de partes inter-relacionadas que pode estar automatizado ou não, que armazena, arquiva, recupera, manipula, trans- forma e processa informações em uma organização. Ele é composto pela se- guinte combinação: •  Pessoas: chamadas de usuários. São as pessoas que utilizam o sistema. Elas geram as entradas e recebem as saídas do sistema. •  Maquinas: hardware. São todos os componentes físicos que permitem a inter-relação entre as partes do conjunto. Podemos citar teclados, computado- res, dispositivos móveis, monitores etc. •  Softwares: são os procedimento que podem ou não ser implementados pela empresa, as regras que geram os programas que estamos utilizando. •  Redes de computadores: identificam a forma como os computadores es- tão interligados e se comunicam. •  Recursos de armazenamento: espaço onde os dados são armazenados para que possam ser consultados. •  Políticas da empresa e do ambiente onde atua: chamadas de regras do negócio, remetem à forma e ao local onde a empresa atua e como trata seus dados. É por meio destas regras e políticas que os dados são transformados em informações. •  Procedimento: as funcionalidades que o sistema deve fazer, ou seja, os problemas que são resolvidos. Vamos definir agora dado e informação e o próprio sistema de informação. Dado:fatoisoladoemsuaformabruta(ex.valordeumchequecompensado). Informação: conjunto de dados processados de tal forma que tenham um significado (ex. saldo de conta-corrente). Sistema de informação: conjunto organizado de pessoas, hardware, softwa- re, redes de comunicação e recursos de dados que coletam, transformam e dis- seminam informações em uma organização (O´Brien, 2009).
  14. capítulo 1 • 15 1.4  Visão geral dos recursos de um sistema de informação Para entender os recursos dos sistemas de informação, vamos definir o que é tecnologia da informação – TI. Tecnologia da Informação (TI) é um conjunto de recursos tecnológicos e computacionais para captação, geração e uso da informação. Pode ser enten- dido também como o conjunto de recursos não humanos que desempenham uma ou mais tarefas de transformar os dados em informação, de acordo com as regras e políticas definidas pela empresa. Estes recursos chamados de TI são fundamentais para que os sistemas sejam automatizados. O principal ganho que a TI traz para as empresas e organizações é a possi- bilidade de melhorar o controle de seus processos e ganhar em escalabilidade. A TI é uma excelente ferramenta para que seja aplicada a economia de escala. Este termo define que as organizações determinem seus processos produtivos de forma que se alcance a máxima utilização de seus fatores produtivos envol- vidos no processo, almejando que seus custos de produção sejam os menores possíveis. Com isso, tende à maximização dos lucros. Observe, porém, que este tipo de solução envolve a resolução do problema paraempresasquetêmodesejodecresceredefazervaleraproduçãoemescala. Então, podemos concluir que a tecnologia da informação – TI – é a infraes- trutura para os sistemas de informação SI. 1.4.1  Recursos de hardware, de software, de dados, de rede e humanos Os sistemas são definidos como uma solução de TI, ou seja, é uma proposta computacional para melhorar e controlar os processos da empresa. Os recur- sos que temos para isso são divididos em hardware, software, dados, redes e humanos.
  15. 16 • capítulo 1 Recursos humanos Usuários finais e especialistas em TI Recursos de software Programas e sistemas Recursosdehardware Máquinas,dispositivos,sensores Recursosdedados Bancodedados,sistemas dearquivos,nuvem Controle de desempenho do sistema Entrada de dados Processamento Saída de informações Armazenamento Recursos de rede Meios de comunicação – Conectividade Figura 1.2  –  Recursos de sistemas. Os recursos de hardware definem como o software poderá ser utilizado. Existem diversas formas de desenvolver os programas, mas elas sempre irão depender dos tipos de computador que estiverem disponíveis. Em uma pe- quena empresa como, por exemplo, um comércio, muitas vezes só existe um computador para fazer tudo. Nesta estrutura, o hardware disponível é um com- putador, mas existem empresas que detêm milhares de computadores interli- gados em rede. Isso faz com que a solução de TI seja diferente e apropriada à sua realidade. Os recursos de software são os programas que irão controlar o sistema. Ele será projetado de acordo com as possibilidades da empresa e da disponibili- dade de hardware. O software deve atender às necessidades da empresa e de seus usuários. Os recursos de dados são entendidos como os dados serão armazenados, seja em um banco de dados, seja em planilhas ou mesmo em documentos de texto. Da mesma forma que o hardware e o software, a solução de TI deve ser
  16. capítulo 1 • 17 individualizada e sempre atendendo à necessidade da empresa. Estes dados podem ficar armazenados na empresa, em discos externos ou até mesmo na nuvem, como já citado, dependendo da necessidade da empresa. Os recursos de rede mostram como os computadores da empresa estarão conectados e se comunicarão. Por fim, temos os recursos humanos, que são as pessoas que irão interagir com o sistema. Estas pessoas devem desempenhar papéis e são especialistas do domínio onde o sistema atua. Veja que seus usuários sabem efetuar a tarefa maravilhosamente bem sem o sistema e, não raramente, veem o sistema como uma ameaça ao seu emprego. Sua tarefa é conseguir conscientizá-los de que sem eles o sistema não obterá o desempenho desejado. 1.4.2  Elementos de entrada, processamento, saída etc. Um sistema de informação pode ser descrito como um conjunto de entradas e o processamento que gera as saídas desejadas. ENTRADA PROCESSAMENTO SAÍDA Os componentes de entrada são os dados que devem ser inseridos, incluin- do a forma como estes dados serão captados. Chamamos os componentes de hardware de responsáveis por esta tarefa de dispositivos de entrada. Os componentes de saída são as informações que são geradas pelo siste- ma. Chamamos os componentes de hardware de responsáveis por esta tarefa de dispositivos de saída. Processamento é o conjunto de formas em que os dados devem ser proces- sados. Podemos entender isso como o conjunto de regras de negócios ou todas as funcionalidades do sistema.
  17. 18 • capítulo 1
  18. Os Profissionais de TI 2
  19. 20 • capítulo 2 O mercado de trabalho para os profissionais de Ti é pungente. Existem diversas áreas para se trabalhar, dependendo da aptidão do profissional e do que ele mais gosta de fazer. Existe carência de bons profissionais em todo o mundo, tanto nos países ricos e desenvolvidos, quanto nos em desenvolvimento. Com o avanço das tecnologias, do poder de processamento e dos meios de armazenamento e dos dispositivos móveis, hoje há uma necessidade muito grande por todo o tipo de profissional de TI, pois há muita coisa a ser feita. A sociedade demanda novas soluções para facilitar e automatizar a vida e está nas mãos das pessoas que trabalham na informática analisar estas necessidades, desenvolver estas soluções e entregar estes produtos. É possível dividir a área de TI em 3: •  Análise e desenvolvimento •  Infraestrutura e suporte •  Gestão e governança de TI OBJETIVOS •  Identificar os profissionais de TI; •  Entender a importância das profissões, tanto as que lidam com software quanto as que lidam com infra estrutura; •  Apresentar o CBO para as profissões de TI
  20. capítulo 2 • 21 2.1  Analista e desenvolvimento de sistemas Sempre que pensamos em profissionais de TI, são os analistas e desenvolve- dores que vêm à mente. Foram os precursores da informática e muitos foram oriundos de outras áreas. São ainda a base dos profissionais de TI. 2.1.1  Análise e desenvolvimento Analista de sistemas – o profissional tem contato direto com os clientes, para verificar suas necessidades, requisitos e ou problemas que os usuários possam ter. Faz uma análise inicial, depois disso emite uma documentação, para que o sistema possa ser construído. Abrange várias atividades, que vão desde a iden- tificação inicial das necessidades específicas que devem ser supridas pelo pro- jeto até a própria arquitetura, documentação e desenvolvimento do software em questão. O profissional deve ser capaz de trabalhar com algumas das prin- cipais linguagens de programação do mercado, como Java, C e .NET, conhecer estruturas de dados e interoperabilidade entre diferentes aplicações, para que possa tanto desenvolver softwares novos quanto otimizar e integrar aplicações já existentes. Analista de requisitos – é o profissional que analisa a empresa para iden- tificar os requisitos e as especificações para projetos de TI. É responsável por propor propostas de novos processos, mapeamento e análise dos processos existentes. Elabora documentação técnica de especificações de requisitos e prepara o ambiente para que o gestor possa gerenciar o projeto. Analista de negócios – é o profissional que auxilia na coordenação e mode- ração de planejamentos estratégicos e na realização de reuniões para estabele- cer metas, para que os gerentes abarquem novas ideias ao invés de diminuí-las. Após todas as análises, o analista de negócios começa a transformar as estraté- gias em soluções de negócios viáveis. Analista de organização, sistemas e métodos – é uma evolução do analista de organização e métodos (OM), que sofreu forte impacto com o surgimento do analista de sistemas, que, com a tarefa de introduzir novos métodos de traba- lho sempre via computador, começou a avançar sobre a função do analista de
  21. 22 • capítulo 2 O&M. Embora tenha sido reduzida a demanda por estes profissionais, muitas empresas ainda os procuram como forma de obter melhorias consistentes em sua organização, ainda que em forma de consultoria. Este profissional executa as atividades de levantamento, análise, elaboração e implementação de siste- mas administrativos na empresa, informatizados ou não, tendo como objeti- vo criar ou aprimorar métodos de trabalho, agilizar a execução das atividades, eliminar atividades em duplicidade, padronizar, melhorar o controle, fazer o gerenciamento dos processos e solucionar problemas. Um dos objetivos prin- cipais é a renovação organizacional, de forma a fazer frente à globalização e ao aumento contínuo de competitividade da concorrência. Analista de business intelligence (BI) – funciona mais ou menos assim: o analista de business intelligence (ou analista de BI) identifica padrões nos da- dos armazenados e, tendo como base esses padrões, ele propõe análises que preveem o andamento de determinado produto ou o comportamento de um cliente. Assim, ele colabora com outras áreas da empresa tais como a financeira e a de marketing. Entre as tarefas exercidas pelo analista de BI estão: a criação de aplicações e análise de dados; a definição de padrões e práticas aperfeiçoa- das de desenvolvimento; a elaboração do cronograma do projeto e relatórios gerenciais; a liderança de equipes multidisciplinares; a observação de empre- sas concorrentes; a negociação com usuários. Analista de qualidade de software – existe muita confusão no mercado rela- tiva às funções de um analista de qualidade de software. Para clarificar quais- quer dúvidas sobre isso, vale citar que o analista de qualidade de software é o profissional que valida o processo utilizado em sua criação e desenvolvimento. Este profissional está envolvido no desenvolvimento do software, participando ativamente do processo de programação e, quando este é finalizado, o analista de qualidade de software tem como responsabilidade a validação e certificação do processo usado no desenvolvimento do programa, de forma a garantir sua qualidade do. Dessa forma, o analista de qualidade de software distancia-se do analista de testes – função que por vezes sobrepõe-se à análise de qualidade, mas que não tem o mesmo objetivo –, na medida em que o analista de testes é responsável pela validação do produto final em si e não pela forma como este foi elaborado.
  22. capítulo 2 • 23 Analista de processos – este profissional analisa e define processos de tra- balho, estuda tempos e parâmetros, mapeia fluxos das atividades e identifica falhas, com o objetivo de estabelecer novas estratégias para a solução de pro- blemas no processo de melhoria contínua. Analista de testes – profissional ligado à área de teste de software, cuja fun- ção inclui desde a criação das estratégias de testes que serão utilizadas no pro- duto em desenvolvimento até a criação dos planos de testes, que são passos predefinidos que o testador terá de executar, com a finalidade de verificar os resultados esperados de cada passo. Um analista de testes é um profissional de TI que tem como função criar roteiros de testes, fazendo a análise, a homolo- gação de sistemas e a avaliação dos resultados de cada ciclo. Seu trabalho visa detectar erros em sistemas, mas não corrigi-los (tarefa do programador), emi- tindo relatórios com base nos indicadores e facilitar processos de certificação de softwares. Arquiteto de software – para evitar riscos, é necessário pensar na arquitetura antes do desenvolvimento. O arquiteto de software fará a escolha dos módulos, da tecnologia, irá pensar na segurança e em como fazer a interface gráfica. Irá analisar a forma de reportar os erros e de gerar a comunicação entre as várias camadas. Depois, ele passará essa análise para o programador e ambos formu- larão o conceito, para garantir que fatores externos não prejudiquem as funcio- nalidades principais e que o usuário consiga facilmente atingir o seu objetivo. Consultor de TIC – Um consultor de TI (tecnologia da informação) é res- ponsável pela análise de algum problema específico ou não do cliente. Com base nessa análise, o consultor propõe possíveis soluções para resolver os pon- tos falhos. Um consultor de TI raramente trabalha com pessoas individuais, prestando seus serviços para empresas de todos os portes. Um consultor de TI geralmente especializa-se em alguma área da tecnologia da informação. Áreas como segurança, melhoria dos processos, otimização de bancos de dados e de- senvolvimento de softwares estão entre as mais requisitadas. Por isso, o consul- tor deve ser detentor de grande conhecimento da área específica em que atua, embora lhe seja imprescindível ao ter bom conhecimento de toda a área de TI. Isso porque, ao sugerir alguma solução para o cliente, esta deve se encaixar no
  23. 24 • capítulo 2 modelo de negócios da empresa e com toda a estrutura já existente – a não ser, é claro, que o cliente opte por fazer uma reforma geral. Desenvolvedor de software – este profissional tem por objetivo desenvolver softwares, fazer a programação de computadores. O desenvolvedor também pode fazer a manutenção do software em um sistema mainframe ou desenvol- vê-lo para o uso em computadores pessoais. Os softwares podem ser simples como controlar o estoque eletronicamente ou mais complexos para serem uti- lizados em grandes empresas. Desenvolvedor de games – para o exercício dessa profissão, que é o sonho de muitos adolescentes e que somente agora tem tido maior demanda no Brasil, é necessário ter graduação em desenho industrial, computação gráfica, publi- cidade, ciências da computação e áreas semelhantes. Tendo em consideração que um desenvolvedor de games deve ser um profissional multifacetado, as possibilidades de especialização são variadas, podendo ser uma escolha viável formar-se em ciências da computação e cursar uma pós-graduação ou exten- são em computação gráfica, desenho ou publicidade. O importante de reter é que, para se manter nesta área, é necessário ser criativo e ter conhecimentos multidisciplinares, tanto no nível acadêmico como no nível cultural, o que lhe permite ter maior desenvoltura em um mercado dinâmico como o de games. Desenvolvedor de App – outra profissão do momento, que também é o so- nho de muitos adolescentes. Este desenvolvedor também é um profissional multifacetado, pois terá que compreender as necessidades do consumidor bem como ter conhecimento técnico de desenvolvimento em linguagens espe- cíficas nativas. Programador – é o profissional que tem a responsabilidade de escrever roti- nas e instruções em linguagens de programação. Ele também executa a manu- tenção dos sistemas, fazendo eventuais correções necessárias nos programas já desenvolvidos e visando atender às necessidades dos usuários. Ele desenvolve os trabalhos de montagem, depuração e testes de programas. Programação é a codificação de instruções lógicas com o objetivo de executar determinadas
  24. capítulo 2 • 25 sequências de ações, criando assim o que é chamado de programa ou softwa- re. Existem diversas linguagens de programação, que são como uma grande biblioteca de funções, métodos e instruções para o programador desenvolver programas. Algumas linguagens muito usadas: C; Java; Objective-C; C++; PHP. O programador é responsável por seguir especificações determinadas pelo ana- lista de sistemas para o desenvolvimento de partes de um produto de software ou, até mesmo, do software completo. Muitas vezes, o programador trabalha em equipe com outros programadores e profissionais da TI. Ele deve estar apto a ler documentações de software e criar registros de mudanças num software, entre outras atividades. O cargo de programador é um dos mais comuns e ini- ciantes na área do desenvolvimento, mas de grande importância para empre- sas. Nós podemos dividi-lo em quatro categorias: •  Programador desktop – programador de aplicações ou sistemas para ambiente local, ou seja, programas que vão funcionar em um computador ou numa rede de computadores, dentro de um sistema operacional como Windows, Linux ou MAC. •  Programador Web – responsável por programar websites ou sistemas web. Os websites são caracterizados por funcionar na rede mundial da Internet e serem acessíveis em qualquer lugar. •  Programador mobile – é especializado em criar aplicativos para celulares e dispositivos móveis. Ele pode trabalhar com uma das plataformas Android, IOS, Windows Phone ou Java, entre outras. •  Programador de jogos – é o responsável por desenvolver partes das ins- truções lógicas de um jogo digital ou, até mesmo, o jogo completo. Ele pode trabalhar com jogos para computador, dispositivos móveis, videogames ou jo- gos que rodam em websites. Existem outros tipos de programador como, por exemplo, o que trabalha com linguagens para banco de dados etc. 2.1.2  Profissionais de banco de dados Nos sistemas de informação, os dados precisam ser armazenados. Estes profissionais trabalham diretamente com armazenamento em banco de dados relacionais, com sistemas de informação que trabalham com siste- mas transacionais.
  25. 26 • capítulo 2 2.1.2.1  DBA O administrador de banco de dados (também conhecido como DBA) é um profissional que se dedica, em especial, a tudo que está relacionado com a ad- ministração de bases de dados. Para se tornar um administrador de banco de dados, é necessário adquirir pleno domínio sobre as tecnologias de banco de dados mais utilizadas no mercado (como Oracle, SQL Server, MySQL, Postgres e DB2), além de ferramentas de business intelligence. 2.1.2.2  Administrador de dados – AD É um profissional que se dedica a estudar os dados e a melhor forma de ar- mazená-los. Além disso, o AD centraliza todas as estratégias, procedimentos e práticas para o processo de gerência dos recursos. Também é responsável pela definição dos planos, das padronizações, das organizações e das proteções que serão implementadas. 2.1.3  Profissionais Web Com o surgimento e desenvolvimento da Web, um conjunto de carreiras foi de- senvolvido para que estes profissionais fossem classificados. A informática é muito dinâmica e as profissões vão sendo criadas e morrendo. A área da Web hoje representa uma grande possibilidade de emprego. Analista de sistemas Web – o profissional de sistemas para Internet é aque- le que trabalha com o desenvolvimento de programas, de interfaces e aplica- tivos para o comércio e marketing eletrônico, além de portais para Internet e Intranets. Esse profissional gerencia projetos de sistemas, inclusive com aces- so a banco de dados, desenvolvendo aplicações para Web e integra mídias nos diversos campos da rede. Em seu campo de trabalho, além de atuar com tec- nologias emergentes como computação móvel, redes sem fio e sistemas dis- tribuídos, o profissional cuidará da implantação, atualização, manutenção e segurança dos sistemas para a Internet, entre outras funções. Desenvolvedor Web – desenvolvedor Web é o profissional especializado em desenvolver aplicações que funcionam na nuvem. Assim, este profissional cria
  26. capítulo 2 • 27 programas que não necessitam ser instalados no dispositivo para que funcio- nem. Além disso, desenvolvedor Web é aquele que desenvolve sites, portais, fó- runs, lojas virtuais etc. Para atuar como desenvolvedor Web, o indivíduo neces- sitadeformaçãobastanteespecíficaqueforneçacompetênciasparaprogramar, tais como conhecer as linguagens de programação mais solicitadas (PHP, Java, ASP, .NET), conhecer e entender o funcionamento de banco de dados, sendo, portanto, imprescindível o conhecimento da linguagem SQL. Adicionalmente, dominar CSS e HTML é fundamental. Para obter estas competências e outras que são necessárias para o exercício da profissão de desenvolvedor Web, é ne- cessário cursar uma graduação, por norma Sistemas da Informação. Web designer – O especialista tem a responsabilidade de codificar o que foi criado pelo designer de interface. Ele vai cuidar exclusivamente do JavaScript, do HTML e do CSS. Ainda existem os Web designers que são especialistas em flash e que irão colocar o site no ar. Analista de conteúdo Web – atua na produção de conteúdo, alimenta sites e gerencia redes sociais. Analisa, redige e modifica o conteúdo a ser publicado nos sites. Atualiza textos e imagens. Apoia projetos e desenhos que envolvam estrutura do banco de dados e das consultas nos sites. Ele cuida do plano estra- tégico da empresa nas mídias sociais, tendo como tarefa inicial entender o pla- nejamento geral da empresa e trazê-lo para o meio digital. É preciso entender tanto do meio on-line como do meio off-line. Isto quer dizer um usuário massi- vo em mídias sociais não necessariamente será um bom analista e conteúdo. Marketing, administração e empreendedorismo são fundamentais para o de- senvolvimento de um bom planejamento. É preciso ter uma alta capacidade de leitura, crítica, escrita, criatividade e excelente domínio do português. Tem ain- da como função fazer o monitoramento de tudo o que acontece de interessante para a empresa nas mídias sociais e isto inclui tanto as ações da empresa quan- to o monitoramento de tendências. É fundamental para a empresa conhecer os resultados de suas ações nas mídias sociais, por isso, o analista deve gerar relatórios e apresentar resultados e retornos sobre o investimento (ROI). Ele também precisa estar atento às tendências e novidades na Web. Analista de E-Commerce/E-Business – este profissional tem como prin- cipais funções a gestão de projetos de comércio on-line, o que envolve a
  27. 28 • capítulo 2 disponibilização de produtos na rede, a venda e cobrança de produtos pela Internet, a logística de clientes a distância e o combate a fraudes. Além disso, também são da sua alçada a prospecção de mercado e a disponibilização de produtos on-line. Experiência em funções similares, vontade de aprender e estar sempre atualizado, conhecimentos relacionados com planejamento es- tratégico, marketing digital, contabilidade, gestão e fluência em inglês são re- quisitos indispensáveis. Esse profissional é responsável pela administração do site e por sua manutenção, pelo planejamento de campanhas promocionais on -line, pela comunicação visual, conteúdo e atualização de produtos para o site, pela publicação no site, pela realização de ações de marketing, pelo controle da quantidade de vendas, pela elaboração de relatórios gerenciais de vendas, mensuração e análise dos resultados, pelo gerenciamento do Google Analytics e Adwords. Além disso, ele cuida do relacionamento com clientes para solu- ções de dúvidas sobre compras no site da empresa, acompanha o fluxo de pe- didos, o estoque, a logística e os pagamentos, atua no tratamento de imagens, cadastro, controle, desenvolve novos projetos e parcerias visando potencializar as vendas, faz a intermediação entre cliente e Web designer, define estratégias de ação e metas junto ao cliente, intervem no relacionamento entre clientes e fornecedores, faz a análise de concorrência, de oportunidades, de resultados e elabora relatórios gerenciais. Webmaster – é a pessoa encarregada do site, que decide a tecnologia que será utilizada, os servidores e a estrutura em geral, bem como possui as senhas para fazer modificações na página. É a única pessoa autorizada a dizer o que entra ou não entra em relação à estrutura ou ao conteúdo do site. Um aspecto essencial na hora de começar a trabalhar no site com os desenhadores é indi- car-lhes os servidores com os quais vão trabalhar, explicar-lhes com porcenta- gens as tecnologias que convêm e as que devem ser refutadas, enfim adaptá-los ao que está disponível. Deve ter conhecimentos amplos sobre a segurança da informação para proteger o site de ataques externos, de forma a garantir aos servidores segurança contra hackers que venham a prejudicar o trabalho. São pessoas altamente capacitadas no âmbito da tecnologia voltada para a Internet, conhecendo a fundo as tecnologias do mercado. É a parte mais importante do site porque são as pessoas que interligam todos os profissionais que trabalham com conteúdo, Web designer etc. O Webmaster é um profissional capaz de ge- renciar as tarefas tanto de um Web designer (elaboração do projeto estético e
  28. capítulo 2 • 29 funcional de um Website) quanto de um programador. Um webmaster não ne- cessariamente domina tecnologias de programação, desenvolvimento e plata- formas. Os responsáveis técnicos pelo layout e pelo sistema do site são em geral respectivamente o Web designer e o programador. O Webmaster é a pessoa res- ponsável por tomar as decisões quanto aos trabalhos específicos destes profis- sionais, bem como por assessorar o proprietário do Website quanto a altera- ções e melhorias. Algumas tarefas: gerenciar ou mesmo fazer a manutenção de um site (atualizações e modificações do conteúdo já existente); definir regras para o cadastro do site em buscadores nacionais e internacionais; verificar com frequência se o site está em perfeito funcionamento; administrar um Website. 2.2  Gestão e governança de TI Os sistemas estão cada vez maiores e precisam cada vez mais de profissionais que gerenciam e acompanham os projetos, verificam e avaliam sua qualidade e efetuam o monitoramento de desempenho. 2.2.1  Gestão de TI Gerente de desenvolvimento de sistemas – é o profissional responsável por ge- renciar as operações de serviços de tecnologia. Ele identifica as oportunidades de aplicação dessa tecnologia administrando as pessoas e suas equipes. Ele deve definir como os projetos de desenvolvimento de software serão conduzi- dos, controlar sua qualidade, disponibilizar informações técnicas, alocar líder e equipe em cada projeto, gerir a demanda, acompanhar a criação e o desenvol- vimento, gerenciar os recursos, efetuar melhorias, realizar a gestão de projetos e a coordenação de desenvolvimento de software, o gerenciamento de requisi- tos específicos, gerir todo o projeto inclusive o produto final, realizando o de- senvolvimento de software para Internet, estações de trabalho e dispositivos móveis, realizar concepção e administração de banco de dados, treinamento, validação e implantação de sistemas de software. Para que o profissional tenha bom desempenho, além da graduação é essencial que possua experiência com as linguagens utilizadas em seu ambiente, capacidade de liderança e habilida- de na gestão de equipes, facilidade de relacionamento e habilidade para discu- tir pontos com seus técnicos. Executar este papel pode ser estressante, pois é a
  29. 30 • capítulo 2 pessoa que está sempre no meio de um confronto, sendo puxado em direções diferentes por gerentes, clientes, vendedores, desenvolvedores e outros. Se o trabalho estiver bem feito, ninguém perceberá sua interferência: as coisas fun- cionam de forma fluente, o trabalho é realizado sem transtornos e todos têm o de que precisam. Se as coisas derem errado, independentemente do motivo, a culpa é sempre do gerente de desenvolvimento. O primeiro passo para ser bem- sucedido está em gerir as expectativas e fazer com que todos entendam bem suas funções. Tanto o gerente como seus colegas de trabalho precisam estar em sintonia. Sua principal responsabilidade é fazer com que um produto seja entregue. O objetivo é apresentar resultados para o cliente ou mercado, além de fazer tudo o que for necessário para alcançá-los. Para atingir esse objetivo, é necessário ter certeza de que a equipe de desenvolvimento é capaz de desem- penhar bem o seu papel. Isso significa garantir que que as metas sejam claras, tanto a curto como a longo prazo, e remover impedimentos. Do escopo inicial do projeto até a implantação do produto, cada etapa é de responsabilidade do gerente de desenvolvimento, que pode e deve delegar responsabilidades, mas sempre verificando se as coisas estão sendo realizadas como precisa e dispon- do-se constantemente a ajudar. Gerente de projeto – o gerenciamento de projetos apresenta grande enfoque nos tempos atuais. Devido ao estudo e ao desenvolvimento eficaz dos métodos de projeto, as organizações e os profissionais estão buscando utilizar esta fer- ramenta e se especializarem cada vez mais para atender às demandas de traba- lho. O conceito de projeto pode ser definido como planejamento, organização e desenvolvimento de um conjunto de tarefas executadas por pessoas com o objetivo de criar um produto ou serviço. Este projeto é temporal, ou seja, todo o empenho para se chegar ao resultado possui um prazo, um cronograma, porém este mesmo conceito de temporalidade não pode ser associado ao resultado, uma vez que ele é definido de acordo com a necessidade da empresa. Portanto, o gerente de projetos em TIC é o profissional cuja função principal é gerenciar um projeto em todos seus estágios, sendo o grande responsável por seu suces- so final. Ele pode assumir múltiplas funções e não somente gerenciar o proje- to em questão, pois, muitas vezes, é necessário que ele trabalhe em conjunto com a equipe e realize funções diversas. Além de gerenciar e controlar todo o trabalho, ele deve atribuir aos membros da equipe as funções de cada um, re- passando os prazos e também orçamentos; identificar, documentar, gerenciar
  30. capítulo 2 • 31 e solucionar todos os problemas que possam surgir; realizar o controle de qua- lidade e assim proporcionar um nível de qualidade aceitável; cobrar de cada membro da equipe a realização da função a ele designada e assegurar-de que ela está sendo feita com sucesso; verificar cada etapa do projeto e, depois, pas- sar para a fase seguinte; observar a finalização do projeto e os erros e acertos. Temos ainda algumas qualidades que um gerente de projetos deve ter: discipli- na e capacidade de gerenciar e coordenar um projeto; capacidade de atribuir funções e cobrar que todas estejam sendo realizadas no prazo hábil; ter espí- rito de liderança para fazer com que a equipe siga todas as suas designações; ser provido de capacidade emocional para gerir uma equipe e fazer com que ela se sinta motivada para desenvolver as atividades atribuídas. O gerente de projetos segue a mesma linha de um administrador, trabalhando em projetos de diversos tamanhos, cronogramas e demandas. Os objetivos do gerente de projetos são voltados apenas para o projeto, diferentemente do administrador que trabalha para os objetivos da empresa. Durante a execução de um projeto, o GP se envolve no acompanhamento das tarefas realizadas pela equipe. Por esse motivo é que uma das grandes habilidades que o GP deve possuir é saber lidar com as pessoas e conseguir que elas desempenhem da melhor maneira possível suas tarefas. Existem ainda softwares de acompanhamento de tarefas – MS Project e Open Project, por exemplo – atualizados pela equipe no qual o GP consegue identificar o nível de desempenho e cumprimento do projeto. O papel do GP também se estende à transformação de estratégias para operações, uma vez que o GP faz a ligação destes níveis operacionais. Isso ocorre pelo fato de o projeto ser também uma ferramenta de criação de novos produtos e servi- ços que possibilita às organizações uma adaptação mais eficaz às exigências do mercado. Deve ter curso superior na área de TI e ainda certificações e/ou MBA em Gestão de Projetos. Gerente de tecnologia da informação – TI – é o profissional responsável por gerenciar projetos e operações de serviços de tecnologia da informação e co- municação. É uma evolução natural da gestão da TI que passou a incorporar a comunicação empresarial com o surgimento da voz sobre IP, pois esta pas- sou a ser tratada como um tipo de dado, e usar a infraestrutura convergente da corporação. Tem funções variadas, que mudam de acordo com o tamanho da corporação e a maturidade da gestão. Em empresas mais novas, o gerente de TI assume a função de prover sistemas e tecnologias para otimizar a gestão. Já em
  31. 32 • capítulo 2 companhias maduras, ajuda a definir estratégias empresariais, ideias, inova- ções e a criar novos formatos de negócios. A atividade evoluiu. Hoje, o gerente de TI explora e aperfeiçoa as tecnologias e faz a conexão entre a ferramenta e a estratégia de negócios, ou seja, ele usa a tecnologia mais pertinente de forma a apoiar a estratégia de negócios da organização. Com isso, ele deixa de ser um profissional só com habilidades técnicas e passa a necessitar da capacidade de gestão. O gerente tem que ter uma visão mais generalista das tecnologias. Ele terá especialistas para apoiá-lo. Isto não quer dizer que o conhecimento téc- nico seja dispensado, mas ele precisa ter uma mescla de conhecimentos. Ele precisa ter uma formação básica, experiência e vivência razoável de projetos, além de conhecer a tecnologia. Também é preciso ter uma visão de negócios e estratégica. Ele gerencia as atividades da área de informática, envolvendo a ela- boração de projetos de implantação, racionalização e redesenho de processos, incluindo desenvolvimento e integração de sistemas, com utilização de alta tec- nologia, identificando oportunidades de aplicação dessa tecnologia. Está sob sua responsabilidade gerenciar os projetos em todos seus estágios; planejar e gerenciar toda área de TI, envolvendo infraestrutura e sistemas; atuar na gover- nança de TI e engenharia de processos; elaborar estratégias e procedimentos de contingências, visando à segurança de dados, acessos, auditorias e à conti- nuidade dos serviços dos sistemas de informação; coordenar os trabalhos de suas equipes, cuidando da avaliação e identificação de soluções tecnológicas, planejamento de projetos e entendimento das necessidades do negócio e dos clientes; negociar com consultorias contratos para o desenvolvimento de proje- tos ou a alocação de recursos para a realização das atividades de análise e pro- gramação; atribuir aos membros da equipe as funções de cada um, repassando os prazos e também orçamentos; identificar, documentar, gerenciar e solucio- nar todos os problemas que possam surgir; realizar o controle de qualidade e, assim, proporcionar um nível de qualidade aceitável; cobrar de cada membro da equipe a função designada e checar se ela está sendo realizada com sucesso; verificar cada etapa do projeto e, depois, passar para a fase seguinte, conferir a finalização do projeto e realizar um levantamento dos erros e acertos, sendo responsável pelo sucesso final de cada projeto. Para ter bom desempenho, é essencial que, além da graduação, possua disciplina, capacidade de gerenciar e coordenar um projeto, atribuir funções e cobrar dos envolvidos a realização das tarefas em tempo hábil.
  32. capítulo 2 • 33 Gerente de infraestrutura de TIC – é o profissional que coordena as ativida- des da infraestrutura de tecnologia da informação e comunicação da organiza- ção, buscando melhorias contínuas nos processos e na qualidade da entrega do serviço prestado. Ele deve manter um relacionamento estreito com os parceiros e patrocinadores ligados a esta área, monitorando os serviços e cuidando das ativi- dades quanto a prazos, custos e qualidade. Tem como principais responsabilida- des coordenar e monitorar o relacionamento e os serviços dos parceiros e patro- cinadores referentes à telefonia, telecomunicações e Internet, data center e rede local, garantindo o cumprimento dos níveis de serviços acordados; coordenar os serviços de infraestrutura de TI, sua operação, manutenção e melhoria contínua de servidores, impressoras, LAN, WAN, acesso à Internet, VPN, mobilidade, soft- wares, telefonia fixa, telefonia móvel, help desk, banco de dados, atendimento lo- cal etc.; manter integração com a gerência de projetos, com o objetivo de acordar e estabelecer esforços, prazos e impactos das novas soluções sobre a infraestru- tura corporativa; reportar status periódico à gerência de TIC, incluindo níveis de desempenho, cumprimento dos acordos de serviço, visão gerencial de progres- sos, riscos, planos de continuidade dos negócios etc.; participar da gestão dos contratos de serviços de infraestrutura e telecomunicações corporativas, atuando como interface entre a gerência geral e os provedores desses serviços; coordenar a implantação e manutenção de processos de gerenciamento de infraestrutura e te- lecomunicações, tais como gestão de problemas, incidentes, versões, mudanças, configurações, capacidade, disponibilidade, nível de serviço e monitoramento de performance e falhas, visando atender aos serviços acordados; realizar a gestão da capacidade e disponibilidade dos serviços de infraestrutura e telecomunicações corporativas, tomando medidas para ajuste e ampliação quando necessárias; rea- lizaragestãodeconflitosdepriorização,prazoeescalonamentodedemandas,ga- rantindooatendimentodasnecessidadesdonegócio;coordenaroNOC(Network OperationCenter),garantindoocumprimentodasmetaseosindicadoresdequa- lidade da área; atuar no Comitê de Gestão de Mudanças e Problemas (caso exista) fornecendo dados e informações sobre infraestrutura e telecomunicações corpo- rativas; analisar riscos e vulnerabilidades de infraestrutura e telecomunicações corporativas, bem como propor e acompanhar a implementação de soluções para mitiga-los; realizar a gestão do orçamento relacionado às atividades de infraestru- tura e telecomunicações corporativas para a organização, zelando pela excelência de ações em termos de prazos, custos e qualidade.
  33. 34 • capítulo 2 Diretor de TIC – CIO – é o profissional responsável por dirigir a implementa- ção do Plano Diretor de Tecnologia da Informação e Comunicação, um instru- mento de diagnóstico, planejamento e gestão dos recursos e processos de tec- nologia da informação que visa atender às necessidades de informação de um órgão ou entidade para um determinado período. Com a crescente importância da TIC para os negócios das organizações, a exemplo do gerente de TIC, este pro- fissional explora e aperfeiçoa as tecnologias e faz a conexão entre a ferramenta e a estratégia de negócios, ou seja, ele usa a tecnologia mais apropriada de forma a apoiar a estratégia de negócios da organização, necessitando, para tanto, de uma alta capacidade de gestão, conhecimento e visão estratégica do negócio. Ele coordena a implementação desse plano, observando cronogramas, prioridades e orçamentos aprovados. Está sob sua responsabilidade dotar a empresa de siste- mas e recursos existentes no mercado, por meio do contínuo acompanhamento de novos lançamentos e do aprimoramento dos hardwares e softwares já exis- tentes; planejar, coordenar, gerir e supervisionar os projetos de desenvolvimento e manutenção de sistemas, comunicação de voz e dados, rede elétrica estabili- zada, rede convergente com e sem fio (onde a amplitude geográfica é cada vez maior), mobilidade, infraestrutura computacional, serviços de atendimento de informática e demais atividades de tecnologia da informação; promover ações visando garantir a disponibilidade, a qualidade e a confiabilidade dos processos, produtos e serviços de tecnologia; acompanhar e avaliar a elaboração e execução dos planos, programas, projetos e as contratações estratégicas de tecnologia da informação e comunicação; estabelecer e coordenar a execução da política de segurança de tecnologia da informação. Para que este profissional tenha bom desempenho, além da graduação é essencial que possua cursos de MBA e afins, com amplo conhecimento de TIC, de gerenciamento das informações geradas e distribuídas nos mais diversos dispositivos de armazenamento, nas mais dife- rentes possibilidades (local, datacenter, nuvem) de redes de computadores etc. 2.2.2  Governança de TI Auditor de sistemas – tem a missão de gerenciar o risco operacional, ou seja, ado- tar melhores práticas de infraestrutura, políticas e metodologia e avaliar a ade- quação dos sistemas de informação utilizados. Deve ter conhecimentos sólidos nas áreas de desenvolvimento de sistemas, procedimentos de TI, segurança da informação e ainda saber gerenciar a infraestrutura e os riscos dentro de uma
  34. capítulo 2 • 35 empresa,jáqueessaéumaprofissãocommuitosencargosadministrativos.Deve desenvolver o plano de implementação da governança de TI, gerando transpa- rência às informações financeiras da empresa dentro de um sistema informati- zado. Deve também definir políticas de segurança, evitando possíveis fraudes e vazamentos de informação, o que faz com que profissionais de TI que já tenham experiência em segurança da informação tenham facilidade em ingressar nessa área. É uma atividade de cunho preventivo e moralizador dentro do padrão ope- racional da empresa. O profissional apontará falhas na eficiência da empresa, gerando oportunidade de melhorias significativas na produtividade. Em razão das novas tecnologias, o profissional deve estar sempre bem atualizado e à frente das inovações, de forma a garantir uma auditoria sempre eficiente e reservar seu lugar no mercado, que é a cada dia mais concorrido. As principais atividades são: analisar a eficiência dos recursos computacionais, ou seja, se eles estão adequa- dos às tarefas que a empresa precisa atender. Esses recursos englobam o hardwa- re, o software e pessoas. A constatação da eficácia dos sistemas faz com que es- tes atendam adequadamente às necessidades dos usuários internos e externos; atestem a segurança física e lógica do ambiente do sistema de informação e asse- guram confiabilidade a quem os utiliza. É a área ideal para pessoas perfeccionis- tas e que têm facilidade para detectar erros. A necessidade global de referências nesse assunto, para o exercício dessa profissão, promoveu a criação e desenvolvi- mento de melhores práticas como COBIT, COSO, ISO 27001 e ITIL. Atualmente, acertificaçãoCISA–CertifiedInformationSystemsAuditor,oferecidapelaISACA – InformationSystemsandControlAssociation – é uma das mais reconhecidas e avaliadas por organismos internacionais, já que o processo de seleção consta de uma prova extensa que requer conhecimentos avançados, além da experiência profissional e da necessidade de manter-se sempre atualizado, por meio de uma política de educação continuada (CPE), na qual o portador da certificação deve acumular carga horária de treinamento por período estabelecido. A formação acadêmica do auditor de sistemas por esses motivos acaba sendo multidiscipli- nar: sistemas de informação, ciência de computação, administração com ênfase em TI, advocacia com foco em direito da informática – direito digital e correlatos. Gerente de segurança da informação – é o profissional que cria e adminis- tra as políticas de segurança da informação e comunicação, das métricas e dos indicadores da área de operações de segurança, gerencia as oportunidades de aplicação de tecnologia e interage com outras áreas de maneira a garantir
  35. 36 • capítulo 2 a segurança das informações da empresa. Dentre as exigências para ocupar o cargo, está o conhecimento dos seguintes padrões e normas: ISO/IEC 27001, 27002, 27005; ISO Guide 73; Nist 800-30; Sarbanes Oxley (SOX); Cobit; ITIL. De forma geral, este profissional tem as seguintes atividades: promover a cultura de segurança da informação e comunicações; acompanhar as investigações e as avaliações dos danos decorrentes de quebras de segurança; propor recursos necessários às ações de segurança da informação e comunicações; coordenar o Comitê de Segurança da Informação e Comunicações e a equipe de tratamento e resposta a incidentes em redes computacionais; realizar e acompanhar estudos de novas tecnologias, quanto a possíveis impactos na segurança da informação e comunicações; manter contato direto com o DSIC para o trato de assuntos rela- tivos à segurança da informação e comunicações; propor normas relativas à se- gurança da informação e comunicações. As principais disciplinas relacionadas à SIC são: Segurança em Recursos Humanos – tem como objetivo reduzir os riscos de erro humano, roubo, fraude, uso, acesso e divulgação indevidos dos ativos de informação; estabelecer responsabilidades sobre a segurança da informação; abranger a fase de recrutamento, que inclui contratos de trabalho, duração do trabalho e desligamento de pessoal; estudar os motivos que levam as pessoas a realizar quebras de SIC; Segurança física e do ambiente – busca a proteção do acesso às áreas restritas, aos equipamentos de segurança e dos controles gerais; gerenciamento de operações e comunicações – diz respeito a atividades, proces- sos, procedimentos e recursos que visam disponibilizar e manter serviços, siste- mas e infraestrutura que os suporta, satisfazendo os acordos de níveis de serviço; segurança no desenvolvimento de aplicações – tem como objetivo desenvolver um software sem vulnerabilidades, que funcione da forma esperada e que não comprometa a segurança de outros requisitos do software, do seu ambiente e as informações manipuladas por ele; auditoria e conformidade – atividade estru- turada que tem por objetivo examinar criteriosamente a situação dos controles de segurança da informação; infraestrutura de TI – está relacionada à segurança das instalações prediais (energia, climatização e acesso físico), dos computado- res e equipamentos, software, redes e telecomunicações, sistemas de armazena- mento e recuperação de dados (arquivos e storage) e aplicações computacionais; governança de TI: – critérios de segurança da informação pertinentes ao geren- ciamento de todos os aspectos da tecnologia da informação e comunicação que se relacionam diretamente com os objetivos de negócio; criptografia e infraes- trutura de chaves públicas – conjunto de técnicas que visam garantir o sigilo e a
  36. capítulo 2 • 37 integridade de informações e sistemas; gestão de continuidade no serviço públi- co – este processo fornece uma estrutura para que se desenvolva uma resiliên- cia organizacional que seja capaz de responder efetivamente e salvaguardar os interesses das partes interessadas, a reputação e a marca da organização, suas atividades, serviços e ativos de informação no caso de um impacto na instituição; tratamento e classificação da informação; gestão de ativos de informação Analista de segurança da informação – este especialista desenvolve técnicas para que os riscos quanto ao acesso não autorizado e/ou roubo de informações se- jam minimizados, procura corrigir falhas encontradas nos processos, reduzindo vulnerabilidades e impedindo que dados sensíveis sejam acessados por invasores (internos ou externos à empresa), gerencia equipamentos e softwares que pre- vinam o ambiente contra ataques, como firewall, servidores antivírus, filtros de spam, políticas de senhas etc. O analista também faz a manutenção dessas ações, realiza a publicação da segurança para os funcionários, treina as equipes respon- sáveis tecnicamente pelos sistemas e conscientiza usuários e colaboradores. O profissional atua no planejamento de estratégias de segurança da informação. 2.3  Infraestrutura e suporte Esta área é responsável por manter os sistemas funcionando. Os profissio- nais desta área precisam ter aptidão para o monitoramento e a avaliação de desempenho. 2.3.1  Infraestrutura Projetista de rede – é o profissional responsável por projetar a estrutura de co- municação da empresa. Ele é determina a forma como a empresa se comunica e os tipos de canais que serão utilizados. Além disso, também é responsável por projetar a qualidade e o balanceamento de carga para que os sistemas possam trabalhar de maneira adequada. Administrador de rede – é o profissional responsável por atuar no de- senvolvimento, configuração e manutenção de soluções e na administração de servidores Linux, Windows, virtualizados ou não, e redes de dados em
  37. 38 • capítulo 2 ambiente data center. Está sob sua responsabilidade realizar manutenção da rede Windows e Linux, responder pela elaboração e execução de projetos VoIP com QOS e integração com PABX, gerenciar e configurar Firewalls, Routers e Switches, responder pelo gerenciamento de servidores (AD, DNS, FTP, File Server, DHCP, DNS e etc.), de programas de antivírus, prevenir invasões físicas e lógicas, atuar na administração LAN e WAN, na configuração e administra- ção de ferramentas de monitoria, fazer a solução de problemas relacionados, desenvolver soluções de conectividade e servidores, projetos de conectividade WAN com serviços centralizados em data center, VoIP, atuar na ação de ser- vidores com software de virtualização e sistemas gerenciadores de banco de dados (SGBD), realizar configuração de VPN, de Proxy Server, atuar no atendi- mento a usuários e na configuração da estrutura de rede, prestar atendimento a usuários remotos, presenciais e nos serviços de telefone suporte a desktops, impressoras,WIFI,scannerelinksdedadosTroubleshootingemservidoresde e-mail, arquivos, aplicação e impressão, abrir e registrar incidentes e proble- mas no sistema de helpdesk, criar e manter ambiente atualizado, inventariado e organizado, fazendo monitoramento no ambiente local da organização. Para que este profissional tenha bom desempenho, além da graduação é essencial que possua conhecimentos em Windows, Linux, redes TCP/IP, comunicação de dados e interligações de redes, serviços de rede Proxy, Firewall, DNS, WINS, servidores de páginas (HTTP), servidores para transferência de arquivos (FTP), servidores de e-mail (SMTP, POP3, IMAP), servidores de autenticação, active directory, serviços de monitoramento de tráfego e redes de computadores e conhecimentos em Intranet, Internet e Extranet, em redes wireless e telefonia. No aspecto pessoal, este profissional deve ser dinâmico e ter interesse em bus- car alternativas técnicas e gerenciais. Deve ser confiável, prestativo e possuir facilidade de comunicação com seus usuários, além de funcionar como me- diador perante o gerente de infraestrutura ou superior, nas questões técnicas e administrativas da rede. É fundamental que, devido às mudanças e aos avan- ços que a tecnologia sofre em curto espaço de tempo, o profissional se mante- nha sempre atualizado. Cursos de pós-graduação e certificações pertinentes são muito bem vistos nessa área. Administrador de sistema – o administrador de sistemas é um profissio- nal da área de tecnologia da informação, que, embora não seja um engenhei- ro de software, tem de ter conhecimentos sólidos sobre as aplicações com que
  38. capítulo 2 • 39 trabalha. Algumas das principais funções do administrador de sistemas são: diagnosticar erros nos sistemas; instalar e dar manutenção aos diferentes sis- temas; programar scripts e programas de pouca complexidade; realizar cópias de segurança (backup) de dados importantes; gerir as contas dos usuários; re- solver problemas de sistemas; garantir a segurança dos servidores e de outros sistemas; otimizar o desempenho dos sistemas; assegurar o funcionamento correto e desejado dos sistemas. É importante salientar que, à semelhança de outros profissionais da área, o administrador de sistemas acaba por reunir e até utilizar competências que não são do âmbito do seu trabalho. 2.3.2  Suporte Analista de suporte – é o responsável pela correta manutenção dos sistemas operacionais, dos sistemas de gestão e das bases de dados. Algumas das tarefas do analista de suporte são as seguintes: estabelecer e assegurar a execução ro- tineira de cópias de segurança, conhecidas por backups; criar e manter normas de segurança informática; proceder à instalação e atualização dos antivírus; ze- lar pela instalação e manutenção dos sistemas operacionais; manter uma boa gestão das bases de dados; fornecer suporte aos utilizadores dos sistemas que ficam a seu cargo. Os analistas de suporte podem ser divididos por categorias relativas aos seus conhecimentos e experiência, podendo auferir grandes dis- paridades de acordo com a sua capacitação técnica. Analista de suporte técnico – tem a função de dar suporte técnico presencial (nível 2 ou superior) aos usuários, em relação a softwares, hardwares, rede, uti- lização da Internet em sistemas interligados por rede, entre outros, para evitar qualquer tipo de paralisação. Realiza atualizações nos sistemas implantados, efetuando modernizações e procurando solucionar deficiências técnicas. Analista / operador de help desk – help desk significa serviço de apoio a usuários/clientes para suporte e resolução de problemas relacionados à tecno- logia da informação e comunicação (TIC). Este apoio pode ser tanto interno, dentro de uma empresa (profissionais que cuidam da manutenção de equipa- mentos e instalações dentro da empresa), quanto externo (prestação de servi- ços a usuários), utilizando uma plataforma de contact center, de forma a possi- bilitar o contato do usuário/cliente por meio de qualquer meio de comunicação
  39. 40 • capítulo 2 (telefone, e-mail, chat, redes sociais e fórum) e um sistema de gerenciamento de incidentes que é apoiado por uma base de conhecimento. O operador ou analista de help desk é um profissional da área de TIC que não precisa ter co- nhecimentos profundos no assunto em questão, já que são apoiados por um sistema que usa uma base de conhecimento de forma similar à atividade de um especialista. Este profissional procura resolver o problema sem precisar se deslocar até o local de origem do problema. Estes atendimentos são chamados de atendimento de nível 1, já que, quando o problema não é resolvido desta forma, um profissional de nível 2 ou superior, ou seja, com mais conhecimento será designado a atender pessoalmente o originador do chamado. Com o ama- durecimento do setor e o surgimento das melhores práticas de atendimento dos chamados, ele evoluiu para service desk, cujo objetivo é prover os usuários de TIC de um ponto único de contato, vital para uma comunicação efetiva entre os usuários e as equipes de TI. A missão principal do service desk é o restabe- lecimento da operação normal dos serviços dos usuários o mais rápidamente possível, minimizando o impacto nos negócios causados por falhas de TI. Para um provimento de serviços de service desk com qualidade, ele deve utilizar as melhores práticas baseadas em ITIL ou em outras metodologias de mercado, necessitando de profissionais com estas certificações. Para que sejam alcan- çadas todas as expectativas do cliente, interno ou externo, deve-se estabelecer acordos de nível de serviço (SLA). O SLA é que definirá em quanto tempo e de que forma o serviço será prestado. Analistadeservicedesk/helpdesk–oservicedeskéaevoluçãodohelpdesk, porque agrega em si mais qualidade e abrangência. O service desk em si é um centro de registro de entrada e saída de pedidos de assistência por parte dos clientes de determinada empresa. Dessa forma, a função de um analista de ser- vice desk é proceder ao entendimento do cliente, registrando a sua solicitação e fazendo o tratamento pertinente, para que este receba a assistência preten- dida o mais rapidamente possível. Este profissional é de extrema importância para o bom funcionamento da empresa, dado que, por meio dele, a corporação tem conhecimento das dificuldades sofridas pelo cliente com o serviço, bem como, por meio dele, o cliente recebe suporte para a resolução de problemas nos serviços prestados pela empresa. A demanda para analistas de service desk é sempre alta, uma vez que existem sempre empresas alargando as suas linhas de atendimento assim como empresas criando os seus centros de service desk.
  40. capítulo 2 • 41 Analistadestorage–oanalistadestoragetrabalhadiretamentecom“redesde área de armazenamento” (em inglês storageareanetwork, cuja sigla é SAN), que agrupam dispositivos de armazenamento de dados de vários computadores. As SANs são projetadas para comportar grande tráfego de informações e utilizadas por várias empresas que necessitam de uma rede computacional rápida e segu- ra. Os analistas de storage desempenham uma função vital dentro das empresas que dependem dessas redes, pois mantêm as SANs em perfeito funcionamento, garantindo assim que os dados possam ser acessados em qualquer momento em que forem necessários. Dentre as atividades desempenhadas estão a administra- ção das redes, o suporte a seus usuários, a análise de performance e da capaci- dade das SANs. É desejável ao candidato a analista de storage conhecimento de sistemas operacionais (Linux, Windows etc.) bem como certificações emitidas por empresas especializadas em SANs. Como em qualquer área ligada à tecnolo- gia da informação, a formação constante, por meio de cursos de especialização, também é um diferencial importante. Procuram-se profissionais com formação na área de tecnologia da informação, especialmente em cursos como ciência da computação. O curso superior têm duração de pelo menos quatro anos e os alu- nos têm oportunidade de estagiar em empresas especializadas em SANs. Analista de telecomunicações – é o profissional responsável pela execução dos procedimentos de instalação, testes e manutenção da plataforma (servido- res) de comunicação corporativa, basicamente telefonia, call center, correio de voz e videoconferência utilizando o protocolo IP, garantindo ao máximo a con- tinuidade dos serviços, mesmo em momentos de crise. É de suma importância perceberaimportânciaqueaqualidadedainfraestruturadaredetemsobreestas atividades. Ele deve colaborar na emissão de relatórios periódicos de indicado- res qualitativos e quantitativos do desempenho e da capacidade de rede, atuar sob prioridades estabelecidas para que todas as solicitações ocorram dentro dos prazos. Ele deve executar com responsabilidade os processos de implantação e manutenção, procurando sempre minimizar o tempo de indisponibilidade de qualquer elemento da plataforma e zelando pela integridade de todos os equi- pamentos envolvidos, elaborar interface com fornecedores, prestar suporte para análise de viabilidade econômica de projetos, manter o gerenciamento das infor- mações dos usuários, prestar suporte para o estudo do perfil dos usuários, aná- lise de informações de infraestrutura, além da apresentação de cenários, inter- faces com os usuários e operadoras para coleta de informações e, ainda, prestar
  41. 42 • capítulo 2 suporte para o desenvolvimento de sistemas específicos (ex.: integração entre a telefonia e a base de dados – CTI) e realizar visitas aos diversos sites da corpo- ração. Ele planeja, ainda, a utilização de redes LAN, WAN, Internet, Intranet e os diversos protocolos utilizados como Frame-Relay, ATM, MPLS, PPP e X.25. O profissional pode também analisar projetos de telecomunicações e fornecer suporte técnico e operar sistemas que envolvam fibras ópticas, antenas e satéli- tes. É o responsável pelas adequações das instalações e infraestrutura existentes, pelo monitoramento do backbone (termo utilizado para identificar a rede princi- pal pela qual os dados corporativos passam, como se fosse a “espinha dorsal” da rede), das redes de transporte, comunicação de voz, dados e imagem, de acordo com indicadores técnicos estabelecidos, realizar configuração de equipamentos, escalonamento de problemas e incidentes críticos em cenário de crise, trouble- shooting e follow up para os usuários e direção, monitorar o acompanhamento de circuitos e servidores, a fim de evitar indisponibilidades no ambiente. 2.4  Novos papéis da TI Com o desenvolvimento da infraestrutura e a disponibilidade da quantidade de recursos, hoje temos um novo cenário nas profissões de TI. A Internet das Coisas(OIT),oBigData,fazcomquenovasáreasereestruturaçõesocorramnas empresas, surgindo novas profissões e oportunidades. O melhor de tudo é que essas inovações só aumentam a necessidade de bons profissionais. Arquiteto de nuvem – é um projetista de armazenamento de dados para a grande massa de dados. Administrador de nuvem – responsável por monitorar o funcionamento e a qualidade dos ambientes de armazenamento na nuvem. Projetista de capacidade de nuvem – responsável pelo dimensionamento da capacidade de armazenamento da nuvem. Engenheiro de automação em TI – responsável pela análise e projeto de sistemas autônomos para resolver problemas diários por meio de sensores e atuadores. Gerente de serviço – está no meio do gerente de vendas e o consumidor. É sua responsabilidade identificar necessidades da sociedade para propor novas soluções de TI.
  42. Tipos de Sistemas de Informação – Arquiteturas 3
  43. 44 • capítulo 3 A história da informática mostra a evolução dos sistemas de informação: tanto o hardware quanto o software. Os primeiros computadores eram grandes máquinas chamadas de main- frame, que permitiam que muitos usuários utilizassem seu grande poder de processamento. Uma grande personalidade da informática é Thomas J. Watson, chairman1 da IBM que em 1943 fez um célebre pronunciamento: – Eu acho que o mercado mundial deve ser atendido por 5 computadores. Existe uma grande polêmica na veracidade desta frase, mas o que podemos tirar de lição desta afirmação é que a IBM, na década de 1970, abandonou o pro- jeto dos personalcomputers(PC’s), pois não acreditava que eles seriam o futuro da informática. Hoje, olhando para o mundo, vemos que esta predição estava meio desembasada, tanto a de colocar o projeto dos PC’s em domínio público quanto a do tamanho do mercado de computadores. Com o advento dos microcomputadores e a interligação destes computado- res em rede, criou-se um novo horizonte de desenvolvimento. Os computado- res viraram eletrodomésticos e seus sistemas se espalharam: a era dos sistemas independentes e da arquitetura cliente – servidor. Também não podemos dei- xar de citar os banco de dados relacionais. Nesta época, um sistema de informa- ção nada mais era do que um programa de computador que se comunicava com um banco de dados relacional. Na década de 1990, a Internet estabeleceu novos rumos para o desenvolvi- mento de sistemas, mas não descartou-se nada do que foi feito. Alguns siste- mas migraram, mas outros apenas fazem consultas a eles. Hoje, estamos iniciando uma nova era. Nesta década de 2010, vemos os computadores domésticos perdendo força e os aplicativos para dispositivos móveis tornando-se cada vez mais presentes. Se observarmos bem, estamos indo na direção prevista por Thomas Watson, pois, com o conceito de nuvem e com a possibilidade de acessar os dados de qualquer lugar, não nos interessa mais saber quem e onde os dados estão sendo processados, mas sim que este 1  é o mais alto representante de um grupo, empresa ou corporação.
  44. capítulo 3 • 45 serviço está sendo oferecido. A diferença é que não serão 5 computadores. A arquitetura dos computadores evoluiu em outra direção, mas os serviços não. Temos hoje grandes datacenters responsáveis pelo processamento de petaby- te's (PB) de informações. 3a PLATAFORMA Nuvem – Big Data – Redes Sociais Bilhões de usuários Centenas de milhões de usuários Milhões de usuários Milhões de APPs Dezenas de milhares de APPs Milhares de Aplicativos 2a PLATAFORMA Cliente / Servidor 1a PLATAFORMA Mainframes Figura 3.1  –  A evolução das plataformas de Hardware. Na figura 3.1, podemos ver a evolução dos computadores, seus usuários e os softwares disponíveis. Esta figura ilustra esta introdução, mostrando os desa- fios do passado, do presente e as expectativas do futuro. Neste capítulo, iremos descrever um pouco mais estas estruturas de hard- ware e a forma de desenvolver sistemas nestes diferentes cenários. OBJETIVOS •  Identificar os sistemas de informação existentes e que ainda são utilizados; •  Entender a importância dos sistemas legados •  Entender os sistemas stand alone •  Apresentar a arquitetura cliente servidor •  Entender a arquitetura dos sistemas web •  Entender a importância dos aplicativos dos dispositivos móveis
  45. 46 • capítulo 3 3.1  Sistemas legados Olhando para a história da informática, muitos sistemas foram desenvolvidos para grandes empresas: sistemas caros, complexos, com banco de dados da época, desenvolvidos para os computadores mainframes. Só que estes sistemas são extremamente estáveis e atendem até às demandas atuais. O que fazer com estes sistemas? O custo para desenvolver novos sistemas e abandonar os antigos é muito grande, então eles foram classificados como sistemas legados e continuam rodando. Estes sistemas fornecem serviços essenciais, mas têm difícil manutenção. Se procurarmos uma definição formal do termo sistema legado, certamente será difícil de encontrar. Por isso, serão apresentadas suas características. •  Sistema antigo cujo processamento foi e ainda é importante para a em- presa. Ele representa um legado. O importante é que ainda está em operação e desempenha funções vitais da empresa. •  Outra característica é que eles funcionam em hardwares obsoletos, prin- cipalmente nos mainframes, cujos componentes são extremamente caros e ra- ros. Estes sistemas utilizam linguagens como COBOL, banco de dados e forma- tos de arquivos obsoletos. •  A manutenção nestes sistemas é semelhante a um trabalho de restaura- dor histórico. De forma analógica, colocar a mão nestes sistemas é como co- locar a mão em um vespeiro. Geralmente, os profissionais que desenvolveram estes sistemas já se aposentaram ou estão em processo de aposentadoria. •  A documentação destes sistemas é falha, como na maioria dos sistemas. O problema é que identificar as regras de negócio implementadas não é uma tarefa simples. 3.2  Sistemas stand alone Com a transformação dos computadores em máquinas ao alcance de todos, uma categoria de sistemas surgiu, os sistemas stand alone. São programas que trabalham sozinhos, não precisando de nenhum apoio e de nenhum complemento. Eles eram usados para fazer o controle de estoque de uma videolocado- ra, de um estacionamento, de uma biblioteca etc. São sistemas simples que
  46. capítulo 3 • 47 controlavam e automatizavam pequenos negócios. Com um computador e um software, muitos problemas eram resolvidos. Muitos destes controles eram feitos em planilhas eletrônicas ou até mesmo em editores de texto. Os sistemas simples entraram como solução de TI para melhorar os processos da empresa e dar possibilidades de crescimento para o negócio. 3.3  Arquitetura cliente-servidor A interligação dos computadores em rede permitiu que uma nova arquitetura de desenvolvimento de software fosse criada. Este modelo é chamado de arqui- tetura cliente-servidor. O modelo clienteservidor forma a base da maioria das comunicações em rede e o seu entendimento ajuda a compreender o funcionamento de algorit- mos distribuídos. Com o crescimento da tecnologia dos microcomputadores, redes e comuni- cação entre eles, surgiu a necessidade dos usuários finais acessarem dados de diferentes locais. O processamento descentralizado mostrou a sua eficiência e o compartilhamento de recursos tornou-se economicamente viável. O proces- samento centralizado em computadores de grande porte já não se adapta às novas necessidades dos usuários, que se tornaram mais exigentes em relação ao produto final. Com estas novas exigências, surgiram novos modelos de pro- cessamento baseados na arquitetura cliente-servidor (PIRES, 1995). Em um primeiro momento, a expressão cliente-servidor foi originalmente aplicada à arquitetura de software que descrevia o processamento entre dois programas, a aplicação e o serviço de suporte. Nesta ocasião, os programas do cliente e do servidor não estavam, obrigatoriamente, separados fisicamente, o que leva a concluir que podiam ser executados na mesma máquina. Assim, as discussões sobre cliente-servidor eram limitadas à interação entre um cliente e um servidor. Com o passar do tempo, a evolução dos sistemas, a concepção de programas capazes de gerenciar recursos ou prover serviços a vários outros programas, tornou-se largamente aceita. O modelo de processamento cliente-servidor surgiu como um processo de compartilhamento de periféricos típicos de redes locais (LAN). Em um ambien- te onde os periféricos são compartilhados em uma LAN, um recurso comum
  47. 48 • capítulo 3 pode ser compartilhado pelos computadores conectados à rede – um arquivo de disco rígido ou uma impressora são exemplos comuns. Podemos chamar estes periféricos compartilhados de servidores (um servidor de arquivos e um servidor de impressão, no exemplo). O nome servidor foi utilizado porque estes periféricos recebem requisições de serviços dos computadores da rede. O mo- delo de processamento cliente-servidor é uma extensão natural do processo de compartilhamento de periféricos. O termo servidor é aplicado a qualquer programa que oferece um serviço que pode ser alcançado através de uma rede de computadores. Um servidor re- cebe requisições pela rede, processa o serviço e retorna o resultado para quem o requisitou – o cliente. Um programa se torna um cliente quando ele solicita um serviço a um determinado servidor e aguarda a resposta. A utilização do modelo cliente- servidor retrata a facilidade de comunicação entre processos, que pode acon- tecer em uma única máquina ou em um sistema distribuído, ou seja, em vá- rias máquinas. No modelo cliente-servidor, o processamento de uma aplicação pode ser dividido entre o cliente e o servidor. O cliente inicia o processo e o controla par- cialmente. Tanto o cliente quanto o servidor trabalham em cooperação para alcançar os objetivos desejados. Podemos mencionar cinco requisitos necessá- rios neste tipo de arquitetura. São eles: – Sistema de comunicação robusto entre clientes e servidores – Interação cooperativa entre cliente e servidor, iniciada pelo cliente – Distribuição do processo entre o cliente e o servidor – Controle do servidor sobre os dados ou os serviços que um cliente pode pedir – Solução pelo servidor dos conflitos nos requisitos dos clientes. No modelo cliente-servidor existem as figuras do cliente e do servidor. O cliente é o dispositivo que solicita um serviço, enquanto o servidor recebe, pro- cessa e responde às solicitações do cliente (figura 3.2). Um servidor pode ser responsável por um ou mais serviços como, por exemplo, serviços de arquivo e impressão, serviços de comunicação, serviços Web e serviços de banco de da- dos. Como os servidores concentram todas as solicitações, esses dispositivos
  48. capítulo 3 • 49 devem ter características de hardware e software que permitam oferecer requi- sitos mínimos de disponibilidade e desempenho, o que influencia o parâme- tro custo. O modelo cliente-servidor é largamente utilizado em redes locais nas quais o desempenho e a administração centralizada são importantes. CLIENTE SERVIDOR Figura 3.2  –  Modelo cliente-servidor. A Internet é um bom exemplo de rede cliente-servidor, em que diversos ser- viços são oferecidos por dispositivos especializados como servidores de correio eletrônico e Web. O serviço Web, por exemplo, é oferecido por servidores como o Apache e Microsoft IIS. O cliente desse serviço é o browser, que pode ser, por exemplo, o Mozilla Firefox ou o Microsoft Internet Explorer. O browser solicita uma página ao servidor Web, que processa o pedido e retorna à página solicita- da. A página é então exibida pelo browser na tela do usuário (figura 3.3). Servidor Web Browser SOLICITAÇÃO PÁGINA WEB Figura 3.3  –  Serviço Web. Em redes cliente-servidor, caso um servidor tenha problemas, os clientes não terão acesso aos serviços oferecidos por ele. Para evitar problemas de dis- ponibilidade, os serviços podem ser oferecidos por vários servidores, criando um esquema de redundância. A facilidade de agregar servidores garante ao mo- delo escalabilidade e desempenho, assim, se um servidor Web estiver sobrecar- regado, basta agregar novos servidores e dividir a carga de processamento. Esse esquemadeagregaçãodeservidores,conhecidocomocluster,émuitoutilizado atualmente em diversos serviços oferecidos em uma rede.
  49. 50 • capítulo 3 3.4  Sistemas Web O desenvolvimento de sistemas evoluiu na direção da Internet com seus servi- ços, descritos no capitulo 5.2. Esta evolução chegou tão forte no mercado que os computadores passaram a ser comparados a navegadores e até netbook’s foram lançados no mercado. Estes computadores eram arquiteturas voltadas à utilização da Internet. Um pequeno notebook apresentava pequeno poder de processamento e boa conexão com a Internet. Os sistemas Web funcionam nos navegadores ou utilizam os clientes Web para funcionar. Podem ser entendidos como sistemas que utilizam a Internet com acesso público ou restrito. O principal ganho que se tem ao se projetar um sistema Web é que os usuários que já estão ambientados na navegação na Internet não terão problemas em entender o funcionamento do sistema. Os re- cursos de funcionamento do sistema são mais intuitivos e fazem parte do ope- racional do usuário. Como a Internet se faz valer do modelo cliente-servidor, os sistemas Web também possuem esta divisão. Existirá um lado cliente e o outro lado chamado de servidor. O lado cliente do sistema é responsável pela interface com o usuário. Ela coleta os dados e entrega as informações desejadas aos usuários. Deve ser projetada e desenvolvida por profissionais de designer, que levarão em con- ta as necessidades do usuário. Neste ambiente, utilizamos o HTML e CSS ou até Javascript. O lado servidor do sistema é responsável pelo processamento e persistência dos dados. Esta parte do software é realizada por programadores Web que de- senvolvem sistemas do lado do servidor, valendo-se de linguagens como ASP, JSP, Servlet ou até mesmo PHP. Com o advento dos dispositivos móveis, os serviços dos sistemas Web estão migrando para disponibilizar suas entregas pelos Webservices, o que permite aos usuários consumirem estas informações em qualquer mídia, seja nos na- vegadores tradicionais, seja nos dispositivos móveis por meio dos aplicativos ou dos dispositivos que ainda não conhecemos. Os sistemas Web fazem com que o local onde se armazenam os dados não mais sejam relevantes. Não interessa mais aos usuários onde os serviços estão
  50. capítulo 3 • 51 sendo oferecidos, mas sim que a conexão de comunicação entregue as informa- ções necessárias solicitadas. Este conceito de software é definido com sistema em nuvem – cloud. 3.5  Aplicativos móveis Os aplicativos são sistemas que rodam em dispositivos móveis. Mais uma vez, temos um novo conceito de software, porque o hardware em que estes progra- mas funcionam mudou totalmente. O conceito de ter o cliente rodando ainda continua, só que este cliente está buscando informações em Webservices. O que muda mesmo são as características dos hardwares, conforme segue: •  Normalmente são menores e mais leves. •  Possuem memória com menor capacidade. •  Possuem processador com capacidade inferior. •  Possuem maior autonomia de bateria / menor consumo de energia.. •  Tendem a ser mais seguros e confiáveis. •  Podem possuir ou não conectividade ou ainda esta ser limitada. •  Normalmente são mais rápidos na inicialização e no desligamento. •  Podem ser mais resistentes a quedas. Além disso, estes pequenos dispositivos portáteis ainda trazem abarcada uma série de componentes como: •  GPS •  Acelerômetro •  Giroscópio •  Microfone •  Autofalante •  Tela de alta definição •  Tela touch •  Wireless •  NFC •  Biometria
  51. 52 • capítulo 3 Os dispositivos móveis estão evoluindo a cada dia e novos lançamentos de hardware são lançados todos os dias. Quais são as características de um App? Seu aplicativo deverá atender aos seguintes tópicos: •  Conte uma grande história • Ao desenvolver uma aplicação, ela deve estabelecer uma conexão emocional com seu usuário – quando você usa um ótimo aplicativo, você se sen- te bem, inspirado. Para isso, pense em: • O que seu aplicativo faz? • Quem são seus usuários? • Onde seu aplicativo será utilizado? • Defina o estilo da sua aplicação. • Para isso, responda às seguintes perguntas: • Que tipo de App você está desenvolvendo? • Que tipo de conteúdo você tem? • Use animações nas transições de telas – dar realismo. • Quais são as principais características da sua aplicação? • Desenvolva um protótipo e explore-o bastante. • Qual a qualidade do seu aplicativo? Com os dispositivos móveis, uma imensidão de dados são coletados pelos diversos novos sensores. Por meio deles, abre-se uma imensidão de oportuni- dades para todos nós, desenvolvedores.
  52. Meios de Armazenamento 4
  53. 54 • capítulo 4 Os computadores, além de processar os dados em informação, também os ar- mazenam. Este armazenamento é feito na memória do computador. Quais são, então, as memórias do computador e como podemos classificá-las? Os computadores funcionam no modelo Entrada -> Processamento -> Saída. Os dados entram, são manipulados ou processados pelo computador e geram informações. O que seriam estes dados e informações? Dado é o que entra e a informação é o dado processado, correto? Sim, está correto. O que é o dado? Uma cor, um comando, uma foto, qualquer coisa que queremos manipu- lar pode ser vista como um dado. O que isso tem a ver com os meios de armazenamento? O que armazena- mos? Dados, informações? Isso mesmo! Armazenamos dados e/ou informa- ções. Tudo que precisa ser guardado para ser utilizado em outro momento deve ser armazenado. Muito bem, já sabemos o que precisa ser armazenado. Só que, quando olha- mos para o hardware do computador, vemos que o computador só entende 0 ou 1, que chamamos de bit, a menor porção do computador. Como pode a foto ser representada por estes 0's e 1's? Bom, para entender isso, precisamos olhar um pouco mais para o hardware, sem entrar muito em detalhes. A entrada do computador na verdade não é um fio que pode levar um bit. Esta entrada é um conjunto de bits, que chamamos de palavra do computador. Cada computador tem um tamanho de palavra dife- rente. Hoje, os computadores possuem 64 bits, o que quer dizer que a palavra deste possui 64 fios que podem estar ligados ou desligados. Até pouco tempo atrás, os computadores pessoais eram de 32 bits. Esta característica física dos computadores identifica o poder de representação dos símbolos que cada pla- taforma possui. E o byte, onde entra? Byte é a unidade de medida do computador. Ahhh, 1 byte são 8 bits. Como assim? Por quê? Foi definido que um byte são 8 bits, porque a IBM1 criou o código EBCDIC na década de 60. Com o sucesso dos com- putadores IBM, padronizou-se o byte desta forma. Pelo Sistema Internacional 1  IBM – International Business Machine
  54. capítulo 4 • 55 de unidades (SI) e pela Comissão Eletrotécnica Internacional (IEC), temos os seguintes multiplicadores: NOME SÍMBOLO MÚLTIPLO(IEC) MÚLTIPLO (SI) byte B 20 100 Kilobyte kB 210 103 megabyte MB 220 106 gigabyte GB 230 109 terabyte TB 240 1012 petabyte PB 250 1015 exabyte EB 260 1018 zettabyte ZB 270 1021 yottabyte YB 280 1024 Tabela 4.1  –  Múltiplos do byte. Agora que as unidades de medidas e a forma de medir os dados do computa- dor foram apresentados, podemos explorar os meios de armazenamento exis- tentes e disponíveis para os computadores. Neste capítulo, iremos apresentar os meios de armazenamento do computador e como estes meios são utilizados no desenvolvimento de sistemas. OBJETIVOS •  Identificar os tipos de meios de armazenamento; •  Entender a diferença entre memória principal e memória auxiliar •  Identificar os tipos de armazenamento em Sistemas de Arquivos e em Banco de dados.
  55. 56 • capítulo 4 4.1  Tipos de memória do computador Na figura 1, temos um resumo dos meios de armazenamento dos computado- res. Eles devem ser classificados como persistentes ou não, tempo de acesso e seu custo por byte. Registradores da CPU CACHE Nível 1 Nível 2 Temporário Persistente Velocidade CustoporByte RAM Dispositivos de armazenamento Memória Física Memória Virtual Discos rígidos Discos removíveis Solid state (SSD) Outros ... Figura 4.1  –  Memória dos computadores. Observando a figura 1, vemos os principais meios de armazenamento do computador. Vemos que eles são classificados por principal (que são memó- rias temporárias) e auxiliar (que são memórias persistentes). Esta classificação é dada pela proximidade que as memórias estão do processador. As memórias principais estão fisicamente conectadas ao processador ou estão dentro do processador, enquanto as auxiliares são dispositivos de entrada e saída. Vamos iniciar nossa caminhada pelos registradores, que são espaços den- tro do processador reservados para armazenar informações de controle do funcionamento dos processos. Estes registradores têm a mesma velocidade do processador, mas são bem limitados, ou melhor, apresentam uma quantidade bem pequena de armazenamento. Os registradores são estudados a fundo em arquitetura e organização dos computadores. Em seguida, encontramos a memória cache. É uma pequena parte do pro- cessador destinada a armazenar uma redundância da memória RAM. A sua finalidade principal é acelerar o processamento, visto que este meio de ar- mazenamento também fica dentro do processador, logo funciona na mesma
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