A Síndrome Alcoólica Fetal é uma síndrome que ocorre através da ingestão de bebidas alcoólicas durante o período gestacional, e pode acarretar graves consequências para a vida da criança.
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Síndrome do Alcoolismo Fetal
DISCENTES:
Ayrton Felipe
Cintia Nascimento
Daniela Coutinho
Eugenia Ribeiro
Joyce Paiva
Priscila Gomes
Valderiana Costa
Yngrid Gleyter
FACULDADE MAURÍCIO DE NASSAU
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM
TURMA 5MA
2. 2
• Conjunto de sinais e sintomas apresentados pelo feto em
decorrência à ingestão de álcool pela mãe durante a
gravidez e durante o período preconcepção.
• É considerada a maior causa de déficit intelectual
prevenível no mundo.
CONCEITO
3. Quadro 1: Síndromes relacionadas ao consumo materno de álcool na gestação
Síndrome Alcoólica Fetal
Caracterizada por retardo do crescimento e alterações dos traços
faciais, que se tornam menos evidentes com o passar do tempo.
Somam-se a estes, alterações globais do funcionamento
intelectual, em especial déficits de aprendizado, memória,
atenção, além de dificuldades para a resolução de problemas e
socialização.
Distúrbios
neurodesenvolvimentais
relacionados ao álcool
Apresenta os mesmos distúrbios mentais observados na SAF. Não
há, no entanto, retardo no processo de crescimento, tampouco
alterações faciais.
Defeitos congênitos
Relacionados ao álcool
Abrange as alterações da constituição esquelética e de outros órgãos
decorrentes da exposição do feto ao álcool durante a gravidez.
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O QUE É?
4. • A causa mais comum de retardo mental infantil de natureza não
hereditária;
• Ela acomete cerca de 0,02 a 0,2% das crianças norte-
americanas e entre 4–10% dos nascidos de mães dependentes
de álcool.
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Epidemiologia
5. • A compreensão etiológica da SAF permanece com algumas
imprecisões e carece de estudos mais abrangentes e
aprofundados.
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Etiologia
6. Quadro 2: Fatores de risco Relacionados á ocorrência da síndrome Alcóolica Fetal.
MODALIDADE FATORES DE RISCO IDENTIFICADOS
SAÚDE
MATERNA
Idade acima de 25 anos ao nascimento da criança; Presença de 3 ou mais gravidezes
anteriores; Ocorrência de parto prematuro ou natimorto anterior; Uso concomitante de
tabaco e/ou outras drogas; desnutrição ou subnutrição.
GESTAÇÃO Consumo durante o primeiro trimestre da gravidez.
SÓCIO-
ECONÔMICOS
Baixo nível sócio-econômico; Desemprego ou subemprego.
PADRÃO DE
CONSUMO
MATERNO
Início precoce do consumo de álcool; Padrão compulsivo de uso (5 drinks ou mais); Padrão
frequente do uso (ao menos 2 ocasiões semanais); Ausência de redução do consumo na
gravidez.
FATORES
PSICOLÓGICOS
Baixa auto estima; Depressão; Distúrbios sexuais.
FATORES
FAMILIARES
História de dependência de álcool na família; Dependência de álcool compartilhada pelo
marido; Relações maritais tênues.
FATORES
SÓCIO-
CULTURAIS
Ambientes tolerantes ao beber pesado da gestante.
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Etiologia
7. Quadro 3: Principais mecanismos fisiopatológicos do álcool sobre o
Sistema Nervoso Central.
• Interferência do processo de maturação neuronal;
• Interferência na migração das células e na mielinização;
• Interferência na adesão celular;
• Alteração das membranas celulares;
• Alteração da produção ou da resposta aos fatores que regulam o crescimento e
divisão celular;
• Interferência na regulação do cálcio intracelular;
• Produção de radicais livres.
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Etiologia
9. • A agenesia do Corpo Caloso
atinge cerca de 6% dos
recém nascidos com a SAF.
• Causa grandes debilidades ao
indivíduo;
• São caracterizados por
convulsões, dificuldades de
alimentação e atrasos no
desenvolvimento
neuropsicomotor;
• O diagnóstico por imagem é
feito por meio de ressonância
nuclear magnética ou
tomografia computadorizada;
• A presença do álcool (mesmo
em baixas concentrações) no
sistema nervoso fetal inibe o
gene responsável pela síntese
molécula L1.
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Etiologia
10. Três critérios essenciais devem ser
encontrados:
• Retardo do crescimento pré ou
pós-natal;
• Acometimento do sistema
nervoso central;
• Presença de fácies característica.
Quadro 5: Critérios Diagnósticos
RETARDO NO CRESCIMENTO PRÉ OU
PÓS NATAL:
• Abaixo do Décimo Porcentil;
ACOMETIMENTO DO SISTEMA
NERVOSO CENTRAL:
• Anormalidades neurológicas;
• Atrasos do desenvolvimento
neuropsicomotor;
• Prejuízos intelectuais;
• Malformações cerebrais.
FÁCIES CARACTERÍSTICAS:
• Fissuras palpebrais curtas (olhos abertos);
• Lábio superior fino;
• Philtrum indefinido;
• Fácies plana.
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Quadro Clínico
15. Quadro 6: Sinais e Sintomas observados na SAF
CRESCIMENTO:
• Déficit de crescimento pré ou pós-natal;
• Redução do tecido adiposo.
DESENVOLVIMENTO:
• Retardo Mental;
• Atraso no desenvolvimento neuropsicomotor;
• Disfunção motora fina;
• Déficit de atenção e/ou hiperatividade;
• Problemas de fala;
• Hipotonia;
• Distúrbios cognitivos e comportamentais.
REGIÃO CRANIOFACIAL:
• Microcefalia;
• Fissuras palpebrais curtas;
• Ptose palpebral;
• Pregas epicânticas;
• Micro ou retrognatia;
• Hipoplasia maxilar;
• Philtrum indefinido;
• Nariz curto com nasio rebaixado.
TECIDO ESQUELÉTICO
• Alterações articulares (ex: luxações);
• Defeitos de postura dos pés;
• Anormalidades da espinha cervical;
• Pectrus excavatum.
APARELHO CARDÍACO:
• Defeitos do septo ventricular;
• Defeitos do septo atrial;
• Tetralogia de Fallot.
MISCELÂNEA:
• Estrabismo;
• Má oclusão dentária;
• Perdas auditivas;
• Escavação torácica anormal;
• Dentes pequenos;
• Hipospádia;
• Hidronefrose;
• Hirsutismo infantil;
• Hérnias umbilicais ou diafragmáticas.
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Quadro Clínico
16. Quadro 7: Fatores protetores contra
complicações sociais e psicológicas
relacionados á SAF
• Relacionamentos estáveis;
• Diagnóstico da síndrome antes dos 6 anos
de idade;
• Ausência de abuso sexual ou violência
física;
• Rotina estável e imune a mudanças
periódicas de residência ou cidade;
• Ausência de privações sociais;
• Presença de acompanhamento
especializado.
• O retardo mental, uma vez estabelecida
sua gravidade, deve receber a atenção
necessária em serviços especializados;
• Problemas motores possuem bons
resultados a tratamentos fisioterápicos;
• Não se deve abordar o problema de
modo restrito;
• Deve haver um plano de tratamento e
comunicação constante entre todos os
profissionais e familiares envolvidos.
• A participação da família e a atenção
aos fatores ambientais capazes de
comprometer a adaptação desses
indivíduos são estratégias
importantíssimas para melhorar o
prognóstico destes indivíduos
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Tratamento
17. • É necessário que os profissionais da saúde investiguem o consumo de álcool
entre as gestantes que frequentam os serviços de atendimento primário.
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Prevenção
T-ACE
Ferramenta de medição de
quatro perguntas que são
identificadores significativos
de risco de beber (ou seja,
ingestão de álcool suficiente
para danificar o embrião / feto).
Quadro 8: T-ACE
1. Quantas bebidas é necessária para te deixar
bêbado?
1. 2 bebidas ou menos;
2. Mais de 2 bebidas.
2. Pessoas têm lhe importunado falando a respeito
do seu modo de beber?
1. Não
2. Sim
3. Alguma vez você já sentiu que deveria reduzir
sua quantidade de bebida?
1. Não
2. Sim
4. Alguma vez já bebeu logo de manhã para
‘acalmar os nervos’ou se livrar de uma ressaca?
1. Não
2. Sim
18. • A paciente deve receber um
tratamento mais intensivo, com
abordagens que a motivem para
a mudança;
• Visitas domiciliares;
• Apoios comunitários;
• Recém-nascidos nessas condições
devem receber seguimento
profissional constante por pelo
menos três anos;
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Prevenção
19. Conforme foi possível observar, trata-se de uma patologia que traz
graves consequências (de caráter definitivo) para o recém-nascido.
Afeta, por conseguinte, sua família e grupos de convívio.
A síndrome também requer tratamentos complexos e por vezes
dispendiosos. A prevenção é a melhor estratégia.
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Conclusão
20. BOBIG, M. E. SÍNDROME ALCOÓLICA FETAL.
TEIXEIRA, Luzimar. Síndrome Alcoólica Fetal. Alcohol Health & Research
World, v. 18, p. 1, 1994.
JACOBSON, Sandra et al. Síndrome alcoólica fetal. 2012.
GARCIA, Roberta; ROSSI, Natalia Freitas; GIACHETI, Célia Maria. Perfil de
habilidades de comunicação de dois irmãos com a Síndrome Alcoólica Fetal.
Rev CEFAC. 2007Out-Dez, v. 9, n. 4, p. 461-68, 2007.
NASCIMENTO, FA de et al. A enfermeira pediatra cuidando de
crianças/adolescentes com Síndrome Alcoólica Fetal (SAF). Esc Anna Nery
Rev Enferm, v. 11, n. 4, p. 619-24, 2007.
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REFERÊNCIAS