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UNIVERSIDADE DO PLANALTO CATARINENSE
                           Av. Castelo Branco, 170 - CEP 88.509-900 - Lages - SC - Cx. P. 525 - Fone: (49) 251-1022 Fax: (49) 251-1051




                     UNIVERSIDADE DO PLANALTO CATARINENSE - UNIPLAC

                COORDENADORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO, PESQUISA E EXTENSÃO

                           FORMULÁRIO PARA PROJETO DE PESQUISA


1 - IDENTIFICAÇÃO


                 Construção de um modelo informatizado de prontuário num
1.1. Título da Pesquisa:
Centro de Atenção Psicossocial para Álcool e outras Drogas, em Lages, Santa
Catarina.
1.2. Área da Pesquisa: 1.03.03.04-9 – Sistemas de Informação



2 - JUSTIFICATIVA


      A rede de saúde mental para o atendimento de dependentes químicos baseia-se no Brasil, em
grande medida, nos Centros de Atenção Psicossocial e, complementarmente, nas chamadas
Comunidades Terapêuticas e hospitais gerais ou especializados. A crescente demanda por
atendimento, nesta área, encontra porém serviços funcionando sem protocolos específicos,
desenvolvendo estratégias e iniciativas próprias para lidar com esta demanda e muitas vezes
atropelados pelo enorme volume de trabalho. Desenvolver uma ferramenta de trabalho, como um
prontuário informatizado, pode contribuir para a agilização destes serviços, permitindo que as
equipes façam escolhas mais objetivas e baseadas em evidências bem como pode permitir que todo o
trabalho desenvolvido seja submetido a avaliações periódicas.
      A demanda crescente por atendimento especializado para tratamento das dependências precisa
encontrar equipes preparadas e com os instrumentos adequados para um rápido e resolutivo
atendimento, encaminhamento e acompanhamento do problema. Registros em papel, desorganizados
ou muito subjetivos podem representar um entrave para a agilização de serviços como os CAPS.
Modelos informatizados de prontuário tem se mostrado mais adequados para o registro,
arquivamento e acesso das informações num centro de atenção à saúde mental, possibilitando
inclusive a reavaliação periódica dos planos terapêuticos formulados e o encaminhamento para
outros serviços da rede.
      Equipes de centros de atenção à saúde mental, pela própria natureza das situações com que
precisam lidar, tendem a trabalhar com poucos critérios objetivos (protocolos) em suas avaliações.
Geralmente isto traz repercussões ao processo de triagem e avaliação dos usuários destes centros
bem como pode comprometer o adequado planejamento terapêutico (ou plano de cuidados) que é
estruturado. Construir um modelo que minimize a subjetividade e aumente a objetividade das
comunicações pode facilitar este trabalho.
     O trabalho multi e interdisciplinar exigido em serviços como os CAPS necessita contar com
ferramentas que deem conta desta característica, facilitando o fluxo de informações entre os
profissionais e otimizando os recursos disponíveis. A construção de um modelo informatizado dos
dados dos usuários (prontuário) pode vir a facilitar este trabalho dentro das equipes, diminuindo sua
carga de estresse ocasionada pelo fluxo e volume das informações, levando a uma melhora do
atendimento prestado.


3 - PROBLEMÁTICA DE PESQUISA


      A inexistência de processos bem definidos e devidamente documentados muitas vezes
dificulta o trabalho dos Centros de Atenção Psicossocial ao Álcool e outras Drogas (CAPS AD) ou
serviços similares.
      Além disso, o CAPS AD necessita de ferramentas que torne o fluxo das informações mais
confiável e menos burocrático. Permitindo desta forma maior agilidade, organização e
produtividade; maior integridade e veracidade da informação; maior estabilidade e segurança de
acesso à informação, dado a importância do serviço prestado pela instituição.



4. OBJETIVO:
Geral

Desenvolvimento de um sistema informatizado de prontuário que possa ser utilizado em Centros de
Atenção Psicossocial ao Álcool e outras Drogas (CAPS AD) ou serviços similares.

Específicos

a)Identificar e adaptar padrões de processos envolvidos nas etapas de acolhimento (recepção),
triagem/avaliação, plano terapêutico individualizado (plano de cuidados),          evolução em
atendimentos clínicos ou de oficinas, bem como instrumentos para comunicação intra-equipe e
encaminhamentos para outros serviços (como hospitalização).
b)Com base nas informações geradas em (a), disponibilizar um sistema informatizado através de um
aplicativo Web.



5 - QUESTÕES DE PESQUISA E/OU HIPÓTESES

  Esta pesquisa visa responder as seguintes questões:

a)Qual a melhor sistemática a ser adotada em um sistema de prontuário eletrônico para um CAPS
AD?

b)Quais as restrições tecnológicas de um sistema no formato de prontuário eletrônico via Web?

c)Como organizar o processo de comunicação e fluxo de informação entre as diversas etapas de
atendimento aos usuários (pacientes) que envolvem os serviços prestados pelo CAPS AD?

d)Como estabelecer uma linguagem única entre os integrantes da equipe, padronizando termos,
estabelecendo dimensões consensuais relativas ao problema “dependência química” e respectivos
desdobramentos?

e)Como construir um modelo dimensional de avaliação aplicável à todas as etapas de atendimento
(acolhimento/recepção, avaliação/triagem, evolução), baseado em consensos e/ou evidências da
literatura científica e que possam ser desdobrados em ações, encaminhamentos ou condutas
padronizadas, estabelecendo-se com isso protocolos mínimos?

f)Como transformar as informações reunidas em metas (“objetivos terapêuticos a serem atingidos”)
para cada setor (médico, psicólogo, assistente social e enfermeira, p.ex.), visando a construção de um
plano de cuidados que possa ser reavaliado periodicamente com critérios?



6 - REVISÃO BIBLIOGRÁFICA E CONCEITUAL/ REFERENCIAL TEÓRICO
 Segundo o Ministério da Saúde (BRASIL, 2011), na década de 1970, houve transformações da
assistência, com um modelo centrado na comunidade e substituindo o modelo do Hospital
Especializado. Com a constituição 1988, cria-se o Sistema Único de Saúde (SUS), e são
estabelecidas as condições institucionais para implantação de novas políticas de saúde, dentre essas a
Política em Saúde Mental.


                             Está sendo considerada como reforma psiquiátrica um processo histórico de formulação
                        crítica e prática, que tem como objetivos e estratégias o questionamento e elaboração de
                        propostas de transformação do modelo clássico e do paradigma da psiquiatria. No Brasil a
                        reforma psiquiátrica é um processo que surge mais concreta e principalmente, a partir da
                        conjuntura da redemocratização, em fins da década de 70. Tem como fundamentos apenas
                        uma crítica conjuntural ao sub-sistema nacional de saúde mental, mas também e
                        principalmente uma crítica estrutural ao saber e ás instituições psiquiátricas clássicas,
                        dentro de toda a movimentação político social que caracteriza a conjuntura de
                        redemocratização. (AMARANTE, 2003, p.87).


       Jorge et al. (2005) afirmam que a partir da década de 1980, tendo a inserção dos movimentos
civis que buscavam a maior participação popular e a democratização na nação, teve o surgimento
dos grupos profissionais em saúde mental junto com a sociedade civil, que tinham uma organização
para combater o modelo psiquiátrico atual. Com a busca de uma política de saúde mental extra-
hospitalar equânime e de base comunitária. Com os movimentos de denúncias foram iniciadas
transformações dentro dos hospitais públicos, dando origem a um processo de democratização das
relações dos profissionais e pacientes a redução de leitos hospitalares e centro psicossocial
(Naps/Caps) para tratar os pacientes próximo de seu lar e família.
       Desse modo, a “Política Nacional de Saúde Mental, vigente no Brasil, objetiva reduzir
progressivamente os leitos em hospitais psiquiátricos, expandindo qualificando e fortalecendo a rede
extra-hospitalar”.( Souza,2007, p.391).
       Segundo Sampaio & Santos (2001), os centros atenção psicossocial oferece uma situação
privilegiado se pensarmos nos princípios do movimento Brasileiro da Reforma Psiquiátrica seus
resultados, instrumentos e intervenções. O Caps é uma forma de assistência pública, no problema de
saúde mental no coletivo e individual, sendo que se destingue pelo acesso local e pela
interdisciplinaridade. Suas características são amplas dimensões técnicas e políticas: integração a
sistemas primários e secundários de atenção; acessibilidade local; prática multiprofissional;
interdisciplinar; multiplicidade de práticas; processo de supervisão; centro dinâmico das políticas de
saúde mental; verdade exclusiva.


                  Caps foi elaborado há dez anos em setembro 1986. Em março do ano seguinte foi oficialmente
                  inaugurado e no mês de junho iniciou suas atividades com pacientes suas atividades com pacientes.
                  Desde sua criação é um serviço de assistência ensino e pesquisa inserindo na rede pública de
                  atenção á saúde mental. Destina-se ao atendimento e pacientes graves.Ao longo dos anos foi
                  ampliando suas funções: formando pessoal para a rede de atendimento, oferecendo estágio para
                  estudantes e desenvolvendo sua vocação como local de reabilitação( GOLDBERG, Jairo, 2001,
                  p.34-35).



       Dados do Ministério da Saúde (2010) do mês de abril do estado de Santa Catarina, os Caps
existentes são: - 41 Caps I ; - 13 Caps II; - 01 Caps III; - 06 Caps Infantil; - 08 Caps Adulto
      A progessiva mudança com avanços no modelo assistencial brasileiro como um todo e na
atenção e no cuidado à saúde mental em particular. Simulatanemente, a adequação desse modelo às
necessidades e demandas e, igualmente à questão da informação em saúde necessita avançar de
maneira expressiva nesse processo de mudanças.
      Segundo Sabbatini (2007), “a medicina foi uma das últimas áreas a adotar as modernas
tecnologias de informação e telecomunicação em suas rotinas e procedimentos”. Não deixa de ser
surpreendente o fato de que, embora a área de saúde tenha como uma de suas particularidades a
geração e utilização extremamente intensivas de dados e de informação em todas as suas atividades,
esta mesma área ainda apresente resistências à informatização em pleno século vinte e um.
       De acordo com Wyatt e Sullivan (2005) informação em saúde: “[…] helps doctor with their
decisions and actions, and improves patient outcomes by making more efficient the way patient data
and medical knowledge is captured, processed, communicated and applied”. E mais adiante
completam: “Information only exists to support decisions and actions: if it fails to do this, it is
irrelevant noise”.
       A idéia de que dados dos pacientes e conhecimento médico precisem ser capturados,
processados, comunicados e aplicados e de que a informação deva dar suporte à decisões a ações – e
que, fora isso, é puro ruído – pode parecer pragmática demais à primeira vista, sobretudo para
profissionais da área de saúde mental, acostumados com impressões subjetivas e decisões assim
baseadas. No entanto, a esmagadora demanda, por si só, por atendimento por transtornos mentais em
nosso meio deveria estar suscitando reflexões, estudos e debates justamente sobre os métodos ainda
utilizados por profissionais do setor para capturar, processar, comunicar e aplicar os dados aportados
pelos usuários, lançar mão do conhecimento científico atualmente existente, intercambiar
informações com outros serviços e profissionais etc. O descompasso entre a demanda e a oferta de
serviços especializados estaria portanto muito além da quantidade baixa de profissionais e serviços
constituídos. Depois de uma insistentemente cobrada (e nunca finalizada) “reforma psiquiátrica”,
podemos estar já diante de uma ainda não reconhecida mas necessária “reforma da saúde mental” e
de seus métodos de gestão da informação que possa sintonizá-la com os novos tempos digitalizados
que estamos vivendo.
      Devemos reconhecer que o progresso tecnológico que se acelerou nas últimas décadas parece
ter sido mais generoso com algumas áreas da medicina, mais do que com outras. Enquanto
especialidades como a cardiologia e a oftalmologia, entre outras, exibem modernos recursos
baseados, em algum nível, na contribuição da informática, o mesmo não se pode dizer, por exemplo,
da psiquiatria ou, pelo menos, de sua vertente mais social, a chamada saúde mental pública.
      Nas últimas décadas, enquanto um articulado movimento tratava de desconstruir um modelo
de psiquiatria centrado nos hospitais e nos médicos psiquiatras, ia emergindo, paralelamente, uma
rede de serviços dita preocupada em garantir os direitos dos pacientes, agora então denominados
“usuários”. Os serviços assim constituídos – e os Centros de Atenção Psicossocial são o
representante-mor desta tendência – passaram a assumir a assistência de milhares de pessoas, na
maioria das vezes sob condições duvidosas em matéria de preparo ou adequação para a tarefa.
Passados alguns anos, e em meio a uma situação crítica de desassistência na área, pode-se indagar
se os preceitos éticos, ideológicos e políticos que nortearam essa guinada na assistência pública à
saúde mental no país de fato são ainda suficientes – ou adequados - para garantir a transparência em
seus processos e a real inclusão destes usuários na atualmente chamada sociedade de informação. Ou
se estaríamos diante de uma rede onde os discursos acenam com a liberdade e o gozo dos direitos
mas onde a prática rotineira mais se aproxima das mais empedernidas burocracias, pelo menos no
que diz respeito à forma como se entende a gestão da informação nestes serviços.
     Um dos instrumentos que melhor represente a ideia de cuidado, atenção e respeito à dignidade
do cidadão em situação de atendimento num serviço de saúde talvez seja o prontuário. A forma
como esse instrumento é visto, considerado, respeitado e usado pelos profissionais pode revelar, por
exemplo e de certo modo, a ideia que se tem do usuário e seus direitos. No entanto, a ênfase
exagerada no subjetivismo, concepções ideológicas equivocadas sobre a doença mental, pressões de
grupos militantes, entre outros desvios, plantaram na área da saúde mental pública, a concepção de
que muitas outras coisas são mais importantes do que... prontuários. De acordo com REIS et al.
(2009):
                 Nem sempre a existência de prontuários, que acompanham a trajetória dos usuários dos
                 equipamentos de saúde mental e nos quais se inscrevem os diversos dados, ações, cuidados e
                 medidas atinentes a esses sujeitos, foi reconhecida como sendo de real utilidade para eles, nem sua
                 existência representou um valor positivo por parte de setores de trabalhadores da saúde mental. Já
                 se argumentou criticamente, num momento histórico em que as instituições de saúde mental
                 respondiam maciçamente ao modelo médico-hospitalar, que prontuários cristalizavam a vida e
                 enrijeciam a dinâmica da situação dos sujeitos que neles tinham suas vicissitudes inscritas e, assim,
                 contribuíam para a reificação e estigmatização dos processos que os afetavam. A existência dessa
                 modalidade de registro prender-se-ia tão exclusivamente a medidas burocrático-administrativas,
                 não raro ideológicas e derivadas mimeticamente de procedimentos próprios da área que se ocupa
                 das doenças físicas”.
      A análise dos processos de gestão da informação nestes novos serviços de saúde mental pode
revelar dados – e atitudes - interessantes. Em pesquisa que analisa a representação dos
coordenadores de equipe dos CAPSi a respeito do valor e da utilidade dos prontuários, REIS et al.
(2009) demonstram como, a despeito de todos os avanços em matéria de garantia dos direitos dos
usuários, estes serviços ainda trabalham considerando o prontuário como algo importante apenas
para a equipe e o serviço, mas quase nada para o usuário. No dizer dos autores:
                     [...] os prontuários são percebidos como valiosos instrumentos de trabalho e sua importância
                     destacada como instrumento de intervenção e de acompanhamento clínicos. Sua relevância é
                     assinalada como dispositivo que possibilita a articulação e a comunicação dos membros das equipes
                     técnicas dos CAPSi. Por outro lado, não é percebida qual a utilidade que eles teriam para o usuário.
                     A contradição nos níveis de importância alocada à utilidade dos prontuários quando se trata da
                     equipe técnica ou dos usuários enseja uma discussão aprofundada sobre a natureza da clínica em
                     saúde mental praticada nos CAPSi.
      Mais do que ensejar, no entanto, uma discussão aprofundada sobre a natureza da clínica em
saúde mental praticada nos CAPS em geral, esta atitude com relação aos prontuários pode também
conduzir, por extensão, a uma não menos preocupante postura com relação aos novos processos de
gestão da informação baseados na informática, processos esses sim profundamente revolucionários
por sua capacidade de democratizar realmente, e na prática, a informação.
      De acordo com os autores da pesquisa, o prontuário como um instrumento da equipe – e
apenas da equipe – impede, na verdade, que ele seja utilizado como “um eficaz meio de diálogo,
apetrecho clínico interativo entre a equipe e o usuário” (grifos nossos). Se entendermos que, nos dias
de hoje, para que a interatividade ocorra e seja completa, é fundamental incluir o mundo digital,
podemos imaginar também que, a menos que esta forma de pensar os prontuários em nossos serviços
públicos de saúde mental mude, as barreiras continuarão sendo imensas para a adoção, por exemplo,
de prontuários eletrônicos, espaços onde esta interatividade é cada vez mais exercida e ampliada na
área da saúde. Neste sentido, não deixa de ser sintomática a ausência repetida nos debates, encontros
e capacitações da saúde mental pública de qualquer referência à modelos de gestão da informação
nos serviços, adoção de prontuários eletrônicos e outros temas e recursos da informática em saúde ou
das tecnologias de informação e comunicação.
      Mais do que isolando serviços, profissionais e usuários dos infinitos recursos e avanços
possibilitados pela informática, a ausência da reflexão destes temas na área pode estar atrasando
ainda mais a incorporação da mesma ao mais recente, e ainda mais inovador aspecto do chamado
mundo digital, no que diz respeito à saúde: a e-saúde, ou saúde em rede digital. Conforme
SABBATINI, “e-saúde é o conjunto de aplicações, sistemas, infraestrutura, interconexão e filosofia
de integração de dados, informações e serviços que abrangem a totalidade das atividades típicas
deste setor econômico e social”. Ampliando esta definição e possibilitando que pensemos em vários
desdobramentos e aplicações possíveis da e-saúde na área da saúde mental pública, este mesmo
autor cita Günter Eysenbach (2001):
                      e-saúde é um campo emergente da união da informática médica, saúde pública e negócios,
                     referente aos serviços de saúde e de informação comunicados através da internet e das tecnologias
                     relacionadas. Num sentido mais amplo, o termo caracteriza não somente o desenvolvimento técnico
                     como também um estado de espírito, um modo de pensar, uma atitude e um compromisso com a
                     rede, pensamento global, para melhorar o cuidado com a saúde local, regional e mundial com o uso
                     da tecnologia de informação e comunicação” (SABATTINI, 2007, apud Eysenbach, 2001).
       A e-saúde reuniria, na verdade, todas as condições de transformação radical do sistema de
saúde. Não preparar o terreno de uma área para sua chegada e implantação significa, por extensão,
alijar pessoas deste profundo processo de transformação, já em curso em muitos países. Sabattini
(2007) enumera algumas destas transformações possibilitadas pela e-saúde:
•Democratização do acesso à informação médica.
•Mudanças no relacionamento médico-paciente (parceria, co-responsabilidade, consentimento
esclarecido etc.).
•Criação das Redes Comunitárias de Informação em Saúde, permitindo a integração e o intercâmbio
de informações médicas entre todos os provedores de saúde de uma cidade, reduzindo a
multiplicidade de dados, possibilitando o acesso dos pacientes a uma parte das informações
publicadas na Web (através do prontuário eletrônico do paciente) etc..
•Novas modalidades de provimento de serviços médicos e de saúde mediadas pela rede, diretamente
aos pacientes, tais como telemonitaração doméstica e home-care à distância etc..
•O acoplamento de serviços de comércio eletrônico de medicamentos e de suprimentos médico-
cirúrgicos diretamente aos pacientes.
•A avaliação on-line da qualidade de serviços médicos, feitos pelos próprios pacientes e divulgados
publicamente na Web (transparência da gestão pública).
       Ainda segundo SABBATINI (2007), quando totalmente implantada, a e-saúde poderá trazer
muitos e variados benefícios, tais como:
•A desospitalização progressiva do sistema com deslocamento de boa parte dos serviços de atenção
médica e à saúde para sistemas ambulatoriais, one-day hospital, etc., diminuindo os custos gerais e
os riscos intrínsecos da hospitalização.
•Um aumento da cobertura de serviços de saúde pública e privada, principalmente em municípios
pequenos, pobres e remotos, onde as especialidades médicas mais sofisticadas nunca conseguiriam
prosperar ou justificar seus custos devido à considerações de tamanho de mercado.
•Descentralização dos serviços de saúde, mantendo o acesso total a dados de qualidade.
•Regulação mais apurada e frequente do sistema de atendimento, permitindo o surgimento de
sistemas automatizados de referência e contra-referência, central de leitos, central de ambulâncias,
serviços de urgência, etc..
•Acesso mais rápido aos dados, com consequente aumento da qualidade.
•Racionalização, enxugamento e eliminação de desperdícios através da melhor informação.
•Participação mais ativa dos usuários, melhor controle da população sobre a gestão do sistema.

      É oportuno destacar que vários avanços trazidos pela saúde em rede digital (e-saúde), já
comprovados em várias partes do mundo, são a própria materialização de velhas bandeiras
levantadas por vários movimentos ainda atuantes na área da saúde pública (desospitalização,
controle social etc.) com suas respectivas soluções. Se tais bandeiras ainda não foram atingidas,
talvez isto se explique pelos métodos inadequados que foram usados até agora. A e-saúde pode estar
representando justamente a possibilidade de alcançarmos objetivos idealizados, quase sempre
presentes nos discursos oficiais mas ainda muito distantes do dia a dia dos cidadãos.



7- METODOLOGIA

De acordo com Silva e Menezes (2005), a pesquisa em questão pode ser classificada como: aplicada
quanto à sua natureza e descritiva, quanto à forma usada para atingir os objetivos.
A presente pesquisa será iniciada com um breve levantamento bibliográfico de prontuários
eletrônicos e sua forma de relacionamento com o serviço prestado por CAPS AD, a fim de
identificar as melhores práticas a serem adotadas em sistemas desta natureza.
Será investigado através de estudo in loco e entrevistas com os responsáveis do CAPS AD de Lages
como é o atual processo de gerenciamento das etapas de atendimento dos usuários (pacientes) e
como se dá o fluxo de informações dentro deste processo. Nesta etapa, será possível realizar a
modelagem do sistema, propondo o estabelecimento de uma linguagem padronizada de termos. Para
a modelagem será utilizado o Processo Unificado, onde será inicialmente realizado o levantamento
de requisitos para, em seguida, elaborar os casos de usos e o modelo lógico do banco de dados do
sistema transacional proposto.
Na etapa final será realizada a implementação do sistema em questão, levando em consideração
como requisitos tecnológicos para dar suporte a uma aplicação Web: ser compatível com sistema
operacional e banco de dados livres, além das linguagens HTML e CSS, na parte visual, e PHP e
JavaScript, para a lógica de negócio. Ainda, a aplicação web deve, na medida do possível, utilizar os
conceitos de padrões web e orientação a objetos através da linguagem PHP.
Durante todo o processo de implementação serão realizados testes para a verificação das
funcionalidades da aplicação. Sendo então, a aplicação implantada no servidor da CAPS AD.
Por fim, será feita a redação do relatório final apontando resultados da pesquisa e um artigo, onde o
bolsista aprofundará seus conhecimentos sobre a redação de documentos científicos.



8 - RESULTADOS ESPERADOS

Ao concretizar esta pesquisa espera-se contribuir diretamente na qualidade dos serviços prestados
pelos CAPS AD.

 Especificamente, têm-se como resultados esperados:
•Científicos:
oEntendimento e padronização do processo de comunicação que envolvem os serviços prestados
pelos CAPS AD
oPublicação de um artigo em evento nacional;Divulgação dos resultados em eventos científicos
nacionais e internacionais
oAmpliar a interface e parceria de pesquisa interdisciplinar entre a área da Saúde e dos Sistemas de
Informação
•Tecnológicos:
oCriação de um prontuário eletrônico do CAPS AD que poderá ser amplamente utilizado pelos
serviços de CAPS no Estado e no Brasil
•Econômicos:
oOtimização dos recursos e instrumetos utilizados no cotidiano dos serviços
•Sociais:
oElaboração de uma “versão do usuário” do Plano Terapêutico Individualizado (PTI) de modo a
informar ao usuário sobre metas a atingir em seu projeto?
•Ambiental:
oA ampla utilização do sistema informatizado poderá trazer menores impactos ambientais, quando
comparada a um sistema manual (utilização de papel).



9– PLANO DE TRABALHO DO ALUNO BOLSISTA


Para alcançar os objetivos propostos neste projeto, o bolsista desenvolverá as seguintes atividades:

1.Acompanhamento da revisão bibliográfica.
2.Realização de entrevistas e visitas in loco adotando os padrões de documentação do Processo
Unificado.
3.Modelagem do Sistema através do levantamento de requisitos, elaboração de casos de uso e
modelagem do banco de dados.
4.Estudo sobre as principais tecnologias e ferramentas utilizadas para o desenvolvimento de sistemas
web, dentre as quais destacam-se: Linguagens HTML, CSS e PHP.
5.O desenvolvimento do website utilizando as tecnologias estudadas.
6.Redação do relatório final da pesquisa e do artigo.

10 - CRONOGRAMA DE ATIVIDADES DE PESQUISA

                          Atividades                                           Calendário
Revisão Bibliográfica                                                 Outubro a Novembro de 2011
Visita in locu e Entrevistas com responsáveis CAPS AD               Dezembro de 2011 a Março de 2012
Modelagem do Sistema                                                    Fevereiro e Março de 2012
Implementação do Sistema                                                Fevereiro a Junho de 2012
Testes do sistema                                                         Abril a Julho de 2012
Implantação do Sistema                                                       Agosto de 2012
Participação da Mostra Científica                                           Outubro de 2012
Elaboração do Relatório Final do Projeto                                Agosto a Outubro de 2012
Elaboração do Artigo                                                   Setembro e Outubro de 2012



BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

AMARANTE, P. Loucos pela vida: A trajetória de reforma psiquiátrica no Brasil. 2.ed. Rio de Janeiro:
Editora Fiocruz, 2003.136p.11 -
BRASIL. Ministério da Saúde. Política Nacional de Saúde Mental. [citado 14 abril]. Disponível em:
www.saude.gov.br.
BRASIL, 2011. O que é reforma psiquiátrica. http://portal.saude.gov.br/portal/saude/area.cfm?id_area=925
JORGE, MAS et al. Política de Saúde: Escola Politécnica de Saúde Joaquim Verâncio.Fundação
Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz, 2003.242p.
Jr. BB. Desafios da Reforma Psiquiátrica no Brasil. PHYSIS: Rev. Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, 17(2):
243-250, 2007.
REIS, AOA et al . Prontuários, para que servem?: representação dos coordenadores de equipe dos capsi a
respeito do valor e da utilidade dos prontuários. Rev. bras. crescimento desenvolv. hum., São Paulo, v. 19, n.
3,       dez.     2009        .     Disponível       em:        <http://www.revistasusp.sibi.usp.br/scielo.php?
script=sci_arttext&pid=S0104-12822009000300004&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em: 11 set. 2011.
SAMPAIO, J.J.C.; SAnTOS, A.W.G. A experiência do Centro de Atenção Psicossocial e o Movimento
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Hucitec, 2001. p.127-34.
SABBATINI, RME: e-Saúde. Em: Knight, Peter T. et al. (Editores): e-Desenvolvimento. São Paulo, Editora
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SILVA, E. L. da e MENEZES, E. M. Metodologia da Pesquisa e Elaboração de Dissertação. 4 ed.
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WHYATT, Jeremy C.; SULLIVAN, Frank. What is health information? Disponível em
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  • 1. UNIVERSIDADE DO PLANALTO CATARINENSE Av. Castelo Branco, 170 - CEP 88.509-900 - Lages - SC - Cx. P. 525 - Fone: (49) 251-1022 Fax: (49) 251-1051 UNIVERSIDADE DO PLANALTO CATARINENSE - UNIPLAC COORDENADORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO, PESQUISA E EXTENSÃO FORMULÁRIO PARA PROJETO DE PESQUISA 1 - IDENTIFICAÇÃO Construção de um modelo informatizado de prontuário num 1.1. Título da Pesquisa: Centro de Atenção Psicossocial para Álcool e outras Drogas, em Lages, Santa Catarina. 1.2. Área da Pesquisa: 1.03.03.04-9 – Sistemas de Informação 2 - JUSTIFICATIVA A rede de saúde mental para o atendimento de dependentes químicos baseia-se no Brasil, em grande medida, nos Centros de Atenção Psicossocial e, complementarmente, nas chamadas Comunidades Terapêuticas e hospitais gerais ou especializados. A crescente demanda por atendimento, nesta área, encontra porém serviços funcionando sem protocolos específicos, desenvolvendo estratégias e iniciativas próprias para lidar com esta demanda e muitas vezes atropelados pelo enorme volume de trabalho. Desenvolver uma ferramenta de trabalho, como um prontuário informatizado, pode contribuir para a agilização destes serviços, permitindo que as equipes façam escolhas mais objetivas e baseadas em evidências bem como pode permitir que todo o trabalho desenvolvido seja submetido a avaliações periódicas. A demanda crescente por atendimento especializado para tratamento das dependências precisa encontrar equipes preparadas e com os instrumentos adequados para um rápido e resolutivo atendimento, encaminhamento e acompanhamento do problema. Registros em papel, desorganizados ou muito subjetivos podem representar um entrave para a agilização de serviços como os CAPS. Modelos informatizados de prontuário tem se mostrado mais adequados para o registro, arquivamento e acesso das informações num centro de atenção à saúde mental, possibilitando inclusive a reavaliação periódica dos planos terapêuticos formulados e o encaminhamento para outros serviços da rede. Equipes de centros de atenção à saúde mental, pela própria natureza das situações com que precisam lidar, tendem a trabalhar com poucos critérios objetivos (protocolos) em suas avaliações. Geralmente isto traz repercussões ao processo de triagem e avaliação dos usuários destes centros bem como pode comprometer o adequado planejamento terapêutico (ou plano de cuidados) que é estruturado. Construir um modelo que minimize a subjetividade e aumente a objetividade das comunicações pode facilitar este trabalho. O trabalho multi e interdisciplinar exigido em serviços como os CAPS necessita contar com
  • 2. ferramentas que deem conta desta característica, facilitando o fluxo de informações entre os profissionais e otimizando os recursos disponíveis. A construção de um modelo informatizado dos dados dos usuários (prontuário) pode vir a facilitar este trabalho dentro das equipes, diminuindo sua carga de estresse ocasionada pelo fluxo e volume das informações, levando a uma melhora do atendimento prestado. 3 - PROBLEMÁTICA DE PESQUISA A inexistência de processos bem definidos e devidamente documentados muitas vezes dificulta o trabalho dos Centros de Atenção Psicossocial ao Álcool e outras Drogas (CAPS AD) ou serviços similares. Além disso, o CAPS AD necessita de ferramentas que torne o fluxo das informações mais confiável e menos burocrático. Permitindo desta forma maior agilidade, organização e produtividade; maior integridade e veracidade da informação; maior estabilidade e segurança de acesso à informação, dado a importância do serviço prestado pela instituição. 4. OBJETIVO: Geral Desenvolvimento de um sistema informatizado de prontuário que possa ser utilizado em Centros de Atenção Psicossocial ao Álcool e outras Drogas (CAPS AD) ou serviços similares. Específicos a)Identificar e adaptar padrões de processos envolvidos nas etapas de acolhimento (recepção), triagem/avaliação, plano terapêutico individualizado (plano de cuidados), evolução em atendimentos clínicos ou de oficinas, bem como instrumentos para comunicação intra-equipe e encaminhamentos para outros serviços (como hospitalização). b)Com base nas informações geradas em (a), disponibilizar um sistema informatizado através de um aplicativo Web. 5 - QUESTÕES DE PESQUISA E/OU HIPÓTESES Esta pesquisa visa responder as seguintes questões: a)Qual a melhor sistemática a ser adotada em um sistema de prontuário eletrônico para um CAPS AD? b)Quais as restrições tecnológicas de um sistema no formato de prontuário eletrônico via Web? c)Como organizar o processo de comunicação e fluxo de informação entre as diversas etapas de atendimento aos usuários (pacientes) que envolvem os serviços prestados pelo CAPS AD? d)Como estabelecer uma linguagem única entre os integrantes da equipe, padronizando termos,
  • 3. estabelecendo dimensões consensuais relativas ao problema “dependência química” e respectivos desdobramentos? e)Como construir um modelo dimensional de avaliação aplicável à todas as etapas de atendimento (acolhimento/recepção, avaliação/triagem, evolução), baseado em consensos e/ou evidências da literatura científica e que possam ser desdobrados em ações, encaminhamentos ou condutas padronizadas, estabelecendo-se com isso protocolos mínimos? f)Como transformar as informações reunidas em metas (“objetivos terapêuticos a serem atingidos”) para cada setor (médico, psicólogo, assistente social e enfermeira, p.ex.), visando a construção de um plano de cuidados que possa ser reavaliado periodicamente com critérios? 6 - REVISÃO BIBLIOGRÁFICA E CONCEITUAL/ REFERENCIAL TEÓRICO Segundo o Ministério da Saúde (BRASIL, 2011), na década de 1970, houve transformações da assistência, com um modelo centrado na comunidade e substituindo o modelo do Hospital Especializado. Com a constituição 1988, cria-se o Sistema Único de Saúde (SUS), e são estabelecidas as condições institucionais para implantação de novas políticas de saúde, dentre essas a Política em Saúde Mental. Está sendo considerada como reforma psiquiátrica um processo histórico de formulação crítica e prática, que tem como objetivos e estratégias o questionamento e elaboração de propostas de transformação do modelo clássico e do paradigma da psiquiatria. No Brasil a reforma psiquiátrica é um processo que surge mais concreta e principalmente, a partir da conjuntura da redemocratização, em fins da década de 70. Tem como fundamentos apenas uma crítica conjuntural ao sub-sistema nacional de saúde mental, mas também e principalmente uma crítica estrutural ao saber e ás instituições psiquiátricas clássicas, dentro de toda a movimentação político social que caracteriza a conjuntura de redemocratização. (AMARANTE, 2003, p.87). Jorge et al. (2005) afirmam que a partir da década de 1980, tendo a inserção dos movimentos civis que buscavam a maior participação popular e a democratização na nação, teve o surgimento dos grupos profissionais em saúde mental junto com a sociedade civil, que tinham uma organização para combater o modelo psiquiátrico atual. Com a busca de uma política de saúde mental extra- hospitalar equânime e de base comunitária. Com os movimentos de denúncias foram iniciadas transformações dentro dos hospitais públicos, dando origem a um processo de democratização das relações dos profissionais e pacientes a redução de leitos hospitalares e centro psicossocial (Naps/Caps) para tratar os pacientes próximo de seu lar e família. Desse modo, a “Política Nacional de Saúde Mental, vigente no Brasil, objetiva reduzir progressivamente os leitos em hospitais psiquiátricos, expandindo qualificando e fortalecendo a rede extra-hospitalar”.( Souza,2007, p.391). Segundo Sampaio & Santos (2001), os centros atenção psicossocial oferece uma situação privilegiado se pensarmos nos princípios do movimento Brasileiro da Reforma Psiquiátrica seus
  • 4. resultados, instrumentos e intervenções. O Caps é uma forma de assistência pública, no problema de saúde mental no coletivo e individual, sendo que se destingue pelo acesso local e pela interdisciplinaridade. Suas características são amplas dimensões técnicas e políticas: integração a sistemas primários e secundários de atenção; acessibilidade local; prática multiprofissional; interdisciplinar; multiplicidade de práticas; processo de supervisão; centro dinâmico das políticas de saúde mental; verdade exclusiva. Caps foi elaborado há dez anos em setembro 1986. Em março do ano seguinte foi oficialmente inaugurado e no mês de junho iniciou suas atividades com pacientes suas atividades com pacientes. Desde sua criação é um serviço de assistência ensino e pesquisa inserindo na rede pública de atenção á saúde mental. Destina-se ao atendimento e pacientes graves.Ao longo dos anos foi ampliando suas funções: formando pessoal para a rede de atendimento, oferecendo estágio para estudantes e desenvolvendo sua vocação como local de reabilitação( GOLDBERG, Jairo, 2001, p.34-35). Dados do Ministério da Saúde (2010) do mês de abril do estado de Santa Catarina, os Caps existentes são: - 41 Caps I ; - 13 Caps II; - 01 Caps III; - 06 Caps Infantil; - 08 Caps Adulto A progessiva mudança com avanços no modelo assistencial brasileiro como um todo e na atenção e no cuidado à saúde mental em particular. Simulatanemente, a adequação desse modelo às necessidades e demandas e, igualmente à questão da informação em saúde necessita avançar de maneira expressiva nesse processo de mudanças. Segundo Sabbatini (2007), “a medicina foi uma das últimas áreas a adotar as modernas tecnologias de informação e telecomunicação em suas rotinas e procedimentos”. Não deixa de ser surpreendente o fato de que, embora a área de saúde tenha como uma de suas particularidades a geração e utilização extremamente intensivas de dados e de informação em todas as suas atividades, esta mesma área ainda apresente resistências à informatização em pleno século vinte e um. De acordo com Wyatt e Sullivan (2005) informação em saúde: “[…] helps doctor with their decisions and actions, and improves patient outcomes by making more efficient the way patient data and medical knowledge is captured, processed, communicated and applied”. E mais adiante completam: “Information only exists to support decisions and actions: if it fails to do this, it is irrelevant noise”. A idéia de que dados dos pacientes e conhecimento médico precisem ser capturados, processados, comunicados e aplicados e de que a informação deva dar suporte à decisões a ações – e que, fora isso, é puro ruído – pode parecer pragmática demais à primeira vista, sobretudo para profissionais da área de saúde mental, acostumados com impressões subjetivas e decisões assim baseadas. No entanto, a esmagadora demanda, por si só, por atendimento por transtornos mentais em nosso meio deveria estar suscitando reflexões, estudos e debates justamente sobre os métodos ainda utilizados por profissionais do setor para capturar, processar, comunicar e aplicar os dados aportados pelos usuários, lançar mão do conhecimento científico atualmente existente, intercambiar informações com outros serviços e profissionais etc. O descompasso entre a demanda e a oferta de serviços especializados estaria portanto muito além da quantidade baixa de profissionais e serviços
  • 5. constituídos. Depois de uma insistentemente cobrada (e nunca finalizada) “reforma psiquiátrica”, podemos estar já diante de uma ainda não reconhecida mas necessária “reforma da saúde mental” e de seus métodos de gestão da informação que possa sintonizá-la com os novos tempos digitalizados que estamos vivendo. Devemos reconhecer que o progresso tecnológico que se acelerou nas últimas décadas parece ter sido mais generoso com algumas áreas da medicina, mais do que com outras. Enquanto especialidades como a cardiologia e a oftalmologia, entre outras, exibem modernos recursos baseados, em algum nível, na contribuição da informática, o mesmo não se pode dizer, por exemplo, da psiquiatria ou, pelo menos, de sua vertente mais social, a chamada saúde mental pública. Nas últimas décadas, enquanto um articulado movimento tratava de desconstruir um modelo de psiquiatria centrado nos hospitais e nos médicos psiquiatras, ia emergindo, paralelamente, uma rede de serviços dita preocupada em garantir os direitos dos pacientes, agora então denominados “usuários”. Os serviços assim constituídos – e os Centros de Atenção Psicossocial são o representante-mor desta tendência – passaram a assumir a assistência de milhares de pessoas, na maioria das vezes sob condições duvidosas em matéria de preparo ou adequação para a tarefa. Passados alguns anos, e em meio a uma situação crítica de desassistência na área, pode-se indagar se os preceitos éticos, ideológicos e políticos que nortearam essa guinada na assistência pública à saúde mental no país de fato são ainda suficientes – ou adequados - para garantir a transparência em seus processos e a real inclusão destes usuários na atualmente chamada sociedade de informação. Ou se estaríamos diante de uma rede onde os discursos acenam com a liberdade e o gozo dos direitos mas onde a prática rotineira mais se aproxima das mais empedernidas burocracias, pelo menos no que diz respeito à forma como se entende a gestão da informação nestes serviços. Um dos instrumentos que melhor represente a ideia de cuidado, atenção e respeito à dignidade do cidadão em situação de atendimento num serviço de saúde talvez seja o prontuário. A forma como esse instrumento é visto, considerado, respeitado e usado pelos profissionais pode revelar, por exemplo e de certo modo, a ideia que se tem do usuário e seus direitos. No entanto, a ênfase exagerada no subjetivismo, concepções ideológicas equivocadas sobre a doença mental, pressões de grupos militantes, entre outros desvios, plantaram na área da saúde mental pública, a concepção de que muitas outras coisas são mais importantes do que... prontuários. De acordo com REIS et al. (2009): Nem sempre a existência de prontuários, que acompanham a trajetória dos usuários dos equipamentos de saúde mental e nos quais se inscrevem os diversos dados, ações, cuidados e medidas atinentes a esses sujeitos, foi reconhecida como sendo de real utilidade para eles, nem sua existência representou um valor positivo por parte de setores de trabalhadores da saúde mental. Já se argumentou criticamente, num momento histórico em que as instituições de saúde mental respondiam maciçamente ao modelo médico-hospitalar, que prontuários cristalizavam a vida e enrijeciam a dinâmica da situação dos sujeitos que neles tinham suas vicissitudes inscritas e, assim, contribuíam para a reificação e estigmatização dos processos que os afetavam. A existência dessa modalidade de registro prender-se-ia tão exclusivamente a medidas burocrático-administrativas, não raro ideológicas e derivadas mimeticamente de procedimentos próprios da área que se ocupa das doenças físicas”. A análise dos processos de gestão da informação nestes novos serviços de saúde mental pode revelar dados – e atitudes - interessantes. Em pesquisa que analisa a representação dos coordenadores de equipe dos CAPSi a respeito do valor e da utilidade dos prontuários, REIS et al. (2009) demonstram como, a despeito de todos os avanços em matéria de garantia dos direitos dos usuários, estes serviços ainda trabalham considerando o prontuário como algo importante apenas
  • 6. para a equipe e o serviço, mas quase nada para o usuário. No dizer dos autores: [...] os prontuários são percebidos como valiosos instrumentos de trabalho e sua importância destacada como instrumento de intervenção e de acompanhamento clínicos. Sua relevância é assinalada como dispositivo que possibilita a articulação e a comunicação dos membros das equipes técnicas dos CAPSi. Por outro lado, não é percebida qual a utilidade que eles teriam para o usuário. A contradição nos níveis de importância alocada à utilidade dos prontuários quando se trata da equipe técnica ou dos usuários enseja uma discussão aprofundada sobre a natureza da clínica em saúde mental praticada nos CAPSi. Mais do que ensejar, no entanto, uma discussão aprofundada sobre a natureza da clínica em saúde mental praticada nos CAPS em geral, esta atitude com relação aos prontuários pode também conduzir, por extensão, a uma não menos preocupante postura com relação aos novos processos de gestão da informação baseados na informática, processos esses sim profundamente revolucionários por sua capacidade de democratizar realmente, e na prática, a informação. De acordo com os autores da pesquisa, o prontuário como um instrumento da equipe – e apenas da equipe – impede, na verdade, que ele seja utilizado como “um eficaz meio de diálogo, apetrecho clínico interativo entre a equipe e o usuário” (grifos nossos). Se entendermos que, nos dias de hoje, para que a interatividade ocorra e seja completa, é fundamental incluir o mundo digital, podemos imaginar também que, a menos que esta forma de pensar os prontuários em nossos serviços públicos de saúde mental mude, as barreiras continuarão sendo imensas para a adoção, por exemplo, de prontuários eletrônicos, espaços onde esta interatividade é cada vez mais exercida e ampliada na área da saúde. Neste sentido, não deixa de ser sintomática a ausência repetida nos debates, encontros e capacitações da saúde mental pública de qualquer referência à modelos de gestão da informação nos serviços, adoção de prontuários eletrônicos e outros temas e recursos da informática em saúde ou das tecnologias de informação e comunicação. Mais do que isolando serviços, profissionais e usuários dos infinitos recursos e avanços possibilitados pela informática, a ausência da reflexão destes temas na área pode estar atrasando ainda mais a incorporação da mesma ao mais recente, e ainda mais inovador aspecto do chamado mundo digital, no que diz respeito à saúde: a e-saúde, ou saúde em rede digital. Conforme SABBATINI, “e-saúde é o conjunto de aplicações, sistemas, infraestrutura, interconexão e filosofia de integração de dados, informações e serviços que abrangem a totalidade das atividades típicas deste setor econômico e social”. Ampliando esta definição e possibilitando que pensemos em vários desdobramentos e aplicações possíveis da e-saúde na área da saúde mental pública, este mesmo autor cita Günter Eysenbach (2001): e-saúde é um campo emergente da união da informática médica, saúde pública e negócios, referente aos serviços de saúde e de informação comunicados através da internet e das tecnologias relacionadas. Num sentido mais amplo, o termo caracteriza não somente o desenvolvimento técnico como também um estado de espírito, um modo de pensar, uma atitude e um compromisso com a rede, pensamento global, para melhorar o cuidado com a saúde local, regional e mundial com o uso da tecnologia de informação e comunicação” (SABATTINI, 2007, apud Eysenbach, 2001). A e-saúde reuniria, na verdade, todas as condições de transformação radical do sistema de saúde. Não preparar o terreno de uma área para sua chegada e implantação significa, por extensão, alijar pessoas deste profundo processo de transformação, já em curso em muitos países. Sabattini (2007) enumera algumas destas transformações possibilitadas pela e-saúde: •Democratização do acesso à informação médica. •Mudanças no relacionamento médico-paciente (parceria, co-responsabilidade, consentimento esclarecido etc.).
  • 7. •Criação das Redes Comunitárias de Informação em Saúde, permitindo a integração e o intercâmbio de informações médicas entre todos os provedores de saúde de uma cidade, reduzindo a multiplicidade de dados, possibilitando o acesso dos pacientes a uma parte das informações publicadas na Web (através do prontuário eletrônico do paciente) etc.. •Novas modalidades de provimento de serviços médicos e de saúde mediadas pela rede, diretamente aos pacientes, tais como telemonitaração doméstica e home-care à distância etc.. •O acoplamento de serviços de comércio eletrônico de medicamentos e de suprimentos médico- cirúrgicos diretamente aos pacientes. •A avaliação on-line da qualidade de serviços médicos, feitos pelos próprios pacientes e divulgados publicamente na Web (transparência da gestão pública). Ainda segundo SABBATINI (2007), quando totalmente implantada, a e-saúde poderá trazer muitos e variados benefícios, tais como: •A desospitalização progressiva do sistema com deslocamento de boa parte dos serviços de atenção médica e à saúde para sistemas ambulatoriais, one-day hospital, etc., diminuindo os custos gerais e os riscos intrínsecos da hospitalização. •Um aumento da cobertura de serviços de saúde pública e privada, principalmente em municípios pequenos, pobres e remotos, onde as especialidades médicas mais sofisticadas nunca conseguiriam prosperar ou justificar seus custos devido à considerações de tamanho de mercado. •Descentralização dos serviços de saúde, mantendo o acesso total a dados de qualidade. •Regulação mais apurada e frequente do sistema de atendimento, permitindo o surgimento de sistemas automatizados de referência e contra-referência, central de leitos, central de ambulâncias, serviços de urgência, etc.. •Acesso mais rápido aos dados, com consequente aumento da qualidade. •Racionalização, enxugamento e eliminação de desperdícios através da melhor informação. •Participação mais ativa dos usuários, melhor controle da população sobre a gestão do sistema. É oportuno destacar que vários avanços trazidos pela saúde em rede digital (e-saúde), já comprovados em várias partes do mundo, são a própria materialização de velhas bandeiras levantadas por vários movimentos ainda atuantes na área da saúde pública (desospitalização, controle social etc.) com suas respectivas soluções. Se tais bandeiras ainda não foram atingidas, talvez isto se explique pelos métodos inadequados que foram usados até agora. A e-saúde pode estar representando justamente a possibilidade de alcançarmos objetivos idealizados, quase sempre presentes nos discursos oficiais mas ainda muito distantes do dia a dia dos cidadãos. 7- METODOLOGIA De acordo com Silva e Menezes (2005), a pesquisa em questão pode ser classificada como: aplicada quanto à sua natureza e descritiva, quanto à forma usada para atingir os objetivos. A presente pesquisa será iniciada com um breve levantamento bibliográfico de prontuários eletrônicos e sua forma de relacionamento com o serviço prestado por CAPS AD, a fim de identificar as melhores práticas a serem adotadas em sistemas desta natureza. Será investigado através de estudo in loco e entrevistas com os responsáveis do CAPS AD de Lages como é o atual processo de gerenciamento das etapas de atendimento dos usuários (pacientes) e como se dá o fluxo de informações dentro deste processo. Nesta etapa, será possível realizar a
  • 8. modelagem do sistema, propondo o estabelecimento de uma linguagem padronizada de termos. Para a modelagem será utilizado o Processo Unificado, onde será inicialmente realizado o levantamento de requisitos para, em seguida, elaborar os casos de usos e o modelo lógico do banco de dados do sistema transacional proposto. Na etapa final será realizada a implementação do sistema em questão, levando em consideração como requisitos tecnológicos para dar suporte a uma aplicação Web: ser compatível com sistema operacional e banco de dados livres, além das linguagens HTML e CSS, na parte visual, e PHP e JavaScript, para a lógica de negócio. Ainda, a aplicação web deve, na medida do possível, utilizar os conceitos de padrões web e orientação a objetos através da linguagem PHP. Durante todo o processo de implementação serão realizados testes para a verificação das funcionalidades da aplicação. Sendo então, a aplicação implantada no servidor da CAPS AD. Por fim, será feita a redação do relatório final apontando resultados da pesquisa e um artigo, onde o bolsista aprofundará seus conhecimentos sobre a redação de documentos científicos. 8 - RESULTADOS ESPERADOS Ao concretizar esta pesquisa espera-se contribuir diretamente na qualidade dos serviços prestados pelos CAPS AD. Especificamente, têm-se como resultados esperados: •Científicos: oEntendimento e padronização do processo de comunicação que envolvem os serviços prestados pelos CAPS AD oPublicação de um artigo em evento nacional;Divulgação dos resultados em eventos científicos nacionais e internacionais oAmpliar a interface e parceria de pesquisa interdisciplinar entre a área da Saúde e dos Sistemas de Informação •Tecnológicos: oCriação de um prontuário eletrônico do CAPS AD que poderá ser amplamente utilizado pelos serviços de CAPS no Estado e no Brasil •Econômicos: oOtimização dos recursos e instrumetos utilizados no cotidiano dos serviços •Sociais: oElaboração de uma “versão do usuário” do Plano Terapêutico Individualizado (PTI) de modo a informar ao usuário sobre metas a atingir em seu projeto? •Ambiental: oA ampla utilização do sistema informatizado poderá trazer menores impactos ambientais, quando comparada a um sistema manual (utilização de papel). 9– PLANO DE TRABALHO DO ALUNO BOLSISTA Para alcançar os objetivos propostos neste projeto, o bolsista desenvolverá as seguintes atividades: 1.Acompanhamento da revisão bibliográfica. 2.Realização de entrevistas e visitas in loco adotando os padrões de documentação do Processo Unificado. 3.Modelagem do Sistema através do levantamento de requisitos, elaboração de casos de uso e
  • 9. modelagem do banco de dados. 4.Estudo sobre as principais tecnologias e ferramentas utilizadas para o desenvolvimento de sistemas web, dentre as quais destacam-se: Linguagens HTML, CSS e PHP. 5.O desenvolvimento do website utilizando as tecnologias estudadas. 6.Redação do relatório final da pesquisa e do artigo. 10 - CRONOGRAMA DE ATIVIDADES DE PESQUISA Atividades Calendário Revisão Bibliográfica Outubro a Novembro de 2011 Visita in locu e Entrevistas com responsáveis CAPS AD Dezembro de 2011 a Março de 2012 Modelagem do Sistema Fevereiro e Março de 2012 Implementação do Sistema Fevereiro a Junho de 2012 Testes do sistema Abril a Julho de 2012 Implantação do Sistema Agosto de 2012 Participação da Mostra Científica Outubro de 2012 Elaboração do Relatório Final do Projeto Agosto a Outubro de 2012 Elaboração do Artigo Setembro e Outubro de 2012 BIBLIOGRAFIA CONSULTADA AMARANTE, P. Loucos pela vida: A trajetória de reforma psiquiátrica no Brasil. 2.ed. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz, 2003.136p.11 - BRASIL. Ministério da Saúde. Política Nacional de Saúde Mental. [citado 14 abril]. Disponível em: www.saude.gov.br. BRASIL, 2011. O que é reforma psiquiátrica. http://portal.saude.gov.br/portal/saude/area.cfm?id_area=925 JORGE, MAS et al. Política de Saúde: Escola Politécnica de Saúde Joaquim Verâncio.Fundação Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz, 2003.242p. Jr. BB. Desafios da Reforma Psiquiátrica no Brasil. PHYSIS: Rev. Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, 17(2): 243-250, 2007. REIS, AOA et al . Prontuários, para que servem?: representação dos coordenadores de equipe dos capsi a respeito do valor e da utilidade dos prontuários. Rev. bras. crescimento desenvolv. hum., São Paulo, v. 19, n. 3, dez. 2009 . Disponível em: <http://www.revistasusp.sibi.usp.br/scielo.php? script=sci_arttext&pid=S0104-12822009000300004&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em: 11 set. 2011. SAMPAIO, J.J.C.; SAnTOS, A.W.G. A experiência do Centro de Atenção Psicossocial e o Movimento Brasileiro de Reforma Psiquiátrica. In: PITTA, A. (Org.). Reabilitação psicossocial no Brasil. São Paulo: Hucitec, 2001. p.127-34. SABBATINI, RME: e-Saúde. Em: Knight, Peter T. et al. (Editores): e-Desenvolvimento. São Paulo, Editora Yendis, 2007 (PDF). SILVA, E. L. da e MENEZES, E. M. Metodologia da Pesquisa e Elaboração de Dissertação. 4 ed. Florianópolis: UFSC, 2005. 138 p. SOUZA AJF, MATIAS GN, GOMES KFA, PARENTE ACIM. A saúde mental no Programa Saúde da Família. Rev. Bras Enfer, Brasília 2007 jul-ago; 60(4): 391-5. WHYATT, Jeremy C.; SULLIVAN, Frank. What is health information? Disponível em :http://www.bmj.com/content/331/7516/566.full?sid=98ac7dcb-c478-43a3-9b46-b672522c36cb. Acesso em: 11 set. 2011.