O documento descreve a evolução dos instrumentos agrícolas ao longo da história, desde ferramentas rudimentares até máquinas modernas. Detalha como o arado revolucionou a agricultura e permitiu o cultivo de novos tipos de terra, e como melhorias tecnológicas subsequente aumentaram sua eficiência. Também discute o uso inicial do arado em diferentes regiões como o Egito, África e Europa.
2. • Do princípio da agricultura até os dias atuais, o homem
utiliza várias ferramentas que torna fácil o trabalho no
campo. Muitos instrumentos rudimentares ainda são hoje
utilizados, pois são simples de usar, fáceis de obter e custam
relativamente pouco ao lavrador.
• A invenção da enxada possibilitou o aumento da produção, a
melhoria da produtividade nos campos, revolucionou a vida
rural das populações e as condições de vida dos camponeses.
As primeiras enxadas eram de pedra polida ou de madeira.
Com o aparecimento dos metais registou-se um importante
aperfeiçoamento. Entre os instrumentos de trabalho mais
usados na agricultura podem citar-se os primeiros arados,
grades constituídas por uma tábua da qual saíam pregos, os
toneis, pipas e cubas para o vinho e o azeite, a foice e a
enxada.
3. • Com a introdução do arado simples, as comunidades rurais apenas
podiam cultivar os solos que não fossem muito difíceis de lavrar. A
relha do arado era em madeira ou em pedra, passando posteriormente
à relha de ferro, que abriu possibilidades completamente novas para o
cultivo de terrenos pedregosos. Outras melhorias tecnológicas foram
introduzidas ao longo do tempo que permitiram o uso do arado em
solos argilosos, a utilização duma aiveca para virar a terra em vez de
apenas riscar um sulco e o recurso à energia animal, que estabeleceu
uma ligação funcional entre a criação de animais e a agricultura. O
arado semeador, além de poupar trabalho, proporcionava uma melhor
distribuição das sementes. Com o arado melhorou a laboração da terra,
alargou-se o sistema de rotação de cultivos, começou-se a sulcar
terrenos nunca dantes cultivados e iniciou-se o uso de adubos.
• A utilização do arado influenciou a divisão dos terrenos conforme se
destinavam à lavoura ou a pastos. O arado desencadeou, entre outros
efeitos, a passagem da propriedade comunitária à propriedade privada
do solo e ao avanço da estratificação social. Os camponeses que não
possuíam bois apenas podiam usar arados simples, manuseados pelo
trabalho de dois homens, em terrenos fáceis de revolver. Os grandes
agricultores, possuidores de várias juntas de bois de trabalho, podiam
usar os arados em áreas extensas e mesmo em solos mais difíceis de
revolver.
4. • No fim do século XIII, uma pesada charrua começou a ser
adotada em substituição do arado mediterrâneo, pelo
menos nas grandes propriedades. Esta charrua foi
concebida para novas terras e duras. A charrua puxada a
bois permitiu passar do trabalho sobre pequenas parcelas
para o cultivo de zonas muito extensas.
• Os agricultores egípcios utilizavam arados de madeira, em
meados do II milénio a.C., puxados por uma junta de bois
com o fim de trabalharem os solos húmidos e férteis do
Vale do Nilo.
• Na África Subsariana, século XVI, os utensílios e as técnicas
agrícolas, ainda muito rudimentares e arcaicos, tinham sido
herdadas de épocas remotas mantendo-se relativamente
imutáveis durante séculos. Contudo, estes instrumentos
tinham a vantagem de se adaptarem bem aos solos pouco
consistentes.
• Na Europa, até ao século XVIII, ao nível de utensílios
básicos não se registaram grandes melhorias. A inovação
mais importante foi a substituição das componentes de
madeira pelo ferro. Porém, no início do século seguinte
foram postos em prática novos inventos, designadamente
máquinas de debulhar.