2. TABELA PERIÓDICA
Dimitri Ivanovich Mendeleyev (1834-1907) nasceu na
St. Petersburg e posteriormente viveu na França e
Alemanha. Conseguiu o cargo de professor de química
na Universidade de St. Petersburg.
Mendeleyev criou uma carta para cada um dos 63
elementos conhecidos. Cada carta continha o símbolo do
elemento, a massa atômica e suas propriedades químicas
e físicas. Colocando as cartas em uma mesa, organizou-
as em ordem crescente de suas massas atômicas,
agrupando-as em elementos de propriedades
semelhantes. Formou-se então a tabela periódica.
A vantagem da tabela periódica de Mendeleyev sobre as
outras, é que esta exibia semelhanças numa rede de
relações vertical, horizontal e diagonal.
Em 1906, Mendeleyev recebeu o Prêmio Nobel por este
trabalho.
O elemento de número atômico 101 é o Mendelévio (Md)
em sua homenagem.
4. A descoberta do número atômico
Em 1913, o cientista britânico Henry Moseley
descobriu que o número de prótons no núcleo de um
determinado átomo era sempre o mesmo.
Moseley usou essa idéia para o número atômico de
cada átomo. Quando os átomos foram arranjados de
acordo com o aumento do número atômico, os
problemas existentes na tabela de Mendeleyev
desapareceram.
Devido ao trabalho de Moseley, a tabela periódica
moderna está baseada no número atômico dos
elementos.
Com o passar do tempo, os químicos foram
melhorando a tabela periódica moderna, aplicando
novos dados, como as descobertas de novos
elementos ou um número mais preciso na massa
atômica, e rearranjando os existentes, sempre em
função dos conceitos originais.
5. • A última maior troca na tabela, resultou do
trabalho de Glenn Seaborg, na década de 50.
• A partir da descoberta do plutônio em 1940,
Seaborg descobriu todos os elementos
transurânicos (do número atômico 94 até
102).
• Reconfigurou a tabela periódica colocando a
série dos actnídeos abaixo da série dos
lantanídeos.
• Em 1951, Seaborg recebeu o Prêmio Nobel
em química, pelo seu trabalho.
• O elemento 106 tabela periódica é chamado
seabórgio (Sg), em sua homenagem.
7. • O sistema de numeração dos grupos da tabela periódica,
usados atualmente, são recomendados pela União
Internacional de química Pura e Aplicada (IUPAC).
METAIS AMETAIS GASES NOBRES
9. A Tabela periódica atual
• Elementos dispostos em ordem crescente de número
atômico;
• Sete linhas horizontais períodos ou série
• Dezoito linhas verticais colunas, famílias ou grupos
Elementos divididos em dois grupos: metais (elementos
em verde) e não metais (elementos em amarelo, incluindo
hidrogênio e os gases nobres)
Série dos lantanídios e dos actinídios.
10. Família (ou grupo)
1º período (ou série)
2º período (ou série)
3º período (ou série)
4º período (ou série)
5º período (ou série)
6º período (ou série)
7º período (ou série)
Série dos
Lantanídeos
Série dos Actinídeos
Num grupo,(famílias),os elementos apresentam
propriedades químicas semelhantes.
À medida que percorremos um período, as
propriedades físicas variam regularmente,
uniformemente.
11. A numeração é feita em algarismos arábicos
de 1 a 18, começando a numeração da
esquerda para a direita, sendo o grupo:
1, o do hidrogênio e dos metais alcalinos ;
2, dos metais alcalino-terrosos;
13, dos elementos representativos da família
do Boro (B);
14, da família do Carbono (C);
15, da família do Nitrogênio (N).
16, da família dos calcogênios;
17, da família dos halogênios e
18, o dos gases nobres .
12. Os elementos dos grupos A são chamados
representativos.
Os metais das famílias B são chamados METAIS DE
TRANSIÇÃO, sendo:
* Os Lantanídeos e Actinídeos, os metais de transição
interna.
* Os demais, metais de transição externa.
Oficialmente, são conhecidos hoje 115 elementos
químicos, dos quais 88 são naturais (encontrados na
natureza) e 27 artificiais (produzidos em laboratório);
estes últimos podem ser classificados em:
* cisurânicos — apresentam número atômico inferior a
92, do elemento urânio, e são os seguintes: tecnécio (Tc),
astato (At), frâncio (Fr), promécio (Pm);
* transurânicos — apresentam número atômico superior
a 92 e são atualmente em número de 23.
15. Ordem crescente de energia nos subníveis
1s 2s 2p 3s 3p 42 3d 4p 5s 4d 5p 6s 4f 5d 6p 7s
5f 6d
Distribuição eletrônica e posição na tabela periódica
16. s
d
p
f
O esquema abaixo mostra o subnível ocupado pelo elétron
mais energético dos elementos da tabela periódica.
Tabela periódica
18. A distribuição eletrônica do átomo de um dado elemento químico
permite que determinemos sua localização na tabela.
Exemplo:
Sódio(Na) – Z = 11
1s²2s²2p63s¹
Período: 3º
Família: 1(1 A) –
Metais Alcalinos
Localização na tabela periódica dos elementos
representativos (antigas Famílias A)
19. Localização na tabela periódica dos
elementos de transição (antigas Famílias B)
Os elementos dessas famílias são denominados genericamente
elementos de transição.
Uma parte deles ocupa o bloco central da tabela periódica, de
IIIB até IIB (10 colunas), e apresenta seu elétron mais energético
em subníveis d.
IIIB IVB VB VIB VIIB VIIIB IB IIB
1
d 2
d 3
d 4
d 5
d 6
d 7
d 8
d 9
d 10
d
Exemplo: Ferro (Fe) / Z = 26
1s²2s²2p63s²3p64s²3d6
Período: 4º
Família: 8B
26. Apresentam brilho quando polidos;
Sob temperatura ambiente, apresentam-se no estado
sólido, a única exceção é o mercúrio, um metal líquido;
São bons condutores de calor e eletricidade;
São resistentes maleáveis (lâminas) e dúcteis (fios).
METAIS
27. Correspondem a 4,16% da crosta terrestre,
sendo cálcio e magnésio os mais abundantes;
O rádio é raro e muito instável (radioativo);
Por ser muito reativo não se encontra isolado,
mas combinado, principalmente na forma de
silicatos, carbonatos e sulfatos;
Ex: O magnésio é facilmente moldável e é utilizado na
fabricação de ligas metálicas;
METAIS ALCALINOS-TERROSOS
29. Existem nos estados sólidos (iodo, enxofre, fósforo,
carbono) e gasoso (nitrogênio, oxigênio, flúor); a
exceção é o bromo, um não-metal líquido;
não apresentam brilho, são exceções o iodo e o
carbono sob a forma de diamante;
não conduzem bem o calor a eletricidade, com
exceção do carbono sob a forma de grafite;
Geralmente possuem mais de 4 elétrons na última
camada eletrônica, o que lhes dá tendência a ganhar
elétrons, transformando-se em íons negativos (ânions)
AMETAIS
31. Formam moléculas monoatômicas.
São inertes, elementos químicos que dificilmente se combinam
com outros elementos, mas podem fazer ligações apesar da
estabilidade (em condições especiais); – hélio, neônio,
argônio, criptônio, xenônio e radônio.
Possuem a última camada eletrônica completa, ou seja, 8
elétrons. A única exceção é o hélio, que possui uma única
camada, a camada K, que está completa com 2 elétrons.
GASES NOBRES
32. Apresenta propriedades muito
particulares e muito diferentes em
relação aos outros elementos.
Por exemplo, tem apenas 1
elétron na camada K (sua única
camada) quando todos os outros
elementos têm 2.
HIDROGÊNIO
34. NOTAS
• 1 - São elementos líquidos: Hg e Br;
• 2 - São Gases: He, Ne, Ar, Kr, Xe, Rn, Cl, N, O, F, H;
• 3 - Os demais são sólidos;
• 4 - Chamam-se cisurânicos os elementos artificiais
de Z menor que 92 (urânio): Astato (At); Tecnécio
(Tc); Promécio (Pm) e Frâncio (Fr).
• 5 - Chamam-se transurânicos os elementos
artificiais de Z maior que 92: são todos artificiais;
• 6 - Elementos radioativos: Do bismuto (83Bi) em
diante, todos os elementos conhecidos são
naturalmente radioativos.
37. Eletronegatividade
É a capacidade que um átomo tem de atrair
elétrons (ametais).
Varia da esquerda para a direita e de baixo
para cima, excluindo-se os gases nobres.
H
Fr
38. Potencial de Ionização
É a energia necessária para retirar um ou mais
elétron de um átomo, no seu estado isolado e
gasoso, transformando-o em um íon gasoso. Varia
como a eletronegatividade e inclui os gases nobres.
A segunda ionização requer maior energia que a
primeira e, assim, sucessivamente.
H He
Ne
Ar
Kr
Xe
Rn
39. Eletroafinidade
É a energia liberada quando um átomo
recebe um ou mais elétron, no seu estado
isolado e gasoso. Varia como o Potencial de
Ionização. Não inclui os gases nobres.
Fr
H
40. Caráter Metálico
É a capacidade que um átomo tem de perder elétrons
(metais).
Varia da direita para a esquerda e de cima
para baixo excluindo-se os gases nobres.
Li
Na
K
Rb
Cs
Fr
H
F
41. Densidade
É a razão entre a massa e o volume do
elemento. Varia das extremidades para o
centro e de cima para baixo.
Os
45. APLICAÇÕES DE ALGUNS ELEMENTOS:
Lantânio-Pedra para isqueiro;
Zircônio-revestimento para metais;
Ítrio-filtro para radar,lente para câmera fotográfica ;
Titânio-pino para fratura;
Manganês –trilho,cofre;
Cobalto-lâmina de barbear,imã permanente;
Níquel-moeda;talheres,ouro branco;
Cádmio- parafusos,proteção anti-corrosiva;
Potássio-adubo químico;
Gálio-tela de televisão;
Bromo-gás lacrimogêneo,anti-chamas,papel fotográfico,
filme fotográfico;
46. Elementos essenciais à vida
Os organismos vivos, como qualquer matéria presente na terra
,são formados por átomos de ocorrência natural.
Dos 90 elementos naturais,apenas 25 são essenciais nos
organismos vivos e desses 25,somente 4 (H,C,N e O) perfazem
99,3% de todos os átomos de nosso corpo.
Enxofre S
hidrogênio H
Cálcio Ca
Carbono C
Cloro Cl
Cromo Cr
Flúor F
Iodo I
Sódio Na
Zinco Zn
47. PROPRIEDADES PERIÓDICAS
As propriedades periódicas são aquelas que, à
medida que o número atômico aumenta,
assumem valores crescentes ou decrescentes em
cada período, ou seja, repetem-se periodicamente.
Exemplo: o número de elétrons na camada de
valência.
Outros exemplos: raio atômico, afinidade
eletrônica, potencial de ionização, densidade,
pontos de fusão e ebulição, eletronegatividade,
entre outras.
48. Raio atômico: o tamanho do átomo
O tamanho do átomo é uma característica difícil de ser
determinada, pois a eletrosfera de um átomo não tem fronteira
definida. De maneira geral, para comparar o tamanho dos
átomos, devemos levar em conta dois fatores:
Caso os átomos comparados apresentem o mesmo número de
níveis (camadas), devemos usar outro critério:
51. • Ao retirarmos o primeiro elétron de um
átomo, ocorre uma diminuição do raio. Por
esse motivo, a energia necessária para retirar
o segundo elétron é maior.
54. DENSIDADE
Experimentalmente, verifica-se que:
• Entre os elementos das famílias IA e VIIA, a densidade
aumenta, de maneira geral, de acordo com o aumento das
massas atômicas, ou seja, de cima para baixo.
• Num mesmo período, de maneira geral, a densidade aumenta
das extremidades para o centro da tabela.
• Assim, os elementos de maior densidade estão situados na
parte central e inferior da tabela periódica, sendo o ósmio (Os)
o elemento mais denso (22,5 g/cm³).
55. PONTO DE FUSÃO E
PONTO DE EBULIÇÃO
• Nas famílias IA e IIA, os elementos de maiores
TF e TE estão situados na parte superior da
tabela. Na maioria das famílias, os elementos
com maiores TF e TE estão situados geralmente
na parte inferior.
• Num mesmo período, de maneira geral a TF e a
TE crescem das extremidades para o centro da
tabela.
• Entre os metais, o tungstênio (W) é o que
apresenta maior TF: 3.410 ºC.
• O carbono, por formar estruturas com grande
número de átomos, apresenta TF (3.550 ºC) e
TE (4.287 ºC) elevados.