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ALQUIMIA- “A CHAVE DA ALQUIMIA” –PARACELSO
Texto inédito
Capa: Aníbal Monteiro
Tradução: Antonio Carlos Braga ------------------1973
Pg.9/26 – Biografia de Paracelso- Nome: Plilippus Teophrastas. Nascimento-
novembro de 1493 – Falecimento: 24-setembro- 1541 ( 48anos de idade)
Pai- Doutor Hohenheim
Desde pequeno acompanhava o pai nas lidas médicas por montanhas e
povoados.Assim aprendeu a gostar das plantas e das ervas silvestres, iniciando-se
no conhecimento e no amor pela natureza.
-Num certo momento uma insólita decisão revolucionária que transformaria a
medicina, levaria a terapêutica por caminhos mais naturais e declararia guerra sem tréguas
ao trio intocável que seus contemporâneos veneravam: Celso, Galeno e Avicena.
Como prova de sua oposição a Celso se chamaria PARACELSO. E saiu em
peregrinação.
- Frequentou as universidades da Alemanha, da França, da Itália.Assistia às aulas
dos homens mais destacados da época: Scheit, Levantal e Nicolas de Ypon, doutorando-se
com segurança, embora tenha sido negado por alguns examinadores.
A magia mística, o ocultismo e a escolástica reinaram nas universidades
.Teofrasto- rompeu com os fariseus e absorveu a verdade nos frondosos
conhecimentos médicos e principalmente em Tritemio, célebre abade do Convento de
S.Jorge, em Wurzburg.
Tritêmio- foi um criptógrafo e cabalista notável, grande conhecedor e
comentarista das sagradas escrituras e descobridor de importantes fenômenos psíquicos de
magnetismo animal, de telepatia e transmissão do pensamento, além de um químico
consumado.
Depois de certo tempo- Paracelso separou-se do mestre, não concordando com
certas práticas de magia e nigromancia que ele praticava.A influência maior foi “complicar
e inverter os conceitos”, ocultando as idéias debaixo de fantásticos neologismos.
Viajou pelo Tirol, Hungria, Polônia, Suíça, atravessou novamente a França, a
Espanha e Portugal- daí ao reino do grande Kan na Tartária- aí curou o filho do rei-
agraciado com honrarias.
Começou a despertar ciúmes da classe médica.Por prudência, resolveu
desaparecer por algum tempo.Peregrinou pela Itália, Países Baixos e Dinamarca,
trabalhando como cirurgião militar- grandes êxitos na cura das feridas.Depois- Suécia,
Boêmia e voltou a Tirol. Levava vida simples, sem arrogância.
Nesta época- observação sobre as enfermidades dos mineiros e sobre a virtude de
alguns minerais- as de mercúrio foram notáveis para a cura de úlceras sifilíticas e muitas
outras.
Ora peregrinava sozinho, ora acompanhado de discípulos, ora em pobreza
franciscana, ora com riqueza espetacular.Mas, sempre com muita humildade e
simplicidade.
Hoje- sem dúvida – seria considerado um grande intelectual- possuía uma grande
cultura, um grande amor pelo estudo, um rigoroso espírito crítico e costumes baseados na
sobriedade e na castidade absoluta.
_Fama e renome- ( 1527) – ocupou uma cadeira de mestre com 34anos de
idade.Posteriormente - ensino público em Colmar-Basiléia-(1528), Nurember (1529), Saint
Gall (1531), Pffeffer(1535), Ausgsburgo(1536) e Villach(1538), onde 4 anos antes havia
morrido seu pai. Foram 10 anos de docência ininterrupta.
Seguiu-se 2 anos de retiro em Mindelheim- ocupou-se em recopiar, ordenar e
rever seus escritos e conferências.
1
No inverno deste 2º ano foi atacado por uma doença rara que o consumia.Seus
comentários sobre a Bíblia e a vida espiritual (foram publicados por Toxites em 1570).
Nesta fase- muitas estórias controvertidas e boatos sobre seu fim. Parece certo
que esteve internado no Hospital de Saint Estevão e ali sentiu um dia, a morte chegar com
rara corporiedade.Reagiu.Depois alugou um cômodo na Pousada do Cavalo Branco em
Kaygasse- com quarto e escritório. No final daquele verão ditou seu testamento, preparou
seu funeral, repartiu seus bens, escolheu os Salmos I, VII e XXX e determinou que seu
corpo fosse enterrado na igreja de Santo Estevão..Morreu 3 dias depois, em 24 de setembro
de 1541. Recebeu todas as honras como o homem digno que acabava de desaparecer.
Meio século depois- seus restos mortais foram depositados em um nicho cavado
no muro, fechado por uma placa de mármore.Seu epitáfio:” Aqui jaz Felipe Teofrasto de
Hohenheim.Famoso doutor em medicina, que curou toda espécie de feridas, a lepra, a gota,
a hidropisia e outras enfermidades do corpo, com ciência maravilhosa. Morreu em 24 de
setembro no ano da graça de 1541”.
Pg.-15 / 18- II- A OBRA –
Dizia: “ O saber não está armazenado em um só lugar, mas disperso por
toda a superfície da terra”.
-Homem aferrado à razão justa das coisas.
-Apelido de “Lutero da medicina” – promotor de grande revolução científica do
século 16.Era chamado “o médico dos pobres” -um revolucionário por uma exigência de
consciência.
Criou uma arte fundada num conhecimento mais exato do homem considerado
como parte do universo e de cujas leis não poderia escapar.Criou o princípio do homem
como microcosmo dentro da grande ordem superior, o macrocosmo.
Sua alquimia-antecessora da atual química biológica-aperfeiçoada e racionalizada
depois sem que pudessem suprimi-la da essência dos conhecimentos médicos.
Séculos depois - teoria dos venenos - endossada por Claude Bernard.
Sua obra é vasta - tratada sobre a sífilis, a peste, a doença sobre os mineiros, as
epidemias, as enfermidades produzidas pelo tártaro, os livros de prática, a arte das receitas,
as análises químicas, a influência dos astros, a cirurgia, o livro das ervas, dos minerais e
das pedras, a matriz, as feridas abertas e as chagas, a preparação do heléboro, as úlceras
dos olhos e o mal chamado glaucoma, os princípios ativos que se obtém para a trituração
dos remédios e principalmente seu “tratado contra as imposturas dos médicos”, além dos
“dicionários” que a sua nomenclatura especial e diferente, exigiu.
Esta linguagem quase incompreensível o resguardou das invejas e perseguições
de seus colegas, atravessando os séculos.Mas, muito ainda há para se descobrir da sua
genialidade.
Século 16 – Paracelso se influenciou pela exaltação mística do meio.Mas, com
seu juízo excepcional, uma vertente poética e senso de humor, conseguiu não ser acusado
de hereje, acusação que atingiu muitos homens da época, que hoje chamaríamos de
intelectuais liberais.
Hoje é considerados um clássico fundador da terapêutica moderna e
semeador da medicina experimental.
Pg.19/21 – III – A ÉPOCA
-Foram seus contemporâneos: Leonardo , Erasmo e Lutero.
-Leonardo- a máxima expressão da arte analisada como nunca havia sido, de
forma científica e filosófica.
-Erasmo- o maior sentimento filosófico e satírico que os conhecimentos
científicos e artísticos da época permitiram.
-Lutero- o mais alto e transcendental expoente da paixão religiosa, iconoclasta e
construtiva por sua vez, cheio de misticismo e um implacável perseguidor da hierarquia
temporal.
_Estudos feitos mostram um fato interessante: um fio marcando um campo
magnético entre Rotterdam, Milão e o burgosaxão de Eisleben- triângulo de uns 700
2
quilômetros de lado- carregado de induções espirituais- que só poderia impregnar e
dominar alguém que surgiu no centro deste triângulo- este centro corresponde com bastante
exatidão a Einsiedehn, à ermida de Suábia, onde nasceu Paracelso.
Darember chegou a dizer que tudo isso formou o “Arcano da Alemanha”-
protótipo da essência intelectual do século, cuja representação apareceu em Paracelso.
Pg.20- o grande xadrez do Reforma e Contra reforma- De um lado uma turba de
filósofos sonhadores, alquimistas, humanistas, médicos, engenheiros incipientes, artistas e
religiosos.. Do outro lado uma imensa e mescravel classe popular, museu vivo de todas as
desgraças e doenças e um grande campo experimental para um olho ansioso em descobrir a
verdade debaixo daquelas roupas estranhas, entre o borbulhar de idéias filosóficas, de
panacéias intragáveis e de fantásticas liturgias.
Nesta mesma época – 1)-Colombo havia descoberto a América; 2- a emigração
dos judeus, ordenada pelos reis católicos, para os países da América Central- foi de grande
importância : eles levaram os tesouros do saber que o acervo da civilização árabe havia
semeado na península ibérica, muito superior àquela que a Idade Média tinha alcançado na
Europa.Formou-se um núcleo pelo triângulo Holanda, Saxônia e norte da Itália, que mais
tarde, com a inclusão da França, constituiu a cultura ocidental.
Pg.21- IV- Os Contemporâneos
Dos discípulos de Paracelso restou um – OPORINUS- foi seu secretário e
discípulo por muitos anos.Depois voltou-se contra o mestre, tornando-se seu principal
acusador, ao lado de Erasto, inimigo jurado de Paracelso.
Muitas acusações, calúnias, injúrias atingiram Paracelso.
Outro impugnador foi Lieber que em 1572 escreveu um DISPUTATRO
de Medicina Nova Paracelso, editada em Basiléia.
Erasmo de Rotterdam- ardente defensor e amigo de Paracelso, voltou-se contra
ele, depois de Paracelso morto.O único, parece, que lhe tributou plena fé e consideração foi
o Cônsul de Saint-Gall, doutor Joaquim de Wardt, por quem Paracelso sempre demonstrou
um grande afeto e gratidão, dedicando-lhe vários de seus escritos.
-Eminentes seguidores:Van Helmont- “ a mulher é inteiramente útero”, tem todo
o pensamento paracelsista..
-Descartes e Montaigne – eruditos – se interessaram por ele.
Pg.23/26 V – A Posteridade
-No século 18 – Paracelso desapareceu de cena.No final do século reabilitação
entusiasta por parte de Cristobal Gottleb von Murr ( Leipzig-1798-99,II)
A partir daí, ocorreu em vários países e eruditos que estudaram, publicaram e
prestigiaram os escritos de Paracelso. Principalmente, Grillot de Vivry- 1713 –publicou a
1ª e única tradução das obras completas de Paracelso em francês, muito elogiada.
Ultimo parágrafo: - ( Os únicos manuscritos diretos que se conservam hoje, de
reconhecida autenticidade, são os de Vosius e Huser, os da Biblioteca de Viena e os que
Wegenstein encontrou entre os despojos do Monastério Del Escorial, na Espanha).
Pg.27 Indíce Geral do Livro.
Pg.29/30 –Dedicatória ao Senhor e Doutor Joaquim de Wadt.
Pg.31/32 – Livro dos Prólogos- Livro Primeiro-
Prólogo Primeiro – ( Do Conteúdo da Medicina)
-Todas as enfermidades divididas em 5 tipos de tratamentos diferentes e
fundamentais. Iniciamos o estudo da medicina pelo tratamento e não pelas causas – aceitar
como se fossem 5 ciências da medicina, 5 artes ou 5 facilidades do entendimento.Cada uma
delas, por si mesma, é capaz de formar um meio terapêutico completo para a cura de todas
3
as enfermidades, nas mãos de um médico hábil, competente e esperto, que deverá escolher
a melhor para cada caso.
Cada médico- esforçar-se num estudo diário e constante- lembrar que o
conhecimento da alma do paciente é tanto ou mais importante que seu corpo.A base da sua
ciência estará nela mesma e não nesta ou naquela estranha subjetividade.
Ultimo parágrafo: Cada um desses métodos, suficientemente perfeitos persi e in
si, pode alcançar uma compreensão completa, teórica e prática, do conhecimento das
causas e das curas de todas as doenças.
Pg.33 – Prólogo Segundo- ( Sobre os dois grandes grupos)-
- A medicina é dupla- clínica ou física e cirúrgica –o que não significa que
tenha duas origens distintas mas apenas duas expressões.
- A febre e a peste, mesmo que provenham da mesma fonte, têm manifestações
próprias e diferentes. Quando esta fonte, origem ou causa mórbida expressa
uma putrefação interna- aparece a febre-( se necessário, ficar de cama)- pode
manifestar-se na superfície da pele.
- Necessário:ter razão e bom juízo-atenção para quando se iniciaram.- Doença
do centro do corpo para a periferia- é considerada clínica- física e aquelas da
superfície para o centro- cirúrgicas. Resumindo: tudo que se resolve através
dos emunctórios naturais é físico e será cirúrgico tudo aquilo que aparece
como erupção por emunctórios não-naturais e é visível.
Pg.35/36 – Prólogo Terceiro – ( Sobre os modos e as maneiras de curar)
Estudo das 5 origens, facilidades médicas ou modos de curar:
I- Medicina Natural- trata as enfermidades como ensina a vida, a
natureza das plantas e conforme o que convém a cada caso por seus
símbolos ou concordâncias.A natureza dessas afecções ensina:
aplicação de ações contrárias: o frio pelo calor, a umidade pela
secação, a super-abundância com o jejum e o repouso, etc.
II- – Medicina específica – curam as enfermidades pela força específica
dos medicamentos correspondentes.Também a medicina
experimental.E entre os naturalistas- vão dos purgantes que impõem
forças estranhas que derivam do específico, sai de um grupo para entrar
em outro.
III- -Medicina caracterológica ou cabalística – método subjetivo- utiliza
o influxo de certos signos, poderes astrais que podem utilizar aí a
palavra, astrólogos, filósofos e os dotados do poder de feitiçaria.
IV- Medicina dos espíritos- Cuidam e curam as enfermidades mediante
filtros e infusões que coagulam o espírito de determinadas ervas e
raízes, cuja própria substância foi anteriormente responsável pela
doença ( similia similabus curantur) – Hipócrates e seguidores.
V- Medicina da fé – a fé é usada como arma de luta e de vitória contra as
doenças.Fé do doente em si mesmo, no médico, na disposição
favorável dos deuses e na piedade de Jesus Cristo.Acreditar na verdade
é causa suficiente para muitas curas.Cristo e seus discípulos é o
exemplo.
Pg.37- Prólogo Quarto- ( Sobre os métodos de ensinamentos médicos)
Os livros que serão mostrados em seguida estão divididos em 2 partes: uma
compreende a prática do corpo e na outra- cirúrgica- nos ocuparemos das
feridas, separadas uma da outras, por parágrafos e capítulos especiais.( Fala
em “ Parêntesis médico”).
-Conhecerão as origens de todos os males, assim como seus mecanismos de
produção e de tudo o mais que os médicos precisam saber, de qualquer seita
ou especialidade a que pertençam.Conhecerão a verdadeira origem de todas as
enfermidades.Estes parêntesis antecedem os 5 livros de conclusões.
As 5 partes seguintes chamaremos de “ tratados”.
4
Pg.- 39/40 – Livro Segundo- Prólogo Primeiro
( Advertências sobre a ignorância dos médicos livrescos e
sobre a convivência da universidade dos conhecimentos médicos)
Quanto aos médicos e cirurgiões ...não considerá-los inábeis ou ignorantes só
por que andam por caminhos diferentes.
Pg.40 – Hipócrates esteve muito mais perto da escola espiritualista do que da
medicina natural.Galeno- muito mais de acordo com a medicina
caracteriológica e com os presságios do que com a medicina natural.E muitos
outros.
Pg.41 –Prólogo Segundo- ( Sobre as “formas clínicas”)
Vamos nos ocupar com as
– Entidades- como origens causadoras de todas as enfermidades – separadas
nos 5 grupos clássicos, começando por explicar como em cada uma delas são produzidos
todos os males passados, presentes e futuros. Nosso corpo está submetido às 5 Entidades,
cada uma delas possuindo em potencial, todas as enfermidades. E devemos considerar que
Pg.42 ... elas não são distintas em 5 pestes em seus gêneros, essências, formas ou
espécies, mas pelas origens de onde elas provém.
Considerar 5 pestes – 5 hidropisias – 5 icterícias – 5 febres – 5 cancros, assim
sucessivamente.
Pg.43 –Prólogo terceiro –( Natureza das Entidades)
A entidade é a causa ou coisa que tem o poder de dirigir o corpo.Quando o
corpo for atacado – averiguar qual é e o que é o veneno que o contamina.
São cinco as coisas que ferem o corpo e o dispõe à enfermidade.
Pg.44 –Prólogo quarto
Entidades como diretoras, modeladoras e reguladoras do nosso corpo.
No 1º tratado examinaremos a essência e a força que os astros encerram –
1ª -ENTIDADE ASTRAL.- é a que estamos submetidos.
A 2ª -ENTIDADE DOS VENENOS – A diferença entre as duas –a 1ª não causa
mal e a 2ª será sempre nociva.
A 3ª força –A ENTIDADE NATURAL –é aquela que enfraquece e desgasta o
nosso organismo Pode coexistir ou não com as outras.( Imunidade, resistência
física).Estamos expostos a ela em todas as ocasiões em que há esforço excessivo ou
enfraquecimento por compleição diferente.
A 4ª - emana do poder dos espíritos –ENTIDADE ESPIRITUAL.
A 5ª - ENTIDADE DIVINA –DE DEUS. Nela a razão de todas as
enfermidades.
Pg.45 –Todos os males provém das 5 entidades ou princípios diferentes e não de
uma só entidade.
PRÓLOGO QUINTO – Razão da especificidade dos remédios.
Pg. 48 / 49 – O autor adota o estilo dos gentios.Renuncia ao estilo profano –
compreender a verdade e a perseveração na fé.
Pg.51 –LIVRO das entidades-
Entidade astral- considerar com a máxima exatidão a essência, a forma e as
propriedades dos astros. Em seguida, averiguar os caminhos e o mecanismo pelo qual se
produz a atração de tal entidade sobre os nossos corpos.
-O homem, ao se constituir, o fez partindo exclusivamente do espírito do sêmen
sem a participação dos astros.
Pg.52 - ....a natureza humana – caracterizada por uma entidade de propriedade
e especificidade – deriva da entidade do sêmen e nada tem a ver com os astros. Estes não
ocupam nenhuma parte do corpo e nem lhe infunde temperamentos, calor, natureza ou
substância
5
Pg.55 –Capítulo III –Sobre a semente e o germe-
O firmamento e os astros foram formados de tal modo que nem os homens nem
as criaturas animais poderiam viver sem eles, não obstante a incapacidade ( dos astros)
que têm para fazer alguma coisa por si mesmos.
-A semente necessita do calor do sol para germinar. Calor é o estímulo que
provoca digestão.
Na matriz, ( o autor se refere à mulher, com este termo matriz) - a digestão não
precisa de nenhum astro, gerando, crescendo e desenvolvendo-se em feto sem que nada
lhe falte.
Pg.56 - ---eu digo que o feto vem a ser como a semente de sua própria
substância.
Pg.57 – Capítulo IV –Da Supremacia do sangue sobre os astros-
-A vida não é possível sem os astros: o frio, o calor e a digestão das coisas que
constituem nosso sustento provêm deles.
A luz do sol e o seu calor é que mobilizam a formação das frutas, as estações do
ano, etc.
Pg.58 – Quando o feto é concebido e nasce sob a influência favorável e generosa
dos astros, assume uma natureza diferente e absolutamente contrária ao que deveria ser,
obedece a alguma razão, que vem do sangue dos seus ascendentes.
Duas influências: a astral e a geradora – somente uma possui a potência
necessária para atuar como causa determinante.E esta é a 2ª - a entidade do sêmen.
Pg.59 –Capítulo V - Razão da diversidade das formas-
- Comentamos sobre a habilidade ou aptidão com que são distinguidos os
corpos.
-Atribui-se aos astros o fato de que “ uns dão certo” enquanto outros não
progridem. Isso é errado. A sorte provém do trabalho e da qualidade do espírito.
Pg.60 – Sabe-se melhor que a mesma entidade do sêmen foi criada por DEUS de
tal maneira que todas as infinitas formas, cores e espécies de homens foram geradas nela
e que cada forma não voltará a se repetir até que todos os tipos tenham sido produzidos.
(no Juízo Final cada ser humano terá tido todas as experiências que lhe foram necessárias
para seu amadurecimento. Nesse instante terá soado a última hora da 1ª grande rotação
do 1º ciclo do mundo). Aí terá terminado o período da verdade e começarão as novas
semelhanças.
Pg.61 – Cap.VI – ( Sobre o Princípio M )
-Admitir que a Entidade Astral é aquela coisa indefinida e invisível que mantém
e conserva nossa vida, assim como de todas as coisas no universo dotadas de sentimento e
que provém dos astros.Exemplo: fogo e madeira.-o fogo é a vida, que necessita da
madeira para existir. O corpo é a madeira e a vida é o fogo.Por assim dizer, a vida “vive”
do corpo.
O que impede o corpo de se consumir pelo fogo- é o mesmo que emana dos
astros ou do firmamento: a entidade astral.
-Há um “Princípio” que faz viver o firmamento, que conserva e acalenta o ar e
sem o qual se dissolveria a atmosfera e morreriam os astros que chamamos de M .
(Para os estudiosos seria a inicial de “MUMIA” – o grande princípio de
conservação e perduração do universo.).
Pg.63 / 64- Cap. VII –( Sobre a bondade suprema do ar livre )
A universalidade das coisas se sustenta no AR e pelo AR. É o chamado Princípio
M. Princípio incorruptível e inalterável, refratário a toda espécie de veneno. Os venenos
estão no homem e sòmente passam para o ar extra-substancialmente, da mesma maneira
como na comparação com o forno, que cheira mal por que queima mal o seu
combustível.Definitivamente, o que M corrompe existe no corpo e sai precisamente dele.
( ex.do forno fechado-mau cheiro- gazes, etc).
Pg.65 / 66- Cap.VIII – ( De como a entidade astral serve de veículo para o
contágio das doenças )-
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Todos os astros assim como os homens- possuem uma série de propriedades e de
naturezas e contém em si mesmos a possibilidade de se tornarem melhores, piores, mais
doces, mais ácidos, mais amargos.Quando em equilíbrio não emanam nenhuma espécie,
maldade ou prejuízo.Mas quando caem em depravação se transformam imediatamente,
dando seqüência às suas propriedades malignas.
Entidade astral - envolve a ordem universal, da mesma forma que a casca
envolve o ovo.O ar penetra 1º a casca indo até o centro do mundo.
Certos astros- venenosos- envenenam o ar pelo contágio- os mesmos males
aparecerão e se propagarão até o último lugar que tenha alcançado o ar livre venenoso, ou
melhor, o malefício do astro.
A natureza da entidade astral se compõe do cheiro, da respiração ou vapor e do
suor das estrelas misturado com o ar.Daí origina-se o frio, o calor, a seca e as demais
propriedades.deste tipo.
Os astros- sua emanação pode contaminar o princípio M e em seguida, por seu
intermédio, nos alcançar e nos afligir.
-Temperamento do homem- segundo seu sangue natural- se for oposto ao hálito
astral, temos a doença.Se coincidirem, nada acontecerá.
Pg.67 – Cap.I X - ( Sobre a influência astral dos venenos)
Todo o capítulo diz que precisamos ter um perfeito conhecimento das origens ou
a origem, já que só um pode ser a causa do mal.A partir daí será fácil conhecer todas as
causas.A observação diária e a prática serão de grande valia.
Pg.69- Cap.X – (Sôbre a contaminaçâo das águas pelo arsênico dos astros )
Através das emanações o princípio M se impregna de sal, de arsênico, de
mercúrio ou de enxofre e com eles os nossos organismos se tornam enfermos ou sadios,
salvo em casos em que as emanações ou o poder de penetração astral se perdem,. como
acontece algumas vezes quando os astros se encontram a longa distância da Terra.
- Quando a exaltação das estrelas alcança o centro da terra ou da água, a terra ou a água
ficam contaminadas pelo poder do arsênico.. –Grandes quantidades de peixes aparecem
mortos.Debilitam os homens e os peixes, envenenam os frutos do campo e todos os seres
vivos da terra.
Pg.71 / 72 –SEGUNDO LIVRO PAGÃO- SOBRE AS ENTIDADES
MÓRBIDAS- ( Tratado da entidade do veneno)-
( A afinidade dos venenos com suas entidades correspondentes)
-Quando a vida que existe em todo o nosso ser se corrompe pela influência do veneno
emanado dos astros, a maior debilidade aparece nas pernas- aí se acumula a maior
quantidade de veneno.
Todas as outras entidades astrais possuem, por sua vez, o seu próprio veneno. Umas
visitam o sangue, como o realgar ( espuma da fermentação), outras os ossos e as
articulações como as derivadas de sal; outras somente a cabeça como o mercúrio, que
geram tumores e hidropisias, como as antipigmentadas e outras ainda que geram a febre,
como os amargos.
-MERCÚRIO- A CABEÇA - que geram tumores e hidropisia; cefaléias e
estomatites; outras geram a febre, como os amargos.
O SAL – OSSOS – pela conjunção telúrica ou afinidade geológica.
A icterícia- doença anti- pigmentada- encaixa na cirrose.
A febre – vem acompanhada de mau gosto na boca, língua suja e o gosto amargo.
Quando algumas dessas coisas penetram profundamente, afetando até mesmo o liquor
vital –temos as doenças clínicas. As que provocam feridas põem em atividade as potências
expulsivas ( supuração).Toda a teoria encontra-se universalmente nestas duas coisas.
Fora isso- saber a que estrela corresponde cada veneno.Venenos que geram a hidropisia-
são quíntuplos reunidos em um só gênero, mas diferenciando-se em cinco naturezas
distintas.Uma delas provem dos astros, as outras 4 das entidades; todas, no entanto,
provocando uma só hidropisia.Isto se repete da mesma maneira para os cinco enxofres e
para todas as outras coisas dentro desta mesma ordem.
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Saber a entidade à qual corresponde uma hidropisia determinada ou os melhores
remédios para sua cura- assunto a ser tratado no livro da terapêutica geral das
enfermidades.
Curar doenças astrais enquanto aquele astro está dominante no céu é inútil- poder
astral é sempre dominante ao do profissional.
Observar o tempo do tratamento e da cura.
Pg.73 /74.- Sobre as entidades mórbidas- Cap.I –( Como e quando os
alimentos devem ser considerados venenosos)
Pg.74-final do capítulo: - Só quando uma coisa é tomada do exterior ( alimentos,
frutas, etc.) –como alimentos adquire a propriedade do veneno, que antes era em si e para
si mesmo uma coisa natural.
Pg.75 –Cap.II – ( De onde vem a perfeição das coisas da natureza ) -
Baseado no fato da perfeição de todas as coisas da natureza, enquanto manifestas
da obra de DEUS. E em sua imperfeição enquanto saem para se misturar com as outras
coisas.
Pg.77 / 78 -Cap. III – Sobre a sabedoria divina dos médicos alquimistas )-
O Alquimista- deve ser tão hábil que possa discernir perfeitamente o veneno
contido nas coisas estranhas do alimento adequado para a corpo humano.
Pg. 78- O ser humano necessita do alimento e da bebida para conservação do seu
corpo terreno- Significa que é obrigado a absorver veneno, doenças e a própria morte.
O livre arbítrio- certas coisas se tornam veneno para umas e não para outras.A
responsabilidade é do ser humano ( na escolha dos alimentos e bebidas ).
Pg.79—Cap.IV –( Onde se descobre que um alimento e um veneno podem
ser a mesma coisa)
A ordem na natureza: uma coisa realiza a conservação da outra. Exemplo:a erva
alimenta a vaca, que alimenta o homem...Uma coisa pode ser o bem ou o mal para outra
que a consome...Esta tem a arte ou eficácia capaz de separar o veneno do que não é, e que
o equilíbrio entre a saúde do corpo e a necessidade dos alimentos se mantenha
mutuamente.
Cada animal tem preestabelecido um alimento especial e um alquimista que o
prepara. Nenhum alquimista é capaz de fazer o que o outro faz- cada um tem a habilidade
de separar e selecionar os alimentos para o seu animal ou o seu ser humano.Isto é superior
a tudo que se possa imaginar.
Pg.81- Cap.V –( Plano de estudo para a entidade dos venenos) –
São 5 entidades de veneno- O homem deve aprender a teme-los e a se prevenir
contra eles. Se não o fizer, ficará sempre em contínuo estado de contaminação.
1º- determinar a razão pela qual o veneno nos é prejudicial; 2º- levar em conta o
alquimista que existe em nós para separar o bom do ruim em nossos alimentos, evitando
assim qualquer prejuízo.- averiguar sua razão de ser e seu modo de existir; 3º- investigar
por que todas as doenças humanas provêm igualmente da entidade do veneno e das outras
entidades; 4º- suprimiremos desta dissertação tudo aquilo que possa procurar a saúde, o
benefício ou a comodidade.
Pg.82 – Cap.VI – ( Alegação contra os que se especializam precocemente)_
SEMPRE LEVAR EM CONSIDERAÇÃO QUE EXISTEM 5 ENTIDADES
na avaliação ( diagnóstico) de um ser humano.Existem 5 espécies de movimentos ou
cursos contra uma só espécie de homens.Não omitir um só movimento.
( o autor previne contra os entistas- entendidos em apenas uma entidade.Seriam
os especialistas de hoje). – O entista quiromântico- baseia seus princípios.e suas teses no
estudo do espírito;o fisiomântico, segundo a natureza do homem;o teólogo, segundo o
impulso de Deus e o astrônomo pelas emanações dos astros. Sozinhos não conseguem
bons resultados. Só conseguem reunidos num só.
Pg.84 – Cap.VII –( Sobre a natureza e função do alquimista )
O alquimista, no interior de cada criatura é dotado de suas artes químicas que
separa os venenos das substâncias não venenosas que formam a sua matéria. Separa o bom
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do mal colorindo-os, para serem melhor identificados.Tinge o corpo dotado de vida,
ordenando, dispondo e submetendo tudo à natureza, inclusive o que tinge e transforma em
sangue e carne.
O alquimista mora no ventrículo- ( refere-se ao epigastro e ao estômago )-aí
atua discretamente e faz os seus cozimentos. Ex.-come carne:uma parte é nutritiva , outra é
venenosa.O perigo está no momento de comê-la - ambas parecem boas. Porém, atrás da
parte boa se esconde o veneno, enquanto atrás da má nunca existe nada de bom.O
alquimista, antes que a carne passe para o ventre, avança sobre ela e faz a separação.O que
não serve pra a saúde do corpo ele deposita em lugares especiais esperando o momento de
devolve-lo ao exterior.Enquanto isto, a parte boa fica guardada, justamente onde convém,
de acordo com o ordenado pelo Criador.
A virtude e o poder do alquimista se encontram dentro do homem.
Paracelso- vários ventrículos-boca-1ªdigestão; esôfago, depois o grande
ventrículo no estômago e finalmente um ventrículo em cada órgão com sua própria
DIGESTÃO PARTICULAR.Um poder interno que separa o bom do ruim.
Pg.86 – Cap.VIII – ( Mecanismo da produção das doenças devidas aos
venenos)
Alquimista fraco-não consegue exercer seu papel.Ocorre putrefação.
Digestão alterada- putrefação- combustão moderada. Mãe de todas as
enfermidades.
Cores - cada veneno tem uma cor- isso faculta sua identificação.
Pg.88 - Cap.IX – ( Sobre os métodos pelos quais a putrefação pode se
manifestar).
Corrupção ocorre por 2 vias: a local e a dos emunctórios.
Local – se produz no estômago por digestão perturbada.
Quando o alquimista vence a putrefação- vai para a eliminação:
O enxofre branco- pelas narinas; o arsênico- pelos ouvidos; os excrementos - pelo
intestino seco;
A eliminação retardada ou retida pela debilidade natural dos emunctórios ou pela
potência putrescente do veneno: podem se desenvolver todas as doenças que dependem do
mesmo.Este é o 2º mecanismo de corrupção dos emunctórios
Pg.89 – Cap.X – ( Sobre as condições da saúde)
Para o homem conservar a sua saúde: 1º ter um alquimista hábil ( separar o bom
do ruim);2º-esta obra deve ser realizada em instrumentos, reservatórios e
emunctórios cômodos e eficientes, além de contar com o favor dos astros e com a
benevolência das outras 4 entidades.
Mesmo assim, ainda podem ocorrer acidentes que furam, mancham, apodreçam
ou obstruam os instrumentos ( órgãos), emunctórios e os citados reservatórios.
O fogo, a água e o ar são tão necessários em suas diversas combinações como prejudiciais
em estado de pureza..O mesmo acontece com todos os acidentes externos de grande
potência que possam romper ou alterar os instrumentos e emunctórios, tornando-os inaptos
para as funções a que estão destinados. A presença desses elementos pode colocar fora de
uso os delicados meios do alquimista, provocando a sua doença ou a sua morte.
Pg.90 – Cap. XI – ( Sobre a essência do grande veneno da digestão)
Boca- pode ser a porta de entrada para a corrupção por meio do ar, dos alimentos, das
bebidas ou de outras coisas semelhantes. No ar- grande.quantidade de venenos aos quais
estamos permanentemente expostos. Quanto aos alimentos e bebidas - a importância. da
qualidade e quantidade. Pois nem sempre o organismo.está em condições de elaborá-los -
podem causar lesões, perturbando o alquimista e suas funções.O resultado disso - a
corrupção e a putrefação da digestão.
Quando ocorre a corrupção- o ventrículo e todos os órgãos aparecem revestidos de
veneno, que adquire neste momento a qualidade de “mãe” das doenças deste corpo.Um
alimento alterado contamina todos os outros órgãos e suas funções.
Pg.92 – Cap. XII – ( Resumo da doutrina fisiopatológica da digestão)
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Tudo o que sai do corpo: pelos poros da pele, sai o mercúrio; pelas narinas
sai o enxofre branco; pelas orelhas sai o arsênico; pela urina sai o sal e o
enxofre sai pelo ânus em estado de decomposição.
Pg.94 / 95 –Cap.XIII – ( Conclusão sobre a entidade dos venenos)
Em todos os alimentos, água e ar absorvemos o bom e o ruim, que é o veneno.O
corpo tem sua maneira de expulsar o veneno. Somente aquele que é alquimista
entre os homens pode executar o que o alquimista da natureza realiza em nossos
corpos.
O muco produzido pelas narinas é um veneno dos mais malignos, do qual nascem
todas as doenças catarrais.
Veneno- provém da perturbação digestiva.E ele é gerado sempre no mesmo lugar de onde,
passado algum tempo, aparecem as doenças ou a própria morte.
Referência ao Livro das Origens das doenças.
Pg.96 / 97- Terceiro livro Pagão-Sobre as Entidades Mórbidas-
( Conceito da Natureza do Homem)
Entidade Natural- Da mesma forma como os elementos celestes, o homem também tem
uma constelação e um firmamento. Esta doutrina – macrocosmo e microcosmo.
Conclui-se que existem duas classes de seres: uma, o céu e a terra ( macrocosmo) e outra,
o homem ( microcosmo).
Pg.98 / 99 – Cap.II – ( Esquema do homem natural)
...direi que os órgãos são os alimentos do corpo, cujo desenvolvimento.segue as mesmas
leis que regem também o crescimento dos frutos da terra. Os alimentos que o corpo produz
também chegam aos membros, que por sua vez são produtos do homem. Os membros do
homem não precisam de nenhum alimento estranho e é o próprio corpo quem os transforma
pela própria elaboração. Observem que o corpo se nutre exclusivamente através desses 4
membros e que todo o resto são planetas que não precisam se alimentar, da mesma maneira
que o resto do firmamento.O corpo do homem é, desta forma, duplo:planetário e
terrestre.Compõe-se dessas duas criaturas: o conjunto das coisas nutritivas e o conjunto
das coisas que precisam de alimento.
Pg 100 – Cap.III – ( Sobre o elemento proliferador)
O corpo, semelhante em tudo à terra, fornece alimento aos seus 4 membros, que não
precisam de mais nada, já que seus 4 espíritos se fortificam e se nutrem do próprio corpo.
O homem não tem outro remédio senão aceitar o alimento exterior destinado ao corpo, da
mesma forma como o húmus está para a terra. O húmus ‘esquenta e engorda”
misteriosamente a terra, assim o alimento faz com o corpo, ainda que sem exercer
influência alguma sobre as coisas que existem nele.
Colocamos o homem no firmamento do seu corpo, na sua própria terra e em todos os
elementos.
Pg.102 – Cap.IV –( Sobre a influência específica dos planetas) –
Estudo do firmamento- seus 2 princípios—a criação e o destino.
Tanto Júpiter como o fígado não precisam de adubo para prover a sustentação do seu corpo
- receberam provisões suficientes desde a sua criação.
Corpo- nenhum dos seus 7 membros precisa da menor quantidade de adubo.
Entender: a Lua é o cérebro, o Sol o coração, Saturno o baço, Mercúrio os
pulmões, Vênus os rins, etc De maneira semelhante, entendam o curso dos firmamentos
inferiores.
Para diagnosticar uma doença- saber, antes de tudo, o curso ou movimento
natural que está acontecendo no corpo.
Pg.104 / 105 –Cap.V –( Doutrina da predestinação)-
Ao nascer uma criança: nasce com ele seu firmamento e seus 7 membros, que
bastam-se a si mesmos. Seu firmamento já trás sua predestinação – seu tempo. A
característica desta criação é justamente pressentir até que ponto e durante quantos anos deve
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a entidade natural organizar o curso da vida.Assim ordena tudo e adapta os movimentos dos
astros de modo que todas as suas influências se cumpram no tempo que vai desde a criação
até a predestinação.Tanto faz viver 10 horas ou 100 anos – a diferença é só de longevidade e
dimensão do seu desenvolvimento.
A predestinação é a que se quebra ou se perturba por outras entidades.
Pg.106 / 107 –Cap.VI- ( Ainda sobre a predestinação)-
Ultimo parágrafo: Somente o espírito e os planetas determinam os movimentos pelos quais
se cresce ou se decresce. Planeta é “entidade durável” O homem é “entidade breve”.
Pg.108 / 109 –Cap.VII- ( Correlação dos planetas com as partes da entidade natural) -
O coração é o sol do corpo; a lua é o cérebro. Correspondem à esfera espiritual e não à
substância, o que explica o grande numero de acidentes que afligem o cérebro.
O baço realiza seu movimento semelhante a Saturno e cumpre seu curso tantas vezes como
o planeta vai da sua criação à sua predestinação.
A bílis- corresponde a Marte, ainda que não seja de uma maneira absolutamente substancial.
Todo o firmamento tem seu próprio modo e a sua própria substância em perfeita relação com
o sujeito corporal ao qual se acha destinado.
A bílis é tão independente em sua substância como Marte em seu espírito.A natureza e a
exaltação de Vênus se encontram nos rins, no grau e predestinação correspondentes ao
planeta ou às entranhas. Vênus - responsável pelos frutos que a terra deve gerar; os rins se
concentram no fruto humano ( referência aos órgãos sexuais) – Vênus nunca chegará a
consumir o corpo. Quando Vênus recebe da Grande Entidade a potência da concepção, os
rins tiram a sua força do sentimento e da vontade do homem.
Mercúrio é o planeta relativo aos pulmões. Todos dois são muito poderosos em seus
respectivos firmamentos, mas conservam entre si uma grande independência.
Júpiter corresponde ao fígado com grande semelhança. Nada subsiste no corpo quando falta
o fígado, assim como nenhuma tempestade pode se desencadear na presença de Júpiter.
Ambos são animados pelo mesmo movimento, produzindo igual efeito e existindo cada um
em seu firmamento próprio, com pleno domínio e entidade.
Pg.110 / 111 –Cap.VIII –( Sobre a circulação dos espíritos corporais)
O movimento.dos espíritos dos astros corporais vai desde a sua origem ou princípio dos
membros até a extremidade de tais membros, voltando logo à sua origem, como um reflexo
ao centro de onde partiu.Exemplo: o coração envia o seu espírito para todo o corpo,
exatamente como faz o sol sobre a terra e os outros astros.Tal espírito (do coração) serve
para o sustento do corpo, mas não para o dos outros sete membros.Vai do cérebro ao coração
e deste para o seu centro através do espírito, sem passar outros limites.O fígado circula seu
espírito no sangue sem mistura-lo em nenhuma parte.O baço dirige sua corrente pelos
flancos e pelos intestinos.Os rins abrem caminho através do lombo, das vias urinárias e
partes vizinhas.A via dos pulmões se faz no perímetro do peito e da garganta. E a bílis faz
seu movimento desde o ventrículo até os intestinos.
Cada um tem seu destino perfeitamente determinado. Pode-se então imaginar se um deles se
extraviar e entrar num caminho errado.- transtornos.
Existem 7 vidas, mas nenhuma delas pode se identificar exclusivamente com aquela
na qual reside a alma ou a mente que é a autêntica e verdadeira.
Os outros membros tomam a vida dessas 7 espécies de vidas, as quais por sua vez a tomam
de seu planeta correspondente, no movimento que lhe foi dado.
Pg.112 /113 – Cap. IX – ( Sobre a disposição dos quatro elementos)
Cada membro assegura a sua nutrição e conservação por meio de sete vidas sob a
proteção de um planeta particular em cada caso.
Todos os elementos do corpo estão contidos na entidade natural: assim certas doenças
nascem das estrelas, outras vêm das qualidades - estas se originam nos humores, aquelas são
o resultado das compleições ou temperamentos, etc...
Examinando a natureza dos elementos do corpo:
O fogo nasce no sétimo movimento, já que o movimento expulsa dos elementos o
calor. O fogo dos elementos é invisível no corpo e só se revela através das feridas ou
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contusões. Em tais casos as labaredas saem pelas lesões, especialmente quando se encontram
perto dos olhos, pois sabe-se que ali as chamas se dissimulam com muita dificuldade.
O fogo está escondido no corpo-o mesmo com o do mundo em geral. A água – inunda o
corpo inteiro: veias, partes nervosas, ossos, carne e membros.Os membros, principalmente,
estão rodeados e submersos, exatamente como as árvores na terra.
Quanto ao ar- sua presença no corpo obedece aos ventos que criam o movimento contínuo
dos membros. Existem em nº de quatro. Finalmente, a terra é aquilo para que foram criados
os alimentos . Os 4 elementos no homem –mesmo papel que fazem no mundo.
Pg.114 / 115 – Cap. X – ( Estudo das quatro compleições )
Compleição: Colérica – Sanguínea- Melancólica – Fleumática.
A cólera tira seu princípio da amargura que é sempre seca e quente como o
fogo;
A acidez- produz melancolia- fria e seca como a terra;
A calma provém da doçura - como a água, é fria e úmida.
O sangue provém do sal- pode-se dizer que é quente e úmido.
No homem- Caráter salgado – será sanguíneo;
Caráter colérico- será amargura ;
Caráter Melancólico – acidez;
-Caráter calmo – Doçura.
Todas são presentes, porém, no ser humano sempre há a predominância de uma
delas.
Pg.116 / 117 –Cap.-XI –( Sobre o humor e as cores do corpo)
Nada do que convém à essência do homem pode ser considerado fixo ou
definitivo.Nem sempre o sanguíneo será alegre ou o melancólico triste..Por isso não são
propriedades naturais, mas sim do espírito. Espíritos capazes de gerar tais propriedades –
provém de certos seres incorpóreos que se encontram no corpo.
Prestar atenção no humor-ele é o verdadeiro licor da vida do corpo. Existe um certo
humor que aquece e sustenta o corpo, sendo também a vida dos membros- é por si mesmo
uma verdadeira entidade, geradora dos metais da terra, da bondade ou da malícia dos
homens.
O homem pode ter mil virtudes e outro tanto de malícia. Isso não vem dos astros,
nem das estrelas do firmamento, mas nasce precisamente do humor.
O humor é a mina do bem na natureza.No homem os vícios são o resultado
dos maus metais que a natureza gera nele, sendo que as virtudes não são valorizadas nem
correspondentes aos costumes ou ao natural dos homens, mas às suas cores e
compleições.Boas cores- boas minas e bons metais.O contrário acontece com os que são mal
coloridos. Mas, nem sempre o rosado é sanguíneo, nem os esverdeados ou amarelos devam
ser coléricos. Julgar assim: quem é rosado está sob a influência do sol, já que esta cor nobre
corresponde à rosa e ao ouro.E da mesma forma para as outras cores.
Muitas doenças estão submetidas ao seu influxo( do humor) de uma maneira muito
superior a de qualquer outra coisa.
Pg.118- Apêndice – ( Semiologia geral da entidade natural)
-Existem 4 movimentos no corpo: o firmamento, os elementos, as compleições e os
humores.Deles originam todas as doenças que são distribuídas em 4 gêneros:
-das estrelas—enfermidades crônicas;
-dos elementos – afecções agudas;
-das compleições – doenças naturais;
-dos humores – erupções e as manchas.
Pg. 119 / 120 – Quarto livro pagão- Sobre as entidades Mórbidas
(Conceito sobre a entidade espiritual)
A entidade espiritual é uma potência perfeita cujo fim consiste em maltratar o corpo
inteiro com todas as espécies de doenças.(“ o autor sabe que vai gerar polêmicas com esta
afirmação”).Eliminar o estilo teológico.
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O espírito é aquilo que geramos em nossas sensações e meditações, sem matéria
dentro do corpo vivo, sendo também diferente da alma que nasce em nós no momento de
morrer.
Pg.121 – Cap.II – ( Anatomia dos espíritos)
Espírito é o que provoca as doenças sem nenhum empecilho, em grau e forma
semelhantes, como agem as entidades. Duas classes de “terrenos” capazes de abrigar as
doenças e de conservar nelas marcas profundas e duradouras.Um desses terrenos é a
matéria, ou melhor, o corpo.O outro, imaterial, é o espírito do corpo, de natureza invisível
e impalpável.
O espírito pode sofrer, tolerar e suportar por si mesmo as mesmas doenças que o
corpo.Esta é a razão pela qual foi denominado entidade espiritual.
As 3 entidades que estudamos até agora-astral, natural e a dos venenos- pertencem
fundamentalmente ao corpo.Ao espírito correspondem as outras duas restantes: a do
espírito, que estudaremos agora e a de Deus, que trataremos em seguida.
Pg,- 123 a 125 – Cap.- III – ( Fisiologia dos espíritos)
Espíritos gêmeos- mantêm-se unidos pelo amor ou pelo ódio.Os espíritos são gerados
pela vontade.Os que vivem de acordo com a sua vontade vivem no espírito.Os que vivem
de acordo com a razão, o fazem contra o espírito.
Pg. 126 – Cap,- IV – ( Sobre a aparição dos espíritos no corpo e a maneira pela
qual se manifestam)
O espírito só se manifesta no homem adulto, não na criança.
...todos que viverem na vontade viverão um espírito que poderá registrar ( examinar)
todas as doenças que atormentem o corpo onde ele mora.Levar ainda em consideração que
existem 2 mundos substanciais: um para os corpos e outro para os espíritos, apesar de se
encontrarem unidos na vida.
O mundo dos espíritos - também lá existem discórdias e toda uma série de
sentimentos semelhantes que atuam e se manifestam sem o consentimento ou
conhecimento do corpo. Lá também há o livre arbítrio. Quando os espíritos se ferem
mutuamente, nada acontece com eles. Mas quando brigam entre si, os corpos ficam
afetados, ainda que não possam traduzir ( perceber) a injúria íntima que seus espíritos
sofreram.
Pg.128 – Cap.-V – ( Sobre os meios empregados pelos espíritos para influenciar)
Espíritos podem infringir enfermidades nos corpos por 2 caminhos ou mecanismos
diferentes: 1) – quando 2 espíritos lutam e se ferem reciprocamente sem a vontade ou o
conhecimento dos homens, estimulados por sua inimizade mútua ou pela influencia de
outras doenças.
2) –Pelos pensamentos e meditações – a pessoa deseja o mal para outra, por vontade
fixa, firme e intensa – é a “mãe” geradora do espírito.
-Pensamento produz a palavra – mãe do discurso.
Mudando os sentimentos e pensamentos – corta esta linha – vontade plena e perfeita.
Pg. 129 – Cap.VI – ( Sobe a ação da “ má vontade”.)
-Vontade para o mal de outra pessoa –impele o espírito à luta contra a outra pessoa;
espírito perverso – deixa no corpo uma marca de pena ou sofrimento, de natureza espiritual
em sua origem, ainda que seja corporal em alguma de suas manifestações.
-Toda uma série de padecimentos do corpo pode começar desta maneira,
desenvolvendo-se em seguida conforme a substância espiritual.
Pg.130 – Cap. VII – ( Sobre os poderes da nigromancia)-
Nigromancia-= pode criar figuras e imagens inexistentes, ainda que dotadas de todos
os atributos da realidade. Mas, a pessoa visada só vai sofrer a consequência do que o outro
lhe envia, se ele( espírito) já tenha causado algum dano a um outro espírito.
Neste caso- a medicação deve ser do espírito.
Pg.132 /133 – Cap.- VIII – ( Teoria do malefício)
A ação da vontade e a sua enorme força tem grande importância para a
medicina.
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-Pessoa impregnada de ódio- atua em 1º lugar sobre seu próprio corpo.Atrai para si
todo o mal desejado aos outros.
Referência – maiores informações sobre o assunto no “Livro dos Espíritos e da
Geração dos Espíritos”
Pg.134 - Cap.IX – ( Como agir sobre os espíritos culpados) –
A pessoa fica ligada ao que sua vontade projetou. Se deseja o mal para outra, fica
ligada a esta outra pessoa, até que estes fios sejam modificados pela boa vontade. Ocorre
no mundo dos espíritos o mesmo que aqui.
Fala sobre a força que reside na vontade.
Pg.135 - .Cap. X –( Como os espíritos atuam nos sonhos)
A entidade espiritual é capaz de manifestar sua força.Esta força pode ser usada para o
bem ou para o mal.
Os sonhos de dois homens de vontade forte podem se complementar se for possível
coloca-los em contato, enquanto dormem, seja pela imposição das mãos de um médium ou
através da palavra. Neste caso, não é sonho.
Dois homens só podem se matar pela ação e não pela fé ou crença.
Pg.137 – Quinto livro não pagão sobre as entidades mórbidas- Tratado da
Entidade de Deus- Cap. I –(A razão deste capítulo)
O autor passou a escrever sob a égide da religião para não ser tachado de pagão
(época das bruxas...)
Apesar das doenças nascerem da natureza, de acordo com as quatro entidades já
citadas, será bom procurar a cura também pela fé, pois certamente o Criador é o
fundamento integral e verdadeiro de todas as coisas.
(Os livros de prática- estilo pagão-é para todos os povos.
Pg.139 – Cap.II – (Teoria do castigo divino como causa das doenças)
As enfermidades – têm suas causas na natureza e outras representam um castigo pelas
suas faltas e pecados.
Ser humano – com a doença – reconhecer sua pequenez - sua impotência – A
limitação –Percebe-se a ignorância e a nossa fraqueza.
Pg. 141 – Cap. III- ( Onde se adverte sobre a condição diante dos designios
divinos)
-Toda doença é um purgatório.
Cura, somente quando a hora da redenção está próxima.É quando o Criador confia o
doente ao médico.
Pg.142 – Cap.IV – ( Sobre o poder da fé)
Nada a ser registrado
Pg. – 145 –Cap.V –( Meios que a Divindade pode usar para o tratamento das
enfermidades)
A fé sempre vai auxiliar a cura da doença.
( último parágrafo) - O Criador enviará a cura imediatamente da melhor maneira,
.seja por intermédio de um santo, como milagre, por um médico ou por qualquer outro
processo.
Pg. 147 – Cap.VI –(Como o Criador protege seus fiéis com a saúde)
( Texto baseado na crença católica, toda ela errada)-
Pg –149 –Cap –VII – ( Universalidade da ordem divina)
Ultimo parágrafo – A arte do médico assim como a dosagem dos remédios, a prática
e o princípio, emanam do Criador, que envia o médico ao enfermo e vice-versa.
Pg – 151 /152 – Cap.VIII – ( Do modo como o Criador exerce seu poder através
dos médicos) – Nada a anotar ( é uma longa divagação do autor )
Pg –153/154 –Cap.-Conclusão do parêntese sobre as 5 entidades-
A arte e a fantasia –A arte, seja pela reunião da sabedoria, da razão e da inteligência,
atua pela verdade e se baseia na experiência.
-Fantasia – falta base àqueles que lidam com a fantasia - é uma forma de ambição-a
fama e a popularidade à custa de afirmações insólitas.
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Convém: o homem verdadeiramente sábio ter a melhor instrução e a maior habilidade
em sua arte.
Pg.155 –O Livro dos Paradoxos –
Autores importantes explicam que os 5 Livros de Prática, anunciados por Paracelso
se perderam.Os próximos 5 capítulos trazem o que restou , o que ainda se tem.
Pg.159 – Livro I –Causas e Origens das Três Primeiras Substâncias
Cap.- I –( Onde se explica o princípio do fogo e da metodologia médica)
-O homem-composto de 3 substâncias enquanto entidade física- homem possui todo o
bem e todo o mal.
A saúde ou a doença em suas 3 divisões ( mínimo, médio e total), assim como seu
peso e quantidade.
Pg.160 –Das 3 substâncias, vêm todas as coisas, origens e conhecimentos das
doenças assim como sinais e propriedades de tudo aquilo que o médico deve saber.
-O fogo- o médico e a medicina foram criados do fogo e no fogo.O médico existe em
função da medicina.Por isso ele deve se submeter ao exame da natureza, do mundo e de
todas as coisas que ela contém.
Pg. 161- As causas da saúde e da doença devem ser claras, visíveis.
Pg. 162 - A sabedoria se divide em 2 classes.Uma que vem da experiência e a outra
do nosso trabalho.Por sua vez, a sabedoria e experiência são duplas: de um lado está a
verdadeira base da medicina e do outro encontramos o erro misturado com a sedução. No
1º grupo – todas as verdades que o fogo proporciona quando por meio de sua arte realiza a
transmutação, fixação, exaltação, redução, transposição e outras operações conexas.Nesta
experiência as 3 substâncias da natureza chegam a aparecer , seja qual for a natureza,
propriedade ou composição com que apareceram contidas nas coisas de todo o universo do
mundo.
No 2º grupo- todas as coisas que se descobrem fortuitamente, sem nenhuma
experiência anterior.
Pg.163 – Para uma base correta – partir das coisas visíveis e palpáveis.
Pg.164 – A medicina deve ser construída diante dos olhos e não da fé, exceto quando
se trata de doenças da alma e da salvação eterna.
Pg.165 – Cap.II –( Sobre as três primeiras substâncias)
Enxofre – Mercúrio – Sal – existentes em todo corpo na Criação.
Pg.166 – Um pedaço de madeira que se queima.Acontece: o que arde-é o enxofre; o
que faz fumaça é o mercúrio; e o que se transforma em cinzas é o sal.
Pg.167 – A cinza é a substância a partir da matéria que compõe a madeira – SAL.
Onde existe a fumaça está a 2ª substância, volatizada e sublimada pelo fogo –
MERCÚRIO; e tudo que arde aparecendo em explêndidas brasas é o ENXOFRE.
Nestas três substâncias é que encontramos a razão das doenças e não nos 4 elementos
ou qualidades.
Pg.168 – Ao considerar as propriedades e a natureza dos 3 princípios – a natureza
onde se encontra o mercúrio, o enxofre e o sal, sendo ela boa ou má, cura ou faz adoecer.E
toda a substância por assim dizer, cada uma delas possui sua natureza característica.
Ao se misturarem no mesmo corpo – manifestam-se sob uma só forma.
Para falar das naturezas é preciso conhecer a 1ª matéria que receberá o nome de
FIAT.
A 1ª MATÉRIA RESULTA DA COAGULAÇÃO DAS 3 SUBSTÂNCIAS E
DOS 4 ELEMENTOS NO LIMBO ( ELEMENTO DA ALQUIMIA).
Pg. 169 –As doenças nascem da perturbação das 3 substâncias e não dos 4 elementos,
pois nem a sua natureza e nem sua força têm relação com a medicina.Isso por que os
humores não são mais que verdadeiras matrizes.
Pg.170 – Repetimos:todo o corpo que conserva unidas suas 3 substâncias se encontra
em boa saúde.Pelo contrário, quando elas se dissolvem ou desagregam, acontecerá que
uma apodrecerá, outra se inflamará e a ultima se dissipará de um modo ou de outro,
aparecendo assim verdadeiras enfermidades. Corpo unido: isento de doenças. É na
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separação que podemos conhecer todas as coisas, pois somente deste modo saberemos o
que se separou, remediando justamente o princípio da dissolução.
Saibam então que todas as doenças devem ser referidas ao homem, motivo pelo qual
devemos lhe atribuir os três elementos, as 3 substâncias, os 4 astros, as quatro terras, as
quatro águas, os quatro fogos, os quatro ares e todas as condições, costumes, propriedades
e naturezas, sem o que nenhuma doença poderá existir.( As doenças nascem dos 4
humores).
Pg.172/ 177 – Cap.- III – ( Sobre o modo de ação das três primeiras substâncias,
o sujeito intermediário e sobre a alquimia )
As doenças devem ser conhecidas 2º a natureza viril – o enxofre, o mercúrio e o sal-
são 3 humores – entendendo que humor quer dizer corpo. Corpo – é o que o médico deve
tratar.
O que gera a doença é a entidade substancial- que deve ser masculina, viril na
totalidade do limbo astral. Isto elimina a influencia dos humores – ( não possuem nada que
tenha a ver com os astros).
O enxofre- enquanto substancia não causa nenhum dano, a menos que seja de
natureza astral ou seja, que uma faísca de fogo se una a ele.Há muitos enxofres : a resina, a
goma, a terebentina, a gordura, a manteiga, o azeite, a aguardente...Alguns vêm da
madeira, outros dos animais, outros do homem e alguns, finalmente, dos metais, como o
azeite do ouro, da prata, do ferro ou das pedras como o licor do mármore, do alabastro,
etc.Também se produz em algumas sementes, como também em muitas outras designadas
por seus nomes particulares.
Quando o fogo cai sobre qualquer uma dessas coisas, único astro verdadeiro como
seu nome indica, se realiza a 1ª parte de uma operação que chamaremos de matéria
pecante.
Quanto ao sal – ele existe como humor material, mas que não conduz à doença, nem
se une ao astro, sendo o seu astro a decisão que o torna viril.Pois o sal, como o espírito do
vitríolo, do alumínio, do tártaro e do nitro, se manifesta desordenadamente ao ser
dissolvido.
Pg.174- Existem muitos sais: como a cal e as cinzas.Assim como existem os
arsênicos, os de antimônio, a marcasita e outras que provocam e geram doenças especiais
que imediatamente tomam nomes e naturezas próprias.
Quanto ao mercúrio- natureza não viril por si mesmo – precisa da influência do sol
para sublimar-se, deixando diversas combinações mas conservando sempre a sua essência
em um só corpo. Aí está a diferença dele para o sal e o enxofre- estes últimos podem se
manifestar sob múltiplas formas e o mercúrio é sempre único, dependendo sua natureza e
as diversas doenças que provoca, das distintas variações do astro. É o que confere um
caráter masculino.
As doenças - atribuir ao enxofre tudo o que é sulfuroso e capaz de queimar por
si mesmo, ao mercúrio o que suporte a sublimação e ao sal tudo o que possa se
reduzir novamente em sal.
O homem- colocado entre estas 3 substâncias e um corpo intermediário que é o
“corpo vivo”, ´entidade vivente”, “ sopro vital” ou “anima”, razão da existência dos
médicos e das doenças., sendo primeira matéria tudo o que está antes desta vida e última
matéria tudo o que está depois.
Chamaremos de sujeito do corpo intermediário o que está constituído pelas três
substâncias, a saber: a vida em separado, a essência e a natureza, à qual nada podemos
acrescentar ou subtrair.
O “ sujeito” pode ser ferido ou rompido de 3 maneiras: a 1ª acontece por si
mesma ( a vida o destrói).Quando as 3 coisas não querem continuar unidas entre si, a
vida termina e o corpo se desintegra.A 2ª - pela dissolução violenta que se produz no
nascimento, durante a educação ou em qualquer momento pelo arbítrio da nossa
vontade – induzimos e excitamos os astros contra nós.A 3ª vem de forma expontânea,
ainda que o corpo permaneça unido e sem se dissolver, sem que possamos atribui-la a
16
nenhuma força exterior, representando simplesmente o fim.É o fim natural de todas
as coisas.
Pg.177-final do capítulo : a alquimia ensina a distinguir o falso do verdadeiro.Com
ela possuirão a luz da natureza e poderão provar todas as coisas claramente, dissertando
sobre elas de acordo com a lógica e não pela fantasia.
Pg.178 – ( Sobre as compleições e os “ arcanos”) –
As compleições são produtos que a vida concede com toda a liberalidade.Elas, nada
têm a ver com as três substâncias.
Compleições: sanguínea – colérica – fleumática – melancólica. A compleição é
algo duplo e simultâneo: quente e seco ou quente e úmido ou bem frio e seco, ou frio e
úmido, que sae, converge até a natureza elementar, sobre a qual nos absteremos de falar.As
doenças: sua constituição só permite que sejam de uma única maneira:quentes, frias, secas
ou úmidas.Os sintomas não são a própria doença.A essência da medicação ( sua virtude)
também nada tem a ver com a compleição. Todas as virtudes das coisas são verdadeiros
“arcanos” enquanto curam as doenças que lhes correspondem, sem nenhuma intervenção
das compleições.
Tudo o que vem com a natureza, com ela se vai. Quando a água apaga o fogo, o
responsável por isso é o frio, não a umidade.E quando o fogo esquenta, a causa é algo de
semelhança perdurável e não os acidentes transitórios da matéria (como a cor) que não
acrescentam nem tiram nada. Assim, a doença, como uma espada incandescente, está
incidindo sobre a compleição.
Pg.181- (continuação do capítulo) – Quando o enxofre do corpo se inflama e
explode- a medicação não será outra senão apagar a citada combustão.Apagar o fogo
invisível. Apagar é uma boa finalidade.Esfriar, ao contrário,é envenenar, chamar e
provocar outras doenças.
Quando a testa arde, a cabeça inflama, o corpo fica dolorido, a urina avermelhada,
pulso rápido e o fígado ressecado, quer dizer que existe uma doença, sem que estes sinais
sejam a enfermidade.Apenas é a sua expressão.
É importante saber quais são os “arcanos” e suas doenças correspondentes.
A influencia dos astros – os nossos costumes e as propriedades da nossa natureza
foram feitos sob o influxo dos astros.Por exemplo, a melancolia se localiza no baço, cujo
astro é Saturno, mas nem sempre ela se manifesta pela influência do astro.
Cada um deles conserva o lugar que lhe corresponde.O corpo não se escraviza a
quatro colunas de humores ou de elementos.Mas, saibamos que estes 4 elementos existem
realmente.
Direi que elemento é a matriz do seu fruto, assim como a terra é a matriz do seu fruto
– sempre precisa dos 4 elementos para se desenvolver.
Pg.184 – Cap. V – ( Razão e superioridade da anatomia)
O verdadeiro “sujeito” da medicina são as três substâncias, ao lado das quais o
“corpo intermediário” se diferencia nitidamente graças às suas admiráveis construções e
perversões.
As 3 substâncias têm as cores do Sol, da Lua, de Vênus, etc...brancas, pretas ou de
outras cores distintas, formando as mais variadas combinações.
Pg.185 – Conhecer bem duas espécies de cores: as da vida e a da morte.
Todas as coisas têm uma forma, uma imagem- é a anatomia. Conhecer esta anatomia.
Conhecendo a anatomia das ervas, chegar a conhecer a anatomia das doenças.
Estabelecer as concordâncias, semelhanças e relações de umas com as outras, pois só por
meio do estudo das anatomias comparadas poderá fazer progredir a sua ciência.
Pg.186 – ( continuação) - Tudo o que é benéfico ou prejudicial para a matriz tem a
anatomia da matriz. –Necessidade do estudo da anatomia de todas as coisas naturais.
Pg.187 - ( continuação) - ...todas as medicinas devem conter a anatomia da doença
para a qual estão destinadas.
As doenças vêm da transmutação das imagens ou do gosto do estado são ( sadio).
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Pg.188 –Transmutem tudo que apareça transmutado.E cuidem para que as anatomias
conservadas concordem reciprocamente, assim como todas as doenças que aconteçam.
Pg.190 – Cap.VI –( Discurso sobre as anatomias) –
Pg.191 –...Nada que não perdure ou não se dissolva novamente num novo
nascimento está submetido à medicina. Trabalho do médico: conseguir um novo
nascimento.Aí estão e daí vem o verdadeiro enxofre, o mercúrio e o sal autêntico, nos quais
estão contidos todos os “arcanos”, obras, curas e fundamento.
Pg.193-...a febre é a doença do nitrato de enxofre fumegante que agita o corpo
provocando calafrios e intermitências.A apoplexia – deveria ser chamada de mercúrio
caquímico sublimado, pois é a natureza da matéria pecante que lhe deu origem.
Pg.195 - O final do capítulo: Assim como o corpo é o domicílio da alma, a teologia e
a medicina devem caminhar juntas, iluminando-se mutuamente.
Pg.196 – Cap.VII – ( Sobre a dualidade das formas e dos corpos)
Todas as doenças têm suas imagens próprias, assim como cada imagem possui a
medicina e a anatomia que DEUS lhe deu.
Na pg.197 – Assim, todas as formas já estão contidas no exterior das coisas capazes
de crescer.Por isso, quando essas formas nos abandonam ficamos incapacitados para
crescer, morrendo em seguida num estado precário e sob uma forma elementar
( deserta ). Ao contrário, quando estamos em pleno crescimento precisamos armazenar
essas formas ou alimentos para que em nenhum momento cheguem a nos falar, já que
somente a sua essência, semelhante ao fogo, pode incrementar nossa forma e imagem, sem
o que morreríamos de inanição.
Necessidade de nos conhecermos a nós mesmos.
Nas páginas seguintes do capítulo, o autor fala sobre o processo de retro-alimentação-
alimentamo-nos com tudo que faz parte do nosso próprio corpo.
Na pág.199, diz: existem 2 homens: um visível e outro invisível. O visível é duplo,
composto de corpo e alma e o invisível, único, se refere somente ao corpo. ( é a que se
encontra sob o domínio da vida vegetativa, conforme o conceito atual).
Pág.200 – O esperma é uma semente.Depois de semeada ele deseja e busca o alimento E
como contém em si a forma do homem em liberdade, quando se alimenta, tudo o que come
se transforma em homem e em membros humanos.
Resumindo: tudo o que é do corpo e o que o médico possa conhecer dele é um
resultado do alimento e não da virtude, da cólera, da probidade ou da malícia.
Além disso, aquele (DEUS) que formou o corpo no útero materno é também quem o
forma no ventrículo ( estômago).
Pg.202/207 –Cap. VIII – ( Onde são explicadas as diferenças entre o pão da
justiça e o da misericórdia, e onde se fala sobre a extensão e complexidade da
medicina)
Pg.203 – As doenças e outras coisas parecidas se produzem quando cometemos
excessos, seja com o pão ou com a justiça.E digo que nada disso nos afligiria se
vivêssemos na oração e dentro da lei.
As doenças do útero materno têm a mesma explicação. Pois já que devemos nascer
novamente, elas acontecem justamente por causa do pão cotidiano.
Na pág. 207 - ...hoje em dia existem na natureza muito mais coisas escondidas do
que conhecidas, assim como grandes ciências, sabedorias e prudências.
O certo é que no mesmo lugar da terra onde existe um veneno mortal também.existe
um contra veneno exato e que do mesmo modo que as doenças são geradas, a saúde
também é produzida.
Pág.208 – LIVRO II –CAUSAS E ORIGENS DAS DOENÇAS QUE PROVÉM
DAS TRES PRIMEIRAS SUBSTÃNCIAS
Cap. I –( Natureza das três substâncias e influencias das estações e da
putrefação)
Compreender agora como estas 3 substâncias estão unidas em um só corpo.
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Pg.209 - O princípio destas coisas está em sua união num só todo, dentro do qual
cada parte cumpre a sua função contribuindo assim para completar a totalidade do corpo.
A função de cada uma dessas substâncias:
O enxofre coordena o crescimento do corpo.Todo o corpo é enxofre de tal sutileza
que constantemente está se consumindo por um fogo invisível. Numerosos enxofres: o
sangue, a carne, as partes nobres( partes príncipes), a medula...etc, chamados enxofres
voláteis.Os ossos, ao contrário são formados por enxofres fixos.Cada um deles é
encontrado em seu estado original quando a ciência realiza sua separação.
O sal está encarregado de conseguir a aglutinação do corpo.Sem ele nada parece
tangível.A dureza do diamante, a brandura do chumbo e a suavidade do alabastro são
devidas ao sal assim como todas as congelações e coagulações.
Existe um sal nos ossos, outro no sangue, outro na carne, outro no cérebro, etc.,em
igual nº e proporção com o enxofre.
O mercúrio – chamamos de “licor”.Ele se encontra em todas as partes nas mesmas
proporções que os anteriores.
Pg.210 - A congelação e a propriedade compacta correspondem ao licor,-
absolutamente necessário à constituição do corpo-o homem se compõe de 3 coisas em um
só corpo.
TODAS AS DISSOLUÇÕES NASCEM DAS 3 SUBSTÃNCIAS; NENHUMA
AGLUTINAÇÃO PODE SER FEITA SEM O SAL.
As doenças devem ser conhecidas de maneira tríplice: seu corpo sulfuroso, seu licor
mercurial e pela consistência que o sal lhes proporciona.
A medicina conveniente para estas enfermidades será, segundo o que acabamos de
expressar, um fogo que as consuma, isto é, da essência, já que sem ele não existe nenhuma
medicina. Estar atento ao conceito da doença, pois os sintomas simplesmente são inerentes
àquela doença diagnosticada no momento.
Pg.212/213 – Há o calor gerado pelas estações climáticas, o calor celeste (o
sopro(aura) boreal, o calor interior que nasce do estômago e que dá ao corpo a sua
temperatura. Este calor do ventrículo é particularmente eficaz, pois serve para cozinhar e
digerir os alimentos- semelhante ao calor externo.Todo órgão possui um fogo perpétuo, já
que todos têm um ventrículo e uma digestão.O calor ou o frio do homem acontecem
conforme a violência ou a suavidade da digestão.
A origem do calor do homem provém da união das coisas celestes, terrestres,
aquáticas e aéreas, que existem nele em uma temperatura conveniente, quer dizer, numa
temperatura onde nem o calor nem o frio predominam.
O calor da digestão provoca a exteriorização de várias cores, até então latentes, assim
como o florescimento do mercúrio.
Estas e outras coisas são diferentes na idade adulta e velhice e todas são produto e
resultado do calor cotidiano.Não considerar apenas que “a juventude é sanguínea, a idade
adulta colérica”,etc.pois existe a excelência do calor da digestão e da natureza da matéria
que forma as três primeiras, já que o homem assim como a árvore têm suas próprias
flores.Não chamar estas “flores” de temperamentos, O mesmo acontece com todas as
coisas que crescem neste mundo, nas quais as espécies devem ser consideradas mais que os
gêneros, pois todas agem especificamente e não de maneira gradual.
Pg.215- Quando o mercúrio ascende sem se manter em sua hierarquia, transforma-se
no princípio da DISCÓRDIA.
Outro tanto pode-se dizer do enxofre e do sal.Quando o sal se separa e se apresenta
deste modo, aparece como uma coisa que nos devora. Com o seu orgulho estará onde possa
manifestar sua corrosão, provocando as úlceras, o câncer e a gangrena.
Pg.216 – Cap.II – (Sobre as transformações das substâncias e da necessidade da
obediência aos desígnios de DEUS. Sobre a múmia. Sobre a divisão da medicina.
Sobre a morte).
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Pg.217 – Somente quando as antigas naturezas morrem ou se rebaixam a ponto de
chegar até a um novo nascimento, podem adquirir o caráter de verdadeiras medicinas.A
separação do bem e do mal está precisamente nesta anulação.
É sempre funesto contrariar os princípios do corpo. Como nada deve ser eterno para
as criaturas carnais, é necessário que possam separar-se e isolar-se por diversas operações
em suas distintas maneiras, qualidade e virtudes.
A saúde, assim como a firmeza do melhor dos reinos, pode enfraquecer-se. Por isso
devemos saber que todas as coisas podem alcançar igualmente a bondade, a perfeição.
A natureza deu as mesmas propriedades e virtudes ao ouro e à prata. A avareza
humana é que deu mais valor a um do que ao outro.
Pg.218 – A morte se aproxima quando as três substâncias rompem a sua união e
concórdia. Se ela dominou apenas uma parte, então a medicina pode cooperar e auxiliar a
natureza restituindo a sua integridade.A soda cura o que o sal corroeu, o açafrão
restabelece e restaura o que o enxofre dissolveu e o ouro devolve a consistência àquilo que
o mercúrio tornou demasiado sutil, vindo tudo isso em ajuda da natureza.
Cuidar muito bem do corpo-procurar mantê-lo sempre íntegro, pois caso contrário,
até mesmo a aspereza do ar pode ofende-lo ou corrompe-lo.E depois que o corpo foi ferido,
nunca mais volta a ser inteiro e perfeito.
Pg.219- ( Fala sobre os erros dos médicos e a sua teimosia em se manterem errados).
Diz que a medicina é uma arte complexa e as três substâncias tão certas que tanto o
enxofre como o sal e o mercúrio podem surgir nas quatro gerações que se encontrem
repartidas na natureza das quatro matérias ou elementos.
Todas as coisas nascem dos 4 elementos: da terra saem as ervas, a madeira e
seus derivados; da água , os metais, as pedras e os minerais em geral; do ar, o orvalho
e a terebiana ou maná; e do fogo, o trovão, o relâmpago, o raio, a neve e a chuva.
Com a morte do corpo terreno, ocorre sua reintegração na terra Assim nasce o 2º
elemento, a água, por meio da qual a espagírica ou yatro-química constrói o rubi- a matriz
dos minerais.Esta operação produz o terceiro elemento, isto é, o fogo.Este gera o granizo e
o quarto elemento aéreo que se destila a si mesmo como em um vaso de vidro fechado
dando lugar ao orvalho pela ascensão do seu espírito.
Pg.220- Ainda existe outra transmutação: aquela que deu liberalmente todos os
gêneros sulfurosos, mercuriais e salinos.
Sempre houve a busca pela saúde do homem.Falaram da água da vida, pedra
filosofal, arcanos, bálsamo, do ouro potável e outras coisas...Todas existem no mundo
exterior e outras semelhantes no mundo interior.
Nada é tão negro que não tenha algo de brancura, assim como o branco também tem
alguma sombra..Esta idéia se aplica a todas as cores.
Assim vemos que o sal (que é branco) contém todas as cores.Que o enxofre arde por
que possui todos os azeites e que o mercúrio flui por que encerra todos os humores.
O homem é o seu próprio médico, pois por menos que ele ajude, a natureza
transformará sua anatomia em um jardim, com a melhor assistência imaginável. A natureza
tem em si mesma, tudo o que precisamos.
O que cura verdadeiramente as feridas é a múmia- a própria essência do homem
(autores da Idade Média identificaram este termo como o espírito vital que circula no
sangue).
Pg.222 – A medicina deve ser compreendida de 2 maneiras:uma é composta de
métodos e procedimentos defensivos e outra de ações curativas.
Pg.223 - ( O autor discorre sobre este tema...)... no médico e em todas as doenças
existe uma ciência, e na natureza do microcosmo uma outra.(na natureza do doente).
O homem foi fabricado do grande mundo(macrocosmo) e se acha nele.Existe entre
eles um eixo de dependência tal como de um filho para o pai-aí é natural que ninguém
possa socorrer mais rapidamente o corpo humano do que aquele que é como o seu próprio
pai.
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Pg.224- Deduzimos então que o céu, a terra, o ar e a água estão, segundo a ciência,
no corpo do homem, pois ele constitui por si mesmo um verdadeiro mundo.
Por isso o Saturno e o Júpiter do microcosmo atraem o Júpiter e o Saturno celestes.
Essa conjunção entre os dois céus faz com que também existam afinidades entre os
elementos da terra.Assim, a erva-cidreira da terra se relaciona com a erva-cidreira do
microcosmo e assim por diante.
Levar em conta que tanto o céu como a terra, o ar e a água, não são quatro coisas,
nem três, nem ao menos duas, mas uma única, na qual as quatro coisas se conjugam
podendo se dividir e separar-se.Todos os elementos da terra estão em íntima correlação
com seus iguais do macrocosmo. Medicações devem ter o número total, quer dizer, que
contenham todas as virtudes do céu, da terra, da água e do ar.
Pg.225-Numa doença, a natureza reage num todo, pressente que deve empregar todas
as suas forças e todos os seus recursos para combate-la.
No último parágrafo: à medida que seja maior o conhecimento sobre a morte, a
prudência e o cuidado com a saúde também devem ser maiores.
Pg.226 – Cap.III –( Dissertação sobre os medicamentos e sobre a morte)
A verdadeira medicina tem sua origem nas virtudes de todos os elementos do céu e da
terra.O médico deve aprender dela e fazer suas receitas com simplicidade, quanto ao nº e
quantidade dos medicamentos, sua composição, cuja ordenada reunião formará todo o
homem exterior.
Pg.227- No grande “ composto” se acha o mundo inteiro- o homem se acha portanto
contido em uma gota – está encerrado na farmacopéia com todos os membros, articulações,
natureza, propriedades e essências, boas e sadias, más e enfermas.Portanto absorve aí a si
mesmo, no limbo de onde foi criado e então o corpo médio o une, restituindo-lhe o que
falta.
Sobre as operações( cirurgia de extração de membros ou órgãos )- autor sugere que o
Criador quer a cura e para isso a medicina deve ter meios.
Na Pg.228/229 - Discorre sobre a morte dizendo: todas as coisas têm um tempo
prefixado, uma duração que será consumida infalivelmente seja no bem ou no mal.
No momento em que a morte ocorre-os três elementos( substancias) voltam à terra- e
o espírito se eleva até ao Senhor – “ o que acontecerá diante do Criador de almas e de
corpos, escondido da vista dos homens até este momento”.
Pg.231/234 - Cap.IV- ( Onde fala sobre o mercúrio)-
Está no homem sob a forma de licor e em numerosos aspectos, expressão de suas
múltiplas naturezas.
Métodos para conseguir sua separação são três: a destilação, a sublimação e a
precipitação.A estas correspondem outras três semelhantes no corpo que é a operação da
natureza.
Mercúrio - não se produz por si mesmo, mas por meio de alguma coisa externa que
o faz ascender, separando-o dos outros princípios.
O calor eleva o mercúrio sobre si, fora de si e o excita.Também calores estranhos e
passageiros conseguem expulsa-lo de três maneiras, conforme os princípios da ciência
mestra que é a arte da mecânica. Outro calor é o que vem do movimento do corpo e que
também o eleva.
Outro:é o provocado pela energia – quando aparece uma estrela cadente sabemos que
ela anuncia mortes repentinas e doenças mercuriais durante este tempo e ano.
Médico- saber quando o calor vem dos astros e quando vem dos exercícios ou
experiências- para aí prescrever o certo e adequado.
O mercúrio encontra-se em todos os órgãos do corpo, em todos os espaços como
órgão, cada um dos quais tem a sua própria função: razão, visão, audição, etc do que
resulta as diversas doenças.
A combustão do mercúrio- três maneiras- tanto nos meios úmidos como nos meios
secos ou de pouca pressão.
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O doente- qualquer que seja o sintoma, sente primeiro o calor. O corpo se enche de
um fogo como se existisse nele o mercúrio.O calor da saciedade-sutil-parece o do espírito
do vinho.Pode entrar no cérebro e daí se extraviar dos seus caminhos normais.Aí, tudo que
ele atinja, ficará ferido ou doente. O mesmo acontece com o mercúrio do coração-
Nas compleições sadias- pode acontecer em consequência.de exercícios
cotidianos ou imoderados ou pela influência de uma estrela semelhante.- todo o corpo
se transforma e os membros se enchem de calor. O mercúrio ascende e se exterioriza
destilando-se como se o corpo fosse um pelicano( termo da alquimia que representa um
vaso circular, fechado e com um bico longo e grosso de formato cônico virado para baixo,
usado em laboratório) Quando chega no seu auge, maduro e sutilizado ao extremo, seja de
forma extpontânea, por sublimação, destilação ou precipitação, consegue alcançar sua
essência suprema..Aí é expulso do seu lugar normal e se instala a doença podendo chegar à
morte. As suas três maneiras de se manifestar: a destilação leva à morte repentina em
todos os seus aspectos; a precipitação provoca a gota nos pés, nas mãos e nas
articulações; a sublimação causa o delírio e a loucura.
O mercúrio é muito sutil e poderoso.Penetra tudo e nada lhe resiste.Penetra nos
ossos, na carne, sai pelos poros e abre caminho, podendo nascer fístulas, pústulas, doença
francesa e lepra, entre outras. Além do calor pode produzir frio, tremor, terror e
estremecimentos, no seu paroxismo. Seu mecanismo então é de obturação e flutuação de
vapores – faz uma pressão semelhante à tampa de uma panela que se levanta pela força do
vapor.
Pg.235 –Cap.V – ( Sobre o sal)
Alcança 4 modos de transformação: a resolução, a calcinação.a reverberação e a
alcalinização. Esta diversidade de naturezas explica as distintas espécies de sal e de suas
preparações.Muitos sais calcinados, outros reverberados, outros alcalinizados e outros em
resolução, mas todos se comportam dentro do homem da mesma maneira que em seu
exterior.
As causas para o sal se dissolver e chegar onde não deveria, são três:
A 1ª - imoderação no comer- perturba a digestão-torna as partes lascivas, as carnes
lúbricas, delicada, branda, medulosa e o sangue muito impetuoso.Quando todos estes
estados acontecem o sal não pode manter-se na essência e integridade em que deve
permanecer habitualmente.Isso quer dizer que o excesso e a abundância excitam a
exaltação do sal,tão mais rápida e intensa quanto a luxúria ou o coito provocados por
irritações pruriginosas, por transformações intensas ou por alterações do
sangue.Conseqüência de toda esta agitação: o corpo gera um espírito frio que se manifesta
em forma de sopro, o que converte a natureza do sal, dando-lhe outra muito mais poderosa.
Igualmente, quando o esperma retido é desviado para fora de seus condutos naturais, a
natureza do sal se rompe, provocando uma grande necessidade de água, que é atraída
abundantemente, levando assim o sal a uma outra natureza.
O mesmo acontece quando o astro incide nas partes do sal- elas ficam secas como
se expostas ao vento e derretidas como gelo ao sol, já que os sais estão no corpo como o
granizo no campo depois da tempestade.
O sal se altera facilmente pela abundância de carne, pelo excesso de gordura e pela
pletora do sangue, assim como pelo endurecimento da natureza no coito e sob a influência
dos astros.A natureza do calor interno atua tendendo a expulsar o sal dissolvido para fora
do corpo, fazendo o mesmo com os sais calcinados e reverberados. E a expulsão do sal
para fora do corpo se dá através do suor. Por isso o suor é sempre salgado.
Existe o suor do sangue, outro da carne, outros dos ossos e da medula,etc-
diferentes naturezas do sal. Assim se produzem as manchas de pele, os impetigos, os
pruridos, as rachaduras e outras lesões desse gênero.
Quando o sal perde sua água ou é substituída a sua umidade-ele se calcina da mesma
forma que o alumen, o vitriolo e outros preparados semelhantes. Na calcinação- a umidade
escapa pelo suor, a pele se irrita, gretando e enchendo-se de úlceras.Na sua umidade
normal ele sai corroendo a pele exatamente no lugar sob o qual estava escondido.
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O sal calcinado- a energia vai e vem de cima para baixo ao seu redor- produz uma
muscelagem ou viscosidade muito ácida.O calor interno expulsa do corpo esta abundância
através de chagas e fístulas externas.
Doenças produzidas pelo desequilíbrio do sal- saem pela pele- pelos poros- de dentro
para fora.-úlceras secas, úmidas, com corrimento, saniosas, purulentas, etc. aparecem em
parte por erosão do corpo médio, em parte devido a alimentos e outras coisas semelhantes.
O sal produz suas feridas- ambulantes, passageiras, corrosivas,
cancerizantes(cancerígenas), profundas, pútridas, secas,etc.ou outras não cancerosas
como a calvície, as pústulas e cicatrizes, os tumores do ânus, a morfea, a lepra e
outras doenças desta espécie.
Conforme o gênero do sal será a classe da dor e do sofrimento, assim como a
influência ou movimento determinados pela estrela que se exalte, segundo cada uma destas
circunstâncias. O sal condiciona as doenças de acordo com os indivíduos- para uns
serão agudas, para outros crônicas, passageiras ou mortais.
Pg.239 – Cap.VI- ( Sobre o enxofre)-
-Também é separado pelos 4 elementos.
Quando o elemento líquido entra nele- fica úmido, incha, se liquefaz ou sofre alguma
transformação semelhante.
Quando o ar o invade –seca completamente.Com isso pode adotar qualquer destas
duas naturezas de exaltação.
Quando domina a terra-ela se esfria ou se esquenta, quando o fogo e o firmamento
mostram seu maior poder.
Os 4 elementos – são os artesãos e artífices que efetuam as transmutações do enxofre,
tirando-o de sua função habitual, fazendo-o provocar uma série de doenças em seus mais
diversos gêneros ou espécies.Segundo a natureza da matéria do enxofre eles ( os quatro
elementos) se comportam de modos diferentes, atacando-o em seu corpo e em seus órgãos.
Quando o enxofre se esfria – a terra torna-o fixo ou volátil, conforme as 4 formas em que
o frio aparece: congelação, resolução, coagulação ou dissolução. O enxofre sai assim
desses quatro elementos reunidos no elemento terra.
Pg.240-.Saibam: tanto a água como o fogo, a terra e o ar, geram cada um uma parte
do frio e que somente por razões filosóficas o frio foi considerado como próprio e
exclusivo do elemento terra.Só existe um frio ou uma frieza, embora o seu peso é que pode
variar.Cada um dos elementos pode provocar frio ou calor, que alteram a ação do enxofre.
Quanto à substância, temos que dividi-la em duas: a dureza e a umidade.
A dureza é dupla e pode manifestar-se sob a forma de congelação ou de
coagulação.
A dureza congelada vem do frio ígneo, assim como a água gelada, a neve, o
granizo,etc.Também ele pode experimentar uma congelação que proceda do elemento
fogo, acompanhado de diversas doenças semelhantes de certo modo à neve, à geada ou ao
granizo, cuja origem é justamente análoga.Uma parte dele é gerada nos astros –é o fogo do
frio ( o fogo verdadeiro está no firmamento).Tem um caráter fixo, definido e estável.
A dureza coagulada – é uma frieza que vem da água- pode alcançar o mesmo fogo
do anterior. A coagulação produzida pelo frio é diferente da congelação em que permanece
fixa, pois a congelação é volátil, ou melhor, a primeira tem um caráter definitivo e estável,
enquanto a segunda tende constantemente a voltar ao seu estado primitivo como ocorre
com a água gelada.
Tudo que vem do frio do elemento água se coagula em frio, como os corais, alumens,
entálias ( alumen de ferro amoníaco), vitriolos. As doenças de ambas são
semelhantes,ocasionadas pelo frio da água.
O frio do ar é diferente por que não é congelação nem coagulação,mas é
simplesmente um vento, como o boreal( vento norte) ou o zéfiro( vento oeste), que levam
com eles e em si mesmos, um frio e um calor.Por isso, sempre existe uma parte de frio no
ar o no vento.
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No corpo- friezas do vento e da terra, sem substância visível ou tangível,
acompanhando diversos gêneros e espécies de doenças.
A terra, simplesmente como terra, também produz uma série de enfermidades
particulares, assim como algumas ervas frias: a beladona, a rosa, a alface, a papoula, etc.As
doenças são como essas ervas, distintas e separadas entre si em seus diversos gêneros e
espécies.
Com o calor acontece o mesmo, devendo ser procurado também nos demais
elementos.
Por isso todas as doenças do enxofre terão a natureza de algum deles( elementos).Por
que quando o enxofre atua em sua própria função e ascende o elemento do fogo que está no
firmamento fulgurante, incendeia-se na estrela do verão.Esta ação invisível do firmamento
que também pode acontecer no nosso corpo também pode incendiar o enxofre do nosso
corpo, atingindo qualquer órgão e aí inicia o desenvolvimento do seu poder.
Também existe na água um outro fogo que pode queimar o enxofre do mesmo modo
que o fogo do céu.O sílex e a calcedônia o possuem e podem deixa-lo escapar, da mesma
forma que esse elemento interno que não podemos ver e que é o verdadeiro artesão de
todos os elementos
Existe na terra um elemento de fogo capaz de queimar o enxofre, pois conhecemos o
poder que desenvolvem as ervas do tipo da urtiga, e da flâmula (edelweiss- planta e flor
das montanhas da Alemanha), quando em contato com o nosso corpo.
Cada uma delas pode produzir uma doença no homem, bem diferentes das
mercuriais, salinas e outras parecidas.
A quádupla- ar, água, terra e fogo – está na secura, na umidade e em todos os
processos na natureza.Existe assim securas vindas do fogo, do ar, da água e da terra,
causando outras tantas doenças que começam nestes graus e a eles pertencem.
É importante conhecer e distinguir todas as coisas pelos seus sinais particulares, por
que quem ignorar suas diferenças será incapaz de identificar os sinais provenientes dos
transtornos internos.
Final da pg.243 – Os acidentes têm em si não só a sua plenitude, mas os elementos e
uma grande quantidade de sintomas externos.Assim, se a doença deve receber um nome,
nada melhor do que usar o da coisa que a gera. Essa é a razão pela qual conservamos e
observamos a mesma ordem em cada capítulo do nosso tratado.
Nestes livros gerais permanecerão a teoria e a física das doenças, deixando sua
pratica para outros específicos que iremos expondo sucessivamente.
Pg.244 – Cap. VII ( Sobre o gérmen do esperma, as causas específicas e a
predisposição como causa de doenças)
Ainda existe um outro gênero de doenças---escolhemos duas delas para falar
aqui.Uma vem do esperma e outras da forma específica.
Já sabido- as três 1ªs substâncias se encontram em todas as coisas.Mas nelas existe
um determinado acidente particular que não tem nada a ver com as referidas substâncias,
que inibe o suor, dá a sensação de queimação e outros males parecidos- doenças
específicas- de certo modo inatas em nós- natureza individual –uns têm propensão para
suar, outros não, aqueles de um jeito e outros de outra.
Esperma- provoca muitas doenças- a cânfora, o espermacete e outras substâncias-
produzem doenças da bexiga e dos rins.
O tártaro- é a causa da pedra ( matéria desta doença) mas necessita da intervenção
desta outra natureza para que o congele como seu frio ou o coagule com seu calor
sudorífico.
Pg.245-Semente do esperma-possui uma anatomia e física particulares. Nada que
seja congênito pode ser arrancado de sua raiz inata.Aí se abriga a forma específica e a
semente do esperma, a sua natureza-o gérmen se sustenta sempre em sua própria raiz.Por
exemplo: aquele que tem 4 dedos em uma das mãos e 6 na outra.O número total está certo,
mas eles estão em lugar errado.Outro: A pessoa que nasce cega-não possui o dom da visão,
mas a vista está nele, embora em lugar não adequado.Por isso se diz que é cego.É
24
a.natureza e propriedade congênita- Exemplo: a dureza do ferro, a brancura do
gesso.Devem ser considerados como se apresentam..Por outro lado, ninguém pode impedir
que a neve caia, porém, pode evitar que ela cause danos ao homem.
O esperma é o limbo- está nos 4 elementos- possui forças semelhantes que recebem
o nome de impressões.
-As doenças- no interior das 3 substâncias é acrescido de algo determinado e
especial, verdadeiramente impresso, como se fosse o fogo na madeira ou o açafrão na água.
Essa impressão- são doenças exteriores originadas pelo limbo- gravadas no esperma
e nas formas específicas nos empurra de tal forma, sem que em nenhum caso possamos
expulsá-la por nossa própria vontade.
Pg.247- último parágrafo: Observem então que a natureza depende destas duas
coisas:gérmen e especificidade, cuja compreensão teórica fica perfeitamente
estabelecida.Acrescentamos ainda que os corpos ( pg.248) podem se produzir desta
maneira, mesmo sem a presença das substâncias e que pela mesma razão não é possível
alterar as raízes das doenças específicas, ainda que possam ser suprimidos, com relativa
facilidade, os acidentes que elas provocam.
Pg.249 / 252- Cap.VIII –( Sobre o sopro divino e o corpo espiritual)
O autor divaga sobre o tema.E continua-
Além e fora das 3 substâncias, existe no homem um corpo invisível que não vem do
limbo e por isso escapa da influência do médico.
Na pg.251 – diz: “o dano espiritual não pode ser baseado na natureza, pois vem do
outro homem do limbo.”
( Fala sobre o livre arbítrio) – o homem será submetido a todas as provas e tentações
e aí escolhe seu caminho, para o bem ou para o mal, com tudo.
-Aprender a respeitar os limites da natureza.A violação destes limites significa um
verdadeiro adultério.
Pg.253 a 256 - LIVRO III – Sobre as doenças produzidas pelo tártaro ) –
Nota prévia e texto “ Ao Leitor” – é um registro de quando apareceram os textos
sobre o tártaro e a sua disposição em registrar seus estudos.
Pg.257/266-Cap.I – ( Origem das doenças geradas pelo tártaro)-
Pg.262- Tudo que queima contém enxofre- O que se reduz a cinzas, tem sal – O
que tem a propriedade de esfumaçar-se, tem mercúrio.
Acrescenta-se às tres substâncias, que em todas elas encontra-se uma certa ejeção,
evacuação ou excremento.Toda digestão deixa um resíduo. Tudo o que é, tudo o que cresce
contém em si mesmo o seu próprio excremento, o que pode ser entendido, a
princípio.Tanto o alimento como o excremento são comidas e bebidas de uma vez pelo
homem-o trabalho da natureza é separá-los. À propósito das três substâncias: o ventrículo
principal não tem poder de separação.Aí entra outro ventrículo mais sutil para trabalhar-
está no mesentério, no fígado, nos rins, bexiga, intestino, etc. e está encarregado de separar
os excrementos.
Nosso ventrículo principal-situado no final do esôfago- separa e divide somente o
que apodrece do que não apodrece e o que se desagrega do que não se desagrega.Significa
que somente o que é carne, ossos, medula, pode verdadeiramente desagregar-se e
corromper.Tudo que não é a própria substância do homem é excremento.
Dividiremos as doenças em 2 classes: as que são geradas no homem e as que vêm dos
excrementos.
Pg.260- Se os cálculos, as areias, os sedimentos ou as viscosidades se produzem no
homem. não há dúvida de que a causa disto é a existência da substância geradora delas, em
nós, pois se não existisse não haveria razão para que essas doenças se produzissem.
A putrefação se encontra na ultima matéria dos excrementos dos homens.
-A coagulação é a última matéria das coisas naturais.Parece fazer oposição entre si.
Na verdade a digestão do homem termina em seus emunctórios naturais, nos quais a
mesma força de putrefação limpa, separa e expulsa todos os detritos.
25
A força expulsiva reside no excremento e não na natureza ou na constituição do
homem e nem nas coisas naturais, que somente têm a propriedade de coagular, de acordo
com que somente se alimentam das coisas semelhantes.
Segundo este princípio nutritivo, tudo o que se transforma em alimento tem que estar
previamente coagulado, razão pela qual aquilo que não se digere pela mesma substância
que o come, volta ao estado de coagulação original.Este resultado da coagulação é duplo: o
que não se coagula nunca é o alimento, a outra parte coagulada é o excremento.Como
acontece na natureza humana, tudo o que não é o homem é excremento.
Por isso são muitas as formas de transformação: cálculos, areias, sedimentos e
viscosidades, que devem ser considerados como as últimas matérias do excremento que
têm os alimentos das coisas naturais.
Quando os excrementos contém as tres coisas, serão semelhantes em forma de
cálculos consistentes e coagulados, sem queimar, sem sal e sem manifestar-se em estado
fumegante.
Quem trabalha com madeira sabe retirar dela a resina, com ervas conhece a
elaboração do alabastro, etc. Na realidade, essas coisas são as últimas matérias em que se
transformam os excrementos das coisas naturais.
Há 4 gêneros de doenças do tártaro:cálculos, areias, sedimentos e viscosidades.
O tártaro é o excremento das bebidas e dos alimentos, coagulado pelo espírito do
homem.Se estes excrementos desagregam-se desperdiçando assim a sua potência expulsiva
e ficam no organismo, geram o tártaro, que se não é incorporado nos excrementos, ficam
no organismo e geram a doença.
Pg.263- O betume, a muscelagem viscosa, o glúten dos legumes, não são mais que
outras tantas substâncias de excrementos retidos no corpo. Se não são eliminados viram( se
transformam)em pedra ou areia. O mesmo acontece com os laticínios – deixam matéria
terrosa do tipo argilosa, feita de tártaro.O mesmo acontece com as carnes e os pescados.
Excrementos produzidos pelos legumes—viscosos; de carnes, de laticínios –
terra do tipo argiloso; TÁRTARO DA TERRA – TÁRTARO VISCOSO.
Caules, raízes e os cereais, entram na categoria dos legumes ( viscosos).
Daí a importância de uma dieta balanceada.Coisas fervidas ou cozidas em suas
próprias muscelagens são eficazes e benéficas para os doentes de cálculos.O cozimento
diminui e tira o tártaro, obrigando-o a passar para outros excrementos e impedindo-o de se
aderir ou aglutinar, como aconteceria em caso contrário.
O vinho, a água, os sucos- também têm seus excrementos. Todas as bebidas
preparadas com os sucos das frutas das árvores, como a cidra das pêras ou das maçãs são
semelhantes aos vinhos e à água. A cerveja, ao contrário, assim como as bebidas extraídas
dos legumes, têm as duas classes de tártaros e trazem consigo as suas próprias correções,
por isso sua passagem pelo corpo se faz ràpidamente- o que é um grande benefício.
As digestões intensas e trabalhosas favorecem a formação de cálculos. As digestões
vigorosas e quentes, ligeiras, não deixam resíduos algum.
Pg.265- último parágrafo: - O tártaro está presente em todos os alimentos e
líquidos.Todo homem é carregado de tártaro em algum lugar do organismo. O mesmo deve
ser estabelecido a propósito do mecanismo da coagulação, do endurecimento da forma,
espécie, etc.quer dizer que todas elas são geradas segundo a condição de cada lugar,
alimento ou bebida. ( O homem deve se alimentar com os produtos do solo onde
nasceu.Ele fica mais sujeito à formação de cálculos quando se instala em paises diferentes
e se alimenta com os produtos deste outro solo).
Pg.266 – Estão definidos os mecanismos pelos quais recebemos o tártaro do exterior-
ele não é produzido de forma expontânea no nosso corpo.
Não se pode falar de coagulação sem saber em que consiste, nem se referir ao calor
da digestão sem conhecer o mecanismo pelo qual se deposita o tártaro e se produz o
cálculo.
Pg.267- Cap.II –( Sobre o tártaro do estômago e dos intestinos)
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O SELO DO ALTÍSSIMO E A MARCA DA BESTA .
 

A chave da_alquimia

  • 1. ALQUIMIA- “A CHAVE DA ALQUIMIA” –PARACELSO Texto inédito Capa: Aníbal Monteiro Tradução: Antonio Carlos Braga ------------------1973 Pg.9/26 – Biografia de Paracelso- Nome: Plilippus Teophrastas. Nascimento- novembro de 1493 – Falecimento: 24-setembro- 1541 ( 48anos de idade) Pai- Doutor Hohenheim Desde pequeno acompanhava o pai nas lidas médicas por montanhas e povoados.Assim aprendeu a gostar das plantas e das ervas silvestres, iniciando-se no conhecimento e no amor pela natureza. -Num certo momento uma insólita decisão revolucionária que transformaria a medicina, levaria a terapêutica por caminhos mais naturais e declararia guerra sem tréguas ao trio intocável que seus contemporâneos veneravam: Celso, Galeno e Avicena. Como prova de sua oposição a Celso se chamaria PARACELSO. E saiu em peregrinação. - Frequentou as universidades da Alemanha, da França, da Itália.Assistia às aulas dos homens mais destacados da época: Scheit, Levantal e Nicolas de Ypon, doutorando-se com segurança, embora tenha sido negado por alguns examinadores. A magia mística, o ocultismo e a escolástica reinaram nas universidades .Teofrasto- rompeu com os fariseus e absorveu a verdade nos frondosos conhecimentos médicos e principalmente em Tritemio, célebre abade do Convento de S.Jorge, em Wurzburg. Tritêmio- foi um criptógrafo e cabalista notável, grande conhecedor e comentarista das sagradas escrituras e descobridor de importantes fenômenos psíquicos de magnetismo animal, de telepatia e transmissão do pensamento, além de um químico consumado. Depois de certo tempo- Paracelso separou-se do mestre, não concordando com certas práticas de magia e nigromancia que ele praticava.A influência maior foi “complicar e inverter os conceitos”, ocultando as idéias debaixo de fantásticos neologismos. Viajou pelo Tirol, Hungria, Polônia, Suíça, atravessou novamente a França, a Espanha e Portugal- daí ao reino do grande Kan na Tartária- aí curou o filho do rei- agraciado com honrarias. Começou a despertar ciúmes da classe médica.Por prudência, resolveu desaparecer por algum tempo.Peregrinou pela Itália, Países Baixos e Dinamarca, trabalhando como cirurgião militar- grandes êxitos na cura das feridas.Depois- Suécia, Boêmia e voltou a Tirol. Levava vida simples, sem arrogância. Nesta época- observação sobre as enfermidades dos mineiros e sobre a virtude de alguns minerais- as de mercúrio foram notáveis para a cura de úlceras sifilíticas e muitas outras. Ora peregrinava sozinho, ora acompanhado de discípulos, ora em pobreza franciscana, ora com riqueza espetacular.Mas, sempre com muita humildade e simplicidade. Hoje- sem dúvida – seria considerado um grande intelectual- possuía uma grande cultura, um grande amor pelo estudo, um rigoroso espírito crítico e costumes baseados na sobriedade e na castidade absoluta. _Fama e renome- ( 1527) – ocupou uma cadeira de mestre com 34anos de idade.Posteriormente - ensino público em Colmar-Basiléia-(1528), Nurember (1529), Saint Gall (1531), Pffeffer(1535), Ausgsburgo(1536) e Villach(1538), onde 4 anos antes havia morrido seu pai. Foram 10 anos de docência ininterrupta. Seguiu-se 2 anos de retiro em Mindelheim- ocupou-se em recopiar, ordenar e rever seus escritos e conferências. 1
  • 2. No inverno deste 2º ano foi atacado por uma doença rara que o consumia.Seus comentários sobre a Bíblia e a vida espiritual (foram publicados por Toxites em 1570). Nesta fase- muitas estórias controvertidas e boatos sobre seu fim. Parece certo que esteve internado no Hospital de Saint Estevão e ali sentiu um dia, a morte chegar com rara corporiedade.Reagiu.Depois alugou um cômodo na Pousada do Cavalo Branco em Kaygasse- com quarto e escritório. No final daquele verão ditou seu testamento, preparou seu funeral, repartiu seus bens, escolheu os Salmos I, VII e XXX e determinou que seu corpo fosse enterrado na igreja de Santo Estevão..Morreu 3 dias depois, em 24 de setembro de 1541. Recebeu todas as honras como o homem digno que acabava de desaparecer. Meio século depois- seus restos mortais foram depositados em um nicho cavado no muro, fechado por uma placa de mármore.Seu epitáfio:” Aqui jaz Felipe Teofrasto de Hohenheim.Famoso doutor em medicina, que curou toda espécie de feridas, a lepra, a gota, a hidropisia e outras enfermidades do corpo, com ciência maravilhosa. Morreu em 24 de setembro no ano da graça de 1541”. Pg.-15 / 18- II- A OBRA – Dizia: “ O saber não está armazenado em um só lugar, mas disperso por toda a superfície da terra”. -Homem aferrado à razão justa das coisas. -Apelido de “Lutero da medicina” – promotor de grande revolução científica do século 16.Era chamado “o médico dos pobres” -um revolucionário por uma exigência de consciência. Criou uma arte fundada num conhecimento mais exato do homem considerado como parte do universo e de cujas leis não poderia escapar.Criou o princípio do homem como microcosmo dentro da grande ordem superior, o macrocosmo. Sua alquimia-antecessora da atual química biológica-aperfeiçoada e racionalizada depois sem que pudessem suprimi-la da essência dos conhecimentos médicos. Séculos depois - teoria dos venenos - endossada por Claude Bernard. Sua obra é vasta - tratada sobre a sífilis, a peste, a doença sobre os mineiros, as epidemias, as enfermidades produzidas pelo tártaro, os livros de prática, a arte das receitas, as análises químicas, a influência dos astros, a cirurgia, o livro das ervas, dos minerais e das pedras, a matriz, as feridas abertas e as chagas, a preparação do heléboro, as úlceras dos olhos e o mal chamado glaucoma, os princípios ativos que se obtém para a trituração dos remédios e principalmente seu “tratado contra as imposturas dos médicos”, além dos “dicionários” que a sua nomenclatura especial e diferente, exigiu. Esta linguagem quase incompreensível o resguardou das invejas e perseguições de seus colegas, atravessando os séculos.Mas, muito ainda há para se descobrir da sua genialidade. Século 16 – Paracelso se influenciou pela exaltação mística do meio.Mas, com seu juízo excepcional, uma vertente poética e senso de humor, conseguiu não ser acusado de hereje, acusação que atingiu muitos homens da época, que hoje chamaríamos de intelectuais liberais. Hoje é considerados um clássico fundador da terapêutica moderna e semeador da medicina experimental. Pg.19/21 – III – A ÉPOCA -Foram seus contemporâneos: Leonardo , Erasmo e Lutero. -Leonardo- a máxima expressão da arte analisada como nunca havia sido, de forma científica e filosófica. -Erasmo- o maior sentimento filosófico e satírico que os conhecimentos científicos e artísticos da época permitiram. -Lutero- o mais alto e transcendental expoente da paixão religiosa, iconoclasta e construtiva por sua vez, cheio de misticismo e um implacável perseguidor da hierarquia temporal. _Estudos feitos mostram um fato interessante: um fio marcando um campo magnético entre Rotterdam, Milão e o burgosaxão de Eisleben- triângulo de uns 700 2
  • 3. quilômetros de lado- carregado de induções espirituais- que só poderia impregnar e dominar alguém que surgiu no centro deste triângulo- este centro corresponde com bastante exatidão a Einsiedehn, à ermida de Suábia, onde nasceu Paracelso. Darember chegou a dizer que tudo isso formou o “Arcano da Alemanha”- protótipo da essência intelectual do século, cuja representação apareceu em Paracelso. Pg.20- o grande xadrez do Reforma e Contra reforma- De um lado uma turba de filósofos sonhadores, alquimistas, humanistas, médicos, engenheiros incipientes, artistas e religiosos.. Do outro lado uma imensa e mescravel classe popular, museu vivo de todas as desgraças e doenças e um grande campo experimental para um olho ansioso em descobrir a verdade debaixo daquelas roupas estranhas, entre o borbulhar de idéias filosóficas, de panacéias intragáveis e de fantásticas liturgias. Nesta mesma época – 1)-Colombo havia descoberto a América; 2- a emigração dos judeus, ordenada pelos reis católicos, para os países da América Central- foi de grande importância : eles levaram os tesouros do saber que o acervo da civilização árabe havia semeado na península ibérica, muito superior àquela que a Idade Média tinha alcançado na Europa.Formou-se um núcleo pelo triângulo Holanda, Saxônia e norte da Itália, que mais tarde, com a inclusão da França, constituiu a cultura ocidental. Pg.21- IV- Os Contemporâneos Dos discípulos de Paracelso restou um – OPORINUS- foi seu secretário e discípulo por muitos anos.Depois voltou-se contra o mestre, tornando-se seu principal acusador, ao lado de Erasto, inimigo jurado de Paracelso. Muitas acusações, calúnias, injúrias atingiram Paracelso. Outro impugnador foi Lieber que em 1572 escreveu um DISPUTATRO de Medicina Nova Paracelso, editada em Basiléia. Erasmo de Rotterdam- ardente defensor e amigo de Paracelso, voltou-se contra ele, depois de Paracelso morto.O único, parece, que lhe tributou plena fé e consideração foi o Cônsul de Saint-Gall, doutor Joaquim de Wardt, por quem Paracelso sempre demonstrou um grande afeto e gratidão, dedicando-lhe vários de seus escritos. -Eminentes seguidores:Van Helmont- “ a mulher é inteiramente útero”, tem todo o pensamento paracelsista.. -Descartes e Montaigne – eruditos – se interessaram por ele. Pg.23/26 V – A Posteridade -No século 18 – Paracelso desapareceu de cena.No final do século reabilitação entusiasta por parte de Cristobal Gottleb von Murr ( Leipzig-1798-99,II) A partir daí, ocorreu em vários países e eruditos que estudaram, publicaram e prestigiaram os escritos de Paracelso. Principalmente, Grillot de Vivry- 1713 –publicou a 1ª e única tradução das obras completas de Paracelso em francês, muito elogiada. Ultimo parágrafo: - ( Os únicos manuscritos diretos que se conservam hoje, de reconhecida autenticidade, são os de Vosius e Huser, os da Biblioteca de Viena e os que Wegenstein encontrou entre os despojos do Monastério Del Escorial, na Espanha). Pg.27 Indíce Geral do Livro. Pg.29/30 –Dedicatória ao Senhor e Doutor Joaquim de Wadt. Pg.31/32 – Livro dos Prólogos- Livro Primeiro- Prólogo Primeiro – ( Do Conteúdo da Medicina) -Todas as enfermidades divididas em 5 tipos de tratamentos diferentes e fundamentais. Iniciamos o estudo da medicina pelo tratamento e não pelas causas – aceitar como se fossem 5 ciências da medicina, 5 artes ou 5 facilidades do entendimento.Cada uma delas, por si mesma, é capaz de formar um meio terapêutico completo para a cura de todas 3
  • 4. as enfermidades, nas mãos de um médico hábil, competente e esperto, que deverá escolher a melhor para cada caso. Cada médico- esforçar-se num estudo diário e constante- lembrar que o conhecimento da alma do paciente é tanto ou mais importante que seu corpo.A base da sua ciência estará nela mesma e não nesta ou naquela estranha subjetividade. Ultimo parágrafo: Cada um desses métodos, suficientemente perfeitos persi e in si, pode alcançar uma compreensão completa, teórica e prática, do conhecimento das causas e das curas de todas as doenças. Pg.33 – Prólogo Segundo- ( Sobre os dois grandes grupos)- - A medicina é dupla- clínica ou física e cirúrgica –o que não significa que tenha duas origens distintas mas apenas duas expressões. - A febre e a peste, mesmo que provenham da mesma fonte, têm manifestações próprias e diferentes. Quando esta fonte, origem ou causa mórbida expressa uma putrefação interna- aparece a febre-( se necessário, ficar de cama)- pode manifestar-se na superfície da pele. - Necessário:ter razão e bom juízo-atenção para quando se iniciaram.- Doença do centro do corpo para a periferia- é considerada clínica- física e aquelas da superfície para o centro- cirúrgicas. Resumindo: tudo que se resolve através dos emunctórios naturais é físico e será cirúrgico tudo aquilo que aparece como erupção por emunctórios não-naturais e é visível. Pg.35/36 – Prólogo Terceiro – ( Sobre os modos e as maneiras de curar) Estudo das 5 origens, facilidades médicas ou modos de curar: I- Medicina Natural- trata as enfermidades como ensina a vida, a natureza das plantas e conforme o que convém a cada caso por seus símbolos ou concordâncias.A natureza dessas afecções ensina: aplicação de ações contrárias: o frio pelo calor, a umidade pela secação, a super-abundância com o jejum e o repouso, etc. II- – Medicina específica – curam as enfermidades pela força específica dos medicamentos correspondentes.Também a medicina experimental.E entre os naturalistas- vão dos purgantes que impõem forças estranhas que derivam do específico, sai de um grupo para entrar em outro. III- -Medicina caracterológica ou cabalística – método subjetivo- utiliza o influxo de certos signos, poderes astrais que podem utilizar aí a palavra, astrólogos, filósofos e os dotados do poder de feitiçaria. IV- Medicina dos espíritos- Cuidam e curam as enfermidades mediante filtros e infusões que coagulam o espírito de determinadas ervas e raízes, cuja própria substância foi anteriormente responsável pela doença ( similia similabus curantur) – Hipócrates e seguidores. V- Medicina da fé – a fé é usada como arma de luta e de vitória contra as doenças.Fé do doente em si mesmo, no médico, na disposição favorável dos deuses e na piedade de Jesus Cristo.Acreditar na verdade é causa suficiente para muitas curas.Cristo e seus discípulos é o exemplo. Pg.37- Prólogo Quarto- ( Sobre os métodos de ensinamentos médicos) Os livros que serão mostrados em seguida estão divididos em 2 partes: uma compreende a prática do corpo e na outra- cirúrgica- nos ocuparemos das feridas, separadas uma da outras, por parágrafos e capítulos especiais.( Fala em “ Parêntesis médico”). -Conhecerão as origens de todos os males, assim como seus mecanismos de produção e de tudo o mais que os médicos precisam saber, de qualquer seita ou especialidade a que pertençam.Conhecerão a verdadeira origem de todas as enfermidades.Estes parêntesis antecedem os 5 livros de conclusões. As 5 partes seguintes chamaremos de “ tratados”. 4
  • 5. Pg.- 39/40 – Livro Segundo- Prólogo Primeiro ( Advertências sobre a ignorância dos médicos livrescos e sobre a convivência da universidade dos conhecimentos médicos) Quanto aos médicos e cirurgiões ...não considerá-los inábeis ou ignorantes só por que andam por caminhos diferentes. Pg.40 – Hipócrates esteve muito mais perto da escola espiritualista do que da medicina natural.Galeno- muito mais de acordo com a medicina caracteriológica e com os presságios do que com a medicina natural.E muitos outros. Pg.41 –Prólogo Segundo- ( Sobre as “formas clínicas”) Vamos nos ocupar com as – Entidades- como origens causadoras de todas as enfermidades – separadas nos 5 grupos clássicos, começando por explicar como em cada uma delas são produzidos todos os males passados, presentes e futuros. Nosso corpo está submetido às 5 Entidades, cada uma delas possuindo em potencial, todas as enfermidades. E devemos considerar que Pg.42 ... elas não são distintas em 5 pestes em seus gêneros, essências, formas ou espécies, mas pelas origens de onde elas provém. Considerar 5 pestes – 5 hidropisias – 5 icterícias – 5 febres – 5 cancros, assim sucessivamente. Pg.43 –Prólogo terceiro –( Natureza das Entidades) A entidade é a causa ou coisa que tem o poder de dirigir o corpo.Quando o corpo for atacado – averiguar qual é e o que é o veneno que o contamina. São cinco as coisas que ferem o corpo e o dispõe à enfermidade. Pg.44 –Prólogo quarto Entidades como diretoras, modeladoras e reguladoras do nosso corpo. No 1º tratado examinaremos a essência e a força que os astros encerram – 1ª -ENTIDADE ASTRAL.- é a que estamos submetidos. A 2ª -ENTIDADE DOS VENENOS – A diferença entre as duas –a 1ª não causa mal e a 2ª será sempre nociva. A 3ª força –A ENTIDADE NATURAL –é aquela que enfraquece e desgasta o nosso organismo Pode coexistir ou não com as outras.( Imunidade, resistência física).Estamos expostos a ela em todas as ocasiões em que há esforço excessivo ou enfraquecimento por compleição diferente. A 4ª - emana do poder dos espíritos –ENTIDADE ESPIRITUAL. A 5ª - ENTIDADE DIVINA –DE DEUS. Nela a razão de todas as enfermidades. Pg.45 –Todos os males provém das 5 entidades ou princípios diferentes e não de uma só entidade. PRÓLOGO QUINTO – Razão da especificidade dos remédios. Pg. 48 / 49 – O autor adota o estilo dos gentios.Renuncia ao estilo profano – compreender a verdade e a perseveração na fé. Pg.51 –LIVRO das entidades- Entidade astral- considerar com a máxima exatidão a essência, a forma e as propriedades dos astros. Em seguida, averiguar os caminhos e o mecanismo pelo qual se produz a atração de tal entidade sobre os nossos corpos. -O homem, ao se constituir, o fez partindo exclusivamente do espírito do sêmen sem a participação dos astros. Pg.52 - ....a natureza humana – caracterizada por uma entidade de propriedade e especificidade – deriva da entidade do sêmen e nada tem a ver com os astros. Estes não ocupam nenhuma parte do corpo e nem lhe infunde temperamentos, calor, natureza ou substância 5
  • 6. Pg.55 –Capítulo III –Sobre a semente e o germe- O firmamento e os astros foram formados de tal modo que nem os homens nem as criaturas animais poderiam viver sem eles, não obstante a incapacidade ( dos astros) que têm para fazer alguma coisa por si mesmos. -A semente necessita do calor do sol para germinar. Calor é o estímulo que provoca digestão. Na matriz, ( o autor se refere à mulher, com este termo matriz) - a digestão não precisa de nenhum astro, gerando, crescendo e desenvolvendo-se em feto sem que nada lhe falte. Pg.56 - ---eu digo que o feto vem a ser como a semente de sua própria substância. Pg.57 – Capítulo IV –Da Supremacia do sangue sobre os astros- -A vida não é possível sem os astros: o frio, o calor e a digestão das coisas que constituem nosso sustento provêm deles. A luz do sol e o seu calor é que mobilizam a formação das frutas, as estações do ano, etc. Pg.58 – Quando o feto é concebido e nasce sob a influência favorável e generosa dos astros, assume uma natureza diferente e absolutamente contrária ao que deveria ser, obedece a alguma razão, que vem do sangue dos seus ascendentes. Duas influências: a astral e a geradora – somente uma possui a potência necessária para atuar como causa determinante.E esta é a 2ª - a entidade do sêmen. Pg.59 –Capítulo V - Razão da diversidade das formas- - Comentamos sobre a habilidade ou aptidão com que são distinguidos os corpos. -Atribui-se aos astros o fato de que “ uns dão certo” enquanto outros não progridem. Isso é errado. A sorte provém do trabalho e da qualidade do espírito. Pg.60 – Sabe-se melhor que a mesma entidade do sêmen foi criada por DEUS de tal maneira que todas as infinitas formas, cores e espécies de homens foram geradas nela e que cada forma não voltará a se repetir até que todos os tipos tenham sido produzidos. (no Juízo Final cada ser humano terá tido todas as experiências que lhe foram necessárias para seu amadurecimento. Nesse instante terá soado a última hora da 1ª grande rotação do 1º ciclo do mundo). Aí terá terminado o período da verdade e começarão as novas semelhanças. Pg.61 – Cap.VI – ( Sobre o Princípio M ) -Admitir que a Entidade Astral é aquela coisa indefinida e invisível que mantém e conserva nossa vida, assim como de todas as coisas no universo dotadas de sentimento e que provém dos astros.Exemplo: fogo e madeira.-o fogo é a vida, que necessita da madeira para existir. O corpo é a madeira e a vida é o fogo.Por assim dizer, a vida “vive” do corpo. O que impede o corpo de se consumir pelo fogo- é o mesmo que emana dos astros ou do firmamento: a entidade astral. -Há um “Princípio” que faz viver o firmamento, que conserva e acalenta o ar e sem o qual se dissolveria a atmosfera e morreriam os astros que chamamos de M . (Para os estudiosos seria a inicial de “MUMIA” – o grande princípio de conservação e perduração do universo.). Pg.63 / 64- Cap. VII –( Sobre a bondade suprema do ar livre ) A universalidade das coisas se sustenta no AR e pelo AR. É o chamado Princípio M. Princípio incorruptível e inalterável, refratário a toda espécie de veneno. Os venenos estão no homem e sòmente passam para o ar extra-substancialmente, da mesma maneira como na comparação com o forno, que cheira mal por que queima mal o seu combustível.Definitivamente, o que M corrompe existe no corpo e sai precisamente dele. ( ex.do forno fechado-mau cheiro- gazes, etc). Pg.65 / 66- Cap.VIII – ( De como a entidade astral serve de veículo para o contágio das doenças )- 6
  • 7. Todos os astros assim como os homens- possuem uma série de propriedades e de naturezas e contém em si mesmos a possibilidade de se tornarem melhores, piores, mais doces, mais ácidos, mais amargos.Quando em equilíbrio não emanam nenhuma espécie, maldade ou prejuízo.Mas quando caem em depravação se transformam imediatamente, dando seqüência às suas propriedades malignas. Entidade astral - envolve a ordem universal, da mesma forma que a casca envolve o ovo.O ar penetra 1º a casca indo até o centro do mundo. Certos astros- venenosos- envenenam o ar pelo contágio- os mesmos males aparecerão e se propagarão até o último lugar que tenha alcançado o ar livre venenoso, ou melhor, o malefício do astro. A natureza da entidade astral se compõe do cheiro, da respiração ou vapor e do suor das estrelas misturado com o ar.Daí origina-se o frio, o calor, a seca e as demais propriedades.deste tipo. Os astros- sua emanação pode contaminar o princípio M e em seguida, por seu intermédio, nos alcançar e nos afligir. -Temperamento do homem- segundo seu sangue natural- se for oposto ao hálito astral, temos a doença.Se coincidirem, nada acontecerá. Pg.67 – Cap.I X - ( Sobre a influência astral dos venenos) Todo o capítulo diz que precisamos ter um perfeito conhecimento das origens ou a origem, já que só um pode ser a causa do mal.A partir daí será fácil conhecer todas as causas.A observação diária e a prática serão de grande valia. Pg.69- Cap.X – (Sôbre a contaminaçâo das águas pelo arsênico dos astros ) Através das emanações o princípio M se impregna de sal, de arsênico, de mercúrio ou de enxofre e com eles os nossos organismos se tornam enfermos ou sadios, salvo em casos em que as emanações ou o poder de penetração astral se perdem,. como acontece algumas vezes quando os astros se encontram a longa distância da Terra. - Quando a exaltação das estrelas alcança o centro da terra ou da água, a terra ou a água ficam contaminadas pelo poder do arsênico.. –Grandes quantidades de peixes aparecem mortos.Debilitam os homens e os peixes, envenenam os frutos do campo e todos os seres vivos da terra. Pg.71 / 72 –SEGUNDO LIVRO PAGÃO- SOBRE AS ENTIDADES MÓRBIDAS- ( Tratado da entidade do veneno)- ( A afinidade dos venenos com suas entidades correspondentes) -Quando a vida que existe em todo o nosso ser se corrompe pela influência do veneno emanado dos astros, a maior debilidade aparece nas pernas- aí se acumula a maior quantidade de veneno. Todas as outras entidades astrais possuem, por sua vez, o seu próprio veneno. Umas visitam o sangue, como o realgar ( espuma da fermentação), outras os ossos e as articulações como as derivadas de sal; outras somente a cabeça como o mercúrio, que geram tumores e hidropisias, como as antipigmentadas e outras ainda que geram a febre, como os amargos. -MERCÚRIO- A CABEÇA - que geram tumores e hidropisia; cefaléias e estomatites; outras geram a febre, como os amargos. O SAL – OSSOS – pela conjunção telúrica ou afinidade geológica. A icterícia- doença anti- pigmentada- encaixa na cirrose. A febre – vem acompanhada de mau gosto na boca, língua suja e o gosto amargo. Quando algumas dessas coisas penetram profundamente, afetando até mesmo o liquor vital –temos as doenças clínicas. As que provocam feridas põem em atividade as potências expulsivas ( supuração).Toda a teoria encontra-se universalmente nestas duas coisas. Fora isso- saber a que estrela corresponde cada veneno.Venenos que geram a hidropisia- são quíntuplos reunidos em um só gênero, mas diferenciando-se em cinco naturezas distintas.Uma delas provem dos astros, as outras 4 das entidades; todas, no entanto, provocando uma só hidropisia.Isto se repete da mesma maneira para os cinco enxofres e para todas as outras coisas dentro desta mesma ordem. 7
  • 8. Saber a entidade à qual corresponde uma hidropisia determinada ou os melhores remédios para sua cura- assunto a ser tratado no livro da terapêutica geral das enfermidades. Curar doenças astrais enquanto aquele astro está dominante no céu é inútil- poder astral é sempre dominante ao do profissional. Observar o tempo do tratamento e da cura. Pg.73 /74.- Sobre as entidades mórbidas- Cap.I –( Como e quando os alimentos devem ser considerados venenosos) Pg.74-final do capítulo: - Só quando uma coisa é tomada do exterior ( alimentos, frutas, etc.) –como alimentos adquire a propriedade do veneno, que antes era em si e para si mesmo uma coisa natural. Pg.75 –Cap.II – ( De onde vem a perfeição das coisas da natureza ) - Baseado no fato da perfeição de todas as coisas da natureza, enquanto manifestas da obra de DEUS. E em sua imperfeição enquanto saem para se misturar com as outras coisas. Pg.77 / 78 -Cap. III – Sobre a sabedoria divina dos médicos alquimistas )- O Alquimista- deve ser tão hábil que possa discernir perfeitamente o veneno contido nas coisas estranhas do alimento adequado para a corpo humano. Pg. 78- O ser humano necessita do alimento e da bebida para conservação do seu corpo terreno- Significa que é obrigado a absorver veneno, doenças e a própria morte. O livre arbítrio- certas coisas se tornam veneno para umas e não para outras.A responsabilidade é do ser humano ( na escolha dos alimentos e bebidas ). Pg.79—Cap.IV –( Onde se descobre que um alimento e um veneno podem ser a mesma coisa) A ordem na natureza: uma coisa realiza a conservação da outra. Exemplo:a erva alimenta a vaca, que alimenta o homem...Uma coisa pode ser o bem ou o mal para outra que a consome...Esta tem a arte ou eficácia capaz de separar o veneno do que não é, e que o equilíbrio entre a saúde do corpo e a necessidade dos alimentos se mantenha mutuamente. Cada animal tem preestabelecido um alimento especial e um alquimista que o prepara. Nenhum alquimista é capaz de fazer o que o outro faz- cada um tem a habilidade de separar e selecionar os alimentos para o seu animal ou o seu ser humano.Isto é superior a tudo que se possa imaginar. Pg.81- Cap.V –( Plano de estudo para a entidade dos venenos) – São 5 entidades de veneno- O homem deve aprender a teme-los e a se prevenir contra eles. Se não o fizer, ficará sempre em contínuo estado de contaminação. 1º- determinar a razão pela qual o veneno nos é prejudicial; 2º- levar em conta o alquimista que existe em nós para separar o bom do ruim em nossos alimentos, evitando assim qualquer prejuízo.- averiguar sua razão de ser e seu modo de existir; 3º- investigar por que todas as doenças humanas provêm igualmente da entidade do veneno e das outras entidades; 4º- suprimiremos desta dissertação tudo aquilo que possa procurar a saúde, o benefício ou a comodidade. Pg.82 – Cap.VI – ( Alegação contra os que se especializam precocemente)_ SEMPRE LEVAR EM CONSIDERAÇÃO QUE EXISTEM 5 ENTIDADES na avaliação ( diagnóstico) de um ser humano.Existem 5 espécies de movimentos ou cursos contra uma só espécie de homens.Não omitir um só movimento. ( o autor previne contra os entistas- entendidos em apenas uma entidade.Seriam os especialistas de hoje). – O entista quiromântico- baseia seus princípios.e suas teses no estudo do espírito;o fisiomântico, segundo a natureza do homem;o teólogo, segundo o impulso de Deus e o astrônomo pelas emanações dos astros. Sozinhos não conseguem bons resultados. Só conseguem reunidos num só. Pg.84 – Cap.VII –( Sobre a natureza e função do alquimista ) O alquimista, no interior de cada criatura é dotado de suas artes químicas que separa os venenos das substâncias não venenosas que formam a sua matéria. Separa o bom 8
  • 9. do mal colorindo-os, para serem melhor identificados.Tinge o corpo dotado de vida, ordenando, dispondo e submetendo tudo à natureza, inclusive o que tinge e transforma em sangue e carne. O alquimista mora no ventrículo- ( refere-se ao epigastro e ao estômago )-aí atua discretamente e faz os seus cozimentos. Ex.-come carne:uma parte é nutritiva , outra é venenosa.O perigo está no momento de comê-la - ambas parecem boas. Porém, atrás da parte boa se esconde o veneno, enquanto atrás da má nunca existe nada de bom.O alquimista, antes que a carne passe para o ventre, avança sobre ela e faz a separação.O que não serve pra a saúde do corpo ele deposita em lugares especiais esperando o momento de devolve-lo ao exterior.Enquanto isto, a parte boa fica guardada, justamente onde convém, de acordo com o ordenado pelo Criador. A virtude e o poder do alquimista se encontram dentro do homem. Paracelso- vários ventrículos-boca-1ªdigestão; esôfago, depois o grande ventrículo no estômago e finalmente um ventrículo em cada órgão com sua própria DIGESTÃO PARTICULAR.Um poder interno que separa o bom do ruim. Pg.86 – Cap.VIII – ( Mecanismo da produção das doenças devidas aos venenos) Alquimista fraco-não consegue exercer seu papel.Ocorre putrefação. Digestão alterada- putrefação- combustão moderada. Mãe de todas as enfermidades. Cores - cada veneno tem uma cor- isso faculta sua identificação. Pg.88 - Cap.IX – ( Sobre os métodos pelos quais a putrefação pode se manifestar). Corrupção ocorre por 2 vias: a local e a dos emunctórios. Local – se produz no estômago por digestão perturbada. Quando o alquimista vence a putrefação- vai para a eliminação: O enxofre branco- pelas narinas; o arsênico- pelos ouvidos; os excrementos - pelo intestino seco; A eliminação retardada ou retida pela debilidade natural dos emunctórios ou pela potência putrescente do veneno: podem se desenvolver todas as doenças que dependem do mesmo.Este é o 2º mecanismo de corrupção dos emunctórios Pg.89 – Cap.X – ( Sobre as condições da saúde) Para o homem conservar a sua saúde: 1º ter um alquimista hábil ( separar o bom do ruim);2º-esta obra deve ser realizada em instrumentos, reservatórios e emunctórios cômodos e eficientes, além de contar com o favor dos astros e com a benevolência das outras 4 entidades. Mesmo assim, ainda podem ocorrer acidentes que furam, mancham, apodreçam ou obstruam os instrumentos ( órgãos), emunctórios e os citados reservatórios. O fogo, a água e o ar são tão necessários em suas diversas combinações como prejudiciais em estado de pureza..O mesmo acontece com todos os acidentes externos de grande potência que possam romper ou alterar os instrumentos e emunctórios, tornando-os inaptos para as funções a que estão destinados. A presença desses elementos pode colocar fora de uso os delicados meios do alquimista, provocando a sua doença ou a sua morte. Pg.90 – Cap. XI – ( Sobre a essência do grande veneno da digestão) Boca- pode ser a porta de entrada para a corrupção por meio do ar, dos alimentos, das bebidas ou de outras coisas semelhantes. No ar- grande.quantidade de venenos aos quais estamos permanentemente expostos. Quanto aos alimentos e bebidas - a importância. da qualidade e quantidade. Pois nem sempre o organismo.está em condições de elaborá-los - podem causar lesões, perturbando o alquimista e suas funções.O resultado disso - a corrupção e a putrefação da digestão. Quando ocorre a corrupção- o ventrículo e todos os órgãos aparecem revestidos de veneno, que adquire neste momento a qualidade de “mãe” das doenças deste corpo.Um alimento alterado contamina todos os outros órgãos e suas funções. Pg.92 – Cap. XII – ( Resumo da doutrina fisiopatológica da digestão) 9
  • 10. Tudo o que sai do corpo: pelos poros da pele, sai o mercúrio; pelas narinas sai o enxofre branco; pelas orelhas sai o arsênico; pela urina sai o sal e o enxofre sai pelo ânus em estado de decomposição. Pg.94 / 95 –Cap.XIII – ( Conclusão sobre a entidade dos venenos) Em todos os alimentos, água e ar absorvemos o bom e o ruim, que é o veneno.O corpo tem sua maneira de expulsar o veneno. Somente aquele que é alquimista entre os homens pode executar o que o alquimista da natureza realiza em nossos corpos. O muco produzido pelas narinas é um veneno dos mais malignos, do qual nascem todas as doenças catarrais. Veneno- provém da perturbação digestiva.E ele é gerado sempre no mesmo lugar de onde, passado algum tempo, aparecem as doenças ou a própria morte. Referência ao Livro das Origens das doenças. Pg.96 / 97- Terceiro livro Pagão-Sobre as Entidades Mórbidas- ( Conceito da Natureza do Homem) Entidade Natural- Da mesma forma como os elementos celestes, o homem também tem uma constelação e um firmamento. Esta doutrina – macrocosmo e microcosmo. Conclui-se que existem duas classes de seres: uma, o céu e a terra ( macrocosmo) e outra, o homem ( microcosmo). Pg.98 / 99 – Cap.II – ( Esquema do homem natural) ...direi que os órgãos são os alimentos do corpo, cujo desenvolvimento.segue as mesmas leis que regem também o crescimento dos frutos da terra. Os alimentos que o corpo produz também chegam aos membros, que por sua vez são produtos do homem. Os membros do homem não precisam de nenhum alimento estranho e é o próprio corpo quem os transforma pela própria elaboração. Observem que o corpo se nutre exclusivamente através desses 4 membros e que todo o resto são planetas que não precisam se alimentar, da mesma maneira que o resto do firmamento.O corpo do homem é, desta forma, duplo:planetário e terrestre.Compõe-se dessas duas criaturas: o conjunto das coisas nutritivas e o conjunto das coisas que precisam de alimento. Pg 100 – Cap.III – ( Sobre o elemento proliferador) O corpo, semelhante em tudo à terra, fornece alimento aos seus 4 membros, que não precisam de mais nada, já que seus 4 espíritos se fortificam e se nutrem do próprio corpo. O homem não tem outro remédio senão aceitar o alimento exterior destinado ao corpo, da mesma forma como o húmus está para a terra. O húmus ‘esquenta e engorda” misteriosamente a terra, assim o alimento faz com o corpo, ainda que sem exercer influência alguma sobre as coisas que existem nele. Colocamos o homem no firmamento do seu corpo, na sua própria terra e em todos os elementos. Pg.102 – Cap.IV –( Sobre a influência específica dos planetas) – Estudo do firmamento- seus 2 princípios—a criação e o destino. Tanto Júpiter como o fígado não precisam de adubo para prover a sustentação do seu corpo - receberam provisões suficientes desde a sua criação. Corpo- nenhum dos seus 7 membros precisa da menor quantidade de adubo. Entender: a Lua é o cérebro, o Sol o coração, Saturno o baço, Mercúrio os pulmões, Vênus os rins, etc De maneira semelhante, entendam o curso dos firmamentos inferiores. Para diagnosticar uma doença- saber, antes de tudo, o curso ou movimento natural que está acontecendo no corpo. Pg.104 / 105 –Cap.V –( Doutrina da predestinação)- Ao nascer uma criança: nasce com ele seu firmamento e seus 7 membros, que bastam-se a si mesmos. Seu firmamento já trás sua predestinação – seu tempo. A característica desta criação é justamente pressentir até que ponto e durante quantos anos deve 10
  • 11. a entidade natural organizar o curso da vida.Assim ordena tudo e adapta os movimentos dos astros de modo que todas as suas influências se cumpram no tempo que vai desde a criação até a predestinação.Tanto faz viver 10 horas ou 100 anos – a diferença é só de longevidade e dimensão do seu desenvolvimento. A predestinação é a que se quebra ou se perturba por outras entidades. Pg.106 / 107 –Cap.VI- ( Ainda sobre a predestinação)- Ultimo parágrafo: Somente o espírito e os planetas determinam os movimentos pelos quais se cresce ou se decresce. Planeta é “entidade durável” O homem é “entidade breve”. Pg.108 / 109 –Cap.VII- ( Correlação dos planetas com as partes da entidade natural) - O coração é o sol do corpo; a lua é o cérebro. Correspondem à esfera espiritual e não à substância, o que explica o grande numero de acidentes que afligem o cérebro. O baço realiza seu movimento semelhante a Saturno e cumpre seu curso tantas vezes como o planeta vai da sua criação à sua predestinação. A bílis- corresponde a Marte, ainda que não seja de uma maneira absolutamente substancial. Todo o firmamento tem seu próprio modo e a sua própria substância em perfeita relação com o sujeito corporal ao qual se acha destinado. A bílis é tão independente em sua substância como Marte em seu espírito.A natureza e a exaltação de Vênus se encontram nos rins, no grau e predestinação correspondentes ao planeta ou às entranhas. Vênus - responsável pelos frutos que a terra deve gerar; os rins se concentram no fruto humano ( referência aos órgãos sexuais) – Vênus nunca chegará a consumir o corpo. Quando Vênus recebe da Grande Entidade a potência da concepção, os rins tiram a sua força do sentimento e da vontade do homem. Mercúrio é o planeta relativo aos pulmões. Todos dois são muito poderosos em seus respectivos firmamentos, mas conservam entre si uma grande independência. Júpiter corresponde ao fígado com grande semelhança. Nada subsiste no corpo quando falta o fígado, assim como nenhuma tempestade pode se desencadear na presença de Júpiter. Ambos são animados pelo mesmo movimento, produzindo igual efeito e existindo cada um em seu firmamento próprio, com pleno domínio e entidade. Pg.110 / 111 –Cap.VIII –( Sobre a circulação dos espíritos corporais) O movimento.dos espíritos dos astros corporais vai desde a sua origem ou princípio dos membros até a extremidade de tais membros, voltando logo à sua origem, como um reflexo ao centro de onde partiu.Exemplo: o coração envia o seu espírito para todo o corpo, exatamente como faz o sol sobre a terra e os outros astros.Tal espírito (do coração) serve para o sustento do corpo, mas não para o dos outros sete membros.Vai do cérebro ao coração e deste para o seu centro através do espírito, sem passar outros limites.O fígado circula seu espírito no sangue sem mistura-lo em nenhuma parte.O baço dirige sua corrente pelos flancos e pelos intestinos.Os rins abrem caminho através do lombo, das vias urinárias e partes vizinhas.A via dos pulmões se faz no perímetro do peito e da garganta. E a bílis faz seu movimento desde o ventrículo até os intestinos. Cada um tem seu destino perfeitamente determinado. Pode-se então imaginar se um deles se extraviar e entrar num caminho errado.- transtornos. Existem 7 vidas, mas nenhuma delas pode se identificar exclusivamente com aquela na qual reside a alma ou a mente que é a autêntica e verdadeira. Os outros membros tomam a vida dessas 7 espécies de vidas, as quais por sua vez a tomam de seu planeta correspondente, no movimento que lhe foi dado. Pg.112 /113 – Cap. IX – ( Sobre a disposição dos quatro elementos) Cada membro assegura a sua nutrição e conservação por meio de sete vidas sob a proteção de um planeta particular em cada caso. Todos os elementos do corpo estão contidos na entidade natural: assim certas doenças nascem das estrelas, outras vêm das qualidades - estas se originam nos humores, aquelas são o resultado das compleições ou temperamentos, etc... Examinando a natureza dos elementos do corpo: O fogo nasce no sétimo movimento, já que o movimento expulsa dos elementos o calor. O fogo dos elementos é invisível no corpo e só se revela através das feridas ou 11
  • 12. contusões. Em tais casos as labaredas saem pelas lesões, especialmente quando se encontram perto dos olhos, pois sabe-se que ali as chamas se dissimulam com muita dificuldade. O fogo está escondido no corpo-o mesmo com o do mundo em geral. A água – inunda o corpo inteiro: veias, partes nervosas, ossos, carne e membros.Os membros, principalmente, estão rodeados e submersos, exatamente como as árvores na terra. Quanto ao ar- sua presença no corpo obedece aos ventos que criam o movimento contínuo dos membros. Existem em nº de quatro. Finalmente, a terra é aquilo para que foram criados os alimentos . Os 4 elementos no homem –mesmo papel que fazem no mundo. Pg.114 / 115 – Cap. X – ( Estudo das quatro compleições ) Compleição: Colérica – Sanguínea- Melancólica – Fleumática. A cólera tira seu princípio da amargura que é sempre seca e quente como o fogo; A acidez- produz melancolia- fria e seca como a terra; A calma provém da doçura - como a água, é fria e úmida. O sangue provém do sal- pode-se dizer que é quente e úmido. No homem- Caráter salgado – será sanguíneo; Caráter colérico- será amargura ; Caráter Melancólico – acidez; -Caráter calmo – Doçura. Todas são presentes, porém, no ser humano sempre há a predominância de uma delas. Pg.116 / 117 –Cap.-XI –( Sobre o humor e as cores do corpo) Nada do que convém à essência do homem pode ser considerado fixo ou definitivo.Nem sempre o sanguíneo será alegre ou o melancólico triste..Por isso não são propriedades naturais, mas sim do espírito. Espíritos capazes de gerar tais propriedades – provém de certos seres incorpóreos que se encontram no corpo. Prestar atenção no humor-ele é o verdadeiro licor da vida do corpo. Existe um certo humor que aquece e sustenta o corpo, sendo também a vida dos membros- é por si mesmo uma verdadeira entidade, geradora dos metais da terra, da bondade ou da malícia dos homens. O homem pode ter mil virtudes e outro tanto de malícia. Isso não vem dos astros, nem das estrelas do firmamento, mas nasce precisamente do humor. O humor é a mina do bem na natureza.No homem os vícios são o resultado dos maus metais que a natureza gera nele, sendo que as virtudes não são valorizadas nem correspondentes aos costumes ou ao natural dos homens, mas às suas cores e compleições.Boas cores- boas minas e bons metais.O contrário acontece com os que são mal coloridos. Mas, nem sempre o rosado é sanguíneo, nem os esverdeados ou amarelos devam ser coléricos. Julgar assim: quem é rosado está sob a influência do sol, já que esta cor nobre corresponde à rosa e ao ouro.E da mesma forma para as outras cores. Muitas doenças estão submetidas ao seu influxo( do humor) de uma maneira muito superior a de qualquer outra coisa. Pg.118- Apêndice – ( Semiologia geral da entidade natural) -Existem 4 movimentos no corpo: o firmamento, os elementos, as compleições e os humores.Deles originam todas as doenças que são distribuídas em 4 gêneros: -das estrelas—enfermidades crônicas; -dos elementos – afecções agudas; -das compleições – doenças naturais; -dos humores – erupções e as manchas. Pg. 119 / 120 – Quarto livro pagão- Sobre as entidades Mórbidas (Conceito sobre a entidade espiritual) A entidade espiritual é uma potência perfeita cujo fim consiste em maltratar o corpo inteiro com todas as espécies de doenças.(“ o autor sabe que vai gerar polêmicas com esta afirmação”).Eliminar o estilo teológico. 12
  • 13. O espírito é aquilo que geramos em nossas sensações e meditações, sem matéria dentro do corpo vivo, sendo também diferente da alma que nasce em nós no momento de morrer. Pg.121 – Cap.II – ( Anatomia dos espíritos) Espírito é o que provoca as doenças sem nenhum empecilho, em grau e forma semelhantes, como agem as entidades. Duas classes de “terrenos” capazes de abrigar as doenças e de conservar nelas marcas profundas e duradouras.Um desses terrenos é a matéria, ou melhor, o corpo.O outro, imaterial, é o espírito do corpo, de natureza invisível e impalpável. O espírito pode sofrer, tolerar e suportar por si mesmo as mesmas doenças que o corpo.Esta é a razão pela qual foi denominado entidade espiritual. As 3 entidades que estudamos até agora-astral, natural e a dos venenos- pertencem fundamentalmente ao corpo.Ao espírito correspondem as outras duas restantes: a do espírito, que estudaremos agora e a de Deus, que trataremos em seguida. Pg,- 123 a 125 – Cap.- III – ( Fisiologia dos espíritos) Espíritos gêmeos- mantêm-se unidos pelo amor ou pelo ódio.Os espíritos são gerados pela vontade.Os que vivem de acordo com a sua vontade vivem no espírito.Os que vivem de acordo com a razão, o fazem contra o espírito. Pg. 126 – Cap,- IV – ( Sobre a aparição dos espíritos no corpo e a maneira pela qual se manifestam) O espírito só se manifesta no homem adulto, não na criança. ...todos que viverem na vontade viverão um espírito que poderá registrar ( examinar) todas as doenças que atormentem o corpo onde ele mora.Levar ainda em consideração que existem 2 mundos substanciais: um para os corpos e outro para os espíritos, apesar de se encontrarem unidos na vida. O mundo dos espíritos - também lá existem discórdias e toda uma série de sentimentos semelhantes que atuam e se manifestam sem o consentimento ou conhecimento do corpo. Lá também há o livre arbítrio. Quando os espíritos se ferem mutuamente, nada acontece com eles. Mas quando brigam entre si, os corpos ficam afetados, ainda que não possam traduzir ( perceber) a injúria íntima que seus espíritos sofreram. Pg.128 – Cap.-V – ( Sobre os meios empregados pelos espíritos para influenciar) Espíritos podem infringir enfermidades nos corpos por 2 caminhos ou mecanismos diferentes: 1) – quando 2 espíritos lutam e se ferem reciprocamente sem a vontade ou o conhecimento dos homens, estimulados por sua inimizade mútua ou pela influencia de outras doenças. 2) –Pelos pensamentos e meditações – a pessoa deseja o mal para outra, por vontade fixa, firme e intensa – é a “mãe” geradora do espírito. -Pensamento produz a palavra – mãe do discurso. Mudando os sentimentos e pensamentos – corta esta linha – vontade plena e perfeita. Pg. 129 – Cap.VI – ( Sobe a ação da “ má vontade”.) -Vontade para o mal de outra pessoa –impele o espírito à luta contra a outra pessoa; espírito perverso – deixa no corpo uma marca de pena ou sofrimento, de natureza espiritual em sua origem, ainda que seja corporal em alguma de suas manifestações. -Toda uma série de padecimentos do corpo pode começar desta maneira, desenvolvendo-se em seguida conforme a substância espiritual. Pg.130 – Cap. VII – ( Sobre os poderes da nigromancia)- Nigromancia-= pode criar figuras e imagens inexistentes, ainda que dotadas de todos os atributos da realidade. Mas, a pessoa visada só vai sofrer a consequência do que o outro lhe envia, se ele( espírito) já tenha causado algum dano a um outro espírito. Neste caso- a medicação deve ser do espírito. Pg.132 /133 – Cap.- VIII – ( Teoria do malefício) A ação da vontade e a sua enorme força tem grande importância para a medicina. 13
  • 14. -Pessoa impregnada de ódio- atua em 1º lugar sobre seu próprio corpo.Atrai para si todo o mal desejado aos outros. Referência – maiores informações sobre o assunto no “Livro dos Espíritos e da Geração dos Espíritos” Pg.134 - Cap.IX – ( Como agir sobre os espíritos culpados) – A pessoa fica ligada ao que sua vontade projetou. Se deseja o mal para outra, fica ligada a esta outra pessoa, até que estes fios sejam modificados pela boa vontade. Ocorre no mundo dos espíritos o mesmo que aqui. Fala sobre a força que reside na vontade. Pg.135 - .Cap. X –( Como os espíritos atuam nos sonhos) A entidade espiritual é capaz de manifestar sua força.Esta força pode ser usada para o bem ou para o mal. Os sonhos de dois homens de vontade forte podem se complementar se for possível coloca-los em contato, enquanto dormem, seja pela imposição das mãos de um médium ou através da palavra. Neste caso, não é sonho. Dois homens só podem se matar pela ação e não pela fé ou crença. Pg.137 – Quinto livro não pagão sobre as entidades mórbidas- Tratado da Entidade de Deus- Cap. I –(A razão deste capítulo) O autor passou a escrever sob a égide da religião para não ser tachado de pagão (época das bruxas...) Apesar das doenças nascerem da natureza, de acordo com as quatro entidades já citadas, será bom procurar a cura também pela fé, pois certamente o Criador é o fundamento integral e verdadeiro de todas as coisas. (Os livros de prática- estilo pagão-é para todos os povos. Pg.139 – Cap.II – (Teoria do castigo divino como causa das doenças) As enfermidades – têm suas causas na natureza e outras representam um castigo pelas suas faltas e pecados. Ser humano – com a doença – reconhecer sua pequenez - sua impotência – A limitação –Percebe-se a ignorância e a nossa fraqueza. Pg. 141 – Cap. III- ( Onde se adverte sobre a condição diante dos designios divinos) -Toda doença é um purgatório. Cura, somente quando a hora da redenção está próxima.É quando o Criador confia o doente ao médico. Pg.142 – Cap.IV – ( Sobre o poder da fé) Nada a ser registrado Pg. – 145 –Cap.V –( Meios que a Divindade pode usar para o tratamento das enfermidades) A fé sempre vai auxiliar a cura da doença. ( último parágrafo) - O Criador enviará a cura imediatamente da melhor maneira, .seja por intermédio de um santo, como milagre, por um médico ou por qualquer outro processo. Pg. 147 – Cap.VI –(Como o Criador protege seus fiéis com a saúde) ( Texto baseado na crença católica, toda ela errada)- Pg –149 –Cap –VII – ( Universalidade da ordem divina) Ultimo parágrafo – A arte do médico assim como a dosagem dos remédios, a prática e o princípio, emanam do Criador, que envia o médico ao enfermo e vice-versa. Pg – 151 /152 – Cap.VIII – ( Do modo como o Criador exerce seu poder através dos médicos) – Nada a anotar ( é uma longa divagação do autor ) Pg –153/154 –Cap.-Conclusão do parêntese sobre as 5 entidades- A arte e a fantasia –A arte, seja pela reunião da sabedoria, da razão e da inteligência, atua pela verdade e se baseia na experiência. -Fantasia – falta base àqueles que lidam com a fantasia - é uma forma de ambição-a fama e a popularidade à custa de afirmações insólitas. 14
  • 15. Convém: o homem verdadeiramente sábio ter a melhor instrução e a maior habilidade em sua arte. Pg.155 –O Livro dos Paradoxos – Autores importantes explicam que os 5 Livros de Prática, anunciados por Paracelso se perderam.Os próximos 5 capítulos trazem o que restou , o que ainda se tem. Pg.159 – Livro I –Causas e Origens das Três Primeiras Substâncias Cap.- I –( Onde se explica o princípio do fogo e da metodologia médica) -O homem-composto de 3 substâncias enquanto entidade física- homem possui todo o bem e todo o mal. A saúde ou a doença em suas 3 divisões ( mínimo, médio e total), assim como seu peso e quantidade. Pg.160 –Das 3 substâncias, vêm todas as coisas, origens e conhecimentos das doenças assim como sinais e propriedades de tudo aquilo que o médico deve saber. -O fogo- o médico e a medicina foram criados do fogo e no fogo.O médico existe em função da medicina.Por isso ele deve se submeter ao exame da natureza, do mundo e de todas as coisas que ela contém. Pg. 161- As causas da saúde e da doença devem ser claras, visíveis. Pg. 162 - A sabedoria se divide em 2 classes.Uma que vem da experiência e a outra do nosso trabalho.Por sua vez, a sabedoria e experiência são duplas: de um lado está a verdadeira base da medicina e do outro encontramos o erro misturado com a sedução. No 1º grupo – todas as verdades que o fogo proporciona quando por meio de sua arte realiza a transmutação, fixação, exaltação, redução, transposição e outras operações conexas.Nesta experiência as 3 substâncias da natureza chegam a aparecer , seja qual for a natureza, propriedade ou composição com que apareceram contidas nas coisas de todo o universo do mundo. No 2º grupo- todas as coisas que se descobrem fortuitamente, sem nenhuma experiência anterior. Pg.163 – Para uma base correta – partir das coisas visíveis e palpáveis. Pg.164 – A medicina deve ser construída diante dos olhos e não da fé, exceto quando se trata de doenças da alma e da salvação eterna. Pg.165 – Cap.II –( Sobre as três primeiras substâncias) Enxofre – Mercúrio – Sal – existentes em todo corpo na Criação. Pg.166 – Um pedaço de madeira que se queima.Acontece: o que arde-é o enxofre; o que faz fumaça é o mercúrio; e o que se transforma em cinzas é o sal. Pg.167 – A cinza é a substância a partir da matéria que compõe a madeira – SAL. Onde existe a fumaça está a 2ª substância, volatizada e sublimada pelo fogo – MERCÚRIO; e tudo que arde aparecendo em explêndidas brasas é o ENXOFRE. Nestas três substâncias é que encontramos a razão das doenças e não nos 4 elementos ou qualidades. Pg.168 – Ao considerar as propriedades e a natureza dos 3 princípios – a natureza onde se encontra o mercúrio, o enxofre e o sal, sendo ela boa ou má, cura ou faz adoecer.E toda a substância por assim dizer, cada uma delas possui sua natureza característica. Ao se misturarem no mesmo corpo – manifestam-se sob uma só forma. Para falar das naturezas é preciso conhecer a 1ª matéria que receberá o nome de FIAT. A 1ª MATÉRIA RESULTA DA COAGULAÇÃO DAS 3 SUBSTÂNCIAS E DOS 4 ELEMENTOS NO LIMBO ( ELEMENTO DA ALQUIMIA). Pg. 169 –As doenças nascem da perturbação das 3 substâncias e não dos 4 elementos, pois nem a sua natureza e nem sua força têm relação com a medicina.Isso por que os humores não são mais que verdadeiras matrizes. Pg.170 – Repetimos:todo o corpo que conserva unidas suas 3 substâncias se encontra em boa saúde.Pelo contrário, quando elas se dissolvem ou desagregam, acontecerá que uma apodrecerá, outra se inflamará e a ultima se dissipará de um modo ou de outro, aparecendo assim verdadeiras enfermidades. Corpo unido: isento de doenças. É na 15
  • 16. separação que podemos conhecer todas as coisas, pois somente deste modo saberemos o que se separou, remediando justamente o princípio da dissolução. Saibam então que todas as doenças devem ser referidas ao homem, motivo pelo qual devemos lhe atribuir os três elementos, as 3 substâncias, os 4 astros, as quatro terras, as quatro águas, os quatro fogos, os quatro ares e todas as condições, costumes, propriedades e naturezas, sem o que nenhuma doença poderá existir.( As doenças nascem dos 4 humores). Pg.172/ 177 – Cap.- III – ( Sobre o modo de ação das três primeiras substâncias, o sujeito intermediário e sobre a alquimia ) As doenças devem ser conhecidas 2º a natureza viril – o enxofre, o mercúrio e o sal- são 3 humores – entendendo que humor quer dizer corpo. Corpo – é o que o médico deve tratar. O que gera a doença é a entidade substancial- que deve ser masculina, viril na totalidade do limbo astral. Isto elimina a influencia dos humores – ( não possuem nada que tenha a ver com os astros). O enxofre- enquanto substancia não causa nenhum dano, a menos que seja de natureza astral ou seja, que uma faísca de fogo se una a ele.Há muitos enxofres : a resina, a goma, a terebentina, a gordura, a manteiga, o azeite, a aguardente...Alguns vêm da madeira, outros dos animais, outros do homem e alguns, finalmente, dos metais, como o azeite do ouro, da prata, do ferro ou das pedras como o licor do mármore, do alabastro, etc.Também se produz em algumas sementes, como também em muitas outras designadas por seus nomes particulares. Quando o fogo cai sobre qualquer uma dessas coisas, único astro verdadeiro como seu nome indica, se realiza a 1ª parte de uma operação que chamaremos de matéria pecante. Quanto ao sal – ele existe como humor material, mas que não conduz à doença, nem se une ao astro, sendo o seu astro a decisão que o torna viril.Pois o sal, como o espírito do vitríolo, do alumínio, do tártaro e do nitro, se manifesta desordenadamente ao ser dissolvido. Pg.174- Existem muitos sais: como a cal e as cinzas.Assim como existem os arsênicos, os de antimônio, a marcasita e outras que provocam e geram doenças especiais que imediatamente tomam nomes e naturezas próprias. Quanto ao mercúrio- natureza não viril por si mesmo – precisa da influência do sol para sublimar-se, deixando diversas combinações mas conservando sempre a sua essência em um só corpo. Aí está a diferença dele para o sal e o enxofre- estes últimos podem se manifestar sob múltiplas formas e o mercúrio é sempre único, dependendo sua natureza e as diversas doenças que provoca, das distintas variações do astro. É o que confere um caráter masculino. As doenças - atribuir ao enxofre tudo o que é sulfuroso e capaz de queimar por si mesmo, ao mercúrio o que suporte a sublimação e ao sal tudo o que possa se reduzir novamente em sal. O homem- colocado entre estas 3 substâncias e um corpo intermediário que é o “corpo vivo”, ´entidade vivente”, “ sopro vital” ou “anima”, razão da existência dos médicos e das doenças., sendo primeira matéria tudo o que está antes desta vida e última matéria tudo o que está depois. Chamaremos de sujeito do corpo intermediário o que está constituído pelas três substâncias, a saber: a vida em separado, a essência e a natureza, à qual nada podemos acrescentar ou subtrair. O “ sujeito” pode ser ferido ou rompido de 3 maneiras: a 1ª acontece por si mesma ( a vida o destrói).Quando as 3 coisas não querem continuar unidas entre si, a vida termina e o corpo se desintegra.A 2ª - pela dissolução violenta que se produz no nascimento, durante a educação ou em qualquer momento pelo arbítrio da nossa vontade – induzimos e excitamos os astros contra nós.A 3ª vem de forma expontânea, ainda que o corpo permaneça unido e sem se dissolver, sem que possamos atribui-la a 16
  • 17. nenhuma força exterior, representando simplesmente o fim.É o fim natural de todas as coisas. Pg.177-final do capítulo : a alquimia ensina a distinguir o falso do verdadeiro.Com ela possuirão a luz da natureza e poderão provar todas as coisas claramente, dissertando sobre elas de acordo com a lógica e não pela fantasia. Pg.178 – ( Sobre as compleições e os “ arcanos”) – As compleições são produtos que a vida concede com toda a liberalidade.Elas, nada têm a ver com as três substâncias. Compleições: sanguínea – colérica – fleumática – melancólica. A compleição é algo duplo e simultâneo: quente e seco ou quente e úmido ou bem frio e seco, ou frio e úmido, que sae, converge até a natureza elementar, sobre a qual nos absteremos de falar.As doenças: sua constituição só permite que sejam de uma única maneira:quentes, frias, secas ou úmidas.Os sintomas não são a própria doença.A essência da medicação ( sua virtude) também nada tem a ver com a compleição. Todas as virtudes das coisas são verdadeiros “arcanos” enquanto curam as doenças que lhes correspondem, sem nenhuma intervenção das compleições. Tudo o que vem com a natureza, com ela se vai. Quando a água apaga o fogo, o responsável por isso é o frio, não a umidade.E quando o fogo esquenta, a causa é algo de semelhança perdurável e não os acidentes transitórios da matéria (como a cor) que não acrescentam nem tiram nada. Assim, a doença, como uma espada incandescente, está incidindo sobre a compleição. Pg.181- (continuação do capítulo) – Quando o enxofre do corpo se inflama e explode- a medicação não será outra senão apagar a citada combustão.Apagar o fogo invisível. Apagar é uma boa finalidade.Esfriar, ao contrário,é envenenar, chamar e provocar outras doenças. Quando a testa arde, a cabeça inflama, o corpo fica dolorido, a urina avermelhada, pulso rápido e o fígado ressecado, quer dizer que existe uma doença, sem que estes sinais sejam a enfermidade.Apenas é a sua expressão. É importante saber quais são os “arcanos” e suas doenças correspondentes. A influencia dos astros – os nossos costumes e as propriedades da nossa natureza foram feitos sob o influxo dos astros.Por exemplo, a melancolia se localiza no baço, cujo astro é Saturno, mas nem sempre ela se manifesta pela influência do astro. Cada um deles conserva o lugar que lhe corresponde.O corpo não se escraviza a quatro colunas de humores ou de elementos.Mas, saibamos que estes 4 elementos existem realmente. Direi que elemento é a matriz do seu fruto, assim como a terra é a matriz do seu fruto – sempre precisa dos 4 elementos para se desenvolver. Pg.184 – Cap. V – ( Razão e superioridade da anatomia) O verdadeiro “sujeito” da medicina são as três substâncias, ao lado das quais o “corpo intermediário” se diferencia nitidamente graças às suas admiráveis construções e perversões. As 3 substâncias têm as cores do Sol, da Lua, de Vênus, etc...brancas, pretas ou de outras cores distintas, formando as mais variadas combinações. Pg.185 – Conhecer bem duas espécies de cores: as da vida e a da morte. Todas as coisas têm uma forma, uma imagem- é a anatomia. Conhecer esta anatomia. Conhecendo a anatomia das ervas, chegar a conhecer a anatomia das doenças. Estabelecer as concordâncias, semelhanças e relações de umas com as outras, pois só por meio do estudo das anatomias comparadas poderá fazer progredir a sua ciência. Pg.186 – ( continuação) - Tudo o que é benéfico ou prejudicial para a matriz tem a anatomia da matriz. –Necessidade do estudo da anatomia de todas as coisas naturais. Pg.187 - ( continuação) - ...todas as medicinas devem conter a anatomia da doença para a qual estão destinadas. As doenças vêm da transmutação das imagens ou do gosto do estado são ( sadio). 17
  • 18. Pg.188 –Transmutem tudo que apareça transmutado.E cuidem para que as anatomias conservadas concordem reciprocamente, assim como todas as doenças que aconteçam. Pg.190 – Cap.VI –( Discurso sobre as anatomias) – Pg.191 –...Nada que não perdure ou não se dissolva novamente num novo nascimento está submetido à medicina. Trabalho do médico: conseguir um novo nascimento.Aí estão e daí vem o verdadeiro enxofre, o mercúrio e o sal autêntico, nos quais estão contidos todos os “arcanos”, obras, curas e fundamento. Pg.193-...a febre é a doença do nitrato de enxofre fumegante que agita o corpo provocando calafrios e intermitências.A apoplexia – deveria ser chamada de mercúrio caquímico sublimado, pois é a natureza da matéria pecante que lhe deu origem. Pg.195 - O final do capítulo: Assim como o corpo é o domicílio da alma, a teologia e a medicina devem caminhar juntas, iluminando-se mutuamente. Pg.196 – Cap.VII – ( Sobre a dualidade das formas e dos corpos) Todas as doenças têm suas imagens próprias, assim como cada imagem possui a medicina e a anatomia que DEUS lhe deu. Na pg.197 – Assim, todas as formas já estão contidas no exterior das coisas capazes de crescer.Por isso, quando essas formas nos abandonam ficamos incapacitados para crescer, morrendo em seguida num estado precário e sob uma forma elementar ( deserta ). Ao contrário, quando estamos em pleno crescimento precisamos armazenar essas formas ou alimentos para que em nenhum momento cheguem a nos falar, já que somente a sua essência, semelhante ao fogo, pode incrementar nossa forma e imagem, sem o que morreríamos de inanição. Necessidade de nos conhecermos a nós mesmos. Nas páginas seguintes do capítulo, o autor fala sobre o processo de retro-alimentação- alimentamo-nos com tudo que faz parte do nosso próprio corpo. Na pág.199, diz: existem 2 homens: um visível e outro invisível. O visível é duplo, composto de corpo e alma e o invisível, único, se refere somente ao corpo. ( é a que se encontra sob o domínio da vida vegetativa, conforme o conceito atual). Pág.200 – O esperma é uma semente.Depois de semeada ele deseja e busca o alimento E como contém em si a forma do homem em liberdade, quando se alimenta, tudo o que come se transforma em homem e em membros humanos. Resumindo: tudo o que é do corpo e o que o médico possa conhecer dele é um resultado do alimento e não da virtude, da cólera, da probidade ou da malícia. Além disso, aquele (DEUS) que formou o corpo no útero materno é também quem o forma no ventrículo ( estômago). Pg.202/207 –Cap. VIII – ( Onde são explicadas as diferenças entre o pão da justiça e o da misericórdia, e onde se fala sobre a extensão e complexidade da medicina) Pg.203 – As doenças e outras coisas parecidas se produzem quando cometemos excessos, seja com o pão ou com a justiça.E digo que nada disso nos afligiria se vivêssemos na oração e dentro da lei. As doenças do útero materno têm a mesma explicação. Pois já que devemos nascer novamente, elas acontecem justamente por causa do pão cotidiano. Na pág. 207 - ...hoje em dia existem na natureza muito mais coisas escondidas do que conhecidas, assim como grandes ciências, sabedorias e prudências. O certo é que no mesmo lugar da terra onde existe um veneno mortal também.existe um contra veneno exato e que do mesmo modo que as doenças são geradas, a saúde também é produzida. Pág.208 – LIVRO II –CAUSAS E ORIGENS DAS DOENÇAS QUE PROVÉM DAS TRES PRIMEIRAS SUBSTÃNCIAS Cap. I –( Natureza das três substâncias e influencias das estações e da putrefação) Compreender agora como estas 3 substâncias estão unidas em um só corpo. 18
  • 19. Pg.209 - O princípio destas coisas está em sua união num só todo, dentro do qual cada parte cumpre a sua função contribuindo assim para completar a totalidade do corpo. A função de cada uma dessas substâncias: O enxofre coordena o crescimento do corpo.Todo o corpo é enxofre de tal sutileza que constantemente está se consumindo por um fogo invisível. Numerosos enxofres: o sangue, a carne, as partes nobres( partes príncipes), a medula...etc, chamados enxofres voláteis.Os ossos, ao contrário são formados por enxofres fixos.Cada um deles é encontrado em seu estado original quando a ciência realiza sua separação. O sal está encarregado de conseguir a aglutinação do corpo.Sem ele nada parece tangível.A dureza do diamante, a brandura do chumbo e a suavidade do alabastro são devidas ao sal assim como todas as congelações e coagulações. Existe um sal nos ossos, outro no sangue, outro na carne, outro no cérebro, etc.,em igual nº e proporção com o enxofre. O mercúrio – chamamos de “licor”.Ele se encontra em todas as partes nas mesmas proporções que os anteriores. Pg.210 - A congelação e a propriedade compacta correspondem ao licor,- absolutamente necessário à constituição do corpo-o homem se compõe de 3 coisas em um só corpo. TODAS AS DISSOLUÇÕES NASCEM DAS 3 SUBSTÃNCIAS; NENHUMA AGLUTINAÇÃO PODE SER FEITA SEM O SAL. As doenças devem ser conhecidas de maneira tríplice: seu corpo sulfuroso, seu licor mercurial e pela consistência que o sal lhes proporciona. A medicina conveniente para estas enfermidades será, segundo o que acabamos de expressar, um fogo que as consuma, isto é, da essência, já que sem ele não existe nenhuma medicina. Estar atento ao conceito da doença, pois os sintomas simplesmente são inerentes àquela doença diagnosticada no momento. Pg.212/213 – Há o calor gerado pelas estações climáticas, o calor celeste (o sopro(aura) boreal, o calor interior que nasce do estômago e que dá ao corpo a sua temperatura. Este calor do ventrículo é particularmente eficaz, pois serve para cozinhar e digerir os alimentos- semelhante ao calor externo.Todo órgão possui um fogo perpétuo, já que todos têm um ventrículo e uma digestão.O calor ou o frio do homem acontecem conforme a violência ou a suavidade da digestão. A origem do calor do homem provém da união das coisas celestes, terrestres, aquáticas e aéreas, que existem nele em uma temperatura conveniente, quer dizer, numa temperatura onde nem o calor nem o frio predominam. O calor da digestão provoca a exteriorização de várias cores, até então latentes, assim como o florescimento do mercúrio. Estas e outras coisas são diferentes na idade adulta e velhice e todas são produto e resultado do calor cotidiano.Não considerar apenas que “a juventude é sanguínea, a idade adulta colérica”,etc.pois existe a excelência do calor da digestão e da natureza da matéria que forma as três primeiras, já que o homem assim como a árvore têm suas próprias flores.Não chamar estas “flores” de temperamentos, O mesmo acontece com todas as coisas que crescem neste mundo, nas quais as espécies devem ser consideradas mais que os gêneros, pois todas agem especificamente e não de maneira gradual. Pg.215- Quando o mercúrio ascende sem se manter em sua hierarquia, transforma-se no princípio da DISCÓRDIA. Outro tanto pode-se dizer do enxofre e do sal.Quando o sal se separa e se apresenta deste modo, aparece como uma coisa que nos devora. Com o seu orgulho estará onde possa manifestar sua corrosão, provocando as úlceras, o câncer e a gangrena. Pg.216 – Cap.II – (Sobre as transformações das substâncias e da necessidade da obediência aos desígnios de DEUS. Sobre a múmia. Sobre a divisão da medicina. Sobre a morte). 19
  • 20. Pg.217 – Somente quando as antigas naturezas morrem ou se rebaixam a ponto de chegar até a um novo nascimento, podem adquirir o caráter de verdadeiras medicinas.A separação do bem e do mal está precisamente nesta anulação. É sempre funesto contrariar os princípios do corpo. Como nada deve ser eterno para as criaturas carnais, é necessário que possam separar-se e isolar-se por diversas operações em suas distintas maneiras, qualidade e virtudes. A saúde, assim como a firmeza do melhor dos reinos, pode enfraquecer-se. Por isso devemos saber que todas as coisas podem alcançar igualmente a bondade, a perfeição. A natureza deu as mesmas propriedades e virtudes ao ouro e à prata. A avareza humana é que deu mais valor a um do que ao outro. Pg.218 – A morte se aproxima quando as três substâncias rompem a sua união e concórdia. Se ela dominou apenas uma parte, então a medicina pode cooperar e auxiliar a natureza restituindo a sua integridade.A soda cura o que o sal corroeu, o açafrão restabelece e restaura o que o enxofre dissolveu e o ouro devolve a consistência àquilo que o mercúrio tornou demasiado sutil, vindo tudo isso em ajuda da natureza. Cuidar muito bem do corpo-procurar mantê-lo sempre íntegro, pois caso contrário, até mesmo a aspereza do ar pode ofende-lo ou corrompe-lo.E depois que o corpo foi ferido, nunca mais volta a ser inteiro e perfeito. Pg.219- ( Fala sobre os erros dos médicos e a sua teimosia em se manterem errados). Diz que a medicina é uma arte complexa e as três substâncias tão certas que tanto o enxofre como o sal e o mercúrio podem surgir nas quatro gerações que se encontrem repartidas na natureza das quatro matérias ou elementos. Todas as coisas nascem dos 4 elementos: da terra saem as ervas, a madeira e seus derivados; da água , os metais, as pedras e os minerais em geral; do ar, o orvalho e a terebiana ou maná; e do fogo, o trovão, o relâmpago, o raio, a neve e a chuva. Com a morte do corpo terreno, ocorre sua reintegração na terra Assim nasce o 2º elemento, a água, por meio da qual a espagírica ou yatro-química constrói o rubi- a matriz dos minerais.Esta operação produz o terceiro elemento, isto é, o fogo.Este gera o granizo e o quarto elemento aéreo que se destila a si mesmo como em um vaso de vidro fechado dando lugar ao orvalho pela ascensão do seu espírito. Pg.220- Ainda existe outra transmutação: aquela que deu liberalmente todos os gêneros sulfurosos, mercuriais e salinos. Sempre houve a busca pela saúde do homem.Falaram da água da vida, pedra filosofal, arcanos, bálsamo, do ouro potável e outras coisas...Todas existem no mundo exterior e outras semelhantes no mundo interior. Nada é tão negro que não tenha algo de brancura, assim como o branco também tem alguma sombra..Esta idéia se aplica a todas as cores. Assim vemos que o sal (que é branco) contém todas as cores.Que o enxofre arde por que possui todos os azeites e que o mercúrio flui por que encerra todos os humores. O homem é o seu próprio médico, pois por menos que ele ajude, a natureza transformará sua anatomia em um jardim, com a melhor assistência imaginável. A natureza tem em si mesma, tudo o que precisamos. O que cura verdadeiramente as feridas é a múmia- a própria essência do homem (autores da Idade Média identificaram este termo como o espírito vital que circula no sangue). Pg.222 – A medicina deve ser compreendida de 2 maneiras:uma é composta de métodos e procedimentos defensivos e outra de ações curativas. Pg.223 - ( O autor discorre sobre este tema...)... no médico e em todas as doenças existe uma ciência, e na natureza do microcosmo uma outra.(na natureza do doente). O homem foi fabricado do grande mundo(macrocosmo) e se acha nele.Existe entre eles um eixo de dependência tal como de um filho para o pai-aí é natural que ninguém possa socorrer mais rapidamente o corpo humano do que aquele que é como o seu próprio pai. 20
  • 21. Pg.224- Deduzimos então que o céu, a terra, o ar e a água estão, segundo a ciência, no corpo do homem, pois ele constitui por si mesmo um verdadeiro mundo. Por isso o Saturno e o Júpiter do microcosmo atraem o Júpiter e o Saturno celestes. Essa conjunção entre os dois céus faz com que também existam afinidades entre os elementos da terra.Assim, a erva-cidreira da terra se relaciona com a erva-cidreira do microcosmo e assim por diante. Levar em conta que tanto o céu como a terra, o ar e a água, não são quatro coisas, nem três, nem ao menos duas, mas uma única, na qual as quatro coisas se conjugam podendo se dividir e separar-se.Todos os elementos da terra estão em íntima correlação com seus iguais do macrocosmo. Medicações devem ter o número total, quer dizer, que contenham todas as virtudes do céu, da terra, da água e do ar. Pg.225-Numa doença, a natureza reage num todo, pressente que deve empregar todas as suas forças e todos os seus recursos para combate-la. No último parágrafo: à medida que seja maior o conhecimento sobre a morte, a prudência e o cuidado com a saúde também devem ser maiores. Pg.226 – Cap.III –( Dissertação sobre os medicamentos e sobre a morte) A verdadeira medicina tem sua origem nas virtudes de todos os elementos do céu e da terra.O médico deve aprender dela e fazer suas receitas com simplicidade, quanto ao nº e quantidade dos medicamentos, sua composição, cuja ordenada reunião formará todo o homem exterior. Pg.227- No grande “ composto” se acha o mundo inteiro- o homem se acha portanto contido em uma gota – está encerrado na farmacopéia com todos os membros, articulações, natureza, propriedades e essências, boas e sadias, más e enfermas.Portanto absorve aí a si mesmo, no limbo de onde foi criado e então o corpo médio o une, restituindo-lhe o que falta. Sobre as operações( cirurgia de extração de membros ou órgãos )- autor sugere que o Criador quer a cura e para isso a medicina deve ter meios. Na Pg.228/229 - Discorre sobre a morte dizendo: todas as coisas têm um tempo prefixado, uma duração que será consumida infalivelmente seja no bem ou no mal. No momento em que a morte ocorre-os três elementos( substancias) voltam à terra- e o espírito se eleva até ao Senhor – “ o que acontecerá diante do Criador de almas e de corpos, escondido da vista dos homens até este momento”. Pg.231/234 - Cap.IV- ( Onde fala sobre o mercúrio)- Está no homem sob a forma de licor e em numerosos aspectos, expressão de suas múltiplas naturezas. Métodos para conseguir sua separação são três: a destilação, a sublimação e a precipitação.A estas correspondem outras três semelhantes no corpo que é a operação da natureza. Mercúrio - não se produz por si mesmo, mas por meio de alguma coisa externa que o faz ascender, separando-o dos outros princípios. O calor eleva o mercúrio sobre si, fora de si e o excita.Também calores estranhos e passageiros conseguem expulsa-lo de três maneiras, conforme os princípios da ciência mestra que é a arte da mecânica. Outro calor é o que vem do movimento do corpo e que também o eleva. Outro:é o provocado pela energia – quando aparece uma estrela cadente sabemos que ela anuncia mortes repentinas e doenças mercuriais durante este tempo e ano. Médico- saber quando o calor vem dos astros e quando vem dos exercícios ou experiências- para aí prescrever o certo e adequado. O mercúrio encontra-se em todos os órgãos do corpo, em todos os espaços como órgão, cada um dos quais tem a sua própria função: razão, visão, audição, etc do que resulta as diversas doenças. A combustão do mercúrio- três maneiras- tanto nos meios úmidos como nos meios secos ou de pouca pressão. 21
  • 22. O doente- qualquer que seja o sintoma, sente primeiro o calor. O corpo se enche de um fogo como se existisse nele o mercúrio.O calor da saciedade-sutil-parece o do espírito do vinho.Pode entrar no cérebro e daí se extraviar dos seus caminhos normais.Aí, tudo que ele atinja, ficará ferido ou doente. O mesmo acontece com o mercúrio do coração- Nas compleições sadias- pode acontecer em consequência.de exercícios cotidianos ou imoderados ou pela influência de uma estrela semelhante.- todo o corpo se transforma e os membros se enchem de calor. O mercúrio ascende e se exterioriza destilando-se como se o corpo fosse um pelicano( termo da alquimia que representa um vaso circular, fechado e com um bico longo e grosso de formato cônico virado para baixo, usado em laboratório) Quando chega no seu auge, maduro e sutilizado ao extremo, seja de forma extpontânea, por sublimação, destilação ou precipitação, consegue alcançar sua essência suprema..Aí é expulso do seu lugar normal e se instala a doença podendo chegar à morte. As suas três maneiras de se manifestar: a destilação leva à morte repentina em todos os seus aspectos; a precipitação provoca a gota nos pés, nas mãos e nas articulações; a sublimação causa o delírio e a loucura. O mercúrio é muito sutil e poderoso.Penetra tudo e nada lhe resiste.Penetra nos ossos, na carne, sai pelos poros e abre caminho, podendo nascer fístulas, pústulas, doença francesa e lepra, entre outras. Além do calor pode produzir frio, tremor, terror e estremecimentos, no seu paroxismo. Seu mecanismo então é de obturação e flutuação de vapores – faz uma pressão semelhante à tampa de uma panela que se levanta pela força do vapor. Pg.235 –Cap.V – ( Sobre o sal) Alcança 4 modos de transformação: a resolução, a calcinação.a reverberação e a alcalinização. Esta diversidade de naturezas explica as distintas espécies de sal e de suas preparações.Muitos sais calcinados, outros reverberados, outros alcalinizados e outros em resolução, mas todos se comportam dentro do homem da mesma maneira que em seu exterior. As causas para o sal se dissolver e chegar onde não deveria, são três: A 1ª - imoderação no comer- perturba a digestão-torna as partes lascivas, as carnes lúbricas, delicada, branda, medulosa e o sangue muito impetuoso.Quando todos estes estados acontecem o sal não pode manter-se na essência e integridade em que deve permanecer habitualmente.Isso quer dizer que o excesso e a abundância excitam a exaltação do sal,tão mais rápida e intensa quanto a luxúria ou o coito provocados por irritações pruriginosas, por transformações intensas ou por alterações do sangue.Conseqüência de toda esta agitação: o corpo gera um espírito frio que se manifesta em forma de sopro, o que converte a natureza do sal, dando-lhe outra muito mais poderosa. Igualmente, quando o esperma retido é desviado para fora de seus condutos naturais, a natureza do sal se rompe, provocando uma grande necessidade de água, que é atraída abundantemente, levando assim o sal a uma outra natureza. O mesmo acontece quando o astro incide nas partes do sal- elas ficam secas como se expostas ao vento e derretidas como gelo ao sol, já que os sais estão no corpo como o granizo no campo depois da tempestade. O sal se altera facilmente pela abundância de carne, pelo excesso de gordura e pela pletora do sangue, assim como pelo endurecimento da natureza no coito e sob a influência dos astros.A natureza do calor interno atua tendendo a expulsar o sal dissolvido para fora do corpo, fazendo o mesmo com os sais calcinados e reverberados. E a expulsão do sal para fora do corpo se dá através do suor. Por isso o suor é sempre salgado. Existe o suor do sangue, outro da carne, outros dos ossos e da medula,etc- diferentes naturezas do sal. Assim se produzem as manchas de pele, os impetigos, os pruridos, as rachaduras e outras lesões desse gênero. Quando o sal perde sua água ou é substituída a sua umidade-ele se calcina da mesma forma que o alumen, o vitriolo e outros preparados semelhantes. Na calcinação- a umidade escapa pelo suor, a pele se irrita, gretando e enchendo-se de úlceras.Na sua umidade normal ele sai corroendo a pele exatamente no lugar sob o qual estava escondido. 22
  • 23. O sal calcinado- a energia vai e vem de cima para baixo ao seu redor- produz uma muscelagem ou viscosidade muito ácida.O calor interno expulsa do corpo esta abundância através de chagas e fístulas externas. Doenças produzidas pelo desequilíbrio do sal- saem pela pele- pelos poros- de dentro para fora.-úlceras secas, úmidas, com corrimento, saniosas, purulentas, etc. aparecem em parte por erosão do corpo médio, em parte devido a alimentos e outras coisas semelhantes. O sal produz suas feridas- ambulantes, passageiras, corrosivas, cancerizantes(cancerígenas), profundas, pútridas, secas,etc.ou outras não cancerosas como a calvície, as pústulas e cicatrizes, os tumores do ânus, a morfea, a lepra e outras doenças desta espécie. Conforme o gênero do sal será a classe da dor e do sofrimento, assim como a influência ou movimento determinados pela estrela que se exalte, segundo cada uma destas circunstâncias. O sal condiciona as doenças de acordo com os indivíduos- para uns serão agudas, para outros crônicas, passageiras ou mortais. Pg.239 – Cap.VI- ( Sobre o enxofre)- -Também é separado pelos 4 elementos. Quando o elemento líquido entra nele- fica úmido, incha, se liquefaz ou sofre alguma transformação semelhante. Quando o ar o invade –seca completamente.Com isso pode adotar qualquer destas duas naturezas de exaltação. Quando domina a terra-ela se esfria ou se esquenta, quando o fogo e o firmamento mostram seu maior poder. Os 4 elementos – são os artesãos e artífices que efetuam as transmutações do enxofre, tirando-o de sua função habitual, fazendo-o provocar uma série de doenças em seus mais diversos gêneros ou espécies.Segundo a natureza da matéria do enxofre eles ( os quatro elementos) se comportam de modos diferentes, atacando-o em seu corpo e em seus órgãos. Quando o enxofre se esfria – a terra torna-o fixo ou volátil, conforme as 4 formas em que o frio aparece: congelação, resolução, coagulação ou dissolução. O enxofre sai assim desses quatro elementos reunidos no elemento terra. Pg.240-.Saibam: tanto a água como o fogo, a terra e o ar, geram cada um uma parte do frio e que somente por razões filosóficas o frio foi considerado como próprio e exclusivo do elemento terra.Só existe um frio ou uma frieza, embora o seu peso é que pode variar.Cada um dos elementos pode provocar frio ou calor, que alteram a ação do enxofre. Quanto à substância, temos que dividi-la em duas: a dureza e a umidade. A dureza é dupla e pode manifestar-se sob a forma de congelação ou de coagulação. A dureza congelada vem do frio ígneo, assim como a água gelada, a neve, o granizo,etc.Também ele pode experimentar uma congelação que proceda do elemento fogo, acompanhado de diversas doenças semelhantes de certo modo à neve, à geada ou ao granizo, cuja origem é justamente análoga.Uma parte dele é gerada nos astros –é o fogo do frio ( o fogo verdadeiro está no firmamento).Tem um caráter fixo, definido e estável. A dureza coagulada – é uma frieza que vem da água- pode alcançar o mesmo fogo do anterior. A coagulação produzida pelo frio é diferente da congelação em que permanece fixa, pois a congelação é volátil, ou melhor, a primeira tem um caráter definitivo e estável, enquanto a segunda tende constantemente a voltar ao seu estado primitivo como ocorre com a água gelada. Tudo que vem do frio do elemento água se coagula em frio, como os corais, alumens, entálias ( alumen de ferro amoníaco), vitriolos. As doenças de ambas são semelhantes,ocasionadas pelo frio da água. O frio do ar é diferente por que não é congelação nem coagulação,mas é simplesmente um vento, como o boreal( vento norte) ou o zéfiro( vento oeste), que levam com eles e em si mesmos, um frio e um calor.Por isso, sempre existe uma parte de frio no ar o no vento. 23
  • 24. No corpo- friezas do vento e da terra, sem substância visível ou tangível, acompanhando diversos gêneros e espécies de doenças. A terra, simplesmente como terra, também produz uma série de enfermidades particulares, assim como algumas ervas frias: a beladona, a rosa, a alface, a papoula, etc.As doenças são como essas ervas, distintas e separadas entre si em seus diversos gêneros e espécies. Com o calor acontece o mesmo, devendo ser procurado também nos demais elementos. Por isso todas as doenças do enxofre terão a natureza de algum deles( elementos).Por que quando o enxofre atua em sua própria função e ascende o elemento do fogo que está no firmamento fulgurante, incendeia-se na estrela do verão.Esta ação invisível do firmamento que também pode acontecer no nosso corpo também pode incendiar o enxofre do nosso corpo, atingindo qualquer órgão e aí inicia o desenvolvimento do seu poder. Também existe na água um outro fogo que pode queimar o enxofre do mesmo modo que o fogo do céu.O sílex e a calcedônia o possuem e podem deixa-lo escapar, da mesma forma que esse elemento interno que não podemos ver e que é o verdadeiro artesão de todos os elementos Existe na terra um elemento de fogo capaz de queimar o enxofre, pois conhecemos o poder que desenvolvem as ervas do tipo da urtiga, e da flâmula (edelweiss- planta e flor das montanhas da Alemanha), quando em contato com o nosso corpo. Cada uma delas pode produzir uma doença no homem, bem diferentes das mercuriais, salinas e outras parecidas. A quádupla- ar, água, terra e fogo – está na secura, na umidade e em todos os processos na natureza.Existe assim securas vindas do fogo, do ar, da água e da terra, causando outras tantas doenças que começam nestes graus e a eles pertencem. É importante conhecer e distinguir todas as coisas pelos seus sinais particulares, por que quem ignorar suas diferenças será incapaz de identificar os sinais provenientes dos transtornos internos. Final da pg.243 – Os acidentes têm em si não só a sua plenitude, mas os elementos e uma grande quantidade de sintomas externos.Assim, se a doença deve receber um nome, nada melhor do que usar o da coisa que a gera. Essa é a razão pela qual conservamos e observamos a mesma ordem em cada capítulo do nosso tratado. Nestes livros gerais permanecerão a teoria e a física das doenças, deixando sua pratica para outros específicos que iremos expondo sucessivamente. Pg.244 – Cap. VII ( Sobre o gérmen do esperma, as causas específicas e a predisposição como causa de doenças) Ainda existe um outro gênero de doenças---escolhemos duas delas para falar aqui.Uma vem do esperma e outras da forma específica. Já sabido- as três 1ªs substâncias se encontram em todas as coisas.Mas nelas existe um determinado acidente particular que não tem nada a ver com as referidas substâncias, que inibe o suor, dá a sensação de queimação e outros males parecidos- doenças específicas- de certo modo inatas em nós- natureza individual –uns têm propensão para suar, outros não, aqueles de um jeito e outros de outra. Esperma- provoca muitas doenças- a cânfora, o espermacete e outras substâncias- produzem doenças da bexiga e dos rins. O tártaro- é a causa da pedra ( matéria desta doença) mas necessita da intervenção desta outra natureza para que o congele como seu frio ou o coagule com seu calor sudorífico. Pg.245-Semente do esperma-possui uma anatomia e física particulares. Nada que seja congênito pode ser arrancado de sua raiz inata.Aí se abriga a forma específica e a semente do esperma, a sua natureza-o gérmen se sustenta sempre em sua própria raiz.Por exemplo: aquele que tem 4 dedos em uma das mãos e 6 na outra.O número total está certo, mas eles estão em lugar errado.Outro: A pessoa que nasce cega-não possui o dom da visão, mas a vista está nele, embora em lugar não adequado.Por isso se diz que é cego.É 24
  • 25. a.natureza e propriedade congênita- Exemplo: a dureza do ferro, a brancura do gesso.Devem ser considerados como se apresentam..Por outro lado, ninguém pode impedir que a neve caia, porém, pode evitar que ela cause danos ao homem. O esperma é o limbo- está nos 4 elementos- possui forças semelhantes que recebem o nome de impressões. -As doenças- no interior das 3 substâncias é acrescido de algo determinado e especial, verdadeiramente impresso, como se fosse o fogo na madeira ou o açafrão na água. Essa impressão- são doenças exteriores originadas pelo limbo- gravadas no esperma e nas formas específicas nos empurra de tal forma, sem que em nenhum caso possamos expulsá-la por nossa própria vontade. Pg.247- último parágrafo: Observem então que a natureza depende destas duas coisas:gérmen e especificidade, cuja compreensão teórica fica perfeitamente estabelecida.Acrescentamos ainda que os corpos ( pg.248) podem se produzir desta maneira, mesmo sem a presença das substâncias e que pela mesma razão não é possível alterar as raízes das doenças específicas, ainda que possam ser suprimidos, com relativa facilidade, os acidentes que elas provocam. Pg.249 / 252- Cap.VIII –( Sobre o sopro divino e o corpo espiritual) O autor divaga sobre o tema.E continua- Além e fora das 3 substâncias, existe no homem um corpo invisível que não vem do limbo e por isso escapa da influência do médico. Na pg.251 – diz: “o dano espiritual não pode ser baseado na natureza, pois vem do outro homem do limbo.” ( Fala sobre o livre arbítrio) – o homem será submetido a todas as provas e tentações e aí escolhe seu caminho, para o bem ou para o mal, com tudo. -Aprender a respeitar os limites da natureza.A violação destes limites significa um verdadeiro adultério. Pg.253 a 256 - LIVRO III – Sobre as doenças produzidas pelo tártaro ) – Nota prévia e texto “ Ao Leitor” – é um registro de quando apareceram os textos sobre o tártaro e a sua disposição em registrar seus estudos. Pg.257/266-Cap.I – ( Origem das doenças geradas pelo tártaro)- Pg.262- Tudo que queima contém enxofre- O que se reduz a cinzas, tem sal – O que tem a propriedade de esfumaçar-se, tem mercúrio. Acrescenta-se às tres substâncias, que em todas elas encontra-se uma certa ejeção, evacuação ou excremento.Toda digestão deixa um resíduo. Tudo o que é, tudo o que cresce contém em si mesmo o seu próprio excremento, o que pode ser entendido, a princípio.Tanto o alimento como o excremento são comidas e bebidas de uma vez pelo homem-o trabalho da natureza é separá-los. À propósito das três substâncias: o ventrículo principal não tem poder de separação.Aí entra outro ventrículo mais sutil para trabalhar- está no mesentério, no fígado, nos rins, bexiga, intestino, etc. e está encarregado de separar os excrementos. Nosso ventrículo principal-situado no final do esôfago- separa e divide somente o que apodrece do que não apodrece e o que se desagrega do que não se desagrega.Significa que somente o que é carne, ossos, medula, pode verdadeiramente desagregar-se e corromper.Tudo que não é a própria substância do homem é excremento. Dividiremos as doenças em 2 classes: as que são geradas no homem e as que vêm dos excrementos. Pg.260- Se os cálculos, as areias, os sedimentos ou as viscosidades se produzem no homem. não há dúvida de que a causa disto é a existência da substância geradora delas, em nós, pois se não existisse não haveria razão para que essas doenças se produzissem. A putrefação se encontra na ultima matéria dos excrementos dos homens. -A coagulação é a última matéria das coisas naturais.Parece fazer oposição entre si. Na verdade a digestão do homem termina em seus emunctórios naturais, nos quais a mesma força de putrefação limpa, separa e expulsa todos os detritos. 25
  • 26. A força expulsiva reside no excremento e não na natureza ou na constituição do homem e nem nas coisas naturais, que somente têm a propriedade de coagular, de acordo com que somente se alimentam das coisas semelhantes. Segundo este princípio nutritivo, tudo o que se transforma em alimento tem que estar previamente coagulado, razão pela qual aquilo que não se digere pela mesma substância que o come, volta ao estado de coagulação original.Este resultado da coagulação é duplo: o que não se coagula nunca é o alimento, a outra parte coagulada é o excremento.Como acontece na natureza humana, tudo o que não é o homem é excremento. Por isso são muitas as formas de transformação: cálculos, areias, sedimentos e viscosidades, que devem ser considerados como as últimas matérias do excremento que têm os alimentos das coisas naturais. Quando os excrementos contém as tres coisas, serão semelhantes em forma de cálculos consistentes e coagulados, sem queimar, sem sal e sem manifestar-se em estado fumegante. Quem trabalha com madeira sabe retirar dela a resina, com ervas conhece a elaboração do alabastro, etc. Na realidade, essas coisas são as últimas matérias em que se transformam os excrementos das coisas naturais. Há 4 gêneros de doenças do tártaro:cálculos, areias, sedimentos e viscosidades. O tártaro é o excremento das bebidas e dos alimentos, coagulado pelo espírito do homem.Se estes excrementos desagregam-se desperdiçando assim a sua potência expulsiva e ficam no organismo, geram o tártaro, que se não é incorporado nos excrementos, ficam no organismo e geram a doença. Pg.263- O betume, a muscelagem viscosa, o glúten dos legumes, não são mais que outras tantas substâncias de excrementos retidos no corpo. Se não são eliminados viram( se transformam)em pedra ou areia. O mesmo acontece com os laticínios – deixam matéria terrosa do tipo argilosa, feita de tártaro.O mesmo acontece com as carnes e os pescados. Excrementos produzidos pelos legumes—viscosos; de carnes, de laticínios – terra do tipo argiloso; TÁRTARO DA TERRA – TÁRTARO VISCOSO. Caules, raízes e os cereais, entram na categoria dos legumes ( viscosos). Daí a importância de uma dieta balanceada.Coisas fervidas ou cozidas em suas próprias muscelagens são eficazes e benéficas para os doentes de cálculos.O cozimento diminui e tira o tártaro, obrigando-o a passar para outros excrementos e impedindo-o de se aderir ou aglutinar, como aconteceria em caso contrário. O vinho, a água, os sucos- também têm seus excrementos. Todas as bebidas preparadas com os sucos das frutas das árvores, como a cidra das pêras ou das maçãs são semelhantes aos vinhos e à água. A cerveja, ao contrário, assim como as bebidas extraídas dos legumes, têm as duas classes de tártaros e trazem consigo as suas próprias correções, por isso sua passagem pelo corpo se faz ràpidamente- o que é um grande benefício. As digestões intensas e trabalhosas favorecem a formação de cálculos. As digestões vigorosas e quentes, ligeiras, não deixam resíduos algum. Pg.265- último parágrafo: - O tártaro está presente em todos os alimentos e líquidos.Todo homem é carregado de tártaro em algum lugar do organismo. O mesmo deve ser estabelecido a propósito do mecanismo da coagulação, do endurecimento da forma, espécie, etc.quer dizer que todas elas são geradas segundo a condição de cada lugar, alimento ou bebida. ( O homem deve se alimentar com os produtos do solo onde nasceu.Ele fica mais sujeito à formação de cálculos quando se instala em paises diferentes e se alimenta com os produtos deste outro solo). Pg.266 – Estão definidos os mecanismos pelos quais recebemos o tártaro do exterior- ele não é produzido de forma expontânea no nosso corpo. Não se pode falar de coagulação sem saber em que consiste, nem se referir ao calor da digestão sem conhecer o mecanismo pelo qual se deposita o tártaro e se produz o cálculo. Pg.267- Cap.II –( Sobre o tártaro do estômago e dos intestinos) 26