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OS 7 PECADOS CAPITAIS
 (Doutrina Católica – Manual de Instrução
Religiosa – Moral)
Vocábulos
 1º. Pecados capitais. 1º. O termo pecado
tem, nesta lição, duplo sentido. Significa:
a) vício, quando se consideram a soberba, a
avareza, a luxúria, etc., como maus hábitos
que levam ao pecado;
b) pecado atual, quando se trata de um ato
transitório, seja ele causado por uma
disposição habitual ou não.
2º. Capitais (do latim "caput": cabeça,
fonte).
a) porque podem ser pecados gravíssimos,
dignos da pena de morte;
b) porque, nos primeiros séculos da Igreja,
considerados: como a idolatria, o homicídio, o
adultério, e condenados a uma penitência
pública;
c) porque são origem, fonte de vários
outros, ainda que não sejam
necessariamente e sempre, pecados
PECADOS CAPITAIS
 Há sete pecados, ou vícios, que podem
ser tidos como graves, quer quanto à sua
natureza, quer quanto às suas
conseqüências.
1) Soberba;
2) Avareza;
3) Luxúria;
4) Inveja;
5) Gula;
6) Ira;
7) Preguiça.
1. SOBERBA
1º. Natureza. Soberba é a estima excessiva da
própria pessoa.
Manifesta-se principalmente de três maneiras:
 a) o soberbo mostra-se ufano das qualidades que
tem, não se lembra que deve por elas dar glória a
Deus: "Que tens tu, diz São Paulo, sem o teres
recebido?
E se o recebeste, como é que te glorias, como
se aquilo fosse teu?" (I Cor IV, 7);
 b) atribui-se dotes que não possui;
 c)rebaixa as vantagens dos outros.
 É parecido com o fariseu que coteja suas virtudes
com os senões do próximo.
1. SOBERBA
 2º. Derivadas da soberba. A soberba produz a
ambição, a presunção, e a vanglória.
 A. Ambição é o desejo descontrolado de glória,
honras, fortuna, poder, etc. o ambicioso anda
atrás das posições de destaque e das dignidades.
"Apreciam o primeiro lugar nos banquetes, os
assentos mais elevados nas sinagogas" (Mt
XXIII, 6) diz Nosso Senhor, falando dos Escribas
e dos Fariseus.
 B. Presunção é a demasiada confiança em si
próprio. O presunçoso exagera seus talentos,
julga-se preparadíssimo para qualquer
encargo.
E trata de meter-se em negócios e empregos altos,
 C. Vanglória é a mania de se envaidecer por
predicados, mais brilhantes e espalhafatosos,
do que reais e sólidos; de colher louvores, e
pasmar os circunstantes, quanto não há
motivo para tanto.
1. SOBERBA
 A vanglória, por sua vez, gera:
 a) a jactância.
A jactância, gosta dos elogios. Baba-se por eles,
suplica-os.
E quando não os consegue logo, encomenda a si
mesmo.
Nas palestras, não deixa os outros falar. Só ele, só
dele.
Não aprecia os companheiros, nem se importa com
eles, e por isso, conta, o que fez e não fez,
mandou e desmandou, suas boas obras, virtudes,
esmolas
a) para livrar-se de censura imerecida;
 b) a hipocrisia é outro fruto espúrio da
vanglória. As felicitações que os gabolas se
outorgam nos seus alardes palavrosos, o
hipócrita quer granjeá-las por seus atos
fiteiros, e suas virtudes de aparato.
 Anda deslembrado dos conselhos de Nosso
Senhor: "Tende cuidado em não fazer vossas
boas obras para serdes vistos pelos homens
... quando dais esmola, não toqueis trombeta,
como costumam os hipócritas nas sinagogas
e nas ruas, para que vos honrem os homens’
(Mt VI, 1,2);
 3º. Malícia da soberba. É pecado grave,
quando o orgulho quer elevar-se acima de
Deus e dos superiores.
É tido como fonte de todos os males.
 4º. Remédios. Os meios para curar a chaga
do orgulho são:
 a) um exame atento, demorado, sincero, das
nossas misérias, das nossas falhas e
fraquezas; da inconsistência dessas coisas
que nos envaidecem;
 b) a contemplação da humildade de Nosso
Senhor, que, sendo Deus, se rebaixou a ponto
de revestir-se da humanidade, e sujeitar-se a
todas as contingências mais triviais e vis da
nossa natureza; depois, a todos os ultrajes.
2. AVAREZA
 1º. Natureza. Avareza é o amor desregrado
às riquezas.
Assume duas modalidades:
 a) É avarento o que anda aflito por ganhar
mais dinheiro, sempre excogita artes de
aumentar seus cabedais, e antes trata os bens
como donos do que como servos.
A fortuna, para ele, é um fim, e não o meio de
prover às necessidades da existência.
 b) É avarento mais encontradiço, o que está
afeiçoado a seus tesouros. Sovina.
Não dá nada.
E quando precisa gastar, parece que lhe arrancam
um pedaço da alma.
A economia é outra coisa. Consiste em regular as
despesas pelos rendimentos,: aquelas não
excedendo estes.
Não é vício. É virtude preciosa, estímulo do
trabalho, e mãe da prosperidade.
A avareza tanto se aninha no coração do pobre,
como no do rico.
Avulta, não raro, com a idade. Recrudesce com a
velhice.
2. AVAREZA
 2º. Efeitos. Da avareza nascem:
 a) a injustiça para com o próximo: fraudes,
trapaças, roubos;
 b) a traição: Judas vendeu seu Mestre por
trinta moedas;
 c) o empedernimento do coração para com os
indigentes.
O avarento não se compadece da miséria:
nunca abre a mão para obsequiar, para dar
esmola aos pobres.
2. AVAREZA
 3º. Malícia. A avareza pode vir a ser pecado
grave:
 a) contra Deus: o avarento prefere, com
efeito, a tudo, o dinheiro.
Adora o ouro. É seu ídolo.
Deus não existe mais para ele.
 b) contra o próximo: o avarento, certo é que
não cumpre o dever de caridade.
 4º. Remédios. Dois remédios podem fazer
bem ao avarento:
 a) lembre-se amiúde que tudo passa neste
mundo; que são perecedouros, frágeis, e
de pouquíssimo valor, os bens da terra.
Única riqueza de verdade é amar a Deus.
 b) medite nos exemplos de Jesus Cristo.
Era riquíssimo, quis nascer, viver e morrer,
pobre.
3. LUXÚRIA
 Luxúria, ou lascívia, é o vício contrário à
pureza, proibido pelo 6º e 9º Mandamentos
da Lei de Deus.
I. A pureza. 6º e 9º Mandamentos
 1º. Excelência da virtude da pureza. A
castidade, ou pureza, consiste na abstenção
dos prazeres carnais ilícitos.
Nenhuma virtude tem mais valor do que a
castidade, porque ela, melhor que as
outras, é o domínio do espírito sobre a
carne, da alma sobre o corpo.
3. LUXÚRIA
 2º. Objeto do 6º e 9º Mandamentos. O 6º e
9º Mandamentos da Lei de Deus proíbem
os pecados de luxúria, contrários à virtude
da pureza.
Única diferença entre os dois, é que o 9º,
repetindo o 6º, vai além, reforça a proibição,
abarcando a mais os maus pensamentos e
maus desejos. Assim, enquanto o 6º
Mandamento veda atos, olhares e palavras
ofensivas da modéstia cristã, o 9º atalha o mal
na própria fonte, e condena o simples
pensamento impuro, o simples desejo
desonesto.
3. LUXÚRIA
 II. O que é proibido pelo sexto
Mandamento da Lei de Deus.
 O 6º Mandamento da Lei de Deus proíbe:
 1º. As más ações. Há certas coisas
indecentes que o menino não se atreveria a
praticar à vista de seus pais ou de seus
mestres, e que desonram e envergonham os
autores, quando essas coisas vêm a ser
conhecidas.
 2º. Maus olhares.
Consistem em demorar a vista, por gosto e sem
necessidade, nos objetos ou nas pessoas que
podem excitar as paixões: por exemplo,
estátuas, imagens ou pessoas que não têm
a devida decência.
 3º. Escritos e palavras desonestas. Quer
dizer, qualquer escrito (maus livros e maus
jornais), qualquer palavra que ofendem .
 Quanto às más conversas, afirma São Paulo (I
Cor XV, 33) "que corrompem os bons
costumes".
III. O que proíbe o 9º
Mandamento
O 9º Mandamento proíbe:
 1º. Os maus pensamentos.
O pecado de pensamento, que os teólogos,
chamam de "deleitação morosa",
consiste em se demorar, voluntariamente,
na imaginação de uma coisa ruim, sem
querer mesmo chegar à prática da mesma.
Esta independe da vontade. É uma tentação.
 É pecado mortal, quando a coisa é mesmo
ruim, e o consentimento pleno.
Do contrário, é venial.
E não há pecado nenhum, quando se combate
e se afugenta a representação do mal, e se
reprova.
2º. Os maus desejos.
 O desejo é mais do que o pensamento, porque,
com a imaginação do ato mau, está a intenção e
vontade de praticá-lo. Perante Deus, é a
mesmíssima coisa:
 querer ver,
 ouvir ou
 fazer, coisas impudicas,
 e ver, ouvir,
 ou fazer.
Agora os desejos desonestos são como os
pensamentos: culpados, exatamente na
proporção em que são voluntários
IV. Gravidade dos atos contra a
pureza.
É facílimo avaliar a gravidade dos atos contra a pureza, pela
meditação das conseqüências desastradas que acarretam na
alma e no corpo:

 a) Na alma. Nublam, entenebrecem, e materializam, a
inteligência. Cegam-na para as coisas de Deus (I Cor II, 14).
Desmoralizam e embrutecem o coração que, então, se
separa e afasta de Deus, abandona a religião, cai na
impiedade.

 b) No corpo. A impureza estraga a saúde, exaure as forças,
traz as doenças mais repugnantes e vergonhosas, as
enfermidade mais asquerosas, e não raro, fim prematuro.
Portanto, são mortais, geralmente, os pecados de impureza,
a não ser que a irreflexão diminua esta gravidade
V. Causas que levam à impureza.
 As causas determinantes de pecados contra a
castidade podem se classificar em: exteriores
e interiores.
 1º. Causas exteriores. São as que
deparamos fora do nosso espírito viciado e do
nosso coração corrupto pelo pecado original:
a) As más leituras.
 Esta rubrica geral abrange os livros ímpios,
licenciosos, jornal ruim, revista ruim, e em
especial, folhetins e romances que pintam ou
encarecem o vício:
Uns e outros provocam desgraças.
Não há iludir ou anestesiar a consciência.
Ninguém se imuniza contra este tóxico violento,
traiçoeiro e fatal.
Dirão que procuram unicamente as belezas
literárias, o encanto das descrições, a magia
do estilo.
É verdade. Isca fementida. Engodo.
 Procura-se tudo isso, e encontra-se mais
alguma coisa: o veneno, que a alma engole
por doses pequenas ou grandes, e que mata .
É absurdo. E será mesmo tão minguada a
nossa literatura, que só nesses charcos se
poderão descobrir modelos de estilo, de bela
dição, de alta cultura clássica?
 b) Espetáculos. Teatros e cinemas não são
maus por índole, por natureza, é claro.
Haveriam mesmo de aformosear a alma, educar a
vontade, e nobilitar o coração.
E passam a ser verdadeiras escolas do crime e da
imoralidade.
Glorificação do vício, apoteose e triunfo da
impureza, e menosprezo ou escárnio da virtude,
isto é que é.
Alexandre Dumas o disse alto e bom som: a mãe
prudente não assiste aos espetáculos, e muito
menos levaria aí sua filha.
c) Dança e baile.
 Sendo exercício corporal, a dança é ginástica nada
reprovável. A Bíblia refere, em muitas passagens, sem
nota alguma pejorativa, as danças praticadas pelas moças
e senhoras de Israel, para divertimento (Juízes XXI, 21,
23; Jerem. XXXI, 4,13) antes religioso, manifestação de
piedade, do que mundano.
A filha de Jefté vai ao encontro do pai, e vai dançando com
uma porção de companheiras (Juízes XI, 34).
Quando Davi, vencedor de Golias, regressa triunfante, as
mulheres de Israel o ovacionam e celebram, com danças,
a glória dele (Reis XVIII, 6, 7; XXI, 11).
Davi ia dançando diante da Arca da Aliança, que ele
mandava recolher, com inaudita pompa (II Reis VI, 5).
Nota-se, entretanto, que, as mais das vezes, dançavam, as
jovens, sozinhas, separadas dos moços (Ex XV, 20; I
Samuel XVIII, 6).
 A dança moderna, conhecida por nomes variadíssimos, é outra
coisa.
 Altamente condenável, por causa da liberdade infrene que nela reina,
dos encontros que ali se realizam.
Excetuando determinadas reuniões de família, a regra geral
é que não se deve dançar. Muito menos ainda, se hão de
freqüentar bailes públicos, ou bailes mascarados, que
são os mais perigosos.
Em que conta teremos os tais bailes de caridade?
São organizados para angariar donativos, para aliviar os
desamparados, ou as vítimas de alguma calamidade:
inundação, seca, incêndio, etc.; motivo de beneficiência.
Ora, para saber o que vale este sistema, examinemos o
caso. Será, um baile, mais puro e menos arriscado,
porque o fim é a esmola?
Que tem uma coisa com outra? Onde é que se viu alterada
a essência de uma coisa porque se lhe mudou o destino?
d) Reuniões mundanas e más
companhias.
 "Dize-me com quem andas, que te direi quem
és". A freqüentação, os passeios, as amizades,
ou familiaridade com pessoas levianas, frívolas,
em busca de passatempos quaisquer, e que
gastam o dia no ócio e na moleza, são também
causas de muitos pecados de impureza.
 e) Modas desonestas. Nos trajes femininos, a
moda apresenta, por vezes, excentricidades que
constituem verdadeiro desafio e insulto ao bom
gosto e ao pudor. Tais modas são reprovadas
pela religião, pela moral, e até pelo senso
comum.
2º. Causas interiores.
 As causas provenientes de nós mesmos são:
 a) Orgulho. Deus não ama os que "se ensoberbecem
nos seus juízos", desampara-os, e deixa-os
"entregues a paixões de ignomínia" (Rm I, 21,26).
 b) Intemperança. "Não vos embebedeis com vinho,
diz São Paulo, isto é, fonte de devassidão: mas
inebriai-vos do Espírito Santo" (Ef V, 18). Quem anda
atrás dos deleites dos festins, dá a mão às tentações
da carne e da concupiscência.
c) Ócio. A preguiça é mãe de todos os vícios, e São
Jerônimo afirma, desassombrado que, se está um
demônio solicitando ao mal o homem que trabalha,
estão mais de cem demônios tentando o que está
desocupado.
VI. Remédios contra a
impureza.
1º. Meios naturais.
 a) é preciso lembrar, primeiro, a fuga das
ocasiões que podem levar ao pecado, quer
dizer, a supressão, de vez, de todas as causas
acima mencionadas.
 A ocasião se diz remota ou próxima.
a) Ocasião remota
é a que conduz, de modo muito indireto, até a
ofensa a Deus. Tais ocasiões enxameiam pelo
mundo, não há como evitá-las sempre, porque
se alastram por todas parte. A melhor boa
vontade não o conseguiria. Fugir delas não
constitui obrigação.
b) Ocasião próxima
é a que provoca a tal ponto que é quase certo cometermos o
pecado, se ela não for removida.
(1) A ocasião próxima será necessária de necessidade física
ou moral: necessidade física, quando é de todo impossível
suprimi-la; necessidade moral, quando a dificuldade é
grande.
(2) Em ambos estes casos, é preciso lançar mão de todos os
preservativos e orações, recepção dos Sacramentos da
Penitência e Eucaristia. Renovar, amiúde, o propósito de
nunca mais pecar.
(3) (2) Ou a ocasião próxima pode ser afastada, e então, há
obrigação imperiosa de removê-la. É condição "sine qua
non" para obter a absolvição.
(4) A Igreja impõe esta regra, porque conhece o que diz a
Sagrada Escritura: "Quem ama o perigo, há de cair no
 b) a vigilância é guarda dos sentidos, da
imaginação e das afeições;
c) a humildade;
d) a mortificação;
e) o trabalho, são outros tantos meios naturais
e auxiliares poderosos na luta pela pureza.
2º. Meios sobrenaturais.
 Com os meios naturais, é indispensável ainda, o
emprego dos meios sobrenaturais. Os principais são:
 a) Oração. Deus nada recusa a quem pede.
b) Confissão. Desvendar a chaga é curá-la.
c) Comunhão freqüente. A Eucaristia é o alimento da
força.
d) Devoção a Maria Santíssima. Vendo perigo, a
criancinha recolhe-se junto da mãe. Maria Santíssima é
mãe de todos nós, e ela tanto estima a virtude de
pureza, que protegerá seus devotos que lhe suplicam
auxílios, que se recolhem pela prece, à sombra benéfica
de sua égide maternal.
4. INVEJA
 1º. Natureza. A inveja deriva-se da soberba.
Consiste no regozijo pela desgraça que
sucede ao próximo e no pesar pela boa
sorte dele, como se a felicidade alheia
perturbasse a nossa.
Logo, a inveja tem duas caras: expandida e
risonha perante o mal dos outros; amarrada e
tristonha diante da prosperidade alheia.
 O distintivo essencial da inveja é a falta de
caridade. Portanto, não tem inveja:
4. INVEJA
 1. quem se entristece porque vê que é feliz e passa bem
uma pessoa que não o merece. Não é inveja, é "zelo
desatinado" porque a repartição dos bens deste mundo é da
conta exclusiva de Deus;
 2. quem fica triste com a promoção de fulano, porque isto
poderá causar transtornos; é "temor legítimo", se não
ajuizado;
 3. quem anda acabrunhado, porque outro ganhou o lugar
que ele mesmo havia pleiteado por seus esforços; chama-se
"brio, emulação".
 Ciúme é uma face da inveja. Não se alegra com os reveses e
dissabores alheios. Mas tem o receio exacerbado de perder
o bem que possui, e cobiça violentamente o bem dos outros.
4. INVEJA
 2º. Efeitos. Da inveja nascem a calúnia, a maledicência,
a delação, as rivalidades, as discórdias, o ódio e até o
homicídio.
 3º. Malícia. A inveja ofende a caridade que devemos ao
próximo. É tanto mais culpada quanto mais avultado fôr
o dano que ela causar aos outros.
 4º. Remédios.
 a) primeiro meio para tratamento desta enfermidade
moral é recordarmos que todos os homens tem igual
natureza e igual destino. Não são irmãos em Cristo
todos os católicos? E não são todos eles membros da
mesma sociedade que é a Igreja?
 b) segundo meio, é ponderarmos as conseqüências
nefandas que formam o séquito da inveja.
5. A GULA.
 1º. Natureza. Gula é o amor desordenado ao
alimento. Quando se aplica de modo especial à
bebida chama-se embriaguez, alcoolismo.
 A. Considerada em geral, a gula manifesta-se
de duas maneiras:
 a) pelo excesso na quantidade. O guloso
multiplica as refeições; come a torto e a direito;
ou então come demais, ou muito depressa,
avidamente;
 b) por excessiva exigência na qualidade. Peca
por gula o que procura iguarias finas, e requinta
nos prazeres do paladar; e até, quem repisa, a
5. A GULA.
 B. Embriaguez é a forma mais torpe e
repugnante da gula. Com efeito, quem cai
neste vício até ficar bêbado, perde o uso da
razão e resvala abaixo dos brutos.
 C. Alcoolismo é a paixão dos excitantes, das
bebidas fortes. O alcóolico não chega a
embebedar-se; mas, em doses exageradas e
múltiplas, ingurgita o temível veneno. Tornou-
se hábito, necessidade fatal.
5. A GULA.
 2º. Efeitos. A gula em geral provoca:
 a) o abandono das obrigações religiosas;
 b) a transgressão das leis do jejum e da abstinência;
 O alcoolismo tem conseqüências ainda mais
desastradas. Com efeito, o alcoolismo não é senão
embriaguez no estado crônico:
 a) no indivíduo viciado por este funestíssimo hábito,
aparecem as doenças mais impiedosas (...) As
faculdades intelectuais embotam-se gradualmente, e
breve, a vítima acha-se como que bestificada. No ponto
de vista moral destrói o pudor e os brios, deixando
apenas a medrar os instintos da animalidade.
 b) na família é fautor de anarquia. O alcóolico
foge do lar; deixa no desamparo mulher e
filhos. E se, porventura ainda trabalha, gasta
com o vício tudo o que vai ganhando.
 c) para a sociedade também o alcoolismo é
um flagelo, um cancro. Nos países onde
grassa, queima as veias de um povo inteiro,
dessora e desfibra a raça mais profundamente
do que a chacina das batalhas.
3º. Malícia.
 O amor exagerado do comer e do beber não
é, em si, pecado grave.
 Com a embriaguez, o caso é outro. Quando
acidental e involuntária, desculpa-se; mas se
for propositada, é pecado mortal. Quanto às
faltas cometidas pelo bêbado, ele é
responsável no grau em que as previu: a
culpabilidade não está no ato, está na causa.
 Tanto mais culpado é o alcoolismo quanto
mais lamentáveis são os estragos que produz.
4º. Remédios.
 Para sanar este defeito da gula são eficazes as seguinte
receitas:
 a) evitar tudo o que lisonjeia demais o paladar, como as
iguarias saborosas e muito finas;
 b) pensar que isto de comer e beber não é o fim da
atividade humana. Existe o alimento para a vida, não a vida
para o alimento.
 c) os pais devem incutir no ânimo dos filhos o amor da
temperança e sobretudo dar-lhes bons exemplos a respeito.
 d) as donas de casa zelem por ter um lar confortável e
atraente, que agrade às visitas, ao esposo e aos filhos,
desviando-os da freqüentação de tabernas e botequins.
6. IRA
 1º. Natureza. Ira é um movimento desordenado da
alma que se revolta contra o que não lhe apraz.
Muitas vezes, é o resultado do orgulho que se julga
melindrado, e quer desforçar-se. Mas é também uma
paixão proveniente da índole, e que a vontade custa a
senhorear.
 Nem sempre alcança, a ira, o mesmo grau de
violência. Por isso distinguem-se:
 a) a impaciência;
b) a raiva;
c) o arrebatamento, que se derrama em berros e
desaforos;
d) o furor, que se traduz por insânias, acessos
próximos da loucura;
e)a vingança, que é o desejo cultivado de prejudicar a
quem nos desagradou.
6. IRA
 Há certa cólera que não é pecado. Vem a ser, apenas, justa
indignação, quando se manifesta dentro de limites razoáveis: na
hora azada, contra quem a merece, e com intensidade prudente.
Um pai de família se mostrará oportuna e eficazmente irritado com
o comportamento mau do filho, e infligirá uma correção enérgica
que produza frutos de emenda. Um superior de comunidade, no
desempenho do seu cargo, castiga publicamente uma ofensa à
regra. A cólera, então, não é vício, é virtude.

 Na Sagrada Escritura, temos muitos fatos destes. Moisés, ao
deparar com o bezerro de ouro, deixa-se arrebatar pelo furor da ira
santa, e quebra as tábuas da Lei (Ex XXXII, 19). Deus, muitas
vezes, ira-se contra os pecadores (Sl CV, 40). Nosso Senhor lança
mão do chicote, e tange para fora, irado, os vendilhões do Templo
(Mt XXI, 12). Zanga com os Fariseus, que andavam espiando, para
ver se haveria de curar, em dia de Sábado, o enfermo com a mão
ressequida (Mc III, 5). São cóleras santas que têm justificativa no
fim almejado: debelar ou fustigar o mal, e emendar os pecadores.

6. IRA
 2º. Efeitos. A ira gera as disputas, as quisílias, doestos e vitupérios,
brados e invectivas, rancor, ódios, assassínios e demandas.

 3º. Malícia. Quando a cólera provém da índole, do gênio, é culpa venial só,
a não ser que se desmande em crises, e seja deliberada. Quando inclui o
desejo desnorteado de vingança, ofende a justiça ou a caridade, e então é
pecado grave.

 4º. Remédios. Para amordaçar e refrear a cólera, é preciso:

 a) atalhar logo o primeiro ímpeto;
b) lembrar-se do preceito do Senhor: "Amai vossos inimigos ... fazei o bem
aos que vos odeiam" (MT V, 44);
c) meditar o exemplo do divino Mestre, Cordeiro manso e humilde de
coração.

7. PREGUIÇA
 1º. Natureza. Preguiça é o apego desmedido ao descanso
que leva a omitir nossas obrigações, ou a descuidá-las. O
espírito e o corpo do homem que trabalha necessitam de
repouso. Mas, este não pode vir a ser regra geral, e com que
o único fruto da existência.

 Distinguem-se:
 a) preguiça espiritual;
b) preguiça corporal.

 Aquela é falta de ânimo, de coragem no cumprimento dos
deveres religiosos, na oração. Esta é desleixo das nossas
obrigações de estado.
7. PREGUIÇA
 2º. Efeitos. A preguiça faz ociosa a vida, e
franqueia, a todas as tentações, os caminhos
da alma. "A preguiça é a mãe de todos os
vícios".
A preguiça espiritual põe em perigo a salvação
eterna, pois "cada um há de receber a própria
remuneração, conforme o próprio trabalho" (I
Cor III, 8).
7. PREGUIÇA
 3º. Malícia. É pecado grave, a preguiça,
quando chega até o esquecimento de Deus e
das nossas obrigações mais importantes.

 4º. Remédios. Para extirpar a preguiça,
reflita-se que o trabalho é lei universal imposta
pelo Criador. Os ricos não são dispensados.
Existe, para eles, o grande dever da caridade,
que os manda trabalhar a fim de aliviar, mais
eficazmente, a sorte dos pobres.

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Os 7 Pecados Capitais

  • 1. OS 7 PECADOS CAPITAIS
  • 2.  (Doutrina Católica – Manual de Instrução Religiosa – Moral)
  • 3. Vocábulos  1º. Pecados capitais. 1º. O termo pecado tem, nesta lição, duplo sentido. Significa: a) vício, quando se consideram a soberba, a avareza, a luxúria, etc., como maus hábitos que levam ao pecado; b) pecado atual, quando se trata de um ato transitório, seja ele causado por uma disposição habitual ou não.
  • 4. 2º. Capitais (do latim "caput": cabeça, fonte). a) porque podem ser pecados gravíssimos, dignos da pena de morte; b) porque, nos primeiros séculos da Igreja, considerados: como a idolatria, o homicídio, o adultério, e condenados a uma penitência pública; c) porque são origem, fonte de vários outros, ainda que não sejam necessariamente e sempre, pecados
  • 5. PECADOS CAPITAIS  Há sete pecados, ou vícios, que podem ser tidos como graves, quer quanto à sua natureza, quer quanto às suas conseqüências. 1) Soberba; 2) Avareza; 3) Luxúria; 4) Inveja; 5) Gula; 6) Ira; 7) Preguiça.
  • 6. 1. SOBERBA 1º. Natureza. Soberba é a estima excessiva da própria pessoa. Manifesta-se principalmente de três maneiras:  a) o soberbo mostra-se ufano das qualidades que tem, não se lembra que deve por elas dar glória a Deus: "Que tens tu, diz São Paulo, sem o teres recebido? E se o recebeste, como é que te glorias, como se aquilo fosse teu?" (I Cor IV, 7);  b) atribui-se dotes que não possui;  c)rebaixa as vantagens dos outros.  É parecido com o fariseu que coteja suas virtudes com os senões do próximo.
  • 7. 1. SOBERBA  2º. Derivadas da soberba. A soberba produz a ambição, a presunção, e a vanglória.  A. Ambição é o desejo descontrolado de glória, honras, fortuna, poder, etc. o ambicioso anda atrás das posições de destaque e das dignidades. "Apreciam o primeiro lugar nos banquetes, os assentos mais elevados nas sinagogas" (Mt XXIII, 6) diz Nosso Senhor, falando dos Escribas e dos Fariseus.  B. Presunção é a demasiada confiança em si próprio. O presunçoso exagera seus talentos, julga-se preparadíssimo para qualquer encargo. E trata de meter-se em negócios e empregos altos,
  • 8.  C. Vanglória é a mania de se envaidecer por predicados, mais brilhantes e espalhafatosos, do que reais e sólidos; de colher louvores, e pasmar os circunstantes, quanto não há motivo para tanto.
  • 9. 1. SOBERBA  A vanglória, por sua vez, gera:  a) a jactância. A jactância, gosta dos elogios. Baba-se por eles, suplica-os. E quando não os consegue logo, encomenda a si mesmo. Nas palestras, não deixa os outros falar. Só ele, só dele. Não aprecia os companheiros, nem se importa com eles, e por isso, conta, o que fez e não fez, mandou e desmandou, suas boas obras, virtudes, esmolas a) para livrar-se de censura imerecida;
  • 10.  b) a hipocrisia é outro fruto espúrio da vanglória. As felicitações que os gabolas se outorgam nos seus alardes palavrosos, o hipócrita quer granjeá-las por seus atos fiteiros, e suas virtudes de aparato.  Anda deslembrado dos conselhos de Nosso Senhor: "Tende cuidado em não fazer vossas boas obras para serdes vistos pelos homens ... quando dais esmola, não toqueis trombeta, como costumam os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, para que vos honrem os homens’ (Mt VI, 1,2);
  • 11.  3º. Malícia da soberba. É pecado grave, quando o orgulho quer elevar-se acima de Deus e dos superiores. É tido como fonte de todos os males.
  • 12.  4º. Remédios. Os meios para curar a chaga do orgulho são:  a) um exame atento, demorado, sincero, das nossas misérias, das nossas falhas e fraquezas; da inconsistência dessas coisas que nos envaidecem;  b) a contemplação da humildade de Nosso Senhor, que, sendo Deus, se rebaixou a ponto de revestir-se da humanidade, e sujeitar-se a todas as contingências mais triviais e vis da nossa natureza; depois, a todos os ultrajes.
  • 13. 2. AVAREZA  1º. Natureza. Avareza é o amor desregrado às riquezas. Assume duas modalidades:  a) É avarento o que anda aflito por ganhar mais dinheiro, sempre excogita artes de aumentar seus cabedais, e antes trata os bens como donos do que como servos. A fortuna, para ele, é um fim, e não o meio de prover às necessidades da existência.
  • 14.  b) É avarento mais encontradiço, o que está afeiçoado a seus tesouros. Sovina. Não dá nada. E quando precisa gastar, parece que lhe arrancam um pedaço da alma. A economia é outra coisa. Consiste em regular as despesas pelos rendimentos,: aquelas não excedendo estes. Não é vício. É virtude preciosa, estímulo do trabalho, e mãe da prosperidade. A avareza tanto se aninha no coração do pobre, como no do rico. Avulta, não raro, com a idade. Recrudesce com a velhice.
  • 15. 2. AVAREZA  2º. Efeitos. Da avareza nascem:  a) a injustiça para com o próximo: fraudes, trapaças, roubos;  b) a traição: Judas vendeu seu Mestre por trinta moedas;  c) o empedernimento do coração para com os indigentes. O avarento não se compadece da miséria: nunca abre a mão para obsequiar, para dar esmola aos pobres.
  • 16. 2. AVAREZA  3º. Malícia. A avareza pode vir a ser pecado grave:  a) contra Deus: o avarento prefere, com efeito, a tudo, o dinheiro. Adora o ouro. É seu ídolo. Deus não existe mais para ele.  b) contra o próximo: o avarento, certo é que não cumpre o dever de caridade.
  • 17.  4º. Remédios. Dois remédios podem fazer bem ao avarento:  a) lembre-se amiúde que tudo passa neste mundo; que são perecedouros, frágeis, e de pouquíssimo valor, os bens da terra. Única riqueza de verdade é amar a Deus.  b) medite nos exemplos de Jesus Cristo. Era riquíssimo, quis nascer, viver e morrer, pobre.
  • 18. 3. LUXÚRIA  Luxúria, ou lascívia, é o vício contrário à pureza, proibido pelo 6º e 9º Mandamentos da Lei de Deus. I. A pureza. 6º e 9º Mandamentos  1º. Excelência da virtude da pureza. A castidade, ou pureza, consiste na abstenção dos prazeres carnais ilícitos. Nenhuma virtude tem mais valor do que a castidade, porque ela, melhor que as outras, é o domínio do espírito sobre a carne, da alma sobre o corpo.
  • 19. 3. LUXÚRIA  2º. Objeto do 6º e 9º Mandamentos. O 6º e 9º Mandamentos da Lei de Deus proíbem os pecados de luxúria, contrários à virtude da pureza. Única diferença entre os dois, é que o 9º, repetindo o 6º, vai além, reforça a proibição, abarcando a mais os maus pensamentos e maus desejos. Assim, enquanto o 6º Mandamento veda atos, olhares e palavras ofensivas da modéstia cristã, o 9º atalha o mal na própria fonte, e condena o simples pensamento impuro, o simples desejo desonesto.
  • 20. 3. LUXÚRIA  II. O que é proibido pelo sexto Mandamento da Lei de Deus.  O 6º Mandamento da Lei de Deus proíbe:  1º. As más ações. Há certas coisas indecentes que o menino não se atreveria a praticar à vista de seus pais ou de seus mestres, e que desonram e envergonham os autores, quando essas coisas vêm a ser conhecidas.
  • 21.  2º. Maus olhares. Consistem em demorar a vista, por gosto e sem necessidade, nos objetos ou nas pessoas que podem excitar as paixões: por exemplo, estátuas, imagens ou pessoas que não têm a devida decência.  3º. Escritos e palavras desonestas. Quer dizer, qualquer escrito (maus livros e maus jornais), qualquer palavra que ofendem .  Quanto às más conversas, afirma São Paulo (I Cor XV, 33) "que corrompem os bons costumes".
  • 22. III. O que proíbe o 9º Mandamento O 9º Mandamento proíbe:  1º. Os maus pensamentos. O pecado de pensamento, que os teólogos, chamam de "deleitação morosa", consiste em se demorar, voluntariamente, na imaginação de uma coisa ruim, sem querer mesmo chegar à prática da mesma. Esta independe da vontade. É uma tentação.
  • 23.  É pecado mortal, quando a coisa é mesmo ruim, e o consentimento pleno. Do contrário, é venial. E não há pecado nenhum, quando se combate e se afugenta a representação do mal, e se reprova.
  • 24. 2º. Os maus desejos.  O desejo é mais do que o pensamento, porque, com a imaginação do ato mau, está a intenção e vontade de praticá-lo. Perante Deus, é a mesmíssima coisa:  querer ver,  ouvir ou  fazer, coisas impudicas,  e ver, ouvir,  ou fazer. Agora os desejos desonestos são como os pensamentos: culpados, exatamente na proporção em que são voluntários
  • 25. IV. Gravidade dos atos contra a pureza. É facílimo avaliar a gravidade dos atos contra a pureza, pela meditação das conseqüências desastradas que acarretam na alma e no corpo:   a) Na alma. Nublam, entenebrecem, e materializam, a inteligência. Cegam-na para as coisas de Deus (I Cor II, 14). Desmoralizam e embrutecem o coração que, então, se separa e afasta de Deus, abandona a religião, cai na impiedade.   b) No corpo. A impureza estraga a saúde, exaure as forças, traz as doenças mais repugnantes e vergonhosas, as enfermidade mais asquerosas, e não raro, fim prematuro. Portanto, são mortais, geralmente, os pecados de impureza, a não ser que a irreflexão diminua esta gravidade
  • 26. V. Causas que levam à impureza.  As causas determinantes de pecados contra a castidade podem se classificar em: exteriores e interiores.  1º. Causas exteriores. São as que deparamos fora do nosso espírito viciado e do nosso coração corrupto pelo pecado original:
  • 27. a) As más leituras.  Esta rubrica geral abrange os livros ímpios, licenciosos, jornal ruim, revista ruim, e em especial, folhetins e romances que pintam ou encarecem o vício: Uns e outros provocam desgraças. Não há iludir ou anestesiar a consciência. Ninguém se imuniza contra este tóxico violento, traiçoeiro e fatal. Dirão que procuram unicamente as belezas literárias, o encanto das descrições, a magia do estilo. É verdade. Isca fementida. Engodo.
  • 28.  Procura-se tudo isso, e encontra-se mais alguma coisa: o veneno, que a alma engole por doses pequenas ou grandes, e que mata . É absurdo. E será mesmo tão minguada a nossa literatura, que só nesses charcos se poderão descobrir modelos de estilo, de bela dição, de alta cultura clássica?
  • 29.  b) Espetáculos. Teatros e cinemas não são maus por índole, por natureza, é claro. Haveriam mesmo de aformosear a alma, educar a vontade, e nobilitar o coração. E passam a ser verdadeiras escolas do crime e da imoralidade. Glorificação do vício, apoteose e triunfo da impureza, e menosprezo ou escárnio da virtude, isto é que é. Alexandre Dumas o disse alto e bom som: a mãe prudente não assiste aos espetáculos, e muito menos levaria aí sua filha.
  • 30. c) Dança e baile.  Sendo exercício corporal, a dança é ginástica nada reprovável. A Bíblia refere, em muitas passagens, sem nota alguma pejorativa, as danças praticadas pelas moças e senhoras de Israel, para divertimento (Juízes XXI, 21, 23; Jerem. XXXI, 4,13) antes religioso, manifestação de piedade, do que mundano. A filha de Jefté vai ao encontro do pai, e vai dançando com uma porção de companheiras (Juízes XI, 34). Quando Davi, vencedor de Golias, regressa triunfante, as mulheres de Israel o ovacionam e celebram, com danças, a glória dele (Reis XVIII, 6, 7; XXI, 11). Davi ia dançando diante da Arca da Aliança, que ele mandava recolher, com inaudita pompa (II Reis VI, 5). Nota-se, entretanto, que, as mais das vezes, dançavam, as jovens, sozinhas, separadas dos moços (Ex XV, 20; I Samuel XVIII, 6).
  • 31.  A dança moderna, conhecida por nomes variadíssimos, é outra coisa.  Altamente condenável, por causa da liberdade infrene que nela reina, dos encontros que ali se realizam. Excetuando determinadas reuniões de família, a regra geral é que não se deve dançar. Muito menos ainda, se hão de freqüentar bailes públicos, ou bailes mascarados, que são os mais perigosos. Em que conta teremos os tais bailes de caridade? São organizados para angariar donativos, para aliviar os desamparados, ou as vítimas de alguma calamidade: inundação, seca, incêndio, etc.; motivo de beneficiência. Ora, para saber o que vale este sistema, examinemos o caso. Será, um baile, mais puro e menos arriscado, porque o fim é a esmola? Que tem uma coisa com outra? Onde é que se viu alterada a essência de uma coisa porque se lhe mudou o destino?
  • 32. d) Reuniões mundanas e más companhias.  "Dize-me com quem andas, que te direi quem és". A freqüentação, os passeios, as amizades, ou familiaridade com pessoas levianas, frívolas, em busca de passatempos quaisquer, e que gastam o dia no ócio e na moleza, são também causas de muitos pecados de impureza.  e) Modas desonestas. Nos trajes femininos, a moda apresenta, por vezes, excentricidades que constituem verdadeiro desafio e insulto ao bom gosto e ao pudor. Tais modas são reprovadas pela religião, pela moral, e até pelo senso comum.
  • 33. 2º. Causas interiores.  As causas provenientes de nós mesmos são:  a) Orgulho. Deus não ama os que "se ensoberbecem nos seus juízos", desampara-os, e deixa-os "entregues a paixões de ignomínia" (Rm I, 21,26).  b) Intemperança. "Não vos embebedeis com vinho, diz São Paulo, isto é, fonte de devassidão: mas inebriai-vos do Espírito Santo" (Ef V, 18). Quem anda atrás dos deleites dos festins, dá a mão às tentações da carne e da concupiscência. c) Ócio. A preguiça é mãe de todos os vícios, e São Jerônimo afirma, desassombrado que, se está um demônio solicitando ao mal o homem que trabalha, estão mais de cem demônios tentando o que está desocupado.
  • 34. VI. Remédios contra a impureza. 1º. Meios naturais.  a) é preciso lembrar, primeiro, a fuga das ocasiões que podem levar ao pecado, quer dizer, a supressão, de vez, de todas as causas acima mencionadas.  A ocasião se diz remota ou próxima.
  • 35. a) Ocasião remota é a que conduz, de modo muito indireto, até a ofensa a Deus. Tais ocasiões enxameiam pelo mundo, não há como evitá-las sempre, porque se alastram por todas parte. A melhor boa vontade não o conseguiria. Fugir delas não constitui obrigação.
  • 36. b) Ocasião próxima é a que provoca a tal ponto que é quase certo cometermos o pecado, se ela não for removida. (1) A ocasião próxima será necessária de necessidade física ou moral: necessidade física, quando é de todo impossível suprimi-la; necessidade moral, quando a dificuldade é grande. (2) Em ambos estes casos, é preciso lançar mão de todos os preservativos e orações, recepção dos Sacramentos da Penitência e Eucaristia. Renovar, amiúde, o propósito de nunca mais pecar. (3) (2) Ou a ocasião próxima pode ser afastada, e então, há obrigação imperiosa de removê-la. É condição "sine qua non" para obter a absolvição. (4) A Igreja impõe esta regra, porque conhece o que diz a Sagrada Escritura: "Quem ama o perigo, há de cair no
  • 37.  b) a vigilância é guarda dos sentidos, da imaginação e das afeições; c) a humildade; d) a mortificação; e) o trabalho, são outros tantos meios naturais e auxiliares poderosos na luta pela pureza.
  • 38. 2º. Meios sobrenaturais.  Com os meios naturais, é indispensável ainda, o emprego dos meios sobrenaturais. Os principais são:  a) Oração. Deus nada recusa a quem pede. b) Confissão. Desvendar a chaga é curá-la. c) Comunhão freqüente. A Eucaristia é o alimento da força. d) Devoção a Maria Santíssima. Vendo perigo, a criancinha recolhe-se junto da mãe. Maria Santíssima é mãe de todos nós, e ela tanto estima a virtude de pureza, que protegerá seus devotos que lhe suplicam auxílios, que se recolhem pela prece, à sombra benéfica de sua égide maternal.
  • 39. 4. INVEJA  1º. Natureza. A inveja deriva-se da soberba. Consiste no regozijo pela desgraça que sucede ao próximo e no pesar pela boa sorte dele, como se a felicidade alheia perturbasse a nossa. Logo, a inveja tem duas caras: expandida e risonha perante o mal dos outros; amarrada e tristonha diante da prosperidade alheia.  O distintivo essencial da inveja é a falta de caridade. Portanto, não tem inveja:
  • 40. 4. INVEJA  1. quem se entristece porque vê que é feliz e passa bem uma pessoa que não o merece. Não é inveja, é "zelo desatinado" porque a repartição dos bens deste mundo é da conta exclusiva de Deus;  2. quem fica triste com a promoção de fulano, porque isto poderá causar transtornos; é "temor legítimo", se não ajuizado;  3. quem anda acabrunhado, porque outro ganhou o lugar que ele mesmo havia pleiteado por seus esforços; chama-se "brio, emulação".  Ciúme é uma face da inveja. Não se alegra com os reveses e dissabores alheios. Mas tem o receio exacerbado de perder o bem que possui, e cobiça violentamente o bem dos outros.
  • 41. 4. INVEJA  2º. Efeitos. Da inveja nascem a calúnia, a maledicência, a delação, as rivalidades, as discórdias, o ódio e até o homicídio.  3º. Malícia. A inveja ofende a caridade que devemos ao próximo. É tanto mais culpada quanto mais avultado fôr o dano que ela causar aos outros.  4º. Remédios.  a) primeiro meio para tratamento desta enfermidade moral é recordarmos que todos os homens tem igual natureza e igual destino. Não são irmãos em Cristo todos os católicos? E não são todos eles membros da mesma sociedade que é a Igreja?  b) segundo meio, é ponderarmos as conseqüências nefandas que formam o séquito da inveja.
  • 42. 5. A GULA.  1º. Natureza. Gula é o amor desordenado ao alimento. Quando se aplica de modo especial à bebida chama-se embriaguez, alcoolismo.  A. Considerada em geral, a gula manifesta-se de duas maneiras:  a) pelo excesso na quantidade. O guloso multiplica as refeições; come a torto e a direito; ou então come demais, ou muito depressa, avidamente;  b) por excessiva exigência na qualidade. Peca por gula o que procura iguarias finas, e requinta nos prazeres do paladar; e até, quem repisa, a
  • 43. 5. A GULA.  B. Embriaguez é a forma mais torpe e repugnante da gula. Com efeito, quem cai neste vício até ficar bêbado, perde o uso da razão e resvala abaixo dos brutos.  C. Alcoolismo é a paixão dos excitantes, das bebidas fortes. O alcóolico não chega a embebedar-se; mas, em doses exageradas e múltiplas, ingurgita o temível veneno. Tornou- se hábito, necessidade fatal.
  • 44. 5. A GULA.  2º. Efeitos. A gula em geral provoca:  a) o abandono das obrigações religiosas;  b) a transgressão das leis do jejum e da abstinência;  O alcoolismo tem conseqüências ainda mais desastradas. Com efeito, o alcoolismo não é senão embriaguez no estado crônico:  a) no indivíduo viciado por este funestíssimo hábito, aparecem as doenças mais impiedosas (...) As faculdades intelectuais embotam-se gradualmente, e breve, a vítima acha-se como que bestificada. No ponto de vista moral destrói o pudor e os brios, deixando apenas a medrar os instintos da animalidade.
  • 45.  b) na família é fautor de anarquia. O alcóolico foge do lar; deixa no desamparo mulher e filhos. E se, porventura ainda trabalha, gasta com o vício tudo o que vai ganhando.  c) para a sociedade também o alcoolismo é um flagelo, um cancro. Nos países onde grassa, queima as veias de um povo inteiro, dessora e desfibra a raça mais profundamente do que a chacina das batalhas.
  • 46. 3º. Malícia.  O amor exagerado do comer e do beber não é, em si, pecado grave.  Com a embriaguez, o caso é outro. Quando acidental e involuntária, desculpa-se; mas se for propositada, é pecado mortal. Quanto às faltas cometidas pelo bêbado, ele é responsável no grau em que as previu: a culpabilidade não está no ato, está na causa.  Tanto mais culpado é o alcoolismo quanto mais lamentáveis são os estragos que produz.
  • 47. 4º. Remédios.  Para sanar este defeito da gula são eficazes as seguinte receitas:  a) evitar tudo o que lisonjeia demais o paladar, como as iguarias saborosas e muito finas;  b) pensar que isto de comer e beber não é o fim da atividade humana. Existe o alimento para a vida, não a vida para o alimento.  c) os pais devem incutir no ânimo dos filhos o amor da temperança e sobretudo dar-lhes bons exemplos a respeito.  d) as donas de casa zelem por ter um lar confortável e atraente, que agrade às visitas, ao esposo e aos filhos, desviando-os da freqüentação de tabernas e botequins.
  • 48. 6. IRA  1º. Natureza. Ira é um movimento desordenado da alma que se revolta contra o que não lhe apraz. Muitas vezes, é o resultado do orgulho que se julga melindrado, e quer desforçar-se. Mas é também uma paixão proveniente da índole, e que a vontade custa a senhorear.  Nem sempre alcança, a ira, o mesmo grau de violência. Por isso distinguem-se:  a) a impaciência; b) a raiva; c) o arrebatamento, que se derrama em berros e desaforos; d) o furor, que se traduz por insânias, acessos próximos da loucura; e)a vingança, que é o desejo cultivado de prejudicar a quem nos desagradou.
  • 49. 6. IRA  Há certa cólera que não é pecado. Vem a ser, apenas, justa indignação, quando se manifesta dentro de limites razoáveis: na hora azada, contra quem a merece, e com intensidade prudente. Um pai de família se mostrará oportuna e eficazmente irritado com o comportamento mau do filho, e infligirá uma correção enérgica que produza frutos de emenda. Um superior de comunidade, no desempenho do seu cargo, castiga publicamente uma ofensa à regra. A cólera, então, não é vício, é virtude.   Na Sagrada Escritura, temos muitos fatos destes. Moisés, ao deparar com o bezerro de ouro, deixa-se arrebatar pelo furor da ira santa, e quebra as tábuas da Lei (Ex XXXII, 19). Deus, muitas vezes, ira-se contra os pecadores (Sl CV, 40). Nosso Senhor lança mão do chicote, e tange para fora, irado, os vendilhões do Templo (Mt XXI, 12). Zanga com os Fariseus, que andavam espiando, para ver se haveria de curar, em dia de Sábado, o enfermo com a mão ressequida (Mc III, 5). São cóleras santas que têm justificativa no fim almejado: debelar ou fustigar o mal, e emendar os pecadores. 
  • 50. 6. IRA  2º. Efeitos. A ira gera as disputas, as quisílias, doestos e vitupérios, brados e invectivas, rancor, ódios, assassínios e demandas.   3º. Malícia. Quando a cólera provém da índole, do gênio, é culpa venial só, a não ser que se desmande em crises, e seja deliberada. Quando inclui o desejo desnorteado de vingança, ofende a justiça ou a caridade, e então é pecado grave.   4º. Remédios. Para amordaçar e refrear a cólera, é preciso:   a) atalhar logo o primeiro ímpeto; b) lembrar-se do preceito do Senhor: "Amai vossos inimigos ... fazei o bem aos que vos odeiam" (MT V, 44); c) meditar o exemplo do divino Mestre, Cordeiro manso e humilde de coração. 
  • 51. 7. PREGUIÇA  1º. Natureza. Preguiça é o apego desmedido ao descanso que leva a omitir nossas obrigações, ou a descuidá-las. O espírito e o corpo do homem que trabalha necessitam de repouso. Mas, este não pode vir a ser regra geral, e com que o único fruto da existência.   Distinguem-se:  a) preguiça espiritual; b) preguiça corporal.   Aquela é falta de ânimo, de coragem no cumprimento dos deveres religiosos, na oração. Esta é desleixo das nossas obrigações de estado.
  • 52. 7. PREGUIÇA  2º. Efeitos. A preguiça faz ociosa a vida, e franqueia, a todas as tentações, os caminhos da alma. "A preguiça é a mãe de todos os vícios". A preguiça espiritual põe em perigo a salvação eterna, pois "cada um há de receber a própria remuneração, conforme o próprio trabalho" (I Cor III, 8).
  • 53. 7. PREGUIÇA  3º. Malícia. É pecado grave, a preguiça, quando chega até o esquecimento de Deus e das nossas obrigações mais importantes.   4º. Remédios. Para extirpar a preguiça, reflita-se que o trabalho é lei universal imposta pelo Criador. Os ricos não são dispensados. Existe, para eles, o grande dever da caridade, que os manda trabalhar a fim de aliviar, mais eficazmente, a sorte dos pobres.