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Fundação Dom Cabral
                                       Reunião 16/11/2011 – quarta-feira
                                        Projeto Inovações Ambientais
                Reunião com Pró-reitores e NITs das universidades e centros de pesquisa
                                               de Minas Gerais


        No dia 16 de novembro de 2011 foi realizada na Fundação Dom Cabral uma reunião com os pró-
reitores de pesquisa e gestores dos NITs das universidades e centros de pesquisa de Minas Gerais. A reunião
está inserida no contexto projeto Inovações Ambientais, que vem sendo desenvolvido pelo Núcleo de
Inovação da FDC e ocorreu ainda em parceria com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas
Gerais (FAPEMIG).
        Manhã
         A reunião foi iniciada com a apresentação da Fundação Dom Cabral e do projeto Inovações
Ambientais pelo seu coordenador Prof. Carlos Arruda. Logo em seguida a Professora Elza Fernandes Araújo
da FAPEMIG apresentou a alguns pontos importantes da instituição, bem como a Assessoria Adjunta de
Inovação. A professora ressaltou que a Fapemig está empenhada em trabalhar para que se promova cada vez
mais a inovação em Minas Gerais, nesse sentido uma ação conjunta mostra-se fundamental, inclusive com
novos parceiros. A professora entende que para gerar inovação é necessário buscarmos institucionalizar a
questão dentro das mais diversas esferas que isso possa ocorrer (governo, órgãos de fomento, universidades e
centros de pesquisa, com empresas e afins), gerando assim toda uma política de inovação. Nesse sentido
apontou a necessidade de que assumamos o compromisso de nos questionar onde podemos agir dentro das
respectivas instituições e quais estratégias desenvolver.
        Ressaltou ainda que um dos gargalos para a geração de maiores inovações não passa por questões
financeiras, mas sim pela necessidade de uma maior objetividade, direcionamento e convergência das
pesquisas.
        A professora salientou também que é necessária uma maior interação das ICTs com empresas, as
quais levam à inserção de novas tecnologias no mercado, maior competitividade e contribua assim para o
desenvolvimento econômico e social do país.
        Em seguida houve a apresentação institucional dos participantes, na qual se buscou expor as ações e
iniciativa existentes voltadas para a área de inovação ambiental. (Lista de presença no Anexo 1). Estiveram
presentes as seguintes instituições:
Tabela 1: Instituições Presentes
                      CEFET-MG     Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais
                      FUNED        Fundação Ezequiel Dias
                      UEMG         Universidade do Estado de Minas Gerais
                      UFJF         Universidade Federal de Juiz de Fora
                      UFMG         Universidade Federal de Minas Gerais
                      UFOP         Universidade Federal de Ouro Preto
                      UFSJ         Universidade Federal de São João del-Rei
                      UFTM         Universidade Federal do Triângulo Mineiro
                      UFU          Universidade Federal de Uberlândia
                      UFV          Universidade Federal de Viçosa
                      UFVJM        Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri
                      Unifal-MG    Universidade Federal de Alfenas
                      UNIFEI       Universidade Federal de Itajubá
                      UNIMONTES    Universidade Estadual de Montes Claros


         Neste momento ressaltou-se que há algumas décadas no Brasil a interação da universidade com o
setor privado era considerada como “prostituição” da pesquisa, tratada como uma questão absurda. Para os
presentes felizmente esta concepção vem mudando e dando lugar a uma visão de que a colaboração e a busca
por maior aplicabilidade das pesquisas é necessária e vital para o desenvolvimento do país e transformação
de nossa realidade.
         Nesse sentido foi salientada a importância de se ampliar o olhar das universidades e centros de
pesquisa, os quais focam bastante na consolidação dos centros, mas se esquecem de se preocupar com a
profissionalização de seus entes. Um dos desafios passa em encontrar meios de estimular os pesquisadores
ligados à publicação de pesquisa básica a investir parte do seu tempo para a geração de inovações. Neste
ponto mostra-se necessário encontrar formas de se incentivar e premiar ações na área de inovação.
         Outro gargalo está dentro das empresas, as quais importam mais do que investem em tecnologias e
projetos nacionais. Não se mostram muito pré-dispostas a um desenvolvimento conjunto, geralmente buscam
por inovações prontas no mercado, as quais apenas implementam e incorporam.
         Ao final da manhã o professor Carlos Arruda apontou algumas provocações de discussão para a
tarde:
         A primeira referente à formação de um grupo composto pelas instituições de pesquisa presentes e
demais interessadas voltado para práticas e discussão de problemas comuns na área de inovação (análogo ao
Centro de Referência em Inovação – CRI – que já vem sendo desenvolvido pela FDC).
         Numa segunda provocação ressaltou que atualmente existem dois relatórios mundiais relevantes de
competitividade, ambos de instituições suíças. A saber:
                 - World Competitiveness Yearbook, elaborado pelo IMD (International Institute for
         Management Development) página oficial do WCY 2011:
http://www.imd.org/research/publications/wcy/index.cfm
                - Global Competitiveness Report, elaborado pelo WEF (World Economic Forum) – página
        oficial do WEF:
                http://www.weforum.org/issues/global-competitiveness
        De acordo com estes documentos a capacidade de crescimento do longo prazo de um país está
associada à inovação, que por sua vez é baseado na cadeia de transformação da inovação. Para que a empresa
consiga inovar ela deve ancorar em alguns pontos: base tecnologia, por sua vez ligada à base científica, que
se baseia na educação
        Dentro da dinâmica mundial ligada à inovação existem três tipos de ações: (1) existem países
geradores de conhecimento; (2) países usuários do conhecimento e que auferem ganhos financeiros com
estes conhecimentos; (3) e aqueles mais excluídos que não geram nem fazem uso dos conhecimentos. No
Brasil esta dinâmica se repete com a parte sul e sudeste como geradora de conhecimento e a norte/nordeste
como usuária.
        O Brasil situa-se como o 13° país na produção de artigos de relevância internacional, porém em
termos de educação não se encontra tão bem colocado, o que prejudica a disponibilidade de recursos
humanos para participar da cadeia de inovação. Apenas 16% dos graduandos estão em cursos de engenharia
e ciência e tecnologia, uma vez que este percentual no Japão, por exemplo, salta para 60%. Deste modo o
país está perdendo em termos de competitividade e educação, em ter pessoas em capazes de sustentar a
produção, gerar maior produtividade e novos conhecimentos.
    O Professor também ressaltou que a produção de conhecimento e tecnologia dentro das universidades
voltada para a inovação necessita mover-se mais orientada pela demanda, por solução de problemas práticos
apontados pelas empresas. Propõe-se assim um abandono da postura apenas de ofertante de tecnologias,
patentes e afins e voltar-se mais para uma solução conjunta de problemas.
    Tarde
    No período da tarde buscou-se discutir os problemas e principalmente ações possíveis para que possamos
aumentar as inovações, principalmente na área ambiental. As discussões serão, no presente relatório,
organizadas por tópicos afins.
        Mapeamento e busca por competências: Inicialmente foi retomado um ponto salientado ainda na
manhã referente à necessidade de um mapeamento mais completo das competências de cada universidade na
área de inovação (desde pesquisa básica até depósitos de patentes). Mas ao mesmo tempo foi questionado as
formas dês se dar uma resposta ao que as empresas buscam, apontar onde ela pode encontrar as soluções que
procura? Assim um mapeamento ou outra forma de síntese deve também acobertar este objetivo. Para tal é
necessário conhecer a universidade, organizar informações e identificar potenciais de sinergias entre áreas.
Neste ponto foi também apontado a possibilidade de se realizar fóruns para que as instituições
possam trocar informações sobre os mapeamentos, ou ainda um sistema que permita este intercâmbio
constante e sempre atualizado.
        Plataforma Lattes: A plataforma Lattes é uma boa fonte de informação, porém na prática não é um
caminho que as empresas utilizam, por tem um grande volume de informações que os professores e
pesquisadores colocam em seus currículos, o que dificulta e torna a busca mais cansativa. Pode-se também
pensar meios de facilitar a busca.
        Sugere-se ainda inserir no currículo Lattes uma forma de premiar a participação de pesquisadores em
pesquisas com empresa, como mais uma forma de incentivo.
        Workshops entre empresas (por setor e áreas específicas) e NITs: Foi sugerido também reunir
empresas por áreas ou setores específicos ou sindicatos juntamente com NITs, para que estes possam apontar
programas e projetos nas áreas correlacionadas aos problemas apontadas pelas empresas. Observa-se
atualmente que a maioria das interações entre universidades e empresa tem sido empreendida via
professores, isoladamente, o que esbarra em aptidões de negociação, que nem todos possuem. Neste ponto
uma possível solução passa por um órgão específico que pudesse fazer esta ponte.
Qual tem sido a dificuldade das universidades? A moeda que tem é a publicação, que instrumentos que a
Fapemig pode fornecer para os pesquisadores para voltar a atenção para a pesquisa básica para a inovação. O
depósito de patentes não inviabiliza suas publicações.
        Incentivar publicações conjuntas com empresas – não apenas por financiamento de órgãos de
fomento (como Fapemig e CNPq): Deve-se também trabalhar o professor que busca pesquisas apenas via
financiamentos dos órgãos de fomento como Fapemig e CNPq. Este professor deve ser trabalhado e
incentivado a buscar outras formas de interação para viabilizar suas pesquisas.
        Neste ponto retoma-se a questão levantada pela manhã das formas de incentivo a serem pensadas
que levem o pesquisador a interagir mais com as empresas e deixar de ter o foco principal na publicação de
papers, e tornar-se também mais interessado em tecnologias que vão gerar negócios.
        Efeito demonstração positivo: É interessante também aumentar a cultura de cooperação para a
inovação através da valorização e divulgação de casos de sucesso de interação, viabilizando assim um efeito
demonstração positivo.
        Mudanças no marco regulatório e regimentos: É também necessário repensar e modificar as
resoluções das universidades para que permitam que o professor trabalhe em empresas e em parcerias com
elas e receba a remuneração correspondente. Busca-se assim minimizar problemas legais e morais no que diz
respeito às interações, bem como deixar as regras mais claras.
        Diferenciar prestação de serviço de inovação em parceria com empresas: É necessário também
pautar corretamente as diferenças entre serviço prestado e inovação em conjunto.
Gerar uma cultura de inovação / envolver as instituições: Foi consenso da maioria presente que o
Brasil e Minas Gerais ainda não tem uma cultura de inovação. Nesse sentido as dificuldades não estão
apenas nas questões da parceria, mas passa também por outras questões e, sobretudo pelas demais
instituições envolvidas. Volta-se também a um ponto discutido na manhã da necessidade de se
institucionalizar a importância e busca contínua pela inovação e poder envolver e gerar ações convergentes e
sinergias entre as instituições envolvidas (como CNI, FIEMG, Finep, entre outras).
        Empresas encubadas e de base tecnológica: Outra forma possível pode passar também pelas
universidades como geradoras de empresas de base tecnológica. As inovações mais robustas resultam em
startups, porém geralmente estas empresas não apresentam um plano de negócios bem formulado e assim
perdem um pouco a noção de sua perspectiva de vida, de crescimento. Neste ponto enxerga-se ser válido
investigar formas de fornecer auxílios mais estratégicos do que financeiros.
        Surgiu ainda o questionamento dos NITs atuarem como apoiadores no processo de criação destas
empresas. A universidade entraria um pouco mais na dinâmica da empresa nascente. Até então se têm apenas
casos isolados, ainda não institucionalizados. Pode ser interessante assim buscar formas de se aumentar a
escala das ações.
        Fapemig: A FAPEMIG como fomentadora e indutora de pesquisas e inovações em Minas Gerais
pode ainda procurar alguns meios de premiar pesquisadores que mostrarem uma maior interação com
empresas, orientada para a inovação. Bem como incluir na analise de concessão de recursos para pesquisas
alguns quesitos que levem em conta tais cooperações. Mostra-se também interessante manter e ampliar a
política de editais induzidos.
        Inserir a temática da inovação nos cursos ministrados pelas instituições: Mediante ao
surgimento de novos cursos nas universidades pode ser também uma boa ação inserir na estrutura curricular
algum tópico juntamente às disciplinas chave relacionado à questão da inovação. É possível assim dar um
direcionamento que forneça a noção de inovação nas mais diversas áreas e que não fique apenas confinado às
ciências sociais e administrativas como tem sido observado. É assim uma ação de longo prazo.


        Por fim ressaltou-se que a realidade da pesquisa no Brasil é um pouco diferente, o financiamento é
feito majoritariamente pelo Estado e quem avalia a produtividade e qualidade das pesquisas é também o
Estado. Neste sentido um grande peso é dado na avaliação para publicações e publicações de alto impacto.
        Deste modo faz necessário os presentes encontrarem meios para reinventarem ou contornarem este
modelo básico e deixar de encarar a universidade como uma instituição dissociada da dinâmica privada da
sociedade.
Nesse sentido propôs-se como um começo a redação de uma carta de manifestação, propondo
outras possibilidades para que se possa compatibilizar os diferentes interesses e manifestando o
comprometimento e entendimento das universidades em relação a esta questão.
        Na área ambiental foi sugerido os NITs realizarem um mapeamento do que está sendo produzido nas
universidades.
        Manter por um tempo maior o diretor do NIT: Um dos gargalos apontados foi também a lata
rotatividade dos membros em em alguns NITs, o que dificulta a continuidade de alguns projetos, sobretudo
os de médio e longo prazo. Deve-se assim buscar meios de perenizar um pouco mais tais cargos. Uma das
saídas apontadas foi a abertura de concurso.
        Aumentar a prioridade da inovação dentro das pró-reitorias de pesquisa: Outro gargalo foi
ainda o pouco espaço que a inovação tem nas pró-reitorias de pesquisa. Uma das sugestões para se minimizar
o problema foi incluir já no nome das mesmas o termo inovação como uma forma de institucionalizar mais
ainda a questão e a manter sempre na pauta.
        Estrutura física voltada para a inovação: Foi sugerido também criar-se estruturas físicas voltadas
para a inovação, como edificações que abrigariam os órgãos que atuam no tema nas universidades, empresas
de base tecnológica e startups, entre outros. Ação esta que dá visibilidade para a inovação e gera também
uma maior institucionalização.


ANEXO 1 - Participantes
Nome                                     Instituição   Email                            Telefone
Nilton S. Maia                           CEFET-MG      niltonmaia@civil.cefetmg.br      31-92789960
Cynthia Mendonça Barbosa                 FAPEMIG       dpi@fapemig.br                   31-32802104
Elza Araújo                              FAPEMIG       elzaaraujo@fapemig.br            31-32802161
Heber Neves                              FAPEMIG       heberneves@fapemig.br            31-32802104
Mônica Vilela Martins                    FAPEMIG                                        31-32802104
Patrícia de Lourdes Santos               FAPEMIG       patriciasantos@fapemig.br        35-91212479
Paulo Kleber                             FAPEMIG       paulokleber@fapemig.br
Renata Freire                            FAPEMIG                                        31-32802104
 Ana Caroline Xavier                     FUNED         ana.vilasboas@funed.mg.gov.br 31-33144767
Cristina Abijaode                        UEMG          cristina.uemg@gmail.com          31-87592122
Terezinha Abreu Gontijo                  UEMG          terezinha.gontijo@uemg.br        31-92066754
Luiz Carlos Tonelli                      UFJF          luiz.tonelli@ufjf.edu.br         32-99773726
Maria Cristina Andreolli Lopes           UFJF          cristina.lopes@ufjf.edu.br       32-88432815
Marisa Mancini                     UFMG         mcmancini@ufmg.br            31-34094031
Renato de Lima Santos              UFMG         rsantosufmg@gmail.com        31-34094031
Ado Jorio de Vasconcelos           UFMG         adojorio@fisica.ufmg.br      31-34094033
Tanus Jorge Nagem                  UFOP         tanus@ufop.br                31-35591367
Izabel Cristina da Silva           UFOP         izabel.nit@prupp.ufop.br     31-35591369
Antônio Luiz Assunção              UFSJ         assuncao@ufsj.edu.br         32-33792447
Júlio César de Souza Inácio Gonçalves UFTM      julio@icte.uftm.edu.br       34-91470988
Fábio de Oliveira                  UFU          foliveira@umuarama.ufu.br
Eduardo S. G. Mizubuti             UFV          pr.ppg@ufv.br                31-38992147
Rodrigo Gava                       UFV          rgava@ufv.br                 31-38991421
Leonardo Morais da Silva           UFVJM        lsilvamorais@hotmail.com
Wesley Dias Maciel                 UFVJM        wesleydiasmaciel@gmail.com   31-84642501
Antonio Carlos Doriguetto          Unifal-MG    posgrad@unifal-mg.edu.br     35-32991067
Luciana Maria Baiocco Ikegaki      Unifal-MG    nipi@unifal-mg.edu.br        35-32991403
Fred Leite Siqueira Campos         UNIFEI       fredlsc@unifei.edu.br        35-36291497
Vicente Ribeiro Rocha Júnior       UNIMONTES vicente.rocha@unimontes.br      38-32298181
Dario Oliveira                     UNIMONTES dario.oliveira@unimontes.br     38-32298156

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Relatório - Projeto Inovações Ambientais. Reunião com Pró-reitores e NITs das universidades e centros de pesquisa de Minas Gerais

  • 1. Fundação Dom Cabral Reunião 16/11/2011 – quarta-feira Projeto Inovações Ambientais Reunião com Pró-reitores e NITs das universidades e centros de pesquisa de Minas Gerais No dia 16 de novembro de 2011 foi realizada na Fundação Dom Cabral uma reunião com os pró- reitores de pesquisa e gestores dos NITs das universidades e centros de pesquisa de Minas Gerais. A reunião está inserida no contexto projeto Inovações Ambientais, que vem sendo desenvolvido pelo Núcleo de Inovação da FDC e ocorreu ainda em parceria com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (FAPEMIG). Manhã A reunião foi iniciada com a apresentação da Fundação Dom Cabral e do projeto Inovações Ambientais pelo seu coordenador Prof. Carlos Arruda. Logo em seguida a Professora Elza Fernandes Araújo da FAPEMIG apresentou a alguns pontos importantes da instituição, bem como a Assessoria Adjunta de Inovação. A professora ressaltou que a Fapemig está empenhada em trabalhar para que se promova cada vez mais a inovação em Minas Gerais, nesse sentido uma ação conjunta mostra-se fundamental, inclusive com novos parceiros. A professora entende que para gerar inovação é necessário buscarmos institucionalizar a questão dentro das mais diversas esferas que isso possa ocorrer (governo, órgãos de fomento, universidades e centros de pesquisa, com empresas e afins), gerando assim toda uma política de inovação. Nesse sentido apontou a necessidade de que assumamos o compromisso de nos questionar onde podemos agir dentro das respectivas instituições e quais estratégias desenvolver. Ressaltou ainda que um dos gargalos para a geração de maiores inovações não passa por questões financeiras, mas sim pela necessidade de uma maior objetividade, direcionamento e convergência das pesquisas. A professora salientou também que é necessária uma maior interação das ICTs com empresas, as quais levam à inserção de novas tecnologias no mercado, maior competitividade e contribua assim para o desenvolvimento econômico e social do país. Em seguida houve a apresentação institucional dos participantes, na qual se buscou expor as ações e iniciativa existentes voltadas para a área de inovação ambiental. (Lista de presença no Anexo 1). Estiveram presentes as seguintes instituições:
  • 2. Tabela 1: Instituições Presentes CEFET-MG Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais FUNED Fundação Ezequiel Dias UEMG Universidade do Estado de Minas Gerais UFJF Universidade Federal de Juiz de Fora UFMG Universidade Federal de Minas Gerais UFOP Universidade Federal de Ouro Preto UFSJ Universidade Federal de São João del-Rei UFTM Universidade Federal do Triângulo Mineiro UFU Universidade Federal de Uberlândia UFV Universidade Federal de Viçosa UFVJM Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri Unifal-MG Universidade Federal de Alfenas UNIFEI Universidade Federal de Itajubá UNIMONTES Universidade Estadual de Montes Claros Neste momento ressaltou-se que há algumas décadas no Brasil a interação da universidade com o setor privado era considerada como “prostituição” da pesquisa, tratada como uma questão absurda. Para os presentes felizmente esta concepção vem mudando e dando lugar a uma visão de que a colaboração e a busca por maior aplicabilidade das pesquisas é necessária e vital para o desenvolvimento do país e transformação de nossa realidade. Nesse sentido foi salientada a importância de se ampliar o olhar das universidades e centros de pesquisa, os quais focam bastante na consolidação dos centros, mas se esquecem de se preocupar com a profissionalização de seus entes. Um dos desafios passa em encontrar meios de estimular os pesquisadores ligados à publicação de pesquisa básica a investir parte do seu tempo para a geração de inovações. Neste ponto mostra-se necessário encontrar formas de se incentivar e premiar ações na área de inovação. Outro gargalo está dentro das empresas, as quais importam mais do que investem em tecnologias e projetos nacionais. Não se mostram muito pré-dispostas a um desenvolvimento conjunto, geralmente buscam por inovações prontas no mercado, as quais apenas implementam e incorporam. Ao final da manhã o professor Carlos Arruda apontou algumas provocações de discussão para a tarde: A primeira referente à formação de um grupo composto pelas instituições de pesquisa presentes e demais interessadas voltado para práticas e discussão de problemas comuns na área de inovação (análogo ao Centro de Referência em Inovação – CRI – que já vem sendo desenvolvido pela FDC). Numa segunda provocação ressaltou que atualmente existem dois relatórios mundiais relevantes de competitividade, ambos de instituições suíças. A saber: - World Competitiveness Yearbook, elaborado pelo IMD (International Institute for Management Development) página oficial do WCY 2011:
  • 3. http://www.imd.org/research/publications/wcy/index.cfm - Global Competitiveness Report, elaborado pelo WEF (World Economic Forum) – página oficial do WEF: http://www.weforum.org/issues/global-competitiveness De acordo com estes documentos a capacidade de crescimento do longo prazo de um país está associada à inovação, que por sua vez é baseado na cadeia de transformação da inovação. Para que a empresa consiga inovar ela deve ancorar em alguns pontos: base tecnologia, por sua vez ligada à base científica, que se baseia na educação Dentro da dinâmica mundial ligada à inovação existem três tipos de ações: (1) existem países geradores de conhecimento; (2) países usuários do conhecimento e que auferem ganhos financeiros com estes conhecimentos; (3) e aqueles mais excluídos que não geram nem fazem uso dos conhecimentos. No Brasil esta dinâmica se repete com a parte sul e sudeste como geradora de conhecimento e a norte/nordeste como usuária. O Brasil situa-se como o 13° país na produção de artigos de relevância internacional, porém em termos de educação não se encontra tão bem colocado, o que prejudica a disponibilidade de recursos humanos para participar da cadeia de inovação. Apenas 16% dos graduandos estão em cursos de engenharia e ciência e tecnologia, uma vez que este percentual no Japão, por exemplo, salta para 60%. Deste modo o país está perdendo em termos de competitividade e educação, em ter pessoas em capazes de sustentar a produção, gerar maior produtividade e novos conhecimentos. O Professor também ressaltou que a produção de conhecimento e tecnologia dentro das universidades voltada para a inovação necessita mover-se mais orientada pela demanda, por solução de problemas práticos apontados pelas empresas. Propõe-se assim um abandono da postura apenas de ofertante de tecnologias, patentes e afins e voltar-se mais para uma solução conjunta de problemas. Tarde No período da tarde buscou-se discutir os problemas e principalmente ações possíveis para que possamos aumentar as inovações, principalmente na área ambiental. As discussões serão, no presente relatório, organizadas por tópicos afins. Mapeamento e busca por competências: Inicialmente foi retomado um ponto salientado ainda na manhã referente à necessidade de um mapeamento mais completo das competências de cada universidade na área de inovação (desde pesquisa básica até depósitos de patentes). Mas ao mesmo tempo foi questionado as formas dês se dar uma resposta ao que as empresas buscam, apontar onde ela pode encontrar as soluções que procura? Assim um mapeamento ou outra forma de síntese deve também acobertar este objetivo. Para tal é necessário conhecer a universidade, organizar informações e identificar potenciais de sinergias entre áreas.
  • 4. Neste ponto foi também apontado a possibilidade de se realizar fóruns para que as instituições possam trocar informações sobre os mapeamentos, ou ainda um sistema que permita este intercâmbio constante e sempre atualizado. Plataforma Lattes: A plataforma Lattes é uma boa fonte de informação, porém na prática não é um caminho que as empresas utilizam, por tem um grande volume de informações que os professores e pesquisadores colocam em seus currículos, o que dificulta e torna a busca mais cansativa. Pode-se também pensar meios de facilitar a busca. Sugere-se ainda inserir no currículo Lattes uma forma de premiar a participação de pesquisadores em pesquisas com empresa, como mais uma forma de incentivo. Workshops entre empresas (por setor e áreas específicas) e NITs: Foi sugerido também reunir empresas por áreas ou setores específicos ou sindicatos juntamente com NITs, para que estes possam apontar programas e projetos nas áreas correlacionadas aos problemas apontadas pelas empresas. Observa-se atualmente que a maioria das interações entre universidades e empresa tem sido empreendida via professores, isoladamente, o que esbarra em aptidões de negociação, que nem todos possuem. Neste ponto uma possível solução passa por um órgão específico que pudesse fazer esta ponte. Qual tem sido a dificuldade das universidades? A moeda que tem é a publicação, que instrumentos que a Fapemig pode fornecer para os pesquisadores para voltar a atenção para a pesquisa básica para a inovação. O depósito de patentes não inviabiliza suas publicações. Incentivar publicações conjuntas com empresas – não apenas por financiamento de órgãos de fomento (como Fapemig e CNPq): Deve-se também trabalhar o professor que busca pesquisas apenas via financiamentos dos órgãos de fomento como Fapemig e CNPq. Este professor deve ser trabalhado e incentivado a buscar outras formas de interação para viabilizar suas pesquisas. Neste ponto retoma-se a questão levantada pela manhã das formas de incentivo a serem pensadas que levem o pesquisador a interagir mais com as empresas e deixar de ter o foco principal na publicação de papers, e tornar-se também mais interessado em tecnologias que vão gerar negócios. Efeito demonstração positivo: É interessante também aumentar a cultura de cooperação para a inovação através da valorização e divulgação de casos de sucesso de interação, viabilizando assim um efeito demonstração positivo. Mudanças no marco regulatório e regimentos: É também necessário repensar e modificar as resoluções das universidades para que permitam que o professor trabalhe em empresas e em parcerias com elas e receba a remuneração correspondente. Busca-se assim minimizar problemas legais e morais no que diz respeito às interações, bem como deixar as regras mais claras. Diferenciar prestação de serviço de inovação em parceria com empresas: É necessário também pautar corretamente as diferenças entre serviço prestado e inovação em conjunto.
  • 5. Gerar uma cultura de inovação / envolver as instituições: Foi consenso da maioria presente que o Brasil e Minas Gerais ainda não tem uma cultura de inovação. Nesse sentido as dificuldades não estão apenas nas questões da parceria, mas passa também por outras questões e, sobretudo pelas demais instituições envolvidas. Volta-se também a um ponto discutido na manhã da necessidade de se institucionalizar a importância e busca contínua pela inovação e poder envolver e gerar ações convergentes e sinergias entre as instituições envolvidas (como CNI, FIEMG, Finep, entre outras). Empresas encubadas e de base tecnológica: Outra forma possível pode passar também pelas universidades como geradoras de empresas de base tecnológica. As inovações mais robustas resultam em startups, porém geralmente estas empresas não apresentam um plano de negócios bem formulado e assim perdem um pouco a noção de sua perspectiva de vida, de crescimento. Neste ponto enxerga-se ser válido investigar formas de fornecer auxílios mais estratégicos do que financeiros. Surgiu ainda o questionamento dos NITs atuarem como apoiadores no processo de criação destas empresas. A universidade entraria um pouco mais na dinâmica da empresa nascente. Até então se têm apenas casos isolados, ainda não institucionalizados. Pode ser interessante assim buscar formas de se aumentar a escala das ações. Fapemig: A FAPEMIG como fomentadora e indutora de pesquisas e inovações em Minas Gerais pode ainda procurar alguns meios de premiar pesquisadores que mostrarem uma maior interação com empresas, orientada para a inovação. Bem como incluir na analise de concessão de recursos para pesquisas alguns quesitos que levem em conta tais cooperações. Mostra-se também interessante manter e ampliar a política de editais induzidos. Inserir a temática da inovação nos cursos ministrados pelas instituições: Mediante ao surgimento de novos cursos nas universidades pode ser também uma boa ação inserir na estrutura curricular algum tópico juntamente às disciplinas chave relacionado à questão da inovação. É possível assim dar um direcionamento que forneça a noção de inovação nas mais diversas áreas e que não fique apenas confinado às ciências sociais e administrativas como tem sido observado. É assim uma ação de longo prazo. Por fim ressaltou-se que a realidade da pesquisa no Brasil é um pouco diferente, o financiamento é feito majoritariamente pelo Estado e quem avalia a produtividade e qualidade das pesquisas é também o Estado. Neste sentido um grande peso é dado na avaliação para publicações e publicações de alto impacto. Deste modo faz necessário os presentes encontrarem meios para reinventarem ou contornarem este modelo básico e deixar de encarar a universidade como uma instituição dissociada da dinâmica privada da sociedade.
  • 6. Nesse sentido propôs-se como um começo a redação de uma carta de manifestação, propondo outras possibilidades para que se possa compatibilizar os diferentes interesses e manifestando o comprometimento e entendimento das universidades em relação a esta questão. Na área ambiental foi sugerido os NITs realizarem um mapeamento do que está sendo produzido nas universidades. Manter por um tempo maior o diretor do NIT: Um dos gargalos apontados foi também a lata rotatividade dos membros em em alguns NITs, o que dificulta a continuidade de alguns projetos, sobretudo os de médio e longo prazo. Deve-se assim buscar meios de perenizar um pouco mais tais cargos. Uma das saídas apontadas foi a abertura de concurso. Aumentar a prioridade da inovação dentro das pró-reitorias de pesquisa: Outro gargalo foi ainda o pouco espaço que a inovação tem nas pró-reitorias de pesquisa. Uma das sugestões para se minimizar o problema foi incluir já no nome das mesmas o termo inovação como uma forma de institucionalizar mais ainda a questão e a manter sempre na pauta. Estrutura física voltada para a inovação: Foi sugerido também criar-se estruturas físicas voltadas para a inovação, como edificações que abrigariam os órgãos que atuam no tema nas universidades, empresas de base tecnológica e startups, entre outros. Ação esta que dá visibilidade para a inovação e gera também uma maior institucionalização. ANEXO 1 - Participantes Nome Instituição Email Telefone Nilton S. Maia CEFET-MG niltonmaia@civil.cefetmg.br 31-92789960 Cynthia Mendonça Barbosa FAPEMIG dpi@fapemig.br 31-32802104 Elza Araújo FAPEMIG elzaaraujo@fapemig.br 31-32802161 Heber Neves FAPEMIG heberneves@fapemig.br 31-32802104 Mônica Vilela Martins FAPEMIG 31-32802104 Patrícia de Lourdes Santos FAPEMIG patriciasantos@fapemig.br 35-91212479 Paulo Kleber FAPEMIG paulokleber@fapemig.br Renata Freire FAPEMIG 31-32802104 Ana Caroline Xavier FUNED ana.vilasboas@funed.mg.gov.br 31-33144767 Cristina Abijaode UEMG cristina.uemg@gmail.com 31-87592122 Terezinha Abreu Gontijo UEMG terezinha.gontijo@uemg.br 31-92066754 Luiz Carlos Tonelli UFJF luiz.tonelli@ufjf.edu.br 32-99773726 Maria Cristina Andreolli Lopes UFJF cristina.lopes@ufjf.edu.br 32-88432815
  • 7. Marisa Mancini UFMG mcmancini@ufmg.br 31-34094031 Renato de Lima Santos UFMG rsantosufmg@gmail.com 31-34094031 Ado Jorio de Vasconcelos UFMG adojorio@fisica.ufmg.br 31-34094033 Tanus Jorge Nagem UFOP tanus@ufop.br 31-35591367 Izabel Cristina da Silva UFOP izabel.nit@prupp.ufop.br 31-35591369 Antônio Luiz Assunção UFSJ assuncao@ufsj.edu.br 32-33792447 Júlio César de Souza Inácio Gonçalves UFTM julio@icte.uftm.edu.br 34-91470988 Fábio de Oliveira UFU foliveira@umuarama.ufu.br Eduardo S. G. Mizubuti UFV pr.ppg@ufv.br 31-38992147 Rodrigo Gava UFV rgava@ufv.br 31-38991421 Leonardo Morais da Silva UFVJM lsilvamorais@hotmail.com Wesley Dias Maciel UFVJM wesleydiasmaciel@gmail.com 31-84642501 Antonio Carlos Doriguetto Unifal-MG posgrad@unifal-mg.edu.br 35-32991067 Luciana Maria Baiocco Ikegaki Unifal-MG nipi@unifal-mg.edu.br 35-32991403 Fred Leite Siqueira Campos UNIFEI fredlsc@unifei.edu.br 35-36291497 Vicente Ribeiro Rocha Júnior UNIMONTES vicente.rocha@unimontes.br 38-32298181 Dario Oliveira UNIMONTES dario.oliveira@unimontes.br 38-32298156