Este documento discute lições sobre discipulado poderoso. Contém três parágrafos:
1) Jesus tentou alcançar os líderes religiosos hostis, apelando à Escritura e história sagrada para tocar seus corações.
2) Jesus mostrou que a misericórdia é mais importante do que os rituais do sábado, apelando à decência básica dos líderes.
3) Um centurião romano teve grande fé em Jesus, mostrando como alcançar pessoas poderosas com humildade e fé.
Lições sobre respeito às autoridades e discipulado poderoso
1. Lições Adultos
Lição 9 - Discipulando poderosos
Sábado à tarde
Discipulado
22 de fevereiro a 1º de março
Ano Bíblico: Nm 31, 32
"Assim, a palavra de Deus se espalhava. Crescia rapidamente o número de
discípulos em Jerusalém; também um grande número de sacerdotes obedecia à fé." At 6:7, NVI
VERSO PARA MEMORIZAR:
Leituras da Semana: Rm 13:1-7; Mc 2:23-28; Mt 8:5-13; 26:57-68; 27:11-14; At 4:1-12.
"Os discípulos não foram revestidos da coragem e fortaleza dos mártires, senão quando essa graça se
tornou necessária. Então se cumpriu a promessa do Salvador. Quando Pedro e João testificaram perante o
conselho do Sinédrio, os homens 'admiraram-se; e reconheceram que haviam eles estado com Jesus' (At
4:13). Acerca de Estêvão, acha-se escrito que 'todos os que estavam assentados no conselho, fixando os
olhos nele, viram o seu rosto como o rosto de um anjo'. Os homens 'não podiam resistir à sabedoria, e ao
espírito com que falava' (At 6:15, 10, RC). E Paulo, escrevendo a respeito de seu próprio julgamento na
corte dos césares, disse: 'Ninguém me assistiu na minha primeira defesa; antes, todos me desampararam
[...] Mas o Senhor assistiu-me e fortaleceu-me, para que, por mim, fosse cumprida a pregação e todos os
gentios a ouvissem; e fiquei livre da boca do leão'" (2Tm 4:16, 17; Ellen G. White, O Desejado de Todas as
Nações, p. 354, 355).
Domingo - Respeito às autoridades
Ano Bíblico: Nm 33, 34
Ao longo dos séculos, as pessoas têm se esforçado para entender o papel e a função do governo, e como
os cidadãos deveriam se relacionar com ele. O que dá aos governantes o direito de governar? Qual é a
melhor forma de governo? Deveriam as pessoas sempre obedecer às autoridades? Por quê? Esses são
apenas alguns exemplos de uma série de questões com as quais ainda lutamos.
1. Leia Romanos 13:1-7. Que importantes princípios encontramos ali? Que exemplos temos de abuso
desses princípios? O que podemos aprender com esses erros, tanto em nossa história quanto na história da
igreja cristã em geral?
“Todo homem esteja sujeito às autoridades superiores; porque não há autoridade que não proceda de Deus;
e as autoridades que existem foram por ele instituídas. De modo que aquele que se opõe à autoridade
resiste à ordenação de Deus; e os que resistem trarão sobre si mesmos condenação. Porque os
magistrados não são para temor, quando se faz o bem, e sim quando se faz o mal. Queres tu não temer a
autoridade? Faze o bem e terás louvor dela, visto que a autoridade é ministro de Deus para teu bem.
Entretanto, se fizeres o mal, teme; porque não é sem motivo que ela traz a espada; pois é ministro de Deus,
vingador, para castigar o que pratica o mal. É necessário que lhe estejais sujeitos, não somente por causa
do temor da punição, mas também por dever de consciência. Por esse motivo, também pagais tributos,
porque são ministros de Deus, atendendo, constantemente, a este serviço. Pagai a todos o que lhes é
devido: a quem tributo, tributo; a quem imposto, imposto; a quem respeito, respeito; a quem honra, honra.”
(Romanos 13:1-7 RA)
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2. A opressão e a brutalidade caracterizavam o Império Romano na época de Cristo. As legiões romanas
aterrorizavam e subjugavam as nações civilizadas, forçando-as à submissão ao império. Centenas de
milhares foram despojados, presos e assassinados. Governos fantoches permitidos por Roma foram,
provavelmente, piores do que a própria Roma. No entanto, é interessante que Jesus nunca defendeu
qualquer tipo de rebelião contra esse governo nem a sonegação de impostos (Lc 20:25). O ato singular de
desobediência civil por parte de Jesus – derrubar as mesas dos cambistas – demonstrou a repulsa que Ele
sentia com referência aos abusos sacerdotais. Esse ato não foi contra os romanos.
"O povo de Deus deve reconhecer o governo humano como algo ordenado por disposição divina, de modo
que ensinará obediência a ele como sendo um sagrado dever, em sua legítima esfera. Entretanto, quando as
suas pretensões entram em conflito com os reclamos de Deus, a Palavra de Deus precisa ser reconhecida
como estando acima de toda e qualquer legislação humana. O 'Assim diz o Senhor' não pode ser posto de
lado, ou trocado por um 'Assim diz a Igreja ou o Estado'. A coroa de Cristo deve ser erguida acima dos
diademas de potestades terrestres" (Ellen G. White, Testemunhos Para a Igreja, v. 6, p. 402).
Segunda - "Vocês não leram...?"
Ano Bíblico: Nm 35, 36
Infelizmente, algumas das pessoas mais poderosas e influentes com quem Jesus lidou foram os líderes
religiosos de Seu tempo, muitos dos quais eram abertamente hostis a Ele.
No entanto, em Seus encontros com eles, Jesus sempre procurou resgatá-los. Ele não estava à procura de
discussões, estava buscando a salvação de todos, mesmo daqueles poderosos que acabariam por condenáLo à morte.
2. Leia Marcos 2:23-28; 3:1-6; Mateus 12:1-16. Como podemos ver que Jesus, apesar da hostilidade aberta
contra Ele, estava tentando alcançar aqueles homens? O que Ele disse e fez que deveria ter tocado o
coração deles?
“Ora, aconteceu atravessar Jesus, em dia de sábado, as searas, e os discípulos, ao passarem, colhiam
espigas. Advertiram-no os fariseus: Vê! Por que fazem o que não é lícito aos sábados? Mas ele lhes
respondeu: Nunca lestes o que fez Davi, quando se viu em necessidade e teve fome, ele e os seus
companheiros? Como entrou na Casa de Deus, no tempo do sumo sacerdote Abiatar, e comeu os pães da
proposição, os quais não é lícito comer, senão aos sacerdotes, e deu também aos que estavam com ele? E
acrescentou: O sábado foi estabelecido por causa do homem, e não o homem por causa do sábado; de
sorte que o Filho do Homem é senhor também do sábado.” (Marcos 2:23-28 RA)
“De novo, entrou Jesus na sinagoga e estava ali um homem que tinha ressequida uma das mãos. E estavam
observando a Jesus para ver se o curaria em dia de sábado, a fim de o acusarem. E disse Jesus ao homem
da mão ressequida: Vem para o meio! Então, lhes perguntou: É lícito nos sábados fazer o bem ou fazer o
mal? Salvar a vida ou tirá-la? Mas eles ficaram em silêncio. Olhando-os ao redor, indignado e condoído com
a dureza do seu coração, disse ao homem: Estende a mão. Estendeu-a, e a mão lhe foi restaurada.
Retirando-se os fariseus, conspiravam logo com os herodianos, contra ele, em como lhe tirariam a vida.”
(Marcos 3:1-6 RA)
“Por aquele tempo, em dia de sábado, passou Jesus pelas searas. Ora, estando os seus discípulos com
fome, entraram a colher espigas e a comer. Os fariseus, porém, vendo isso, disseram-lhe: Eis que os teus
discípulos fazem o que não é lícito fazer em dia de sábado. Mas Jesus lhes disse: Não lestes o que fez Davi
quando ele e seus companheiros tiveram fome? Como entrou na Casa de Deus, e comeram os pães da
proposição, os quais não lhes era lícito comer, nem a ele nem aos que com ele estavam, mas
exclusivamente aos sacerdotes? Ou não lestes na Lei que, aos sábados, os sacerdotes no templo violam o
sábado e ficam sem culpa? Pois eu vos digo: aqui está quem é maior que o templo. Mas, se vós soubésseis
o que significa: Misericórdia quero e não holocaustos, não teríeis condenado inocentes. Porque o Filho do
Homem é senhor do sábado. Tendo Jesus partido dali, entrou na sinagoga deles. Achava-se ali um homem
que tinha uma das mãos ressequida; e eles, então, com o intuito de acusá-lo, perguntaram a Jesus: É lícito
curar no sábado? Ao que lhes respondeu: Qual dentre vós será o homem que, tendo uma ovelha, e, num
sábado, esta cair numa cova, não fará todo o esforço, tirando-a dali? Ora, quanto mais vale um homem que
uma ovelha? Logo, é lícito, nos sábados, fazer o bem. Então, disse ao homem: Estende a mão. Estendeu-a,
e ela ficou sã como a outra. Retirando-se, porém, os fariseus, conspiravam contra ele, sobre como lhe
tirariam a vida. Mas Jesus, sabendo disto, afastou-se dali. Muitos o seguiram, e a todos ele curou,
advertindo-lhes, porém, que o não expusessem à publicidade,” (Mateus 12:1-16 RA)
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3. É interessante que, ao lidar com essas pessoas, Jesus recorreu às Escrituras e à história sagrada, fontes
que deveriam ter tocado os líderes religiosos. Jesus apelou àquilo que deveria ter sido um ponto em comum
entre eles. Por exemplo, Ele citou a Bíblia quando falou sobre a importância da misericórdia acima dos
rituais. Ao fazer isso, Ele procurou levar os líderes a um significado mais profundo da lei que eles alegavam
valorizar e defender com tanto fervor e devoção.
Em Seu discurso sobre retirar um animal de uma cova no dia de sábado, Jesus apelou para as noções mais
básicas de decência e bondade, algo com que aqueles homens deveriam ter se identificado. Porém, o
problema era que a amargura e o ódio deles contra Jesus obscureceram esses princípios comuns.
Finalmente, os próprios milagres deveriam ter falado em voz alta a esses influentes líderes acerca do
Homem extraordinário que estava entre eles.
Hoje, é fácil olhar para trás e ficar espantado com a cegueira e dureza desses homens. Porém, como
podemos ter certeza de que ao buscarmos proteger algo que não queremos abandonar, não nos fechamos
para uma luz maior procedente de Deus? Por que isso é muito fácil de acontecer?
Terça - O centurião
Ano Bíblico: Dt 1–3
Embora vários encontros de Cristo com pessoas poderosas tenham terminado de forma áspera, houve
exceções notáveis, como aconteceu com Nicodemos. Outro encontro construtivo envolveu um oficial militar
romano – o centurião.
3. Leia Mateus 8:5-13; Lucas 7:1-10. O que podemos aprender com esses relatos sobre a obra de
testemunhar a pessoas de destaque?
“Tendo Jesus entrado em Cafarnaum, apresentou-se-lhe um centurião, implorando: Senhor, o meu criado jaz
em casa, de cama, paralítico, sofrendo horrivelmente. Jesus lhe disse: Eu irei curá-lo. Mas o centurião
respondeu: Senhor, não sou digno de que entres em minha casa; mas apenas manda com uma palavra, e o
meu rapaz será curado. Pois também eu sou homem sujeito à autoridade, tenho soldados às minhas ordens
e digo a este: vai, e ele vai; e a outro: vem, e ele vem; e ao meu servo: faze isto, e ele o faz. Ouvindo isto,
admirou-se Jesus e disse aos que o seguiam: Em verdade vos afirmo que nem mesmo em Israel achei fé
como esta. Digo-vos que muitos virão do Oriente e do Ocidente e tomarão lugares à mesa com Abraão,
Isaque e Jacó no reino dos céus. Ao passo que os filhos do reino serão lançados para fora, nas trevas; ali
haverá choro e ranger de dentes. Então, disse Jesus ao centurião: Vai-te, e seja feito conforme a tua fé. E,
naquela mesma hora, o servo foi curado.” (Mateus 8:5-13 RA)
“Tendo Jesus concluído todas as suas palavras dirigidas ao povo, entrou em Cafarnaum. E o servo de um
centurião, a quem este muito estimava, estava doente, quase à morte. Tendo ouvido falar a respeito de
Jesus, enviou-lhe alguns anciãos dos judeus, pedindo-lhe que viesse curar o seu servo. Estes, chegando-se
a Jesus, com instância lhe suplicaram, dizendo: Ele é digno de que lhe faças isto; porque é amigo do nosso
povo, e ele mesmo nos edificou a sinagoga. Então, Jesus foi com eles. E, já perto da casa, o centurião
enviou-lhe amigos para lhe dizer: Senhor, não te incomodes, porque não sou digno de que entres em minha
casa. Por isso, eu mesmo não me julguei digno de ir ter contigo; porém manda com uma palavra, e o meu
rapaz será curado. Porque também eu sou homem sujeito à autoridade, e tenho soldados às minhas ordens,
e digo a este: vai, e ele vai; e a outro: vem, e ele vem; e ao meu servo: faze isto, e ele o faz. Ouvidas estas
palavras, admirou-se Jesus dele e, voltando-se para o povo que o acompanhava, disse: Afirmo-vos que nem
mesmo em Israel achei fé como esta. E, voltando para casa os que foram enviados, encontraram curado o
servo.” (Lucas 7:1-10 RA)
Quando o centurião soube que Jesus estava Se aproximando, ele enviou vários amigos para dissuadir Cristo
de ir encontrá-lo. Respeitando profundamente o culto judaico e a espiritualidade de Jesus, ele se sentiu
indigno da atenção pessoal de Cristo. Finalmente, pouco antes de Jesus chegar, ele se aventurou a
aproximar-se dEle. Expressou sua fé dizendo que apenas uma declaração de Cristo poderia curar seu servo.
Com base na experiência militar, ele entendia o conceito de autoridade. O centurião obedecia ao seu
comandante e seus subordinados o obedeciam. Quão surpreendente é que esse homem de poder e
influência (e, além disso, romano) pudesse mostrar tão profunda fé, enquanto outros que tinham muito mais
vantagens espirituais menosprezavam Jesus.
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4. Nesse contexto, um honesto autoexame é proveitoso. Precisamos perguntar: Temos nos limitado a defender
doutrinas, em vez de experimentar uma fé viva? Será que os cristãos mais novos e menos preparados têm
expressado fé mais profunda do que aqueles criados na igreja? Será que nossas vantagens espirituais têm
se tornado motivo para a autossuficiência? Temos deixado de perceber as oportunidades espirituais?
Sempre que respondermos afirmativamente, Cristo é a solução. Qualquer pessoa pode desfrutar a
experiência do centurião. Essa história deve incentivar aqueles que evangelizam pessoas em funções de
destaque. Quantos centuriões existem hoje? Que a fé dessas pessoas inspire e fortaleça a nossa.
Há poder em um ministério altruísta e abnegado capaz de tocar pessoas de qualquer categoria ou classe.
Quais dessas características se manifestam em nossa própria vida e testemunho?
Quarta - O Dia do Julgamento
Ano Bíblico: Dt 4–7
4. Leia Mateus 26:57-68; 27:11-14; Lucas 23:1-12; João 18:19-23, 31-40; 19:8-12.
“E os que prenderam Jesus o levaram à casa de Caifás, o sumo sacerdote, onde se haviam reunido os
escribas e os anciãos. Mas Pedro o seguia de longe até ao pátio do sumo sacerdote e, tendo entrado,
assentou-se entre os serventuários, para ver o fim. Ora, os principais sacerdotes e todo o Sinédrio
procuravam algum testemunho falso contra Jesus, a fim de o condenarem à morte. E não acharam, apesar
de se terem apresentado muitas testemunhas falsas. Mas, afinal, compareceram duas, afirmando: Este
disse: Posso destruir o santuário de Deus e reedificá-lo em três dias. E, levantando-se o sumo sacerdote,
perguntou a Jesus: Nada respondes ao que estes depõem contra ti? Jesus, porém, guardou silêncio. E o
sumo sacerdote lhe disse: Eu te conjuro pelo Deus vivo que nos digas se tu és o Cristo, o Filho de Deus.
Respondeu-lhe Jesus: Tu o disseste; entretanto, eu vos declaro que, desde agora, vereis o Filho do Homem
assentado à direita do Todo-Poderoso e vindo sobre as nuvens do céu. Então, o sumo sacerdote rasgou as
suas vestes, dizendo: Blasfemou! Que necessidade mais temos de testemunhas? Eis que ouvistes agora a
blasfêmia! Que vos parece? Responderam eles: É réu de morte. Então, uns cuspiram-lhe no rosto e lhe
davam murros, e outros o esbofeteavam, dizendo: Profetiza-nos, ó Cristo, quem é que te bateu!” (Mateus
26:57-68 RA)
“Jesus estava em pé ante o governador; e este o interrogou, dizendo: És tu o rei dos judeus? Respondeu-lhe
Jesus: Tu o dizes. E, sendo acusado pelos principais sacerdotes e pelos anciãos, nada respondeu. Então,
lhe perguntou Pilatos: Não ouves quantas acusações te fazem? Jesus não respondeu nem uma palavra,
vindo com isto a admirar-se grandemente o governador.” (Mateus 27:11-14 RA)
“Levantando-se toda a assembleia, levaram Jesus a Pilatos. E ali passaram a acusá-lo, dizendo:
Encontramos este homem pervertendo a nossa nação, vedando pagar tributo a César e afirmando ser ele o
Cristo, o Rei. Então, lhe perguntou Pilatos: És tu o rei dos judeus? Respondeu Jesus: Tu o dizes. Disse
Pilatos aos principais sacerdotes e às multidões: Não vejo neste homem crime algum. Insistiam, porém,
cada vez mais, dizendo: Ele alvoroça o povo, ensinando por toda a Judéia, desde a Galiléia, onde começou,
até aqui. Tendo Pilatos ouvido isto, perguntou se aquele homem era galileu. Ao saber que era da jurisdição
de Herodes, estando este, naqueles dias, em Jerusalém, lho remeteu. Herodes, vendo a Jesus,
sobremaneira se alegrou, pois havia muito queria vê-lo, por ter ouvido falar a seu respeito; esperava também
vê-lo fazer algum sinal. E de muitos modos o interrogava; Jesus, porém, nada lhe respondia. Os principais
sacerdotes e os escribas ali presentes o acusavam com grande veemência. Mas Herodes, juntamente com
os da sua guarda, tratou-o com desprezo, e, escarnecendo dele, fê-lo vestir-se de um manto aparatoso, e o
devolveu a Pilatos. Naquele mesmo dia, Herodes e Pilatos se reconciliaram, pois, antes, viviam inimizados
um com o outro.” (Lucas 23:1-12 RA)
“Então, o sumo sacerdote interrogou a Jesus acerca dos seus discípulos e da sua doutrina. Declarou-lhe
Jesus: Eu tenho falado francamente ao mundo; ensinei continuamente tanto nas sinagogas como no templo,
onde todos os judeus se reúnem, e nada disse em oculto. Por que me interrogas? Pergunta aos que ouviram
o que lhes falei; bem sabem eles o que eu disse. Dizendo ele isto, um dos guardas que ali estavam deu uma
bofetada em Jesus, dizendo: É assim que falas ao sumo sacerdote? Replicou-lhe Jesus: Se falei mal, dá
testemunho do mal; mas, se falei bem, por que me feres?” (João 18:19-23 RA)
“Eu mesmo não o conhecia, mas, a fim de que ele fosse manifestado a Israel, vim, por isso, batizando com
água. E João testemunhou, dizendo: Vi o Espírito descer do céu como pomba e pousar sobre ele. Eu não o
conhecia; aquele, porém, que me enviou a batizar com água me disse: Aquele sobre quem vires descer e
pousar o Espírito, esse é o que batiza com o Espírito Santo. Pois eu, de fato, vi e tenho testificado que ele é
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5. o Filho de Deus. No dia seguinte, estava João outra vez na companhia de dois dos seus discípulos e, vendo
Jesus passar, disse: Eis o Cordeiro de Deus! Os dois discípulos, ouvindo-o dizer isto, seguiram Jesus. E
Jesus, voltando-se e vendo que o seguiam, disse-lhes: Que buscais? Disseram-lhe: Rabi (que quer dizer
Mestre), onde assistes? Respondeu-lhes: Vinde e vede. Foram, pois, e viram onde Jesus estava morando; e
ficaram com ele aquele dia, sendo mais ou menos a hora décima. Era André, o irmão de Simão Pedro, um
dos dois que tinham ouvido o testemunho de João e seguido Jesus.” (João 1:31-40 RA)
“Pilatos, ouvindo tal declaração, ainda mais atemorizado ficou, e, tornando a entrar no pretório, perguntou a
Jesus: Donde és tu? Mas Jesus não lhe deu resposta. Então, Pilatos o advertiu: Não me respondes? Não
sabes que tenho autoridade para te soltar e autoridade para te crucificar? Respondeu Jesus: Nenhuma
autoridade terias sobre mim, se de cima não te fosse dada; por isso, quem me entregou a ti maior pecado
tem. A partir deste momento, Pilatos procurava soltá-lo, mas os judeus clamavam: Se soltas a este, não és
amigo de César! Todo aquele que se faz rei é contra César!” (João 19:8-12 RA)
O que podemos aprender com o testemunho de Jesus a esses homens poderosos?
Nas cenas finais da vida terrestre de Cristo, Seus seguidores tiveram um vislumbre do preço doloroso da
fidelidade inabalável. Da prisão à crucificação, Cristo deu testemunho perante os mais poderosos da nação:
monarcas, governadores e sacerdotes. Um a um, Ele estudava aqueles inebriados pela autoridade
mundana. Aparentemente eles O controlavam. Os soldados arrastavam Jesus entre seus tribunais, concílios,
palácios e salas de julgamento, sem perceber que estavam diante do Juiz do mundo. No fim das contas,
qualquer julgamento que pronunciassem contra Cristo seria proferido contra si mesmos.
Embora Cristo testemunhasse para fazer discípulos, por vezes o resultado era muito diferente do que Ele
teria desejado. Como Jesus teria Se alegrado se Pilatos, Caifás, Herodes e outros entregassem o coração e
se arrependessem. Teimosamente eles rejeitaram Seus apelos, insensivelmente ignorando o convite final
para salvação.
Da mesma forma, os seguidores de Cristo do século 21 devem reconhecer que, embora testemunhem para
fazer discípulos, frequentemente o resultado parece ser diferente do que eles gostariam que fosse e do que
pediriam em oração. A medida do sucesso nem sempre corresponde aos esforços feitos. Isso não deve
desencorajá-los nem inibir o testemunho. O verdadeiro discípulo é, como o próprio Cristo, fiel até a morte,
não fiel até o desapontamento. Chamar os ouvintes para uma decisão ajuda a revelar o trigo e o joio. O trigo
é comemorado, o joio lamentado, e a colheita continua. Não obstante o aparente insucesso do testemunho
de Cristo diante de homens poderosos, algo maravilhoso aconteceu, pois, de acordo com Atos 6:7, não
apenas o número de discípulos se multiplicou, mas "um grande número de sacerdotes obedecia à fé" (NVI).
Somente Deus sabe quantos desses sacerdotes estavam ouvindo e assistindo Jesus naquelas horas finais.
Sempre que Jesus dava testemunho a pessoas influentes, outras pessoas observavam. Algumas delas
estavam em posições de poder. Assim como Nicodemos e José de Arimateia, muitos da instruída classe
sacerdotal desenvolveram gradualmente a fé. Alguns expectadores que testemunharam as discussões de
Cristo com os líderes religiosos também creram.
Quinta - A explosão primitiva
Ano Bíblico: Dt 8–10
Os primeiros discípulos de Cristo promoveram vigorosamente o evangelho em todo o mundo civilizado.
Casas, sinagogas, estádios públicos, tribunais e palácios se tornaram palcos para a proclamação do reino.
Jesus, no entanto, profetizou que haveria prisões, julgamentos e audiências reais hostis para os discípulos
(Mt 10:16-20). Infelizmente, aqueles que estavam cheios de poder terreno foram mais demorados em aceitar
Cristo.
5. Como podemos explicar o crescimento explosivo da igreja primitiva? Por que muitos poderosos não
aceitaram Jesus? At 4:1-12; 13:5-12, 50; 23:1-6; 25:23–26:28.
“Falavam eles ainda ao povo quando sobrevieram os sacerdotes, o capitão do templo e os saduceus,
ressentidos por ensinarem eles o povo e anunciarem, em Jesus, a ressurreição dentre os mortos; e os
prenderam, recolhendo-os ao cárcere até ao dia seguinte, pois já era tarde. Muitos, porém, dos que ouviram
a palavra a aceitaram, subindo o número de homens a quase cinco mil. No dia seguinte, reuniram-se em
Jerusalém as autoridades, os anciãos e os escribas com o sumo sacerdote Anás, Caifás, João, Alexandre e
todos os que eram da linhagem do sumo sacerdote; e, pondo-os perante eles, os argüiram: Com que poder
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6. ou em nome de quem fizestes isto? Então, Pedro, cheio do Espírito Santo, lhes disse: Autoridades do povo e
anciãos, visto que hoje somos interrogados a propósito do benefício feito a um homem enfermo e do modo
por que foi curado, tomai conhecimento, vós todos e todo o povo de Israel, de que, em nome de Jesus
Cristo, o Nazareno, a quem vós crucificastes, e a quem Deus ressuscitou dentre os mortos, sim, em seu
nome é que este está curado perante vós. Este Jesus é pedra rejeitada por vós, os construtores, a qual se
tornou a pedra angular. E não há salvação em nenhum outro; porque abaixo do céu não existe nenhum outro
nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos.” (Atos 4:1-12 RA)
“Chegados a Salamina, anunciavam a palavra de Deus nas sinagogas judaicas; tinham também João como
auxiliar. Havendo atravessado toda a ilha até Pafos, encontraram certo judeu, mágico, falso profeta, de
nome Barjesus, o qual estava com o procônsul Sérgio Paulo, que era homem inteligente. Este, tendo
chamado Barnabé e Saulo, diligenciava para ouvir a palavra de Deus. Mas opunha-se-lhes Elimas, o mágico
(porque assim se interpreta o seu nome), procurando afastar da fé o procônsul. Todavia, Saulo, também
chamado Paulo, cheio do Espírito Santo, fixando nele os olhos, disse: Ó filho do diabo, cheio de todo o
engano e de toda a malícia, inimigo de toda a justiça, não cessarás de perverter os retos caminhos do
Senhor? Pois, agora, eis aí está sobre ti a mão do Senhor, e ficarás cego, não vendo o sol por algum tempo.
No mesmo instante, caiu sobre ele névoa e escuridade, e, andando à roda, procurava quem o guiasse pela
mão. Então, o procônsul, vendo o que sucedera, creu, maravilhado com a doutrina do Senhor.” (Atos 13:5-12
RA)
“Mas os judeus instigaram as mulheres piedosas de alta posição e os principais da cidade e levantaram
perseguição contra Paulo e Barnabé, expulsando-os do seu território.” (Atos 13:50 RA)
“Fitando Paulo os olhos no Sinédrio, disse: Varões, irmãos, tenho andado diante de Deus com toda a boa
consciência até ao dia de hoje. Mas o sumo sacerdote, Ananias, mandou aos que estavam perto dele que
lhe batessem na boca. Então, lhe disse Paulo: Deus há de ferir-te, parede branqueada! Tu estás aí sentado
para julgar-me segundo a lei e, contra a lei, mandas agredir-me? Os que estavam a seu lado disseram:
Estás injuriando o sumo sacerdote de Deus? Respondeu Paulo: Não sabia, irmãos, que ele é sumo
sacerdote; porque está escrito: Não falarás mal de uma autoridade do teu povo. Sabendo Paulo que uma
parte do Sinédrio se compunha de saduceus e outra, de fariseus, exclamou: Varões, irmãos, eu sou fariseu,
filho de fariseus! No tocante à esperança e à ressurreição dos mortos sou julgado!” (Atos 23:1-6 RA)
“De fato, no dia seguinte, vindo Agripa e Berenice, com grande pompa, tendo eles entrado na audiência
juntamente com oficiais superiores e homens eminentes da cidade, Paulo foi trazido por ordem de Festo.”
(Atos 25:23 RA)
“Então, Agripa se dirigiu a Paulo e disse: Por pouco me persuades a me fazer cristão.” (Atos 26:28 RA)
Embora alguém possa pensar que muitas pessoas foram instantaneamente convertidas do nada, não foi
isso que aconteceu. Esses resultados extraordinários foram consequência visível de circunstâncias
subjacentes. A semeadura precede a colheita. Cristo proclamou fielmente o evangelho. Os missionários
haviam testemunhado por toda a Judeia. Os primeiros conversos, sem dúvida, ajudaram a levar a
mensagem. Quando Cristo venceu a morte, confirmando Sua mensagem, milhares de indecisos entraram no
reino. Eles haviam seguido secretamente a Cristo. Seu coração havia respondido aos Seus convites.
Fatores culturais, segurança no trabalho e pressão familiar tinham retardado sua clara resposta. A
ressurreição de Cristo destruiu a barreira, forçando uma decisão.
Então, o apóstolo Paulo entrou em cena. Todavia, seu testemunho não foi apreciado em todos os lugares.
Às vezes, homens e mulheres preeminentes o perseguiam e o expulsavam. Ele foi apedrejado, açoitado,
preso e maltratado, frequentemente por instigação de pessoas influentes. Motivos políticos eram geralmente
a base para os sentimentos anticristãos.
O governador Félix prendeu Paulo a fim de apaziguar a oposição religiosa ao apóstolo. Seu sucessor, Festo,
foi mais imparcial, mas faltava-lhe vontade política para libertar Paulo. Durante uma visita oficial, o rei Agripa
e sua irmã Berenice (descendentes da dinastia herodiana) solicitaram uma audiência com Paulo.
Infelizmente, como seus predecessores, eles rejeitaram o convite de salvação. Embora enfrentem rejeição e
perseguição semelhantes, os discípulos de Cristo do século 21 também devem perseverar.
Como os formadores de discípulos que trabalham com autoridades religiosas e seculares podem evitar o
desânimo causado pela constante rejeição? Sempre que os seguidores de Jesus trabalham com pessoas
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7. influentes, quem mais pode ser afetado por seu testemunho?
Sexta - Estudo adicional
Ano Bíblico: Dt 11–13
Leia de Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 315-318: "O Centurião"; p. 698-715: "Perante
Anás e o Tribunal de Caifás"; p. 723-740: "Na Sala de Julgamento de Pilatos"; A Ciência do Bom Viver, p.
209-216: "O Ministério em Favor dos Ricos"; Atos dos Apóstolos, p. 433-438: "Quase Persuadido".
"Não é por nenhum toque casual, acidental, que pessoas ricas, que amam e adoram o mundo, podem ser
atraídas a Cristo. Essas pessoas são muitas vezes as de mais difícil acesso. É preciso em seu favor um
esforço pessoal da parte de homens e mulheres dotados de espírito missionário, que não fracassem nem
desanimem.
"Alguns são especialmente habilitados a trabalhar nas classes mais elevadas" (Ellen G. White, A Ciência do
Bom Viver, p. 213.)
Perguntas para reflexão
1. A turbulência vulcânica geralmente fica oculta sob a crosta da montanha. Medir visualmente sua
intensidade é impossível. Da mesma forma, o potencial explosivo do movimento de Jesus permaneceu
escondido durante Seu ministério terreno. Entretanto, após Sua ressurreição, o reino entrou em erupção,
evidenciada pelas conversões em massa, mesmo entre pessoas influentes. A fiel semeadura finalmente
produziu colheita abundante. O que esses fatos nos dizem sobre a importância de não ficar desanimado
quando nosso testemunho não parece tão eficaz como gostaríamos que fosse, especialmente entre a elite
poderosa?
2. Ellen G. White escreveu no texto citado que alguns são especialmente habilitados para o trabalho de
alcançar os poderosos. Quais poderiam ser algumas dessas qualificações? Por que precisamos ser
cuidadosos para não limitar aqueles que poderíamos considerar desqualificados para esse trabalho?
Respostas sugestivas: 1. Deus requer que obedeçamos às autoridades constituídas, ainda que não sejam
os melhores governantes. Aquele que se insurge contra a autoridade política está se rebelando contra uma
instituição permitida por Deus. Apenas em caso de haver conflito entre a Lei de Deus e a lei dos homens, é
que podemos apegar-nos ao que Deus requer e deixar com Ele as consequências. 2. Cristo procurou ajudar
essas pessoas, mostrando os princípios das Escrituras. Ensinou que Deus fez o sábado para promover a
vida e a felicidade e não para destruir a vida. A vida e o Criador da vida estavam acima do sábado. Isso não
diminuiu o valor do sábado, mas mostrou que esse dia tinha um propósito mais nobre, elevado e profundo
do que as pessoas podiam perceber. 3. Enquanto líderes judeus, que conheciam as Escrituras, rejeitavam
Jesus, o centurião romano, que viera do paganismo, suplicou a ajuda de Cristo. Cristo Se surpreendeu com
a fé demonstrada pelo centurião e não teve preconceito com relação a sua etnia, religião e posição social.
Ao contrário, honrou sua fé e abençoou sua vida. 4. Apesar da covardia, falsidade e injustiças dos líderes
religiosos e governantes, Jesus os tratou com respeito. Entretanto, não deixou de testemunhar acerca da
verdade. Ele manteve respeitoso silêncio. Contudo, revelou-Se como o Messias diante da pergunta de
Pilatos. 5. Causas do crescimento da igreja: a) derramamento do Espírito Santo sobre cristãos consagrados
e dedicados. b) a perseguição fez com que os missionários espalhassem a mensagem. c) a igreja se
concentrou intensamente na proclamação da mensagem. Embora muitos poderosos não aceitem a
mensagem, Cristo morreu por eles. Eles precisam ouvir o evangelho. Se não quiserem aceitar, a
responsabilidade será deles.
Auxiliar - Resumo
Discipulado
Texto-chave: Atos 6:7
O aluno deverá...
Saber: Ter a certeza de que, quando se encontra diante de pessoas poderosas, não está sozinho.
Sentir: A certeza de que, assim como o Espírito Santo falou por meio dos crentes no passado, Ele pode usálo agora.
Fazer: Envolver-se com os outros, não importando sua condição social, enquanto testemunha por Cristo.
Veja esta e outras lições sobre o discipulado em: http://www.cpb.com.br/htdocs/periodicos/les2014.html
8. Esboço
I. Saber: Ninguém pode servir a Cristo eficientemente sem conhecê-Lo como Senhor e Salvador.
A. O que tornou os discípulos e outros crentes testemunhas tão poderosas?
B. Que impressão você espera deixar com aqueles a quem você testemunha?
II. Sentir: Servir a Cristo significa usar para Sua glória os talentos e dons que recebemos.
A. Você é uma pessoa da "linha de frente" ou "dos bastidores"? Isso é importante? Explique.
B. Com o tempo, os discípulos desenvolveram talentos que lhes permitiram apresentar-se diante de
concílios e juízes. Em que situações você imagina que vai precisar se levantar em defesa de sua fé?
III. Fazer: Conhecemos melhor as pessoas a quem servimos mais.
A. Sua comunidade conhece você e sua congregação? Isso incrementa seu perfil diante dos detentores do
poder em sua comunidade?
B. Quando estamos diante dos membros influentes de nossa comunidade, nosso sucesso é medido pelo
número de pessoas que nos ouvem, ou pelo número de pessoas que respondem?
Resumo: O método de Jesus para alcançar os poderosos era o mesmo utilizado para todos os outros: Ele os
conhecia e Se compadecia deles, ministrava-lhes e conquistava sua confiança. Qualquer tentativa de "tomar
um atalho" para escapar desse método resultará em fracasso.
Ciclo do Aprendizado
Motivação
Focalizando as Escrituras: Atos 6:7
Conceito-chave para o crescimento espiritual: Os fiéis discípulos servem onde quer, e a quem quer que
sejam chamados a servir.
Somente para o professor: Numa cultura em que a celebridade é comemorada, e nossos modelos incluem
atletas profissionais, estrelas de cinema, políticos e artistas, às vezes, podemos nos sentir insignificantes, ou
que não temos nada para compartilhar com aqueles que, obviamente, são mais "importantes" do que nós.
Mas, como discípulos de Cristo, temos uma mensagem tão importante que nunca saberemos quando
teremos a oportunidade de compartilhar.
Peça que os membros de sua classe compartilhem uma experiência em que tiveram um encontro com
alguma pessoa de destaque. Pode ter sido um atleta profissional, uma estrela de cinema, o vice-presidente
da Associação Geral, um pregador da TV, um político etc. Qual foi o cenário? O que ocorreu? Vocês
trocaram palavras? Como os membros da classe se sentiram quando se afastaram? O encontro fez com que
se sentissem de alguma forma inadequados? Ou se sentiram como se estivessem apenas com uma pessoa,
que, por acaso, era famosa?
Compreensão
Somente para o professor: Para a maioria de nós, inevitavelmente, nossos encontros com a grandeza serão
breves trocas, de improviso. Mas sempre é possível que surja uma situação em que possamos implantar
algumas sementes do evangelho que, com a bênção de Deus, podem se transformar em algo mais.
Comentário Bíblico
I. Autoridades estabelecidas por Deus (Leia com a classe Rm 13:1-7.)
"As autoridades que existem foram por Ele [Deus] instituídas" (v. 1). Com essas palavras, o apóstolo Paulo
lembra a seus leitores que os governantes terrestres foram designados por Deus e que servem de acordo
com Sua vontade e desígnio.
No entanto, temos que reconhecer que nem tudo que os líderes do mundo fazem é parte de Seu plano.
Assim como nós, eles têm o poder de fazer suas escolhas. Portanto, quando lhes permite ter poder, Deus
não é responsável por aquilo que eles fazem.
Veja esta e outras lições sobre o discipulado em: http://www.cpb.com.br/htdocs/periodicos/les2014.html
9. O conselho de Paulo aos crentes de Roma era que obedecessem e honrassem os governantes dos vários
níveis de governo porque, quando faziam isso, eles estavam honrando a Deus.
Mas dois personagens bíblicos fizeram mais do que obedecer a seus governantes terrenos, pois os
serviram. Tanto José como Daniel tiveram carreiras que os colocaram em posições de servir aos mais altos
níveis do governo nacional. E, pelos relatos que temos, eles fizeram isso de forma admirável. Serviram
fielmente, sem comprometer seus princípios. É verdade que eles tiveram seus inimigos, mas serviram como
servos de confiança e foram valorizados pelos reis.
Dessa forma, seu serviço beneficiou diretamente os súditos dos respectivos reinos. O plano de José de
guardar os cereais nos tempos de fartura para os momentos de seca salvou muitas vidas (inclusive a de seu
pai, seus irmãos e suas famílias). Os sábios conselhos de Daniel levaram Nabucodonosor à conversão (veja
Daniel 4) e a ser um governante sábio e mais fiel.
Pense nisto: Embora pareça que a maioria das pessoas procura alcançar cargos públicos por causa das
regalias e autoridade que proporcionam, o conceito de serviço público é honroso. As pessoas que servem
bem devem ser apoiadas. As pessoas que servem mal devem ser responsabilizadas. Nossas escolhas nas
urnas fazem as duas coisas. Quais são outras maneiras pelas quais os cristãos podem responsabilizar seus
oficiais eleitos? Assim como a prestação de contas é importante no serviço público, também é importante na
igreja. Mencione um exemplo da igreja que mostra responsabilidade ineficaz. Mencione um bom exemplo.
II. Dando e recebendo ordens (Leia com a classe Mt 8:5-13 e Lc 7:1-10.)
Nem todo contato entre os judeus e romanos era de inimizade. Houve um centurião com um servo doente.
Ele sabia que Jesus era conhecido por curar os doentes. O problema era que ele era romano e, devido à
antipatia que a maioria dos judeus nutria pelos romanos, ele hesitava em se aproximar diretamente de
Jesus. Em vez disso, pediu que alguns de seus amigos judeus apelassem a Jesus em seu favor.
Sua abordagem é esclarecedora: "Chegando-se a Jesus, suplicaram-Lhe com insistência: "Este homem
merece que lhe faças isso, porque ama a nossa nação e construiu a nossa sinagoga" (Lc 7:4, 5, NVI).
Em outras palavras, "este homem não é como os outros romanos; ele gosta de nós e tem feito coisas em
nosso favor". Infelizmente, eles não entenderam a questão. Jesus não distribui favores porque alguém é
romano ou judeu, nem porque as pessoas são boas ou más. Para Jesus, a graça vai para onde é mais
necessária. Quando o centurião voltou para casa, ele descobriu que seu servo tinha sido curado.
Pense nisto: Muitas vezes, os poderosos têm tantas inseguranças quanto as outras pessoas. Eles só têm
mais recursos com os quais podem mascará-los. Eles também podem ser mais vacilantes para expressar
suas necessidades. Muitos são rodeados com frequência por uma espécie de comitiva de bajuladores, que
estão esperando para aproveitar o status da celebridade dos poderosos. Então, em quem os poderosos
podem realmente confiar? Se tivéssemos acesso a alguma pessoa poderosa, como essa pessoa saberia
que não estaríamos tentando nos aproveitar de sua celebridade para nosso benefício?
III. Diante dos poderosos (Leia com a classe Mt 26:57-68; 27:11-14; Lc 23:1-12; At 24–26.)
Tanto Jesus quanto Paulo tiveram que se apresentar diante dos tribunais e governantes para explicar seu
ministério. Certamente, eles não pediram essas oportunidades, nem recuaram delas, embora, em cada
caso, não houvesse dúvidas sobre o resultado.
O desafio, hoje, como foi naquele tempo, é ser respeitoso e atencioso. Jesus e Paulo conheciam seu público
e utilizaram palavras que teriam sido familiares a seus ouvintes. Embora Paulo tenha usado mais palavras,
tanto ele como Jesus mostraram respeito por seus juízes, sendo claros e concisos.
Com tanta coisa em jogo, não podemos confiar em nós mesmos para responder em nossa própria
sabedoria. Foi por isso, sem dúvida, que Jesus prometeu: "Por Minha causa vocês serão levados à presença
de governadores e reis como testemunhas a eles e aos gentios. [...] Naquela hora lhes será dado o que
dizer, pois não serão vocês que estarão falando, mas o Espírito do Pai de vocês falará por intermédio de
vocês" (Mt 10:18-20, NVI).
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10. Pense nisto: Podemos nunca ter que nos defender perante juízes e magistrados, mas, às vezes, teremos a
oportunidade de testemunhar de Cristo em uma parada de ônibus, em um avião ou em uma reunião social,
quando alguém perguntar: "Então, o que é ser adventista do sétimo dia, afinal?"
Perguntas para reflexão
1. Que lições devemos aprender pela forma de Jesus lidar com os poderosos? Mencione pelo menos três
lições.
2. Quando alguém lhe perguntar em um ambiente simples, não ameaçador, o que você crê, quais duas ou
três crenças principais você apresentará?
Aplicação
Somente para o professor: Embora esta lição fale sobre maneiras de discipular os poderosos, os princípios
discutidos se aplicam a pessoas de qualquer idade, etnia e posição social. Embora possamos adaptar um
pouco nossa abordagem, dependendo da situação, os conceitos básicos, como respeito, cortesia, lealdade
se aplicam em todos os casos.
Aplicações à vida diária
Os cristãos do primeiro século enfrentaram oposição em duas frentes: de um lado, eles eram vistos com
desconfiança pelos judeus, que os consideravam hereges. Por outro, os romanos não conseguiam entender
sua devoção a um criminoso que tinha sido condenado à crucifixão. Naquele ambiente, muitos boatos
infundados provocavam infindáveis confusões.
Então, como os cristãos comunicavam para o maior número de pessoas possível o que eles criam? Como
essa mensagem foi levada até a própria casa de César? Como os cristãos de hoje podem adotar a mesma
estratégia?
Criatividade e atividades práticas
Somente para o professor: Por atrair muito a atenção das pessoas que estavam em posição de autoridade,
os primeiros cristãos se arriscaram a sofrer perseguição. Qual é o risco de passarmos despercebidos?
Atividade
Peça que os alunos escrevam cartas para o editor do jornal local. As cartas podem elogiar os funcionários
públicos por seu apoio a alguma questão, ou podem desafiar os leitores a exercer maior preocupação com a
questão da saúde ou da segurança pública.
Para começar a discussão, sugira alguns ideias: faixas de pedestres mais marcadas, melhor aplicação dos
limites de velocidade perto das escolas, medidas mais rigorosas para evitar que os menores sejam
incentivados ao vício, etc. Os membros da classe não precisam mencionar que são adventistas do sétimo
dia, ou mesmo cristãos. A ideia é ser conhecidos como pessoas que contribuem para o bem público de
forma positiva.
Planejando atividades: O que sua classe de Escola Sabatina pode fazer, na próxima semana, como resposta
ao estudo da lição?
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