1) O documento discute ensinamentos de Jesus sobre permitir que crianças pequenas se aproximem dele e recebam sua bênção, incluindo histórias bíblicas e conselhos aos pais sobre educar seus filhos na fé.
2) Ele também fornece orientações sobre como ensinar as crianças sobre Deus através da natureza e atraí-las gentilmente para Cristo.
3) Finalmente, enfatiza que Cristo ama todas as crianças e que os cristãos devem ajudar na conversão delas.
Vivendo a vontade de Deus para adolescentes - Cleide Silva
Estudo Adicional_Discipulado das crianças_412014
1. Sexta - Estudo adicional
O Desejado de Todas as Nações, p. 511-517: "Deixai Vir a Mim os Pequeninos"; p. 592: "O Templo
Novamente Purificado"; Testemunhos Para a Igreja, v. 6, p. 93-95: "O Batismo"; Educação, p. 185, 186:
"Ensino e Estudo da Bíblia".
O Desejado de Todas as Nações, p. 511-517: "Deixai Vir a Mim os Pequeninos".
Deixai Vir a Mim os Meninos Jesus sempre foi amante de crianças. Aceitava-lhes a infantil simpatia, e seu
amor franco, sem afetação. O grato louvor de seus lábios puros era qual música aos Seus ouvidos, e
refrigerava-Lhe o espírito quando opresso pelo contato com homens astutos e hipócritas. Aonde quer
que fosse o Salvador, a benevolência de Seu semblante, Sua maneira suave e bondosa conquistavam a
confiança dos pequeninos.
Era costume entre os judeus levar as crianças a qualquer rabino, para que lhes impusesse as mãos,
abençoando-as; mas os discípulos do Salvador julgavam Sua obra demasiado importante para ser assim
interrompida. Quando as mães foram ter com Jesus, levando as criancinhas, olharam-nas eles com
desagrado. Julgaram essas crianças demasiado pequenas para tirar proveito de sua visita a Jesus, e
concluíram que Ele Se desgostaria com sua presença. Foi com eles, entretanto, que Jesus ficou
descontente. Compreendia o cuidado e a preocupação das mães que estavam buscando educar os
filhos segundo a Palavra de Deus. Ouvira-lhes as orações. Ele próprio as atraíra a Sua presença.
Uma mãe, com o filhinho, deixara a casa para ir em busca de Jesus. De caminho, comunicou a uma vizinha
o seu desígnio, e esta quis que Jesus lhe abençoasse os filhos. Assim várias mães se reuniram, levando
seus pequeninos. Alguns já haviam passado a primeira infância, entrando para a meninice ou para a
adolescência. Ao darem as mães a conhecer seu desejo, Jesus ouviu com simpatia o tímido, lacrimoso
pedido. Mas esperou para ver como os discípulos as tratariam. Ao vê-los mandar embora as mães, julgando
aprazer-Lhe, mostrou-lhes o erro em que estavam, dizendo: "Deixai vir a Mim os pequeninos e não os
impeçais, porque dos tais é o reino de Deus." Luc. 18:16. Tomou nos braços as crianças, pôs-lhes as
mãos sobre a cabeça, e deu-lhes as bênçãos em busca das quais tinham vindo.
As mães ficaram confortadas. Voltaram para casa fortalecidas e felizes pelas palavras de Cristo. Foram
animadas a tomar seus encargos com nova satisfação, e a trabalhar esperançosas por seus filhos. As mães
de hoje devem receber-Lhe as palavras com a mesma fé. Cristo é agora tão verdadeiramente um Salvador
pessoal, como quando vivia como homem entre os homens. É tão realmente o ajudador das mães em
nossos tempos, como quando tomava os pequeninos nos braços, na Judéia. Os filhos de nossos lares são
tanto o preço de Seu sangue, quanto as crianças de outrora.
Jesus conhece as preocupações íntimas de cada mãe. Aquele cuja mãe lutou com a pobreza e a privação,
simpatiza com toda mãe em seus labores. Aquele que empreendeu uma longa viagem para aliviar o ansioso
coração de uma cananéia, fará outro tanto pelas mães hoje em dia. Aquele que devolveu à viúva de Naim
seu unigênito, e que, em agonia na cruz Se lembrou de Sua própria mãe, comove-Se ainda hoje pela dor
materna. Em todo pesar e em toda necessidade, dará conforto e auxílio.
Vão as mães ter com Jesus, apresentando-Lhe suas perplexidades. Encontrarão suficiente graça para as
ajudar na educação dos filhos. As portas acham-se abertas a toda mãe que desejar depor seus fardos aos
pés do Salvador. Aquele que disse: "Deixai vir os meninos a Mim, e não os impeçais", convida ainda as
mães a conduzirem os pequeninos para serem por Ele abençoados. Mesmo o nenê nos braços maternos
pode permanecer como sob a sombra do Onipotente, mediante a fé de uma mãe que ora. João Batista foi
cheio do Espírito Santo desde seu nascimento. Se vivemos em comunhão com Deus, também nós
podemos esperar que o Espírito divino molde nossos pequenos já desde os primeiros momentos.
Nos meninos que foram postos em contato com Ele, viu Jesus os homens e mulheres que haviam de ser
herdeiros de Sua graça e súditos do Seu reino, e alguns dos quais se tornariam mártires por amor dEle.
Sabia que essas crianças haviam de ouvi-Lo e aceitá-Lo como seu Redentor muito mais facilmente do que o
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2. fariam os adultos, muitos dos quais eram os sábios segundo o mundo e os endurecidos. Em Seus ensinos,
descia ao nível delas. Ele, a Majestade do Céu, não desdenhava responder-lhes às perguntas e simplificar
Suas importantes lições, para lhes atingir a infantil compreensão. Implantava no espírito delas as sementes
da verdade, que haveriam de brotar nos anos vindouros, dando frutos para a vida eterna.
É ainda verdade que as crianças são as pessoas mais susceptíveis aos ensinos do evangelho; seu
coração acha-se aberto às influências divinas, e forte para reter as lições recebidas. Os pequeninos
podem ser cristãos, tendo uma experiência em harmonia com seus anos. Precisam ser educados nas coisas
espirituais, e os pais devem proporcionar-lhes todas as vantagens, para que formem caráter segundo a
semelhança do de Cristo.
Os pais e as mães devem considerar os filhos como os membros mais novos da família do Senhor, a
eles confiados para que os eduquem para o Céu. As lições que nós mesmos aprendemos de Cristo,
devemos transmitir a nossas crianças, de maneira a poderem ser compreendidas pelas tenras mentes
infantis, revelando-lhes pouco a pouco a beleza dos princípios do Céu. Assim o lar cristão se torna uma
escola, em que os pais servem de mestres auxiliares, ao passo que o próprio Cristo é o principal
instrutor.
Trabalhando em favor da conversão de nossos filhos, não devemos buscar violentas emoções como
testemunho de convicção do pecado. Nem é necessário saber o tempo exato em que se convertem.
Devemos ensiná-los a levar seus pecados a Jesus, pedindo-Lhe perdão e crendo que Ele perdoa e os
recebe, assim como recebeu as crianças quando Se achava pessoalmente na Terra.
Quando a mãe ensina os filhos a lhe obedecerem porque a amam, está ensinando as primeiras lições na
vida cristã. O amor da mãe representa para a criança o amor de Cristo, e os pequenos que confiam em
sua mãe e lhe obedecem, estão aprendendo a confiar no Salvador e obedecer-Lhe.
Jesus era o modelo das crianças, e também o exemplo dos pais. Falava como quem tem autoridade, e Sua
palavra tinha poder; todavia, em todo o Seu trato com homens rudes e violentos, nunca empregou uma
expressão desagradável ou descortês. A graça de Cristo no coração comunicará uma dignidade de origem
celestial, o senso do que é próprio. Suavizará toda aspereza e subjugará tudo quanto é rude e destituído de
bondade. Levará os pais a tratarem os filhos como a seres inteligentes, como eles próprios queriam ser
tratados.
Pais, na educação de vossos filhos, estudai cuidadosamente as lições dadas por Deus na natureza. Se
quisésseis ajeitar um cravo, uma rosa ou lírio, de que maneira o havíeis de fazer? Perguntai ao jardineiro por
que processo ele faz com que cada ramo e folha floresça tão belamente, e se desenvolva em simetria e
beleza. Dir-vos-á que não foi absolutamente por um trato rude, nenhum esforço violento, pois isso não faria
senão partir as delicadas hastes. Foi mediante pequeninas atenções, frequentemente repetidas. Umedecia o
solo e protegia as plantas em desenvolvimento, dos ventos fortes e do sol escaldante, e Deus as fez crescer
e florescer, com delicada beleza. Segui, no trato com vossos filhos, os métodos do jardineiro. Por meio de
toques suaves, de serviço amorável, procurai amoldar-lhes o caráter segundo o modelo de Cristo.
Animai a expressão de amor para com Deus e uns com os outros. A causa de haver tantos homens e
mulheres endurecidos no mundo, é que a verdadeira afeição tem sido considerada fraqueza, sendo
cerceada e reprimida. A parte melhor da natureza dessas pessoas foi sufocada na infância; e a menos que a
luz do divino amor lhes abrande o frio egoísmo, para sempre arruinada estará sua felicidade. Se queremos
que nossos filhos possuam o suave espírito de Jesus, e a simpatia que os anjos por nós manifestam,
devemos incentivar os generosos e amoráveis impulsos da infância.
Ensinai as crianças a ver Cristo na natureza. Levai-as ao ar livre, à sombra das nobres árvores do quintal; e
em todas as maravilhosas obras da criação ensinai-as a ver uma expressão de Seu amor. Ensinai-lhes que
Ele fez as leis que regem todas as coisas vivas, que fez leis também para nós, e que elas visam a nossa
felicidade e alegria. Não as fatigueis com longas orações e exortações tediosas, mas mediante as lições
objetivas da natureza, ensinai-lhes a obediência à lei de Deus.
Ao lhes conquistardes a confiança em vós como seguidores de Cristo, fácil vos será fazê-las
aprender as lições quanto ao grande amor com que Ele nos amou. Ao procurardes tornar claras as
verdades concernentes à salvação, e encaminhar as crianças a Cristo como Salvador pessoal, os anjos
estarão ao vosso lado. O Senhor dará aos pais e às mães graça para interessar os pequeninos na
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3. preciosa história do Infante de Belém, que é na verdade a esperança do mundo.
Quando Jesus disse aos discípulos que não impedissem as crianças de ir ter com Ele, falava a todos os
Seus seguidores em todos os tempos - aos oficiais da igreja, aos ministros, auxiliares e todos os cristãos.
Jesus está atraindo as crianças, e ordena-nos: "Deixai vir a Mim os pequeninos" (Luc. 18:16), como se
quisesse dizer: Eles virão, se os não impedirdes.
Não deixeis que vosso caráter não cristão represente mal a Jesus. Não conserveis os pequeninos longe
dEle pela vossa frieza e aspereza. Nunca lhes deis motivos de pensar que o Céu não será um lugar
aprazível para eles, se ali estiverdes. Não faleis de religião como qualquer coisa que as crianças não podem
compreender, nem procedais como se não se esperasse que elas aceitem a Cristo em sua meninice. Não
lhes deis a falsa impressão de que a religião de Cristo é de tristeza e que, ao se achegarem ao Salvador,
devem abandonar tudo quanto torna a vida aprazível.
Ao operar o Espírito Santo no coração dos pequenos, apoiemos-Lhe a obra. Ensinai-lhes que o Salvador os
está chamando, que coisa alguma Lhe poderá dar mais prazer do que se Lhe entregarem eles no
desabrochar e no vigor da vida.
O Salvador contempla com infinita ternura as almas que comprou com Seu próprio sangue. São a
reivindicação de Seu amor. Olha-as com inexprimível anelo. Seu coração estende-se, não somente para as
crianças bem-comportadas, mas para as que têm, por herança, traços objetáveis de caráter.
Muitos pais não compreendem quanto são responsáveis por esses traços em seus filhos. Não possuem a
ternura e a sabedoria necessárias para tratar com os errantes a quem fizeram o que são. Mas Jesus olha
essas crianças com piedade. Ele segue da causa para o efeito.
O obreiro cristão pode ser o instrumento de Cristo em atrair essas crianças para o Salvador. Com
sabedoria e tato pode ligá-las ao próprio coração, dar-lhes ânimo e esperança, e por meio da graça
de Cristo transformar-lhes o caráter, de sorte que delas se possa dizer: "Dos tais é o reino de Deus."
O Desejado de Todas as Nações, p. 592-593: "O Templo Novamente Purificado"
Ao saírem do templo, encontraram no caminho uma multidão que trazia os enfermos, indagando pelo grande
Médico. As notícias dadas pelos que fugiam, fizeram com que alguns desses voltassem atrás. Temiam
encontrar Alguém tão poderoso, cujo simples olhar afugentara de Sua presença os sacerdotes e principais.
O maior número, porém, avançou por entre a multidão apressada, ansiosos de encontrar Aquele que era sua
única esperança. Ao fugir do templo a multidão, muitos ficaram atrás. A esses se reuniram então os recémvindos. Novamente o pátio do templo se encheu de doentes e moribundos, e mais uma vez, Jesus os
socorreu.
Depois de algum tempo, os sacerdotes e principais se aventuraram a voltar ao templo. Acalmado o pânico,
sentiram-se presa de ansiedade quanto ao que iria Jesus fazer em seguida. Esperavam que tomasse o trono
de Davi. Voltando silenciosamente ao templo, ouviram vozes de homens e mulheres e crianças louvando a
Deus. Ao entrar, ficaram paralisados diante da maravilhosa cena. Viram os enfermos curados, os cegos
restaurados à vista, os surdos ouvindo, e os coxos saltando de prazer. As crianças superavam os demais
no regozijo. Jesus lhes curara as moléstias; enlaçara-as nos braços, recebera-lhes os beijos de
reconhecido afeto, e algumas delas haviam adormecido em Seu peito, ao ensinar Ele a multidão.
Agora, com alegres vozes, os pequenos Lhe entoavam o louvor. Repetiam os hosanas da véspera, e
triunfalmente agitavam palmas diante do Salvador. O templo ecoava e reecoava às suas aclamações:
"Bendito o que vem em nome do Senhor"! Sal. 118:26. "Eis que o teu Rei virá a ti, justo e Salvador!" Zac.
9:9. "Hosana ao Filho de Davi!"
O som dessas felizes, irreprimidas vozes foi uma ofensa para os dirigentes do templo. Decidiram-se a
fazer calar essas demonstrações. Disseram ao povo que a casa de Deus era profanada pelos pés das
crianças e suas aclamações de júbilo. Verificando que suas palavras não causavam impressão no povo,
voltaram-se os sacerdotes para Cristo: "Ouves o que estes dizem? E Jesus lhes disse: Sim; nunca lestes:
pela boca dos meninos e das criancinhas de peito tiraste o perfeito louvor?" Mat. 21:16. Predissera a
profecia que Cristo seria proclamado rei, e essa palavra se devia cumprir. Os sacerdotes e principais de
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4. Israel recusaram anunciar Sua glória, e Deus moveu as crianças para Lhe servirem de testemunhas.
Silenciassem as vozes infantis, e os próprios pilares do templo entoariam o louvor do Salvador.
Os fariseus ficaram inteiramente perplexos e desconcertados. Alguém que não podiam intimidar, achava-Se
com a direção. Jesus tomara Sua posição de guarda do templo. Nunca dantes assumira essa régia
autoridade. Nunca dantes haviam Suas palavras e ações possuído tão grande poder. Fizera maravilhosas
obras por toda Jerusalém, mas nunca dantes por maneira tão solene e impressiva. Em presença do povo
que Lhe testemunhara as maravilhosas obras, os sacerdotes e principais não ousavam hostilizá-Lo
abertamente. Conquanto zangados e confundidos por Sua resposta, não foram capazes de fazer qualquer
coisa mais naquele dia.
Testemunhos Para a Igreja, v. 6, p. 93-95: "O Batismo"
A obra dos pais - Os pais cujos filhos desejam ser batizados têm uma obra a fazer, examinando-se a si
próprios e instruindo conscienciosamente os filhos. O batismo é um rito muito importante e sagrado, e
importa compreender bem o seu sentido. Simboliza arrependimento do pecado e começo de uma vida
nova em Cristo Jesus. Não deve haver qualquer precipitação na administração desse rito. Pais e filhos
devem avaliar os compromissos que por ele assumem. Consentindo no batismo dos filhos, os pais
estabelecem, em relação a eles, uma responsabilidade sagrada de despenseiros, para guiá-los na formação
do caráter. Comprometem-se a guardar com especial interesse esses cordeiros do rebanho, para que não
desonrem a fé que professam.
A instrução religiosa deve ser ministrada aos filhos desde a mais tenra infância; não num espírito de
condenação, mas de alegria e bondade. As mães devem vigiar constantemente, para que a tentação não
sobrevenha aos filhos de modo a não ser deles reconhecida. Os pais devem proteger os filhos por meio de
instruções sábias e valiosas. Como os melhores amigos desses seres inexperientes, devem ajudá-los a
vencer a tentação, porque ser vitoriosos é quase sempre a sua sincera aspiração. Devem considerar que
os filhinhos, que procuram proceder bem, são os membros mais novos da família do Senhor, sendo
o seu dever ajudá-los com profundo interesse a dar passos firmes no caminho da obediência. Com
carinhoso zelo, devem ensinar-lhes dia a dia o que significa ser filhos de Deus e induzi-los a renderse em obediência a Ele. E, ao mesmo tempo, obediência a Deus implica obediência aos pais. Esse
deve ser seu empenho de cada dia e de cada hora. Os pais devem vigiar; vigiar e orar, e fazer dos
filhos seus companheiros.
E quando enfim chegar a época mais feliz de sua existência, e, amando de coração a Jesus desejarem ser
batizados, haja reflexão. Antes de batizá-los, pergunte a eles se o principal propósito de sua vida é
servir a Deus. Ensine-lhes então como dar os primeiros passos, pois essa primeira lição é muito
significativa. Mostre-lhes com simplicidade como prestar o primeiro serviço a Deus. Torne essa lição tão
compreensível quanto possível. Explique-lhes o que significa entregar-se ao Senhor e, ajudados pelos
conselhos dos pais, proceda como manda Sua Palavra.
Depois de feito tudo o que é necessário, e eles revelarem ter compreendido o que significam a conversão
e o batismo, e estarem verdadeiramente convertidos, devem ter permissão para serem batizados. Mas,
repito, é preciso primeiramente agir como pastores fiéis na condução dos inexperientes pés no caminho
estreito da obediência. Deus tem de operar nos pais para que possam dar aos filhos bom exemplo em
relação ao amor, à cortesia, humildade cristã e inteira devoção a Cristo. Se, porém, for permitido que
os filhos sejam batizados e depois forem deixados a viver de qualquer maneira, não sentindo
obrigação de guiá-los pelo caminho estreito, vocês serão responsáveis pelo fracasso de sua fé,
ânimo e interesse pela verdade.
A obra do pastor - Os batizandos adultos devem compreender melhor do que os de menor idade os seus
deveres; mas o pastor da igreja tem obrigações em relação a eles. Talvez cultivem maus hábitos e práticas,
cumprindo por isso ao pastor realizar com eles reuniões especiais. Deve-se estudar com eles a Bíblia, falar e
orar com eles, mostrando-lhes claramente o que o Senhor deles requer. Apresente a eles o que diz a Bíblia
com respeito à conversão. Mostre-lhes o que seja o fruto da conversão, a prova de que amam deveras a
Deus. Explique-lhes que a legítima conversão se manifesta numa mudança do coração, pensamentos e
intenções, pela renúncia de maus costumes, mexericos, ciúme e desobediência. Uma luta tem de ser
travada contra cada mau traço de caráter; e então o crente poderá prevalecer-se da promessa: “Pedi, e darse-vos-á.” Mateus 7:7.
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5. Educação, p. 185, 186: "Ensino e Estudo da Bíblia".
"Para fazeres atento à sabedoria o teu ouvido, ... e como a tesouros escondidos a procurares." Prov. 2:2 e
4.
Jesus estudou as Escrituras na infância, na juventude e na fase adulta. Como criança, aos joelhos de Sua
mãe, do rolo dos profetas recebia diariamente instruções. Em Sua juventude, a madrugada e o crepúsculo
vespertino muitas vezes O encontravam sozinho ao lado da montanha ou entre as árvores da floresta,
passando uma hora silenciosa de oração e estudo da Palavra de Deus. Durante Seu ministério, a grande
familiaridade com as Escrituras testifica de Sua diligência no estudo da mesma. E visto que Ele adquiriu
conhecimento como nós o podemos também, Seu maravilhoso poder, não somente mental mas
também espiritual, é um testemunho do valor da Bíblia como meio de educação.
Nosso Pai celestial, ao dar Sua Palavra, não deixou despercebidas as crianças. Onde é que, dentre tudo
que os homens hajam escrito, se poderá encontrar algo que tenha tal influência sobre o coração das
crianças, algo tão bem adaptado para despertar o interesse delas, como sejam as histórias da Bíblia?
Nestas singelas histórias podem-se esclarecer os grandes princípios da lei de Deus. Assim, por meio das
ilustrações mais bem adaptadas à compreensão da criança, pais e professores podem começar muito cedo
a cumprir a ordem do Senhor relativa aos Seus preceitos [ou palavras]: "E as intimarás a teus filhos, e delas
falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e deitando-te, e levantando-te." Deut. 6:7.
O uso de comparações, quadros-negros, mapas e gravuras, será de auxílio na explicação destas
lições e na fixação das mesmas na memória. Pais e professores devem constantemente procurar
métodos aperfeiçoados. O ensino da Bíblia deve ter os nossos mais espontâneos pensamentos,
nossos melhores métodos, e o nosso mais fervoroso esforço.
Para que se desperte e fortaleça o amor ao estudo da Bíblia, muito depende do uso feito da hora de
culto. As horas do culto matutino e vespertino devem ser as mais agradáveis e auxiliadoras do dia.
Compreenda-se que nessas horas nenhum pensamento perturbador ou mau se deve intrometer; que pais e
filhos se reúnam a fim de se encontrarem com Jesus, e convidar ao lar a presença dos santos anjos. Seja o
culto breve e cheio de vida, adaptado à ocasião, e variado de tempo em tempo. Tomem todos parte na
leitura da Bíblia, e aprendam e repitam muitas vezes a lei de Deus. Contribuirá para maior interesse das
crianças ser-lhes algumas vezes permitido escolher o trecho a ser lido. Interroguem-nas a respeito
do mesmo, e permitam que façam perguntas. Mencionem qualquer coisa que sirva para ilustrar o
sentido. Se o culto não se tornar demasiado longo, façam com que os pequeninos tomem parte na
oração e unam-se eles ao canto, ainda que seja uma única estrofe.
Para se fazer com que este culto seja como deve ser, é necessário que pensemos previamente na sua
preparação. Os pais devem tomar tempo diariamente para o estudo da Bíblia com seus filhos. Não há dúvida
de que isto exigirá esforço e a organização de um plano para tal, bem como algum sacrifício para o realizar;
o esforço, porém, será ricamente recompensado.
Como preparo para o ensino de Seus preceitos, Deus ordena que sejam eles escondidos no coração dos
pais. "E estas palavras, que hoje te ordeno, estarão no teu coração", diz Ele; "e as intimarás a teus filhos."
Deut. 6:6 e 7. A fim de que interessemos nossos filhos na Bíblia, nós mesmos devemos estar
interessados nela. Para despertarmos neles amor ao seu estudo, devemos amá-la. A instrução que
lhes damos terá apenas a importância da influência que lhe emprestarmos pelo nosso próprio
exemplo e espírito.
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