2. “As cidades surgem hoje
aos nossos olhos como
algo impossível de mudar
. Tal não é verdade, se
for aplicado o processo
de técnicas corretas
3. O que é eficiência energética?
Por definição, a eficiência energética consiste
da relação entre a quantidade de energia
empregada em uma atividade e aquela
disponibilizada para sua realização. Adotam-se,
como pressupostos básicos, a manutenção das
condições de conforto, de segurança e de
produtividade dos usuários, contribuindo,
adicionalmente, para a melhoria da qualidade
dos serviços de energia e para a mitigação dos
impactos ambientais.
4. Se transformar em uma cidade sustentável
está longe de ser uma tarefa fácil, mas
também não é impossível. 10 localidades que
podem até não serem ecologicamente
perfeitas, mas são exemplos de que é
possível diminuir o impacto ambiental de um
centro em urbano optando por um
planejamento que inclua o verde em sua
paisagem e preze por formas mais
sustentáveis de organização. Veja que foi ou
tem sido feito para tornar essas urbes mais
“verdes”.
6. Entre as nuvens de vapor que as bolsas
de magma sob a península Reykjanes da
Islândia expelem, uma empresa
emergente está aproveitando as forças
vulcânicas para que o dióxido de carbono
como agente da alteração climática deixe
de ser um problema e transforme-se em
sua solução.
Além do petróleo usado no transporte, a eletricidade
da Islândia procede totalmente de fontes sustentáveis.
7. Por meio da eletricidade geotérmica e do gás residual
da central térmica de Svartsengi, próxima a ela,
a Carbon Recycling International (CRI) une o resíduo
na forma de CO2 com hidrogênio que separa da água
para gerar “metanol renovável”. Esta empresa de
tecnologia limpa com sede em Reikiavik acaba de
iniciar as exportações do produto aos Países Baixos,
onde é misturado com gasolina. Enquanto outros se
esforçam de maneira similar para obter combustível
verde a partir de CO2 redesenhado, apenas a CRI foi
capaz de fazê-lo comercialmente, graças às
abundantes reservas de energia de baixo custo que a
Terra fornece na Islândia.
8. O vapor geotérmico aquece a maioria dos edifícios e
gera quase uma quarta parte de sua eletricidade,
enquanto o resto vem da energia hidrelétrica. Uma
eletricidade barata —até 35% mais barata que nos
Estados Unidos— atraiu fundidores de alumínio e
outros setores que dependem em grande medida da
eletricidade.
Apesar de ser pouco provável que a pequena Islândia
torne-se a central de energia renovável do mundo, o
mundo poderia aprender da solvência desta remota
ilha do norte. Confiar na energia sustentável pode
tanto amparar sua economia debilitada quanto ajudar
a forjar uma ponte para um futuro livre de
combustíveis fósseis.
10. Pioneira na utilização de energia renovável,
Malmö também é apontada como a primeira
cidade de Troca Justa da Suécia. Ali, o governo
tem incentivado o consumo de mercadorias locais
produzidas eticamente, promovendo a
conscientização dos seus habitantes sobre a
importância de se estabelecer um mercado justo
e sustentável. A cidade recicla mais de 70% do
lixo coletado e os resíduos orgânicos são
reaproveitados para a fabricação de
biocombustíveis que, juntamente com a energia
hidrelétrica, solar e eólica, alimenta o Western
Harbor, uma comunidade 100% dependente de
energia limpa.
11. Além disso, Malmö possui mais de 400
quilômetros de ciclovias em seu território–
cinco quilômetros a mais Copenhague, na
Dinamarca–, sendo a cidade sueca com maior
número de vias para ciclistas. No ano
passado, o uso das bicicletas aumentou 11%
e 40% dos deslocamentos relacionados ao
trabalho foram feitos utilizando a magrela.
13. Líder do ranking das cidades mais habitáveis
do mundo por quase dez anos, Vancouver é a
cidade da América do Norte com a menor
pegada de carbono. Mais de 200
parques esverdeiam a sua área urbana e pelo
menos 90% da sua energia já provém de
fontes renováveis. Em 2005, o governo
colocou em prática uma estratégia para que
todos os edifícios construídos na cidade
oferecessem um melhor desempenho
ambiental. Até 2020, a cidade pretende
neutralizar toda a emissão de gases estufa
15. Em 2010, ela ficou entre as cidades Mais
Habitáveis do mundo,Cerca de 40% de sua
população pedala diariamente para se
deslocar pela área urbana.
Desde 1990, a cidade conseguiu reduzir suas
emissões de carbono em 25%.Além do
investimento em fontes limpas de energia – lá
foi inaugurada, em 2001, um dos maiores
parques eólicos marítimos do mundo –,
Copenhague é elogiada pelos esforços
desenvolvidos na última década para manter
as águas de seu porto limpas, local tão seguro
que hoje pode até receber banhistas.
18. Ela tem inspirado outros centros americanos a
incluir espaços verdes em seu planejamento
urbano. Para conservar as áreas vegetativas
em sua volta, foi estabelecido um limite para o
avanço da urbanização da cidade, que conta
com 92 mil acres de área verde e mais de 300
quilômetros de ciclovias. Portland foi a
primeira cidade dos Estados Unidos a aprovar
um plano para reduzir as emissões de dióxido
de carbono e tem promovido sistematicamente
a construção de prédios verdes.
19. Além disso, cerca de 40% de sua população
utiliza ou a bicicleta ou o transporte coletivo
para ir ao trabalho e, desde outubro, o
governo recolhe os resíduos orgânicos, que
são enviados para centros de compostagem.
Hoje, metade da energia utilizada pela cidade
é obtida a partir de fontes limpas, como a luz
solar e o aproveitamento de resíduos para a
produção de biocombustível.
22. A Bahia de Ceráquez é um verdadeiro paraíso
para os ecoturistas. Nos anos 90, o local foi
devastado ao ser atingido por um terremoto.
Então, o governo e algumas ONGs decidiram
reconstruí-la como uma cidade sustentável. Eles
desenvolveram programas para conservar a
biodiversidade local e controlar a erosão,
implantaram esquemas de incentivo à agricultura
orgânica e de reutilização dos resíduos privados
e dos mercados públicos na compostagem. É de
lá a primeira fazenda orgânica certificada de
camarões.
24. Ela foi a primeira cidade americana a banir o uso de
sacolinhas plásticas e brinquedos infantis fabricados
com produtos químicos questionáveis. São Francisco
é também uma das cidades líderes na construção de
prédios verdes e já possui mais 100 deles. Quase
metade dos seus habitantes utiliza o transporte
publico ou a bicicleta para se locomover todos os dias
e mais de 17% da população faz bom proveito dos
parques e das áreas verdes da cidade. Em 2001, os
eleitores aprovaram um incentivo de 100 milhões de
dólares para o financiamento da instalação de painéis
solares e turbinas eólicas e de reformas para tornar
as instalações públicas da cidade mais
energeticamente eficientes.
25.
26. Telhado vivo da Academia de
Ciências da Califórnia, São
Francisco.
28. A Austrália foi o primeiro país a banir as lâmpadas
incandescentes, substituindo-as por modelos
mais energeticamente eficientes. Em Sidney, as
emissões de gases estufa diminuíram 18%
apenas com a reforma de suas instalações
públicas. Além disso, lá foi colocado em prática
um projeto de uma rede regional de bicicletas
que deve unir 164 bairros. Com essas medidas, o
uso da magrela triplicou nas áreas em a rede foi
instalada. Também foi em Sidney que surgiu
a Hora do Planeta, em que toda a cidade desligou
as luzes por 1 hora para chamar atenção para o
problema do aquecimento global.
30. Desde que foi reconstruída após a Segunda
Guerra Mundial, Freiburg vem experimentando o
modo de vida sustentável. É lá que se encontra a
famosa Vauban, uma vila de cinco mil habitantes
criada para servir de distrito modelo de
sustentabilidade. Todas as casas são construídas
de maneira a provocar o menor impacto possível
no meio ambiente, mas ela é conhecida mesmo
por ser uma comunidade livre de automóveis e
que incentiva modos mais ecológicos de
deslocamento. Em Freiburg também existe
uma vila totalmente abastecida por energia solar.
33. Ela não é chamada de cidade modelo à toa.
Seu eficiente transporte público é utilizado por
70% da população e, se consideradas
somente as metrópoles verdes, ou seja,
centros urbanos de grande porte, Curitiba só
perde para Copenhague no índice de menor
emissão de dióxido de carbono per capita e
para Vancouver no quesito produção de
energia renovável. A cidade possui ainda um
bom programa de conservação da
biodiversidade e de reflorestamento de
espécies nativas e tem uma área verde de 51
metros quadrados por habitante.