O documento discute os protocolos de relatório para mamografia e ultrassonografia segundo o sistema BI-RADS. O BI-RADS padroniza a terminologia dos laudos e classifica os achados em categorias preditoras de malignidade que orientam a conduta clínica. Os relatórios devem conter informações clínicas, descrição e classificação dos achados de acordo com o protocolo BI-RADS.
Radiologia de Tórax - Doenças em imunocomprometidos
Birads- Padrões Mamográficos e Ultrassonográficos
1. Relatório mamográfico eRelatório mamográfico e
ultrassonográfico segundoultrassonográfico segundo
o BI-RADSo BI-RADS®®
Baseado no livro Mama: Diagnóstico por Imagem, de
Vera Aguillar, Selma Bauab e Norma Maranhão – Rio
de Janeiro, 2009
Acadêmica: Carla Dias de Oliveira
Medicina – 12º semestre
2. O que é o manual BI-RADSO que é o manual BI-RADS®®
??
Uniformiza a terminologia dos laudos
mamográficos
É adaptável a novos conhecimentos científicos e
necessidades clínicas
Está na sua quarta edição
Criado para descrever lesões não palpáveis em
pacientes assintomáticas (rastreamento)
Deu origem a versões para ultrassonografia e RNM
3. Antes de tudo...Antes de tudo...
O tecido está bem exposto?
O posicionamento está correto?
As imagens estão corretamente identificadas?
O contraste está adequado?
Importante: 80% dos tumores malignos desenvolvem-
se nos quadrantes superiores, 20% nos inferiores e
1% na região da aréola e da papila
4.
5. Organização do RelatórioOrganização do Relatório
MamográficoMamográfico
1. Informações clínicas
2. Análise do exame
A) Padrão mamográfico
B) Descrição dos achados
C) Análise comparativa com exames anteriores
3. Impressão diagnóstica (classificação nas categorias
preditoras de malignidade)
4. Recomendação de condutas
6. Organização do RelatórioOrganização do Relatório
MamográficoMamográfico
1. Informações clínicas
2. Análise do exame
A) Padrão mamográfico
B) Descrição dos achados
C) Análise comparativa com exames anteriores
3. Impressão diagnóstica (classificação nas categorias
preditoras de malignidade)
4. Recomendação de condutas
7. Organização do RelatórioOrganização do Relatório
MamográficoMamográfico
1. Informações clínicas
2. Análise do exame
A) Padrão mamográfico
B) Descrição dos achados
C) Análise comparativa com exames anteriores
3. Impressão diagnóstica (classificação nas categorias
preditoras de malignidade)
4. Recomendação de condutas
8. Padrão mamográficoPadrão mamográfico
Descrição Acurácia Diagnóstica
Lipossubstituídas (até 25% de tecido
glandular)
Muito alta
Parcialmente lipossubstituídas (26 a 50% de
tecido glandular)
Alta
Densas e heterogêneas
(51 a 75% de tecido glandular)
Limitada
Muito densas (>75% de tecido glandular) Limitada
12. Organização do RelatórioOrganização do Relatório
MamográficoMamográfico
1. Informações clínicas
2. Análise do exame
A) Padrão mamográfico
B) Descrição dos achados
C) Análise comparativa com exames anteriores
3. Impressão diagnóstica (classificação nas categorias
preditoras de malignidade)
4. Recomendação de condutas
15. Descrição dos achadosDescrição dos achados
Nódulos
Calcificações Alterações da mama
Distorção focal de arquitetura
Ducto único dilatado
Assimetria global/focal
Linfonodo intramamário
(<1cm, hilo hipodenso, geralmente nas Casos
regiões superiores ou laterais, adjacentes à especiais
estrutura vascular)
Lesões cutâneas Achados associados
Adenomegalia axilar
16.
17.
18.
19.
20.
21. Descrição dos achadosDescrição dos achados
Nódulos
1.Morfologia
2.Contornos
3.Densidade
Redondo Ovóide Lobulado Irregular
Circunscrita Parc. obscura Microlobulada Indistinta Espiculada
22.
23.
24.
25.
26. Descrição dos achadosDescrição dos achados
Calcificações
1.Morfologia das partículas
2.Distribuição do agrupamento
Puntiforme Redonda Anelar Em bastão Grosseiras heterogêneas Pleomórficas finas Amorfas tênues Lineares
Agrupadas Lineares Segmentares Regionais Esparsas
37. Organização do RelatórioOrganização do Relatório
MamográficoMamográfico
1. Informações clínicas
2. Análise do exame
A) Padrão mamográfico
B) Descrição dos achados
C) Análise comparativa com exames anteriores
3. Impressão diagnóstica (classificação nas categorias
preditoras de malignidade)
4. Recomendação de condutas
38. Organização do RelatórioOrganização do Relatório
MamográficoMamográfico
1. Informações clínicas
2. Análise do exame
A) Padrão mamográfico
B) Descrição dos achados
C) Análise comparativa com exames anteriores
3. Impressão diagnóstica (classificação nas categorias
preditoras de malignidade)
4. Recomendação de condutas
39. Categorias preditoras deCategorias preditoras de
malignidademalignidade
A classificação nas categorias é a parte de maior
discordância entre os interpretadores!
Categoria Significado Recomendação
0 Incompleto Complementação
1 Normal Controle anual
2 Benigno Controle anual
3 Prov. Benigno Controle 6 meses
4 Suspeito Biópsia (percutânea)
5 Muito suspeito Biópsia ou cirurgia
6 Malignidade já definida pela
patologia
Conduta de acordo com o
tumor
40. Categorias preditoras deCategorias preditoras de
malignidademalignidade
0. Necessita imagem adicional, aguarda exames
prévios comparativos ou erros técnicos;
1.Exame normal – controle anual
41. Categorias preditoras deCategorias preditoras de
malignidademalignidade
2. Achados benignos – controle anual
Cistos, nódulos com componente de gordura
(inclusive linfonodos intramamários), nódulos
típicos de fibroadenoma (calcificações em pipoca)
Calcificações anelares (cutâneas), vasculares, em
bastão (ductais secretórias), puntiformes esparsas
e bilaterais, fios de sutura
Esteatonecrose
Distorção arquitetural comprovadamente
relacionada com cirurgia prévia
Mamoplastia redutora ou implantes
Assimetrias globais não palpáveis e a maioria dos
casos de assimetria focal
42. Categorias preditoras deCategorias preditoras de
malignidademalignidade
3. Achados provavelmente benignos – controle em 6
meses (VPP 98%)
Nódulos sólidos redondos ou ovoides,
circunscritos em pelo menos 75%, não
calcificados
Calcificações agrupadas redondas ou
puntiformes, com arranjo circular ou ovoide
Assimetria focal em que há preocupação do
interpretador
SÓ É BI-RADS ®
3 APÓS ESTUDO ADICIONAL:
ULTRASSONOGRAFIA, INCIDÊNCIAS
ADICIONAIS OU PROJEÇÕES ORTOGONAIS
LOCALIZADAS AMPLIADAS! RESTRITO A LESÕES
NÃO PALPÁVEIS!
43. Categorias preditoras deCategorias preditoras de
malignidademalignidade
4. Achados suspeitos de malignidade (VPP muito
variável) – biópsia percutânea
4a) Calcificações grosseiras heterogêneas,
agrupadas puntiformes ou redondas (ausentes em
exame anterior), nódulos sólidos ovoides
circunscritos com calcificações puntiformes ou
redondas, nódulos BI-RADS ®
3 palpáveis, cistos
palpáveis com conteúdo espesso
4b) Calcificações amorfas, nódulos parcialmente
obscuros e indistintos
4c) Calcificações lineares ou pleomórficas finas,
qualquer morfologia e distribuição
linear/segmentar, distorção focal de arquitetura
44. Categorias preditoras deCategorias preditoras de
malignidademalignidade
5. Achados muito suspeitos de malignidade (VPP >
95%) – biópsia percutânea ou cirurgia
Nódulo irregular de contornos espiculados
Microcalcificações pleomórficas com
distribuição linear/segmentar
6. Lesões malignas já comprovadas
46. Padrão ecotextural do tecidoPadrão ecotextural do tecido
mamáriomamário
1. Homogêneo adiposo
2. Homogêneo fibroglandular
3. Heterogêneo
47. Descrição dos achadosDescrição dos achados
ultrassonográficosultrassonográficos
1. Nódulos
A) Forma: ovoide, arredondado, irregular,
macrolobulado
B) Orientação: Paralela ou não paralela
C) Margens: circunscritas ou não circunscritas (mal
definidas, anguladas, microlobuladas,
espiculadas)
D) Padrão ecográfico: anecóico, isoecóico,
hipoecóico, hiperecóico, complexo
E) Características acústicas: reforço acústico
(aumento dos ecos atrás da lesão), atenuação
acústica (sombra), sem sombra ou reforço
F) Limites: bem definidos, não perceptíveis, halo
ecogênico
48. Descrição dos achadosDescrição dos achados
ultrassonográficosultrassonográficos
2. Calcificações
A) Macrocalcificações > 0,5mm
B) Microcalcificações < 0,5mm, sem sombra
posterior
C) Microcalcificações dentro de um nódulo
3. Casos especiais
A) Microcistos agrupados
B) Cistos de conteúdo espesso
C) Corpo estranho (clipes, próteses)
D) Linfonodos intramamários e axilares
49. Descrição dos achadosDescrição dos achados
ultrassonográficosultrassonográficos
4. Vascularização
A) Ausente
B) Presente na lesão
C) Imediatamente adjacente
D) Aumento difuso no tecido ao redor da lesão
50. Classificação dos achadosClassificação dos achados
0. Incompleto
1.Exame normal
2.Achados benignos
A) Cistos anecoicos ou com septos finos, com
grãos de cálcio em suspensão ou com nível
gordura/líquido
B) Alterações pós-operatórias
C) Linfonodos intramamários, nódulos cutâneos,
fibroadenomas clássicos (macrocalcificações), nódulos
sólidos ovoides circunscritos estáveis há pelo menos 2
anos
D) Implantes mamários
51. Classificação dos achadosClassificação dos achados
3. Achados provavelmente benignos
A) Nódulos sólidos macrolobulados (até 3
lobulações), nódulos sólidos hipercogênicos e
homogêneos (2 ou 3?)
B) Nódulos hipoecoicos com ecos homogêneos
(cisto de conteúdo espesso)
C) Microcistos agrupados
D) Distorção arquitetural relacionada à cirurgia
52. Classificação dos achadosClassificação dos achados
4. Achados suspeitos
A) Nódulos sólidos com margens não circunscritas,
microlobulados, espiculados
a) Atenuação acústica posterior
b) Orientação vertical
c) Calcificações interiores
d) Padrão ductal ou ramificado
B) Cistos complexos
a) septos ou paredes espessas
b) componente sólido no interior
C) Lesões intraductais, áreas de atenuação acústica,
áreas sólidas com limites pouco definidos e textura
heterogênea