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Apostila:                                                                                                CEFET - 1996

Organização de
Arquivos

                                                         ÍNDICE


       Apresentação............................................................................................
       03
       Importância dos Arquivos.........................................................................
       04
I. Documento, Informação, Comunicação e Documentação..............................
05
        1.1.Documento.......................................................................................
        05
        1.2.Informação........................................................................................
        05
        1.3.Comunicação....................................................................................
        05
        1.4.Documentação.................................................................................
        05
II. Arquivo...........................................................................................................
06
III. Funções do Arquivo......................................................................................
07
IV. Tratamento da Informação...........................................................................
08
V. Organização e Técnica de Arquivamento.....................................................
09
        5.1.Segurança........................................................................................
        09
        5.2.Precisão............................................................................................
        09
        5.3.Simplicidade.....................................................................................
        09
        5.4.Flexibilidade......................................................................................
        09
        5.5.Acesso..............................................................................................
        09
VI. Operações de Arquivamento........................................................................
10
        6.1.Inspeção...........................................................................................
        10
        6.2.Estudo..............................................................................................
        10
        6.3.Classificação....................................................................................
        10
        6.4.Codificação.......................................................................................
        10
        6.5.Ordenação........................................................................................
        10
VII. Avaliação da Documentação.......................................................................
11


        Luiz Carlos Martins                                                                                   Página 3
Apostila:                                                                                               CEFET - 1996

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Arquivos

VIII. Regras de Arquivamento............................................................................
12
        8.1.Alfabetação......................................................................................
        12
        8.2.Método Numérico.............................................................................
        15
        8.3.Método Alfa-numérico......................................................................
        16
        8.4.Método Geográfico...........................................................................
        16
        8.5.Método Variedex..............................................................................
        17
        8.6.Método por Assunto.........................................................................
        17
        8.7.Método Decimal................................................................................
        17
        8.8.Método Mnemônico..........................................................................
        17
IX. Localização Física e Armazenagem de Documentos...................................
18
X. Administração dos Arquivos..........................................................................
18
        10.1.Seleção e Descarte........................................................................
        18
        10.2.Recuperação de Documentos........................................................
        19
        10.3.Manutenção do Sistema.................................................................
        20
        10.3.1.Treinamento................................................................................
        20
        10.3.2.Ficha de Orientação....................................................................
        20
        10.3.3.Empréstimos................................................................................
        20
        10.3.4.Reuniões de Trabalho.................................................................
        20
Bibliografia.........................................................................................................
21




                                                            “...o cuidado que uma
                                                            nação      devota    à
                                                            preservação        dos
                                                            monu m entos de seu
                                                            passado pode servir
        Luiz Carlos Martins                                                                                  Página 4
Apostila:                                                        CEFET - 1996

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                                    como uma verdadeira
                                    medida do grau de
                                    civilização que atingiu.
                                    entre tais monu m entos.
                                    E      desfrutando     o
                                    primeiro lugar,em valor
                                    e importância, estão os
                                    arquivos...”
                                    (Charles      M.
                                    Andrews - USA)
                             APRESENTAÇÃO

           Os arquivos não são meros depósitos de papéis velhos,
     arquivados apenas por tradição de tudo arquivar, embora isto ocorra
     com freqüência. É comum encontrarmos arquivos tecnicamente mal
     organizados, dificultando a localização das informações desejadas no
     momento preciso.
           A organização e a custódia da documentação emitida e
     recebida pela Instituição está entre as inúmeras atividades
     administrativas do setor de arquivos. Essa função, pode parecer de
     pouca importância, mas não é, se considerarmos que poucas pessoas
     - a não ser aquelas com formação específica, estão aptas a tornar
     documentos elementos dinâmicos de prestação de informações.
           Cada arquivo possui personalidade própria, individualidade
     peculiar, com a qual é necessário que se familiarize o arquivista ou o
     técnico de arquivo, antes de proceder a sua ordenação.
           Da organização dos arquivos setoriais irá depender o
     funcionamento do arquivo geral, pois o arquivista, o técnico de arquivo
     ou o responsável pelo arquivo não é um funcionário com profundos
     conhecimentos em todas as áreas de atuação da instituição, e, sim, o
     elemento treinado para organizar e administrar a documentação vinda
     dos arquivos setoriais.




   Luiz Carlos Martins                                              Página 5
Apostila:                                                      CEFET - 1996

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                                   "Os arquivos de um
                                   modo geral, não são
                                   depósitos obscuros de
                                   informação
                                   ultrapassada          ou
                                   inutilizáveis;       são
                                   realmente instrumentos
                                   efetivos da gestão da
                                   instituição    e      da
                                   consciência social."


                     IMPORTÂNCIA DOS ARQUIVOS


            A memória humana é limitada e devemos sempre que possível
     aliviar sua carga, transferindo uma parte do que necessitamos ao
     arquivo, que é a memória mecânica da instituição.

           A importância do arquivo pode ser sentida quando se possuímos
     determinado documento, mas não conseguimos localizá-lo entre
     milhares de outros papéis. Na frustração de quem possui algo que
     necessita e não pode utilizar reflete-se a importância do arquivo.


          O arquivo dá a possibilidade de manter o conjunto de
     documentos devidamente ordenados e classificados de acordo com a
     necessidade da instituição; permite encontrar o documento na hora
     necessária, retirando dele as informações precisas; constitui todo um
     passado da instituição.




   Luiz Carlos Martins                                            Página 6
Apostila:                                                       CEFET - 1996

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           I.DOCUMENTO, INFORMAÇÃO, COMUNICAÇÃO E
                       DOCUMENTAÇÃO.




    1.1.DOCUMENTO:

      É algo corpóreo, em que já foi fixada ou gravada uma noção ou
    mensagem.
      Documento, em sentido amplo, é todo e qualquer suporte da
    informação. Assim, além do documento convencional, podemos admitir
    que um bem cultural como um monumento, um sítio paisagístico possa
    ser, também, um documento.
      Documento em sentido mais restrito é: livro, revista, relatório, fita
    magnética, disco, microfilme, cartão perfurado, portanto, todo material
    escrito, cartográfico, fotocinematográfico ou sonoro.




    1.2.INFORMAÇÃO:

     É a noção, idéia ou mensagem contida num documento, a informação é
    sempre incorpórea, por isso precisa sempre de um suporte.


   Luiz Carlos Martins                                             Página 7
Apostila:                                                      CEFET - 1996

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    1.3.COMUNICAÇÃO:

     É o ato ou efeito de transmitir a informação num documento ou num
    conjunto de documentos.



    1.4.DOCUMENTAÇÃO:

     É o conjunto ou cada um dos processos de elaboração e produção,
    coleção e classificação, difusão e utilização da informação contida em
    documentos de qualquer natureza.




                       II - ARQUIVO




   Luiz Carlos Martins                                            Página 8
Apostila:                                        CEFET - 1996

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 “Arquivo é um conjunto de documentos; organicamente

 acumulados; produzidos ou recebidos por pessoa física e

 instituições públicas ou privadas, em decorrência do

 exercício de atividade específica, qualquer que seja o

 suporte da informação ou a natureza do documento.”




                        III.FUNÇÕES DO ARQUIVO




    Entre as principais podemos ressaltar:

   Luiz Carlos Martins                             Página 9
Apostila:                                                     CEFET - 1996

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     a) Restaurar rapidamente o passado;


     b) Fornecer elementos para controle;


     c) Transmitir experiência;


     d) Disciplinar as ações; e


     e) Conferir segurança aos documentos e a instituição




        O arquivo organiza qualquer trabalho intelectual e não apenas em
     tempo lucra o organizador.

        Há outra vantagem ainda maior, que é a de ordenar os pensamentos,
     processos mentais e, consequentemente, a própria existência.




                    IV. TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO



      A informação é sempre o instrumento principal de uma organização
    pública ou privada. Pouco se faz dentro de uma repartição pública que
    não se torne objeto de um documento e, por conseguinte, uma
    informação.


   Luiz Carlos Martins                                           Página 10
Apostila:                                                         CEFET - 1996

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     A falta de conscientização do valor da informação leva a verdadeiros
    atos de vandalismo com os documentos, abandonando-os, na maioria das
    vezes, em locais sem condições apropriadas.

      Começar a dar uma roupagem nova aos sistemas documentais resultará
    em uma enorme economia e racionalização de atividades: integrar
    sistemas mais flexíveis e funcionais; menos burocracia; mais credibilidade
    nas pessoas, em alguns casos, a comunicação escrita cedendo lugar ao
    contato pessoal; rígida disciplina na tiragem de cópias; análise dos
    documentos não representativos e sua eliminação; controle na
    movimentação da documentação e normalização da informação. esses
    são alguns dos procedimentos mais simples e indicados para a mudança
    proposta, bem como buscar a microfilmagem como produto final da
    organização documental, isto é, não ver no processo da microfilmagem
    apenas um redutor de espaço, mas um auxiliar valioso na sistemática
    arquivística.

      Alguns fatores que evidenciam a desorganização dos documentos e dos
    sistemas de arquivamento:

 • Falta de disciplina na geração se documentos;

 • Falta de questionamento das origens documentais para análise de seu
   real valor.

 • Falta de autoridade e desconfiança dos que submetem os documentos a
   constantes reproduções




          V.ORGANIZAÇÃO E TÉCNICA DE ARQUIVAMENTO


     O arquivo precisa ser organizado de forma que proporcione condições
    de segurança, precisão, simplicidade, flexibilidade e acesso:


   Luiz Carlos Martins                                                Página 11
Apostila:                                                        CEFET - 1996

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    5.1.SEGURANÇA: O arquivo deve apresentar condições mínimas de
    segurança, incluindo-se medidas de prevenção contra incêndio, extravio,
    roubo e deterioração. dependendo da natureza do arquivo é importante
    cuidar do sigilo, impedindo ou dificultando o livre acesso a documentos
    confidenciais.


    5.2.PRECISÃO: O arquivo deve oferecer garantia de precisão na
    consulta a documentos e assegurar a localização de qualquer
    documento arquivado, ou de qualquer documento que tenha sido
    retirado.


    5.3.SIMPLICIDADE:       O arquivo precisa ser simples e de fácil
    compreensão. As possibilidades de erro são reduzidas em arquivos
    simples e funcionais. O número e variedade de documentos não exigem
    necessariamente um arquivo complexo e de difícil entendimento.


    5.4.FLEXIBILIDADE: O arquivo deve acompanhar o desenvolvimento
    ou o crescimento da empresa ou órgão público, ajustando-se ao
    aumento do volume e a complexidade dos documentos a serem
    arquivados.


    5.5.ACESSO: O arquivo deve oferecer condições de consulta imediata,
    proporcionalmente pronta localização dos documentos.




                   VI.OPERAÇÕES DE ARQUIVAMENTO


     Antes do arquivamento propriamente dito é importantíssimo verificar as
     etapas a seguir:


     6.1.INSPEÇÃO: Consiste na verificação de cada documento quanto ao
     seu destino, pois este pode chegar à seção por diversos motivos:

   Luiz Carlos Martins                                              Página 12
Apostila:                                                    CEFET - 1996

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    • Para solicitar uma informação;
    • Apenas para protocolar,
    • Para ser anexado.



      6.2.ESTUDO: É a leitura do documento a fim de verificar sob que
      notação deverá ser feito o arquivamento, bem como a necessidade de
      referencias cruzadas.



      6.3.CLASSIFICAÇÃO: Interpretação do documento, com base no
      conhecimento do usuário sobre o assunto.



      6.4.CODIFICAÇÃO: Colocação de códigos.



      6.5.ORDENAÇÃO: É a separação e agrupamento de um conjunto de
      documentos de acordo com a codificação dada.




                   VII.AVALIAÇÃO DA DOCUMENTAÇÃO




     7.1. Redução ao essencial da documentação;

     Luiz Carlos Martins                                        Página 13
Apostila:                                                         CEFET - 1996

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    7.2.Aumento do índice de recuperação da informação;


    7.3.Garantia de condições de preservação da documentação de valor
    permanente;


    7.4.Facilidade de emprego de diversos suportes de registro;


    7.5.Conquista de espaço;


    7.6.Orientação no processo de produção documental;


    7.7.Melhor aproveitamento de recursos humanos e materiais.




           VIII.REGRAS DE ARQUIVAMENTO



      8.1.ALFABETAÇÃO



 8.1.1.Nos nomes de pessoas físicas, considera-se o último sobrenome e
       depois o prenome.

                 Exemplo:              Camila Peixoto

                 Arquiva-se:           Peixoto, Camila

   Luiz Carlos Martins                                              Página 14
Apostila:                                                          CEFET - 1996

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        8.1.2.Quando houver sobrenomes iguais, prevalece a ordem alfabética do
           prenome.

                    Exemplos:           Paulo Junqueira
                                        Hélio Junqueira

                    Arquiva-se:         Junqueira, Hélio
                                        Junqueira, Paulo



 8.1.3.Sobrenomes compostos de um substantivo e adjetivo ou ligados pôr
       hífen não se separam.

                    Exemplo:      Camilo Castelo Branco

                    Arquiva-se: Castelo Branco, Camilo



 8.1.4.Os sobrenomes formados com as palavras Santo, Santa ou São não
       se separam na classificação.

                    Exemplo:      Waldemar Santa Rita

                    Arquiva-se: Santa Rita, Waldemar




8.1.5.As iniciais abreviativas de prenome tem precedência na classificação de
      sobrenomes iguais

                    Exemplos:     L. Monteiro
                                  Leo Monteiro

                    Arquiva-se: Monteiro, L
                                Monteiro, Leo

    .



       Luiz Carlos Martins                                            Página 15
Apostila:                                                         CEFET - 1996

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8.1.6.Os sobrenomes que exprimem grau de parentesco como: Filho, Sobrinho,
      Neto, Júnior, são considerados parte integrantes do nome, mas não são
      considerados na ordenação alfabética.

                  Exemplo:             Antônio Almeida Filho

                  Arquiva-se:          Almeida Filho, Antônio
                  ou:                  Almeida, Antônio (Filho)


8.1.7.Os títulos não são na alfabetação, são colocados após o nome completo,
      entre parênteses.

                  Exemplo:      Dr. Alfredo Mandini

                  Arquiva-se: Mandini, Alfredo ( Dr. )



    8.1.8.Os nomes estrangeiros são considerados pelo último sobrenome.

                  Exemplo:      Ronald Regan

                  Arquiva-se: Regan, Ronald



8.1.9.Os nomes orientais- japoneses, chineses e árabes são registrados como
      se apresentam.

                  Exemplo:      Li Yutang

                  Arquiva-se: Li Yutang




 8.1.10.As partículas de nomes estrangeiros podem ou não ser
       consideradas, o mais comum é considera-las como parte integrante,
       quando escritas com letra maiúscula.

                  Exemplos:     Pepino di Capri
                                Charles Du Pont

                  Arquiva-se: Capri, Pepino di
     Luiz Carlos Martins                                            Página 16
Apostila:                                                        CEFET - 1996

Organização de
Arquivos

                             Du Pont, Charles


 8.1.11.Os nomes de empresas, instituições, devem ser transcritos como se
       apresentam.

                 Exemplo:    Fundação Getulio Vargas

                 Arquiva-se: Fundação Getulio Vargas




 8.1.12.Nos títulos de congressos, conferências, reuniões, assembléias etc.
       Os números arábicos ou romanos, devem aparecer no fim entre
       parênteses.

                 Exemplo:    II Congresso de Geografia

                 Arquiva-se: Congresso de Geografia (II)




   Luiz Carlos Martins                                              Página 17
Apostila:                                                         CEFET - 1996

Organização de
Arquivos




     .2.MÉTODO NUMÉRICO


       Esse método é o que proporciona maior facilidade de organização e
     rapidez para arquivar.

      A consulta depende de um índice numérico, mas a localização é imediata.

       No método numérico o documento recebe um número, uma pasta e sua
     localização no arquivo


     VANTAGENS:

 •   Menor possibilidade de arquivamento errôneo;
 •   Possui fichário que permite a centralização da informação;
 •   Maior sigilo;
 •   Expansão ilimitada.


     DESVANTAGENS:

 • Requer consulta indireta;
 • Maior custo com uso de acessório.




                                                                  Empresa X
                                                                  documento 1




    Luiz Carlos Martins                                              Página 18
Apostila:                                                            CEFET - 1996

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Empresa X                             002-2
documento 2
                                                     002-1
                                      001-2
                                                                            Empresa Y
                                                      001-1                 documento 1
 Empresa Y
 documento 2




       8.3.MÉTODO ALFA-NUMÉRICO


              É o método que procura reunir as vantagens dos dois métodos
              anteriores.
              A divisão alfabética é subdividida numericamente.




                                   002

                                               001




             Luiz Carlos Martins                                              Página 19
Apostila:                                                                     CEFET - 1996

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Arquivos

                                                     Am até
                                                      Az
                             002
                                                                   Ad ate
                                         001                         Al




                                                            Ítens iniciados
                                                              com a letra
                                                                    A




     8.4.MÉTODO GEOGRÁFICO:

     É utilizado para organizar documentos de acordo                    com a divisão
     geográfica.




     8.5.MÉTODO VARIEDEX

        É uma variante do método alfabético comum, no qual foi
     acrescentado o artifício da cor, seguindo uma sistemática, que consiste
     na divisão do alfabeto em grupos caracterizados pelas cores do arco-iris,
     na seguinte ordem:



                       CORES                   LETRAS
                      LARANJA                  a, b, c, d
                      AMARELO                  e, f, g, h
                       VERDE                  i, j, l, m, n
                        AZUL                     o, p, q
                      VIOLETA          r, s, t, u, v, w, x, y, z


    8.6.MÉTODO POR ASSUNTO



    Luiz Carlos Martins                                                         Página 20
Apostila:                                                         CEFET - 1996

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Arquivos

        É um dos mais difíceis. consiste em agrupar as pastas por assunto.
    cada assunto deve ser muito bem escolhido , a fim de não se perder o
    documento.



    8.7.MÉTODO DECIMAL

         Muito usado nas áreas de ação de bibliotecas e/ou centros de
    informações. Consiste nas dez classes de conhecimentos humanos, as
    quais, por sua vez, subdividem-se em outras dez, e assim por diante.
    método elaborado por Melvin Dewey



    8.8.MÉTODO MNEMÔNICO

        É arte de utilizar a memória a fim de recuperar a informação e/ou
    documento. é o mais usado em volumes pequenos de documento.




      IX. LOCALIZAÇÃO             FÍSICA      E     ARMAZENAGEM            DE
      DOCUMENTOS

      Os documentos devem estar armazenado em invólucros adequados para
      sua conservação e localizados o mais próximo possível de quem os
      utiliza.

      Sua armazenagem esta diretamente ligada ao tipo de espaço físico e ao
      mobiliário disponível.

      No espaço onde os arquivos ficarão localizados deve-se evitar:

      a) umidade;
      b) variações de temperatura muito bruscas;
      c) incidência direta de luz solar;

     Luiz Carlos Martins                                              Página 21
Apostila:                                                       CEFET - 1996

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Arquivos

    d) excesso de poeira, insetos e gases poluentes;


    Além disso devem ser mantidos cuidados com relação à incêndios,
    equipamentos, instalações elétricas, furtos, etc.




    X.ADMINISTRAÇÃO DOS ARQUIVOS


    10.1.SELEÇÃO E DESCARTE

    Um dos grandes problemas do arquivo é a segurança de documentos
    importantíssimos para a instituição.

    Certos documentos não podem ser perdidos, destruídos ou danificados

    O arquivo deve proporcionar confiabilidade quanto à preservação dos
    documentos, seja a curto, a médio ou a longo prazo.

    Os limites de espaço físico, no entanto, forçam uma revisão constante dos
    arquivos.

    O que manter e o que não manter? Essa decisão é muito particular,
    depende essencialmente da rotina e necessidade de cada Instituição.

    A regra básica é a seguinte: todo o documento que determina uma
    obrigação permanente, direito permanente, de valor permanente ou
    exigência legal deve ser conservado para sempre.



    A obrigação ou o direito relacionados com o documento é que
    devem estabelecer o prazo para sua conservação.
                  A validade legal é a exigência básica



   Luiz Carlos Martins                                             Página 22
Apostila:                                                       CEFET - 1996

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Arquivos


     Dá-se o nome de transformação à operação que separa documentos
     que perderam a sua atualidade, mas não o seu valor e que devem ser
     transferidos do arquivo corrente para o arquivo geral.

     A transformação é feita periodicamente a cada semestre ou a cada
     ano dependendo do volume dos documentos ou da dinâmica do
     negócio, podendo também ser chamada descarte.

     O descarte envolve também a eliminação ou destruição de documentos
     que já não tenham mais valor para a instituição




     10.2.RECUPERAÇÃO DE DOCUMENTOS




     Ao ser arquivado, um documento deve ser facilmente recuperado.

     A escolha do método e do sistema de arquivamento devem ser
     baseadas nisso.

     Quanto maior for a possibilidade de aumento do volume de
     documentos, mais difícil será o uso do método alfabético, e maiores
     serão as vantagens no uso do sistema indireto, ou seja, de um índice,
     para a recuperação.




10.3.MANUTENÇÃO DO SISTEMA

   Luiz Carlos Martins                                               Página 23
Apostila:                                                          CEFET - 1996

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Arquivos



    10.3.1.TREINAMENTO: É a capacitação da equipe interna no uso do
    arquivo físico (incluindo seleção e descarte), no sistema de acesso
    automatizado (incluindo pesquisa e localização da informação) e no
    sistema de alimentação e controle das informações (incluindo digitação e
    registro dos dados do sistema).



    10.3.2.FICHA DE ORIENTAÇÃO: Ficha com resumo dos procedimentos
    sobre a seleção, o descarte, e a indexação dos documentos inserida
    dentro da pasta (em separadores) para consulta imediata.



    10.3.3.EMPRÉSTIMOS: Definição da rotina de inclusão de um separador
    no local de onde foi retirado um documento.
       No separador serão registrados o nome de quem emprestou o material
    e a data.
       Na devolução, o separador retorna ao início da pasta, com uma
    sinalização de que o documento foi devolvido (uma rubrica por exemplo).
    Havendo necessidade, pode-se criar um controle automatizado de
    empréstimos.



    10.3.4.REUNIÕES DE TRABALHO: Criação de um espaço nas reuniões
    de trabalho da equipe interna, para a discussão das questões relativas ao
    arquivo e ao fluxo de informações na instituição (no setor ou
    departamento).




     Luiz Carlos Martins                                              Página 24
Apostila:                                                        CEFET - 1996

Organização de
Arquivos




                                BIBLIOGRAFIA




    PAES, Marilena Leite. Arquivo Teoria e Prática. Rio de Janeiro: Editora
       da Fundação Getulio Vargas. 1986




    CASTRO, Astréa de Moraes e; CASTRO, Andresa de Moraes e;
       GASPARIAN, Danuza de Moraes e Castro. Arquivística
       Arquivologia. São Paulo: Ao Livro Técnico S. A. 1988




    FURLAN, José D. e IVO, Ivonildo da M. Megatendências da Tecnologia
       da Informação. São Paulo: Makron Books, 1992




    LABASTIA, Elizabete; Atualização em Arquivos. São Paulo. 1995



    ROSA, Márcia. Organização de Arquivos Técnicos Curitiba. 1996.




     Luiz Carlos Martins                                            Página 25
Apostila:                 CEFET - 1996

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   Luiz Carlos Martins      Página 26
Apostila:                 CEFET - 1996

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Organização de arquivos CEFET apostila

  • 1. Apostila: CEFET - 1996 Organização de Arquivos ÍNDICE Apresentação............................................................................................ 03 Importância dos Arquivos......................................................................... 04 I. Documento, Informação, Comunicação e Documentação.............................. 05 1.1.Documento....................................................................................... 05 1.2.Informação........................................................................................ 05 1.3.Comunicação.................................................................................... 05 1.4.Documentação................................................................................. 05 II. Arquivo........................................................................................................... 06 III. Funções do Arquivo...................................................................................... 07 IV. Tratamento da Informação........................................................................... 08 V. Organização e Técnica de Arquivamento..................................................... 09 5.1.Segurança........................................................................................ 09 5.2.Precisão............................................................................................ 09 5.3.Simplicidade..................................................................................... 09 5.4.Flexibilidade...................................................................................... 09 5.5.Acesso.............................................................................................. 09 VI. Operações de Arquivamento........................................................................ 10 6.1.Inspeção........................................................................................... 10 6.2.Estudo.............................................................................................. 10 6.3.Classificação.................................................................................... 10 6.4.Codificação....................................................................................... 10 6.5.Ordenação........................................................................................ 10 VII. Avaliação da Documentação....................................................................... 11  Luiz Carlos Martins Página 3
  • 2. Apostila: CEFET - 1996 Organização de Arquivos VIII. Regras de Arquivamento............................................................................ 12 8.1.Alfabetação...................................................................................... 12 8.2.Método Numérico............................................................................. 15 8.3.Método Alfa-numérico...................................................................... 16 8.4.Método Geográfico........................................................................... 16 8.5.Método Variedex.............................................................................. 17 8.6.Método por Assunto......................................................................... 17 8.7.Método Decimal................................................................................ 17 8.8.Método Mnemônico.......................................................................... 17 IX. Localização Física e Armazenagem de Documentos................................... 18 X. Administração dos Arquivos.......................................................................... 18 10.1.Seleção e Descarte........................................................................ 18 10.2.Recuperação de Documentos........................................................ 19 10.3.Manutenção do Sistema................................................................. 20 10.3.1.Treinamento................................................................................ 20 10.3.2.Ficha de Orientação.................................................................... 20 10.3.3.Empréstimos................................................................................ 20 10.3.4.Reuniões de Trabalho................................................................. 20 Bibliografia......................................................................................................... 21 “...o cuidado que uma nação devota à preservação dos monu m entos de seu passado pode servir  Luiz Carlos Martins Página 4
  • 3. Apostila: CEFET - 1996 Organização de Arquivos como uma verdadeira medida do grau de civilização que atingiu. entre tais monu m entos. E desfrutando o primeiro lugar,em valor e importância, estão os arquivos...” (Charles M. Andrews - USA) APRESENTAÇÃO Os arquivos não são meros depósitos de papéis velhos, arquivados apenas por tradição de tudo arquivar, embora isto ocorra com freqüência. É comum encontrarmos arquivos tecnicamente mal organizados, dificultando a localização das informações desejadas no momento preciso. A organização e a custódia da documentação emitida e recebida pela Instituição está entre as inúmeras atividades administrativas do setor de arquivos. Essa função, pode parecer de pouca importância, mas não é, se considerarmos que poucas pessoas - a não ser aquelas com formação específica, estão aptas a tornar documentos elementos dinâmicos de prestação de informações. Cada arquivo possui personalidade própria, individualidade peculiar, com a qual é necessário que se familiarize o arquivista ou o técnico de arquivo, antes de proceder a sua ordenação. Da organização dos arquivos setoriais irá depender o funcionamento do arquivo geral, pois o arquivista, o técnico de arquivo ou o responsável pelo arquivo não é um funcionário com profundos conhecimentos em todas as áreas de atuação da instituição, e, sim, o elemento treinado para organizar e administrar a documentação vinda dos arquivos setoriais.  Luiz Carlos Martins Página 5
  • 4. Apostila: CEFET - 1996 Organização de Arquivos "Os arquivos de um modo geral, não são depósitos obscuros de informação ultrapassada ou inutilizáveis; são realmente instrumentos efetivos da gestão da instituição e da consciência social." IMPORTÂNCIA DOS ARQUIVOS A memória humana é limitada e devemos sempre que possível aliviar sua carga, transferindo uma parte do que necessitamos ao arquivo, que é a memória mecânica da instituição. A importância do arquivo pode ser sentida quando se possuímos determinado documento, mas não conseguimos localizá-lo entre milhares de outros papéis. Na frustração de quem possui algo que necessita e não pode utilizar reflete-se a importância do arquivo. O arquivo dá a possibilidade de manter o conjunto de documentos devidamente ordenados e classificados de acordo com a necessidade da instituição; permite encontrar o documento na hora necessária, retirando dele as informações precisas; constitui todo um passado da instituição.  Luiz Carlos Martins Página 6
  • 5. Apostila: CEFET - 1996 Organização de Arquivos I.DOCUMENTO, INFORMAÇÃO, COMUNICAÇÃO E DOCUMENTAÇÃO. 1.1.DOCUMENTO: É algo corpóreo, em que já foi fixada ou gravada uma noção ou mensagem. Documento, em sentido amplo, é todo e qualquer suporte da informação. Assim, além do documento convencional, podemos admitir que um bem cultural como um monumento, um sítio paisagístico possa ser, também, um documento. Documento em sentido mais restrito é: livro, revista, relatório, fita magnética, disco, microfilme, cartão perfurado, portanto, todo material escrito, cartográfico, fotocinematográfico ou sonoro. 1.2.INFORMAÇÃO: É a noção, idéia ou mensagem contida num documento, a informação é sempre incorpórea, por isso precisa sempre de um suporte.  Luiz Carlos Martins Página 7
  • 6. Apostila: CEFET - 1996 Organização de Arquivos 1.3.COMUNICAÇÃO: É o ato ou efeito de transmitir a informação num documento ou num conjunto de documentos. 1.4.DOCUMENTAÇÃO: É o conjunto ou cada um dos processos de elaboração e produção, coleção e classificação, difusão e utilização da informação contida em documentos de qualquer natureza. II - ARQUIVO  Luiz Carlos Martins Página 8
  • 7. Apostila: CEFET - 1996 Organização de Arquivos “Arquivo é um conjunto de documentos; organicamente acumulados; produzidos ou recebidos por pessoa física e instituições públicas ou privadas, em decorrência do exercício de atividade específica, qualquer que seja o suporte da informação ou a natureza do documento.” III.FUNÇÕES DO ARQUIVO Entre as principais podemos ressaltar:  Luiz Carlos Martins Página 9
  • 8. Apostila: CEFET - 1996 Organização de Arquivos a) Restaurar rapidamente o passado; b) Fornecer elementos para controle; c) Transmitir experiência; d) Disciplinar as ações; e e) Conferir segurança aos documentos e a instituição O arquivo organiza qualquer trabalho intelectual e não apenas em tempo lucra o organizador. Há outra vantagem ainda maior, que é a de ordenar os pensamentos, processos mentais e, consequentemente, a própria existência. IV. TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO A informação é sempre o instrumento principal de uma organização pública ou privada. Pouco se faz dentro de uma repartição pública que não se torne objeto de um documento e, por conseguinte, uma informação.  Luiz Carlos Martins Página 10
  • 9. Apostila: CEFET - 1996 Organização de Arquivos A falta de conscientização do valor da informação leva a verdadeiros atos de vandalismo com os documentos, abandonando-os, na maioria das vezes, em locais sem condições apropriadas. Começar a dar uma roupagem nova aos sistemas documentais resultará em uma enorme economia e racionalização de atividades: integrar sistemas mais flexíveis e funcionais; menos burocracia; mais credibilidade nas pessoas, em alguns casos, a comunicação escrita cedendo lugar ao contato pessoal; rígida disciplina na tiragem de cópias; análise dos documentos não representativos e sua eliminação; controle na movimentação da documentação e normalização da informação. esses são alguns dos procedimentos mais simples e indicados para a mudança proposta, bem como buscar a microfilmagem como produto final da organização documental, isto é, não ver no processo da microfilmagem apenas um redutor de espaço, mas um auxiliar valioso na sistemática arquivística. Alguns fatores que evidenciam a desorganização dos documentos e dos sistemas de arquivamento: • Falta de disciplina na geração se documentos; • Falta de questionamento das origens documentais para análise de seu real valor. • Falta de autoridade e desconfiança dos que submetem os documentos a constantes reproduções V.ORGANIZAÇÃO E TÉCNICA DE ARQUIVAMENTO O arquivo precisa ser organizado de forma que proporcione condições de segurança, precisão, simplicidade, flexibilidade e acesso:  Luiz Carlos Martins Página 11
  • 10. Apostila: CEFET - 1996 Organização de Arquivos 5.1.SEGURANÇA: O arquivo deve apresentar condições mínimas de segurança, incluindo-se medidas de prevenção contra incêndio, extravio, roubo e deterioração. dependendo da natureza do arquivo é importante cuidar do sigilo, impedindo ou dificultando o livre acesso a documentos confidenciais. 5.2.PRECISÃO: O arquivo deve oferecer garantia de precisão na consulta a documentos e assegurar a localização de qualquer documento arquivado, ou de qualquer documento que tenha sido retirado. 5.3.SIMPLICIDADE: O arquivo precisa ser simples e de fácil compreensão. As possibilidades de erro são reduzidas em arquivos simples e funcionais. O número e variedade de documentos não exigem necessariamente um arquivo complexo e de difícil entendimento. 5.4.FLEXIBILIDADE: O arquivo deve acompanhar o desenvolvimento ou o crescimento da empresa ou órgão público, ajustando-se ao aumento do volume e a complexidade dos documentos a serem arquivados. 5.5.ACESSO: O arquivo deve oferecer condições de consulta imediata, proporcionalmente pronta localização dos documentos. VI.OPERAÇÕES DE ARQUIVAMENTO Antes do arquivamento propriamente dito é importantíssimo verificar as etapas a seguir: 6.1.INSPEÇÃO: Consiste na verificação de cada documento quanto ao seu destino, pois este pode chegar à seção por diversos motivos:  Luiz Carlos Martins Página 12
  • 11. Apostila: CEFET - 1996 Organização de Arquivos • Para solicitar uma informação; • Apenas para protocolar, • Para ser anexado. 6.2.ESTUDO: É a leitura do documento a fim de verificar sob que notação deverá ser feito o arquivamento, bem como a necessidade de referencias cruzadas. 6.3.CLASSIFICAÇÃO: Interpretação do documento, com base no conhecimento do usuário sobre o assunto. 6.4.CODIFICAÇÃO: Colocação de códigos. 6.5.ORDENAÇÃO: É a separação e agrupamento de um conjunto de documentos de acordo com a codificação dada. VII.AVALIAÇÃO DA DOCUMENTAÇÃO 7.1. Redução ao essencial da documentação;  Luiz Carlos Martins Página 13
  • 12. Apostila: CEFET - 1996 Organização de Arquivos 7.2.Aumento do índice de recuperação da informação; 7.3.Garantia de condições de preservação da documentação de valor permanente; 7.4.Facilidade de emprego de diversos suportes de registro; 7.5.Conquista de espaço; 7.6.Orientação no processo de produção documental; 7.7.Melhor aproveitamento de recursos humanos e materiais. VIII.REGRAS DE ARQUIVAMENTO 8.1.ALFABETAÇÃO 8.1.1.Nos nomes de pessoas físicas, considera-se o último sobrenome e depois o prenome. Exemplo: Camila Peixoto Arquiva-se: Peixoto, Camila  Luiz Carlos Martins Página 14
  • 13. Apostila: CEFET - 1996 Organização de Arquivos 8.1.2.Quando houver sobrenomes iguais, prevalece a ordem alfabética do prenome. Exemplos: Paulo Junqueira Hélio Junqueira Arquiva-se: Junqueira, Hélio Junqueira, Paulo 8.1.3.Sobrenomes compostos de um substantivo e adjetivo ou ligados pôr hífen não se separam. Exemplo: Camilo Castelo Branco Arquiva-se: Castelo Branco, Camilo 8.1.4.Os sobrenomes formados com as palavras Santo, Santa ou São não se separam na classificação. Exemplo: Waldemar Santa Rita Arquiva-se: Santa Rita, Waldemar 8.1.5.As iniciais abreviativas de prenome tem precedência na classificação de sobrenomes iguais Exemplos: L. Monteiro Leo Monteiro Arquiva-se: Monteiro, L Monteiro, Leo .  Luiz Carlos Martins Página 15
  • 14. Apostila: CEFET - 1996 Organização de Arquivos 8.1.6.Os sobrenomes que exprimem grau de parentesco como: Filho, Sobrinho, Neto, Júnior, são considerados parte integrantes do nome, mas não são considerados na ordenação alfabética. Exemplo: Antônio Almeida Filho Arquiva-se: Almeida Filho, Antônio ou: Almeida, Antônio (Filho) 8.1.7.Os títulos não são na alfabetação, são colocados após o nome completo, entre parênteses. Exemplo: Dr. Alfredo Mandini Arquiva-se: Mandini, Alfredo ( Dr. ) 8.1.8.Os nomes estrangeiros são considerados pelo último sobrenome. Exemplo: Ronald Regan Arquiva-se: Regan, Ronald 8.1.9.Os nomes orientais- japoneses, chineses e árabes são registrados como se apresentam. Exemplo: Li Yutang Arquiva-se: Li Yutang 8.1.10.As partículas de nomes estrangeiros podem ou não ser consideradas, o mais comum é considera-las como parte integrante, quando escritas com letra maiúscula. Exemplos: Pepino di Capri Charles Du Pont Arquiva-se: Capri, Pepino di  Luiz Carlos Martins Página 16
  • 15. Apostila: CEFET - 1996 Organização de Arquivos Du Pont, Charles 8.1.11.Os nomes de empresas, instituições, devem ser transcritos como se apresentam. Exemplo: Fundação Getulio Vargas Arquiva-se: Fundação Getulio Vargas 8.1.12.Nos títulos de congressos, conferências, reuniões, assembléias etc. Os números arábicos ou romanos, devem aparecer no fim entre parênteses. Exemplo: II Congresso de Geografia Arquiva-se: Congresso de Geografia (II)  Luiz Carlos Martins Página 17
  • 16. Apostila: CEFET - 1996 Organização de Arquivos .2.MÉTODO NUMÉRICO Esse método é o que proporciona maior facilidade de organização e rapidez para arquivar. A consulta depende de um índice numérico, mas a localização é imediata. No método numérico o documento recebe um número, uma pasta e sua localização no arquivo VANTAGENS: • Menor possibilidade de arquivamento errôneo; • Possui fichário que permite a centralização da informação; • Maior sigilo; • Expansão ilimitada. DESVANTAGENS: • Requer consulta indireta; • Maior custo com uso de acessório. Empresa X documento 1  Luiz Carlos Martins Página 18
  • 17. Apostila: CEFET - 1996 Organização de Arquivos Empresa X 002-2 documento 2 002-1 001-2 Empresa Y 001-1 documento 1 Empresa Y documento 2 8.3.MÉTODO ALFA-NUMÉRICO É o método que procura reunir as vantagens dos dois métodos anteriores. A divisão alfabética é subdividida numericamente. 002 001  Luiz Carlos Martins Página 19
  • 18. Apostila: CEFET - 1996 Organização de Arquivos Am até Az 002 Ad ate 001 Al Ítens iniciados com a letra A 8.4.MÉTODO GEOGRÁFICO: É utilizado para organizar documentos de acordo com a divisão geográfica. 8.5.MÉTODO VARIEDEX É uma variante do método alfabético comum, no qual foi acrescentado o artifício da cor, seguindo uma sistemática, que consiste na divisão do alfabeto em grupos caracterizados pelas cores do arco-iris, na seguinte ordem: CORES LETRAS LARANJA a, b, c, d AMARELO e, f, g, h VERDE i, j, l, m, n AZUL o, p, q VIOLETA r, s, t, u, v, w, x, y, z 8.6.MÉTODO POR ASSUNTO  Luiz Carlos Martins Página 20
  • 19. Apostila: CEFET - 1996 Organização de Arquivos É um dos mais difíceis. consiste em agrupar as pastas por assunto. cada assunto deve ser muito bem escolhido , a fim de não se perder o documento. 8.7.MÉTODO DECIMAL Muito usado nas áreas de ação de bibliotecas e/ou centros de informações. Consiste nas dez classes de conhecimentos humanos, as quais, por sua vez, subdividem-se em outras dez, e assim por diante. método elaborado por Melvin Dewey 8.8.MÉTODO MNEMÔNICO É arte de utilizar a memória a fim de recuperar a informação e/ou documento. é o mais usado em volumes pequenos de documento. IX. LOCALIZAÇÃO FÍSICA E ARMAZENAGEM DE DOCUMENTOS Os documentos devem estar armazenado em invólucros adequados para sua conservação e localizados o mais próximo possível de quem os utiliza. Sua armazenagem esta diretamente ligada ao tipo de espaço físico e ao mobiliário disponível. No espaço onde os arquivos ficarão localizados deve-se evitar: a) umidade; b) variações de temperatura muito bruscas; c) incidência direta de luz solar;  Luiz Carlos Martins Página 21
  • 20. Apostila: CEFET - 1996 Organização de Arquivos d) excesso de poeira, insetos e gases poluentes; Além disso devem ser mantidos cuidados com relação à incêndios, equipamentos, instalações elétricas, furtos, etc. X.ADMINISTRAÇÃO DOS ARQUIVOS 10.1.SELEÇÃO E DESCARTE Um dos grandes problemas do arquivo é a segurança de documentos importantíssimos para a instituição. Certos documentos não podem ser perdidos, destruídos ou danificados O arquivo deve proporcionar confiabilidade quanto à preservação dos documentos, seja a curto, a médio ou a longo prazo. Os limites de espaço físico, no entanto, forçam uma revisão constante dos arquivos. O que manter e o que não manter? Essa decisão é muito particular, depende essencialmente da rotina e necessidade de cada Instituição. A regra básica é a seguinte: todo o documento que determina uma obrigação permanente, direito permanente, de valor permanente ou exigência legal deve ser conservado para sempre. A obrigação ou o direito relacionados com o documento é que devem estabelecer o prazo para sua conservação. A validade legal é a exigência básica  Luiz Carlos Martins Página 22
  • 21. Apostila: CEFET - 1996 Organização de Arquivos Dá-se o nome de transformação à operação que separa documentos que perderam a sua atualidade, mas não o seu valor e que devem ser transferidos do arquivo corrente para o arquivo geral. A transformação é feita periodicamente a cada semestre ou a cada ano dependendo do volume dos documentos ou da dinâmica do negócio, podendo também ser chamada descarte. O descarte envolve também a eliminação ou destruição de documentos que já não tenham mais valor para a instituição 10.2.RECUPERAÇÃO DE DOCUMENTOS Ao ser arquivado, um documento deve ser facilmente recuperado. A escolha do método e do sistema de arquivamento devem ser baseadas nisso. Quanto maior for a possibilidade de aumento do volume de documentos, mais difícil será o uso do método alfabético, e maiores serão as vantagens no uso do sistema indireto, ou seja, de um índice, para a recuperação. 10.3.MANUTENÇÃO DO SISTEMA  Luiz Carlos Martins Página 23
  • 22. Apostila: CEFET - 1996 Organização de Arquivos 10.3.1.TREINAMENTO: É a capacitação da equipe interna no uso do arquivo físico (incluindo seleção e descarte), no sistema de acesso automatizado (incluindo pesquisa e localização da informação) e no sistema de alimentação e controle das informações (incluindo digitação e registro dos dados do sistema). 10.3.2.FICHA DE ORIENTAÇÃO: Ficha com resumo dos procedimentos sobre a seleção, o descarte, e a indexação dos documentos inserida dentro da pasta (em separadores) para consulta imediata. 10.3.3.EMPRÉSTIMOS: Definição da rotina de inclusão de um separador no local de onde foi retirado um documento. No separador serão registrados o nome de quem emprestou o material e a data. Na devolução, o separador retorna ao início da pasta, com uma sinalização de que o documento foi devolvido (uma rubrica por exemplo). Havendo necessidade, pode-se criar um controle automatizado de empréstimos. 10.3.4.REUNIÕES DE TRABALHO: Criação de um espaço nas reuniões de trabalho da equipe interna, para a discussão das questões relativas ao arquivo e ao fluxo de informações na instituição (no setor ou departamento).  Luiz Carlos Martins Página 24
  • 23. Apostila: CEFET - 1996 Organização de Arquivos BIBLIOGRAFIA PAES, Marilena Leite. Arquivo Teoria e Prática. Rio de Janeiro: Editora da Fundação Getulio Vargas. 1986 CASTRO, Astréa de Moraes e; CASTRO, Andresa de Moraes e; GASPARIAN, Danuza de Moraes e Castro. Arquivística Arquivologia. São Paulo: Ao Livro Técnico S. A. 1988 FURLAN, José D. e IVO, Ivonildo da M. Megatendências da Tecnologia da Informação. São Paulo: Makron Books, 1992 LABASTIA, Elizabete; Atualização em Arquivos. São Paulo. 1995 ROSA, Márcia. Organização de Arquivos Técnicos Curitiba. 1996.  Luiz Carlos Martins Página 25
  • 24. Apostila: CEFET - 1996 Organização de Arquivos  Luiz Carlos Martins Página 26
  • 25. Apostila: CEFET - 1996 Organização de Arquivos  Luiz Carlos Martins Página 26