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SETOR DE PSIQUIATRIA
SETOR DE TRANSTORNOS
ALIMENTARES E OBESIDADE
APRESENTAÇÃO
CASO CLÍNICO
 L.A.
 29 anos
 Branca
 Médica (atualmente está afastada do
exercício da Medicina)
 Mora com a mãe
 Apresenta episódios de BN seguidos de
uso de laxantes (uso diário e compulsivo)
 Crises recorrentes de Depressão
 Pensamentos suicidas contínuos
 Auto-mutilação
 Aos 19 anos apresentou o primeiro
episódio de BN e Depressão
 Métodos compensatórios utilizados:
1-Vômitos – 4 vezes por semana
Obs:Atualmente não utiliza mais o vômito como recurso
compensatório, embora ainda o considere uma opção.
2- Laxantes – uso contínuo de 3 a 4 vezes ao
dia
 Alimentação restritiva baseada em
pequenos lanches substituindo o
almoço.Nas demais refeições apresenta
um padrão alimentar satisfatório .
 Quadros de compulsão alimentar de 3 a 4
vezes por semana com duração de 40
minutos a 1 h 20 m ocorridos durante a
ausência da mãe
CAFÉ DA MANHÃ
Uma caneca de café com leite semidesnatado com adoçante, 2
fatias de pão integral, 2 fatias de chester defumado, 1 fatia grossa
de queijo branco
LANCHE
3 torradas integrais com ricota, 1 caneca de leite desnatado com
café, 1 laranja, 1 colher de farelo de aveia
JANTAR
2 colheres de sopa de arroz, 1 pedaço médio de omelete de carne
moída, 2 pedaços de berinjela empanada(um grande e um médio),
2 folhas grandes de alface e 1copo de 500ml de suco de maracujá
com adoçante.
 Auto-mutilação com lâminas – cortes em
partes do corpo,inclusive na língua com
o objetivo de que o gosto do sangue a
impeça de comer mais
 Queimaduras pelo corpo causadas por
velas
 Episódios suicidas recorrentes utilizando
métodos distintos: uso abusivo de
medicações
 Apresenta sentimentos múltiplos de
raiva e tristeza
 Distorção da imagem corporal
 Sic, todos os dias a paciente dedica um
tempo na frente do espelho contando
suas costelas, para que possa reconhecer
a si própria.
 Obs:Esta crença permite a paciente a
reafirmação de sua própria identidade
 Foco de distorção corporal: barriga e
braços
 Problemas graves de relacionamento com
a mãe
 Mãe diagnosticada com transtorno bipolar
 Sic, o transtorno dificulta ainda mais o
relacionamento.
 Pai policial assassinado durante assalto –
paciente tinha 16 anos na época
 Figura paterna importante e influente na
vida familiar da paciente
 Sic, o pai sempre foi o mediador das
situações estressantes no convívio
familiar,e que sempre jantavam
juntos.Com sua morte, a paciente perdeu
o contato com o lado saudável da família.
 Família desestruturada após a morte do
pai
 Mãe propôs as filhas que morressem
juntas em um suicídio coletivo
 Irmã mais velha casada - Sic,marido da
irmã é um “bandido”
 Paciente tem um sobrinho de 7 anos por
quem nutre um afeto especial.
 Sic, o sobrinho é a única pessoa que ela
ama na família e a razão de manter-se
viva.
 Preocupação com sua imagem perante o
sobrinho
 Sic, ao cometer o suicídio ela estaria
sendo injusta com ele e que mensagem
estaria passando para o mesmo.
 Ciúmes da relação da irmã com a mãe
 Boa relação com a irmã, apesar das
divergências
 Não mantêm contato com o cunhado,
alega ter medo dele
 Boa relação com a avó paterna
 Atualmente mantêm relacionamento
estável
 O namorado demonstra atitude
colaborativa no tratamento
 Aparência:boa, demonstra cuidados com
sua apresentação
 Atitude: negativista e ambivalente (auto-
destruição x desejo de construir um
futuro melhor)
 Consciência: alerta
 Orientação: orientada autopsiquicamente
(apresenta identidade assegurada) e
alopsiquicamente (apresentea clareza e
noções asseguradas de espaço e tempo)
 Consciência do eu: auto-depreciação
 Pensamento: sem alterações
 Fala e linguagem: articulada
 Humor: deprimido, irritabilidade,
pensamentos suicidas recorrentes, auto-
mutilação
 Memória:sem alteração
 O terapeuta como facilitador da remissão dos
sintomas que o paciente apresenta e prevenção
de recaídas.
 A terapia cognitiva é educativa,visa ensinar o
paciente a lidar com os sintomas da doença
(Psicoeducação)
 Em todas as formas de terapia cognitiva que
foram derivadas do modelo BECK,o tratamento
baseia-se tanto na formulação cognitiva do caso
(do transtorno específico) como também do
entendimento do paciente sobre o que ele vive.
 O terapeuta busca,através diversas formas de
intervenção produzir mudanças no
pensamento e no seu sistema de crenças
visando assim mudanças emocionais e
comportamentais duradouras.
 Como qualquer processo psicoterápico, a
terapia cognitiva também requer uma aliança
terapêutica segura, onde o paciente possa
confiar no profissional com quem está
compartilhando suas dificuldades.
 Os ingredientes básicos necessários para a
manutenção da relação são: cordialidade,
empatia, atenção, respeito genuíno e
competência.(Obs: pacientes com transtornos
de personalidade,requerem uma ênfase muito
maior sobre o relacionamento terapêutico,pois
são pacientes que demandam,inicialmente,uma
atenção maior a aliança terapêutica)
 Dentro dos transtornos alimentares, a terapia
cognitiva enfatizará a reestruturação das
crenças disfuncionais sobre comida, peso e,
particularmente, em relação à imagem corporal
e ao valor pessoal do paciente.
 É uma abordagem que ,inicialmente, enfatiza o
presente (o momento atual do paciente).A
atenção volta-se para o passado em três
circunstâncias:
1. Quando o paciente necessita falar sobre sua
história de vida pregressa.
2. Quando o trabalho voltado aos problemas
atuais produz pouca ou nenhuma mudança
cognitiva, comportamental e emocional .
3. Quando o terapêuta julga ser importante
entender como e quando idéias disfuncionais
importantes surgiram e como as mesmas
afetam o paciente no aqui e agora.
Nem todos os pacientes se enquadram no
modelo da terapia cognitiva. Cabe ao
terapeuta, utilizar sua sensibilidade e
experiência para identificar a melhor
abordagem a ser utilizada respeitando as
características individuais de cada paciente.
Devemos fugir da zona de conforto (ortodoxia)
investigando além da queixa principal trazida
pelo paciente, buscando um olhar amplo e
irrestrito sobre o paciente.
*Referência Bibliográfica: BECK, S. JUDITH, Terapia
Cognitiva,Teoria e Prática.
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Pensamento
Automático
Pensamento
Automático
Situação 2 Situação 3
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significou para ele?
Significado do
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Significado do
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Comportamento
Emoção
Comportamento
Emoção
Comportamento
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Emoção
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vida, tudo sempre acaba dando errado”
“Com o estômago cheio,me sinto empanturrada
e fico cansada”
“Quanto mais empanturrada eu fico,mais nojo
eu sinto de mim”
“Quanto mais leve eu fico,melhor eu me sinto
psiquicamente”
“Quanto mais leve meu estômago, menos dor e menos
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“Se eu mantiver meu estômago cheio,eu não tenho
controle sobre minhas reações”
“Se eu posicionar limites aos outros, eu imagino que
pagarei um preço alto”
“Não posicionando limites,eu sempre me prejudico,me
machuco e acabo me mutilando”
“Estou começando a sentir que até então dava conta do
preço, mas hoje já´está diferente.Não é mais da
mesma maneira”
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dor emocional a primeira saída é a gilete”
“Todas as vezes que eu vejo o sangue pingar, eu me
sinto mais limpa e aliviada”
“Essse alívio me faz ver crer que está tudo bem naquele
exato momento, abrandei a situação”
“É horrível conviver com a minha mãe”
“Não posso comer,pois dessa forma me sinto mais
forte para lidar com as loucuras da minha mãe”
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mundo”
“Se comer, sentirei tanta raiva que não sei o que pode
acontecer com as minhas atitudes,acho que posso
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Esquemas sobre os outros
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Mutilação como forma de minimizar sua angústia frente
as situações da vida – sente-se limpa e aliviada.
Repulsa ao contato com o mundo externo – acredita que
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melhor com os problemas.
Limites – Dificuldade de se impor, consequentemente
busca a mutilação como uma punição.
 Bulimia nervosa
 Depressão moderada
 Transtorno de
personalidade(Borderline)
Fluoxetina
Topiramato
Rivotril
 Inicialmente paciente colocou que
precisava sentir-se mais forte para
chamar sua mãe à orientação familiar
 Não se mostrou opositária a idéia
 Na sessão da semana seguinte pediu que
chamássemos a mãe para dar início ao
tratamento
 Namorado ciente de todo o problema da
paciente, demonstra estar preocupado e
fica no “controle” da alimentação e uso
dos laxantes
 Mãe da paciente foi à primeira entrevista
com as terapeutas de família Alda
Caminha e Isabel Gouveia Vieira
 Atualmente encontra-se sem vomitar
 Redução no uso abusivo de laxantes
 Está fazendo um curso preparatório para
concurso e demonstra estar feliz com o
seu desempenho
 Relata sentir-se mais focada nos estudos
 Redução da ansiedade e maior auto
controle sobre os comportamentos de
auto-mutilação
 Maior consciência sobre a doença e como
lidar com as situações causadas pela
mesma
 Apresenta episódios de compulsão
(última semana de Setembro)
CONTATO
Judith Pires
judithpires_@hotmail.com
Tels: 2493-3779/ 9604-0936

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  • 1. SETOR DE PSIQUIATRIA SETOR DE TRANSTORNOS ALIMENTARES E OBESIDADE APRESENTAÇÃO CASO CLÍNICO
  • 2.  L.A.  29 anos  Branca  Médica (atualmente está afastada do exercício da Medicina)  Mora com a mãe
  • 3.  Apresenta episódios de BN seguidos de uso de laxantes (uso diário e compulsivo)  Crises recorrentes de Depressão  Pensamentos suicidas contínuos  Auto-mutilação
  • 4.
  • 5.  Aos 19 anos apresentou o primeiro episódio de BN e Depressão  Métodos compensatórios utilizados: 1-Vômitos – 4 vezes por semana Obs:Atualmente não utiliza mais o vômito como recurso compensatório, embora ainda o considere uma opção. 2- Laxantes – uso contínuo de 3 a 4 vezes ao dia
  • 6.  Alimentação restritiva baseada em pequenos lanches substituindo o almoço.Nas demais refeições apresenta um padrão alimentar satisfatório .  Quadros de compulsão alimentar de 3 a 4 vezes por semana com duração de 40 minutos a 1 h 20 m ocorridos durante a ausência da mãe
  • 7. CAFÉ DA MANHÃ Uma caneca de café com leite semidesnatado com adoçante, 2 fatias de pão integral, 2 fatias de chester defumado, 1 fatia grossa de queijo branco LANCHE 3 torradas integrais com ricota, 1 caneca de leite desnatado com café, 1 laranja, 1 colher de farelo de aveia JANTAR 2 colheres de sopa de arroz, 1 pedaço médio de omelete de carne moída, 2 pedaços de berinjela empanada(um grande e um médio), 2 folhas grandes de alface e 1copo de 500ml de suco de maracujá com adoçante.
  • 8.  Auto-mutilação com lâminas – cortes em partes do corpo,inclusive na língua com o objetivo de que o gosto do sangue a impeça de comer mais  Queimaduras pelo corpo causadas por velas  Episódios suicidas recorrentes utilizando métodos distintos: uso abusivo de medicações  Apresenta sentimentos múltiplos de raiva e tristeza
  • 9.  Distorção da imagem corporal  Sic, todos os dias a paciente dedica um tempo na frente do espelho contando suas costelas, para que possa reconhecer a si própria.  Obs:Esta crença permite a paciente a reafirmação de sua própria identidade  Foco de distorção corporal: barriga e braços
  • 10.
  • 11.  Problemas graves de relacionamento com a mãe  Mãe diagnosticada com transtorno bipolar  Sic, o transtorno dificulta ainda mais o relacionamento.  Pai policial assassinado durante assalto – paciente tinha 16 anos na época
  • 12.  Figura paterna importante e influente na vida familiar da paciente  Sic, o pai sempre foi o mediador das situações estressantes no convívio familiar,e que sempre jantavam juntos.Com sua morte, a paciente perdeu o contato com o lado saudável da família.  Família desestruturada após a morte do pai  Mãe propôs as filhas que morressem juntas em um suicídio coletivo
  • 13.  Irmã mais velha casada - Sic,marido da irmã é um “bandido”  Paciente tem um sobrinho de 7 anos por quem nutre um afeto especial.  Sic, o sobrinho é a única pessoa que ela ama na família e a razão de manter-se viva.
  • 14.  Preocupação com sua imagem perante o sobrinho  Sic, ao cometer o suicídio ela estaria sendo injusta com ele e que mensagem estaria passando para o mesmo.  Ciúmes da relação da irmã com a mãe  Boa relação com a irmã, apesar das divergências
  • 15.  Não mantêm contato com o cunhado, alega ter medo dele  Boa relação com a avó paterna  Atualmente mantêm relacionamento estável  O namorado demonstra atitude colaborativa no tratamento
  • 16.  Aparência:boa, demonstra cuidados com sua apresentação  Atitude: negativista e ambivalente (auto- destruição x desejo de construir um futuro melhor)  Consciência: alerta
  • 17.  Orientação: orientada autopsiquicamente (apresenta identidade assegurada) e alopsiquicamente (apresentea clareza e noções asseguradas de espaço e tempo)  Consciência do eu: auto-depreciação  Pensamento: sem alterações
  • 18.  Fala e linguagem: articulada  Humor: deprimido, irritabilidade, pensamentos suicidas recorrentes, auto- mutilação  Memória:sem alteração
  • 19.  O terapeuta como facilitador da remissão dos sintomas que o paciente apresenta e prevenção de recaídas.  A terapia cognitiva é educativa,visa ensinar o paciente a lidar com os sintomas da doença (Psicoeducação)  Em todas as formas de terapia cognitiva que foram derivadas do modelo BECK,o tratamento baseia-se tanto na formulação cognitiva do caso (do transtorno específico) como também do entendimento do paciente sobre o que ele vive.
  • 20.  O terapeuta busca,através diversas formas de intervenção produzir mudanças no pensamento e no seu sistema de crenças visando assim mudanças emocionais e comportamentais duradouras.  Como qualquer processo psicoterápico, a terapia cognitiva também requer uma aliança terapêutica segura, onde o paciente possa confiar no profissional com quem está compartilhando suas dificuldades.
  • 21.  Os ingredientes básicos necessários para a manutenção da relação são: cordialidade, empatia, atenção, respeito genuíno e competência.(Obs: pacientes com transtornos de personalidade,requerem uma ênfase muito maior sobre o relacionamento terapêutico,pois são pacientes que demandam,inicialmente,uma atenção maior a aliança terapêutica)
  • 22.  Dentro dos transtornos alimentares, a terapia cognitiva enfatizará a reestruturação das crenças disfuncionais sobre comida, peso e, particularmente, em relação à imagem corporal e ao valor pessoal do paciente.  É uma abordagem que ,inicialmente, enfatiza o presente (o momento atual do paciente).A atenção volta-se para o passado em três circunstâncias:
  • 23. 1. Quando o paciente necessita falar sobre sua história de vida pregressa. 2. Quando o trabalho voltado aos problemas atuais produz pouca ou nenhuma mudança cognitiva, comportamental e emocional . 3. Quando o terapêuta julga ser importante entender como e quando idéias disfuncionais importantes surgiram e como as mesmas afetam o paciente no aqui e agora.
  • 24. Nem todos os pacientes se enquadram no modelo da terapia cognitiva. Cabe ao terapeuta, utilizar sua sensibilidade e experiência para identificar a melhor abordagem a ser utilizada respeitando as características individuais de cada paciente. Devemos fugir da zona de conforto (ortodoxia) investigando além da queixa principal trazida pelo paciente, buscando um olhar amplo e irrestrito sobre o paciente. *Referência Bibliográfica: BECK, S. JUDITH, Terapia Cognitiva,Teoria e Prática.
  • 25.
  • 26. Crença Central Qual é a crença mais central sobre si mesmo? Dados Relevantes de Infância Que experiências contribuíram para o desenvolvimento e manutenção da crença central? Suposições Condicionais/Crenças/Regras Que suposição positiva a ajudou a lidar com a crença central? Qual é a contraparte negativa para essa suposição? Estratégia (s) Compensatória (s) Que comportamentos o ajudam a lidar com a crença? Situação 1 Qual foi a situação problemática? Pensamento Automático O que passou por sua cabeça? Pensamento Automático Pensamento Automático Situação 2 Situação 3 Significado do P.A. O que o pensamento automático significou para ele? Significado do P.A.. Significado do P.A. Comportamento Emoção Comportamento Emoção Comportamento O que o paciente fez então? Emoção Que emoção esteve associada ao pensamento automático?
  • 27. “Sou uma fracassada” “Não tenho forças para cuidar de mim” “Nunca vou conseguir me livrar da doença” “Não vejo como algo possa dar certo na minha vida, tudo sempre acaba dando errado” “Com o estômago cheio,me sinto empanturrada e fico cansada” “Quanto mais empanturrada eu fico,mais nojo eu sinto de mim”
  • 28. “Quanto mais leve eu fico,melhor eu me sinto psiquicamente” “Quanto mais leve meu estômago, menos dor e menos raiva eu sinto” “Se eu mantiver meu estômago cheio,eu não tenho controle sobre minhas reações” “Se eu posicionar limites aos outros, eu imagino que pagarei um preço alto” “Não posicionando limites,eu sempre me prejudico,me machuco e acabo me mutilando” “Estou começando a sentir que até então dava conta do preço, mas hoje já´está diferente.Não é mais da mesma maneira”
  • 29. “Quando não dou conta do meu sofrimento, da minha dor emocional a primeira saída é a gilete” “Todas as vezes que eu vejo o sangue pingar, eu me sinto mais limpa e aliviada” “Essse alívio me faz ver crer que está tudo bem naquele exato momento, abrandei a situação” “É horrível conviver com a minha mãe” “Não posso comer,pois dessa forma me sinto mais forte para lidar com as loucuras da minha mãe” “Se engordar me sentirei a pessoa mais defeituosa do mundo” “Se comer, sentirei tanta raiva que não sei o que pode acontecer com as minhas atitudes,acho que posso matar alguém ou me matar”
  • 30. Esquemas sobre os outros Crítica, abandono, rejeição, frustração Esquemas pessoais Sente-se sozinha, desamparada, sem família, perdedora, fracassada , sem perspectivas
  • 31. Mutilação como forma de minimizar sua angústia frente as situações da vida – sente-se limpa e aliviada. Repulsa ao contato com o mundo externo – acredita que não expondo suas dificuldades não será abandonada Estômago cheio – perda do controle sobre suas reações. Estômago vazio - como sinal de fortalecimento para lidar melhor com os problemas. Limites – Dificuldade de se impor, consequentemente busca a mutilação como uma punição.
  • 32.  Bulimia nervosa  Depressão moderada  Transtorno de personalidade(Borderline)
  • 34.
  • 35.  Inicialmente paciente colocou que precisava sentir-se mais forte para chamar sua mãe à orientação familiar  Não se mostrou opositária a idéia  Na sessão da semana seguinte pediu que chamássemos a mãe para dar início ao tratamento
  • 36.  Namorado ciente de todo o problema da paciente, demonstra estar preocupado e fica no “controle” da alimentação e uso dos laxantes  Mãe da paciente foi à primeira entrevista com as terapeutas de família Alda Caminha e Isabel Gouveia Vieira
  • 37.
  • 38.  Atualmente encontra-se sem vomitar  Redução no uso abusivo de laxantes  Está fazendo um curso preparatório para concurso e demonstra estar feliz com o seu desempenho  Relata sentir-se mais focada nos estudos
  • 39.  Redução da ansiedade e maior auto controle sobre os comportamentos de auto-mutilação  Maior consciência sobre a doença e como lidar com as situações causadas pela mesma  Apresenta episódios de compulsão (última semana de Setembro)