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Juventude Mariana Vicentina do Sobreiro - Sector da Formação
«ESTA É A NOSSA FÉ,
A FÉ DA IGREJA QUE NOS GLORIAMOS DE PROFESSAR»
*Creio na ressurreição da carne, na vida eterna. Ámen.*
1. Formação
O Espírito Santo não só santifica as almas dos que pertencem à Igreja, mas
também pelo seu poder ressuscitará os corpos. Lê-se: “Aquele que
ressuscitou dos mortos a Jesus Cristo” (Rm 4, 24); e: “Porque a morte veio
por um homem, por um homem também a ressurreição dos mortos” (1 Cor
15, 21).
Por isso é que cremos, conforme a nossa fé, na ressurreição dos mortos.
• Ressurreição dos Mortos
Qual a utilidade da ressurreição dos mortos?
A fé e a esperança na ressurreição nos são úteis por quatro motivos:
1. Para afastar as tristezas causadas pela morte. É normal que nos
sintamos tristes pela morte de alguém que nos é querido. Quem tem
esperança na sua futura ressurreição, a dor da morte fica assim
atenuada.
2. Afasta o temor da morte. Se o homem não tivesse esperança numa
vida melhor após a morte, sem dúvida esta seria muito temível, e
preferiria ele praticar qualquer mal para evitar a morte.
3. Faz-nos solícitos e cuidadosos na prática do bem. Se a vida humana
se limitasse a esta que aqui vivemos, não haveria entre os homens
muita solicitude para praticarem o bem; porque tudo o que fizessem
seria considerado pouca coisa.
4. Porque nos afasta do mal. Assim como a esperança do prémio
conduz à prática do bem, do mesmo modo o temor da pena, que
cremos então reservada para os maus, nos afasta do mal.
Quais as "qualidades" dos que ressuscitarão?
Os corpos ressurgidos terão outra qualidade que o actual, já que os corpos
dos bons e dos maus serão incorruptíveis. Os corpos dos bons estarão na
glória para sempre; os dos maus, porém, para que por eles sejam punidos,
na pena eterna.
Porque os corpos serão incorruptíveis e imortais não terão necessidade de
alimento, nem de outras necessidades fisiológicas.
Os bons e os maus ressurgirão em toda integridade da perfeição corpórea
do homem: não haverá cego, nem coxo, nem ninguém com outro qualquer
defeito.
O que dizer da ressurreição dos bons e da ressurreição dos maus?
Ressurreição dos bons:
É de se saber que os bons receberão uma glória especial, porque os santos
terão os seus corpos glorificados:
• Pela claridade. Lê-se: “Os justos resplendecerão como o sol no reino
de seu Pai” (Mt 13, 43);
• Pela impassibilidade. Lê-se: “É semeado na ignomínia, ressurgirá
na glória” (1 Cor 15, 43); e: “Deus tirará toda lágrima dos seus olhos;
não haverá mais morte, nem luto, nem gemidos, nem dor” (Ap 21, 4);
• Pela agilidade. Lê-se: “Os justos resplendecerão e passarão pela
falha com centelhas” (Sb 3, 7);
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A condição dos condenados, será contrária à dos beatificados, porque
aqueles sofrerão a pena eterna. Os seus corpos possuirão quatro qualidades
más:
• Serão obscuros, conforme se lê: “Os seus rostos serão como
fisionomias inflamadas” (Is 13, 8).
• Serão passíveis, mas jamais corrompidos, pois arderão para sempre
no fogo e nunca serão consumidos. Lê-se: “Os vermes nunca
morrerão nos seus corpos, e o fogo neles nunca se extinguirá” (Is 66,
24).
• Serão pesados, porque as almas estarão como que acorrentadas. Lê-
se: “Para prender os seus reis com grilhões” (Sl 149, 8).
• Os corpos e as almas serão de certo modo carnais. Lê-se: “Os animais
apodrecerão nos seus excrementos” (Jl 1, 17).
É muito conveniente que a declaração das verdades que devemos crer
termine por este artigo — “Creio na Vida eterna” — porque a vida eterna
é também a meta final de todos os nossos desejos.
- Opõe-se essa verdade àqueles que afirmam que a alma morre com o
corpo.
Se esta afirmação fosse verdadeira o homem teria a mesma
condição dos animais.
A alma humana pela imortalidade, assemelha-se a Deus;
Vamos agora considerar em que consiste a Vida eterna e a Morte eterna
Vida Eterna:
1. E primeiro lugar, na Vida eterna o homem une-se a Deus, já que é
próprio de Deus o prémio e a finalidade de todos os nossos trabalhos
aqui na terra.
Como diz Santo Agostinho: “Veremos, amaremos e louvaremos”
(De Civ. Dei, 22).
2. Sabemos que na Vida eterna há a perfeita saciedade dos desejos. A
razão disto é que ninguém pode, nesta vida, ter os seus desejos
satisfeitos, e nunca um bem criado sacia o desejo humano de
felicidade. Somente Deus o pode saciar.
3. A Vida eterna consiste também na perfeita segurança. Neste
mundo não há segurança perfeita, porque, quanto mais se possuem
muitos bens e quanto mais alguém se eleva, tanto mais se enche de
temor e necessita de mais coisas. Não haverá, porém, na Vida eterna,
nem tristeza, nem trabalhos, nem temor.
4. Consiste a Vida eterna, a alegria de todos os bem-aventurados,
na mais deleitável das sociedades, porque cada qual possuirá todos
os bens em comunhão com os outros. Cada um amará o outro como
a si mesmo; por isso, alegrar-se-á com o bem alheio, como se fosse o
seu. Desse modo, quanto mais crescerem o gozo e a alegria de um,
tanto mais aumentará o gozo de todos.
Morte Eterna:
Quanto aos maus, isto é, os que irão para a morte eterna, as suas dores e
castigos não serão em menores proporções que o gozo e a alegria dos bons.
É excessiva a pena dos maus:
1. Pela separação de Deus e pela privação de Deus e pela privação de
todos os bens.
2. Pelo remorso da consciência. Lê-se: “Repreender-te-ei e colocar-te-ei
diante de ti mesmo” (Sl 49, 21); e: “Gemendo estão sob a pressão do
próprio espírito” (Sb 49, 21). Todos os sofrimentos e gemidos serão
inúteis, porque não provêm do ódio do mal, mas da dor do castigo.
3. Pela fortíssima pena dos sentidos, que atormentará a alma e o corpo.
É um castigo dolorosissimo, conforme relatam os santos. Os
condenados estarão sempre como que a morrer, mas jamais
morrerão, e até sem a possibilidade de morrerem. Por isso a
condenação é chamada de morte eterna. Estarão sempre no inferno a
sofrer dores terríveis como as que envolvem os moribundos.
4. Pelo desespero da salvação. Se a elas fosse dada, esperança de
libertação da pena, a pena ficaria, por certo, mitigada. Mas como
toda esperança lhes foi tirada, a pena torna-se pesadíssima.
Evidencia-se, desse modo, a diferença entre fazer o bem e fazer o mal:
as boas obras conduzem à vida, as más, porém, arrastam para a morte.
De modo conclusivo e muito significativo colocou-se no término do Credo
a Vida eterna, para que ela fique cada vez mais gravada no nosso espírito,
para a qual nos conduza Nosso Senhor Jesus Cristo, o Deus bendito, pelos
séculos dos séculos.
AMÉM.

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Creio na ressurreição da carne e na vida eterna

  • 1. Juventude Mariana Vicentina do Sobreiro - Sector da Formação «ESTA É A NOSSA FÉ, A FÉ DA IGREJA QUE NOS GLORIAMOS DE PROFESSAR» *Creio na ressurreição da carne, na vida eterna. Ámen.* 1. Formação O Espírito Santo não só santifica as almas dos que pertencem à Igreja, mas também pelo seu poder ressuscitará os corpos. Lê-se: “Aquele que ressuscitou dos mortos a Jesus Cristo” (Rm 4, 24); e: “Porque a morte veio por um homem, por um homem também a ressurreição dos mortos” (1 Cor 15, 21). Por isso é que cremos, conforme a nossa fé, na ressurreição dos mortos. • Ressurreição dos Mortos Qual a utilidade da ressurreição dos mortos? A fé e a esperança na ressurreição nos são úteis por quatro motivos: 1. Para afastar as tristezas causadas pela morte. É normal que nos sintamos tristes pela morte de alguém que nos é querido. Quem tem esperança na sua futura ressurreição, a dor da morte fica assim atenuada. 2. Afasta o temor da morte. Se o homem não tivesse esperança numa vida melhor após a morte, sem dúvida esta seria muito temível, e preferiria ele praticar qualquer mal para evitar a morte. 3. Faz-nos solícitos e cuidadosos na prática do bem. Se a vida humana se limitasse a esta que aqui vivemos, não haveria entre os homens muita solicitude para praticarem o bem; porque tudo o que fizessem seria considerado pouca coisa. 4. Porque nos afasta do mal. Assim como a esperança do prémio conduz à prática do bem, do mesmo modo o temor da pena, que cremos então reservada para os maus, nos afasta do mal.
  • 2. Quais as "qualidades" dos que ressuscitarão? Os corpos ressurgidos terão outra qualidade que o actual, já que os corpos dos bons e dos maus serão incorruptíveis. Os corpos dos bons estarão na glória para sempre; os dos maus, porém, para que por eles sejam punidos, na pena eterna. Porque os corpos serão incorruptíveis e imortais não terão necessidade de alimento, nem de outras necessidades fisiológicas. Os bons e os maus ressurgirão em toda integridade da perfeição corpórea do homem: não haverá cego, nem coxo, nem ninguém com outro qualquer defeito. O que dizer da ressurreição dos bons e da ressurreição dos maus? Ressurreição dos bons: É de se saber que os bons receberão uma glória especial, porque os santos terão os seus corpos glorificados: • Pela claridade. Lê-se: “Os justos resplendecerão como o sol no reino de seu Pai” (Mt 13, 43); • Pela impassibilidade. Lê-se: “É semeado na ignomínia, ressurgirá na glória” (1 Cor 15, 43); e: “Deus tirará toda lágrima dos seus olhos; não haverá mais morte, nem luto, nem gemidos, nem dor” (Ap 21, 4); • Pela agilidade. Lê-se: “Os justos resplendecerão e passarão pela falha com centelhas” (Sb 3, 7); • Pela subtileza. O corpo será subtil como um espírito. Ressurreição dos maus: A condição dos condenados, será contrária à dos beatificados, porque aqueles sofrerão a pena eterna. Os seus corpos possuirão quatro qualidades más:
  • 3. • Serão obscuros, conforme se lê: “Os seus rostos serão como fisionomias inflamadas” (Is 13, 8). • Serão passíveis, mas jamais corrompidos, pois arderão para sempre no fogo e nunca serão consumidos. Lê-se: “Os vermes nunca morrerão nos seus corpos, e o fogo neles nunca se extinguirá” (Is 66, 24). • Serão pesados, porque as almas estarão como que acorrentadas. Lê- se: “Para prender os seus reis com grilhões” (Sl 149, 8). • Os corpos e as almas serão de certo modo carnais. Lê-se: “Os animais apodrecerão nos seus excrementos” (Jl 1, 17). É muito conveniente que a declaração das verdades que devemos crer termine por este artigo — “Creio na Vida eterna” — porque a vida eterna é também a meta final de todos os nossos desejos. - Opõe-se essa verdade àqueles que afirmam que a alma morre com o corpo. Se esta afirmação fosse verdadeira o homem teria a mesma condição dos animais. A alma humana pela imortalidade, assemelha-se a Deus; Vamos agora considerar em que consiste a Vida eterna e a Morte eterna Vida Eterna: 1. E primeiro lugar, na Vida eterna o homem une-se a Deus, já que é próprio de Deus o prémio e a finalidade de todos os nossos trabalhos aqui na terra. Como diz Santo Agostinho: “Veremos, amaremos e louvaremos” (De Civ. Dei, 22). 2. Sabemos que na Vida eterna há a perfeita saciedade dos desejos. A razão disto é que ninguém pode, nesta vida, ter os seus desejos satisfeitos, e nunca um bem criado sacia o desejo humano de felicidade. Somente Deus o pode saciar.
  • 4. 3. A Vida eterna consiste também na perfeita segurança. Neste mundo não há segurança perfeita, porque, quanto mais se possuem muitos bens e quanto mais alguém se eleva, tanto mais se enche de temor e necessita de mais coisas. Não haverá, porém, na Vida eterna, nem tristeza, nem trabalhos, nem temor. 4. Consiste a Vida eterna, a alegria de todos os bem-aventurados, na mais deleitável das sociedades, porque cada qual possuirá todos os bens em comunhão com os outros. Cada um amará o outro como a si mesmo; por isso, alegrar-se-á com o bem alheio, como se fosse o seu. Desse modo, quanto mais crescerem o gozo e a alegria de um, tanto mais aumentará o gozo de todos. Morte Eterna: Quanto aos maus, isto é, os que irão para a morte eterna, as suas dores e castigos não serão em menores proporções que o gozo e a alegria dos bons. É excessiva a pena dos maus: 1. Pela separação de Deus e pela privação de Deus e pela privação de todos os bens. 2. Pelo remorso da consciência. Lê-se: “Repreender-te-ei e colocar-te-ei diante de ti mesmo” (Sl 49, 21); e: “Gemendo estão sob a pressão do próprio espírito” (Sb 49, 21). Todos os sofrimentos e gemidos serão inúteis, porque não provêm do ódio do mal, mas da dor do castigo. 3. Pela fortíssima pena dos sentidos, que atormentará a alma e o corpo. É um castigo dolorosissimo, conforme relatam os santos. Os condenados estarão sempre como que a morrer, mas jamais morrerão, e até sem a possibilidade de morrerem. Por isso a condenação é chamada de morte eterna. Estarão sempre no inferno a sofrer dores terríveis como as que envolvem os moribundos. 4. Pelo desespero da salvação. Se a elas fosse dada, esperança de libertação da pena, a pena ficaria, por certo, mitigada. Mas como toda esperança lhes foi tirada, a pena torna-se pesadíssima. Evidencia-se, desse modo, a diferença entre fazer o bem e fazer o mal: as boas obras conduzem à vida, as más, porém, arrastam para a morte.
  • 5. De modo conclusivo e muito significativo colocou-se no término do Credo a Vida eterna, para que ela fique cada vez mais gravada no nosso espírito, para a qual nos conduza Nosso Senhor Jesus Cristo, o Deus bendito, pelos séculos dos séculos. AMÉM.