O documento descreve os processos e conceitos da impressão digital, como uma tecnologia em evolução que substituiu muitas etapas manuais da impressão convencional através de computadores e softwares. A impressão digital criou novas possibilidades para a indústria gráfica ao permitir tiragens menores de alta qualidade e personalização, porém exige a integração de novos profissionais e habilidades para designers explorarem seu potencial.
Aula 1, 2 Bacterias Características e Morfologia.pptx
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1. IMPRESSÃO
DIGITAL
PRODUÇÃO E PROCESSOS
Produção: Jôsy-Jairo-Roberta-Victor
2. D
ispensa o uso de fotolitos e é feita em Konica Minolta em tecnologias e proces- IMPRESSÃO DIGITAL: novos conceitos
copiadoras coloridas (para peque- sos de impressão digital sob demanda na indústria gráfica e novos desafios para
nas tiragens até 200 cópias), plotters faz com que sistema de impressão digital os designers.
(para impressão de grandes formatos), im- cresça em torno de 20% acima do que a
pressoras de provas digitais e também as impressão gráfica convencional offset no Resumo:
chamadas de impressoras digitais que im- mercado. A convergência tecnológica criou na
primem grandes tiragens sem fotolitos. indústria gráfica um processo híbrido,
Ao longo do tempo a impressão digital foi com computadores e sofisticados soft-
ganhando espaço no mercado gráfico, wares que substituíram muitas das ativi-
conseguindo a mesma qualidade e dura- dades manuais. Surge daí a impressão
bilidade das impressões “offset” e permitin- digital, com novos equipamentos e no-
do praticamente todos os acabamentos e vos conceitos, exigindo a integração de
encadernações. Os desafios da impressão profissionais ligados à indústria gráfica,
digital estão focados em reduzir os custos tecnologia da informação e gestão de
para a popularização de seu uso. Algu- marketing. Inúmeras possibilidades; com
mas gráficas de vanguarda aprimoraram uso de novas ferramentas inteligentes de
o seu uso com a técnica de impressão marketing e as habilidades cruzadas que
híbrida, parte do material é produzido no os profissionais devem apresentar para
tradicional offset e outra em processo de atuar nesse novo contexto gráfico e a
impressão digital, permitindo um impresso importância do designer nesse cenário.
de altíssima qualidade e aplicações de
personalizações, tanto de texto quanto
imagens. Os altos investimentos feitos por
empresas como Xerox, Canon, HP, Kodak,
3. INTRODUÇÃO: CENÁRIO ATUAL formação. Estes conceitos agora são parte cado viabilizarão o surgimento de novos
As mudanças na indústria gráfica atual- integrante do processo de impressão digi- negócios.
mente são mais profundas e não se restrin- tal e é através deles que novas Estabelecer um paralelo ou destacar os
gem apenas a eliminação ou inclusão de maneiras de relacionamento com o mer- pontos mais sensíveis desta nova tecnolo-
etapas do processo ou no desenvolvimen- gia em relação ao pro-
to de novos equipamentos. Essas mudan- cesso offset, resgatar
ças devem ser consideradas de forma mais os processo de im-
ampla, pois envolvem novos conceitos e pressão na sua história
profissionais mais qualificados, que domi- recente e identificar
nem conhecimentos que antes não es- onde a impressão
tavam ligados a esta atividade. O próprio digital converge, af-
negócio gráfico assume novos contornos, asta-se e até mesmo
mais acurado e mais próximo do cliente. substitui os processos
Não se trata mais de entregar o trabalho convencionais.
impresso, mas de acompanhar os resulta-
dos e se corresponsabilizando por ele.
A fase do acabamento, por exemplo, ago-
ra é acompanhada da consultoria do pós-
venda, por profissional que antes não fazia
parte do quadro funcional da gráfica.
No processo de impressão digital, além das
mudanças de equipamentos, incorporam-
se novos conceitos anteriormente restritos
às áreas de marketing e tecnologia da in-
4. O QUE É A IMPRESSÃO DIGITAL
Mas o que é a impressão digital afinal?
A definição encontrada no dicionário
HOUAISS (2009) diz que: é “a impressão
que utiliza recursos da informática apli-
cados à reprodução de textos e imagens
em qualquer suporte, usando como ma-
triz um arquivo digital, e sem fotolitos ou
chapas”. Pode considerar impressão todo
o processo de gravação em papel ou
outro suporte qualquer e, digital, as infor-
mações provenien-
tes de um computa-
dor, cujos dados
é uma sequência
binária – zeros e uns
– e dispense uma
matriz ou fôrma pre-
viamente gravada
de forma física.
5. TECNOLOGIAS DE IMPRESSÃO DIGITAL fabricantes para desenvolver equipamentos industriais na
produção gráfica, com utilização também, de toner líquido;
Em meados do século passado, surgiram as primeiras impresso-
ras digitais baseadas na tecnologia de impacto, muito similares JATO DE TINTA – a tecnologia desenvolvida por uma grande
às máquinas de escrever elétricas. indústria na década de 1970, baseada em cabeçotes tér-
A segunda geração destas impressoras foram as matriciais, que micos, equipavam as impressoras jato de tinta, que somente
utilizavam matrizes de agulhas para desenhar os caracteres, ain- começaram a ser comercializadas em massa no final da déca-
da através de uma fita entintada, o que limitava o uso de cores, da de 1980 com o surgimento dos computadores pessoais. Elas
mas já imprimiam uma variedade tamanhos de corpos, ou seja, resolviam um problema apresentado pelas
já conseguiam imprimir de modo gráfico, apesar da resolução impressoras laser: o grande consumo de energia, porém apre-
máxima não ultrapassar 240 dpi. Estes equipamentos, que foram sentavam novos desafios; o controle do fluxo da tinta e
usados em larga escala nas décadas de 1970 e 1980, ainda são o entupimento das cabeças de impressão.
utilizados atualmente para a impressão de A solução apresentada por outro fabricante, com a descoberta
documentos em formulários contínuos com mais de uma via. da tecnologia piezoelétrica, respondeu aos desafios apresenta-
Paralelamente, outras tecnologias foram se desenvolvendo e se dos e ainda derrubou preços vertiginosamente das impressoras,
estabeleceram como tecnologias de impressão digital, aumentando, na razão inversa, a qualidade da impressão.
conforme mostrado na figura 03 e explicado a seguir: Baseados na tecnologia jato de tinta surgiram os equipamentos
para grandes formatos e para as provas de cores na indústria
ELETROFOTOGRAFIA - entre as tecnologias que predominam at- gráfica, de vários fabricantes. Os grandes fabricantes de eq-
ualmente na impressão digital e que são utilizadas na produção uipamentos apresentaram protótipos de impressoras digitais,
de material gráfico, destaca a impressão Eletrofotográfica ou, produção gráfica com a tecnologia jato de tinta, na Drupa
popularmente conhecida como impressão a laser. Desenvolv- 2008 – maior feira do setor, na Alemanha - e alguns modelos já
ida há 70 anos para reproduzir imagens, ela ficou conhecida estão em produção em várias partes do mundo. Alguns mod-
como xerografia, devido a marca do fabricante:Xerox. Esta elos prometem impressão em 52 x 72 cm, com velocidade de
tecnologia, que utiliza o toner seco e fusores de alta tempera- impressão equivalente a 180 páginas A4 por minuto e qualidade
tura para fixar a Imagem no papel, viria a se tornar a base para offset.
o desenvolvimento da impressão digital, adotada por grandes
6. matização.
TECNOLOGIAS QUE A IMPRESSÃO Ainda sobre as normas ISO, pode-se
DIGITAL AGREGA DO PROCESSO mencionar a 12.647-7, que especifica
requisitos para sistema que são usados
CONVENCIONAL.
para produzir as cópias físicas digitais de
provas, baseadas em jato de tinta, com
Grandes mudanças no hardware é que
a intenção de simular uma condição de
proporcionam novas e inúmeras possibi-
impressão definida por um conjunto de
lidades da impressão digital. Entretanto,
dados de caracterização associados
basicamente toda estrutura de software e
(ABNT, 2008).
padronizações utilizadas atualmente nos
Quando um trabalho é submetido exclu-
processos convencionais de impressão,
sivamente à impressão digital, a prova
migraram para a impressão digital sem
de cor ou prova de contrato é impressa
grandes modificações, já que foram de-
no próprio equipamento de produção, já
senvolvidos para sistemas
que atualmente, é possível imprimir qual-
computadorizados e, portanto, digitais.
quer volume a partir de uma cópia, prati-
Todavia, novas tecnologias de software
camente pelo mesmo custo.
vêm se juntar aos já existentes, criando
o contato com o designer, já que todas A linguagem desenvolvida pelo Adobe
novos conceitos de negócios, por isto
as Horie (2009) explica que a Norma ISO na década de 1980, o Postscript, tornou-
também mais restritiva em relação aos
15930 e suas atualizações, estão sendo se padrão em todos os principais sistemas
conteúdos, tais como espaços de cor,
adotadas pelos principais grupos editoriais de impressão e gravação de fotolitos,
transparências e outros, são também as
e devem estabelecer-se como padrão de chapas e impressão digital. Esta é uma
mais funcionais nos RIPs mais antigos, Estas
fechamento de arquivos para a indústria. linguagem de descrição de página que
normas garantem um intercâmbio de ar-
Como exemplo, as normas PDF/X1-a, que permite a interpretação dos elementos
quivos conhecido como “Duplo-Cego”.
são mais antigas (2001 e 2003) e infor- que International Organization for Stan-
Assim, o designer não precisa obter ne-
mações necessárias estarão contidas no dardization – Organização Internacional
nhuma informação sobre o sistema do
respectivo arquivo, por conta desta nor- de Normatização, avalia processos e
fornecedor gráfico, e este evita retornar
estabelece normas para procedimentos
7. seguro internacionalmente padronizados, visando facilitar o gem com grande resolução. Existem outros fornecedores destes
comércio internacional entre outras atribuições. Estas normatiza- softwares, os chamados clones que emulam o Postscript, mas
ções também são aplicadas na indústria gráfica em seus diver- que por algum motivo não ganharam a confiança do mercado
sos segmentos. gráfico (FALLEIROS, 2003).
Compõem os arquivos O Adobe PDF Print Engine é a plataforma de impressão de
a serem impressos, última geração, considerada sucessora do Postscript, e foi
ou seja, a imagem é desenvolvida com a mesma tecnologia PDF dos softwares
impressa aos poucos, Adobe Acrobat e Adobe Creative Suite. Ela permite que
com as informações arquivos PDF sejam rasterizados de modo nativo em todo o
parciais que recebe, fluxo de trabalho, tornando desnecessário o nivelamento de
evitando assim ilustrações transparentes, possibilitando um fluxo completo
um tráfego muito que utiliza tecnologia comum para gerar, visualizar e imprimir
intenso de dados, arquivos PDF.
o que inviabiliz- Outra tecnologia agregada pelos
aria a impressão processos digitais é o RIP (Raster
de uma ima- Image Processor). Este é um soft-
ware específico usado para interp-
retar e gerenciar o fluxo dos arquivos
Postscript e PDF, possibilitando a
separação das cores e reticulan-
do-as se necessário, em arquivos
individuais para serem gravados
nos fotolitos, nas chapas litográficas ou compondo a
imagem final para a saída na impressora digital. Estes
softwares, por sua robustez e estabilidade, associado ao
grande volume de memória que exigem, normalmente
são instalados em computadores específicos e dedica-
dos a esta finalidade.
8. NOVOS CONCEITOS emocionando e fidelizando o cliente. ca, onde o sucesso de um dependerá o
NA INDÚSTRIA GRÁFICA DIGITAL De acordo com Lopes, [s.d.] a indústria sucesso do outro e vice-versa.
gráfica passa de um mero prestador de (Portable Document Format) foi desen-
A impressão digital não muda apenas a serviços para um colaborador e parceiro volvido originalmente para facilitar o
forma como a tinta é transferida para o de alta confiabilidade do cliente. Não se tráfego de arquivos pela internet.
suporte, ela vai muito além; ela incorpora trata mais de apenas vender um impresso Devido sua confiabilidade, sem perda
novos conceitos, principalmente os de gráfico; trata-se de auxiliar o cliente a de qualidade, foi sendo adaptado pela
uso comum na linguagem da tecnologia encontrar a solução mais adequada para indústria gráfica, que o adotou,
da informação e do marketing, criando o seu ‘problema’, e isto requer muito mais tornando-se um novo padrão para fecha-
ferramentas inteligentes. que uma relação de compra e venda, mento e distribuição de arquivos.
A mudança mais significativa nestes con- requer uma cumplicidade mercadológi-
ceitos está no âmbito das novas estra-
tégias de negócios que ela requer para
efetivamente alcançar objetivos diferen-
ciados. Como
a impressão digital ainda não concorre
e nem substitui o processo convencional
nas grandes tiragens, as estratégias de
produção utilizando este processo pre-
cisam ser adotadas considerando estes
aspectos, portanto de forma diversa e
muito mais planejada.
De modo geral, é preciso atentar para
as mudanças na gestão da gráfica e na
gestão dos clientes, já que não haverá
mais lotes de tiragens longas e econômi-
cas; o foco agora é em tiragens peque-
nas, específicas e muito direcionadas,
9.
10. O PROCESSO - Computer to Film) ou digital (CtP - Com- Todo esse processo acaba tornando uma
puter to Plate). impressão de alto custo. Todavia, esta é
GRAVAÇÃO DA CHAPA No CtF um arquivo gerado no computa- a alternativa utilizada pelas gráficas que
Uma chapa metálica é preparada de for- dor é transferido para um filme especial pretendem entrar no mercado digital,
ma a se tornar fotossensível. As áreas que através de uma imagesetter, esse filme é poluem menos, geram menos materiais
são protegidas da luz tornam-se, após fixado à chapa que por sua vez é exposta como fotolito e agilizam o processo. Tem-
uma reação química, lipófilas, atraindo à luz. se tornado cada vez mais forte no seg-
gordura (Grafismo), enquanto que as de- No CtP a confeção do filme não é ne- mento on demand, evitando estoques
mais regiões se mantêm hidrófilas, atrain- cessária, o arquivo produzido é “gravado” excessivos e gastos desnecessários.
do água (contra-Grafismo). A cópia de diretamente na chapa através de laser
chapa pode ser de forma analógica (CtF em uma platesetter.
MONTAGEM sa também estar preparada para imprimir A impressão é feita de forma indireta,
A chapa, que é flexível, é montada na em série o número de cores necessário. o cilindro onde a matriz foi montada é
impressora offset em um cilindro. Cada Isto é importante para manter o registro mantido úmido por rolos umidificadores.
chapa é usada para transferir uma cor. entre as diferentes tintas. A tinta também é transferida para este
Para impressos em várias cores é ne- cilindro, como ela é de base gordurosa
cessário o uso de várias chapas, uma IMPRESSÃO ela se concentra nas áreas lipófilas e é ao
para cada cor (basicamente 4 cores, Tanto nas impressoras rotativas, onde o mesmo tempo repelida pela água que se
CMYK Cyan / Magenta / Amarelo / Preto, papel entra em bobina, como nas im- concentrou nas áreas hidrófilas do
que proporcionam a mistura por pontos) pressoras planas, que usam o papel já cilindro.
só sendo necessário o uso de mais chapas cortado, o sistema funciona de maneira A tinta então é transferida para um cil-
para cores especiais. Como a prata, o rotativa. Uma série de cilindros conduzem indro de borracha, chamado de blan-
ouro e cores Pantone.. A impressora preci- tanto a tinta quanto o papel. queta (ou “cauchú”), que serve de inter-
11. mediário para a impressão. Ele ajuda a CTP dade final da imagem gravada. Isso deixa
manter o papel seco e ao mesmo tempo CtP (Computer-to-Plate) é o processo a imagem perfeita. Existem métodos de
melhora a sobrevida da matriz. de produção das chapas usadas na gravação de chapas mais avançados,
Produção da chapa impressão offset. A chapa é gravada como o processo de gravação através
As chapas de offset, como dito acima, através de laser, que é controlado por de UV (Ultra Violeta), dispensando assim o
primeiramente são tratadas de forma que um computador, de forma similar às im- laser.
se tornam fotossensíveis. Após este passo pressoras laser. Isto permite que a chapa
elas são expostas de várias formas dife- seja gerada diretamente de um arquivo
rentes à luz e reveladas. digital, sem a necessidade da produção
de um fotolito intermediário. Este processo
também garante o aumento da quali-
CTPRESS
CtPress (Computer-to-Press) é um sistema de gravação da matriz offset na qual a “chapa” é gravada diretamente na impressora,
sistema desenvolvido pela alemã Heidelberg, e atualmente utilizado por várias outras empresas. A matriz é gravada a Laser, e o
sistema usado na impressora é o sistema waterless (impressão sem uso de solução de molha — água).
12. A IMPRESSÃO DA COR. que as chapas são impressas, o que é sobrepor 100% de todas as cores primárias
significativo, porque as tintas usadas, são nunca resulta em um preto absoluta-
Enquanto um monitor emite luz, permitin- translúcidas e os pontos de cada uma mente puro e sólido. O segundo é a
do a mistura aditiva de frequência de pode se sobrepor. O ciano, a mais forte linearização: porcentagens iguais de
vermelho, verde e azul, imprimir a arte nos das três cores primárias, vai em primeiro todas as cores resulta um cinza neutro.
leva de volta ao reino de pigmentos e das lugar, porque será a menos comprometi- Esses dois problemas são resolvidos pelo
misturas subtrativas da luz refletidas. das por qualquer sobreposição de pon- uso da tinta preta. O terceiro problema é
As cores primárias são ciano, magenta tos das tintas subsequentes. O preto por a gama, a proporção total dos espectros
e amarelo. Estas cores são misturadas no outro lado, vai por último, principalmente, visível coberta por combinações de tintas
processos de impressão, não pela combi- porque o texto e as linhas sólidas po- CMYK e é significativamente menor do
nação de pigmentos antes de aplicá-los dem ser impressos por cima, obliterando que a da maior parte dos espaços RGB.
à páginas, como nas técnicas tradicionais quaisquer tintas por baixo, sem necessi-
de pinturas, mas dividindo imagens em dades de apagar
números proporcionais ou tamanhos de as áreas corre-
pontos de cada tinta. spondentes das
A impressão colorida baseada em chapas.
tintas das matrizes é chamada de “pro- O progresso na
cessos” ou “CMYK”. A quarta tinta é o fabricação de
preto (K), com azul (B), embora a inicial pigmento em
também possa significar “chave” (key), tintas otimizadas
pois em um trabalho de processo colori- para os melhores
do, a chapa preta pode ser usada como resultados pos-
referência para o alinhamento das outras síveis. O primeiro
três cores. A letra se refere à ordem em é gerar o preto:
13. OS PRINCÍPIOS DA IMPRESSÃO COLORIDA.
A LITOGRAFIA OFF-SET É O MÉTODO USADO PARA IMPRIMIR MAIOR PARTA DAS REVISTAS E DOS LIVROS ILUSTRADOS. EMBORA
PAREÇA COMPLICADO NA PRÁTICA PODE OFERECER EXCELENTES QUALIDADE A UM PREÇO RAZOÁVEL. O CUSTO DE MONTAGEM NA
IMPRESSORA ENTRETANTO SIGNIFICA QUE TIRAGENS PEQUENA ACABA SAINDO MUITO CARO. IMPRESSORAS DIGITAIS SÃO
NORMALMENTE A MELHOR OPÇÃO NESSES CASOS.
14. A TÉCNICA DA LITOGRAFIA PODE SER DIVI- pedra num ângulo de aproximadamente secas para adicionar textura, marcas com
DIDA EM QUATRO ETAPAS BÁSICAS: 45º, para que a pedra não lasque e nem papel carbono, agüada, entre outros.
marque o papel. Depois que a pedra está
L I M P E Z A seca, é bom evitar o contato da superfí- E N T I N T A G E M
cie com as mãos ou qualquer substância
Antes de mais nada é necessário apagar rica em gordura, para que não haja man- Depois de o desenho estar pronto, e seco,
a imagem anterior desenhada na pedra, chas indesejadas que prejudiquem na caso tenha sido utilizada uma tinta aquo-
para que não haja interferências no seu impressão. sa, partimos para a acidulação e entinta-
desenho original e para isso, espalham-se gem ou viragem, processos que fixam a
grãos (pó de esmeril grão 80, 150 e 220 ou D E S E N H O gordura na superfície da pedra, evitando
areia fina bem peneirada) sobre a pedra, que esta se espalhe pelas áreas brancas,
joga-se um pouco de água para umede- A segunda etapa é desenhar sobre a descaracterizando o desenho. Pulveriza-
cer e coloca-se outra pedra calcária pedra com materiais ricos em gordura já se o breu sobre a imagem, espalhando-o
mantida para esse fim ou quebrada para citados anteriormente, mas antes é com um chumaço de estopa, depois a
lixá-la. Deve-se lixar a pedra sempre em necessário traçar uma margem de pedra recebe um banho de uma solução
um movimento de oito (infinito), cuidando tamanho variado, com goma arábica. de goma arábica, acido tânico, nítrico e
para que nenhum pedaço da pedra de Uma vez a goma espalhada na pedra, fosfórico, que fixa a gordura apenas na
baixo fique intacto, para evitar desniv- a área atingida não receberá gordura, superfície. A matriz então fica dividida em
elamentos. Quando o desenho demora salvo se removida com uma lâmina ou duas áreas: a branca que retém água
a sair, despeja-se uma solução de ácido com a ponta seca ou re-sensibilizada com e repele gordura e a desenhada que
acético a 10% para quebrar a gordura solução de ácido acético diluído a 5%. agrega gordura e repele água. Limpa-se
remanescente, deixando agir por 2 a 5 Aqui a criatividade do artista atua, além a superfície com removedor (aguarrás ou
minutos antes de lavá-la. Não se pode dos métodos tradicionais de desenho so- querosene) para eliminar o pigmento
esquecer de limar as arestas irregulares da bre pedra, pode-se usar lâminas e pontas- usado no desenho preservando apenas a
15. gordura, em seguida, a superfície da que desliza sob a pressão de uma trave Bibliografias:
pedra é umedecida com água. Nessa chamada ratora. Gira-se a manivela com IMPRESSÃO DIGITAL: NOVOS CONCEITOS
etapa, não podemos deixar a superfície cuidado para que a ratora não ultrapasse NA INDÚSTRIA GRÁFICA E NOVOS DESA-
da pedra secar. o limite da pedra, causando um acidente, FIOS PARA OS DESIGNERS.
A entintagem é feita com um rolo de devido a forte pressão. O desenho será BENEDITO POSSAMAI, Especialista em
couro ou de borracha, a tinta litográfica impresso de maneira espelhada no papel, Design, SATC/UFSC, benedito.possamai@
é oleosa e ao passarmos, adere somente assim como nas outras modalidades da satc.edu.br,
nas partes engorduradas, muito embora gravura. A litografia permite tirar muitas benedito@vetorfoto.com.br
devamos limpar as margens e a superfície cópias da mesma matriz. Depois de tira- BERENICE SANTOS GONÇALVES, Dra.,
da pedra com uma esponja úmida para das as cópias desejadas, a pedra está UFSC, berenice@cce.ufsc.br
evitar qualquer acúmulo de tinta que pronta para ser limpa e reutilizada.
possa aparecer na hora da impressão. O GUIA COMPLETO DA COR
Ed.Senac
I M P R E S S Ã O TomFraser/AdamBanks
A última etapa é a impressão, as primeiras GRAPHIC DESIGN SCHOOL
tentativas são consideradas testes. by Thames & Hudson
A espessura da pedra deve ser de pelo
menos 5 centímetros, para evitar ra- COMPUTER ART PROJECTS
chaduras. O papel (ou outro material) Ed.3 & 21
é colocado sobre a pedra, de maneira Ed.Europa
alinhada. Usa-se uma prensa manual
própria para a litografia, a pedra é colo-
cada sobre a superfície plana da prensa