SlideShare une entreprise Scribd logo
1  sur  13
Télécharger pour lire hors ligne
INFÂNCIA ENCANTADA 
Temos uma coisa dentro de nós sem nome e sem 
forma. 
Essa coisa é o que somos. 
Temos bons motivos para acreditar que isso em 
mim é saudade. 
E parte dela, acredito, que a maioria se desgasta 
em lembrança. 
A ideia de que um dia teremos saudade do hoje 
É perturbadora. 
Mais ainda, de que tudo o que vivemos será 
esquecido, 
Pois é inevitável. 
O quintal, o jardim, os muros. 
As fotografias, eu as encontrei e mergulhei no 
mar de emoções. 
A grande e antiga mesa de madeira, a escada 
que rangia, 
Os artefatos de meu pai, relíquias para ele das 
quais se orgulhava. 
Lembro-me de cada detalhe de minha antiga 
casa, 
Do tamanho dos móveis e onde estavam 
localizados. 
Lembro-me de meus brinquedos 
E no canto do quintal onde brincava.
Sei que a minha casa está demolida, tento me 
conformar, 
Porém a saudade é inquebrável, e não senti-la é 
impossível. 
Rasguei todas as fotos por motivo que ainda 
desconheço, 
Pois vivendo uma dor passada no presente, será 
vivê-la no futuro eternamente. 
Não me importa se as fotografias estão rasgadas. 
As imagens estão bem claras, vagando em 
alguma dimensão do meu cérebro. 
Não me importa se a casa foi demolida, 
O menino continua lá no seu recanto como 
brinquedo semirreal. 
LARISSA DIAS E REBECCA SILVA, TURMA 900 
LEMBRANÇAS 
Lembro-me do banco de madeira, 
Das lembranças boas de quando eu estava lá. 
Lembro-me do meu primeiro beijo 
Com a sobrinha da minha vizinha. 
Foi numa festa de Natal em minha casa. 
Conversamos e brincamos à noite toda 
Até que nos sentamos no banco e ficamos nos 
olhando 
Sem sair nenhuma palavra, com respiração 
ofegante.
De tanto brincar, até que ela me perguntou se eu 
queria beijá-la. 
E eu perguntei por quê? 
Para sentir como é beijar alguém. 
Éramos inocentes e não tínhamos experiência, 
mas foi especial. 
Depois desta festa, voltei tarde para casa. 
Aquele degrau que pulei era o quinto que rangia. 
Deitei em minha cama 
E até hoje recordo como se fosse ontem. 
ALEX E MADSSON, TURMA 900 
SAUDADES DO MEU PASSADO 
Memórias da casa onde nasci e vivi. 
Entre papéis inúteis em minha gaveta, 
Encontrei trinta fotografias guardadas 
Que nem mais me lembrava.
Minha mãe não dormia até o último filho chegar. 
Tantos colóquios amorosos, geralmente 
inocentes, no quintal. 
A acácia floria todos os anos, lindas flores do 
outro lado do muro 
Me fazia ler Sonetos de Raul de Leoni. 
Na sala de jantar, 
a grande mesa antiga rodeada por seis cadeiras. 
Ao lado da janela, as sobressalentes, 
Que os primos recorriam diretamente. 
Rasguei as fotografias para não sofrer por um 
passado. 
As fotografias rasgadas, atirei tudo pela janela 
Como se a rua parada 
Parasse meu mundo com ela. 
KATRINE E LUCAS ROSADO, TURMA 900
MEMÓRIAS NÃO FICAM EM FOTOGRAFIA 
Estava recordando a minha antiga casa. 
Ela me lembrava das coisas da vida passada. 
Peguei as fotografias, eram todas muito lindas. 
Lembrei-me de coisas que você nem imagina. 
A casa era muito bonita, 
Pena que ela foi destruída. 
Era muito bom quando ficava no quintal, 
Tudo era muito sensacional. 
Eu tinha várias fotografias da minha casa, 
Mas a memória fica no coração 
E as fotografias se vão. 
De que vale sofrer 
Por um lugar onde foi a casa? 
Porque a vida continua e pode ser admirada. 
HIGOR E MACIEL CURVELLO, TURMA 900
FOTOGRAFIAS ESQUECIDAS 
Fotografias perdidas e esquecidas, 
Lembrança de vários anos da minha vida. 
Fotografias que tirei 
Logo antes de minha saída. 
Lembrei-me da minha mãe 
Quando ela esperava a mim e meus irmãos. 
Ela só iria dormir 
Quando o último dos filhos chegasse. 
Várias fotografias 
Do jardim, da escada, da mesa de jantar, 
Do escritório do papai e duas da cozinha. 
Até fotos de cada quarto ali havia. 
Lembranças do quintal. 
Cada foto uma saudade 
Que com grande tristeza 
Meu coração invade. 
Mas do que adianta as fotografias 
Se a casa foi destruída? 
E com elas se vão minhas lembranças de uma 
casa 
Onde um garoto feliz ali vivia.
ADALBERTO ROCHA E JOÃOPEDRO, TURMA 
900 
A CASA DOS MEUS SONHOS 
Ah! Assim foi a casa dos meus sonhos! 
Bem clichê. 
Feito contos de fadas. 
Com rosas vermelhas por todo o jardim, 
Com vista de frente para o mar, 
Com um cachorro a me acompanhar 
Me sentia livre num lugar só meu. 
Pela manhã 
ouvia os pássaros cantar 
Via o sol raiar 
Com sua beleza natural. 
Mas me faltava algo para um final feliz. 
Um príncipe encantado, 
Quem sabe 
Então meu conto seria perfeito? 
Eu nem sempre vivi em mil maravilhas, 
Mas tentei amenizar cada ferida 
Que a vida me trouxe 
Em cada despertar de um novo dia. 
E penso comigo mesma 
De que vale sofrer por um passado
Que fez parte das minhas feridas? 
ELLEM E ANDRÉIA, TURMA 900 
RECORDAÇÕES 
Oh, como eu sinto saudade 
Da minha antiga casa 
Onde nela me acalmava 
E me fazia pensar na vida! 
São tantas memórias vividas, 
Tantas emoções sentidas, 
Uma infância inesquecível e querida. 
No jardim, as flores, 
A escada que rangia. 
Foi profundamente momentâneo 
Recordar em fotografias 
Que felizmente restaram 
Com belas recordações do passado. 
STEPHANNY RODRIGUES E STEFFANNY SANTANA, 
TURMA 900
SAUDADES 
Trinta fotografias tiradas e esquecidas 
Jogadas numa gaveta inútil. 
Antes de sair, delas me lembrei. 
Sabe lá Deus por que as guardei. 
Durante anos esquecidas no meio de papéis 
inúteis 
Como se precisasse dessas fotos guardadas, 
Pois não saem da minha memória 
Aquilo que a mim é útil. 
Fotos do canto do jardim, o banco de madeira, 
A antiga mesa da sala de jantar. 
Ah, que saudade da minha casa! 
Rasgo as fotografias. 
Do que vale sofrer por um passado destruído? 
Já que as fotografias são momentos eternamente 
vividos. 
BEATRIZ E RAYANNA, TURMA 900
LEMBRANÇA 
Rasguei aquelas fotografias, 
Pois não adiantava mais olhá-las. 
As verdadeiras lembranças ficam no coração. 
O tempo que não volta mais. 
Eu era feliz e não sabia. 
Como não ter responsabilidade era bom! 
Eu só brincava e estudava no quarto 
Daquela imensa casa. 
Quando meus primos vinham pra cá 
Era só “Deus na causa”, 
Pois uma grande bagunça se formava. 
O tempo não volta mais. 
Agora estou velho, infeliz, mas responsável. 
Eu era feliz e, hoje, nada mais. 
NATÁLIA E FÁBIO DA SILVA, TURMA 900
LEMBRANÇAS PASSADAS 
Passado lembrado em memória 
E fotografias. 
Lembro-me das flores, do belo quintal 
E da bela casa onde fui criado. 
Na mudança, olho para a gaveta. 
Deparo-me com fotografias do passado 
Fazendo com que minha memória 
Se lembrasse com mais clareza dos belos 
momentos. 
Não só momentos, mas sim coisas, 
Lugares e como era a casa e o quintal 
Que hoje é um apartamento de cinco andares. 
Demoliram, sim, a casa, mas não minhas 
memórias. 
LUÍS HENRIQUE E FABRÍCIO, TURMA 900
SAUDADE 
Há uma saudade em meu peito 
E ao ver as fotografias desperta meu anseio. 
Lembranças tenho da minha infância, 
Mas não queria relembrá-las. 
Nada posso fazer, pois não tinha conhecimento 
Do que iria acontecer ao encontrá-las. 
Apesar das minhas más lembranças, 
Tenho boas esperanças. 
De nada valia o meu silêncio, 
Pois um dia minha mãe perdia o seu sono 
À espera da minha chegada. 
Hoje rasgo essas fotografias 
Que vieram de uma gaveta cheia de inutilidades. 
Porém da minha mente não poderei tirá-las, 
Porque em uma casa que foi demolida 
Passei os primeiros vinte e quatro anos da minha 
vida. 
ANNA BEATRIZ, REBECA ANDRADE E 
THAMIRES, TURMA 900
FOTOGRAFIAS DA INFÂNCIA 
Fotografia foi o que restou 
Daquela casa que tanto me aconchegou. 
Na memória, as lembranças 
Das brincadeiras no quintal quando era criança. 
Do quinto degrau da escada, vinha um barulho 
estranho 
Que durante à noite despertava a mamãe de seu 
sono. 
Já no jardim, lindas flores 
Que durante a primavera enfeitava a casa com 
suas cores. 
Guardar tudo na memória é um desafio 
Por me lembrar de tantas coisas 
E tanto momentos vividos 
Naquela casa de jardim florido. 
Quando me deparo com antigas fotografias 
Penso se vale mesmo apenas 
Sofrer por causa da lembrança do passado 
Por não poder voltar ao tempo. 
Se a vida me permitisse, 
Voltaria a ser criança. 
Mas como não é possível, 
Fica apenas na lembrança. 
MARIANA E SIBELLY, TURMA 900

Contenu connexe

En vedette

Meu automóvel
Meu automóvelMeu automóvel
Meu automóvelCarlaMPB
 
Como contos de fadas e fantasia contribuem no desenvolvimento psíquico e emoc...
Como contos de fadas e fantasia contribuem no desenvolvimento psíquico e emoc...Como contos de fadas e fantasia contribuem no desenvolvimento psíquico e emoc...
Como contos de fadas e fantasia contribuem no desenvolvimento psíquico e emoc...Vera Ravagnani
 
Brinquedo e brincadeiras na educação infantil ( Joice Ribeiro)
Brinquedo e brincadeiras na educação infantil ( Joice Ribeiro) Brinquedo e brincadeiras na educação infantil ( Joice Ribeiro)
Brinquedo e brincadeiras na educação infantil ( Joice Ribeiro) joice221
 
Texto regras de convivência de todos os alunos 4º ano a
Texto regras de convivência de todos os alunos 4º ano aTexto regras de convivência de todos os alunos 4º ano a
Texto regras de convivência de todos os alunos 4º ano adavinagasparini
 

En vedette (11)

Meu automóvel
Meu automóvelMeu automóvel
Meu automóvel
 
Como contos de fadas e fantasia contribuem no desenvolvimento psíquico e emoc...
Como contos de fadas e fantasia contribuem no desenvolvimento psíquico e emoc...Como contos de fadas e fantasia contribuem no desenvolvimento psíquico e emoc...
Como contos de fadas e fantasia contribuem no desenvolvimento psíquico e emoc...
 
Texto a minha turma
Texto a minha turmaTexto a minha turma
Texto a minha turma
 
Poemas 6a2
Poemas 6a2Poemas 6a2
Poemas 6a2
 
Brinquedo e brincadeiras na educação infantil ( Joice Ribeiro)
Brinquedo e brincadeiras na educação infantil ( Joice Ribeiro) Brinquedo e brincadeiras na educação infantil ( Joice Ribeiro)
Brinquedo e brincadeiras na educação infantil ( Joice Ribeiro)
 
As formas geométricas
As formas geométricasAs formas geométricas
As formas geométricas
 
Florbela Espanca e Miguel Torga
Florbela Espanca e Miguel TorgaFlorbela Espanca e Miguel Torga
Florbela Espanca e Miguel Torga
 
QUERO CASA COM JANELA
QUERO CASA COM JANELAQUERO CASA COM JANELA
QUERO CASA COM JANELA
 
A casa feia
A casa feiaA casa feia
A casa feia
 
Texto regras de convivência de todos os alunos 4º ano a
Texto regras de convivência de todos os alunos 4º ano aTexto regras de convivência de todos os alunos 4º ano a
Texto regras de convivência de todos os alunos 4º ano a
 
Sequência didática a casa e seu dono (1)
Sequência didática a casa e seu dono (1)Sequência didática a casa e seu dono (1)
Sequência didática a casa e seu dono (1)
 

Similaire à Aldeni poesia turma 900 2014

Peças para dia das mães
Peças para dia das mães Peças para dia das mães
Peças para dia das mães Anedina Izabel
 
Apenas uma noite
Apenas uma noiteApenas uma noite
Apenas uma noiteEdivanfff
 
I NfâNcia2
I NfâNcia2I NfâNcia2
I NfâNcia2veroleal
 
I NfâNcia2
I NfâNcia2I NfâNcia2
I NfâNcia2veroleal
 
Livro de contos e orações do meu avô
Livro de contos e orações do meu avôLivro de contos e orações do meu avô
Livro de contos e orações do meu avôRafael F. Buzon
 
Um Colar Valioso
Um Colar ValiosoUm Colar Valioso
Um Colar Valioso-
 
Anorexia - Dominique Brand
Anorexia - Dominique BrandAnorexia - Dominique Brand
Anorexia - Dominique BrandMoradores do Ype
 
Textos Alunos
Textos AlunosTextos Alunos
Textos Alunosveroleal
 
Capítulo 1: Lulital - a magia começa
Capítulo 1: Lulital - a magia começaCapítulo 1: Lulital - a magia começa
Capítulo 1: Lulital - a magia começapribeletato
 
O Diário de Juliana
O Diário de JulianaO Diário de Juliana
O Diário de JulianaCybele Meyer
 
Crónicas[1]
Crónicas[1]Crónicas[1]
Crónicas[1]escola
 
Mario de Andrade e Vestida de Preto
Mario de Andrade e Vestida de PretoMario de Andrade e Vestida de Preto
Mario de Andrade e Vestida de PretoDani Bertollo
 
A casa do penhasco (psicografia vera lúcia marinzeck de carvalho espírito a...
A casa do penhasco (psicografia vera lúcia marinzeck de carvalho   espírito a...A casa do penhasco (psicografia vera lúcia marinzeck de carvalho   espírito a...
A casa do penhasco (psicografia vera lúcia marinzeck de carvalho espírito a...Ricardo Akerman
 
High school dxd vida.0
High school dxd  vida.0High school dxd  vida.0
High school dxd vida.0Gon Animes
 

Similaire à Aldeni poesia turma 900 2014 (20)

Vila criança
Vila criançaVila criança
Vila criança
 
Peças para dia das mães
Peças para dia das mães Peças para dia das mães
Peças para dia das mães
 
Apenas uma noite
Apenas uma noiteApenas uma noite
Apenas uma noite
 
I NfâNcia2
I NfâNcia2I NfâNcia2
I NfâNcia2
 
I NfâNcia2
I NfâNcia2I NfâNcia2
I NfâNcia2
 
Livro de contos e orações do meu avô
Livro de contos e orações do meu avôLivro de contos e orações do meu avô
Livro de contos e orações do meu avô
 
Um Colar Valioso
Um Colar ValiosoUm Colar Valioso
Um Colar Valioso
 
Anorexia - Dominique Brand
Anorexia - Dominique BrandAnorexia - Dominique Brand
Anorexia - Dominique Brand
 
Textos Alunos
Textos AlunosTextos Alunos
Textos Alunos
 
Conto ii a casa
Conto ii a casaConto ii a casa
Conto ii a casa
 
Capítulo 1: Lulital - a magia começa
Capítulo 1: Lulital - a magia começaCapítulo 1: Lulital - a magia começa
Capítulo 1: Lulital - a magia começa
 
CLARICE
CLARICECLARICE
CLARICE
 
O Diário de Juliana
O Diário de JulianaO Diário de Juliana
O Diário de Juliana
 
Crónicas[1]
Crónicas[1]Crónicas[1]
Crónicas[1]
 
InfâNcia
InfâNciaInfâNcia
InfâNcia
 
Conto de Natal 7ºC
Conto de Natal 7ºCConto de Natal 7ºC
Conto de Natal 7ºC
 
Mario de Andrade e Vestida de Preto
Mario de Andrade e Vestida de PretoMario de Andrade e Vestida de Preto
Mario de Andrade e Vestida de Preto
 
A casa do penhasco (psicografia vera lúcia marinzeck de carvalho espírito a...
A casa do penhasco (psicografia vera lúcia marinzeck de carvalho   espírito a...A casa do penhasco (psicografia vera lúcia marinzeck de carvalho   espírito a...
A casa do penhasco (psicografia vera lúcia marinzeck de carvalho espírito a...
 
A mãe na poesia
A mãe na poesiaA mãe na poesia
A mãe na poesia
 
High school dxd vida.0
High school dxd  vida.0High school dxd  vida.0
High school dxd vida.0
 

Plus de Janete Garcia de Freitas

Projeto político pedagógico luis lindenberg (1)
Projeto político pedagógico luis lindenberg (1)Projeto político pedagógico luis lindenberg (1)
Projeto político pedagógico luis lindenberg (1)Janete Garcia de Freitas
 

Plus de Janete Garcia de Freitas (20)

Jornal de setembro 2014
Jornal de setembro 2014Jornal de setembro 2014
Jornal de setembro 2014
 
Projeto político pedagógico luis lindenberg (1)
Projeto político pedagógico luis lindenberg (1)Projeto político pedagógico luis lindenberg (1)
Projeto político pedagógico luis lindenberg (1)
 
Jornal de agosto 2014
Jornal de agosto 2014Jornal de agosto 2014
Jornal de agosto 2014
 
Jornal de agosto 2014
Jornal de agosto 2014Jornal de agosto 2014
Jornal de agosto 2014
 
Jornal de fevereiro2012 pdf
Jornal de fevereiro2012 pdfJornal de fevereiro2012 pdf
Jornal de fevereiro2012 pdf
 
Jornal de julho 2014
Jornal de julho 2014Jornal de julho 2014
Jornal de julho 2014
 
Jornal de junho 2014
Jornal de junho 2014Jornal de junho 2014
Jornal de junho 2014
 
Jornal de maio 2014 (1)
Jornal de maio 2014 (1)Jornal de maio 2014 (1)
Jornal de maio 2014 (1)
 
Jornal de abril 2014
Jornal de abril 2014Jornal de abril 2014
Jornal de abril 2014
 
Jornal oficial de março 2014
Jornal oficial de março 2014Jornal oficial de março 2014
Jornal oficial de março 2014
 
Jornal oficial de fevereiro 2014 (1)
Jornal oficial de fevereiro   2014 (1)Jornal oficial de fevereiro   2014 (1)
Jornal oficial de fevereiro 2014 (1)
 
Jornal abril oficial 2013
Jornal abril oficial 2013Jornal abril oficial 2013
Jornal abril oficial 2013
 
Jornal abril oficial 2013
Jornal abril oficial 2013Jornal abril oficial 2013
Jornal abril oficial 2013
 
Jornal abril oficial 2013
Jornal abril oficial 2013Jornal abril oficial 2013
Jornal abril oficial 2013
 
Calendário 2013 pdf
Calendário 2013 pdfCalendário 2013 pdf
Calendário 2013 pdf
 
Jornaloficial de março 2013
Jornaloficial de março 2013Jornaloficial de março 2013
Jornaloficial de março 2013
 
Jornal fevereiro oficial 2013
Jornal  fevereiro oficial 2013Jornal  fevereiro oficial 2013
Jornal fevereiro oficial 2013
 
Jornal de setembro
Jornal de setembro Jornal de setembro
Jornal de setembro
 
Jornal agosto2012 1
Jornal agosto2012 1Jornal agosto2012 1
Jornal agosto2012 1
 
Jornal agosto2012 1
Jornal agosto2012 1Jornal agosto2012 1
Jornal agosto2012 1
 

Aldeni poesia turma 900 2014

  • 1. INFÂNCIA ENCANTADA Temos uma coisa dentro de nós sem nome e sem forma. Essa coisa é o que somos. Temos bons motivos para acreditar que isso em mim é saudade. E parte dela, acredito, que a maioria se desgasta em lembrança. A ideia de que um dia teremos saudade do hoje É perturbadora. Mais ainda, de que tudo o que vivemos será esquecido, Pois é inevitável. O quintal, o jardim, os muros. As fotografias, eu as encontrei e mergulhei no mar de emoções. A grande e antiga mesa de madeira, a escada que rangia, Os artefatos de meu pai, relíquias para ele das quais se orgulhava. Lembro-me de cada detalhe de minha antiga casa, Do tamanho dos móveis e onde estavam localizados. Lembro-me de meus brinquedos E no canto do quintal onde brincava.
  • 2. Sei que a minha casa está demolida, tento me conformar, Porém a saudade é inquebrável, e não senti-la é impossível. Rasguei todas as fotos por motivo que ainda desconheço, Pois vivendo uma dor passada no presente, será vivê-la no futuro eternamente. Não me importa se as fotografias estão rasgadas. As imagens estão bem claras, vagando em alguma dimensão do meu cérebro. Não me importa se a casa foi demolida, O menino continua lá no seu recanto como brinquedo semirreal. LARISSA DIAS E REBECCA SILVA, TURMA 900 LEMBRANÇAS Lembro-me do banco de madeira, Das lembranças boas de quando eu estava lá. Lembro-me do meu primeiro beijo Com a sobrinha da minha vizinha. Foi numa festa de Natal em minha casa. Conversamos e brincamos à noite toda Até que nos sentamos no banco e ficamos nos olhando Sem sair nenhuma palavra, com respiração ofegante.
  • 3. De tanto brincar, até que ela me perguntou se eu queria beijá-la. E eu perguntei por quê? Para sentir como é beijar alguém. Éramos inocentes e não tínhamos experiência, mas foi especial. Depois desta festa, voltei tarde para casa. Aquele degrau que pulei era o quinto que rangia. Deitei em minha cama E até hoje recordo como se fosse ontem. ALEX E MADSSON, TURMA 900 SAUDADES DO MEU PASSADO Memórias da casa onde nasci e vivi. Entre papéis inúteis em minha gaveta, Encontrei trinta fotografias guardadas Que nem mais me lembrava.
  • 4. Minha mãe não dormia até o último filho chegar. Tantos colóquios amorosos, geralmente inocentes, no quintal. A acácia floria todos os anos, lindas flores do outro lado do muro Me fazia ler Sonetos de Raul de Leoni. Na sala de jantar, a grande mesa antiga rodeada por seis cadeiras. Ao lado da janela, as sobressalentes, Que os primos recorriam diretamente. Rasguei as fotografias para não sofrer por um passado. As fotografias rasgadas, atirei tudo pela janela Como se a rua parada Parasse meu mundo com ela. KATRINE E LUCAS ROSADO, TURMA 900
  • 5. MEMÓRIAS NÃO FICAM EM FOTOGRAFIA Estava recordando a minha antiga casa. Ela me lembrava das coisas da vida passada. Peguei as fotografias, eram todas muito lindas. Lembrei-me de coisas que você nem imagina. A casa era muito bonita, Pena que ela foi destruída. Era muito bom quando ficava no quintal, Tudo era muito sensacional. Eu tinha várias fotografias da minha casa, Mas a memória fica no coração E as fotografias se vão. De que vale sofrer Por um lugar onde foi a casa? Porque a vida continua e pode ser admirada. HIGOR E MACIEL CURVELLO, TURMA 900
  • 6. FOTOGRAFIAS ESQUECIDAS Fotografias perdidas e esquecidas, Lembrança de vários anos da minha vida. Fotografias que tirei Logo antes de minha saída. Lembrei-me da minha mãe Quando ela esperava a mim e meus irmãos. Ela só iria dormir Quando o último dos filhos chegasse. Várias fotografias Do jardim, da escada, da mesa de jantar, Do escritório do papai e duas da cozinha. Até fotos de cada quarto ali havia. Lembranças do quintal. Cada foto uma saudade Que com grande tristeza Meu coração invade. Mas do que adianta as fotografias Se a casa foi destruída? E com elas se vão minhas lembranças de uma casa Onde um garoto feliz ali vivia.
  • 7. ADALBERTO ROCHA E JOÃOPEDRO, TURMA 900 A CASA DOS MEUS SONHOS Ah! Assim foi a casa dos meus sonhos! Bem clichê. Feito contos de fadas. Com rosas vermelhas por todo o jardim, Com vista de frente para o mar, Com um cachorro a me acompanhar Me sentia livre num lugar só meu. Pela manhã ouvia os pássaros cantar Via o sol raiar Com sua beleza natural. Mas me faltava algo para um final feliz. Um príncipe encantado, Quem sabe Então meu conto seria perfeito? Eu nem sempre vivi em mil maravilhas, Mas tentei amenizar cada ferida Que a vida me trouxe Em cada despertar de um novo dia. E penso comigo mesma De que vale sofrer por um passado
  • 8. Que fez parte das minhas feridas? ELLEM E ANDRÉIA, TURMA 900 RECORDAÇÕES Oh, como eu sinto saudade Da minha antiga casa Onde nela me acalmava E me fazia pensar na vida! São tantas memórias vividas, Tantas emoções sentidas, Uma infância inesquecível e querida. No jardim, as flores, A escada que rangia. Foi profundamente momentâneo Recordar em fotografias Que felizmente restaram Com belas recordações do passado. STEPHANNY RODRIGUES E STEFFANNY SANTANA, TURMA 900
  • 9. SAUDADES Trinta fotografias tiradas e esquecidas Jogadas numa gaveta inútil. Antes de sair, delas me lembrei. Sabe lá Deus por que as guardei. Durante anos esquecidas no meio de papéis inúteis Como se precisasse dessas fotos guardadas, Pois não saem da minha memória Aquilo que a mim é útil. Fotos do canto do jardim, o banco de madeira, A antiga mesa da sala de jantar. Ah, que saudade da minha casa! Rasgo as fotografias. Do que vale sofrer por um passado destruído? Já que as fotografias são momentos eternamente vividos. BEATRIZ E RAYANNA, TURMA 900
  • 10. LEMBRANÇA Rasguei aquelas fotografias, Pois não adiantava mais olhá-las. As verdadeiras lembranças ficam no coração. O tempo que não volta mais. Eu era feliz e não sabia. Como não ter responsabilidade era bom! Eu só brincava e estudava no quarto Daquela imensa casa. Quando meus primos vinham pra cá Era só “Deus na causa”, Pois uma grande bagunça se formava. O tempo não volta mais. Agora estou velho, infeliz, mas responsável. Eu era feliz e, hoje, nada mais. NATÁLIA E FÁBIO DA SILVA, TURMA 900
  • 11. LEMBRANÇAS PASSADAS Passado lembrado em memória E fotografias. Lembro-me das flores, do belo quintal E da bela casa onde fui criado. Na mudança, olho para a gaveta. Deparo-me com fotografias do passado Fazendo com que minha memória Se lembrasse com mais clareza dos belos momentos. Não só momentos, mas sim coisas, Lugares e como era a casa e o quintal Que hoje é um apartamento de cinco andares. Demoliram, sim, a casa, mas não minhas memórias. LUÍS HENRIQUE E FABRÍCIO, TURMA 900
  • 12. SAUDADE Há uma saudade em meu peito E ao ver as fotografias desperta meu anseio. Lembranças tenho da minha infância, Mas não queria relembrá-las. Nada posso fazer, pois não tinha conhecimento Do que iria acontecer ao encontrá-las. Apesar das minhas más lembranças, Tenho boas esperanças. De nada valia o meu silêncio, Pois um dia minha mãe perdia o seu sono À espera da minha chegada. Hoje rasgo essas fotografias Que vieram de uma gaveta cheia de inutilidades. Porém da minha mente não poderei tirá-las, Porque em uma casa que foi demolida Passei os primeiros vinte e quatro anos da minha vida. ANNA BEATRIZ, REBECA ANDRADE E THAMIRES, TURMA 900
  • 13. FOTOGRAFIAS DA INFÂNCIA Fotografia foi o que restou Daquela casa que tanto me aconchegou. Na memória, as lembranças Das brincadeiras no quintal quando era criança. Do quinto degrau da escada, vinha um barulho estranho Que durante à noite despertava a mamãe de seu sono. Já no jardim, lindas flores Que durante a primavera enfeitava a casa com suas cores. Guardar tudo na memória é um desafio Por me lembrar de tantas coisas E tanto momentos vividos Naquela casa de jardim florido. Quando me deparo com antigas fotografias Penso se vale mesmo apenas Sofrer por causa da lembrança do passado Por não poder voltar ao tempo. Se a vida me permitisse, Voltaria a ser criança. Mas como não é possível, Fica apenas na lembrança. MARIANA E SIBELLY, TURMA 900