O documento discute as espécies e raças de abelhas, incluindo as introduzidas no Brasil. Ele descreve as características das principais raças, como a italiana, alemã, russa e carnica. O documento também explica o ciclo de vida das abelhas operárias, rainhas e zangões, além de mencionar a descoberta crucial do "espaço abelha" por Langstroth em 1851.
3. Abelhas
Vivem em sociedade - colmeia
• Vivem sobre a terra a 42 milhões de anos;
• Podem ser divididas em sociais (minoria) , solitárias ou parasitas;
• Sumérios na Mesopotâmia usavam o mel desde 5000 a.C.;
• Várias citações na Bíblia em Salmos (Salmo 19:9-10), (salmo
119:103) e Provérbios (Provérbios 16:24) e em sua poesia de Cântico
dos Cânticos, Salomão (Cantares 5:1)
• Espaço-abelha é uma descoberta muito importante (Langstroth, 1851.
As abelhas vedam, com própolis, as frestas <4,8mm e constroem
favos nos espaços >9,5mm.
4. Espaço Abelha
Reverendo Lorenzo Lorraine Langstroth
Em 1851, o Reverendo Lorenzo Lorraine Langstroth verificou que:
- as abelhas depositavam própolis em qualquer espaço inferior a 4,7 mm
- e construíam favos em espaços superiores a 9,5 mm.
Langstroth estabeleceu 4,7mm < espaço abelha < 9,5mm,
É o menor espaço livre existente no interior da colmeia e por onde podem passar
duas abelhas ao mesmo tempo.
Essa descoberta, "simples", foi uma das chaves para o desenvolvimento da apicultura
7. CICLO EVOLUTIVO
Abelhas Rainha Operária Zangão
3 dias na fase de ovo 3 dias na fase de ovo 3 dias na fase de ovo
5 dias na fase de larva 6 dias na fase de larva 7 na fase de larva
8 dias na fase de pupa 12 dias na de pupa 14 dias na fase de pupa
Emerge de uma realeira Emerge aos 21 dias e Emerge de alvéolos
aos 16 dias e tem vida útil morre aos 42 dias, sobressalentes nos favos
de até 5 anos aproximadamente em 24 dias.
A rainha é fecundada pelos Os ovos colocados nas células Somente após doze dias de
zangões nos voos nupciais que menores são fecundados, idade ele atinge a maturidade
duram cerca de três dias, até originando as abelhas fêmeas. sexual.
que a espermateca esteja cheia. Quando a rainha deposita os
Os espermatozoides, cerca de ovos numa célula maior, eles
10 milhões, permanecem não são fecundados pelos
guardados na espermateca, uma espermatozoides, dando origem
bolsa esférica de 1 milímetro a machos.
cúbico e serão usados pela vida
inteira da rainha. Fonte: www.colmeias.org.br
8. Ciclo evolutivo das abelhas
TEMPO OPERARIA RAINHA ZANGÃO
1º ao 3º dia Ovo Ovo Óvulo
3º Eclosão do ovo Eclosão do ovo Eclosão do ovo
3º ao 8º dia Larva Larva Larva
8º Larva Célula operculada Larva
A célula é operculada; a larva A célula é operculada: a larva tece o
8º ao 9º dia A larva tece o casulo
tece o casulo casulo
10º ao 10º 1/2 dia Pré-pupa Pré-pupa Tece o casulo
11º dia Pré-pupa Pupa Pré-pupa
12º dia Pupa Pupa Pré-pupa
16º dia Pupa Inseto Adulto Pupa
21º dia Inseto Adulto - -
24º dia - - Inseto Adulto
1º ao 3º dia Incubação e limpeza Rainha Jovem Vive só para colméia
4º dia Começa a alimentar as larvas Rainha Jovem Vôos para fora
5º dia Alimenta as larvas Vôo nupcial Procura rainha para fecundar
Alimenta as larvas jovens,
5º ao 6º dia produz geleia real faz os A rainha é alimentada Procura rainha para fecundar
primeiros voos para fora
Produz geleia real, produz
8º ao 12º dia cera, faz os 1ºs voos de A rainha começa engordar Se acasalar, morre
reconhecimento
13º ao 19º dia Trabalhos de campeira Incia a postura Se acasalar, morre
21º ao 30º dia Campeira Põe ovos Se acasalar, morre
31º dia Campeira Põe ovos Morre
31º ao 45º dia Coleta pólen e néctar Põe ovos -
55º dia Morre Põe ovos -
Pode voar com todas as
abelhas mais velhas, no
720º - 1450 - -
processo de enxameação.
9. Raças introduzidas no Brasil
Apis mellifera mellifera Linnaeus (1758), (abelha real, alemã, comum ou negra)
Apis mellifera ligustica Spinola (1806),, (abelha italiana)
Apis mellifera caucásica Gorbachev (1916), (abelha da Rússia)
Apis mellifera cárnica Pollmann (1879)(abelha carnica)
Apis mellifera scutellata Lepeletier (1836), (abelha africana)
Raça criada no Brasil - cruzamento
ABELHA AFRICANIZADA
Em 1956, o Dr. Warwick Estevan Kerr trouxe da África e introduziu em Piracicaba, 51 rainhas de Apis
mellifera adansoni e Apis mellifera capensis. Para Rio Claro, foram transferidas 27 matrizes de rainhas
africanas das quais 26 enxamearam, fugindo ao controle dos técnicos. A partir daí as abelhas africanas
foram se cruzando com as européias já existentes e se espalharam rapidamente pelo Brasil e América do
Sul, estando já na América Central, e América do Norte.
10. Apis mellifera mellifera
(abelha real, alemã, comum ou negra)
Originárias do Norte da Europa e Centro-oeste da Rússia;
Abelhas grandes e escuras com poucas listras amarelas;
Possuem língua curta (5,7 a 6,4 mm);
Nervosas e irritadas, tornam-se agressivas com facilidade caso o manejo seja
inadequado.
Produtivas e prolíferas, adaptam-se com facilidade a diferentes ambientes.
Propolisam com abundância, principalmente em regiões úmidas.
12. Apis mellifera ligustica
(abelha italiana)
Originárias da Itália;
Essas abelhas têm coloração amarela intensa;
produtivas e muito mansas, são as abelhas mais populares;
Apesar de serem menores que as A. m. mellifera, têm a língua mais
comprida (6,3 a 6,6 mm);
Possuem sentido de orientação fraco;
Constroem favos rapidamente;
14. Apis mellifera caucasica
(abelha da Rússia)
Originárias do Vale do Cáucaso, na Rússia.
Possuem coloração cinza-escura, com um aspecto azulado, pelos curtos e
língua comprida (pode chegar a 7 mm).
Considerada a raça mais mansa e bastante produtiva.
Enxameiam com facilidade e usam muita própolis.
Sensíveis à Nosema apis.
16. Apis mellifera carnica
(Abelha carnica) (abelha carnica)
• Originárias do Sudeste dos Alpes da Áustria, Nordeste da Iugoslávia e
Vale do Danúbio.
• Assemelham-se muito com a abelha negra, tendo o abdome cinza ou
marrom.
• Pouco propolisadoras, mansas, tolerantes a doenças e bastante
produtivas.
• Coletam "honeydew" em abundância.São facilmente adaptadas a
diferentes climas e possuem uma tendência maior a enxamearem.
18. Apis mellifera scutellata
(abelha africana)
• Originárias do Leste da África, são mais produtivas e muito mais agressivas.
• São menores e constroem alvéolos de operárias menores que as abelhas
europeias.
• Possuem visão mais aguçada, resposta mais rápida e eficaz ao feromônio de
alarme.
• Ao contrário das europeias que armazenam muito alimento;
• Migram facilmente
• Essas características têm uma variabilidade genética muito grande e são
influenciadas por fatores ambientais internos e externos.
20. Apis mellifera scutellata
Abelha Africanizada
A abelha africanizada, no Brasil, é um híbrido das abelhas européias
(Apis mellifera mellifera, Apis mellifera ligustica,
Apis mellifera caucasica e Apis mellifera carnica)
+
com a abelha africana Apis mellifera scutellata.
22. Apis mellifera adami Creta
Apis mellifera andansonii Costa Oeste da África
Apis mellifera anatolica Turquia até Oeste do Irã
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
Apis mellifera armenica
Apis mellifera capennsis
Armênia
Sul da África do Sul
Apis mellifera cecropia Sul da Grécia
Apis mellifera cypria Mediterrâneo central e Sudoeste da Europa
Outras Apis mellifera intermissa
Apis mellifera jemenetica
Líbia até Marrocos
Somália, Uganda, Sudão
Apis mellifera lamarckii Egito, Sudão e Vale do Nilo
raças
•http://www.ufv.br/dbg/bee/bem-vindo.htm
Apis mellifera litórea
Apis mellifera macedonica
Costa Leste da África
Norte da Grécia
•http://www.webbee.org.br/beetaxon/
de Apis mellifera major
Apis mellifera meda
Marrocos
•http://arleycosta.wordpress.com/2011/05/10/ii-curso-de-sistematica-e-identificacao-de-abelhas-neotropicais/
Turquia até Oeste do Irã
•http://www.culturaapicola.com.ar/apuntes/libros/715_Silveira_Melo_Almeida.pdf
Apis mellifera nubica África
Apis
•http://www.saudeanimal.com.br/abelha1.htm
Apis mellifera remipes
Apis mellifera sahariensis
Região caucasiana
Argélia
• http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Mel/SPMel/racas.htm
Apis mellifera siciliana Sicília - Itália
•http://dani-teiadavida.blogspot.com.br/2011/11/desvendando-o-mundo-das-abelhas.html
Apis mellifera syriaca Palestina e Síria
•http://zootecniae10.blogspot.com.br/2012_04_01_archive.html
Apis mellifera unicolor Madagascar
•http://www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/infantil/abelhas.htm
Apis mellifera yementica Yemen e Oman
• http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/abelhas/abelha-3.php Costa Leste da África
Apis mellifera litorea
Apis mellifera monticola Tanzânia, em altitude entre 1500 e 3100 m
24. Panorama da Produção Nacional
Estado Produção Colocação
Mato Grosso 493,879 13
Mato Grosso do Sul 646,222 12
Goiás 322,01 16
Distrito Federal 36,084 24
Rondônia 160,6 19
Acre 5,06 27
Amazonas 19,04 25
Roraima 132,53 23
Pará 397,423 14
Amapá 7,753 26
Tocantins 134,864 22
Maranhão 780,514 11 Produção média de
Piauí 4.143,80 3
Ceará 4.072,70 4 15Kg/colmeia. ano
Rio Grande do Norte 1.065,46 10
Paraíba 222,224 18 –
Pernambuco 1.382,10 9
Alagoas 155,075 20
Sergipe 135,613 21
Bahia 2.194,68 7
Minas Gerais 2.862,05 6
Espírito Santo 330,929 15
Rio de Janeiro 314,627 17
São Paulo 2.016,90 8
Paraná 4.634,98 2
Santa Catarina 3.706,46 5
Rio Grande do Sul 7.418,33 1
25. Panorama da Produção Nacional
Estado Produção Colocação
Mato Grosso 493,879 13
Mato Grosso do Sul 646,222 12
Goiás 322,01 16
Distrito Federal 36,084 24
Rondônia 160,6 19
Acre 5,06 27
Amazonas 19,04 25 Produção média de 15Kg/colmeia. ano
Roraima
Pará
132,53
397,423
23
14
–
Amapá 7,753 26
Tocantins 134,864 22
Se passarmos a
Maranhão
Piauí
780,514
4.143,80
11
3
30Kg/colmeia.ano –
Ceará 4.072,70 4
Rio Grande do Norte 1.065,46 10
teremos
Paraíba 222,224 18
Pernambuco 1.382,10 9
1 milhão de toneladas
Alagoas 155,075 20
Sergipe 135,613 21
Bahia
Minas Gerais
2.194,68
2.862,05
7
6
É possível – em 2 anos
Espírito Santo 330,929 15
Rio de Janeiro 314,627 17
São Paulo 2.016,90 8
Paraná 4.634,98 2
Santa Catarina 3.706,46 5
Rio Grande do Sul 7.418,33 1
26. Panorama da Produção Nacional
Tocantins ; 134,864 Maranhão ; 780,514 Rio Grande do Norte ; 1.065,46
Pará ; Piauí ; 4.143,80 Ceará ; 4.072,70
Amapá ; 7,753
397,423
Paraíba ; 222,224
Roraima ; 132,53
Amazonas ; 19,04 Pernambuco ; 1.382,10
Acre ; 5,06
Alagoas ; 155,075
Rondônia ; 160,6
Mato Grosso do Sul ; 646,222 Sergipe ; 135,613
Distrito Federal ;
Mato Grosso ; 493,879
36,084
Bahia ; 2.194,68
Goiás ; 322,01
Minas Gerais ; 2.862,05
Rio Grande do Sul ; 7.418,33
São Paulo ; 2.016,90
Espírito Santo ; 330,929
Santa Catarina ; 3.706,46 Rio de Janeiro ; 314,627
Paraná ; 4.634,98
29. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
• JENSEN, A. B., PALMER, K. A., BOOMSMA, J. J. and PEDERSEN, B. V. (2005), Varying degrees of
Apis mellifera ligustica introgression in protected populations of the black honeybee, Apis mellifera
mellifera, in northwest Europe. Molecular Ecology, 14: 93–106. doi: 10.1111/j.1365-294X.2004.02399.x
• SILVEIRA, F. A., MELO, G.A.R. E ALMEIDA, E.A.B. Abelhas brasileiras: sistemática e identificação.
Belo Horizonte : Fernando A. Silveira, 2002. 253 p.
Gramacho e Gonçalves (1997)
MDIC / SECEX Elaboração: UAGRO / SEBRAE – NA - www.sebrae.com.br/setor/apicultura/sobre-
apicultura/ exportacoes/grafico_junho_2012.xlsx