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CINESIOLOGIA E BIOMECÂNICA DA
CINTURA ESCAPULAR E DO OMBRO
CINESIOLOGIA – PROF. JOÃO LUIZ PANDOLPHI
CINTURA ESCAPULAR E COMPLEXO DO OMBRO
Região de maior mobilidade;
Funcionalidade;
4 articulações (EC/AC/ET/GU)
A dor no ombro é a segunda causa de queixa de dor no aparelho
locomotor;
A compressão do manguito rotador e das bursas adjacentes pelos
elementos contidos neste espaço é a causa mais comum de dor
no ombro (Síndrome do Impacto).
CINTURA ESCAPULAR
A cintura escapular é formada por dois
pares ósseos, que são: clavícula e
escápula. Esta cintura apresenta uma
maior condição de livre movimentação
para os membros superiores, fazendo
com que os movimentos sejam mais
eficientes e cadenciados, graças a um
conjunto de articulações e segmentos.
CINTURA ESCAPULAR
A cintura escapular é considerada um anel incompleto, o que
permite movimentos independentes para membros superiores
direito e esquerdo, o mesmo não ocorre para os membros
inferiores.
Os membros superiores estão mais capacitados a realizarem
habilidades de manipulação, destreza e coordenação motora
fina.
CINTURA ESCAPULAR
A cintura escapular deve ser inicialmente compreendida a partir
das articulações esternoclavicular e da acromioclavicular.
ARTICULAÇÃO ESTERNO CLAVICULAR
O ponto de união da cintura
escapular e do membro superior
com o restante do esqueleto ocorre
na articulação esternoclavicular
(manúbrio), e é classificada como
articulação sinovial deslizante, com
um disco fibrocartilaginoso, sendo
suportada pelos ligamentos
interclavicular, esternoclavicular e
costoclavicular (o mais importante).
MOVIMENTOS DA CLAVÍCULA NA
ARTICULAÇÃO ESTERNO CLAVICULAR
Movimento para cima e para baixo (elevação e depressão).
Movimento para frente e para trás (protação e retração).
A clavícula roda aproximadamente 50 graus em torno do seu eixo
longo (rotação anterior e posterior). Os movimentos da cintura
escapular são caracterizados a partir dos movimentos da escapula
ARTICULAÇÃO ACRÔMIO-CLAVICULAR
A articulação acrômio clavicular é
classificada como articulação
sinovial deslizante pequena e
possui disco fibro-cartilaginoso. A
articulação acrômio-clavicular fica
sobre o topo da cabeça do úmero
e pode restringir os movimentos
do braço. A articulação acrômio-
clavicular é reforçada por uma
capsula densa e tensão ligamentar,
em especial do ligamento córaco-
clavicular.
MOVIMENTOS DA ESCAPULA NA
ARTICULAÇÃO ACRÔMIO-CLAVICULAR
Movimento para frente e para trás a partir do eixo longitudinal: protação ou
abdução; e retração ou adução. Ocorre no plano transverso.
Protação: afastamento da borda medial da escapula da linha média do corpo.
Retração: aproximação da borda medial da escapula da linha média do corpo.
Movimento alar: ocorre no plano frontal. Eixo ântero/posterior. Referência:
ângulo inferior da escapula.
Rotação superior: ângulo inferior da escapula gira para fora ou lateralmente.
Rotação inferior: ângulo inferior da escapula gira para dentro ou medialmente.
Movimento da escapula para cima e para baixo: são movimentos de depressão
ou elevação. Não existe eixo de movimento, ocorre no plano frontal
(movimento de translação).
ARTICULAÇÃO ESCAPULO-TORÁCICA
A articulação escapulotorácica é uma articulação fisiológica
(funcional), a escápula apoia-se sobre dois músculos: o serrátil
anterior e o subescapular.
Fornece uma base móvel para o úmero aumentando a amplitude de
movimento do braço.
Dos 180° conseguidos para os movimentos de elevação da
articulação do ombro (flexão e abdução do ombro), 120° pertencem
a articulação do ombro e 60° a articulação escapulotorácica.
ARTICULAÇÃO GLENO-UMERAL
É uma articulação de cabeça e
cavidade, sendo considerada a
articulação de maior amplitude do
corpo humano. Sua constituição
estrutural faz com que esta
articulação seja diartrose, sinovial e
triaxial.
Cápsula frouxa e suporte ligamentos
limitados.
ARTICULAÇÃO GLENO-UMERAL
A cavidade glenóide envolve somente
25% da cabeça umeral, sendo a
participação de uma estrutura
fibrocartilaginosa, chamada lábio
glenóide, responsável por aumentar
em 75% a área de contato na cabeça
do úmero. Juntamente com o lábio
glenóide, os tendões do manguito
rotador (infra e supra espinhal,
subescapular e redondo menor)
auxiliam na fixação da cabeça do
úmero à cavidade.
MOVIMENTOS DA ARTICULAÇÃO GLENO-UMERAL
Plano sagital / eixo latero-lateral:
flexão (180°), extensão (180°) e hiperextensão (60°).
Plano frontal / eixo antero posterior:
Abdução (180°) e adução (180°)
Plano transverso /eixo longitudinal:
Rotação interna (90°) e rotação externa (90°)
Adução horizontal (135°) / abdução – horizontal (45°)
RITMO ESCAPULO-UMERAL
Movimento sincronizado entre as
articulações gleno-umeral e escapulo-
torácica, no qual a escapula gira
superiormente durante a elevação
(abdução ou flexão) do braço a partir de
30° de abd e 45 de flexão. Basicamente
o ritmo e que o ajuste ocorre é de 2:1.
À medida que o braço abduz acima de 90°, o tubérculo maior na
do úmero aproxima-se do arco córaco-acromial, a compressão
dos tecidos moles começam a limitar uma abdução adicional e a
tuberosidade faz contato com o acrômio.
Se o braço é girado externamente, podem ocorrer 30° de
abdução quando o tubérculo maior é movido para fora do arco.
A abdução é limitada ainda mais e pode ocorrer 30° / 60° com
rotação interna do ombro, já que o tubérculo maior é mantido
sob o arco.
AÇÕES MUSCULARES
NO COMPLEXO DO OMBRO
CINTURA ESCAPULAR AO TRONCO;
CINTURA ESCÁPULAR AO ÚMERO;
TRONCO AO ÚMERO.
AÇÕES MUSCULARES
NO COMPLEXO DO OMBRO
CINTURA ESCAPULAR
AO TRONCO;
Serrátil anterior;
Trapézio;
Rombóides;
Peitoral menor;
Elevador da escápula;
TRONCO AO ÚMERO.
Grande dorsal;
Peitoral maior;
CINTURA ESCÁPULAR
AO ÚMERO;
Deltóide;
Supra-espinhoso;
Infra-espinhoso;
redondo menor;
Subescapular;
Redondo maior;
Córaco braquial;
Bíceps e tríceps*
AÇÕES MUSCULARES
NO COMPLEXO DO OMBRO
Os músculos que contribuem para os movimentos de abdução e
flexão da articulação do ombro são similares. O deltóide gera
cerca de metade da força muscular para elevação do braço.
O movimento de flexão solicita, prioritariamente, o deltóide
anterior. Já a abdução da articulação do ombro, solicita o
deltóide médio, sendo este mais ativo em 90° e 180°
Acima de 90° de elevação da articulação do ombro a força da
bainha rotatória diminui, deixando a articulação do ombro mais
vulnerável a lesões.
AÇÕES MUSCULARES
NO COMPLEXO DO OMBRO
As ações articulares mais fracas da articulação do ombro são os
movimentos de rotação, sendo a rotação externa mais fraca que
a rotação interna.
Os músculos que agem na articulação do ombro e cintura
escapular geralmente trabalham combinados, fazendo com que
seja difícil isolar um músculo específico em um exercício.
Os micro-traumas são mais comuns como causa das lesões do
complexo do ombro, em especial, na chamada área de
compressão.
Dois tipos de lesões aparecem com frequência:
tendinite do supra-espinhoso;
bursite sub-acromial;
Porém, antes da instalação das lesões, surgem indícios subjetivos
como desconforto articular e dor por compressão na região.

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  • 1. CINESIOLOGIA E BIOMECÂNICA DA CINTURA ESCAPULAR E DO OMBRO CINESIOLOGIA – PROF. JOÃO LUIZ PANDOLPHI
  • 2. CINTURA ESCAPULAR E COMPLEXO DO OMBRO Região de maior mobilidade; Funcionalidade; 4 articulações (EC/AC/ET/GU) A dor no ombro é a segunda causa de queixa de dor no aparelho locomotor; A compressão do manguito rotador e das bursas adjacentes pelos elementos contidos neste espaço é a causa mais comum de dor no ombro (Síndrome do Impacto).
  • 3. CINTURA ESCAPULAR A cintura escapular é formada por dois pares ósseos, que são: clavícula e escápula. Esta cintura apresenta uma maior condição de livre movimentação para os membros superiores, fazendo com que os movimentos sejam mais eficientes e cadenciados, graças a um conjunto de articulações e segmentos.
  • 4. CINTURA ESCAPULAR A cintura escapular é considerada um anel incompleto, o que permite movimentos independentes para membros superiores direito e esquerdo, o mesmo não ocorre para os membros inferiores.
  • 5. Os membros superiores estão mais capacitados a realizarem habilidades de manipulação, destreza e coordenação motora fina.
  • 6. CINTURA ESCAPULAR A cintura escapular deve ser inicialmente compreendida a partir das articulações esternoclavicular e da acromioclavicular.
  • 7. ARTICULAÇÃO ESTERNO CLAVICULAR O ponto de união da cintura escapular e do membro superior com o restante do esqueleto ocorre na articulação esternoclavicular (manúbrio), e é classificada como articulação sinovial deslizante, com um disco fibrocartilaginoso, sendo suportada pelos ligamentos interclavicular, esternoclavicular e costoclavicular (o mais importante).
  • 8. MOVIMENTOS DA CLAVÍCULA NA ARTICULAÇÃO ESTERNO CLAVICULAR Movimento para cima e para baixo (elevação e depressão). Movimento para frente e para trás (protação e retração). A clavícula roda aproximadamente 50 graus em torno do seu eixo longo (rotação anterior e posterior). Os movimentos da cintura escapular são caracterizados a partir dos movimentos da escapula
  • 9. ARTICULAÇÃO ACRÔMIO-CLAVICULAR A articulação acrômio clavicular é classificada como articulação sinovial deslizante pequena e possui disco fibro-cartilaginoso. A articulação acrômio-clavicular fica sobre o topo da cabeça do úmero e pode restringir os movimentos do braço. A articulação acrômio- clavicular é reforçada por uma capsula densa e tensão ligamentar, em especial do ligamento córaco- clavicular.
  • 10. MOVIMENTOS DA ESCAPULA NA ARTICULAÇÃO ACRÔMIO-CLAVICULAR Movimento para frente e para trás a partir do eixo longitudinal: protação ou abdução; e retração ou adução. Ocorre no plano transverso. Protação: afastamento da borda medial da escapula da linha média do corpo. Retração: aproximação da borda medial da escapula da linha média do corpo. Movimento alar: ocorre no plano frontal. Eixo ântero/posterior. Referência: ângulo inferior da escapula. Rotação superior: ângulo inferior da escapula gira para fora ou lateralmente. Rotação inferior: ângulo inferior da escapula gira para dentro ou medialmente. Movimento da escapula para cima e para baixo: são movimentos de depressão ou elevação. Não existe eixo de movimento, ocorre no plano frontal (movimento de translação).
  • 11. ARTICULAÇÃO ESCAPULO-TORÁCICA A articulação escapulotorácica é uma articulação fisiológica (funcional), a escápula apoia-se sobre dois músculos: o serrátil anterior e o subescapular. Fornece uma base móvel para o úmero aumentando a amplitude de movimento do braço. Dos 180° conseguidos para os movimentos de elevação da articulação do ombro (flexão e abdução do ombro), 120° pertencem a articulação do ombro e 60° a articulação escapulotorácica.
  • 12.
  • 13.
  • 14. ARTICULAÇÃO GLENO-UMERAL É uma articulação de cabeça e cavidade, sendo considerada a articulação de maior amplitude do corpo humano. Sua constituição estrutural faz com que esta articulação seja diartrose, sinovial e triaxial. Cápsula frouxa e suporte ligamentos limitados.
  • 15. ARTICULAÇÃO GLENO-UMERAL A cavidade glenóide envolve somente 25% da cabeça umeral, sendo a participação de uma estrutura fibrocartilaginosa, chamada lábio glenóide, responsável por aumentar em 75% a área de contato na cabeça do úmero. Juntamente com o lábio glenóide, os tendões do manguito rotador (infra e supra espinhal, subescapular e redondo menor) auxiliam na fixação da cabeça do úmero à cavidade.
  • 16.
  • 17. MOVIMENTOS DA ARTICULAÇÃO GLENO-UMERAL Plano sagital / eixo latero-lateral: flexão (180°), extensão (180°) e hiperextensão (60°). Plano frontal / eixo antero posterior: Abdução (180°) e adução (180°) Plano transverso /eixo longitudinal: Rotação interna (90°) e rotação externa (90°) Adução horizontal (135°) / abdução – horizontal (45°)
  • 18.
  • 19. RITMO ESCAPULO-UMERAL Movimento sincronizado entre as articulações gleno-umeral e escapulo- torácica, no qual a escapula gira superiormente durante a elevação (abdução ou flexão) do braço a partir de 30° de abd e 45 de flexão. Basicamente o ritmo e que o ajuste ocorre é de 2:1.
  • 20. À medida que o braço abduz acima de 90°, o tubérculo maior na do úmero aproxima-se do arco córaco-acromial, a compressão dos tecidos moles começam a limitar uma abdução adicional e a tuberosidade faz contato com o acrômio. Se o braço é girado externamente, podem ocorrer 30° de abdução quando o tubérculo maior é movido para fora do arco. A abdução é limitada ainda mais e pode ocorrer 30° / 60° com rotação interna do ombro, já que o tubérculo maior é mantido sob o arco.
  • 21.
  • 22. AÇÕES MUSCULARES NO COMPLEXO DO OMBRO CINTURA ESCAPULAR AO TRONCO; CINTURA ESCÁPULAR AO ÚMERO; TRONCO AO ÚMERO.
  • 23. AÇÕES MUSCULARES NO COMPLEXO DO OMBRO CINTURA ESCAPULAR AO TRONCO; Serrátil anterior; Trapézio; Rombóides; Peitoral menor; Elevador da escápula; TRONCO AO ÚMERO. Grande dorsal; Peitoral maior; CINTURA ESCÁPULAR AO ÚMERO; Deltóide; Supra-espinhoso; Infra-espinhoso; redondo menor; Subescapular; Redondo maior; Córaco braquial; Bíceps e tríceps*
  • 24.
  • 25.
  • 26. AÇÕES MUSCULARES NO COMPLEXO DO OMBRO Os músculos que contribuem para os movimentos de abdução e flexão da articulação do ombro são similares. O deltóide gera cerca de metade da força muscular para elevação do braço. O movimento de flexão solicita, prioritariamente, o deltóide anterior. Já a abdução da articulação do ombro, solicita o deltóide médio, sendo este mais ativo em 90° e 180° Acima de 90° de elevação da articulação do ombro a força da bainha rotatória diminui, deixando a articulação do ombro mais vulnerável a lesões.
  • 27. AÇÕES MUSCULARES NO COMPLEXO DO OMBRO As ações articulares mais fracas da articulação do ombro são os movimentos de rotação, sendo a rotação externa mais fraca que a rotação interna. Os músculos que agem na articulação do ombro e cintura escapular geralmente trabalham combinados, fazendo com que seja difícil isolar um músculo específico em um exercício.
  • 28. Os micro-traumas são mais comuns como causa das lesões do complexo do ombro, em especial, na chamada área de compressão. Dois tipos de lesões aparecem com frequência: tendinite do supra-espinhoso; bursite sub-acromial; Porém, antes da instalação das lesões, surgem indícios subjetivos como desconforto articular e dor por compressão na região.