¿Cómo dfffsdddddddddddddddddddddddddddddddformular un proyecto de tesis
1.
2. ® BIBLIOTECA DIGITAL DE PEDAGOGÍA
“ESTIMADO LECTOR ESTE DOCUMENTO REPRESENTA UNA COPIA PRIVADA
QUE SÓLO PUEDE UTILIZARSE CON FINES EXCLUSIVAMENTE EDUCATIVOS”
• El servicio gratuito que brinda la Biblioteca Digital De Pedagogía; Pedagogium Didáctica, es motivo de tres
objetos de estudio que a continuación se presentan:
OBJETO PRIMARIO: Difundir el conocimiento Pedagógico a los profesionales de la educación, a las
nuevas generaciones académicas que se desempeñan en el estudio del campo Pedagógico y a
toda persona interesada en el conocimiento de la disciplina.
OBJETO SECUNDARIO: Facilitar y fomentar en las personas el hábito cultural de la lectura
proporcionando vía on-line materiales informativos y educativos como; Libros, Revistas, Manuales,
Guías y Test de relevancia para situaciones de necesidad doméstica, de formación intelectual y
de fortalecimiento profesional.
OBJETO TERCIARIO: Contribuir de manera voluntaria al apoyo solidario de personas nacionales e
internacionales que provienen o radican en regiones y sectores más desposeídos y que por
motivos de economía, de territorios geográficos, de discriminación y de Necesidades Educativas
Especiales (NEE) no tienen la posibilidad de acceder a bibliotecas públicas de carácter
gubernamental como a las privadas de carácter empresarial.
• Una vez leído el documento digital, el lector deberá borrar permanentemente el material de su
PC, Laptop, Tablet, Celular o Dispositivo USB, ya que el préstamo del ejemplar solicitado queda
absolutamente vencido después de su uso. No hacerlo inmediatamente, usted se hace responsable de los
perjuicios que tal incumplimiento genere.
• Pedagogium Didáctica, le recomienda que en caso de que usted tenga posibilidades de financiar el
material, compre la versión original en cualquiera de las librerías de su país, ya que algunos
materiales publicados en la Biblioteca son ligeramente reducidos como cumplimiento del tamaño
reglamentario que establece la Red Social, lo que resulta de manera inconveniente en algunas
partes del material digitalizado y escaneado, estas se vean borrosas o no muy claras para el lector.
Si las leyes de su país prohíben este tipo de préstamo, absténgase de seguir utilizando totalmente
los servicios gratuitos de esta Biblioteca. El proyecto Pedagogium Didáctica, no genera ningún interés
económico de forma directa como indirecta, ni de sus usuarios, ni de la red social ni tampoco de
la publicidad de la Biblioteca.
“QUEDA PROHIBIDA LA VENTA, DISTRIBUCIÓN Y COMERCIALIZACIÓN TOTAL DE ESTE
DOCUMENTO SIN PREVIA AUTORIZACIÓN”
3.
4. ¿COMO FORMULAR
UN PROYECTO DE
T
E
SIS?
Guía para estructurar una propuesta de
investigación desde el oficio de la Historia
Alicia Salmerón
Laura Suárez de la Torre
V
Hipótesis P ro y ecto de
w e s ti¿ a c i6 n
m zym m I
Crono^ram al T ítu lo
actividades ■ t e n t a t i v o
V
p r o p u e s ta .
m e to d o tó á .^
B iblio grafía.
Esquem a o
índice
te n ta tiv o
_ J 0 0 l____
r r f i r r r
Instituto
M o ra
EDITORIAL
TRILLAS é
México, Argentina, España,
Colombia, Puerto Rico, Venezuela
m
ie la I ®
6. Presentación
¿ C ó m o e la b o r a r u n a p r o p u e s ta d e in v e s tig a c ió n ? ¿ C ó m o h a c e r
f r e n te a la n e c e s i d a d d e f o r m u l a r u n p r o y e c t o p a r a r e a liz a r u n a
te s is ? M u c h o s e s t u d i a n t e s q u e e s t á n p o r f in a liz a r u n a c a r r e r a
u n iv e r s ita r ia o q u e e m p r e n d e n e s tu d i o s d e p o s g r a d o s e e n f r e n
t a n a e s te r e to . D e m a n e r a n a t u r a l, a c u d e n a l a m ig o , a l c o m
p a ñ e r o o a a l g ú n p r o f e s o r e n b u s c a d e c o n s e jo s . C a d a u n o le
o f r e c e r á r e s p u e s t a s d iv e r s a s ; a l g u n o s lo o r ie n t a r á n , o tr o s p o
d r á n c o n f u n d ir l o y d e s c o n c e r t a r lo . E l a p r e n d i z d e in v e s tig a d o r
s e p r e g u n t a r á a c e r c a d e la c o n v e n i e n c i a d e s e le c c io n a r p r im e r o
u n te m a o b i e n d e f in ir a n t e s e l p r o b le m a f u n d a m e n t a l q u e le
p r e o c u p a y q u e d a s e n ti d o a la in v e s tig a c ió n ; s e in q u i e ta r á f r e n
te a la e x i g e n c ia d e e n u n c i a r h i p ó t e s i s y o b je tiv o s , o a la d e
e s tr u c tu r a r u n ín d ic e y e la b o r a r u n c r o n o g r a m a d e a c tiv id a d e s ...
Y u n a e x p e r i e n c i a q u e d e b e r í a r e s u lt a r g o z o s a , c o m o la cié r e
f le x i o n a r e n to r n o a u n p r o b l e m a d e in v e s tig a c ió n y d e f in ir lo s
c a m in o s p a r a r e s o lv e r lo , c o m o la d e p r o y e c t a r u n tr a b a jo c o n
f u e n te s o r ig in a le s y p a r t i c i p a r e n la c r e a c ió n d e u n c o n o c i
m i e n t o n u e v o , s e t o r n a r á a n g u s ti a n te .
L o s s e m i n a r io s d e te s is q u e s e i m p a r te n e n lo s d if e r e n te s
p r o g r a m a s d o c e n t e s ti e n e n e l p r o p ó s i t o d e a p o y a r a l e s tu d i a n te
y o r ie n ta r lo p a r a a r m a r u n p r o y e c t o s u g e r e n te y , a la v e z , c o h e
r e n te y f a c tib le . T a m b ié n e x is te n s ó lid o s m a n u a le s p a r a a p o y a r
a l i n v e s t ig a d o r e n f o r m a c ió n . C o n t o d o , p o d r ía r e s u lt a r d e g r a n
a y u d a e l h e c h o d e c o n t a r c o n u n a g u ía e s c r ita , m á s b i e n b r e v e ,
7. 6 ¿COMO FORMULAR UN PROYECTO DE TESIS?
a s í c o m o t e n e r a c c e s o a e j e m p lo s d e a l g u n a s d e la s p a r te s m e
d u la r e s d e u n p r o y e c t o d e in v e s tig a c ió n . E l p r e s e n t e lib r o e s
u n a g u ía c o n ta le s c a r a c te r ís tic a s .
E sta g u ía s o b r e c ó m o f o r m u la r u n p r o y e c t o d e in v e s tig a c ió n
c o n s ti tu y e u n a r e s p u e s t a a u n a n e c e s i d a d s u r g id a , p r e c i s a m e n
te , e n s e m i n a r io s d e te s is r e a l iz a d o s e n e l I n s titu to M o ra , u n a
in s titu c ió n d e c a r á c te r u n iv e r s i ta r io a d s c r ita a l C O N A C Y T . S e
tr a ta d e s e m in a r io s d e lic e n c ia tu r a , m a e s tr ía y d o c t o r a d o e n H is
to r ia y C ie n c ia s S o c ia le s , e n lo s q u e lo s a l u m n o s e l a b o r a n s u s
p r o y e c t o s d e te s is y lo s p r o f e s o r e s d a n s e g u im ie n t o a lo s a v a n
c e s y p r e s e n t a c i ó n d e r e s u lt a d o s . L o s e s t u d i a n t e s q u e r e c i b e e l
I n s titu to p r o v i e n e n d e d if e r e n te s r e g io n e s d e l p a ís o d e l e x t r a n
je ro , y ll e g a n a s u s a u l a s c o n f o r m a c io n e s d is c ip lin a r ia s m u y
v a r ia d a s . C o n ta r c o n u n a g u ía e s c r ita p a r a e l d i s e ñ o d e u n p r o
y e c t o d e in v e s t ig a c i ó n fa c ilita la la b o r d e o r i e n t a c i ó n d e te s is ta s
c o n f o r m a c ió n a c a d é m i c a ta n d iv e r s a y le s o f r e c e m á s h e r r a
m i e n ta s d e tr a b a jo .
D e e s ta s u e r te , e l p r o p ó s i t o d e la p r e s e n t e o b r a e s e n c a m i
n a r la e l a b o r a c i ó n d e p r o y e c t o s d e in v e s t ig a c i ó n y , d e m a n e r a
m u y e s p e c ia l, la d e p r o y e c t o s d e te s is d e e s t u d i a n t e s d e li c e n
c ia tu r a y p o s g r a d o e n la s á r e a s d e H is to r ia y C ie n c ia s S o c ia le s .
L a g u ía p u e d e s e r u tiliz a d a e n s e s io n e s d e s e m in a r io , b a jo la
o r ie n t a c i ó n d e u n p r o f e s o r ; p e r o e l e s t u d i a n t e t a m b i é n p u e d e
tr a b a ja r c o n e lla d e m a n e r a a u tó n o m a . E n c u a lq u ie r c a s o , e s c o n
v e n i e n te t e n e r p r e s e n t e q u e , c o m o to d a g u ía , e s te e s u n te x to
d e c o n s u lta y q u e n o n e c e s a r i a m e n t e h a d e l e e r s e d e c o r r id o .
P u e d e n e x a m in a r s e d e e n t r a d a lo s a p a r t a d o s e x p lic a tiv o s ; lo s
n u m e r o s o s e j e m p lo s q u e s e o f r e c e n p o d r á n r e v is a r s e p o c o a
p o c o , c o n f o r m e s e a v a n c e e n la r e d a c c i ó n d e c a d a a p a r t a d o
d e l p r o y e c to . C o n to d a i n t e n c ió n , lo s e j e m p lo s s e l e c c i o n a d o s
ti e n e n d iv e r s o g r a d o d e c o m p le jid a d a fin d e p o d e r m o s tr a r o p
c i o n e s a lo s e s t u d i a n t e s s e g ú n s u n iv e l.
L as d e f in i c io n e s y n o ta s q u e a h o r a c o m p a r tim o s s o n r e s u l
t a d o d e l tr a b a jo e n s e m i n a r io s d e in v e s t ig a c i ó n y lo s e j e m p lo s
q u e in c lu im o s f u e r o n e l a b o r a d o s p o r n u e s t r o s a l u m n o s e n e l
m a r c o d e e s o s s e m i n a r i o s o d e a l g u n o s o t r o s q u e h e m o s t e n i
d o la o p o r t u n i d a d d e im p a r ti r e n o tr a s in s ti tu c i o n e s u n iv e r s i ta
8. PRESENTACION 7
ria s ; a l g u n o s m á s s o n r e s u l t a d o d e p r o y e c t o s d e in v e s t ig a c i ó n
d e s a r r o l l a d o s e n e l p r o p i o I n s titu to M o ra . E l c o n j u n t o d e lo s
e j e m p lo s p r o p u e s t o s c o r r e s p o n d e n a la d is c ip lin a d e la H is to r ia
y , d e m a n e r a m á s e s p e c íf ic a , a lo s c a m p o s d e la H is to r ia p o lí
tic a , s o c ia l, c u ltu r a l y e c o n ó m ic a , d e la s é p o c a s m o d e r n a y c o n
t e m p o r á n e a , q u e s o n e n lo s q u e s e e s p e c ia liz a e l I n s titu to . P e r o
si b i e n e s ta g u ía e s tá o r i e n t a d a a la H is to r ia , p u e d e r e s u lt a r ú til
ta m b i é n p a r a la e l a b o r a c i ó n d e p r o y e c t o s d e in v e s tig a c ió n d e
d is c ip lin a s a f in e s .
A g r a d e c e m o s a lo s e s tu d i a n te s , a l g u n o s d e e llo s a h o r a c o
le g a s n u e s tr o s , e l h a b e r n o s p e r m i t i d o r e p r o d u c i r p a r te s d e s u s
p r o y e c to s p a r a e je m p lif ic a r e s ta g u ía . T a m b ié n e s ta m o s e n d e u
d a c o n n u e s tr o s c o le g a s L illian B r is e ñ o , G ra c ie la d e G a ra y , M a ri
s a P é r e z , E r n e s t S á n c h e z S a n tiró y M a tild e S o u to p o r s u s c o n s e jo s
y a tin a d a s o b s e r v a c io n e s p a r a a f in a r e l te x to q u e a h o r a p r e s e n
ta m o s .
La s a u t o r a s
9.
10. índice de
contenido
P resentac ión 5
C a p ítu lo I. P r o y e c to d e in v e s tig a c ió n 11
C a p ítu lo II. T ítu lo te n ta tiv o 15
C a p ítu lo III. P r e s e n t a c i ó n d e l te m a , d e lim ita c ió n te m
p o r a l y e s p a c ia l 19
C a p ítu lo IV. P la n t e a m i e n to d e l p r o b le m a /j u s t if ic a c ió n
d e la in v e s tig a c ió n 31
C a p ítu lo V. E s ta d o d e la c u e s ti ó n 4 5
C a p ítu lo VI. H ip ó te s is 6 3
C a p ítu lo VIL O b je tiv o s d e la in v e s tig a c ió n 6 9
C a p ítu lo VIII. P r o p u e s t a m e to d o ló g i c a 77
C a p ítu lo IX. P r e s e n ta c ió n d e f o n d o s y f u e n te s p o r u ti
liz a r 8 9
C a p ítu lo X. E s q u e m a o ín d i c e te n ta tiv o 9 9
C a p ítu lo XI. C r o n o g r a m a d e a c tiv id a d e s 105
C a p ítu lo XII. R e f e r e n c ia s y b ib lio g r a f ía 115
Anex os 12 3
1. R e c o m e n d a c i o n e s b ib lio g r á f ic a s , 123-
2. P r o p u e s t a s d e f o r m a t o d e f ic h a s d e
tr a b a jo , 126.
3. P r o p u e s t a s d e f o r m a t o d e r e p o r t e d e
a v a n c e s d e in v e s tig a c ió n , 1 3 3 .
9
12. Capítulo I
Proyecto de
investigación
U n p r o y e c t o d e in v e s tig a c ió n e s u n a a g e n d a d e tr a b a jo p a r a
e l e s t u d i o s o d e u n te m a , y u n a g u ía p a r a e l le c to r a c e r c a d e la s
p r e t e n s i o n e s , lo s s u p u e s t o s y la s p r o m e s a s d e l a u to r .
El d i s e ñ o y la r e d a c c i ó n d e u n p r o y e c t o c o n s ti tu y e n e l p r i
m e r p a s o e n t o d a in v e s tig a c ió n . Y e n e s te p r im e r p a s o e l v e r
d a d e r o p u n t o d e p a r ti d a e s la id e n tif i c a c ió n d e u n p r o b l e m a
d e in v e s t i g a c i ó n , p u e s , c o m o s e ñ a l a M a r io B u n g e , “la i n v e s
tig a c ió n c o n s is te e n h a lla r , f o r m u l a r p r o b le m a s y lu c h a r c o n
e l l o s ” .* E l h e c h o d e id e n tif ic a r u n p r o b l e m a e s f u n d a m e n t a l
p a r a lo g r a r u n a c o m p r e n s i ó n a f o n d o d e l f e n ó m e n o o p r o c e s o
e n e s tu d i o , p a r a e v ita r q u e d a r s e e n la d e s c r ip c ió n d e s u s e l e
m e n t o s s in a c a b a r d e e n t e n d e r lo q u e é s to s s ig n if ic a n .
U n p r o y e c t o d e in v e s t ig a c i ó n ti e n e d iv e r s a s p a r te s y u n
c ie r to o r d e n e n s u in te r io r , p e r o s u e l a b o r a c i ó n e x ig e ir y v e n i r
e n t r e u n a s y o tr a s , d e ta l s u e r t e q u e - p o d r í a m o s a f i r m a r - s u s
p a r te s s e v a n e l a b o r a n d o d e m a n e r a s im u ltá n e a y s e re tr o a li-
m e n ta n e n t r e sí. A v e c e s s e c r e e te n e r d e f in id a u n a s e c c ió n , p e r o
ta n p r o n t o s e a v a n z a e n o tr a , e s n e c e s a r i o v o lv e r a tr á s y r e d e -
*E1 te x to d e M a rio B u n g e al q u e h a r e m o s r e f e r e n c ia s c o n s t a n te s e s La in ves
tig a c ió n c ie n tífic a . S u estra teg ia y su filo s o fía , p u b li c a d o o r i g in a l m e n t e e n in g lé s y
tr a d u c id o a l e s p a ñ o l p o r la e d ito r ia l A rie l e n 1 9 6 6 . O tr a s o b r a s q u e h a n s id o d e g r a n
u tilid a d p a r a e s ta g u ía s o n lo s lib r o s c lá s ic o s d e L u is G o n z á le z , E l o ficio d e h isto ria r,
y d e H u m b e r t o E c o , C ó m o se h a c e u n a tesis. N o s h e m o s s e r v id o ta m b ié n d e o b r a s
c o m o E n se ñ a r a in vestig a r, d e R ic a rd o S á n c h e z P u e n te ; U na id ea d e las cie n c ia s
so cia les, d e F e r n a n d o E s c a la n te ; y El c o n o c im ie n to histórico, d e H . I. M a rro u .
11
13. 1 2 ¿COMO FORMULAR UN PROVECTO DE TESIS?
f in ir lo p r o p u e s t o e n la a n te r io r . E s n e c e s a r i o d e s e c h a r la c r e e n
c ia d e q u e h a y q u e t e n e r te r m in a d o u n a p a r t a d o p a r a e m p e z a r
e l s ig u ie n te . P o r o tr o la d o , u n b u e n p r o y e c t o r e p r e s e n t a y a u n
a v a n c e im p o r ta n t e d e la p r o p ia in v e s tig a c ió n , si b ie n e s ta m is
m a s e v a r e d e f i n i e n d o c o n f o r m e s u r e a l i z a c i ó n p r o g r e s a y
c o m i e n z a a a r r o ja r r e s u l t a d o s : la s h i p ó t e s i s s e m o d i f i c a n o s e
r e f u e r z a n e , in c lu s o , e l p r o b l e m a d e i n v e s t ig a c i ó n s e a f in a y
s e e n r iq u e c e .
A c o n t in u a c i ó n p r e s e n t a m o s u n a r e la c ió n d e lo s p u n t o s q u e
e s c o n v e n i e n t e c o n s id e r a r e n la e l a b o r a c ió n d e u n p r o y e c t o d e
in v e s tig a c ió n , s e g u id a d e u n a b r e v e d e s c r ip c ió n d e c a d a u n o ,
a s í c o m o d e u n c o n j u n to d e e je m p lo s - e j e m p l o s d e l c a m p o d e
la H is to r ia - . El p r o y e c t o p u e d e m a n t e n e r e l o r d e n p r o p u e s t o o
m o d if ic a r lo ; ta m b ié n s e p u e d e o p t a r p o r r e u n i r lo s c o n t e n id o s
d e v a r io s a p a r t a d o s e n u n o s o l o o e s t a b l e c e r m á s s u b d i v i s i o
n e s d e la s a q u í s u g e r id a s , p e r o s e r á e s e n c ia l in c lu ir t o d a s la s
c u e s ti o n e s tr a ta d a s a c o n t in u a c ió n . S e rá i m p o r ta n t e c u i d a r q u e
la o r g a n iz a c ió n d e l p r o y e c t o y e l e s tilo e n q u e e s té e s c r ito s e a n
c la ro s .
P a r te c e n tr a l d e to d o p r o y e c to e s e l p la n te a m ie n to d e u n p r o
b le m a d e in v e s tig a c ió n y d e u n te m a d e e s tu d i o c o n c r e to q u e
p e r m ita b u s c a r r e p u e s ta s a la s c u e s ti o n e s a p u n t a d a s . El o r d e n
e n q u e e l in v e s tig a d o r d e f in e e l te m a y p r o b le m a d e in v e s tig a
c ió n p u e d e v a ria r: h a b r á q u ie n p a r ta d e u n a p r e o c u p a c i ó n d e
o r d e n g e n e r a l y s e a p l iq u e lu e g o a id e n tif ic a r u n a c u e s ti ó n p a r
tic u la r, c u y o e s tu d i o a r r o je lu z e n t o r n o a s u s p r e o c u p a c i o n e s
f u n d a m e n ta le s . A lg u ie n m á s q u iz á te n g a u n in te r é s d e f in i d o p o r
u n te m a m u y c o n c r e to y q u e lo p r o b le m a ti c e a c o n tin u a c ió n ; e s
d e c ir , q u e c o n e s t e te m a c o m o p u n t o d e p a r ti d a , lo g r e p l a n
t e a r p r e g u n ta s d e c a r á c te r m á s g e n e r a l q u e p r o y e c t e n y d e n
v e r d a d e r a d i m e n s i ó n a la in v e s tig a c ió n . E n c u a l q u i e r c a s o , la
d e l i m i t a c i ó n d e u n t e m a y e l p l a n t e a m i e n t o d e u n p r o b l e
m a e x ig e n la r e a liz a c ió n p r e v ia d e u n c o n j u n to d e le c tu r a s . D e
e s ta s u e r te , e l in ic io d e la e l a b o r a c ió n d e l e s t a d o d e la c u e s tió n
- a v a n c e e n la r e v is ió n b ib lio g r á f ic a , p r e p a r a c i ó n d e r e p o r te s d e
le c tu r a y f ic h a d o d e t e x t o s - s e r á u n a a c tiv id a d q u e p r e c e d a y
a c o m p a ñ e a la d e l im i ta c i ó n d e l te m a y a s u p r o b le m a ti z a c i ó n .
14. CAP. I. PROYECTO DE INVESTIGACION 1 3
E n la s s ig u ie n te s p á g in a s p r e s e n ta m o s lo s p u n to s b á s ic o s q u e
d e b e c o n s i d e r a r u n p r o y e c t o d e in v e s tig a c ió n :
• T ítu lo te n ta tiv o .
• P r e s e n t a c i ó n d e l te m a , d e lim ita c ió n te m p o r a l y e s p a c ia l.
• P l a n t e a m i e n t o d e l p r o b l e m a / j u s t i f i c a c i ó n d e la in v e s t i
g a c i ó n .
• E s ta d o d e la c u e s tió n .
• H ip ó te s is .
• O b je tiv o s d e la in v e s tig a c ió n .
• P r o p u e s t a m e to d o ló g i c a .
• P r e s e n ta c ió n d e f o n d o s y f u e n t e s p o r u tiliz a r.
• E s q u e m a o ín d ic e te n ta tiv o .
• C r o n o g r a m a d e a c tiv id a d e s .
• R e f e r e n c ia s y b ib lio g r a f ía .
A m a n e r a d e a n e x o fin a l, h e m o s in c lu id o e n e s ta g u ía u n a s
r e c o m e n d a c i o n e s b ib lio g r á f ic a s , a s í c o m o a lg u n a s p r o p u e s ta s d e
f o r m a to d e f ic h a s d e tr a b a jo y d e r e p o r te d e a v a n c e s d e in v e s ti
g a c ió n ; q u e p u e d e n a p o y a r la e l a b o r a c ió n , p u e s t a e n m a r c h a ,
y s e g u im ie n t o d e d e s a r r o ll o d e l p r o y e c to .
15.
16. Capítulo ■■
Título tentativo
E s c o n v e n i e n t e q u e u n títu lo e v o q u e n o s ó lo e l te m a d e la
in v e s tig a c ió n , s in o ta m b ié n e l p r o b l e m a h is tó r ic o p la n te a d o . D e
e s ta m a n e r a , a u n q u e e l títu lo a p a r e z c a s ie m p r e e n e l p r im e r
lu g a r d e u n p r o y e c t o , e n r e a l id a d s e d e f in e e n e l tr a n s c u r s o d e
s u e l a b o r a c i ó n o , in c lu s o , a s u té r m in o .
E s r e c o m e n d a b l e u n títu lo s u g e s tiv o , q u e a tr a ig a la a t e n c ió n
d e l le c to r , p e r o s e r á im p o r t a n t e q u e lo g r e p r e c i s i ó n a c e r c a d e
la c u e s t i ó n q u e s e e s tu d i a r á y d e l e s p a c i o y te m p o r a l i d a d a lo s
q u e e s té r e f e r id o . P a r a lo g r a r ta l c o n c r e c ió n , s ie m p r e e s p o s i
b l e d i s e ñ a r u n títu lo a tr a c tiv o e i n c o r p o r a r la s p r e c i s i o n e s n e
c e s a r ia s e n u n s u b tít u lo o a u n e n t r e p a r é n te s is .
EJEMPLOS
I I . l . "Intelectuales dominicanos frente a la Intervención estadounidense
(1916-1924). Discurso nacionalista y resistencia política"
Isabel de León Olivares. Proyecto de tesis de maestría en Histo
ria, Instituto Mora (2010).
I I . 2. "De colegio clerical a colegio liberal: el Instituto Campechano (1823
1910)"
José Manuel Alcocer Bernés. Proyecto de tesis de doctorado en
Historia, Facultad de Filosofía y Letras, UNAM (2006).
1 5
17. ¿CÓMO FORMULAR UN PROYECTO DE TESIS?
I I .3.
I I .4 .
I I . 5.
I I .6 .
I I .7.
I I .8 .
"La administración hacendaría de Rafael Mangino, 1830-1832. En busca
de un mejor control de los recursos públicos federales"
Josaphat Noel Peña Rangel. Proyecto de tesis de maestría en
Historia, Instituto Mora (2008).
"Los negocios de papel: comerciar libros en la Ciudad de México a fina
les del siglo xvm"
Manuel Suárez. Proyecto de tesis de doctorado en Historia, Fa
cultad de Filosofía y Letras-UNAM (2008).
"De 'ruinas' y 'antigüedades': valoraciones en torno a los vestigios ar
queológicos del México prehispánico (1862-1867)''
Paulina Martínez Flgueroa. Proyecto de tesis de maestría en His
toria, Instituto Mora (2006).
"Nuevos tiempos: ¿nueva justicia? La administración de justicia en Zaca
tecas, 1812-1835"
Águeda Goretty Venegas de la Torre. Proyecto de tesis de doc
torado en Historia, Instituto Mora (2007).
"Edición y transferencias culturales en el siglo xix. Francia-México"
Lise Andrles y Laura Suárez de la Torre (coords.). Proyecto co
lectivo de investigación México-Francla, ANUIES-CONACYT-ECOS
(2007).
"Salvador Quevedo y Zubieta. De la escritura errante a la medicina
mental en el Manicomio General La Castañeda, 1859-1935"
José Antonio Maya González. Proyecto de tesis de maestría en
Historia, Instituto Mora (2010).
18. II.9.
11.10.
CAP. II. TITULO TENTATIVO 1 7
"Una generación llena de libros: literatura infantil en M éxico a fines del
siglo xx. Estudio histórico"
M aría Fernanda García. Proyecto de tesis de licenciatura en His
toria, Facultad de Filosofía y Letras-UNAM (2011).
"Una 'instantánea' de la ciudad de M éxico. 1883-1884"
Alicia Salm erón y Fernando Aguayo (coords.). Proyecto co lecti
vo de investigación, Instituto Mora (2011).
19.
20. Capítulo III
Presentación del tema,
delimitación temporal
y espacial
T o d o p r o y e c t o d e in v e s tig a c ió n d e b e d e lim ita r c o n c la r id a d
la c u e s tió n p a r tic u la r q u e s e h a d e c id id o e s tu d ia r: a q u e l o a q u e
llo s a s p e c to s d e u n c ie r to f e n ó m e n o o p r o c e s o h is tó ric o c o n c u y a
in v e s tig a c ió n m e r e c e la p e n a c o m p r o m e te r s e . E s in d is p e n s a b le
fija r a q u í lo s lím ite s te m p o r a le s y e s p a c ia le s e n q u e s e m o v e r á el
c u e r p o c e n tr a l d e l tra b a jo , a sí c o m o d e ja r e n u n c ia d o s , c u a n d o s e a
e l c a s o , lo s n o m b r e s d e lo s a c to r e s , in s titu c io n e s o lu g a r e s e s p e
c ífic o s e n lo s q u e s e d e te n d r á p a r tic u la r m e n te la in v e s tig a c ió n .
El p r o c e s o d e s e le c c ió n y d e lim ita c ió n d e u n te m a s e a c o m
p a ñ a s ie m p r e d e la r e a liz a c ió n d e u n c o n ju n to d e le c tu ra s p e r ti
n e n te s , q u e fo r m a rá n p a rte , a s u v e z , d e l e s ta d o d e la c u e s tió n . D e
e s ta s u e r te , la d e lim ita c ió n d e l te m a y e l e s t a d o d e la c u e s tió n
s e tr a b a ja n , e n r e a lid a d , d e m a n e r a s im u ltá n e a .
R e s u lta ú til t e n e r p r e s e n te q u e la d e f in ic ió n d e l te m a r e s p o n
d e a p r e g u n t a s d e l t i p o d e a q u e ll a s q u e in ic ia n c o n u n q u é , u n
q u ié n , u n d ó n d e y u n c u á n d o . L as p r e g u n t a s q u e i n d a g a n a c e r
c a d e l p o rq u é, el có m o y e l q u é sig n ifica se u tiliz a n m á s b ie n p a ra
d e f i n ir e l p r o b l e m a d e in v e s ti g a c ió n y la s c u e s t i o n e s c e n t r a
le s d e l p r o y e c t o . D e s d e l u e g o q u e la d e f in ic ió n d e l te m a m a r
c h a t a m b ié n a la p a r d e la d e f in ic ió n d e l p r o b l e m a h is tó r ic o
q u e s e q u ie r e a b o r d a r . D e f in ic ió n d e l te m a , p la n t e a m i e n to d e l
p r o b l e m a y e s t a d o d e la c u e s t ió n s o n tre s a p a r t a d o s q u e s e tr a
b a ja n p r á c t ic a m e n te al m is m o tie m p o .
E s c o n v e n ie n te in s c rib ir, d e s d e e s te m o m e n to d e l p r o y e c to ,
e l te m a s e l e c c io n a d o e n e l c a m p o d e e s tu d io d e in te r é s d e l in -
19
21. 2 0 ¿CÓMO FORMULAR UN PROYECTO DE TESIS?
v e s ti g a d o r (la h is to r ia s o c ia l, p o lític a , c u ltu r a l, e c o n ó m ic a o la
q u e c o r r e s p o n d a ) e id e n tif ic a r e l f e n ó m e n o o p r o c e s o a c u y a
c o m p r e n s i ó n b u s c a c o n t r i b u ir c o n s u s in d a g a c io n e s .
C u a n d o e l h is to r i a d o r ti e n e b i e n c la r o lo q u e q u i e r e in v e s
tig a r, p u e d e e n u n c i a r l o e n u n a s p o c a s lín e a s , si b i e n p o d r á
u tiliz a r a l g u n a s m á s p a r a ju s tif ic a r lo s lím ite s t e m p o r a l e s y e s
p a c ia le s a d o p t a d o s . D e s d e l u e g o q u e e s ta ju s tif ic a c ió n d e b e r á
h a c e r s e e n f u n c ió n d e l f e n ó m e n o o p r o c e s o h is tó r ic o e n c u e s
tió n y d e l a s p e c t o p a r ti c u la r p o r e s tu d ia r . A h o r a b ie n , u n a p r e
s e n t a c i ó n m á s e x t e n s a d e l te m a d a la o p o r t u n i d a d d e te je r m á s
f in o a c e r c a d e la s p a r ti c u la r id a d e s d e l te m a y d e la f o r m a e n
q u e s e q u i e r e a b o r d a r .
EJEMPLOS
I I I . 1. Lise Andries y Laura Suárez de la Torre (coords.), "Edición y trans
ferencias culturales en el siglo xix. Francia-M éxico". Proyecto
colectivo de investigación México-Francia, ANUIES-CONACYT-
ECOS, (2007).
El proyecto se propone estudiar las transferencias culturales que
tuvieron lugar entre Francia y México en el siglo xix a través de las edi
ciones. Este siglo, en el caso de México tras su independencia en 1821,
corresponde al de un extenso desarrollo de la prensa y la edición; en
Francia, corresponde igualmente a una expansión sin precedentes de
la prensa, con el surgimiento de los almanaques de modas, las revistas
literarias, las publicaciones de carácter enciclopédico, los primeros pe
riódicos satíricos... Éste es un periodo en que se asiste a una imbrica
ción estrecha entre el periodismo y la literatura, con la aparición de las
primeras novelas de folletín; también en el que el mundo económico y
el campo cultural están cada día más asociados. El periódico llega inclu
so a ser una empresa comercial, como lo demuestra el éxito financiero
de Émile de Girardin, verdadero patrón de la prensa, quien lanzó en
1833 el M uséedes Familles -retomado en México con el título de El Re
creo de las Familias- y sobre todo, Le Siéde, en 1836, el cual transformó
el concepto de la prensa.
22. CAP. III. PRESENTACIÓN DEL TEMA 2 1
I I I . 2. Dolores Ballesteros Páez, "De castas y esclavos a ciudadanos. Las
representaciones visuales de la población capitalina de origen afri
cano del periodo virreinal a las primeras décadas del México inde
pendiente". Proyecto de tesis de maestría en Historia, Instituto Mora
(2008).
El presente proyecto trata de rastrear a un segmento de la pobla
ción de la ciudad de México que, después de 1821, aun siendo "igual"
legalmente al resto de la población, si quería ascender en la escala so
cial, debía distanciarse de su herencia africana, ligada al estigma de la
esclavitud. Se trata de argumentar que las representaciones visuales de
la población de origen africano en la Ciudad de México en el periodo
virreinal -pintura, grabado, litografía y escultura- hablan de su activa
colaboración en la economía de la capital y cómo, tras la independen
cia, esta representación no se reemplaza por la igualdad entre las figu
ras, sino más bien se caracteriza por minimizar la presencia de los
afromexicanos en las distintas imágenes de la época, siendo identifica
dos generalmente como parte de la masa trabajadora capitalina de co
lor de "bronce" o con las regiones costeras del país.
La investigación abarcará desde principios del siglo xvm hasta los
años cincuenta del siglo xix. Se ha elegido esta temporalidad porque
la historiografía sobre la población afronovohispana en la Ciudad de
México concentra los estudios en la época virreinal y, de manera muy
especial, en el ocaso del siglo xvm y hasta la Independencia. En este
sentido, este proyecto continúa el camino de la historiografía que se ha
dedicado al análisis de este grupo social y, al mismo tiempo, Intenta
aportar información sobre los años inmediatamente anteriores y pos
teriores a la independencia.
I I I . 3. Olivia Moreno Gamboa, "Autores novohlspanos del siglo xvm, ¿una
sociedad de letrados?". Proyecto de tesis de doctorado en Historia,
Facultad de Filosofía y Letras, UNAM (2008).
El objeto de estudio de esta investigación son los autores novohis-
panos vistos como colectivo o grupo social. Considero novohlspanos
tanto a aquellos individuos que nacieron en el virreinato como a los que
tuvieron ahí una amplia trayectoria académica y profesional. Tomaré en
cuenta únicamente a los escritores que publicaron impresos en la Nue
va España entre 1701 y 1821. Los autores de manuscritos y obras publi
cadas en el extranjero quedarán, en principio, fuera de este análisis.
23. 2 2 ¿COMO FORMULAR UN PROYECTO DE TESIS?
La elección del siglo xvm y principios del xix como marco histórico
para este proyecto responde a su importancia para la historia del libro
en la Nueva España y, en general, en el mundo occidental; éste fue el
siglo, nunca está de más insistir, en el que se produjo la explosión de la
producción editorial, un fenómeno al que el virreinato americano no
fue ajeno, pero el cual se debe revisar todavía a fondo. Mi investigación
arranca con el siglo xvm y se extiende hasta 1821 por dos razones: en
primer lugar, porque las fuentes seleccionadas permiten estudiar a los
autores en la larga duración, una duración acorde al análisis de fenóm e
nos culturales, pues su gestación y sus transformaciones suceden en
un extenso periodo de tiempo; y en segundo, porque los aconteci
mientos ocurridos en las primeras décadas del siglo xix (la ocupación de
España por el ejército napoleónico y el m ovim iento de independen
cia en la Nueva España) sin duda provocaron cambios importantes en
la evolución de los autores y la producción impresa local.
En cuanto a la representatividad de la investigación en térm inos
del espacio geográfico a tratar, debo aclarar que si bien la gran ma
yoría de las obras que analizaremos se publicaron México y Puebla,
esto no significa que la totalidad de los autores haya nacido o vivido
únicam ente en esas ciudades. El análisis de la distribución de los au
tores por su origen geográfico mostrará una realidad más com pleja
y revelará aspectos interesantes sobre la difusión del impreso en el
virreinato.
I I I .4. Miguel Ángel Castro Estrada, "México a través de la ciencia. El retrato
de la identidad nacional mexicana exhibido en la primera conme
moración del Descubrimiento de América (1892)". Proyeao de tesis
de licenciatura, Facultad de Filosofía y Letras, UNAM (2011).
El trabajo de tesis al que sirve de andamiaje el presente proyecto de
investigación busca acercarse a la "imagen" que de México proyectaron
gobierno y élites porfiristas en dos de los múltiples eventos culturales
celebrados en España con motivo del IV Centenario del descubrimien
to de América. Me refiero, por un lado, a la Exposición Histórico-Ameri-
cana de Madrid, de 1892;' y por el otro, al ciclo de conferencias dedicadas
al estudio, exposición y discusión de temáticas americanas, que fueron
escuchadas en el Ateneo madrileño entre 1891 -1892.
1En ella figuraron: Alemania, Argentina, Austria, Bolivia, Chile, Colombia, Costa Rica,
Dinamarca, Ecuador, España, Estados Unidos, Guatemala, México, Nicaragua, Noruega,
Perú, Portugal, República Dominicana, Suecia y Uruguay.
24. CAR III. PRESENTACIÓN DEL TEMA 2 3
La Exposición Histórico-Americana pudo haber tenido un impacto
m enor al de las habituales exposiciones internacionales decim onó
nicas, pero si tal pudo haber sido el caso, fue precisamente porque su
interés no era mercantil ni promocional, como el de las ferias y expo
siciones universales de Filadelfia (1876), Nueva Orleans (1884), París
(1889), Chicago (1893), Búfalo (1901) y San Luis (1904). Por el contrario,
la de Madrid en 1892 fue, ante todo, una exposición cultural y científica.
Como parte de las "Instrucciones de la Delegación general de la Junta
directiva del Centenario a los Representantes en aquellos Estados [lati
noamericanos]", se señalaba que:
Esta índole especial de nuestra Exposición Histórico-Americana re
chaza toda idea de interés individual, de lucro mercantil y de beneficio
personal, aguijones poderosos que proporcionan granada concurrencia
de expositores y de objetos a otra clase de certámenes generales. En
nuestro caso, por el contrario, es preciso buscar los expositores e invitar
les y convencerles para que envíen sus objetos o sus colecciones sin otro
estímulo que la satisfacción personal que les producirán la exhibición, la
publicidad y el renombre que puedan alcanzar sus objetos, y esta tarea,
por sí misma penosa y difícil, ha sido una de las primeras encargadas a las
Comisiones españolas en el extranjero.2
El gobierno de Porfirio Díaz aceptó la invitación y comenzó por
crear, el 9 de mayo de 1891, una comisión especial dedicada a organi
zar, clasificar y preparar los materiales y colecciones que se presentarían
en la Exposición Histórico-Americana de Madrid. Con cerca de 17 000
piezas,3 la delegación mexicana, conformada por intelectuales y políti
cos de la vieja guardia liberal, llegó dos meses antes de la inauguración.
Como Jefe de la Comisión quedó el General Vicente Riva Palacio, envia
do extraordinario y Ministro Plenipotenciario en Madrid; mientras que
Francisco del Paso y Troncoso, entonces director del Museo Nacional
de México, sería el Presidente de la misma. Agapito Ortiz de Jiménez
fungió como secretario general, al lado de los siguientes comisionados:
Francisco Sosa, miembro de la Real Academia de la Lengua Española
de México y Secretario de la Junta Colombina; Manuel Payno, cónsul
general en Barcelona; Manuel Gómez Velasco, cónsul en Madrid. Y los
auxiliares generales: Presbítero doctor Francisco Planearte, cura de Ta-
2Archivo Diplomático y consular de España. Revista internacional, política, literaria y de
intereses materiales, Madrid, 8 de noviembre de 1891, año IX, núm. 380, p. 1358.
3Den¡ Ramírez Losada, "La Exposición Histórico-Americana de Madrid de 1892 y la
¿Ausencia? de México", Revista de Indias, 2009, vol. LXIX, núm. 246, p. 281.
25. 2 4 ¿CÓMO FORMULAR UN PROYECTO DE TESIS?
cubaya; Francisco Río de la Loza, profesor de química en el Instituto
Médico Nacional de México; Fernando del Castillo, teniente de la pla
na mayor facultativa de ingenieros; Jesús Galindo y Villa, secretario de
la Sociedad Científica "Antonio Alzate" de México.
Por su parte, el Ateneo de Madrid, institución prestigiosa que desde
hacía algunos años había agregado una sección de Historia a sus tradi
cionales secciones de ciencias exactas, físicas, naturales, morales y políti
cas, resolvió dedicar dos cursos completos (1891-1892) al ciclo histórico
que, difundido y publicado posteriormente bajo el título El Continente
Americano, logró sumar durante las celebraciones centenarias no menos
de 55 conferencias: la mayoría de ellas dictadas por renombrados orado
res y abarcando un amplio abanico de épocas y temáticas, desde las
historias precolombinas hasta la conclusión del periodo colonial.
Para cumplir con este ambicioso programa se requirió la participa
ción de hombres públicos y notables escritores u oradores peninsula
res como eran Francisco Pi y Margall, Cesáreo Fernández Duro, Luis
Vidart, Emilia Pardo Bazán, Antonio María Fabié, Gumersindo de Az-
cárate, Rafael María de Labra, Antonio Cánovas del Castillo o el historia
dor portugués Oliveira Martins.
El prestigio del Ateneo de Madrid era indiscutible entonces, sin
em bargo, la mayoría de los conferenciantes latinoam ericanos invi
tados y aun los que se encontraban en Europa, no respondieron
favorablem ente al convite. Sólo tres latinoamericanos, todos ellos di
plomáticos, acudieron a la cita del Ateneo; el mexicano Vicente Riva
Palacio, el uruguayo Juan Zorrilla de San Martín, y el ministro perua
no, Pedro Alejandrino del Solar; tres hombres de un total de 300 re
presentantes latinoamericanos presentes en España en 1892; tres
disertaciones americanas, una de ellas mexicana, frente a c2 discur
sos peninsulares.
I I I . 5. Miguel Hernández Fuentes, "Discusión religiosa en el espacio públi
co mexicano 1812-1827". Proyecto de tesis de doctorado en Histo
ria, Instituto Mora (2005).
Dado el hecho de que, en la monarquía española, la religión se
encontraba bajo la tutela y protección del Estado, y de que todas
las cuestiones eclesiásticas se entremezclaban con las políticas, al tra
tar cuestiones de gobierno, inevitablemente se dejaba la puerta abierta
para abordar asuntos religiosos.
Así dio inicio la discusión religiosa en el Cádiz de las Cortes, una
querella publicitaria que, dado el apasionamiento que despertó en am-
26. CAP. III. PRESENTACIÓN DEL TEMA 2 5
bos bandos y de la continua radicalización de lenguajes, llegó a vivirse
como una guerra de opiniones sobre el lugar que debían ocupar la re
ligión y la Iglesia católica en la vida política y social de la monarquía. Las
resoluciones en materia religiosa tomadas por las Cortes entre 1810 y
1814 -en particular, los decretos de reforma al clero regular, de aboli
ción del Santo Oficio y el traslado de la defensa de la fe a tribunales
diocesanos- fueron motivo de que las polémicas en los medios impre
sos se mantuvieran vigentes a lo largo de esos años y de que se exten
dieran a todas las provincias y dominios de la Corona, tanto en la
península como en America, en donde fueron reproducidas en los ám
bitos publicitarios locales.
La libertad de emitir opiniones en materia religiosa en el espacio
público representó una importante transformación cultural, sin prece
dentes en el mundo hispánico; al igual que la vida del régimen constitu
cional, fue suprimida en 1814 y restablecida en 1820 para, a partir de
entonces, seguir un desarrollo propio en los diferentes estados naciona
les originados del desmembramiento de la monarquía. En cada uno de
ellos, la discusión religiosa tomaría cauces específicos en buena medida
determinados por el modo en el que se presentara la convivencia de la
Iglesia con el Estado. Además, se alimentaría por la incorporación de las
nuevas ideas y conceptos críticos a la religión que se estaban generan
do en el siglo xix en el mundo occidental.
En la Nueva España comenzaron a presentarse las novedades en el
campo de la actividad publicitaria durante la misma época en que emer
gió la revolución liberal en la península, aunque se desarrollaron de ma
nera más lenta debido a los controles que se imponían a los impresos en
la América española y a la situación provocada por la guerra de ¡nsurgen-
cia. Con la aplicación de la libertad de imprenta, en 1812, los publicistas
locales comenzaron a ejercer su derecho a discutir sobre las cuestiones
políticas del momento; una de ellas, la supresión del fuero eclesiástico
dictada por el virrey Venegas, dio motivo a que se desatara la primera
polémica de carácter religioso en los medios impresos novohispanos.
Las opiniones se dividieron: una parte de los eclesiásticos apoyó la
medida del virrey, mientras que otra la denunció com o el atropello de
uno de sus derechos más legítimos. Miembros del clero de ambas pos
turas se enfrascaron en debates impresos, en los que exponían los argu
mentos que fundaban sus posiciones. Además, en esta discusión
incursionaron publicistas laicos como Carlos María de Bustamante y
José Joaquín Fernández de Lizardi. Por otra parte, los impresos gadita
nos circularon en el virreinato, pero ni sus temas ni el tono de la crítica
fueron emulados por los publicistas locales durante el primer periodo
de libertad de imprenta. No obstante, marcarían una fuerte influencia
27. 2 6 ¿CÓMO FORMULAR UN PROYECTO DE TESIS?
sobre el carácter de futuras discusiones sobre temas religiosos en el
espacio público del México independiente.
El tema de esta investigación es el surgim iento y evolución de la
discusión religiosa en los medios impresos mexicanos desde la apli
cación de la Constitución de Cádiz en la Nueva España hasta su afian
zam iento como uno de los terrenos de la actividad publicitaria
durante los primeros años de la República Federal en el México Inde
pendiente.
I I I .6. Alicia Salmerón y Fernando Aguayo (coords.), "Una 'instantánea' de
la Ciudad de México. 1883-1884". Proyecto colectivo de Investiga
ción, Instituto Mora (2011).
La presente propuesta de investigación busca un acercamiento,
desde diferentes perspectivas, a la historia de la Ciudad de México en los
años de 1883-1884. Está animada por la ¡dea de aproximarnos a la ciu
dad y proyectar una imagen de ella en un momento preciso, como si se
tratase de una fotografía Instantánea. Esta imagen estará compuesta, a la
manera de un mosaico, por miradas muy diversas que estudien la vida y
el transcurrir de la ciudad en un par de años.1 Efectivamente, como ex
plica el historiador francés Frangois Tomas, la dudad está formada por
un conjunto de fragmentos de características muy particulares, cada
uno de los cuales tiene su propia dinámica, "sus ritmos y formas de evo
lución", lo que obliga la confluencia de diferentes enfoques para acercar
se a ella.2
Y siguiendo todavía a Fran^ois Tomas, agregaríamos que esta na
turaleza fragmentaria de la ciudad define temporalidades múltiples, lo
que hace muy difícil establecer cortes que den cuenta de las principa
les mutaciones del conjunto. Según los años que uno seleccione, se
podrán identificar sucesos significativos para ciertos procesos, mien-
1De alguna m anera, esta ¡dea de proyectar una im agen de un m om ento pre
ciso a partir de m iradas diversas guarda una relación próxim a con lo que Gum -
brecht ha llamado "un ensayo acerca de la simultaneidad histórica" y con su propósito
de acercar al lector a "una exp eriencia directa del pasado" a partir de un esfuer
zo por dar cuenta de las m últiples realidades que lo com p onen. Hans Ulrich
G um brecht, En 1926. Viviendo al borde del tiempo, M éxico, Universidad Iberoam eri
cana, 2004, pp. 412-413.
2El texto referido de Tomas abre una magnífica obra colectiva, coordinada por Car
men Collado, que constituye un acercamiento panorámico y multifacético a dos siglos
de historia de la Ciudad de México. Fran<;o¡s Tomas, "Historia de la ciudad. Problemas de
periodización", Carmen Collado, Miradas recurrentes II. La ciudad de México en los siglo xix
yxx, México, Instituto Mora/UAM, 2004, pp. 23-49. La ¡dea referida: en p. 23.
28. CAP. III. PRESENTACION DEL TEMA 2 7
tras que, para otros, lo que se obtendrá es la imagen de un acontecer
cotidiano y de la acompasada marcha de los procesos de los que ese
acontecer forma parte.
En cualquier caso, vale la pena considerar las periodizaciones pro
puestas por algunos estudiosos de la historia de la Ciudad de México
para definir nuestros años. Por ejemplo, el propio Frangols Tomas Iden
tifica una gran ruptura en la historia de la capital entre 1856-57 y 1873,
año, este último, en que se Inaugura el ferrocarril Méxlco-Veracruz.3 En
su opinión, en estas casi dos décadas tienen lugar transformaciones
profundas: por un lado, en la estructura social de la ciudad, con una
nueva burguesía por delante y un empuje liberal inédito; por otro, en la
propiedad sobre el suelo a partir de la desamortización de los bienes de
manos muertas, que remodela a la ciudad en función de estos nuevos
intereses. Para este estudioso de la historia de la Ciudad de México, to
dos los cambios experimentados por la capital durante el porfirlato
obedecen a esta gran ruptura iniciada a mitad del siglo. Sin embargo,
en un trabajo bastante anterior al de Tomas, María Dolores Morales con
sidera posible definir una periodlzaclon más fina de la historia de la
ciudad a partir de la consideración de uno de sus fragmentos, nada
m enor por lo dem ás: el de su expansión física. En estos cam bios
influyeron, argumenta la autora, la recuperación de la capital de su
supremacía como centro político del país tras el triunfo liberal en 1856;
también un claro crecimiento demográfico y un desarrollo tecnológico,
además de la apertura del crédito urbano y de la ya referida seguridad
sobre la propiedad del suelo.4
Entre 1858 y 1910, María Dolores Morales Identifica tres momentos
en el crecimiento de la ciudad, a saber, un primero entre 1858 y 1883,
marcado por una expansión de la ciudad hacia el norte con nuevos
centros de trabajo y nuevas colonias de clase media y obrera; un segun
do 1884-1899, con un crecimiento hacia el noreste, poniente y sur de la
ciudad, mediante la creación de 11 fraccionamientos, también para cla
ses medias y populares; y finalmente un tercero de 1900-1910, caracte
rizado por un gran crecimiento hacia el sur-poniente, con colonias para
clases altas (la Teja, Condesa y Roma). Los años que hemos seleccio
nado para construir nuestra "fotografía Instantánea" de la Ciudad de
México -1883-1884- se encuentran precisamente en la coyuntura que
marca el paso del primer al segundo momento de gran expansión
3De hecho, Tomas identifica otras dos grandes rupturas en el siglo xx: una en los
años de 1920-1930; otra en la década de 1980, Ibid., pp. 4 1-42.
4María Dolores Morales, "La expansión de la ciudad de México: el caso de los fraccio
namientos", en Seminario de Historia Urbana. Alejandra Moreno Toscano (coord.), Ciudad
de México. Ensayo de construcción de una historia, México, SEP/INAH, 1978, pp. 189-200.
29. ¿CÓMO FORMULAR UN PROVECTO DE TESIS?
de la ciudad y en el que confluyen otra serie de procesos políticos,
económicos, sociales y culturales que parece importante recuperar.
Efectivamente, 1883-1884 constituye una coyuntura poblada de
acontecimientos significativos que permiten asomarse a múltiples pro
cesos. Es el caso, por ejemplo, de la inauguración de la calle de 5 de Mayo,
en 1883, que marcó, de alguna manera, el Inicio de una transformación
arquitectónica de la ciudad; o la Inauguración de obras públicas, como el
sistema de agua delgada, ese mismo año, que anunciaba innovaciones
importantes en los servicios que ofrecería el gobierno de la capital en los
años subsecuentes. De la misma manera, es el caso de la rebelión popu
lar contra la moneda de níquel, en 1883, que tenía lugar en el contexto
de una fuerte crisis económica nacional, embrollada con la campaña de
desprestigio armada contra el Presidente Manuel González y la disputa
por la sucesión presidencial; o el de las propias elecciones para presiden
te de la República, en 1884, que anticiparon la apuesta de las elites políti
cas por la reelección presidencial como factor estabilizador; también de
sucesos como la quiebra del Monte de Piedad y la reorganización de las
principales casas bancarias, que revelaron la profundidad de la crisis eco
nómica y los peligros de la euforia de construcción ferroviaria. De Igual
forma, acontecimientos como las pomposas fiestas patrias del 5 de mayo
y del 16 de septiembre de 1883, que participaron de una proyección de
la ciudad capital y que, junto con el ¡nielo, al año siguiente, de la publica
ción por entregas de la magna obra México a través de los siglos, contribu
yeron de manera significativa a los procesos de construcción de una
identidad nacional. Asimismo, se podría considerar la puesta en funcio
namiento, en 1884, del edificio de la nueva aduana de Santiago, que sus
tituía a las Instalaciones de Santo Domingo, de origen colonial, y formaba
parte de todo un proyecto para modificar el sistema de aduanas de la
ciudad; o bien la ampliación de redes tranviarias y telefónicas que recon-
formaban espacio urbano y redes comerciales. Éstos, entre muchos otros,
son acontecimientos importantes que habrá que recuperar, aunque sin
perder de vista que la imagen que se busca de la Ciudad de México en
1883-1884 tiene que ver tanto con grandes eventos y lances que movili
zaron a sectores de la sociedad, como con el diario transcurrir de la vida
citadina en aquel tiempo.
La década de 1880 marca para la Ciudad de México, como para el
conjunto de las ciudades hispanoamericanas, un momento de cambios
importantes en sus actividades económicas, estructura social y fisono
mía urbana.5Y los años de 1883-1884, en particular, están cargados de
sucesos elocuentes. Pero este conjunto de sucesos es tan significativo
5José Luis Romero, Latinoamérica: las ciudades y las ideas, [1976] Buenos Aires, Si
glo XXI, 2001, cap. 6.
30. CAP. III. PRESENTACION DEL TEMA 2 9
como el que podríamos encontrar en muchos otros años o parejas de
años de la historia de la ciudad. De esta suerte, conviene advertir que
1883-1884 no son "años umbral" en la vida de la dudad de México, es
decir, que no son años con una relevancia especial, que amerite su
estudio de manera aislada para la comprensión de algún proceso his
tórico específico; no son años que apuntan cambios fundamentales,
que enmarquen sucesos con gran carga simbólica.6 Nada más lejos de
nuestra intención que la de presentarlos como un parteaguas en la his
toria de la ciudad. Lo que abren estos dos años, que muy bien podrían
haber sido otros, es la posibilidad de asomamos a la riqueza de la vida
de la Ciudad de México en las últimas décadas del siglo xix, en el porfi-
rlato temprano.
6La expresión, de acuerdo con Gumbrecht, proviene de la tradición historíográfica
alemana. Gumbrecht, op. cit., pp. 413-414.
31.
32. Capítulo I I r
Planteamiento del
problema/Justificación
de la investigación
T o d a i n v e s t i g a c i ó n c o b r a s i g n i f i c a d o e n r a z ó n d e l p l a n
t e a m i e n t o d e u n p r o b l e m a . E l t é r m i n o p ro b le m a d e s i g n a
p r e c i s a m e n t e “u n a d if i c u l t a d q u e n o p u e d e r e s o l v e r s e a u t o
m á t i c a m e n t e , s i n o q u e r e q u i e r e u n a i n v e s t i g a c i ó n ” .*
U n p r o b l e m a d e in v e s tig a c ió n to m a fo r m a e n u n a o v a r ia s
p r e g u n ta s ; c o n s titu y e u n a in t e r r o g a n te a c e r c a d e a l g u n o o a lg u
n o s f e n ó m e n o s o p r o c e s o s q u e c o n s ti tu y e n e l o b je to d e e s tu d io
m is m o d e u n a d is c ip lin a . D e s d e l u e g o q u e e s te p r o b le m a p u e
d e s e r d iv id id o e n u n i d a d e s m á s s im p le s , e n p a s o s m á s c o r to s
y , c o n f o r m e s e a v a n z a e n e s ta d iv is ió n , s e a v a n z a e n la d e f in i
c ió n d e “s u b p r o b l e m a s ”. É s to s p o d r á n s e r e x p r e s a d o s e n u n m a
y o r n ú m e r o d e p r e g u n ta s . La p r e s e n ta c ió n d e l p r o b l e m a y lo s
s u b p r o b le m a s ta m b ié n p u e d e to m a r u n a f o r m a d e c la r a tiv a , s ie m
p r e q u e r e m ita a u n a c u e s tió n p e n d i e n t e d e r e s o lv e r .
La H is to ria e n p a r tic u la r , c o m o to d a d is c ip lin a c ie n tíf ic a , tie
n e f r e n te a s í u n c o n j u n to a b i e r to d e p r o b le m a s q u e r e m i te n a
lo s g r a n d e s p r o c e s o s d e la c iv iliz a c ió n . C a b e d e c ir , d e s d e lu e g o ,
q u e e s te c o n j u n to e s tá e n c o n s ta n t e e x p a n s ió n , p u e s c a d a é p o
c a h a c e s u s p r o p i a s p r e g u n ta s a l p a s a d o , la s c u a le s d e p e n d e n
d e la s p r e o c u p a c i o n e s d e o r d e n s o c ia l, p o lític o , c u ltu r a l, r e lig io
s o , te c n o ló g ic o , a m b i e n t a l ... p r o p i a s d e l t i e m p o e n e l q u e v iv e
e l h is to r ia d o r .
* M a rio B u n g e , La in v e stig a c ió n c ie n tífic a . S u estrategia y su filo so fía , A rie l, B a r
c e lo n a , 1 9 6 6 , p . 195.
3 1
33. La la b o r d e l h is to r i a d o r s e g u ía , e n a lg ú n m o m e n to , p o r p r e
g u n t a s a c e r c a d e l q u é , e l q u i é n , e l c u á n d o y e l d ó n d e c o n
r e la c ió n a d e t e r m in a d o s a c o n t e c i m ie n t o s , f e n ó m e n o s o p r o c e
s o s . E s a s p r e g u n ta s le p e r m i t e n d e lim ita r te m a s , p e r o p a r a “p r o -
b le m a tiz a r ” s u e s tu d i o e s n e c e s a r i o in te r r o g a r s e ta m b ié n a c e r c a
d e l c u á l, e l c ó m o , e l p o r q u é y e l q u é s ig n ific a . P o r e s te c a m in o
s e p u e d e n p la n te a r p r o b le m a s s u s ta n tiv o s , e s d e c ir , c u e s ti o n e s
'a c e r c a d e l c o n o c i m ie n to d e f e n ó m e n o s y p r o c e s o s h is tó r ic o s .
P e r o e l in v e s tig a d o r ta m b ié n p u e d e p r o p o n e r p r o b le m a s d e o r
d e n m e to d o ló g i c o , e s to e s , p r e g u n ta s a c e r c a d e c ó m o p r o c e d e r
p a r a a b o r d a r u n d e t e r m i n a d o o b je to d e e s tu d io .
La f o r m u la c ió n d e l p r o b le m a s u e le s e r la p a r te m á s d ifíc il d e
la e l a b o r a c ió n d e u n p r o y e c t o d e in v e s tig a c ió n y , s e g ú n a d v ie r
t e B u n g e , la c a p a c i d a d p a r a f o r m u l a r lo n o p u e d e s e r d ir ig id a
p o r re g la s : f o r m a p a r te d e la s e n s ib ilid a d y d e la c a p a c id a d c r e a
d o r a d e l in v e s tig a d o r . S in e m b a r g o , e l m is m o a u t o r o f r e c e a lg u
n o s c o n s e jo s : c ritic a r s o lu c io n e s o f r e c id a s p o r la lite r a tu r a s o b r e
e l te m a , p a r a h a l la r s u s p u n t o s d é b i le s ; a p l i c a r r e s p u e s t a s c o
n o c id a s a s itu a c io n e s n u e v a s y v e r si s ig u e n s i e n d o v á lid a s ; g e
n e r a liz a r v ie jo s p r o b le m a s in c o r p o r a n d o n u e v a s v a r ia b le s ; b u s c a r
r e la c io n e s c o n p r o b le m a s q u e p e r te n e c e n a o tr o s c a m p o s . . .* E sto
e x i g e , s i n d u d a , la l e c t u r a p r e v i a d e u n a a m p l i a b ib l io g r a f ía :
la r e la c io n a d a c o n e l e s tu d io d e l te m a p r e c is o d e la in v e s tig a c ió n ,
y o tr a q u e s e h a y a o c u p a d o d e t e m a s y p r o b l e m a s a n á l o g o s
e n o tr o s m o m e n t o s y e s p a c i o s . E n e s t e s e n t i d o - e s c o n v e n i e n
t e i n s i s t i r - , la f o r m u l a c i ó n d e l p r o b l e m a d e i n v e s t i g a c i ó n
s e d e b e t r a b a ja r - a l ig u a l q u e s e h a c e c o n la d e l i m i t a c i ó n d e l
t e m a - d e m a n e r a s im u ltá n e a a l e s ta d o d e la c u e s tió n .
U n tr a b a jo d e in v e s tig a c ió n s e ju s tific a e n r a z ó n d e la im p o r
ta n c ia d e l p r o b le m a d e in v e s tig a c ió n p l a n t e a d o y , p o r ta n to , e n
s u s p o s ib ilid a d e s d e c o n t r i b u ir a l c o n o c i m ie n to h is tó r ic o ; ta m
b i é n p u e d e e n c o n t r a r s u ju s tif ic a c ió n e n s u c a p a c i d a d p a r a
e x p l o r a r n u e v a s p r o p u e s t a s t e ó r i c a s y m e t o d o l ó g i c a s . D e e s ta
m a n e r a , s e r á n e c e s a r i o q u e e l p r o y e c t o p o n g a e n r e lie v e e l in
t e r é s d e la i n v e s t i g a c i ó n e n e l m a r c o d e d e b a t e s h is t o r i o g r á -
3 2 ¿CÓMO FORMULAR UN PROYECTO DE TESIS?
*Op. cit., p p . 1 9 2 -1 9 3 .
34. CAP. IV. PLANTEAMIENTO DEL PROBLEMA 3 3
f ic o s s ig n if ic a tiv o s . A d e m á s , d e s e r e l c a s o , p u e d e s e ñ a la r s u
r e le v a n c ia p a r a c u e s ti o n e s d e u n in te r é s m á s a llá d e la d is c ip li
n a m is m a , la s c u a l e s p u e d e n o c u p a r la a t e n c i ó n d e m u y d i
v e r s o s s e c to r e s d e la s o c ie d a d . U n a in v e s tig a c ió n h is tó r ic a , p o r
e j e m p l o , p u e d e in c id ir e n e l d e s a r r o l l o d e o t r o s c a m p o s d e l
c o n o c i m ie n to o c o n tr ib u ir a la d is c u s ió n d e p r o b le m a s y p r o y e c
to s e c o n ó m ic o s , p o lític o s , s o c ia le s , c u ltu r a le s , u r b a n ís tic o s , a m
b i e n t a l e s ... E s i m p o r t a n t e v a l o r a r e l im p a c to q u e p u e d e te n e r
u n a in v e s tig a c ió n ; h a c e r s e u n a id e a , d e s d e s u s in ic io s , d e l in t e
r é s q u e p u e d e r e p r e s e n t a r p a r a la d is c ip lin a y , e n g e n e r a l, p a r a
la c o m p r e n s i ó n d e u n a r e a lid a d .
E s c o n v e n i e n te in s is tir e n q u e la ju s tific a c ió n d e l e s tu d io p r o
y e c t a d o e s u n a s u n t o q u e c o m ie n z a a p e r f ila r s e d e s d e e l p l a n
t e a m ie n to d e l p r o b le m a d e in v e s tig a c ió n m is m o . La p r e s e n ta c ió n
d e e s te ú ltim o v a d e la m a n o d e u n a a r g u m e n ta c i ó n q u e d e s ta
c a la im p o r ta n c ia d e la s in te r r o g a n te s f o r m u la d a s y q u e a d e la n ta
r a z o n e s c o n v i n c e n te s d e la n e c e s i d a d d e lle v a r s e a c a b o . A si
m is m o , e l e s t a d o d e la c u e s ti ó n ti e n e e l in te r é s , p r e c is a m e n te ,
d e m o s tr a r p r e g u n t a s p e n d i e n t e s d e r e s p o n d e r , c o n t r a d ic c io n e s
q u e r e q u i e r e n s e r r e s u e lta s , v a c ío s q u e d e b e n s e r a te n d id o s . D e
e s ta s u e r te , la in v e s tig a c ió n e n c o n t r a r á s u r a z ó n d e s e r, ta m b ié n ,
e n s u s p o s ib il id a d e s d e a c e r c a s e a a lg u n a s d e e s a s r e s p u e s ta s
p e n d i e n te s . U n a b u e n a ju s tif ic a c ió n d e la in v e s tig a c ió n s e p u e
d e p r e s e n t a r a la p a r d e l p l a n te a m ie n t o d e l p r o b le m a y r e f o r z a r
s e e n e l a p a r t a d o c o r r e s p o n d i e n t e al e s ta d o d e la c u e s tió n .
EJEMPLOS
IV . 1. Fausta Gantús (coord.), "Hacia una historia de las prácticas electora
les en México. Siglo xix". Proyecto colectivo de investigación, Institu
to Mora (2011).
El proyecto planteado busca enriquecer un debate, quizás poco In
formado todavía, acerca del lugar de las elecciones en la construcción
de los regímenes políticos decimonónicos, de sus posibilidades para
funcionar con las estructuras sociales heredadas por el México indepen
35. 3 4 ¿CÓMO FORMULAR UN PROYECTO DE TESIS?
diente y de participar de sus cambios. Interesa cuestionar el papel atri
buido tradicionalmente a las prácticas electorales como una experiencia
fallida, para comprender la función real que tuvieron las elecciones en la
construcción del Estado mexicano durante el siglo xix.
Nuestro punto de partida para un acercamiento a esta problemática
es la idea de que las elecciones en el siglo xix, sin abrir la vida política a un
juego democrático en forma, constituyeron importantes espacios de ne
gociación y, como tales, resultaron fundamentales para la articulación de
la sociedad política. De esta manera, el conocer quiénes y cómo votaban
en el siglo xix permitirá no sólo una mejor explicación del creciente papel
legitimador que tuvieron las elecciones en México por sobre otros meca
nismos de "trasmisión" del poder como el pronunciamiento militar, sino
que permitirá ver con mayor claridad el lugar que tuvieron las elecciones
en la gobernabilidad política del México decimonónico.
En los procesos de transformación de la institución y de las prácti
cas electorales a lo largo del siglo xix es posible reencontrar tradiciones
de antiguo régimen al lado de normas y prácticas que revelan los alcan
ces de la revolución liberal. Por otra parte, estos procesos dan cuenta de
un avance nada lineal en un sentido incluyente, es decir, de apertura a la
participación política. Por el contrario, hay momentos de la historia polí
tica del siglo xix en México de exclusivismo en materia de definición de
derechos ciudadanos, de retroceso de una actitud o espíritu democrá
tico. Así, la investigación propuesta permitirá una mejor comprensión
de la forma en que se construyó la institución electoral para dar vida e ir
haciendo efectivo un sistema representativo.
IV .2. Carlos Alberto Ortega, "Justicia y fiscalidad en la diócesis de México
(1750-1845)". Apuntes para un proyecto de investigación presenta
do con la solicitud de ingreso a doctorado en Historia, El Colegio de
México (2010).*
Mi propuesta de investigación plantea dos cuestiones concretas a
resolver. La primera remite a la identificación de las formas de resistencia
de los causantes de diezmos en la demarcación territorial del arzobis
pado de México durante la segunda mitad del siglo xvm y la primera
mitad del siglo xix. Se trataría de caracterizar las distintas prácticas de re
*Este ejemplo presenta de la mano el planteamiento del problema y las hipótesis de
trabajo. Tal situación resulta común y es natural, pues las hipótesis son propuestas de res
puesta a los problemas planteados. Véase el capítulo VI, correspondiente a las hipótesis de
un proyecto.
36. CAP. IV. PLANTEAMIENTO DEL PROBLEMA 3 5
sistencia fiscal en un contexto específico y de definir sus características
históricas. Por otro lado, en el terreno de lo político, sería indispensable
seguir el discurso de los causantes y la opinión pública, y tratar de
identificar cambios de posturas ideológicas y de valores con relación al
pago de la renta decimal.
La segunda cuestión que interesa a esta propuesta de investiga
ción se refiere a la competencia de las autoridades eclesiásticas y civiles
en materia de cobro de diezmos. Esto me lleva a plantear varios sub
problemas que expondré com o preguntas: ¿cómo se definió la com
petencia jurisdiccional entre los jueces hacedores, es decir, los jueces
eclesiásticos encargados de la administración del diezmo en la catedral
metropolitana, y las autoridades civiles? ¿Las medidas aplicadas por
ambas autoridades fueron uniformes o correspondieron a situaciones
particulares? ¿Cómo reaccionaron los causantes frente a ellas? ¿Los re
sultados obtenidos fueron favorables o nulos para eclesiásticos y civi
les? Como se sabe, en octubre de 1833 cesó la coacción civil del cobro
del diezmo; a partir de ese momento las autoridades eclesiásticas ejer
cieron en solitario la potestad para cobrar la renta decimal, ¿cuáles fue
ron las medidas utilizadas por éstas para exigir el pago de diezmo? Más
aún, ¿cómo resolvieron jurídicam ente los asuntos relativos a la resisten
cia fiscal? ¿Cuál fue el ámbito de competencia al que apelaron para en
juiciar a los deudores?
Ante esta serie de cuestionamientos, es posible proponer una hi
pótesis. Como hipótesis central sostengo que las medidas aplicadas por
las autoridades eclesiásticas y civiles para cobrar el diezmo perdieron
efectividad porque los causantes presentaron formas de resistencia
cada vez más complejas conforme se Iba Implantando el ideario liberal.
Aunado a lo anterior, propongo que ante tal situación, las autoridades
judiciales (jueces eclesiásticos y jueces civiles) hicieron uso de faculta
des jurisdiccionales extraordinarias para coaccionar el cobro de la ren
ta decimal.
IV .3 . David Adán Vázquez Valenzuela, "Mirando atrás: las com uni
dades mexicanas y m exicoam ericanas de Los Ángeles ante la
revolución mexicana. Su participación en el floresm agonismo
(1903-1912)". Proyecto de tesis de maestría en Historia, Instituto
Mora (2011).
La formación de comunidades de migrantes mexicanos en Estados
Unidos ha sido un fenómeno que ha cobrado especial relevancia en
37. ¿COMO FORMULAR UN PROYECTO DE TESIS?
los últimos años.1 A partir del endurecimiento de las leyes migratorias
norteamericanas durante los años noventa y la creciente importancia de
las remesas de dinero enviadas por mexicanos residentes en Estados
Unidos, ha habido voces que claman la existencia de grupos de migran
tes de un perfil menos itinerante y, por lo tanto, la formación de encla
ves étnicos mexicanos de carácter más numeroso.2 Así, la percepción
colectiva de estos grupos tiende a ser la de comunidades que están en
constante crecimiento y que cada vez se organizan de manera más
sistemática para tener una influencia en la economía y la sociedad nor
teamericanas.3 Destaca, sin embargo, la poca atención que los estudio
sos del tema han puesto al origen de dichas comunidades y sus activas
dinámicas de formación ligadas, precisamente, a ese origen.
Si bien se podrían identificar enclaves mexicanos/mexicoamerica-
nos en Estados Unidos desde la época de la anexión por parte del ve
cino del norte de lo que fuera territorio mexicano hasta la guerra de
1846-1848, fue hasta el boom económico de la postguerra civil norte
americana cuando estos enclaves comenzaron a crecer de manera sig
nificativa.4 En este sentido, fueron las áreas del suroeste y el Pacífico
norteamericano las que atrajeron la mayor parte de inmigrantes mexi
canos; y sería el área m etropolitana de la ciudad de Los Ángeles la
que eventualmente serviría de lugar de residencia a la comunidad más
grande de mexicanos fuera del país.5Lo que es más, durante la etapa de
crecimiento de esta comunidad, la ciudad se constituyó en uno de los
escenarios de mayor actividad organizativa de grupos de origen mexi
cano en Estados Unidos.
Las comunidades que estos migrantes formaron vivieron una gra
dual politización que los llevó a comprometerse con movimientos que
tenían demandas laborales y políticas. Poco a poco, comenzaron a en
listarse en los sindicatos norteamericanos y llegaron a organizar algún
movimiento de huelga donde ellos mismos fueron vanguardia.6Confor
1Rafael Alarcón, The Deveiopment of Hometown Associations in rhe United States and
the Use o f Social Remittance in México, Mimeo, 2000.
2Véase Douglas S. Massey, 'The Wall that Keeps lllegal Workers In", The New York
Times, 4 de abril de 2006 y Mariano Sana, "Growth of Remittances from the United States
to México, 1990-2004", Social Torces, vol. 86, núm. 3, marzo de 2008, pp. 995-1025.
3Marc Lacey y Julia Preston, "Some Setbacks Aside, Latinos Reached Milestones in
Midterm Races”, The New York Times, 5 de noviembre de 2010.
4George Sánchez, Becoming Mexican American: Ethnicity, Culture and Identiryin Chica-
no Los Angeles, 1900-1945, Nueva York, Oxford University Press, 1993.
5Rodolfo Acuña, Anything butMexican, Londres/Nueva York, Verso, 1996.
6Véase Juan Gómez-Quiñones, Sembradores. Ricardo flores Mogón y el Partido Liberal
Mexicano: An Eulogy and a Critique, Los Ángeles, Chicano Studies Center-University of Cali
fornia, 1977 y Charles Wollenberg, "Working on El Traque: The Pacific Electric Strike of
1903”, Pacific Historical Review, vol. 42, núm. 3, agosto de 1973, pp. 358-369.
38. CAP. IV. PLANTEAMIENTO DEL PROBLEMA 3 7
me en México se agitaban las aguas políticas y, sobre todo, con el arribo
de cuadros floresmagonistas a Los Ángeles, los miembros de estas co
munidades comenzaron a formar grupos de apoyo a la causa revolu
cionaria en su país de origen.7 Luego del encarcelamiento de Ricardo
Flores Magón y otros líderes del Partido Liberal Mexicano (PLM), se
organizaron para ejercer presión política en las cortes en que se les juz
gaba. Más aún, hubo miembros de la comunidad mexicana y mexi-
coamericana, e incluso anglosajona, que se Involucraron directamente
en los levantamientos organizados por el PLM en México en 1908 y,
más tarde, en el proyecto de la toma de Baja California en 1911,8 Efecti
vamente, la conformación de organizaciones de mexicanos y mexi-
coamericanos en el área de Los Ángeles había pasado de tener un
carácter de resistencia cultural, para implicarse directamente en cues
tiones tanto laborales como políticas. En el proceso, la comunidad an
gelina de origen mexicano había ampliado su radio de acción hasta
abarcar su propio país de origen.
Es, pues, claro que el apoyo dado a Flores Magón por los miembros
de las comunidades mexicanas y mexicoamericanas de Los Ángeles re
presentó un capítulo importante en la historia de la formación de estos
enclaves étnicos. Más aún, constituye en la actualidad un ejemplo
poco explorado de la manera en que mexicanos emigrados buscaron
Influir en la situación sociopolítica de su país de origen. Resulta, por lo
tanto, fundamental conocer este proceso y recuperar en él a referentes
históricos clave para la comunidad radicada en la ciudad, así como para
la historia de la propia revolución mexicana. Desconocer el compromiso
de los miembros de dichas comunidades con el floresmagonismo se
ría dejar de lado una parte importante de su génesis organizativa, así
como diferentes tipos de vínculos que estos miembros buscaron ten
der con la patria. En otras palabras, ignorar la transformación de la orga
nización de dichas comunidades y los lazos que tendieron entre sí
mismas y el floresmagonismo, sería prescindir de un capítulo histórico
sobre uno de los vínculos que estas comunidades buscaron construir
con México, su país de origen; sería restarles cualquier tipo de agencia
en el desarrollo histórico mexicano. De esta manera, la investigación
propuesta atiende a un problema historiográfico relevante, tanto como
a una exigencia de carácter social en la actualidad: la del reconocimien
to de los vínculos profundos y activos de las comunidades mexicanas
y mexicoamericanas con su país de origen, puestos de manifiesto en
momentos de profunda crisis para México, como lo fueron los años
7Se formó incluso un Club Liberal, ASRE, LE 1245, f. 240.
8William Dirk Raat, 'The Diplomacy of Suppression. Los Revoltosos, México and the
United States, 1906-1911", The Hispanic American Histórica! Review 5 6 ,1976, pp. 529-550.
39. de gestación de una revolución a principios del siglo xx. La contribu
ción de trabajos que aporten, si bien de manera modesta, a la recons
trucción en la consciencia colectiva de esos vínculos, parece ser un
imperativo académico para los estudiosos del tema en ambos lados de
la frontera.
3 8 ¿CÓMO FORMULAR UN PROYECTO DE TESIS?
IV .4 . Francisco Jesús Morales Ramírez, "La recepción de la antipsiquiatría
en algunos sectores de la salud mental en México. 1970-1980". Pro
yecto de tesis de maestría en Historia, Instituto Mora (2008).
Hace algunos años encontré un relato que me conmovió de forma
personal con gran fuerza. Según su expediente médico, en 1961 Frank
fue llevado de manera forzada por sus padres a un hospital psiquiátrico.
Las razones aducidas fueron que Frank comenzó a adoptar "ideas y prác
ticas extrañas", tales com o no hacer ningún esfuerzo por encontrar
trabajo, convertirse en vegetariano estricto y dejarse crecer la barba y el
cabello. El diagnóstico psiquiátrico fue de "reacción esquizofrénica de
tipo paranoide, crónica y severa". Según los psiquiatras que lo atendie
ron, la forma de razonar de Frank era típica de un esquizofrénico, en tan
to que hacía "comentarios infundados", tales como que no sentía la
necesidad de hacer las cosas que hacía el común de la gente, como se
guir una dieta general o rasurarse. La recomendación médica fue que
Frank necesitaba tratamiento en hospitalización, pues representaba "un
peligro para sí mismo y para los demás". El nuevo paciente entonces re
cibió una terapéutica de choque que consistió en 50 comas insulínicos y
35 terapias de electroconvulsión. Tras ello, a decir de sus médicos, "sus
pensamientos se hicieron menos agudos y permitió que lo rasuraran y le
cortaran el cabello". Ocho meses más tarde, Frank fue dado de alta.
A partir de esta historia, surgió en mí un gran interés por la antipsi
quiatría. Años más tarde me propuse hacerlo mi objeto de estudio: "La
recepción del movimiento antipsiquiátrico en México", pensé, sería un
buen tema para la tesis de maestría. Hasta donde sabía, no había ningún
estudio al respecto. Para entonces ya conocía las obras coordinadas por
Sylvia Marcos y la mayor parte de los libros publicados en nuestro país
sobre el tema. La información que encontré sobre la recepción de la an
tipsiquiatría me pareció francamente insuficiente, por lo que creí oportu
no recurrir a la historia oral y hacer algunas entrevistas a protagonistas
del movimiento para completar las fuentes de mi investigación. En
esos momentos supuse que las entrevistas me develarían todo un
mundo de sucesos que yo desconocía. Y así fue, pero no el sentido que
40. CAP. IV. PLANTEAMIENTO DEL PROBLEMA 3 9
yo esperaba. Al iniciar este trabajo, realmente yo creía que en México
habían tenido lugar, al menos, algunas experiencias prácticas como en
Kingsley Hall o en Gorizia. Pero, tras efectuar las entrevistas y hacer una
búsqueda bibliográfica y hemerográfica, me encontré con que el pano
rama aquí había sido totalmente distinto. "En México no sucedió nada
con respecto a la antipsiquiatría", me decían algunas personas conoce
doras del tema, "por eso no hay ninguna investigación sobre ello; qué vas
a investigar si no pasó nada".
No obstante, si bien en México no se dio un fenómeno como el
ocurrido en Inglaterra o Italia, sí había pasado algo, y mucho, con relación
a la antlpsiquiatría. Entonces, traté de dejar a un lado mis ideas preconce
bidas sobre lo que pudo haber acaecido en nuestro país e intenté vislum
brar lo que me decían -y lo que no- las fuentes. Encontré que el caso
mexicano había sido sumamente interesante debido a las particularida
des que lo constituyeron y que lo diferencian de otros. En efecto, en
México no hubo antipsiquiatría; sin embargo, esto no significa que no se
haya experimentado una recepción interesante de la misma.
Podemos decir que hoy en día el movimiento antipsiquiátrico es
prácticamente desconocido. La mayoría de la gente ignora su existencia.
A excepción de quienes tienen alguna relación con la salud mental -y
aun ellos mismos-, son pocos los que guardan en su memoria que, hace
apenas medio siglo, la psiquiatría comenzó a ser duramente cuestionada
desde su propio seno y a partir de muy diferentes planteamientos.
Al iniciar la década de 1960, la psiquiatría en algunos países euro
peos y en Estados Unidos vivió una oleada de críticas que, en un pri
mer momento, hicieron vacilar sus más sólidos principios. Se plantearon
posturas tan sugerentes como radicales. Por ejemplo, se profetizó el
fin de la psiquiatría como ciencia médica; se planteó que la enferme
dad mental no era más que un mito y que, por lo tanto, no existía
como tal; y que los manicomios deberían ser derribados en cuanto que
eran vistos como instrumentos de opresión y control social. Buena par
te de los jóvenes de los sesenta y los setenta vieron con buenos ojos
estas ideas; en cambio, los psiquiatras de tendencia oficial las rechaza
ron enfáticamente. En retrospectiva, hoy día, podemos ver que este
m ovim iento jugó un papel fundam ental para el desarrollo ulterior
de la psiquiatría occidental contemporánea.
Esta investigación, concretamente, pretende dilucidar la recepción
de la antipsiquiatría en México durante los decenios de 1970 y 1980. Nos
interesa analizar dos cuestiones fundamentales:
1. Las características que aquí adoptaron los preceptos antipsi
quiátricos a partir tanto de las circunstancias internas de la salud
41. 4 0 ¿CÓMO FORMULAR UN PROYECTO DE TESIS?
mental mexicana com o de los factores externos de la cultura y
la sociedad en México;
2. El grado y significado de asimilación, rechazo e influencia de
este movimiento tanto en el interior de la psiquiatría institucio
nalizada como en otras instancias vinculadas con la salud men
tal en nuestro país, como la psicología.
IV .5. Ornar Velasco Herrera, "De coyunturas y procesos: antecedentes
funcionales de la banca central en México 1905-1925". Proyecto de
tesis de maestría en Historia, Instituto Mora (2010).*
El estudio y análisis de la evolución de la banca ha sido uno de los
temas recurrentes en la historiografía económica reciente, tanto en el
ámbito nacional como en el internacional.1 Para dimensionar su peso
dentro de la generación de las condiciones materiales a lo largo del
tiempo, la obra clásica de Karl Polanyi, La gran transformación, nos brin
da un marco analítico para entenderla (junto con el patrón oro, el fun
cionamiento del mercado autorregulador y la consolidación del Estado
liberal) como sustento y eje institucional de la civilización del largo si
glo xix. En este sentido, Polanyi denomina al periodo como "La paz de
los cien años", una paz sustentada precisamente por el papel de la "alta
finanza" dentro de los entrecruces cada vez más complejos de las nacio
nes y sus intereses, y cuyo punto de quiebre se da con el conflicto
armado de la primera guerra mundial.2
Si bien es cierto que se debe dimensionar la propuesta de Polanyi y
circunscribirla a la realidad europea, es innegable que el papel jugado
por la banca a nivel internacional, en contextos como el latinoamerica
no, fue relevante en la medida en que muchos de los primeros experi
mentos bancarios y, no menos importantes, los modelos bancarios que
llegaron a América Latina, fueron en gran parte resultado de la expan
sión c'e esa "alta finanza" de la que nos habla Polanyi.
1Véase, para el caso mexicano, el balance historlográfico de Carlos Manchal y Gusta
vo Del Ángel, "Poder y crisis: historiografía reciente del crédito y la banca en México, Siglos
xix y xx", Historia Mexicana, vol. Lll, núm. 3,2003, pp. 677-724.
2Karl Polanyi, La gran transformación. Los orígenes políticos y económicos de nuestro
tiempo, FCE, México, 1992.
*EI ejemplo da buena cuenta de cómo la problematización de un tema obliga a una
revisión de debates historiográficos. Así, el planteamiento del problema mismo puede ex
ponerse entremezclado con el estado de la cuestión (Nota de las autoras).
42. CAP. IV. PLANTEAMIENTO DEL PROBLEMA 4 1
El surgimiento y consolidación de los bancos centrales y del pa
trón oro, como elementos relevantes del Estado y de las economías
nacionales, se dio precisamente en ese contexto. Así pues, resulta con
veniente hacer referencia a, por lo menos, dos puntos que nos den
perspectivas para plantear una discusión referente a los orígenes de la
banca central en México: por un lado, qué es lo que entendemos fun
cionalm ente como un banco central y, por el otro, cóm o se ha explica
do su surgimiento.3
Respecto al primer punto, es importante distinguir entre un banco
comercial y un banco central. Un banco comercial persigue la obtención
de utilidades a partir de negocios bancarios, el más importante de ellos
hoy día: proveer crédito. Antes de la consolidación de la banca central, el
gran negocio bancario privado era el de la emisión de billetes, emisión
sustentada en las reservas metálicas que dichos bancos poseían. Así pues,
el derecho exclusivo de emisión de billetes fue una de las tareas que his
tóricamente fueron adquiriendo las bancas centrales, por lo que en sus
inicios hablamos de "banca única de emisión" y cuyas tareas eran regu
lar la emisión de billetes y mantener la convertibilidad de los mismos en
oro y plata.4
Por tanto, el concepto de "banca central" es una construcción histó
rica que se ha ido consolidando a lo largo de una senda de experiencias
particulares y de un proceso de aprendizaje, el cual puede ser visto pre
cisamente a la luz de la retrospectiva. Al respecto, Pablo Martín Aceña
nos dice que un banco central hoy día posee cuatro funciones básicas:
"la emisión de dinero legal (billetes); actuar com o banquero del Esta
do; ser banco de bancos o prestamista en última instancia (lenderoflast
resort); y ser conductor de la política monetaria". A lo anterior agrega algo
fundamental: "estas funciones no siempre se han entendido de la misma
form a... El aprendizaje de estas funciones por parte de un banco cen
tral y de sus directores es un proceso extremadamente lento y difícil;
esto es, llegar a desem peñarlas de forma adecuada no es algo que se
3El planteam iento de esta perspectiva puede verse en Carlos Marichal, "Deba
tes sobre los orígenes de la banca central en México", ponencia presentada en el
Segundo Congreso de Historia Económ ica, 2004, <http://w ww .econom ia.unam .m x/
am he/m em oria/sim posiol 1/Carlos%20M ARICHAL%20.pdf> (consultado el 25 de no
viem bre de 2010). En este docum ento, Marichal plantea una interesante discusión
respecto a los orígenes de la banca central en México, discusión que a su vez, com o
verem os líneas abajo, se desprende de una larga senda de investigación previa del
autor respecto a las características de la banca latinoam ericana en la segunda mitad
del siglo xix.
4Emma Gabriela Aguilar Reed, "La banca central en Inglaterra, los Estados Unidos y
México", tesis de licenciatura, México, Facultad de Derecho-UNAM, 1961, p. 5.
43. ¿CÓMO FORMULAR UN PROYECTO DE TESIS?
logre fácilmente. Sabemos, por los estudios históricos disponibles, que cum
plir con acierto estas funciones ha llevado mucho tiempo".5
Ahora bien, ¿cómo se ha explicado el surgimiento de los bancos
centrales? Para autores teóricos, como Charles Goodhart, existe un pro
ceso "evolutivo" de la banca central en el que una institución bancaria
privada comercial va adquiriendo y concentrando poco a poco tareas
que, a la larga, serán características clave de un banco central. Así, en un
contexto de libre concurrencia bancaria (conocido como free banking),
en el que existe emisión libre de billetes, una Institución se va poslclo-
nando como única emisora y adquiere capacidades reguladoras sobre
otras entidades bancadas. Sin duda, Goodhart plantea un modelo teóri-
co-histórico que está acorde a la realidad del caso Inglés y que podría ser
extensivo para algunos casos en Europa; sin embargo, como el propio
Goodhart plantea, las vías para acceder al banco central divergen en
las causas: algunas de ellas emanaron directamente del Estado, como
el caso de El Banco Estatal Prusiano, o bien como respuesta a sistemas
caóticos de emisión con miras a la centralización y protección de las re
servas metálicas que sustentaban dicha emisión, como sucedió en Italia.6
Otros casos, como el de la Reserva Federal en Estados Unidos, res
pondieron a coyunturas tales como la crisis de 1907, que provocó la
quiebra de una cantidad Importante de bancos en un panorama de
principios del siglo xx en el que Estados Unidos poseía la red bancaria y
descentralizada más grande del mundo. Ante ello, entre 1908 y 1913, se
diseñó el Sistema de la Reserva Federal que funciona hasta la fecha, con
características muy particulares derivadas de una experiencia bancaria
propia de Estados Unidos.7
En el entorno latinoamericano, es Carlos Manchal quien ha trazado
la problemática de Investigación al respecto. En un trabajo primigenio,8
nos brinda un panorama comparativo del origen de los sistemas banca-
5Pablo Martín Aceña, "El Banco de España y las funciones de un banco central 1914
1935", en Pedro Tedde y Carlos Marichal, La formación de los bancos centrales en España y
América Latina (siglos xixyxxi, Madrid, Banco de España-Servicio de Estudios de Historia
Económica, 1994, p. 121.
6Charles Goodhart, The Evolution of Central Banks, Cambridge, Mass., MIT Press, 1988,
pp. 4-5.
7Marichal, "Debates sobre los orígenes de la banca central en México", op. cit.,
página 2.
8Carlos Marichal, "El nacimiento de la banca mexicana en el contexto latinoameri
cano: problemas de periodización". Este trabajo apareció publicado inicialmente en el
libro Banca y poder en México 1800-1925, Grijalbo, México, 1986, pp. 231-266. Fue pu
blicado nuevam ente años más tarde en la serie titulada Lecturas de historia económica,
dentro del tomo Lo banca en México 1820-1920, Instituto Mora/Colegio de México/
UNAM-IIH/Colegio de Michoacán, 1998, pp. 112-141, que es precisamente al que aquí
nos referimos.
44. CAP. IV. PLANTEAMIENTO DEL PROBLEMA 4 3
ríos com erciales en diferentes experiencias latinoam ericanas, pero
dejando muy claro un factor común entre ellos, a saber, el hecho de
constituir sistemas bancarios en los cuales la participación de bancos
que eran parte del Estado, paraestatales o impulsados desde el gobier
no, resultaron fundamentales en el desarrollo financiero de países como
Argentina, Brasil, Chile y México. Así, nos pone en perspectiva un hecho
que resulta importante para entender el desarrollo bancario en Latino
américa: la existencia de instituciones bancarias que, además de cubrir
las necesidades financieras del Estado, operaron también como bancos
comerciales.
En otro de sus trabajos,9 Marichal profundiza en el tema anterior,
pero con un giro importante: un énfasis en los modelos bancarios y el
acercamiento más incisivo al tema de los antecedentes de la banca cen
tral en América Latina. El esbozo comparativo le permite adentrarse en
una discusión teórica que es muy importante para entender la confor
mación del sistema de bancos en Latinoamérica: la añeja y fuerte dispu
ta entre la conveniencia de un sistema de bancos libres versus el banco
único de gobierno con monopolio de emisión, una cuestión que fue
recibida de manera distinta en los países considerados y que, como Ma
nchal explica, tuvo implicaciones políticas y económicas heterogéneas
en cada uno de los contextos nacionales.
Tres puntos de análisis clave para plantear los orígenes de la banca
central en los contextos latinoamericanos se desprenden del estudio de
Marichal: 1) la referencia a los modelos bancarios; 2) la discusión teórica
entre bancos libres y bancos únicos de emisión; 3) la afirmación -pre
sentada en la conclusión de su trabajo- de que, si bien el papel de los
grandes bancos impulsados por el gobierno fue, en todos ellos, fungir
en actividades que hoy ejercería un banco central, ninguno de ellos lo
fue en los hechos. Y mucho menos alguno se convertiría, años después,
en el banco central moderno que hoy día conocemos. En suma, que
para finales del siglo xix tan sólo podemos hablar de lo que fueron los
antecedentes de la banca central.
Esta conclusión es muy importante, pues representa un argumento
sostenido y matizado en otro artículo de Marichal, escrito junto con Da
niel Díaz.10 En él discuten la idea de una experiencia evolutiva en la con
formación de la banca central; su conclusión es que, para el entorno
“ Carlos Marichal, "Modelos y sistemas bancarios en América Latina en el siglo xix
(1850-1860)", en Tedde y Marichal, op. cit., pp. 131-157.
'“ Daniel Díaz Fuentes y Carlos Manchal, 'The Emergence of Central Banks ¡n Latin
America: are Evolutionary Models Applicable?", en Cari Holtfrerich, Jaime Reis y Tonlolo
Gianni (comps.), The Emergence o f Modern Central Banking from 1918 to the Present, Alder-
shot, Ashgate, 1999, pp. 279-319.
45. ¿CÓMO FORMULAR UN PROYECTO DE TESIS?
latinoamericano de finales del siglo xix, no se puede hablar del modelo
evolutivo planteado por Charles Goodhart y, más bien, es correcto ha
blar de la conformación de bancas centrales latinoamericanas impul
sadas por razones coyunturales, por lo que se trataron de procesos
discontinuos.
Marichal desarrolla esa última ¡dea exclusivamente para el caso
mexicano en un trabajo aún no publicado y presentado como una po
nencia en el año de 2004. En él discute los orígenes de la banca cen
tral en México y elabora un esquema de las instituciones que ejercieron
algunas tareas que hoy día estarían en manos de una banca central.”
Tenemos así dos planos analíticos en los cuales se desenvuelve el
tema. Por un lado, la definición conceptual con un trasfondo histórico
de lo que conocemos como banca central; por el otro, ese propio tras-
fondo que da cuenta de los antecedentes, surgimiento, cambios, adap
tación, consolidación y aprendizaje de la institución que hoy día es
responsable de la política monetaria nacional y que representa una de
las instituciones emblemáticas de la regulación y consolidación finan
ciera del Estado.
Es en estos dos planos en los que planteamos una Investigación
que gira en torno al análisis, estudio y problematización de los antece
dentes del Banco de México, fundado en 1925. La investigación propo
ne como hilo conductor el de las tareas de banca central, es decir, el de
un acercamiento analítico desde sus antecedentes funcionales. Para
ello, consideraremos a la Reforma Monetaria de 1905 como punto de
partida, porque ella, además de instaurar una variante del patrón oro en
México, discutió la idea de un "fondo regulador de la circulación mone
taria": la Comisión de Cambios y Moneda. Esta institución se agregó a un
entorno en el que funcionaron otras dos: El Banco Nacional de México y
el Banco Central Mexicano. La interconexión de las mismas nos da la
pauta de una dinámica de banca central "atomizada" y, en esa medida,
el primer antecedente funcional de una banca central en México.
1
1Marichal, “Debates sobre los orígenes de la banca central en México", op. cit.
46. Capítulo V
Estado de
la cuestión
T o d o p r o b l e m a d e in v e s tig a c ió n p a r te d e u n c o n o c i m ie n to
p r e v io . La f o r m u la c ió n d e in t e r r o g a n te s s ig n if ic a tiv a s v a d e la
m a n o d e la id e n tif ic a c ió n d e d if ic u lta d e s , c o n tr a d ic c io n e s , d e b i
lid a d e s o v a c ío s c o n r e la c ió n a l c o n o c i m ie n to q u e s e tie n e d e
u n c ie r to o b je to d e e s tu d io . D e e s ta m a n e r a , e l m a n e jo d e u n a
d e t e r m in a d a b ib lio g r a f ía f o r m a p a r te ta n to d e l p r o c e s o d e s e le c
c ió n d e l te m a m is m o y d e l p la n te a m ie n t o d e l p r o b le m a , c o m o
d e s u p o s t e r i o r r e f o r m u l a c ió n y a f in a m ie n to . E l r e c o n o c i m i e n
to y v a lo r a c ió n d e e s ta lite r a tu r a e s lo q u e s e c o n o c e c o m o es
tado de la cuestión o e s ta d o d e l a rte .
El e s ta d o d e la c u e s ti ó n e s u n b a l a n c e h is to r io g r á f ic o , u n in
v e n ta r io y d is c u s ió n c rític a d e lo s e s tu d io s r e a liz a d o s s o b r e u n
te m a e s p e c íf ic o , a s í c o m o d e a q u e llo s p r ó x im o s al p r o b le m a q u e
le d a s u s ig n if ic a c ió n . E s to s ú ltim o s , a u n si s e o c u p a n d e l e s tu d io
d e o tr a s é p o c a s y la titu d e s o si s o n r e s u lt a d o s d e in v e s tig a c ió n
e n e l m a r c o d e o tr a s d is c ip lin a s , c o n a t e n d e r al m is m o p r o b l e
m a o a u n o c e r c a n o , p u e d e n s u g e r ir p r e g u n ta s , c a m in o s p a r a
tr a ta r d e r e s o lv e r la s y f u e n te s p e r tin e n te s . E s te a p a r t a d o c o n s ti
tu y e , e n t o n c e s , u n a p u n t e d e lo a v a n z a d o p o r in v e s tig a c io n e s
p re v ia s , u n r e c o n o c im ie n to d e s u s a p o r ta c io n e s y u n s e ñ a la m ie n
to a c e r c a d e s u s a lc a n c e s y lim ita c io n e s . C a b e in s is tir e n q u e el
b a l a n c e d e b e a t e n d e r ta n to a l c o n o c i m ie n to d e lo s f e n ó m e n o s
y p r o c e s o s h is tó r ic o s e n c u e s ti ó n , c o m o a lo s m é t o d o s s e g u i
d o s y a la s f u e n te s u tiliz a d a s .
47. 4 6 ¿CÓMO FORMULAR UN PROYECTO DE TESIS?
La e l a b o r a c ió n d e u n e s t a d o d e la c u e s ti ó n e x ig e u n a r e v i
s ió n s is te m á tic a d e c a tá lo g o s d e b ib lio te c a s e ín d ic e s d e r e v is ta s
e s p e c ia liz a d a s . E l b a l a n c e d e lo s te x to s r e v is a d o s p u e d e to m a r
u n a f o r m a e n s a y ís tic a , e s d e c ir , la d e s u p r e s e n ta c ió n y a n á lis is
e n e l m a r c o d e u n a a r g u m e n ta c i ó n e n t o r n o al p r o b le m a p l a n
te a d o .
EJEMPLOS
V .l. José Antonio Maya González, "Salvador Quevedo y Zubleta. De la
escritura errante a la medicina mental en el Manicomio General
La Castañeda, 1859-1935". Proyecto de tesis de maestría en Histo
ria, Instituto Mora (2010).
En la última década, la historia de la vida intelectual m exicana ha
despertado un profundo interés entre historiadores de las ideas, so
ciólogos del conocim iento, antropólogos culturales y escritores de
vanguardia, interesados en la construcción de saberes, prácticas y
narrativas en torno a la identidad nacional y lo m exicano en distintas
épocas de la vida política del país. Sus objetivos generales han sido
identificar y com prender los procesos históricos que dieron fisonomía
al discurso intelectual m exicano, principalm ente durante la transición
hacia el siglo xx. Durante la segunda mitad del siglo xix en México,
em ergieron una cam ada de ilustres intelectuales que, a través de su
beligerante pluma y form ación hum anista, dejaron testim onio de una
época im portante para la proyección del Estado m oderno y las con
tradicciones del proceso m odernizador porfirista. Salvador Q uevedo y
Zubieta (1859-1935) form ó parte de esa generación de intelectuales
(Manuel Gutiérrez Nájera, Porfirio Parra, José López Portillo, entre
otros) que incidieron, desde sus distintos intereses, en la vida política,
cultural, científica y social del México de Porfirio Díaz. Quevedo y Zu
bieta fue médico, escritor, poeta y activista político del que no existe
un trabajo acabado que procure entender su vida y obra en el contex
to que le tocó vivir.
Salvador Quevedo y Zubieta ha sido un personaje ciertamente olvi
dado en la historia mexicana, la mayoría de las veces, la historiografía po
lítica, literaria y cultural de los siglos xix-xx, lo ha mostrado com o un