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® BIBLIOTECA DIGITAL DE PEDAGOGÍA
“ESTIMADO LECTOR ESTE DOCUMENTO REPRESENTA UNA COPIA PRIVADA
QUE SÓLO PUEDE UTILIZARSE CON FINES EXCLUSIVAMENTE EDUCATIVOS”
• El servicio gratuito que brinda la Biblioteca Digital De Pedagogía; Pedagogium Didáctica, es motivo de tres
objetos de estudio que a continuación se presentan:
 OBJETO PRIMARIO: Difundir el conocimiento Pedagógico a los profesionales de la educación, a las
nuevas generaciones académicas que se desempeñan en el estudio del campo Pedagógico y a
toda persona interesada en el conocimiento de la disciplina.
 OBJETO SECUNDARIO: Facilitar y fomentar en las personas el hábito cultural de la lectura
proporcionando vía on-line materiales informativos y educativos como; Libros, Revistas, Manuales,
Guías y Test de relevancia para situaciones de necesidad doméstica, de formación intelectual y
de fortalecimiento profesional.
 OBJETO TERCIARIO: Contribuir de manera voluntaria al apoyo solidario de personas nacionales e
internacionales que provienen o radican en regiones y sectores más desposeídos y que por
motivos de economía, de territorios geográficos, de discriminación y de Necesidades Educativas
Especiales (NEE) no tienen la posibilidad de acceder a bibliotecas públicas de carácter
gubernamental como a las privadas de carácter empresarial.
• Una vez leído el documento digital, el lector deberá borrar permanentemente el material de su
PC, Laptop, Tablet, Celular o Dispositivo USB, ya que el préstamo del ejemplar solicitado queda
absolutamente vencido después de su uso. No hacerlo inmediatamente, usted se hace responsable de los
perjuicios que tal incumplimiento genere.
• Pedagogium Didáctica, le recomienda que en caso de que usted tenga posibilidades de financiar el
material, compre la versión original en cualquiera de las librerías de su país, ya que algunos
materiales publicados en la Biblioteca son ligeramente reducidos como cumplimiento del tamaño
reglamentario que establece la Red Social, lo que resulta de manera inconveniente en algunas
partes del material digitalizado y escaneado, estas se vean borrosas o no muy claras para el lector.
Si las leyes de su país prohíben este tipo de préstamo, absténgase de seguir utilizando totalmente
los servicios gratuitos de esta Biblioteca. El proyecto Pedagogium Didáctica, no genera ningún interés
económico de forma directa como indirecta, ni de sus usuarios, ni de la red social ni tampoco de
la publicidad de la Biblioteca.
“QUEDA PROHIBIDA LA VENTA, DISTRIBUCIÓN Y COMERCIALIZACIÓN TOTAL DE ESTE
DOCUMENTO SIN PREVIA AUTORIZACIÓN”
¿COMO FORMULAR
UN PROYECTO DE
T
E
SIS?
Guía para estructurar una propuesta de
investigación desde el oficio de la Historia
Alicia Salmerón
Laura Suárez de la Torre
V
Hipótesis P ro y ecto de
w e s ti¿ a c i6 n
m zym m I
Crono^ram al T ítu lo
actividades ■ t e n t a t i v o
V
p r o p u e s ta .
m e to d o tó á .^
B iblio grafía.
Esquem a o
índice
te n ta tiv o
_ J 0 0 l____
r r f i r r r
Instituto
M o ra
EDITORIAL
TRILLAS é
México, Argentina, España,
Colombia, Puerto Rico, Venezuela
m
ie la I ®
Catalogación en la fuente
f Salmerón Castro, Alicia 
¿Cómo formular un proyecto de te sis7 : guía para
estructurar una propuesta de Investigación desde el
oficio de la historia. - México : Trillas, 2015 (relmp. 2015).
156 p. : II. ; 25 cm.
Incluye bibliografías
I5BR 978-607-17-1564-5
1. Tesis - Manuales, etc. 2. Investigación - Metodología.
5. Informes, Redacción de. I. 5uárez de la Torre, Laura. II. t.
^ D- 8 0 8 .0 2 0 2 '57 1 9c LC-Pf1259.T48‘5 5 .2 5716 ^
La presentación y
disposición en conjunto de
¿CÓMO FORMULAR UR PROYECTO
DE TE5I5? Guía para estructurar
una propuesta de investigación
desde el oficio de la historia
son propiedad del editor,
flinguna parte de esta obra puede se r
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♦
(TI)
Reimpresión, febrero 2015
Impreso en México
Printed In México
Esta obra se Imprimió
el 25 de febrero de 2015,
en los talleres de
Encuadernaciones Maguntis, 5. ñ. de C. [/.
B 105 TW
Presentación
¿ C ó m o e la b o r a r u n a p r o p u e s ta d e in v e s tig a c ió n ? ¿ C ó m o h a c e r
f r e n te a la n e c e s i d a d d e f o r m u l a r u n p r o y e c t o p a r a r e a liz a r u n a
te s is ? M u c h o s e s t u d i a n t e s q u e e s t á n p o r f in a liz a r u n a c a r r e r a
u n iv e r s ita r ia o q u e e m p r e n d e n e s tu d i o s d e p o s g r a d o s e e n f r e n ­
t a n a e s te r e to . D e m a n e r a n a t u r a l, a c u d e n a l a m ig o , a l c o m ­
p a ñ e r o o a a l g ú n p r o f e s o r e n b u s c a d e c o n s e jo s . C a d a u n o le
o f r e c e r á r e s p u e s t a s d iv e r s a s ; a l g u n o s lo o r ie n t a r á n , o tr o s p o ­
d r á n c o n f u n d ir l o y d e s c o n c e r t a r lo . E l a p r e n d i z d e in v e s tig a d o r
s e p r e g u n t a r á a c e r c a d e la c o n v e n i e n c i a d e s e le c c io n a r p r im e r o
u n te m a o b i e n d e f in ir a n t e s e l p r o b le m a f u n d a m e n t a l q u e le
p r e o c u p a y q u e d a s e n ti d o a la in v e s tig a c ió n ; s e in q u i e ta r á f r e n ­
te a la e x i g e n c ia d e e n u n c i a r h i p ó t e s i s y o b je tiv o s , o a la d e
e s tr u c tu r a r u n ín d ic e y e la b o r a r u n c r o n o g r a m a d e a c tiv id a d e s ...
Y u n a e x p e r i e n c i a q u e d e b e r í a r e s u lt a r g o z o s a , c o m o la cié r e ­
f le x i o n a r e n to r n o a u n p r o b l e m a d e in v e s tig a c ió n y d e f in ir lo s
c a m in o s p a r a r e s o lv e r lo , c o m o la d e p r o y e c t a r u n tr a b a jo c o n
f u e n te s o r ig in a le s y p a r t i c i p a r e n la c r e a c ió n d e u n c o n o c i ­
m i e n t o n u e v o , s e t o r n a r á a n g u s ti a n te .
L o s s e m i n a r io s d e te s is q u e s e i m p a r te n e n lo s d if e r e n te s
p r o g r a m a s d o c e n t e s ti e n e n e l p r o p ó s i t o d e a p o y a r a l e s tu d i a n te
y o r ie n ta r lo p a r a a r m a r u n p r o y e c t o s u g e r e n te y , a la v e z , c o h e ­
r e n te y f a c tib le . T a m b ié n e x is te n s ó lid o s m a n u a le s p a r a a p o y a r
a l i n v e s t ig a d o r e n f o r m a c ió n . C o n t o d o , p o d r ía r e s u lt a r d e g r a n
a y u d a e l h e c h o d e c o n t a r c o n u n a g u ía e s c r ita , m á s b i e n b r e v e ,
6 ¿COMO FORMULAR UN PROYECTO DE TESIS?
a s í c o m o t e n e r a c c e s o a e j e m p lo s d e a l g u n a s d e la s p a r te s m e ­
d u la r e s d e u n p r o y e c t o d e in v e s tig a c ió n . E l p r e s e n t e lib r o e s
u n a g u ía c o n ta le s c a r a c te r ís tic a s .
E sta g u ía s o b r e c ó m o f o r m u la r u n p r o y e c t o d e in v e s tig a c ió n
c o n s ti tu y e u n a r e s p u e s t a a u n a n e c e s i d a d s u r g id a , p r e c i s a m e n ­
te , e n s e m i n a r io s d e te s is r e a l iz a d o s e n e l I n s titu to M o ra , u n a
in s titu c ió n d e c a r á c te r u n iv e r s i ta r io a d s c r ita a l C O N A C Y T . S e
tr a ta d e s e m in a r io s d e lic e n c ia tu r a , m a e s tr ía y d o c t o r a d o e n H is ­
to r ia y C ie n c ia s S o c ia le s , e n lo s q u e lo s a l u m n o s e l a b o r a n s u s
p r o y e c t o s d e te s is y lo s p r o f e s o r e s d a n s e g u im ie n t o a lo s a v a n ­
c e s y p r e s e n t a c i ó n d e r e s u lt a d o s . L o s e s t u d i a n t e s q u e r e c i b e e l
I n s titu to p r o v i e n e n d e d if e r e n te s r e g io n e s d e l p a ís o d e l e x t r a n ­
je ro , y ll e g a n a s u s a u l a s c o n f o r m a c io n e s d is c ip lin a r ia s m u y
v a r ia d a s . C o n ta r c o n u n a g u ía e s c r ita p a r a e l d i s e ñ o d e u n p r o ­
y e c t o d e in v e s t ig a c i ó n fa c ilita la la b o r d e o r i e n t a c i ó n d e te s is ta s
c o n f o r m a c ió n a c a d é m i c a ta n d iv e r s a y le s o f r e c e m á s h e r r a ­
m i e n ta s d e tr a b a jo .
D e e s ta s u e r te , e l p r o p ó s i t o d e la p r e s e n t e o b r a e s e n c a m i ­
n a r la e l a b o r a c i ó n d e p r o y e c t o s d e in v e s t ig a c i ó n y , d e m a n e r a
m u y e s p e c ia l, la d e p r o y e c t o s d e te s is d e e s t u d i a n t e s d e li c e n ­
c ia tu r a y p o s g r a d o e n la s á r e a s d e H is to r ia y C ie n c ia s S o c ia le s .
L a g u ía p u e d e s e r u tiliz a d a e n s e s io n e s d e s e m in a r io , b a jo la
o r ie n t a c i ó n d e u n p r o f e s o r ; p e r o e l e s t u d i a n t e t a m b i é n p u e d e
tr a b a ja r c o n e lla d e m a n e r a a u tó n o m a . E n c u a lq u ie r c a s o , e s c o n ­
v e n i e n te t e n e r p r e s e n t e q u e , c o m o to d a g u ía , e s te e s u n te x to
d e c o n s u lta y q u e n o n e c e s a r i a m e n t e h a d e l e e r s e d e c o r r id o .
P u e d e n e x a m in a r s e d e e n t r a d a lo s a p a r t a d o s e x p lic a tiv o s ; lo s
n u m e r o s o s e j e m p lo s q u e s e o f r e c e n p o d r á n r e v is a r s e p o c o a
p o c o , c o n f o r m e s e a v a n c e e n la r e d a c c i ó n d e c a d a a p a r t a d o
d e l p r o y e c to . C o n to d a i n t e n c ió n , lo s e j e m p lo s s e l e c c i o n a d o s
ti e n e n d iv e r s o g r a d o d e c o m p le jid a d a fin d e p o d e r m o s tr a r o p ­
c i o n e s a lo s e s t u d i a n t e s s e g ú n s u n iv e l.
L as d e f in i c io n e s y n o ta s q u e a h o r a c o m p a r tim o s s o n r e s u l ­
t a d o d e l tr a b a jo e n s e m i n a r io s d e in v e s t ig a c i ó n y lo s e j e m p lo s
q u e in c lu im o s f u e r o n e l a b o r a d o s p o r n u e s t r o s a l u m n o s e n e l
m a r c o d e e s o s s e m i n a r i o s o d e a l g u n o s o t r o s q u e h e m o s t e n i ­
d o la o p o r t u n i d a d d e im p a r ti r e n o tr a s in s ti tu c i o n e s u n iv e r s i ta ­
PRESENTACION 7
ria s ; a l g u n o s m á s s o n r e s u l t a d o d e p r o y e c t o s d e in v e s t ig a c i ó n
d e s a r r o l l a d o s e n e l p r o p i o I n s titu to M o ra . E l c o n j u n t o d e lo s
e j e m p lo s p r o p u e s t o s c o r r e s p o n d e n a la d is c ip lin a d e la H is to r ia
y , d e m a n e r a m á s e s p e c íf ic a , a lo s c a m p o s d e la H is to r ia p o lí­
tic a , s o c ia l, c u ltu r a l y e c o n ó m ic a , d e la s é p o c a s m o d e r n a y c o n ­
t e m p o r á n e a , q u e s o n e n lo s q u e s e e s p e c ia liz a e l I n s titu to . P e r o
si b i e n e s ta g u ía e s tá o r i e n t a d a a la H is to r ia , p u e d e r e s u lt a r ú til
ta m b i é n p a r a la e l a b o r a c i ó n d e p r o y e c t o s d e in v e s tig a c ió n d e
d is c ip lin a s a f in e s .
A g r a d e c e m o s a lo s e s tu d i a n te s , a l g u n o s d e e llo s a h o r a c o ­
le g a s n u e s tr o s , e l h a b e r n o s p e r m i t i d o r e p r o d u c i r p a r te s d e s u s
p r o y e c to s p a r a e je m p lif ic a r e s ta g u ía . T a m b ié n e s ta m o s e n d e u ­
d a c o n n u e s tr o s c o le g a s L illian B r is e ñ o , G ra c ie la d e G a ra y , M a ri­
s a P é r e z , E r n e s t S á n c h e z S a n tiró y M a tild e S o u to p o r s u s c o n s e jo s
y a tin a d a s o b s e r v a c io n e s p a r a a f in a r e l te x to q u e a h o r a p r e s e n ­
ta m o s .
La s a u t o r a s
índice de
contenido
P resentac ión 5
C a p ítu lo I. P r o y e c to d e in v e s tig a c ió n 11
C a p ítu lo II. T ítu lo te n ta tiv o 15
C a p ítu lo III. P r e s e n t a c i ó n d e l te m a , d e lim ita c ió n te m ­
p o r a l y e s p a c ia l 19
C a p ítu lo IV. P la n t e a m i e n to d e l p r o b le m a /j u s t if ic a c ió n
d e la in v e s tig a c ió n 31
C a p ítu lo V. E s ta d o d e la c u e s ti ó n 4 5
C a p ítu lo VI. H ip ó te s is 6 3
C a p ítu lo VIL O b je tiv o s d e la in v e s tig a c ió n 6 9
C a p ítu lo VIII. P r o p u e s t a m e to d o ló g i c a 77
C a p ítu lo IX. P r e s e n ta c ió n d e f o n d o s y f u e n te s p o r u ti­
liz a r 8 9
C a p ítu lo X. E s q u e m a o ín d i c e te n ta tiv o 9 9
C a p ítu lo XI. C r o n o g r a m a d e a c tiv id a d e s 105
C a p ítu lo XII. R e f e r e n c ia s y b ib lio g r a f ía 115
Anex os 12 3
1. R e c o m e n d a c i o n e s b ib lio g r á f ic a s , 123-
2. P r o p u e s t a s d e f o r m a t o d e f ic h a s d e
tr a b a jo , 126.
3. P r o p u e s t a s d e f o r m a t o d e r e p o r t e d e
a v a n c e s d e in v e s tig a c ió n , 1 3 3 .
9
F
Capítulo I
Proyecto de
investigación
U n p r o y e c t o d e in v e s tig a c ió n e s u n a a g e n d a d e tr a b a jo p a r a
e l e s t u d i o s o d e u n te m a , y u n a g u ía p a r a e l le c to r a c e r c a d e la s
p r e t e n s i o n e s , lo s s u p u e s t o s y la s p r o m e s a s d e l a u to r .
El d i s e ñ o y la r e d a c c i ó n d e u n p r o y e c t o c o n s ti tu y e n e l p r i ­
m e r p a s o e n t o d a in v e s tig a c ió n . Y e n e s te p r im e r p a s o e l v e r ­
d a d e r o p u n t o d e p a r ti d a e s la id e n tif i c a c ió n d e u n p r o b l e m a
d e in v e s t i g a c i ó n , p u e s , c o m o s e ñ a l a M a r io B u n g e , “la i n v e s ­
tig a c ió n c o n s is te e n h a lla r , f o r m u l a r p r o b le m a s y lu c h a r c o n
e l l o s ” .* E l h e c h o d e id e n tif ic a r u n p r o b l e m a e s f u n d a m e n t a l
p a r a lo g r a r u n a c o m p r e n s i ó n a f o n d o d e l f e n ó m e n o o p r o c e s o
e n e s tu d i o , p a r a e v ita r q u e d a r s e e n la d e s c r ip c ió n d e s u s e l e ­
m e n t o s s in a c a b a r d e e n t e n d e r lo q u e é s to s s ig n if ic a n .
U n p r o y e c t o d e in v e s t ig a c i ó n ti e n e d iv e r s a s p a r te s y u n
c ie r to o r d e n e n s u in te r io r , p e r o s u e l a b o r a c i ó n e x ig e ir y v e n i r
e n t r e u n a s y o tr a s , d e ta l s u e r t e q u e - p o d r í a m o s a f i r m a r - s u s
p a r te s s e v a n e l a b o r a n d o d e m a n e r a s im u ltá n e a y s e re tr o a li-
m e n ta n e n t r e sí. A v e c e s s e c r e e te n e r d e f in id a u n a s e c c ió n , p e r o
ta n p r o n t o s e a v a n z a e n o tr a , e s n e c e s a r i o v o lv e r a tr á s y r e d e -
*E1 te x to d e M a rio B u n g e al q u e h a r e m o s r e f e r e n c ia s c o n s t a n te s e s La in ves­
tig a c ió n c ie n tífic a . S u estra teg ia y su filo s o fía , p u b li c a d o o r i g in a l m e n t e e n in g lé s y
tr a d u c id o a l e s p a ñ o l p o r la e d ito r ia l A rie l e n 1 9 6 6 . O tr a s o b r a s q u e h a n s id o d e g r a n
u tilid a d p a r a e s ta g u ía s o n lo s lib r o s c lá s ic o s d e L u is G o n z á le z , E l o ficio d e h isto ria r,
y d e H u m b e r t o E c o , C ó m o se h a c e u n a tesis. N o s h e m o s s e r v id o ta m b ié n d e o b r a s
c o m o E n se ñ a r a in vestig a r, d e R ic a rd o S á n c h e z P u e n te ; U na id ea d e las cie n c ia s
so cia les, d e F e r n a n d o E s c a la n te ; y El c o n o c im ie n to histórico, d e H . I. M a rro u .
11
1 2 ¿COMO FORMULAR UN PROVECTO DE TESIS?
f in ir lo p r o p u e s t o e n la a n te r io r . E s n e c e s a r i o d e s e c h a r la c r e e n ­
c ia d e q u e h a y q u e t e n e r te r m in a d o u n a p a r t a d o p a r a e m p e z a r
e l s ig u ie n te . P o r o tr o la d o , u n b u e n p r o y e c t o r e p r e s e n t a y a u n
a v a n c e im p o r ta n t e d e la p r o p ia in v e s tig a c ió n , si b ie n e s ta m is ­
m a s e v a r e d e f i n i e n d o c o n f o r m e s u r e a l i z a c i ó n p r o g r e s a y
c o m i e n z a a a r r o ja r r e s u l t a d o s : la s h i p ó t e s i s s e m o d i f i c a n o s e
r e f u e r z a n e , in c lu s o , e l p r o b l e m a d e i n v e s t ig a c i ó n s e a f in a y
s e e n r iq u e c e .
A c o n t in u a c i ó n p r e s e n t a m o s u n a r e la c ió n d e lo s p u n t o s q u e
e s c o n v e n i e n t e c o n s id e r a r e n la e l a b o r a c ió n d e u n p r o y e c t o d e
in v e s tig a c ió n , s e g u id a d e u n a b r e v e d e s c r ip c ió n d e c a d a u n o ,
a s í c o m o d e u n c o n j u n to d e e je m p lo s - e j e m p l o s d e l c a m p o d e
la H is to r ia - . El p r o y e c t o p u e d e m a n t e n e r e l o r d e n p r o p u e s t o o
m o d if ic a r lo ; ta m b ié n s e p u e d e o p t a r p o r r e u n i r lo s c o n t e n id o s
d e v a r io s a p a r t a d o s e n u n o s o l o o e s t a b l e c e r m á s s u b d i v i s i o ­
n e s d e la s a q u í s u g e r id a s , p e r o s e r á e s e n c ia l in c lu ir t o d a s la s
c u e s ti o n e s tr a ta d a s a c o n t in u a c ió n . S e rá i m p o r ta n t e c u i d a r q u e
la o r g a n iz a c ió n d e l p r o y e c t o y e l e s tilo e n q u e e s té e s c r ito s e a n
c la ro s .
P a r te c e n tr a l d e to d o p r o y e c to e s e l p la n te a m ie n to d e u n p r o ­
b le m a d e in v e s tig a c ió n y d e u n te m a d e e s tu d i o c o n c r e to q u e
p e r m ita b u s c a r r e p u e s ta s a la s c u e s ti o n e s a p u n t a d a s . El o r d e n
e n q u e e l in v e s tig a d o r d e f in e e l te m a y p r o b le m a d e in v e s tig a ­
c ió n p u e d e v a ria r: h a b r á q u ie n p a r ta d e u n a p r e o c u p a c i ó n d e
o r d e n g e n e r a l y s e a p l iq u e lu e g o a id e n tif ic a r u n a c u e s ti ó n p a r ­
tic u la r, c u y o e s tu d i o a r r o je lu z e n t o r n o a s u s p r e o c u p a c i o n e s
f u n d a m e n ta le s . A lg u ie n m á s q u iz á te n g a u n in te r é s d e f in i d o p o r
u n te m a m u y c o n c r e to y q u e lo p r o b le m a ti c e a c o n tin u a c ió n ; e s
d e c ir , q u e c o n e s t e te m a c o m o p u n t o d e p a r ti d a , lo g r e p l a n ­
t e a r p r e g u n ta s d e c a r á c te r m á s g e n e r a l q u e p r o y e c t e n y d e n
v e r d a d e r a d i m e n s i ó n a la in v e s tig a c ió n . E n c u a l q u i e r c a s o , la
d e l i m i t a c i ó n d e u n t e m a y e l p l a n t e a m i e n t o d e u n p r o b l e ­
m a e x ig e n la r e a liz a c ió n p r e v ia d e u n c o n j u n to d e le c tu r a s . D e
e s ta s u e r te , e l in ic io d e la e l a b o r a c ió n d e l e s t a d o d e la c u e s tió n
- a v a n c e e n la r e v is ió n b ib lio g r á f ic a , p r e p a r a c i ó n d e r e p o r te s d e
le c tu r a y f ic h a d o d e t e x t o s - s e r á u n a a c tiv id a d q u e p r e c e d a y
a c o m p a ñ e a la d e l im i ta c i ó n d e l te m a y a s u p r o b le m a ti z a c i ó n .
CAP. I. PROYECTO DE INVESTIGACION 1 3
E n la s s ig u ie n te s p á g in a s p r e s e n ta m o s lo s p u n to s b á s ic o s q u e
d e b e c o n s i d e r a r u n p r o y e c t o d e in v e s tig a c ió n :
• T ítu lo te n ta tiv o .
• P r e s e n t a c i ó n d e l te m a , d e lim ita c ió n te m p o r a l y e s p a c ia l.
• P l a n t e a m i e n t o d e l p r o b l e m a / j u s t i f i c a c i ó n d e la in v e s t i­
g a c i ó n .
• E s ta d o d e la c u e s tió n .
• H ip ó te s is .
• O b je tiv o s d e la in v e s tig a c ió n .
• P r o p u e s t a m e to d o ló g i c a .
• P r e s e n ta c ió n d e f o n d o s y f u e n t e s p o r u tiliz a r.
• E s q u e m a o ín d ic e te n ta tiv o .
• C r o n o g r a m a d e a c tiv id a d e s .
• R e f e r e n c ia s y b ib lio g r a f ía .
A m a n e r a d e a n e x o fin a l, h e m o s in c lu id o e n e s ta g u ía u n a s
r e c o m e n d a c i o n e s b ib lio g r á f ic a s , a s í c o m o a lg u n a s p r o p u e s ta s d e
f o r m a to d e f ic h a s d e tr a b a jo y d e r e p o r te d e a v a n c e s d e in v e s ti­
g a c ió n ; q u e p u e d e n a p o y a r la e l a b o r a c ió n , p u e s t a e n m a r c h a ,
y s e g u im ie n t o d e d e s a r r o ll o d e l p r o y e c to .
Capítulo ■■
Título tentativo
E s c o n v e n i e n t e q u e u n títu lo e v o q u e n o s ó lo e l te m a d e la
in v e s tig a c ió n , s in o ta m b ié n e l p r o b l e m a h is tó r ic o p la n te a d o . D e
e s ta m a n e r a , a u n q u e e l títu lo a p a r e z c a s ie m p r e e n e l p r im e r
lu g a r d e u n p r o y e c t o , e n r e a l id a d s e d e f in e e n e l tr a n s c u r s o d e
s u e l a b o r a c i ó n o , in c lu s o , a s u té r m in o .
E s r e c o m e n d a b l e u n títu lo s u g e s tiv o , q u e a tr a ig a la a t e n c ió n
d e l le c to r , p e r o s e r á im p o r t a n t e q u e lo g r e p r e c i s i ó n a c e r c a d e
la c u e s t i ó n q u e s e e s tu d i a r á y d e l e s p a c i o y te m p o r a l i d a d a lo s
q u e e s té r e f e r id o . P a r a lo g r a r ta l c o n c r e c ió n , s ie m p r e e s p o s i ­
b l e d i s e ñ a r u n títu lo a tr a c tiv o e i n c o r p o r a r la s p r e c i s i o n e s n e ­
c e s a r ia s e n u n s u b tít u lo o a u n e n t r e p a r é n te s is .
EJEMPLOS
I I . l . "Intelectuales dominicanos frente a la Intervención estadounidense
(1916-1924). Discurso nacionalista y resistencia política"
Isabel de León Olivares. Proyecto de tesis de maestría en Histo­
ria, Instituto Mora (2010).
I I . 2. "De colegio clerical a colegio liberal: el Instituto Campechano (1823­
1910)"
José Manuel Alcocer Bernés. Proyecto de tesis de doctorado en
Historia, Facultad de Filosofía y Letras, UNAM (2006).
1 5
¿CÓMO FORMULAR UN PROYECTO DE TESIS?
I I .3.
I I .4 .
I I . 5.
I I .6 .
I I .7.
I I .8 .
"La administración hacendaría de Rafael Mangino, 1830-1832. En busca
de un mejor control de los recursos públicos federales"
Josaphat Noel Peña Rangel. Proyecto de tesis de maestría en
Historia, Instituto Mora (2008).
"Los negocios de papel: comerciar libros en la Ciudad de México a fina­
les del siglo xvm"
Manuel Suárez. Proyecto de tesis de doctorado en Historia, Fa­
cultad de Filosofía y Letras-UNAM (2008).
"De 'ruinas' y 'antigüedades': valoraciones en torno a los vestigios ar­
queológicos del México prehispánico (1862-1867)''
Paulina Martínez Flgueroa. Proyecto de tesis de maestría en His­
toria, Instituto Mora (2006).
"Nuevos tiempos: ¿nueva justicia? La administración de justicia en Zaca­
tecas, 1812-1835"
Águeda Goretty Venegas de la Torre. Proyecto de tesis de doc­
torado en Historia, Instituto Mora (2007).
"Edición y transferencias culturales en el siglo xix. Francia-México"
Lise Andrles y Laura Suárez de la Torre (coords.). Proyecto co­
lectivo de investigación México-Francla, ANUIES-CONACYT-ECOS
(2007).
"Salvador Quevedo y Zubieta. De la escritura errante a la medicina
mental en el Manicomio General La Castañeda, 1859-1935"
José Antonio Maya González. Proyecto de tesis de maestría en
Historia, Instituto Mora (2010).
II.9.
11.10.
CAP. II. TITULO TENTATIVO 1 7
"Una generación llena de libros: literatura infantil en M éxico a fines del
siglo xx. Estudio histórico"
M aría Fernanda García. Proyecto de tesis de licenciatura en His­
toria, Facultad de Filosofía y Letras-UNAM (2011).
"Una 'instantánea' de la ciudad de M éxico. 1883-1884"
Alicia Salm erón y Fernando Aguayo (coords.). Proyecto co lecti­
vo de investigación, Instituto Mora (2011).
Capítulo III
Presentación del tema,
delimitación temporal
y espacial
T o d o p r o y e c t o d e in v e s tig a c ió n d e b e d e lim ita r c o n c la r id a d
la c u e s tió n p a r tic u la r q u e s e h a d e c id id o e s tu d ia r: a q u e l o a q u e ­
llo s a s p e c to s d e u n c ie r to f e n ó m e n o o p r o c e s o h is tó ric o c o n c u y a
in v e s tig a c ió n m e r e c e la p e n a c o m p r o m e te r s e . E s in d is p e n s a b le
fija r a q u í lo s lím ite s te m p o r a le s y e s p a c ia le s e n q u e s e m o v e r á el
c u e r p o c e n tr a l d e l tra b a jo , a sí c o m o d e ja r e n u n c ia d o s , c u a n d o s e a
e l c a s o , lo s n o m b r e s d e lo s a c to r e s , in s titu c io n e s o lu g a r e s e s p e ­
c ífic o s e n lo s q u e s e d e te n d r á p a r tic u la r m e n te la in v e s tig a c ió n .
El p r o c e s o d e s e le c c ió n y d e lim ita c ió n d e u n te m a s e a c o m ­
p a ñ a s ie m p r e d e la r e a liz a c ió n d e u n c o n ju n to d e le c tu ra s p e r ti­
n e n te s , q u e fo r m a rá n p a rte , a s u v e z , d e l e s ta d o d e la c u e s tió n . D e
e s ta s u e r te , la d e lim ita c ió n d e l te m a y e l e s t a d o d e la c u e s tió n
s e tr a b a ja n , e n r e a lid a d , d e m a n e r a s im u ltá n e a .
R e s u lta ú til t e n e r p r e s e n te q u e la d e f in ic ió n d e l te m a r e s p o n ­
d e a p r e g u n t a s d e l t i p o d e a q u e ll a s q u e in ic ia n c o n u n q u é , u n
q u ié n , u n d ó n d e y u n c u á n d o . L as p r e g u n t a s q u e i n d a g a n a c e r ­
c a d e l p o rq u é, el có m o y e l q u é sig n ifica se u tiliz a n m á s b ie n p a ra
d e f i n ir e l p r o b l e m a d e in v e s ti g a c ió n y la s c u e s t i o n e s c e n t r a ­
le s d e l p r o y e c t o . D e s d e l u e g o q u e la d e f in ic ió n d e l te m a m a r ­
c h a t a m b ié n a la p a r d e la d e f in ic ió n d e l p r o b l e m a h is tó r ic o
q u e s e q u ie r e a b o r d a r . D e f in ic ió n d e l te m a , p la n t e a m i e n to d e l
p r o b l e m a y e s t a d o d e la c u e s t ió n s o n tre s a p a r t a d o s q u e s e tr a ­
b a ja n p r á c t ic a m e n te al m is m o tie m p o .
E s c o n v e n ie n te in s c rib ir, d e s d e e s te m o m e n to d e l p r o y e c to ,
e l te m a s e l e c c io n a d o e n e l c a m p o d e e s tu d io d e in te r é s d e l in -
19
2 0 ¿CÓMO FORMULAR UN PROYECTO DE TESIS?
v e s ti g a d o r (la h is to r ia s o c ia l, p o lític a , c u ltu r a l, e c o n ó m ic a o la
q u e c o r r e s p o n d a ) e id e n tif ic a r e l f e n ó m e n o o p r o c e s o a c u y a
c o m p r e n s i ó n b u s c a c o n t r i b u ir c o n s u s in d a g a c io n e s .
C u a n d o e l h is to r i a d o r ti e n e b i e n c la r o lo q u e q u i e r e in v e s ­
tig a r, p u e d e e n u n c i a r l o e n u n a s p o c a s lín e a s , si b i e n p o d r á
u tiliz a r a l g u n a s m á s p a r a ju s tif ic a r lo s lím ite s t e m p o r a l e s y e s ­
p a c ia le s a d o p t a d o s . D e s d e l u e g o q u e e s ta ju s tif ic a c ió n d e b e r á
h a c e r s e e n f u n c ió n d e l f e n ó m e n o o p r o c e s o h is tó r ic o e n c u e s ­
tió n y d e l a s p e c t o p a r ti c u la r p o r e s tu d ia r . A h o r a b ie n , u n a p r e ­
s e n t a c i ó n m á s e x t e n s a d e l te m a d a la o p o r t u n i d a d d e te je r m á s
f in o a c e r c a d e la s p a r ti c u la r id a d e s d e l te m a y d e la f o r m a e n
q u e s e q u i e r e a b o r d a r .
EJEMPLOS
I I I . 1. Lise Andries y Laura Suárez de la Torre (coords.), "Edición y trans­
ferencias culturales en el siglo xix. Francia-M éxico". Proyecto
colectivo de investigación México-Francia, ANUIES-CONACYT-
ECOS, (2007).
El proyecto se propone estudiar las transferencias culturales que
tuvieron lugar entre Francia y México en el siglo xix a través de las edi­
ciones. Este siglo, en el caso de México tras su independencia en 1821,
corresponde al de un extenso desarrollo de la prensa y la edición; en
Francia, corresponde igualmente a una expansión sin precedentes de
la prensa, con el surgimiento de los almanaques de modas, las revistas
literarias, las publicaciones de carácter enciclopédico, los primeros pe­
riódicos satíricos... Éste es un periodo en que se asiste a una imbrica­
ción estrecha entre el periodismo y la literatura, con la aparición de las
primeras novelas de folletín; también en el que el mundo económico y
el campo cultural están cada día más asociados. El periódico llega inclu­
so a ser una empresa comercial, como lo demuestra el éxito financiero
de Émile de Girardin, verdadero patrón de la prensa, quien lanzó en
1833 el M uséedes Familles -retomado en México con el título de El Re­
creo de las Familias- y sobre todo, Le Siéde, en 1836, el cual transformó
el concepto de la prensa.
CAP. III. PRESENTACIÓN DEL TEMA 2 1
I I I . 2. Dolores Ballesteros Páez, "De castas y esclavos a ciudadanos. Las
representaciones visuales de la población capitalina de origen afri­
cano del periodo virreinal a las primeras décadas del México inde­
pendiente". Proyecto de tesis de maestría en Historia, Instituto Mora
(2008).
El presente proyecto trata de rastrear a un segmento de la pobla­
ción de la ciudad de México que, después de 1821, aun siendo "igual"
legalmente al resto de la población, si quería ascender en la escala so­
cial, debía distanciarse de su herencia africana, ligada al estigma de la
esclavitud. Se trata de argumentar que las representaciones visuales de
la población de origen africano en la Ciudad de México en el periodo
virreinal -pintura, grabado, litografía y escultura- hablan de su activa
colaboración en la economía de la capital y cómo, tras la independen­
cia, esta representación no se reemplaza por la igualdad entre las figu­
ras, sino más bien se caracteriza por minimizar la presencia de los
afromexicanos en las distintas imágenes de la época, siendo identifica­
dos generalmente como parte de la masa trabajadora capitalina de co­
lor de "bronce" o con las regiones costeras del país.
La investigación abarcará desde principios del siglo xvm hasta los
años cincuenta del siglo xix. Se ha elegido esta temporalidad porque
la historiografía sobre la población afronovohispana en la Ciudad de
México concentra los estudios en la época virreinal y, de manera muy
especial, en el ocaso del siglo xvm y hasta la Independencia. En este
sentido, este proyecto continúa el camino de la historiografía que se ha
dedicado al análisis de este grupo social y, al mismo tiempo, Intenta
aportar información sobre los años inmediatamente anteriores y pos­
teriores a la independencia.
I I I . 3. Olivia Moreno Gamboa, "Autores novohlspanos del siglo xvm, ¿una
sociedad de letrados?". Proyecto de tesis de doctorado en Historia,
Facultad de Filosofía y Letras, UNAM (2008).
El objeto de estudio de esta investigación son los autores novohis-
panos vistos como colectivo o grupo social. Considero novohlspanos
tanto a aquellos individuos que nacieron en el virreinato como a los que
tuvieron ahí una amplia trayectoria académica y profesional. Tomaré en
cuenta únicamente a los escritores que publicaron impresos en la Nue­
va España entre 1701 y 1821. Los autores de manuscritos y obras publi­
cadas en el extranjero quedarán, en principio, fuera de este análisis.
2 2 ¿COMO FORMULAR UN PROYECTO DE TESIS?
La elección del siglo xvm y principios del xix como marco histórico
para este proyecto responde a su importancia para la historia del libro
en la Nueva España y, en general, en el mundo occidental; éste fue el
siglo, nunca está de más insistir, en el que se produjo la explosión de la
producción editorial, un fenómeno al que el virreinato americano no
fue ajeno, pero el cual se debe revisar todavía a fondo. Mi investigación
arranca con el siglo xvm y se extiende hasta 1821 por dos razones: en
primer lugar, porque las fuentes seleccionadas permiten estudiar a los
autores en la larga duración, una duración acorde al análisis de fenóm e­
nos culturales, pues su gestación y sus transformaciones suceden en
un extenso periodo de tiempo; y en segundo, porque los aconteci­
mientos ocurridos en las primeras décadas del siglo xix (la ocupación de
España por el ejército napoleónico y el m ovim iento de independen­
cia en la Nueva España) sin duda provocaron cambios importantes en
la evolución de los autores y la producción impresa local.
En cuanto a la representatividad de la investigación en térm inos
del espacio geográfico a tratar, debo aclarar que si bien la gran ma­
yoría de las obras que analizaremos se publicaron México y Puebla,
esto no significa que la totalidad de los autores haya nacido o vivido
únicam ente en esas ciudades. El análisis de la distribución de los au­
tores por su origen geográfico mostrará una realidad más com pleja
y revelará aspectos interesantes sobre la difusión del impreso en el
virreinato.
I I I .4. Miguel Ángel Castro Estrada, "México a través de la ciencia. El retrato
de la identidad nacional mexicana exhibido en la primera conme­
moración del Descubrimiento de América (1892)". Proyeao de tesis
de licenciatura, Facultad de Filosofía y Letras, UNAM (2011).
El trabajo de tesis al que sirve de andamiaje el presente proyecto de
investigación busca acercarse a la "imagen" que de México proyectaron
gobierno y élites porfiristas en dos de los múltiples eventos culturales
celebrados en España con motivo del IV Centenario del descubrimien­
to de América. Me refiero, por un lado, a la Exposición Histórico-Ameri-
cana de Madrid, de 1892;' y por el otro, al ciclo de conferencias dedicadas
al estudio, exposición y discusión de temáticas americanas, que fueron
escuchadas en el Ateneo madrileño entre 1891 -1892.
1En ella figuraron: Alemania, Argentina, Austria, Bolivia, Chile, Colombia, Costa Rica,
Dinamarca, Ecuador, España, Estados Unidos, Guatemala, México, Nicaragua, Noruega,
Perú, Portugal, República Dominicana, Suecia y Uruguay.
CAR III. PRESENTACIÓN DEL TEMA 2 3
La Exposición Histórico-Americana pudo haber tenido un impacto
m enor al de las habituales exposiciones internacionales decim onó­
nicas, pero si tal pudo haber sido el caso, fue precisamente porque su
interés no era mercantil ni promocional, como el de las ferias y expo­
siciones universales de Filadelfia (1876), Nueva Orleans (1884), París
(1889), Chicago (1893), Búfalo (1901) y San Luis (1904). Por el contrario,
la de Madrid en 1892 fue, ante todo, una exposición cultural y científica.
Como parte de las "Instrucciones de la Delegación general de la Junta
directiva del Centenario a los Representantes en aquellos Estados [lati­
noamericanos]", se señalaba que:
Esta índole especial de nuestra Exposición Histórico-Americana re­
chaza toda idea de interés individual, de lucro mercantil y de beneficio
personal, aguijones poderosos que proporcionan granada concurrencia
de expositores y de objetos a otra clase de certámenes generales. En
nuestro caso, por el contrario, es preciso buscar los expositores e invitar­
les y convencerles para que envíen sus objetos o sus colecciones sin otro
estímulo que la satisfacción personal que les producirán la exhibición, la
publicidad y el renombre que puedan alcanzar sus objetos, y esta tarea,
por sí misma penosa y difícil, ha sido una de las primeras encargadas a las
Comisiones españolas en el extranjero.2
El gobierno de Porfirio Díaz aceptó la invitación y comenzó por
crear, el 9 de mayo de 1891, una comisión especial dedicada a organi­
zar, clasificar y preparar los materiales y colecciones que se presentarían
en la Exposición Histórico-Americana de Madrid. Con cerca de 17 000
piezas,3 la delegación mexicana, conformada por intelectuales y políti­
cos de la vieja guardia liberal, llegó dos meses antes de la inauguración.
Como Jefe de la Comisión quedó el General Vicente Riva Palacio, envia­
do extraordinario y Ministro Plenipotenciario en Madrid; mientras que
Francisco del Paso y Troncoso, entonces director del Museo Nacional
de México, sería el Presidente de la misma. Agapito Ortiz de Jiménez
fungió como secretario general, al lado de los siguientes comisionados:
Francisco Sosa, miembro de la Real Academia de la Lengua Española
de México y Secretario de la Junta Colombina; Manuel Payno, cónsul
general en Barcelona; Manuel Gómez Velasco, cónsul en Madrid. Y los
auxiliares generales: Presbítero doctor Francisco Planearte, cura de Ta-
2Archivo Diplomático y consular de España. Revista internacional, política, literaria y de
intereses materiales, Madrid, 8 de noviembre de 1891, año IX, núm. 380, p. 1358.
3Den¡ Ramírez Losada, "La Exposición Histórico-Americana de Madrid de 1892 y la
¿Ausencia? de México", Revista de Indias, 2009, vol. LXIX, núm. 246, p. 281.
2 4 ¿CÓMO FORMULAR UN PROYECTO DE TESIS?
cubaya; Francisco Río de la Loza, profesor de química en el Instituto
Médico Nacional de México; Fernando del Castillo, teniente de la pla­
na mayor facultativa de ingenieros; Jesús Galindo y Villa, secretario de
la Sociedad Científica "Antonio Alzate" de México.
Por su parte, el Ateneo de Madrid, institución prestigiosa que desde
hacía algunos años había agregado una sección de Historia a sus tradi­
cionales secciones de ciencias exactas, físicas, naturales, morales y políti­
cas, resolvió dedicar dos cursos completos (1891-1892) al ciclo histórico
que, difundido y publicado posteriormente bajo el título El Continente
Americano, logró sumar durante las celebraciones centenarias no menos
de 55 conferencias: la mayoría de ellas dictadas por renombrados orado­
res y abarcando un amplio abanico de épocas y temáticas, desde las
historias precolombinas hasta la conclusión del periodo colonial.
Para cumplir con este ambicioso programa se requirió la participa­
ción de hombres públicos y notables escritores u oradores peninsula­
res como eran Francisco Pi y Margall, Cesáreo Fernández Duro, Luis
Vidart, Emilia Pardo Bazán, Antonio María Fabié, Gumersindo de Az-
cárate, Rafael María de Labra, Antonio Cánovas del Castillo o el historia­
dor portugués Oliveira Martins.
El prestigio del Ateneo de Madrid era indiscutible entonces, sin
em bargo, la mayoría de los conferenciantes latinoam ericanos invi­
tados y aun los que se encontraban en Europa, no respondieron
favorablem ente al convite. Sólo tres latinoamericanos, todos ellos di­
plomáticos, acudieron a la cita del Ateneo; el mexicano Vicente Riva
Palacio, el uruguayo Juan Zorrilla de San Martín, y el ministro perua­
no, Pedro Alejandrino del Solar; tres hombres de un total de 300 re­
presentantes latinoamericanos presentes en España en 1892; tres
disertaciones americanas, una de ellas mexicana, frente a c2 discur­
sos peninsulares.
I I I . 5. Miguel Hernández Fuentes, "Discusión religiosa en el espacio públi­
co mexicano 1812-1827". Proyecto de tesis de doctorado en Histo­
ria, Instituto Mora (2005).
Dado el hecho de que, en la monarquía española, la religión se
encontraba bajo la tutela y protección del Estado, y de que todas
las cuestiones eclesiásticas se entremezclaban con las políticas, al tra­
tar cuestiones de gobierno, inevitablemente se dejaba la puerta abierta
para abordar asuntos religiosos.
Así dio inicio la discusión religiosa en el Cádiz de las Cortes, una
querella publicitaria que, dado el apasionamiento que despertó en am-
CAP. III. PRESENTACIÓN DEL TEMA 2 5
bos bandos y de la continua radicalización de lenguajes, llegó a vivirse
como una guerra de opiniones sobre el lugar que debían ocupar la re­
ligión y la Iglesia católica en la vida política y social de la monarquía. Las
resoluciones en materia religiosa tomadas por las Cortes entre 1810 y
1814 -en particular, los decretos de reforma al clero regular, de aboli­
ción del Santo Oficio y el traslado de la defensa de la fe a tribunales
diocesanos- fueron motivo de que las polémicas en los medios impre­
sos se mantuvieran vigentes a lo largo de esos años y de que se exten­
dieran a todas las provincias y dominios de la Corona, tanto en la
península como en America, en donde fueron reproducidas en los ám­
bitos publicitarios locales.
La libertad de emitir opiniones en materia religiosa en el espacio
público representó una importante transformación cultural, sin prece­
dentes en el mundo hispánico; al igual que la vida del régimen constitu­
cional, fue suprimida en 1814 y restablecida en 1820 para, a partir de
entonces, seguir un desarrollo propio en los diferentes estados naciona­
les originados del desmembramiento de la monarquía. En cada uno de
ellos, la discusión religiosa tomaría cauces específicos en buena medida
determinados por el modo en el que se presentara la convivencia de la
Iglesia con el Estado. Además, se alimentaría por la incorporación de las
nuevas ideas y conceptos críticos a la religión que se estaban generan­
do en el siglo xix en el mundo occidental.
En la Nueva España comenzaron a presentarse las novedades en el
campo de la actividad publicitaria durante la misma época en que emer­
gió la revolución liberal en la península, aunque se desarrollaron de ma­
nera más lenta debido a los controles que se imponían a los impresos en
la América española y a la situación provocada por la guerra de ¡nsurgen-
cia. Con la aplicación de la libertad de imprenta, en 1812, los publicistas
locales comenzaron a ejercer su derecho a discutir sobre las cuestiones
políticas del momento; una de ellas, la supresión del fuero eclesiástico
dictada por el virrey Venegas, dio motivo a que se desatara la primera
polémica de carácter religioso en los medios impresos novohispanos.
Las opiniones se dividieron: una parte de los eclesiásticos apoyó la
medida del virrey, mientras que otra la denunció com o el atropello de
uno de sus derechos más legítimos. Miembros del clero de ambas pos­
turas se enfrascaron en debates impresos, en los que exponían los argu­
mentos que fundaban sus posiciones. Además, en esta discusión
incursionaron publicistas laicos como Carlos María de Bustamante y
José Joaquín Fernández de Lizardi. Por otra parte, los impresos gadita­
nos circularon en el virreinato, pero ni sus temas ni el tono de la crítica
fueron emulados por los publicistas locales durante el primer periodo
de libertad de imprenta. No obstante, marcarían una fuerte influencia
2 6 ¿CÓMO FORMULAR UN PROYECTO DE TESIS?
sobre el carácter de futuras discusiones sobre temas religiosos en el
espacio público del México independiente.
El tema de esta investigación es el surgim iento y evolución de la
discusión religiosa en los medios impresos mexicanos desde la apli­
cación de la Constitución de Cádiz en la Nueva España hasta su afian­
zam iento como uno de los terrenos de la actividad publicitaria
durante los primeros años de la República Federal en el México Inde­
pendiente.
I I I .6. Alicia Salmerón y Fernando Aguayo (coords.), "Una 'instantánea' de
la Ciudad de México. 1883-1884". Proyecto colectivo de Investiga­
ción, Instituto Mora (2011).
La presente propuesta de investigación busca un acercamiento,
desde diferentes perspectivas, a la historia de la Ciudad de México en los
años de 1883-1884. Está animada por la ¡dea de aproximarnos a la ciu­
dad y proyectar una imagen de ella en un momento preciso, como si se
tratase de una fotografía Instantánea. Esta imagen estará compuesta, a la
manera de un mosaico, por miradas muy diversas que estudien la vida y
el transcurrir de la ciudad en un par de años.1 Efectivamente, como ex­
plica el historiador francés Frangois Tomas, la dudad está formada por
un conjunto de fragmentos de características muy particulares, cada
uno de los cuales tiene su propia dinámica, "sus ritmos y formas de evo­
lución", lo que obliga la confluencia de diferentes enfoques para acercar­
se a ella.2
Y siguiendo todavía a Fran^ois Tomas, agregaríamos que esta na­
turaleza fragmentaria de la ciudad define temporalidades múltiples, lo
que hace muy difícil establecer cortes que den cuenta de las principa­
les mutaciones del conjunto. Según los años que uno seleccione, se
podrán identificar sucesos significativos para ciertos procesos, mien-
1De alguna m anera, esta ¡dea de proyectar una im agen de un m om ento pre­
ciso a partir de m iradas diversas guarda una relación próxim a con lo que Gum -
brecht ha llamado "un ensayo acerca de la simultaneidad histórica" y con su propósito
de acercar al lector a "una exp eriencia directa del pasado" a partir de un esfuer­
zo por dar cuenta de las m últiples realidades que lo com p onen. Hans Ulrich
G um brecht, En 1926. Viviendo al borde del tiempo, M éxico, Universidad Iberoam eri­
cana, 2004, pp. 412-413.
2El texto referido de Tomas abre una magnífica obra colectiva, coordinada por Car­
men Collado, que constituye un acercamiento panorámico y multifacético a dos siglos
de historia de la Ciudad de México. Fran<;o¡s Tomas, "Historia de la ciudad. Problemas de
periodización", Carmen Collado, Miradas recurrentes II. La ciudad de México en los siglo xix
yxx, México, Instituto Mora/UAM, 2004, pp. 23-49. La ¡dea referida: en p. 23.
CAP. III. PRESENTACION DEL TEMA 2 7
tras que, para otros, lo que se obtendrá es la imagen de un acontecer
cotidiano y de la acompasada marcha de los procesos de los que ese
acontecer forma parte.
En cualquier caso, vale la pena considerar las periodizaciones pro­
puestas por algunos estudiosos de la historia de la Ciudad de México
para definir nuestros años. Por ejemplo, el propio Frangols Tomas Iden­
tifica una gran ruptura en la historia de la capital entre 1856-57 y 1873,
año, este último, en que se Inaugura el ferrocarril Méxlco-Veracruz.3 En
su opinión, en estas casi dos décadas tienen lugar transformaciones
profundas: por un lado, en la estructura social de la ciudad, con una
nueva burguesía por delante y un empuje liberal inédito; por otro, en la
propiedad sobre el suelo a partir de la desamortización de los bienes de
manos muertas, que remodela a la ciudad en función de estos nuevos
intereses. Para este estudioso de la historia de la Ciudad de México, to­
dos los cambios experimentados por la capital durante el porfirlato
obedecen a esta gran ruptura iniciada a mitad del siglo. Sin embargo,
en un trabajo bastante anterior al de Tomas, María Dolores Morales con­
sidera posible definir una periodlzaclon más fina de la historia de la
ciudad a partir de la consideración de uno de sus fragmentos, nada
m enor por lo dem ás: el de su expansión física. En estos cam bios
influyeron, argumenta la autora, la recuperación de la capital de su
supremacía como centro político del país tras el triunfo liberal en 1856;
también un claro crecimiento demográfico y un desarrollo tecnológico,
además de la apertura del crédito urbano y de la ya referida seguridad
sobre la propiedad del suelo.4
Entre 1858 y 1910, María Dolores Morales Identifica tres momentos
en el crecimiento de la ciudad, a saber, un primero entre 1858 y 1883,
marcado por una expansión de la ciudad hacia el norte con nuevos
centros de trabajo y nuevas colonias de clase media y obrera; un segun­
do 1884-1899, con un crecimiento hacia el noreste, poniente y sur de la
ciudad, mediante la creación de 11 fraccionamientos, también para cla­
ses medias y populares; y finalmente un tercero de 1900-1910, caracte­
rizado por un gran crecimiento hacia el sur-poniente, con colonias para
clases altas (la Teja, Condesa y Roma). Los años que hemos seleccio­
nado para construir nuestra "fotografía Instantánea" de la Ciudad de
México -1883-1884- se encuentran precisamente en la coyuntura que
marca el paso del primer al segundo momento de gran expansión
3De hecho, Tomas identifica otras dos grandes rupturas en el siglo xx: una en los
años de 1920-1930; otra en la década de 1980, Ibid., pp. 4 1-42.
4María Dolores Morales, "La expansión de la ciudad de México: el caso de los fraccio­
namientos", en Seminario de Historia Urbana. Alejandra Moreno Toscano (coord.), Ciudad
de México. Ensayo de construcción de una historia, México, SEP/INAH, 1978, pp. 189-200.
¿CÓMO FORMULAR UN PROVECTO DE TESIS?
de la ciudad y en el que confluyen otra serie de procesos políticos,
económicos, sociales y culturales que parece importante recuperar.
Efectivamente, 1883-1884 constituye una coyuntura poblada de
acontecimientos significativos que permiten asomarse a múltiples pro­
cesos. Es el caso, por ejemplo, de la inauguración de la calle de 5 de Mayo,
en 1883, que marcó, de alguna manera, el Inicio de una transformación
arquitectónica de la ciudad; o la Inauguración de obras públicas, como el
sistema de agua delgada, ese mismo año, que anunciaba innovaciones
importantes en los servicios que ofrecería el gobierno de la capital en los
años subsecuentes. De la misma manera, es el caso de la rebelión popu­
lar contra la moneda de níquel, en 1883, que tenía lugar en el contexto
de una fuerte crisis económica nacional, embrollada con la campaña de
desprestigio armada contra el Presidente Manuel González y la disputa
por la sucesión presidencial; o el de las propias elecciones para presiden­
te de la República, en 1884, que anticiparon la apuesta de las elites políti­
cas por la reelección presidencial como factor estabilizador; también de
sucesos como la quiebra del Monte de Piedad y la reorganización de las
principales casas bancarias, que revelaron la profundidad de la crisis eco­
nómica y los peligros de la euforia de construcción ferroviaria. De Igual
forma, acontecimientos como las pomposas fiestas patrias del 5 de mayo
y del 16 de septiembre de 1883, que participaron de una proyección de
la ciudad capital y que, junto con el ¡nielo, al año siguiente, de la publica­
ción por entregas de la magna obra México a través de los siglos, contribu­
yeron de manera significativa a los procesos de construcción de una
identidad nacional. Asimismo, se podría considerar la puesta en funcio­
namiento, en 1884, del edificio de la nueva aduana de Santiago, que sus­
tituía a las Instalaciones de Santo Domingo, de origen colonial, y formaba
parte de todo un proyecto para modificar el sistema de aduanas de la
ciudad; o bien la ampliación de redes tranviarias y telefónicas que recon-
formaban espacio urbano y redes comerciales. Éstos, entre muchos otros,
son acontecimientos importantes que habrá que recuperar, aunque sin
perder de vista que la imagen que se busca de la Ciudad de México en
1883-1884 tiene que ver tanto con grandes eventos y lances que movili­
zaron a sectores de la sociedad, como con el diario transcurrir de la vida
citadina en aquel tiempo.
La década de 1880 marca para la Ciudad de México, como para el
conjunto de las ciudades hispanoamericanas, un momento de cambios
importantes en sus actividades económicas, estructura social y fisono­
mía urbana.5Y los años de 1883-1884, en particular, están cargados de
sucesos elocuentes. Pero este conjunto de sucesos es tan significativo
5José Luis Romero, Latinoamérica: las ciudades y las ideas, [1976] Buenos Aires, Si­
glo XXI, 2001, cap. 6.
CAP. III. PRESENTACION DEL TEMA 2 9
como el que podríamos encontrar en muchos otros años o parejas de
años de la historia de la ciudad. De esta suerte, conviene advertir que
1883-1884 no son "años umbral" en la vida de la dudad de México, es
decir, que no son años con una relevancia especial, que amerite su
estudio de manera aislada para la comprensión de algún proceso his­
tórico específico; no son años que apuntan cambios fundamentales,
que enmarquen sucesos con gran carga simbólica.6 Nada más lejos de
nuestra intención que la de presentarlos como un parteaguas en la his­
toria de la ciudad. Lo que abren estos dos años, que muy bien podrían
haber sido otros, es la posibilidad de asomamos a la riqueza de la vida
de la Ciudad de México en las últimas décadas del siglo xix, en el porfi-
rlato temprano.
6La expresión, de acuerdo con Gumbrecht, proviene de la tradición historíográfica
alemana. Gumbrecht, op. cit., pp. 413-414.
Capítulo I I r
Planteamiento del
problema/Justificación
de la investigación
T o d a i n v e s t i g a c i ó n c o b r a s i g n i f i c a d o e n r a z ó n d e l p l a n ­
t e a m i e n t o d e u n p r o b l e m a . E l t é r m i n o p ro b le m a d e s i g n a
p r e c i s a m e n t e “u n a d if i c u l t a d q u e n o p u e d e r e s o l v e r s e a u t o ­
m á t i c a m e n t e , s i n o q u e r e q u i e r e u n a i n v e s t i g a c i ó n ” .*
U n p r o b l e m a d e in v e s tig a c ió n to m a fo r m a e n u n a o v a r ia s
p r e g u n ta s ; c o n s titu y e u n a in t e r r o g a n te a c e r c a d e a l g u n o o a lg u ­
n o s f e n ó m e n o s o p r o c e s o s q u e c o n s ti tu y e n e l o b je to d e e s tu d io
m is m o d e u n a d is c ip lin a . D e s d e l u e g o q u e e s te p r o b le m a p u e ­
d e s e r d iv id id o e n u n i d a d e s m á s s im p le s , e n p a s o s m á s c o r to s
y , c o n f o r m e s e a v a n z a e n e s ta d iv is ió n , s e a v a n z a e n la d e f in i­
c ió n d e “s u b p r o b l e m a s ”. É s to s p o d r á n s e r e x p r e s a d o s e n u n m a ­
y o r n ú m e r o d e p r e g u n ta s . La p r e s e n ta c ió n d e l p r o b l e m a y lo s
s u b p r o b le m a s ta m b ié n p u e d e to m a r u n a f o r m a d e c la r a tiv a , s ie m ­
p r e q u e r e m ita a u n a c u e s tió n p e n d i e n t e d e r e s o lv e r .
La H is to ria e n p a r tic u la r , c o m o to d a d is c ip lin a c ie n tíf ic a , tie ­
n e f r e n te a s í u n c o n j u n to a b i e r to d e p r o b le m a s q u e r e m i te n a
lo s g r a n d e s p r o c e s o s d e la c iv iliz a c ió n . C a b e d e c ir , d e s d e lu e g o ,
q u e e s te c o n j u n to e s tá e n c o n s ta n t e e x p a n s ió n , p u e s c a d a é p o ­
c a h a c e s u s p r o p i a s p r e g u n ta s a l p a s a d o , la s c u a le s d e p e n d e n
d e la s p r e o c u p a c i o n e s d e o r d e n s o c ia l, p o lític o , c u ltu r a l, r e lig io ­
s o , te c n o ló g ic o , a m b i e n t a l ... p r o p i a s d e l t i e m p o e n e l q u e v iv e
e l h is to r ia d o r .
* M a rio B u n g e , La in v e stig a c ió n c ie n tífic a . S u estrategia y su filo so fía , A rie l, B a r­
c e lo n a , 1 9 6 6 , p . 195.
3 1
La la b o r d e l h is to r i a d o r s e g u ía , e n a lg ú n m o m e n to , p o r p r e ­
g u n t a s a c e r c a d e l q u é , e l q u i é n , e l c u á n d o y e l d ó n d e c o n
r e la c ió n a d e t e r m in a d o s a c o n t e c i m ie n t o s , f e n ó m e n o s o p r o c e ­
s o s . E s a s p r e g u n ta s le p e r m i t e n d e lim ita r te m a s , p e r o p a r a “p r o -
b le m a tiz a r ” s u e s tu d i o e s n e c e s a r i o in te r r o g a r s e ta m b ié n a c e r c a
d e l c u á l, e l c ó m o , e l p o r q u é y e l q u é s ig n ific a . P o r e s te c a m in o
s e p u e d e n p la n te a r p r o b le m a s s u s ta n tiv o s , e s d e c ir , c u e s ti o n e s
'a c e r c a d e l c o n o c i m ie n to d e f e n ó m e n o s y p r o c e s o s h is tó r ic o s .
P e r o e l in v e s tig a d o r ta m b ié n p u e d e p r o p o n e r p r o b le m a s d e o r ­
d e n m e to d o ló g i c o , e s to e s , p r e g u n ta s a c e r c a d e c ó m o p r o c e d e r
p a r a a b o r d a r u n d e t e r m i n a d o o b je to d e e s tu d io .
La f o r m u la c ió n d e l p r o b le m a s u e le s e r la p a r te m á s d ifíc il d e
la e l a b o r a c ió n d e u n p r o y e c t o d e in v e s tig a c ió n y , s e g ú n a d v ie r ­
t e B u n g e , la c a p a c i d a d p a r a f o r m u l a r lo n o p u e d e s e r d ir ig id a
p o r re g la s : f o r m a p a r te d e la s e n s ib ilid a d y d e la c a p a c id a d c r e a ­
d o r a d e l in v e s tig a d o r . S in e m b a r g o , e l m is m o a u t o r o f r e c e a lg u ­
n o s c o n s e jo s : c ritic a r s o lu c io n e s o f r e c id a s p o r la lite r a tu r a s o b r e
e l te m a , p a r a h a l la r s u s p u n t o s d é b i le s ; a p l i c a r r e s p u e s t a s c o ­
n o c id a s a s itu a c io n e s n u e v a s y v e r si s ig u e n s i e n d o v á lid a s ; g e ­
n e r a liz a r v ie jo s p r o b le m a s in c o r p o r a n d o n u e v a s v a r ia b le s ; b u s c a r
r e la c io n e s c o n p r o b le m a s q u e p e r te n e c e n a o tr o s c a m p o s . . .* E sto
e x i g e , s i n d u d a , la l e c t u r a p r e v i a d e u n a a m p l i a b ib l io g r a f ía :
la r e la c io n a d a c o n e l e s tu d io d e l te m a p r e c is o d e la in v e s tig a c ió n ,
y o tr a q u e s e h a y a o c u p a d o d e t e m a s y p r o b l e m a s a n á l o g o s
e n o tr o s m o m e n t o s y e s p a c i o s . E n e s t e s e n t i d o - e s c o n v e n i e n ­
t e i n s i s t i r - , la f o r m u l a c i ó n d e l p r o b l e m a d e i n v e s t i g a c i ó n
s e d e b e t r a b a ja r - a l ig u a l q u e s e h a c e c o n la d e l i m i t a c i ó n d e l
t e m a - d e m a n e r a s im u ltá n e a a l e s ta d o d e la c u e s tió n .
U n tr a b a jo d e in v e s tig a c ió n s e ju s tific a e n r a z ó n d e la im p o r ­
ta n c ia d e l p r o b le m a d e in v e s tig a c ió n p l a n t e a d o y , p o r ta n to , e n
s u s p o s ib ilid a d e s d e c o n t r i b u ir a l c o n o c i m ie n to h is tó r ic o ; ta m ­
b i é n p u e d e e n c o n t r a r s u ju s tif ic a c ió n e n s u c a p a c i d a d p a r a
e x p l o r a r n u e v a s p r o p u e s t a s t e ó r i c a s y m e t o d o l ó g i c a s . D e e s ta
m a n e r a , s e r á n e c e s a r i o q u e e l p r o y e c t o p o n g a e n r e lie v e e l in ­
t e r é s d e la i n v e s t i g a c i ó n e n e l m a r c o d e d e b a t e s h is t o r i o g r á -
3 2 ¿CÓMO FORMULAR UN PROYECTO DE TESIS?
*Op. cit., p p . 1 9 2 -1 9 3 .
CAP. IV. PLANTEAMIENTO DEL PROBLEMA 3 3
f ic o s s ig n if ic a tiv o s . A d e m á s , d e s e r e l c a s o , p u e d e s e ñ a la r s u
r e le v a n c ia p a r a c u e s ti o n e s d e u n in te r é s m á s a llá d e la d is c ip li­
n a m is m a , la s c u a l e s p u e d e n o c u p a r la a t e n c i ó n d e m u y d i ­
v e r s o s s e c to r e s d e la s o c ie d a d . U n a in v e s tig a c ió n h is tó r ic a , p o r
e j e m p l o , p u e d e in c id ir e n e l d e s a r r o l l o d e o t r o s c a m p o s d e l
c o n o c i m ie n to o c o n tr ib u ir a la d is c u s ió n d e p r o b le m a s y p r o y e c ­
to s e c o n ó m ic o s , p o lític o s , s o c ia le s , c u ltu r a le s , u r b a n ís tic o s , a m ­
b i e n t a l e s ... E s i m p o r t a n t e v a l o r a r e l im p a c to q u e p u e d e te n e r
u n a in v e s tig a c ió n ; h a c e r s e u n a id e a , d e s d e s u s in ic io s , d e l in t e ­
r é s q u e p u e d e r e p r e s e n t a r p a r a la d is c ip lin a y , e n g e n e r a l, p a r a
la c o m p r e n s i ó n d e u n a r e a lid a d .
E s c o n v e n i e n te in s is tir e n q u e la ju s tific a c ió n d e l e s tu d io p r o ­
y e c t a d o e s u n a s u n t o q u e c o m ie n z a a p e r f ila r s e d e s d e e l p l a n ­
t e a m ie n to d e l p r o b le m a d e in v e s tig a c ió n m is m o . La p r e s e n ta c ió n
d e e s te ú ltim o v a d e la m a n o d e u n a a r g u m e n ta c i ó n q u e d e s ta ­
c a la im p o r ta n c ia d e la s in te r r o g a n te s f o r m u la d a s y q u e a d e la n ta
r a z o n e s c o n v i n c e n te s d e la n e c e s i d a d d e lle v a r s e a c a b o . A si­
m is m o , e l e s t a d o d e la c u e s ti ó n ti e n e e l in te r é s , p r e c is a m e n te ,
d e m o s tr a r p r e g u n t a s p e n d i e n t e s d e r e s p o n d e r , c o n t r a d ic c io n e s
q u e r e q u i e r e n s e r r e s u e lta s , v a c ío s q u e d e b e n s e r a te n d id o s . D e
e s ta s u e r te , la in v e s tig a c ió n e n c o n t r a r á s u r a z ó n d e s e r, ta m b ié n ,
e n s u s p o s ib il id a d e s d e a c e r c a s e a a lg u n a s d e e s a s r e s p u e s ta s
p e n d i e n te s . U n a b u e n a ju s tif ic a c ió n d e la in v e s tig a c ió n s e p u e ­
d e p r e s e n t a r a la p a r d e l p l a n te a m ie n t o d e l p r o b le m a y r e f o r z a r ­
s e e n e l a p a r t a d o c o r r e s p o n d i e n t e al e s ta d o d e la c u e s tió n .
EJEMPLOS
IV . 1. Fausta Gantús (coord.), "Hacia una historia de las prácticas electora­
les en México. Siglo xix". Proyecto colectivo de investigación, Institu­
to Mora (2011).
El proyecto planteado busca enriquecer un debate, quizás poco In­
formado todavía, acerca del lugar de las elecciones en la construcción
de los regímenes políticos decimonónicos, de sus posibilidades para
funcionar con las estructuras sociales heredadas por el México indepen­
3 4 ¿CÓMO FORMULAR UN PROYECTO DE TESIS?
diente y de participar de sus cambios. Interesa cuestionar el papel atri­
buido tradicionalmente a las prácticas electorales como una experiencia
fallida, para comprender la función real que tuvieron las elecciones en la
construcción del Estado mexicano durante el siglo xix.
Nuestro punto de partida para un acercamiento a esta problemática
es la idea de que las elecciones en el siglo xix, sin abrir la vida política a un
juego democrático en forma, constituyeron importantes espacios de ne­
gociación y, como tales, resultaron fundamentales para la articulación de
la sociedad política. De esta manera, el conocer quiénes y cómo votaban
en el siglo xix permitirá no sólo una mejor explicación del creciente papel
legitimador que tuvieron las elecciones en México por sobre otros meca­
nismos de "trasmisión" del poder como el pronunciamiento militar, sino
que permitirá ver con mayor claridad el lugar que tuvieron las elecciones
en la gobernabilidad política del México decimonónico.
En los procesos de transformación de la institución y de las prácti­
cas electorales a lo largo del siglo xix es posible reencontrar tradiciones
de antiguo régimen al lado de normas y prácticas que revelan los alcan­
ces de la revolución liberal. Por otra parte, estos procesos dan cuenta de
un avance nada lineal en un sentido incluyente, es decir, de apertura a la
participación política. Por el contrario, hay momentos de la historia polí­
tica del siglo xix en México de exclusivismo en materia de definición de
derechos ciudadanos, de retroceso de una actitud o espíritu democrá­
tico. Así, la investigación propuesta permitirá una mejor comprensión
de la forma en que se construyó la institución electoral para dar vida e ir
haciendo efectivo un sistema representativo.
IV .2. Carlos Alberto Ortega, "Justicia y fiscalidad en la diócesis de México
(1750-1845)". Apuntes para un proyecto de investigación presenta­
do con la solicitud de ingreso a doctorado en Historia, El Colegio de
México (2010).*
Mi propuesta de investigación plantea dos cuestiones concretas a
resolver. La primera remite a la identificación de las formas de resistencia
de los causantes de diezmos en la demarcación territorial del arzobis­
pado de México durante la segunda mitad del siglo xvm y la primera
mitad del siglo xix. Se trataría de caracterizar las distintas prácticas de re­
*Este ejemplo presenta de la mano el planteamiento del problema y las hipótesis de
trabajo. Tal situación resulta común y es natural, pues las hipótesis son propuestas de res­
puesta a los problemas planteados. Véase el capítulo VI, correspondiente a las hipótesis de
un proyecto.
CAP. IV. PLANTEAMIENTO DEL PROBLEMA 3 5
sistencia fiscal en un contexto específico y de definir sus características
históricas. Por otro lado, en el terreno de lo político, sería indispensable
seguir el discurso de los causantes y la opinión pública, y tratar de
identificar cambios de posturas ideológicas y de valores con relación al
pago de la renta decimal.
La segunda cuestión que interesa a esta propuesta de investiga­
ción se refiere a la competencia de las autoridades eclesiásticas y civiles
en materia de cobro de diezmos. Esto me lleva a plantear varios sub­
problemas que expondré com o preguntas: ¿cómo se definió la com ­
petencia jurisdiccional entre los jueces hacedores, es decir, los jueces
eclesiásticos encargados de la administración del diezmo en la catedral
metropolitana, y las autoridades civiles? ¿Las medidas aplicadas por
ambas autoridades fueron uniformes o correspondieron a situaciones
particulares? ¿Cómo reaccionaron los causantes frente a ellas? ¿Los re­
sultados obtenidos fueron favorables o nulos para eclesiásticos y civi­
les? Como se sabe, en octubre de 1833 cesó la coacción civil del cobro
del diezmo; a partir de ese momento las autoridades eclesiásticas ejer­
cieron en solitario la potestad para cobrar la renta decimal, ¿cuáles fue­
ron las medidas utilizadas por éstas para exigir el pago de diezmo? Más
aún, ¿cómo resolvieron jurídicam ente los asuntos relativos a la resisten­
cia fiscal? ¿Cuál fue el ámbito de competencia al que apelaron para en­
juiciar a los deudores?
Ante esta serie de cuestionamientos, es posible proponer una hi­
pótesis. Como hipótesis central sostengo que las medidas aplicadas por
las autoridades eclesiásticas y civiles para cobrar el diezmo perdieron
efectividad porque los causantes presentaron formas de resistencia
cada vez más complejas conforme se Iba Implantando el ideario liberal.
Aunado a lo anterior, propongo que ante tal situación, las autoridades
judiciales (jueces eclesiásticos y jueces civiles) hicieron uso de faculta­
des jurisdiccionales extraordinarias para coaccionar el cobro de la ren­
ta decimal.
IV .3 . David Adán Vázquez Valenzuela, "Mirando atrás: las com uni­
dades mexicanas y m exicoam ericanas de Los Ángeles ante la
revolución mexicana. Su participación en el floresm agonismo
(1903-1912)". Proyecto de tesis de maestría en Historia, Instituto
Mora (2011).
La formación de comunidades de migrantes mexicanos en Estados
Unidos ha sido un fenómeno que ha cobrado especial relevancia en
¿COMO FORMULAR UN PROYECTO DE TESIS?
los últimos años.1 A partir del endurecimiento de las leyes migratorias
norteamericanas durante los años noventa y la creciente importancia de
las remesas de dinero enviadas por mexicanos residentes en Estados
Unidos, ha habido voces que claman la existencia de grupos de migran­
tes de un perfil menos itinerante y, por lo tanto, la formación de encla­
ves étnicos mexicanos de carácter más numeroso.2 Así, la percepción
colectiva de estos grupos tiende a ser la de comunidades que están en
constante crecimiento y que cada vez se organizan de manera más
sistemática para tener una influencia en la economía y la sociedad nor­
teamericanas.3 Destaca, sin embargo, la poca atención que los estudio­
sos del tema han puesto al origen de dichas comunidades y sus activas
dinámicas de formación ligadas, precisamente, a ese origen.
Si bien se podrían identificar enclaves mexicanos/mexicoamerica-
nos en Estados Unidos desde la época de la anexión por parte del ve­
cino del norte de lo que fuera territorio mexicano hasta la guerra de
1846-1848, fue hasta el boom económico de la postguerra civil norte­
americana cuando estos enclaves comenzaron a crecer de manera sig­
nificativa.4 En este sentido, fueron las áreas del suroeste y el Pacífico
norteamericano las que atrajeron la mayor parte de inmigrantes mexi­
canos; y sería el área m etropolitana de la ciudad de Los Ángeles la
que eventualmente serviría de lugar de residencia a la comunidad más
grande de mexicanos fuera del país.5Lo que es más, durante la etapa de
crecimiento de esta comunidad, la ciudad se constituyó en uno de los
escenarios de mayor actividad organizativa de grupos de origen mexi­
cano en Estados Unidos.
Las comunidades que estos migrantes formaron vivieron una gra­
dual politización que los llevó a comprometerse con movimientos que
tenían demandas laborales y políticas. Poco a poco, comenzaron a en­
listarse en los sindicatos norteamericanos y llegaron a organizar algún
movimiento de huelga donde ellos mismos fueron vanguardia.6Confor­
1Rafael Alarcón, The Deveiopment of Hometown Associations in rhe United States and
the Use o f Social Remittance in México, Mimeo, 2000.
2Véase Douglas S. Massey, 'The Wall that Keeps lllegal Workers In", The New York
Times, 4 de abril de 2006 y Mariano Sana, "Growth of Remittances from the United States
to México, 1990-2004", Social Torces, vol. 86, núm. 3, marzo de 2008, pp. 995-1025.
3Marc Lacey y Julia Preston, "Some Setbacks Aside, Latinos Reached Milestones in
Midterm Races”, The New York Times, 5 de noviembre de 2010.
4George Sánchez, Becoming Mexican American: Ethnicity, Culture and Identiryin Chica-
no Los Angeles, 1900-1945, Nueva York, Oxford University Press, 1993.
5Rodolfo Acuña, Anything butMexican, Londres/Nueva York, Verso, 1996.
6Véase Juan Gómez-Quiñones, Sembradores. Ricardo flores Mogón y el Partido Liberal
Mexicano: An Eulogy and a Critique, Los Ángeles, Chicano Studies Center-University of Cali­
fornia, 1977 y Charles Wollenberg, "Working on El Traque: The Pacific Electric Strike of
1903”, Pacific Historical Review, vol. 42, núm. 3, agosto de 1973, pp. 358-369.
CAP. IV. PLANTEAMIENTO DEL PROBLEMA 3 7
me en México se agitaban las aguas políticas y, sobre todo, con el arribo
de cuadros floresmagonistas a Los Ángeles, los miembros de estas co­
munidades comenzaron a formar grupos de apoyo a la causa revolu­
cionaria en su país de origen.7 Luego del encarcelamiento de Ricardo
Flores Magón y otros líderes del Partido Liberal Mexicano (PLM), se
organizaron para ejercer presión política en las cortes en que se les juz­
gaba. Más aún, hubo miembros de la comunidad mexicana y mexi-
coamericana, e incluso anglosajona, que se Involucraron directamente
en los levantamientos organizados por el PLM en México en 1908 y,
más tarde, en el proyecto de la toma de Baja California en 1911,8 Efecti­
vamente, la conformación de organizaciones de mexicanos y mexi-
coamericanos en el área de Los Ángeles había pasado de tener un
carácter de resistencia cultural, para implicarse directamente en cues­
tiones tanto laborales como políticas. En el proceso, la comunidad an­
gelina de origen mexicano había ampliado su radio de acción hasta
abarcar su propio país de origen.
Es, pues, claro que el apoyo dado a Flores Magón por los miembros
de las comunidades mexicanas y mexicoamericanas de Los Ángeles re­
presentó un capítulo importante en la historia de la formación de estos
enclaves étnicos. Más aún, constituye en la actualidad un ejemplo
poco explorado de la manera en que mexicanos emigrados buscaron
Influir en la situación sociopolítica de su país de origen. Resulta, por lo
tanto, fundamental conocer este proceso y recuperar en él a referentes
históricos clave para la comunidad radicada en la ciudad, así como para
la historia de la propia revolución mexicana. Desconocer el compromiso
de los miembros de dichas comunidades con el floresmagonismo se­
ría dejar de lado una parte importante de su génesis organizativa, así
como diferentes tipos de vínculos que estos miembros buscaron ten­
der con la patria. En otras palabras, ignorar la transformación de la orga­
nización de dichas comunidades y los lazos que tendieron entre sí
mismas y el floresmagonismo, sería prescindir de un capítulo histórico
sobre uno de los vínculos que estas comunidades buscaron construir
con México, su país de origen; sería restarles cualquier tipo de agencia
en el desarrollo histórico mexicano. De esta manera, la investigación
propuesta atiende a un problema historiográfico relevante, tanto como
a una exigencia de carácter social en la actualidad: la del reconocimien­
to de los vínculos profundos y activos de las comunidades mexicanas
y mexicoamericanas con su país de origen, puestos de manifiesto en
momentos de profunda crisis para México, como lo fueron los años
7Se formó incluso un Club Liberal, ASRE, LE 1245, f. 240.
8William Dirk Raat, 'The Diplomacy of Suppression. Los Revoltosos, México and the
United States, 1906-1911", The Hispanic American Histórica! Review 5 6 ,1976, pp. 529-550.
de gestación de una revolución a principios del siglo xx. La contribu­
ción de trabajos que aporten, si bien de manera modesta, a la recons­
trucción en la consciencia colectiva de esos vínculos, parece ser un
imperativo académico para los estudiosos del tema en ambos lados de
la frontera.
3 8 ¿CÓMO FORMULAR UN PROYECTO DE TESIS?
IV .4 . Francisco Jesús Morales Ramírez, "La recepción de la antipsiquiatría
en algunos sectores de la salud mental en México. 1970-1980". Pro­
yecto de tesis de maestría en Historia, Instituto Mora (2008).
Hace algunos años encontré un relato que me conmovió de forma
personal con gran fuerza. Según su expediente médico, en 1961 Frank
fue llevado de manera forzada por sus padres a un hospital psiquiátrico.
Las razones aducidas fueron que Frank comenzó a adoptar "ideas y prác­
ticas extrañas", tales com o no hacer ningún esfuerzo por encontrar
trabajo, convertirse en vegetariano estricto y dejarse crecer la barba y el
cabello. El diagnóstico psiquiátrico fue de "reacción esquizofrénica de
tipo paranoide, crónica y severa". Según los psiquiatras que lo atendie­
ron, la forma de razonar de Frank era típica de un esquizofrénico, en tan­
to que hacía "comentarios infundados", tales como que no sentía la
necesidad de hacer las cosas que hacía el común de la gente, como se­
guir una dieta general o rasurarse. La recomendación médica fue que
Frank necesitaba tratamiento en hospitalización, pues representaba "un
peligro para sí mismo y para los demás". El nuevo paciente entonces re­
cibió una terapéutica de choque que consistió en 50 comas insulínicos y
35 terapias de electroconvulsión. Tras ello, a decir de sus médicos, "sus
pensamientos se hicieron menos agudos y permitió que lo rasuraran y le
cortaran el cabello". Ocho meses más tarde, Frank fue dado de alta.
A partir de esta historia, surgió en mí un gran interés por la antipsi­
quiatría. Años más tarde me propuse hacerlo mi objeto de estudio: "La
recepción del movimiento antipsiquiátrico en México", pensé, sería un
buen tema para la tesis de maestría. Hasta donde sabía, no había ningún
estudio al respecto. Para entonces ya conocía las obras coordinadas por
Sylvia Marcos y la mayor parte de los libros publicados en nuestro país
sobre el tema. La información que encontré sobre la recepción de la an­
tipsiquiatría me pareció francamente insuficiente, por lo que creí oportu­
no recurrir a la historia oral y hacer algunas entrevistas a protagonistas
del movimiento para completar las fuentes de mi investigación. En
esos momentos supuse que las entrevistas me develarían todo un
mundo de sucesos que yo desconocía. Y así fue, pero no el sentido que
CAP. IV. PLANTEAMIENTO DEL PROBLEMA 3 9
yo esperaba. Al iniciar este trabajo, realmente yo creía que en México
habían tenido lugar, al menos, algunas experiencias prácticas como en
Kingsley Hall o en Gorizia. Pero, tras efectuar las entrevistas y hacer una
búsqueda bibliográfica y hemerográfica, me encontré con que el pano­
rama aquí había sido totalmente distinto. "En México no sucedió nada
con respecto a la antipsiquiatría", me decían algunas personas conoce­
doras del tema, "por eso no hay ninguna investigación sobre ello; qué vas
a investigar si no pasó nada".
No obstante, si bien en México no se dio un fenómeno como el
ocurrido en Inglaterra o Italia, sí había pasado algo, y mucho, con relación
a la antlpsiquiatría. Entonces, traté de dejar a un lado mis ideas preconce­
bidas sobre lo que pudo haber acaecido en nuestro país e intenté vislum­
brar lo que me decían -y lo que no- las fuentes. Encontré que el caso
mexicano había sido sumamente interesante debido a las particularida­
des que lo constituyeron y que lo diferencian de otros. En efecto, en
México no hubo antipsiquiatría; sin embargo, esto no significa que no se
haya experimentado una recepción interesante de la misma.
Podemos decir que hoy en día el movimiento antipsiquiátrico es
prácticamente desconocido. La mayoría de la gente ignora su existencia.
A excepción de quienes tienen alguna relación con la salud mental -y
aun ellos mismos-, son pocos los que guardan en su memoria que, hace
apenas medio siglo, la psiquiatría comenzó a ser duramente cuestionada
desde su propio seno y a partir de muy diferentes planteamientos.
Al iniciar la década de 1960, la psiquiatría en algunos países euro­
peos y en Estados Unidos vivió una oleada de críticas que, en un pri­
mer momento, hicieron vacilar sus más sólidos principios. Se plantearon
posturas tan sugerentes como radicales. Por ejemplo, se profetizó el
fin de la psiquiatría como ciencia médica; se planteó que la enferme­
dad mental no era más que un mito y que, por lo tanto, no existía
como tal; y que los manicomios deberían ser derribados en cuanto que
eran vistos como instrumentos de opresión y control social. Buena par­
te de los jóvenes de los sesenta y los setenta vieron con buenos ojos
estas ideas; en cambio, los psiquiatras de tendencia oficial las rechaza­
ron enfáticamente. En retrospectiva, hoy día, podemos ver que este
m ovim iento jugó un papel fundam ental para el desarrollo ulterior
de la psiquiatría occidental contemporánea.
Esta investigación, concretamente, pretende dilucidar la recepción
de la antipsiquiatría en México durante los decenios de 1970 y 1980. Nos
interesa analizar dos cuestiones fundamentales:
1. Las características que aquí adoptaron los preceptos antipsi­
quiátricos a partir tanto de las circunstancias internas de la salud
4 0 ¿CÓMO FORMULAR UN PROYECTO DE TESIS?
mental mexicana com o de los factores externos de la cultura y
la sociedad en México;
2. El grado y significado de asimilación, rechazo e influencia de
este movimiento tanto en el interior de la psiquiatría institucio­
nalizada como en otras instancias vinculadas con la salud men­
tal en nuestro país, como la psicología.
IV .5. Ornar Velasco Herrera, "De coyunturas y procesos: antecedentes
funcionales de la banca central en México 1905-1925". Proyecto de
tesis de maestría en Historia, Instituto Mora (2010).*
El estudio y análisis de la evolución de la banca ha sido uno de los
temas recurrentes en la historiografía económica reciente, tanto en el
ámbito nacional como en el internacional.1 Para dimensionar su peso
dentro de la generación de las condiciones materiales a lo largo del
tiempo, la obra clásica de Karl Polanyi, La gran transformación, nos brin­
da un marco analítico para entenderla (junto con el patrón oro, el fun­
cionamiento del mercado autorregulador y la consolidación del Estado
liberal) como sustento y eje institucional de la civilización del largo si­
glo xix. En este sentido, Polanyi denomina al periodo como "La paz de
los cien años", una paz sustentada precisamente por el papel de la "alta
finanza" dentro de los entrecruces cada vez más complejos de las nacio­
nes y sus intereses, y cuyo punto de quiebre se da con el conflicto
armado de la primera guerra mundial.2
Si bien es cierto que se debe dimensionar la propuesta de Polanyi y
circunscribirla a la realidad europea, es innegable que el papel jugado
por la banca a nivel internacional, en contextos como el latinoamerica­
no, fue relevante en la medida en que muchos de los primeros experi­
mentos bancarios y, no menos importantes, los modelos bancarios que
llegaron a América Latina, fueron en gran parte resultado de la expan­
sión c'e esa "alta finanza" de la que nos habla Polanyi.
1Véase, para el caso mexicano, el balance historlográfico de Carlos Manchal y Gusta­
vo Del Ángel, "Poder y crisis: historiografía reciente del crédito y la banca en México, Siglos
xix y xx", Historia Mexicana, vol. Lll, núm. 3,2003, pp. 677-724.
2Karl Polanyi, La gran transformación. Los orígenes políticos y económicos de nuestro
tiempo, FCE, México, 1992.
*EI ejemplo da buena cuenta de cómo la problematización de un tema obliga a una
revisión de debates historiográficos. Así, el planteamiento del problema mismo puede ex­
ponerse entremezclado con el estado de la cuestión (Nota de las autoras).
CAP. IV. PLANTEAMIENTO DEL PROBLEMA 4 1
El surgimiento y consolidación de los bancos centrales y del pa­
trón oro, como elementos relevantes del Estado y de las economías
nacionales, se dio precisamente en ese contexto. Así pues, resulta con­
veniente hacer referencia a, por lo menos, dos puntos que nos den
perspectivas para plantear una discusión referente a los orígenes de la
banca central en México: por un lado, qué es lo que entendemos fun­
cionalm ente como un banco central y, por el otro, cóm o se ha explica­
do su surgimiento.3
Respecto al primer punto, es importante distinguir entre un banco
comercial y un banco central. Un banco comercial persigue la obtención
de utilidades a partir de negocios bancarios, el más importante de ellos
hoy día: proveer crédito. Antes de la consolidación de la banca central, el
gran negocio bancario privado era el de la emisión de billetes, emisión
sustentada en las reservas metálicas que dichos bancos poseían. Así pues,
el derecho exclusivo de emisión de billetes fue una de las tareas que his­
tóricamente fueron adquiriendo las bancas centrales, por lo que en sus
inicios hablamos de "banca única de emisión" y cuyas tareas eran regu­
lar la emisión de billetes y mantener la convertibilidad de los mismos en
oro y plata.4
Por tanto, el concepto de "banca central" es una construcción histó­
rica que se ha ido consolidando a lo largo de una senda de experiencias
particulares y de un proceso de aprendizaje, el cual puede ser visto pre­
cisamente a la luz de la retrospectiva. Al respecto, Pablo Martín Aceña
nos dice que un banco central hoy día posee cuatro funciones básicas:
"la emisión de dinero legal (billetes); actuar com o banquero del Esta­
do; ser banco de bancos o prestamista en última instancia (lenderoflast
resort); y ser conductor de la política monetaria". A lo anterior agrega algo
fundamental: "estas funciones no siempre se han entendido de la misma
form a... El aprendizaje de estas funciones por parte de un banco cen­
tral y de sus directores es un proceso extremadamente lento y difícil;
esto es, llegar a desem peñarlas de forma adecuada no es algo que se
3El planteam iento de esta perspectiva puede verse en Carlos Marichal, "Deba­
tes sobre los orígenes de la banca central en México", ponencia presentada en el
Segundo Congreso de Historia Económ ica, 2004, <http://w ww .econom ia.unam .m x/
am he/m em oria/sim posiol 1/Carlos%20M ARICHAL%20.pdf> (consultado el 25 de no­
viem bre de 2010). En este docum ento, Marichal plantea una interesante discusión
respecto a los orígenes de la banca central en México, discusión que a su vez, com o
verem os líneas abajo, se desprende de una larga senda de investigación previa del
autor respecto a las características de la banca latinoam ericana en la segunda mitad
del siglo xix.
4Emma Gabriela Aguilar Reed, "La banca central en Inglaterra, los Estados Unidos y
México", tesis de licenciatura, México, Facultad de Derecho-UNAM, 1961, p. 5.
¿CÓMO FORMULAR UN PROYECTO DE TESIS?
logre fácilmente. Sabemos, por los estudios históricos disponibles, que cum­
plir con acierto estas funciones ha llevado mucho tiempo".5
Ahora bien, ¿cómo se ha explicado el surgimiento de los bancos
centrales? Para autores teóricos, como Charles Goodhart, existe un pro­
ceso "evolutivo" de la banca central en el que una institución bancaria
privada comercial va adquiriendo y concentrando poco a poco tareas
que, a la larga, serán características clave de un banco central. Así, en un
contexto de libre concurrencia bancaria (conocido como free banking),
en el que existe emisión libre de billetes, una Institución se va poslclo-
nando como única emisora y adquiere capacidades reguladoras sobre
otras entidades bancadas. Sin duda, Goodhart plantea un modelo teóri-
co-histórico que está acorde a la realidad del caso Inglés y que podría ser
extensivo para algunos casos en Europa; sin embargo, como el propio
Goodhart plantea, las vías para acceder al banco central divergen en
las causas: algunas de ellas emanaron directamente del Estado, como
el caso de El Banco Estatal Prusiano, o bien como respuesta a sistemas
caóticos de emisión con miras a la centralización y protección de las re­
servas metálicas que sustentaban dicha emisión, como sucedió en Italia.6
Otros casos, como el de la Reserva Federal en Estados Unidos, res­
pondieron a coyunturas tales como la crisis de 1907, que provocó la
quiebra de una cantidad Importante de bancos en un panorama de
principios del siglo xx en el que Estados Unidos poseía la red bancaria y
descentralizada más grande del mundo. Ante ello, entre 1908 y 1913, se
diseñó el Sistema de la Reserva Federal que funciona hasta la fecha, con
características muy particulares derivadas de una experiencia bancaria
propia de Estados Unidos.7
En el entorno latinoamericano, es Carlos Manchal quien ha trazado
la problemática de Investigación al respecto. En un trabajo primigenio,8
nos brinda un panorama comparativo del origen de los sistemas banca-
5Pablo Martín Aceña, "El Banco de España y las funciones de un banco central 1914­
1935", en Pedro Tedde y Carlos Marichal, La formación de los bancos centrales en España y
América Latina (siglos xixyxxi, Madrid, Banco de España-Servicio de Estudios de Historia
Económica, 1994, p. 121.
6Charles Goodhart, The Evolution of Central Banks, Cambridge, Mass., MIT Press, 1988,
pp. 4-5.
7Marichal, "Debates sobre los orígenes de la banca central en México", op. cit.,
página 2.
8Carlos Marichal, "El nacimiento de la banca mexicana en el contexto latinoameri­
cano: problemas de periodización". Este trabajo apareció publicado inicialmente en el
libro Banca y poder en México 1800-1925, Grijalbo, México, 1986, pp. 231-266. Fue pu­
blicado nuevam ente años más tarde en la serie titulada Lecturas de historia económica,
dentro del tomo Lo banca en México 1820-1920, Instituto Mora/Colegio de México/
UNAM-IIH/Colegio de Michoacán, 1998, pp. 112-141, que es precisamente al que aquí
nos referimos.
CAP. IV. PLANTEAMIENTO DEL PROBLEMA 4 3
ríos com erciales en diferentes experiencias latinoam ericanas, pero
dejando muy claro un factor común entre ellos, a saber, el hecho de
constituir sistemas bancarios en los cuales la participación de bancos
que eran parte del Estado, paraestatales o impulsados desde el gobier­
no, resultaron fundamentales en el desarrollo financiero de países como
Argentina, Brasil, Chile y México. Así, nos pone en perspectiva un hecho
que resulta importante para entender el desarrollo bancario en Latino­
américa: la existencia de instituciones bancarias que, además de cubrir
las necesidades financieras del Estado, operaron también como bancos
comerciales.
En otro de sus trabajos,9 Marichal profundiza en el tema anterior,
pero con un giro importante: un énfasis en los modelos bancarios y el
acercamiento más incisivo al tema de los antecedentes de la banca cen­
tral en América Latina. El esbozo comparativo le permite adentrarse en
una discusión teórica que es muy importante para entender la confor­
mación del sistema de bancos en Latinoamérica: la añeja y fuerte dispu­
ta entre la conveniencia de un sistema de bancos libres versus el banco
único de gobierno con monopolio de emisión, una cuestión que fue
recibida de manera distinta en los países considerados y que, como Ma­
nchal explica, tuvo implicaciones políticas y económicas heterogéneas
en cada uno de los contextos nacionales.
Tres puntos de análisis clave para plantear los orígenes de la banca
central en los contextos latinoamericanos se desprenden del estudio de
Marichal: 1) la referencia a los modelos bancarios; 2) la discusión teórica
entre bancos libres y bancos únicos de emisión; 3) la afirmación -pre­
sentada en la conclusión de su trabajo- de que, si bien el papel de los
grandes bancos impulsados por el gobierno fue, en todos ellos, fungir
en actividades que hoy ejercería un banco central, ninguno de ellos lo
fue en los hechos. Y mucho menos alguno se convertiría, años después,
en el banco central moderno que hoy día conocemos. En suma, que
para finales del siglo xix tan sólo podemos hablar de lo que fueron los
antecedentes de la banca central.
Esta conclusión es muy importante, pues representa un argumento
sostenido y matizado en otro artículo de Marichal, escrito junto con Da­
niel Díaz.10 En él discuten la idea de una experiencia evolutiva en la con­
formación de la banca central; su conclusión es que, para el entorno
“ Carlos Marichal, "Modelos y sistemas bancarios en América Latina en el siglo xix
(1850-1860)", en Tedde y Marichal, op. cit., pp. 131-157.
'“ Daniel Díaz Fuentes y Carlos Manchal, 'The Emergence of Central Banks ¡n Latin
America: are Evolutionary Models Applicable?", en Cari Holtfrerich, Jaime Reis y Tonlolo
Gianni (comps.), The Emergence o f Modern Central Banking from 1918 to the Present, Alder-
shot, Ashgate, 1999, pp. 279-319.
¿CÓMO FORMULAR UN PROYECTO DE TESIS?
latinoamericano de finales del siglo xix, no se puede hablar del modelo
evolutivo planteado por Charles Goodhart y, más bien, es correcto ha­
blar de la conformación de bancas centrales latinoamericanas impul­
sadas por razones coyunturales, por lo que se trataron de procesos
discontinuos.
Marichal desarrolla esa última ¡dea exclusivamente para el caso
mexicano en un trabajo aún no publicado y presentado como una po­
nencia en el año de 2004. En él discute los orígenes de la banca cen­
tral en México y elabora un esquema de las instituciones que ejercieron
algunas tareas que hoy día estarían en manos de una banca central.”
Tenemos así dos planos analíticos en los cuales se desenvuelve el
tema. Por un lado, la definición conceptual con un trasfondo histórico
de lo que conocemos como banca central; por el otro, ese propio tras-
fondo que da cuenta de los antecedentes, surgimiento, cambios, adap­
tación, consolidación y aprendizaje de la institución que hoy día es
responsable de la política monetaria nacional y que representa una de
las instituciones emblemáticas de la regulación y consolidación finan­
ciera del Estado.
Es en estos dos planos en los que planteamos una Investigación
que gira en torno al análisis, estudio y problematización de los antece­
dentes del Banco de México, fundado en 1925. La investigación propo­
ne como hilo conductor el de las tareas de banca central, es decir, el de
un acercamiento analítico desde sus antecedentes funcionales. Para
ello, consideraremos a la Reforma Monetaria de 1905 como punto de
partida, porque ella, además de instaurar una variante del patrón oro en
México, discutió la idea de un "fondo regulador de la circulación mone­
taria": la Comisión de Cambios y Moneda. Esta institución se agregó a un
entorno en el que funcionaron otras dos: El Banco Nacional de México y
el Banco Central Mexicano. La interconexión de las mismas nos da la
pauta de una dinámica de banca central "atomizada" y, en esa medida,
el primer antecedente funcional de una banca central en México.
1
1Marichal, “Debates sobre los orígenes de la banca central en México", op. cit.
Capítulo V
Estado de
la cuestión
T o d o p r o b l e m a d e in v e s tig a c ió n p a r te d e u n c o n o c i m ie n to
p r e v io . La f o r m u la c ió n d e in t e r r o g a n te s s ig n if ic a tiv a s v a d e la
m a n o d e la id e n tif ic a c ió n d e d if ic u lta d e s , c o n tr a d ic c io n e s , d e b i ­
lid a d e s o v a c ío s c o n r e la c ió n a l c o n o c i m ie n to q u e s e tie n e d e
u n c ie r to o b je to d e e s tu d io . D e e s ta m a n e r a , e l m a n e jo d e u n a
d e t e r m in a d a b ib lio g r a f ía f o r m a p a r te ta n to d e l p r o c e s o d e s e le c ­
c ió n d e l te m a m is m o y d e l p la n te a m ie n t o d e l p r o b le m a , c o m o
d e s u p o s t e r i o r r e f o r m u l a c ió n y a f in a m ie n to . E l r e c o n o c i m i e n ­
to y v a lo r a c ió n d e e s ta lite r a tu r a e s lo q u e s e c o n o c e c o m o es­
tado de la cuestión o e s ta d o d e l a rte .
El e s ta d o d e la c u e s ti ó n e s u n b a l a n c e h is to r io g r á f ic o , u n in ­
v e n ta r io y d is c u s ió n c rític a d e lo s e s tu d io s r e a liz a d o s s o b r e u n
te m a e s p e c íf ic o , a s í c o m o d e a q u e llo s p r ó x im o s al p r o b le m a q u e
le d a s u s ig n if ic a c ió n . E s to s ú ltim o s , a u n si s e o c u p a n d e l e s tu d io
d e o tr a s é p o c a s y la titu d e s o si s o n r e s u lt a d o s d e in v e s tig a c ió n
e n e l m a r c o d e o tr a s d is c ip lin a s , c o n a t e n d e r al m is m o p r o b l e ­
m a o a u n o c e r c a n o , p u e d e n s u g e r ir p r e g u n ta s , c a m in o s p a r a
tr a ta r d e r e s o lv e r la s y f u e n te s p e r tin e n te s . E s te a p a r t a d o c o n s ti­
tu y e , e n t o n c e s , u n a p u n t e d e lo a v a n z a d o p o r in v e s tig a c io n e s
p re v ia s , u n r e c o n o c im ie n to d e s u s a p o r ta c io n e s y u n s e ñ a la m ie n ­
to a c e r c a d e s u s a lc a n c e s y lim ita c io n e s . C a b e in s is tir e n q u e el
b a l a n c e d e b e a t e n d e r ta n to a l c o n o c i m ie n to d e lo s f e n ó m e n o s
y p r o c e s o s h is tó r ic o s e n c u e s ti ó n , c o m o a lo s m é t o d o s s e g u i­
d o s y a la s f u e n te s u tiliz a d a s .
4 6 ¿CÓMO FORMULAR UN PROYECTO DE TESIS?
La e l a b o r a c ió n d e u n e s t a d o d e la c u e s ti ó n e x ig e u n a r e v i­
s ió n s is te m á tic a d e c a tá lo g o s d e b ib lio te c a s e ín d ic e s d e r e v is ta s
e s p e c ia liz a d a s . E l b a l a n c e d e lo s te x to s r e v is a d o s p u e d e to m a r
u n a f o r m a e n s a y ís tic a , e s d e c ir , la d e s u p r e s e n ta c ió n y a n á lis is
e n e l m a r c o d e u n a a r g u m e n ta c i ó n e n t o r n o al p r o b le m a p l a n ­
te a d o .
EJEMPLOS
V .l. José Antonio Maya González, "Salvador Quevedo y Zubleta. De la
escritura errante a la medicina mental en el Manicomio General
La Castañeda, 1859-1935". Proyecto de tesis de maestría en Histo­
ria, Instituto Mora (2010).
En la última década, la historia de la vida intelectual m exicana ha
despertado un profundo interés entre historiadores de las ideas, so­
ciólogos del conocim iento, antropólogos culturales y escritores de
vanguardia, interesados en la construcción de saberes, prácticas y
narrativas en torno a la identidad nacional y lo m exicano en distintas
épocas de la vida política del país. Sus objetivos generales han sido
identificar y com prender los procesos históricos que dieron fisonomía
al discurso intelectual m exicano, principalm ente durante la transición
hacia el siglo xx. Durante la segunda mitad del siglo xix en México,
em ergieron una cam ada de ilustres intelectuales que, a través de su
beligerante pluma y form ación hum anista, dejaron testim onio de una
época im portante para la proyección del Estado m oderno y las con­
tradicciones del proceso m odernizador porfirista. Salvador Q uevedo y
Zubieta (1859-1935) form ó parte de esa generación de intelectuales
(Manuel Gutiérrez Nájera, Porfirio Parra, José López Portillo, entre
otros) que incidieron, desde sus distintos intereses, en la vida política,
cultural, científica y social del México de Porfirio Díaz. Quevedo y Zu­
bieta fue médico, escritor, poeta y activista político del que no existe
un trabajo acabado que procure entender su vida y obra en el contex­
to que le tocó vivir.
Salvador Quevedo y Zubieta ha sido un personaje ciertamente olvi­
dado en la historia mexicana, la mayoría de las veces, la historiografía po­
lítica, literaria y cultural de los siglos xix-xx, lo ha mostrado com o un
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  • 1.
  • 2. ® BIBLIOTECA DIGITAL DE PEDAGOGÍA “ESTIMADO LECTOR ESTE DOCUMENTO REPRESENTA UNA COPIA PRIVADA QUE SÓLO PUEDE UTILIZARSE CON FINES EXCLUSIVAMENTE EDUCATIVOS” • El servicio gratuito que brinda la Biblioteca Digital De Pedagogía; Pedagogium Didáctica, es motivo de tres objetos de estudio que a continuación se presentan:  OBJETO PRIMARIO: Difundir el conocimiento Pedagógico a los profesionales de la educación, a las nuevas generaciones académicas que se desempeñan en el estudio del campo Pedagógico y a toda persona interesada en el conocimiento de la disciplina.  OBJETO SECUNDARIO: Facilitar y fomentar en las personas el hábito cultural de la lectura proporcionando vía on-line materiales informativos y educativos como; Libros, Revistas, Manuales, Guías y Test de relevancia para situaciones de necesidad doméstica, de formación intelectual y de fortalecimiento profesional.  OBJETO TERCIARIO: Contribuir de manera voluntaria al apoyo solidario de personas nacionales e internacionales que provienen o radican en regiones y sectores más desposeídos y que por motivos de economía, de territorios geográficos, de discriminación y de Necesidades Educativas Especiales (NEE) no tienen la posibilidad de acceder a bibliotecas públicas de carácter gubernamental como a las privadas de carácter empresarial. • Una vez leído el documento digital, el lector deberá borrar permanentemente el material de su PC, Laptop, Tablet, Celular o Dispositivo USB, ya que el préstamo del ejemplar solicitado queda absolutamente vencido después de su uso. No hacerlo inmediatamente, usted se hace responsable de los perjuicios que tal incumplimiento genere. • Pedagogium Didáctica, le recomienda que en caso de que usted tenga posibilidades de financiar el material, compre la versión original en cualquiera de las librerías de su país, ya que algunos materiales publicados en la Biblioteca son ligeramente reducidos como cumplimiento del tamaño reglamentario que establece la Red Social, lo que resulta de manera inconveniente en algunas partes del material digitalizado y escaneado, estas se vean borrosas o no muy claras para el lector. Si las leyes de su país prohíben este tipo de préstamo, absténgase de seguir utilizando totalmente los servicios gratuitos de esta Biblioteca. El proyecto Pedagogium Didáctica, no genera ningún interés económico de forma directa como indirecta, ni de sus usuarios, ni de la red social ni tampoco de la publicidad de la Biblioteca. “QUEDA PROHIBIDA LA VENTA, DISTRIBUCIÓN Y COMERCIALIZACIÓN TOTAL DE ESTE DOCUMENTO SIN PREVIA AUTORIZACIÓN”
  • 3.
  • 4. ¿COMO FORMULAR UN PROYECTO DE T E SIS? Guía para estructurar una propuesta de investigación desde el oficio de la Historia Alicia Salmerón Laura Suárez de la Torre V Hipótesis P ro y ecto de w e s ti¿ a c i6 n m zym m I Crono^ram al T ítu lo actividades ■ t e n t a t i v o V p r o p u e s ta . m e to d o tó á .^ B iblio grafía. Esquem a o índice te n ta tiv o _ J 0 0 l____ r r f i r r r Instituto M o ra EDITORIAL TRILLAS é México, Argentina, España, Colombia, Puerto Rico, Venezuela m ie la I ®
  • 5. Catalogación en la fuente f Salmerón Castro, Alicia ¿Cómo formular un proyecto de te sis7 : guía para estructurar una propuesta de Investigación desde el oficio de la historia. - México : Trillas, 2015 (relmp. 2015). 156 p. : II. ; 25 cm. Incluye bibliografías I5BR 978-607-17-1564-5 1. Tesis - Manuales, etc. 2. Investigación - Metodología. 5. Informes, Redacción de. I. 5uárez de la Torre, Laura. II. t. ^ D- 8 0 8 .0 2 0 2 '57 1 9c LC-Pf1259.T48‘5 5 .2 5716 ^ La presentación y disposición en conjunto de ¿CÓMO FORMULAR UR PROYECTO DE TE5I5? Guía para estructurar una propuesta de investigación desde el oficio de la historia son propiedad del editor, flinguna parte de esta obra puede se r reproducida o trasmitida, mediante ningún sistem a o m étodo, electrónico o mecánico (incluyendo el fotocoplado, la grabación o cualquier sistem a de recuperación y almacenamiento de Información), sin consentim iento por escrito del editor Derechos reservados © 2015, Editorial Trillas, 5. A. de C. 7 . División Administrativa, Av, Río Churubusco 585, Col. Gral. Pedro María Anaya, C. P. 05540, México, D. F. Tel. 56884255 FAX 56041564 churubusco® trillas, mx División Logística, Calzada de la Wiga 1152, C. P. 09459, México, D. F. Tel. 56550995, FAX 5 6 5 50870 lavlga@trlllas.mx (^Tienda en linea www.etrlllas.mx Miembro de la Cámara Racional de la Industria Editorial Reg. núm. 158 Primera edición 1-TI I5BR 978-607-17-1564-5 ♦ (TI) Reimpresión, febrero 2015 Impreso en México Printed In México Esta obra se Imprimió el 25 de febrero de 2015, en los talleres de Encuadernaciones Maguntis, 5. ñ. de C. [/. B 105 TW
  • 6. Presentación ¿ C ó m o e la b o r a r u n a p r o p u e s ta d e in v e s tig a c ió n ? ¿ C ó m o h a c e r f r e n te a la n e c e s i d a d d e f o r m u l a r u n p r o y e c t o p a r a r e a liz a r u n a te s is ? M u c h o s e s t u d i a n t e s q u e e s t á n p o r f in a liz a r u n a c a r r e r a u n iv e r s ita r ia o q u e e m p r e n d e n e s tu d i o s d e p o s g r a d o s e e n f r e n ­ t a n a e s te r e to . D e m a n e r a n a t u r a l, a c u d e n a l a m ig o , a l c o m ­ p a ñ e r o o a a l g ú n p r o f e s o r e n b u s c a d e c o n s e jo s . C a d a u n o le o f r e c e r á r e s p u e s t a s d iv e r s a s ; a l g u n o s lo o r ie n t a r á n , o tr o s p o ­ d r á n c o n f u n d ir l o y d e s c o n c e r t a r lo . E l a p r e n d i z d e in v e s tig a d o r s e p r e g u n t a r á a c e r c a d e la c o n v e n i e n c i a d e s e le c c io n a r p r im e r o u n te m a o b i e n d e f in ir a n t e s e l p r o b le m a f u n d a m e n t a l q u e le p r e o c u p a y q u e d a s e n ti d o a la in v e s tig a c ió n ; s e in q u i e ta r á f r e n ­ te a la e x i g e n c ia d e e n u n c i a r h i p ó t e s i s y o b je tiv o s , o a la d e e s tr u c tu r a r u n ín d ic e y e la b o r a r u n c r o n o g r a m a d e a c tiv id a d e s ... Y u n a e x p e r i e n c i a q u e d e b e r í a r e s u lt a r g o z o s a , c o m o la cié r e ­ f le x i o n a r e n to r n o a u n p r o b l e m a d e in v e s tig a c ió n y d e f in ir lo s c a m in o s p a r a r e s o lv e r lo , c o m o la d e p r o y e c t a r u n tr a b a jo c o n f u e n te s o r ig in a le s y p a r t i c i p a r e n la c r e a c ió n d e u n c o n o c i ­ m i e n t o n u e v o , s e t o r n a r á a n g u s ti a n te . L o s s e m i n a r io s d e te s is q u e s e i m p a r te n e n lo s d if e r e n te s p r o g r a m a s d o c e n t e s ti e n e n e l p r o p ó s i t o d e a p o y a r a l e s tu d i a n te y o r ie n ta r lo p a r a a r m a r u n p r o y e c t o s u g e r e n te y , a la v e z , c o h e ­ r e n te y f a c tib le . T a m b ié n e x is te n s ó lid o s m a n u a le s p a r a a p o y a r a l i n v e s t ig a d o r e n f o r m a c ió n . C o n t o d o , p o d r ía r e s u lt a r d e g r a n a y u d a e l h e c h o d e c o n t a r c o n u n a g u ía e s c r ita , m á s b i e n b r e v e ,
  • 7. 6 ¿COMO FORMULAR UN PROYECTO DE TESIS? a s í c o m o t e n e r a c c e s o a e j e m p lo s d e a l g u n a s d e la s p a r te s m e ­ d u la r e s d e u n p r o y e c t o d e in v e s tig a c ió n . E l p r e s e n t e lib r o e s u n a g u ía c o n ta le s c a r a c te r ís tic a s . E sta g u ía s o b r e c ó m o f o r m u la r u n p r o y e c t o d e in v e s tig a c ió n c o n s ti tu y e u n a r e s p u e s t a a u n a n e c e s i d a d s u r g id a , p r e c i s a m e n ­ te , e n s e m i n a r io s d e te s is r e a l iz a d o s e n e l I n s titu to M o ra , u n a in s titu c ió n d e c a r á c te r u n iv e r s i ta r io a d s c r ita a l C O N A C Y T . S e tr a ta d e s e m in a r io s d e lic e n c ia tu r a , m a e s tr ía y d o c t o r a d o e n H is ­ to r ia y C ie n c ia s S o c ia le s , e n lo s q u e lo s a l u m n o s e l a b o r a n s u s p r o y e c t o s d e te s is y lo s p r o f e s o r e s d a n s e g u im ie n t o a lo s a v a n ­ c e s y p r e s e n t a c i ó n d e r e s u lt a d o s . L o s e s t u d i a n t e s q u e r e c i b e e l I n s titu to p r o v i e n e n d e d if e r e n te s r e g io n e s d e l p a ís o d e l e x t r a n ­ je ro , y ll e g a n a s u s a u l a s c o n f o r m a c io n e s d is c ip lin a r ia s m u y v a r ia d a s . C o n ta r c o n u n a g u ía e s c r ita p a r a e l d i s e ñ o d e u n p r o ­ y e c t o d e in v e s t ig a c i ó n fa c ilita la la b o r d e o r i e n t a c i ó n d e te s is ta s c o n f o r m a c ió n a c a d é m i c a ta n d iv e r s a y le s o f r e c e m á s h e r r a ­ m i e n ta s d e tr a b a jo . D e e s ta s u e r te , e l p r o p ó s i t o d e la p r e s e n t e o b r a e s e n c a m i ­ n a r la e l a b o r a c i ó n d e p r o y e c t o s d e in v e s t ig a c i ó n y , d e m a n e r a m u y e s p e c ia l, la d e p r o y e c t o s d e te s is d e e s t u d i a n t e s d e li c e n ­ c ia tu r a y p o s g r a d o e n la s á r e a s d e H is to r ia y C ie n c ia s S o c ia le s . L a g u ía p u e d e s e r u tiliz a d a e n s e s io n e s d e s e m in a r io , b a jo la o r ie n t a c i ó n d e u n p r o f e s o r ; p e r o e l e s t u d i a n t e t a m b i é n p u e d e tr a b a ja r c o n e lla d e m a n e r a a u tó n o m a . E n c u a lq u ie r c a s o , e s c o n ­ v e n i e n te t e n e r p r e s e n t e q u e , c o m o to d a g u ía , e s te e s u n te x to d e c o n s u lta y q u e n o n e c e s a r i a m e n t e h a d e l e e r s e d e c o r r id o . P u e d e n e x a m in a r s e d e e n t r a d a lo s a p a r t a d o s e x p lic a tiv o s ; lo s n u m e r o s o s e j e m p lo s q u e s e o f r e c e n p o d r á n r e v is a r s e p o c o a p o c o , c o n f o r m e s e a v a n c e e n la r e d a c c i ó n d e c a d a a p a r t a d o d e l p r o y e c to . C o n to d a i n t e n c ió n , lo s e j e m p lo s s e l e c c i o n a d o s ti e n e n d iv e r s o g r a d o d e c o m p le jid a d a fin d e p o d e r m o s tr a r o p ­ c i o n e s a lo s e s t u d i a n t e s s e g ú n s u n iv e l. L as d e f in i c io n e s y n o ta s q u e a h o r a c o m p a r tim o s s o n r e s u l ­ t a d o d e l tr a b a jo e n s e m i n a r io s d e in v e s t ig a c i ó n y lo s e j e m p lo s q u e in c lu im o s f u e r o n e l a b o r a d o s p o r n u e s t r o s a l u m n o s e n e l m a r c o d e e s o s s e m i n a r i o s o d e a l g u n o s o t r o s q u e h e m o s t e n i ­ d o la o p o r t u n i d a d d e im p a r ti r e n o tr a s in s ti tu c i o n e s u n iv e r s i ta ­
  • 8. PRESENTACION 7 ria s ; a l g u n o s m á s s o n r e s u l t a d o d e p r o y e c t o s d e in v e s t ig a c i ó n d e s a r r o l l a d o s e n e l p r o p i o I n s titu to M o ra . E l c o n j u n t o d e lo s e j e m p lo s p r o p u e s t o s c o r r e s p o n d e n a la d is c ip lin a d e la H is to r ia y , d e m a n e r a m á s e s p e c íf ic a , a lo s c a m p o s d e la H is to r ia p o lí­ tic a , s o c ia l, c u ltu r a l y e c o n ó m ic a , d e la s é p o c a s m o d e r n a y c o n ­ t e m p o r á n e a , q u e s o n e n lo s q u e s e e s p e c ia liz a e l I n s titu to . P e r o si b i e n e s ta g u ía e s tá o r i e n t a d a a la H is to r ia , p u e d e r e s u lt a r ú til ta m b i é n p a r a la e l a b o r a c i ó n d e p r o y e c t o s d e in v e s tig a c ió n d e d is c ip lin a s a f in e s . A g r a d e c e m o s a lo s e s tu d i a n te s , a l g u n o s d e e llo s a h o r a c o ­ le g a s n u e s tr o s , e l h a b e r n o s p e r m i t i d o r e p r o d u c i r p a r te s d e s u s p r o y e c to s p a r a e je m p lif ic a r e s ta g u ía . T a m b ié n e s ta m o s e n d e u ­ d a c o n n u e s tr o s c o le g a s L illian B r is e ñ o , G ra c ie la d e G a ra y , M a ri­ s a P é r e z , E r n e s t S á n c h e z S a n tiró y M a tild e S o u to p o r s u s c o n s e jo s y a tin a d a s o b s e r v a c io n e s p a r a a f in a r e l te x to q u e a h o r a p r e s e n ­ ta m o s . La s a u t o r a s
  • 9.
  • 10. índice de contenido P resentac ión 5 C a p ítu lo I. P r o y e c to d e in v e s tig a c ió n 11 C a p ítu lo II. T ítu lo te n ta tiv o 15 C a p ítu lo III. P r e s e n t a c i ó n d e l te m a , d e lim ita c ió n te m ­ p o r a l y e s p a c ia l 19 C a p ítu lo IV. P la n t e a m i e n to d e l p r o b le m a /j u s t if ic a c ió n d e la in v e s tig a c ió n 31 C a p ítu lo V. E s ta d o d e la c u e s ti ó n 4 5 C a p ítu lo VI. H ip ó te s is 6 3 C a p ítu lo VIL O b je tiv o s d e la in v e s tig a c ió n 6 9 C a p ítu lo VIII. P r o p u e s t a m e to d o ló g i c a 77 C a p ítu lo IX. P r e s e n ta c ió n d e f o n d o s y f u e n te s p o r u ti­ liz a r 8 9 C a p ítu lo X. E s q u e m a o ín d i c e te n ta tiv o 9 9 C a p ítu lo XI. C r o n o g r a m a d e a c tiv id a d e s 105 C a p ítu lo XII. R e f e r e n c ia s y b ib lio g r a f ía 115 Anex os 12 3 1. R e c o m e n d a c i o n e s b ib lio g r á f ic a s , 123- 2. P r o p u e s t a s d e f o r m a t o d e f ic h a s d e tr a b a jo , 126. 3. P r o p u e s t a s d e f o r m a t o d e r e p o r t e d e a v a n c e s d e in v e s tig a c ió n , 1 3 3 . 9
  • 11. F
  • 12. Capítulo I Proyecto de investigación U n p r o y e c t o d e in v e s tig a c ió n e s u n a a g e n d a d e tr a b a jo p a r a e l e s t u d i o s o d e u n te m a , y u n a g u ía p a r a e l le c to r a c e r c a d e la s p r e t e n s i o n e s , lo s s u p u e s t o s y la s p r o m e s a s d e l a u to r . El d i s e ñ o y la r e d a c c i ó n d e u n p r o y e c t o c o n s ti tu y e n e l p r i ­ m e r p a s o e n t o d a in v e s tig a c ió n . Y e n e s te p r im e r p a s o e l v e r ­ d a d e r o p u n t o d e p a r ti d a e s la id e n tif i c a c ió n d e u n p r o b l e m a d e in v e s t i g a c i ó n , p u e s , c o m o s e ñ a l a M a r io B u n g e , “la i n v e s ­ tig a c ió n c o n s is te e n h a lla r , f o r m u l a r p r o b le m a s y lu c h a r c o n e l l o s ” .* E l h e c h o d e id e n tif ic a r u n p r o b l e m a e s f u n d a m e n t a l p a r a lo g r a r u n a c o m p r e n s i ó n a f o n d o d e l f e n ó m e n o o p r o c e s o e n e s tu d i o , p a r a e v ita r q u e d a r s e e n la d e s c r ip c ió n d e s u s e l e ­ m e n t o s s in a c a b a r d e e n t e n d e r lo q u e é s to s s ig n if ic a n . U n p r o y e c t o d e in v e s t ig a c i ó n ti e n e d iv e r s a s p a r te s y u n c ie r to o r d e n e n s u in te r io r , p e r o s u e l a b o r a c i ó n e x ig e ir y v e n i r e n t r e u n a s y o tr a s , d e ta l s u e r t e q u e - p o d r í a m o s a f i r m a r - s u s p a r te s s e v a n e l a b o r a n d o d e m a n e r a s im u ltá n e a y s e re tr o a li- m e n ta n e n t r e sí. A v e c e s s e c r e e te n e r d e f in id a u n a s e c c ió n , p e r o ta n p r o n t o s e a v a n z a e n o tr a , e s n e c e s a r i o v o lv e r a tr á s y r e d e - *E1 te x to d e M a rio B u n g e al q u e h a r e m o s r e f e r e n c ia s c o n s t a n te s e s La in ves­ tig a c ió n c ie n tífic a . S u estra teg ia y su filo s o fía , p u b li c a d o o r i g in a l m e n t e e n in g lé s y tr a d u c id o a l e s p a ñ o l p o r la e d ito r ia l A rie l e n 1 9 6 6 . O tr a s o b r a s q u e h a n s id o d e g r a n u tilid a d p a r a e s ta g u ía s o n lo s lib r o s c lá s ic o s d e L u is G o n z á le z , E l o ficio d e h isto ria r, y d e H u m b e r t o E c o , C ó m o se h a c e u n a tesis. N o s h e m o s s e r v id o ta m b ié n d e o b r a s c o m o E n se ñ a r a in vestig a r, d e R ic a rd o S á n c h e z P u e n te ; U na id ea d e las cie n c ia s so cia les, d e F e r n a n d o E s c a la n te ; y El c o n o c im ie n to histórico, d e H . I. M a rro u . 11
  • 13. 1 2 ¿COMO FORMULAR UN PROVECTO DE TESIS? f in ir lo p r o p u e s t o e n la a n te r io r . E s n e c e s a r i o d e s e c h a r la c r e e n ­ c ia d e q u e h a y q u e t e n e r te r m in a d o u n a p a r t a d o p a r a e m p e z a r e l s ig u ie n te . P o r o tr o la d o , u n b u e n p r o y e c t o r e p r e s e n t a y a u n a v a n c e im p o r ta n t e d e la p r o p ia in v e s tig a c ió n , si b ie n e s ta m is ­ m a s e v a r e d e f i n i e n d o c o n f o r m e s u r e a l i z a c i ó n p r o g r e s a y c o m i e n z a a a r r o ja r r e s u l t a d o s : la s h i p ó t e s i s s e m o d i f i c a n o s e r e f u e r z a n e , in c lu s o , e l p r o b l e m a d e i n v e s t ig a c i ó n s e a f in a y s e e n r iq u e c e . A c o n t in u a c i ó n p r e s e n t a m o s u n a r e la c ió n d e lo s p u n t o s q u e e s c o n v e n i e n t e c o n s id e r a r e n la e l a b o r a c ió n d e u n p r o y e c t o d e in v e s tig a c ió n , s e g u id a d e u n a b r e v e d e s c r ip c ió n d e c a d a u n o , a s í c o m o d e u n c o n j u n to d e e je m p lo s - e j e m p l o s d e l c a m p o d e la H is to r ia - . El p r o y e c t o p u e d e m a n t e n e r e l o r d e n p r o p u e s t o o m o d if ic a r lo ; ta m b ié n s e p u e d e o p t a r p o r r e u n i r lo s c o n t e n id o s d e v a r io s a p a r t a d o s e n u n o s o l o o e s t a b l e c e r m á s s u b d i v i s i o ­ n e s d e la s a q u í s u g e r id a s , p e r o s e r á e s e n c ia l in c lu ir t o d a s la s c u e s ti o n e s tr a ta d a s a c o n t in u a c ió n . S e rá i m p o r ta n t e c u i d a r q u e la o r g a n iz a c ió n d e l p r o y e c t o y e l e s tilo e n q u e e s té e s c r ito s e a n c la ro s . P a r te c e n tr a l d e to d o p r o y e c to e s e l p la n te a m ie n to d e u n p r o ­ b le m a d e in v e s tig a c ió n y d e u n te m a d e e s tu d i o c o n c r e to q u e p e r m ita b u s c a r r e p u e s ta s a la s c u e s ti o n e s a p u n t a d a s . El o r d e n e n q u e e l in v e s tig a d o r d e f in e e l te m a y p r o b le m a d e in v e s tig a ­ c ió n p u e d e v a ria r: h a b r á q u ie n p a r ta d e u n a p r e o c u p a c i ó n d e o r d e n g e n e r a l y s e a p l iq u e lu e g o a id e n tif ic a r u n a c u e s ti ó n p a r ­ tic u la r, c u y o e s tu d i o a r r o je lu z e n t o r n o a s u s p r e o c u p a c i o n e s f u n d a m e n ta le s . A lg u ie n m á s q u iz á te n g a u n in te r é s d e f in i d o p o r u n te m a m u y c o n c r e to y q u e lo p r o b le m a ti c e a c o n tin u a c ió n ; e s d e c ir , q u e c o n e s t e te m a c o m o p u n t o d e p a r ti d a , lo g r e p l a n ­ t e a r p r e g u n ta s d e c a r á c te r m á s g e n e r a l q u e p r o y e c t e n y d e n v e r d a d e r a d i m e n s i ó n a la in v e s tig a c ió n . E n c u a l q u i e r c a s o , la d e l i m i t a c i ó n d e u n t e m a y e l p l a n t e a m i e n t o d e u n p r o b l e ­ m a e x ig e n la r e a liz a c ió n p r e v ia d e u n c o n j u n to d e le c tu r a s . D e e s ta s u e r te , e l in ic io d e la e l a b o r a c ió n d e l e s t a d o d e la c u e s tió n - a v a n c e e n la r e v is ió n b ib lio g r á f ic a , p r e p a r a c i ó n d e r e p o r te s d e le c tu r a y f ic h a d o d e t e x t o s - s e r á u n a a c tiv id a d q u e p r e c e d a y a c o m p a ñ e a la d e l im i ta c i ó n d e l te m a y a s u p r o b le m a ti z a c i ó n .
  • 14. CAP. I. PROYECTO DE INVESTIGACION 1 3 E n la s s ig u ie n te s p á g in a s p r e s e n ta m o s lo s p u n to s b á s ic o s q u e d e b e c o n s i d e r a r u n p r o y e c t o d e in v e s tig a c ió n : • T ítu lo te n ta tiv o . • P r e s e n t a c i ó n d e l te m a , d e lim ita c ió n te m p o r a l y e s p a c ia l. • P l a n t e a m i e n t o d e l p r o b l e m a / j u s t i f i c a c i ó n d e la in v e s t i­ g a c i ó n . • E s ta d o d e la c u e s tió n . • H ip ó te s is . • O b je tiv o s d e la in v e s tig a c ió n . • P r o p u e s t a m e to d o ló g i c a . • P r e s e n ta c ió n d e f o n d o s y f u e n t e s p o r u tiliz a r. • E s q u e m a o ín d ic e te n ta tiv o . • C r o n o g r a m a d e a c tiv id a d e s . • R e f e r e n c ia s y b ib lio g r a f ía . A m a n e r a d e a n e x o fin a l, h e m o s in c lu id o e n e s ta g u ía u n a s r e c o m e n d a c i o n e s b ib lio g r á f ic a s , a s í c o m o a lg u n a s p r o p u e s ta s d e f o r m a to d e f ic h a s d e tr a b a jo y d e r e p o r te d e a v a n c e s d e in v e s ti­ g a c ió n ; q u e p u e d e n a p o y a r la e l a b o r a c ió n , p u e s t a e n m a r c h a , y s e g u im ie n t o d e d e s a r r o ll o d e l p r o y e c to .
  • 15.
  • 16. Capítulo ■■ Título tentativo E s c o n v e n i e n t e q u e u n títu lo e v o q u e n o s ó lo e l te m a d e la in v e s tig a c ió n , s in o ta m b ié n e l p r o b l e m a h is tó r ic o p la n te a d o . D e e s ta m a n e r a , a u n q u e e l títu lo a p a r e z c a s ie m p r e e n e l p r im e r lu g a r d e u n p r o y e c t o , e n r e a l id a d s e d e f in e e n e l tr a n s c u r s o d e s u e l a b o r a c i ó n o , in c lu s o , a s u té r m in o . E s r e c o m e n d a b l e u n títu lo s u g e s tiv o , q u e a tr a ig a la a t e n c ió n d e l le c to r , p e r o s e r á im p o r t a n t e q u e lo g r e p r e c i s i ó n a c e r c a d e la c u e s t i ó n q u e s e e s tu d i a r á y d e l e s p a c i o y te m p o r a l i d a d a lo s q u e e s té r e f e r id o . P a r a lo g r a r ta l c o n c r e c ió n , s ie m p r e e s p o s i ­ b l e d i s e ñ a r u n títu lo a tr a c tiv o e i n c o r p o r a r la s p r e c i s i o n e s n e ­ c e s a r ia s e n u n s u b tít u lo o a u n e n t r e p a r é n te s is . EJEMPLOS I I . l . "Intelectuales dominicanos frente a la Intervención estadounidense (1916-1924). Discurso nacionalista y resistencia política" Isabel de León Olivares. Proyecto de tesis de maestría en Histo­ ria, Instituto Mora (2010). I I . 2. "De colegio clerical a colegio liberal: el Instituto Campechano (1823­ 1910)" José Manuel Alcocer Bernés. Proyecto de tesis de doctorado en Historia, Facultad de Filosofía y Letras, UNAM (2006). 1 5
  • 17. ¿CÓMO FORMULAR UN PROYECTO DE TESIS? I I .3. I I .4 . I I . 5. I I .6 . I I .7. I I .8 . "La administración hacendaría de Rafael Mangino, 1830-1832. En busca de un mejor control de los recursos públicos federales" Josaphat Noel Peña Rangel. Proyecto de tesis de maestría en Historia, Instituto Mora (2008). "Los negocios de papel: comerciar libros en la Ciudad de México a fina­ les del siglo xvm" Manuel Suárez. Proyecto de tesis de doctorado en Historia, Fa­ cultad de Filosofía y Letras-UNAM (2008). "De 'ruinas' y 'antigüedades': valoraciones en torno a los vestigios ar­ queológicos del México prehispánico (1862-1867)'' Paulina Martínez Flgueroa. Proyecto de tesis de maestría en His­ toria, Instituto Mora (2006). "Nuevos tiempos: ¿nueva justicia? La administración de justicia en Zaca­ tecas, 1812-1835" Águeda Goretty Venegas de la Torre. Proyecto de tesis de doc­ torado en Historia, Instituto Mora (2007). "Edición y transferencias culturales en el siglo xix. Francia-México" Lise Andrles y Laura Suárez de la Torre (coords.). Proyecto co­ lectivo de investigación México-Francla, ANUIES-CONACYT-ECOS (2007). "Salvador Quevedo y Zubieta. De la escritura errante a la medicina mental en el Manicomio General La Castañeda, 1859-1935" José Antonio Maya González. Proyecto de tesis de maestría en Historia, Instituto Mora (2010).
  • 18. II.9. 11.10. CAP. II. TITULO TENTATIVO 1 7 "Una generación llena de libros: literatura infantil en M éxico a fines del siglo xx. Estudio histórico" M aría Fernanda García. Proyecto de tesis de licenciatura en His­ toria, Facultad de Filosofía y Letras-UNAM (2011). "Una 'instantánea' de la ciudad de M éxico. 1883-1884" Alicia Salm erón y Fernando Aguayo (coords.). Proyecto co lecti­ vo de investigación, Instituto Mora (2011).
  • 19.
  • 20. Capítulo III Presentación del tema, delimitación temporal y espacial T o d o p r o y e c t o d e in v e s tig a c ió n d e b e d e lim ita r c o n c la r id a d la c u e s tió n p a r tic u la r q u e s e h a d e c id id o e s tu d ia r: a q u e l o a q u e ­ llo s a s p e c to s d e u n c ie r to f e n ó m e n o o p r o c e s o h is tó ric o c o n c u y a in v e s tig a c ió n m e r e c e la p e n a c o m p r o m e te r s e . E s in d is p e n s a b le fija r a q u í lo s lím ite s te m p o r a le s y e s p a c ia le s e n q u e s e m o v e r á el c u e r p o c e n tr a l d e l tra b a jo , a sí c o m o d e ja r e n u n c ia d o s , c u a n d o s e a e l c a s o , lo s n o m b r e s d e lo s a c to r e s , in s titu c io n e s o lu g a r e s e s p e ­ c ífic o s e n lo s q u e s e d e te n d r á p a r tic u la r m e n te la in v e s tig a c ió n . El p r o c e s o d e s e le c c ió n y d e lim ita c ió n d e u n te m a s e a c o m ­ p a ñ a s ie m p r e d e la r e a liz a c ió n d e u n c o n ju n to d e le c tu ra s p e r ti­ n e n te s , q u e fo r m a rá n p a rte , a s u v e z , d e l e s ta d o d e la c u e s tió n . D e e s ta s u e r te , la d e lim ita c ió n d e l te m a y e l e s t a d o d e la c u e s tió n s e tr a b a ja n , e n r e a lid a d , d e m a n e r a s im u ltá n e a . R e s u lta ú til t e n e r p r e s e n te q u e la d e f in ic ió n d e l te m a r e s p o n ­ d e a p r e g u n t a s d e l t i p o d e a q u e ll a s q u e in ic ia n c o n u n q u é , u n q u ié n , u n d ó n d e y u n c u á n d o . L as p r e g u n t a s q u e i n d a g a n a c e r ­ c a d e l p o rq u é, el có m o y e l q u é sig n ifica se u tiliz a n m á s b ie n p a ra d e f i n ir e l p r o b l e m a d e in v e s ti g a c ió n y la s c u e s t i o n e s c e n t r a ­ le s d e l p r o y e c t o . D e s d e l u e g o q u e la d e f in ic ió n d e l te m a m a r ­ c h a t a m b ié n a la p a r d e la d e f in ic ió n d e l p r o b l e m a h is tó r ic o q u e s e q u ie r e a b o r d a r . D e f in ic ió n d e l te m a , p la n t e a m i e n to d e l p r o b l e m a y e s t a d o d e la c u e s t ió n s o n tre s a p a r t a d o s q u e s e tr a ­ b a ja n p r á c t ic a m e n te al m is m o tie m p o . E s c o n v e n ie n te in s c rib ir, d e s d e e s te m o m e n to d e l p r o y e c to , e l te m a s e l e c c io n a d o e n e l c a m p o d e e s tu d io d e in te r é s d e l in - 19
  • 21. 2 0 ¿CÓMO FORMULAR UN PROYECTO DE TESIS? v e s ti g a d o r (la h is to r ia s o c ia l, p o lític a , c u ltu r a l, e c o n ó m ic a o la q u e c o r r e s p o n d a ) e id e n tif ic a r e l f e n ó m e n o o p r o c e s o a c u y a c o m p r e n s i ó n b u s c a c o n t r i b u ir c o n s u s in d a g a c io n e s . C u a n d o e l h is to r i a d o r ti e n e b i e n c la r o lo q u e q u i e r e in v e s ­ tig a r, p u e d e e n u n c i a r l o e n u n a s p o c a s lín e a s , si b i e n p o d r á u tiliz a r a l g u n a s m á s p a r a ju s tif ic a r lo s lím ite s t e m p o r a l e s y e s ­ p a c ia le s a d o p t a d o s . D e s d e l u e g o q u e e s ta ju s tif ic a c ió n d e b e r á h a c e r s e e n f u n c ió n d e l f e n ó m e n o o p r o c e s o h is tó r ic o e n c u e s ­ tió n y d e l a s p e c t o p a r ti c u la r p o r e s tu d ia r . A h o r a b ie n , u n a p r e ­ s e n t a c i ó n m á s e x t e n s a d e l te m a d a la o p o r t u n i d a d d e te je r m á s f in o a c e r c a d e la s p a r ti c u la r id a d e s d e l te m a y d e la f o r m a e n q u e s e q u i e r e a b o r d a r . EJEMPLOS I I I . 1. Lise Andries y Laura Suárez de la Torre (coords.), "Edición y trans­ ferencias culturales en el siglo xix. Francia-M éxico". Proyecto colectivo de investigación México-Francia, ANUIES-CONACYT- ECOS, (2007). El proyecto se propone estudiar las transferencias culturales que tuvieron lugar entre Francia y México en el siglo xix a través de las edi­ ciones. Este siglo, en el caso de México tras su independencia en 1821, corresponde al de un extenso desarrollo de la prensa y la edición; en Francia, corresponde igualmente a una expansión sin precedentes de la prensa, con el surgimiento de los almanaques de modas, las revistas literarias, las publicaciones de carácter enciclopédico, los primeros pe­ riódicos satíricos... Éste es un periodo en que se asiste a una imbrica­ ción estrecha entre el periodismo y la literatura, con la aparición de las primeras novelas de folletín; también en el que el mundo económico y el campo cultural están cada día más asociados. El periódico llega inclu­ so a ser una empresa comercial, como lo demuestra el éxito financiero de Émile de Girardin, verdadero patrón de la prensa, quien lanzó en 1833 el M uséedes Familles -retomado en México con el título de El Re­ creo de las Familias- y sobre todo, Le Siéde, en 1836, el cual transformó el concepto de la prensa.
  • 22. CAP. III. PRESENTACIÓN DEL TEMA 2 1 I I I . 2. Dolores Ballesteros Páez, "De castas y esclavos a ciudadanos. Las representaciones visuales de la población capitalina de origen afri­ cano del periodo virreinal a las primeras décadas del México inde­ pendiente". Proyecto de tesis de maestría en Historia, Instituto Mora (2008). El presente proyecto trata de rastrear a un segmento de la pobla­ ción de la ciudad de México que, después de 1821, aun siendo "igual" legalmente al resto de la población, si quería ascender en la escala so­ cial, debía distanciarse de su herencia africana, ligada al estigma de la esclavitud. Se trata de argumentar que las representaciones visuales de la población de origen africano en la Ciudad de México en el periodo virreinal -pintura, grabado, litografía y escultura- hablan de su activa colaboración en la economía de la capital y cómo, tras la independen­ cia, esta representación no se reemplaza por la igualdad entre las figu­ ras, sino más bien se caracteriza por minimizar la presencia de los afromexicanos en las distintas imágenes de la época, siendo identifica­ dos generalmente como parte de la masa trabajadora capitalina de co­ lor de "bronce" o con las regiones costeras del país. La investigación abarcará desde principios del siglo xvm hasta los años cincuenta del siglo xix. Se ha elegido esta temporalidad porque la historiografía sobre la población afronovohispana en la Ciudad de México concentra los estudios en la época virreinal y, de manera muy especial, en el ocaso del siglo xvm y hasta la Independencia. En este sentido, este proyecto continúa el camino de la historiografía que se ha dedicado al análisis de este grupo social y, al mismo tiempo, Intenta aportar información sobre los años inmediatamente anteriores y pos­ teriores a la independencia. I I I . 3. Olivia Moreno Gamboa, "Autores novohlspanos del siglo xvm, ¿una sociedad de letrados?". Proyecto de tesis de doctorado en Historia, Facultad de Filosofía y Letras, UNAM (2008). El objeto de estudio de esta investigación son los autores novohis- panos vistos como colectivo o grupo social. Considero novohlspanos tanto a aquellos individuos que nacieron en el virreinato como a los que tuvieron ahí una amplia trayectoria académica y profesional. Tomaré en cuenta únicamente a los escritores que publicaron impresos en la Nue­ va España entre 1701 y 1821. Los autores de manuscritos y obras publi­ cadas en el extranjero quedarán, en principio, fuera de este análisis.
  • 23. 2 2 ¿COMO FORMULAR UN PROYECTO DE TESIS? La elección del siglo xvm y principios del xix como marco histórico para este proyecto responde a su importancia para la historia del libro en la Nueva España y, en general, en el mundo occidental; éste fue el siglo, nunca está de más insistir, en el que se produjo la explosión de la producción editorial, un fenómeno al que el virreinato americano no fue ajeno, pero el cual se debe revisar todavía a fondo. Mi investigación arranca con el siglo xvm y se extiende hasta 1821 por dos razones: en primer lugar, porque las fuentes seleccionadas permiten estudiar a los autores en la larga duración, una duración acorde al análisis de fenóm e­ nos culturales, pues su gestación y sus transformaciones suceden en un extenso periodo de tiempo; y en segundo, porque los aconteci­ mientos ocurridos en las primeras décadas del siglo xix (la ocupación de España por el ejército napoleónico y el m ovim iento de independen­ cia en la Nueva España) sin duda provocaron cambios importantes en la evolución de los autores y la producción impresa local. En cuanto a la representatividad de la investigación en térm inos del espacio geográfico a tratar, debo aclarar que si bien la gran ma­ yoría de las obras que analizaremos se publicaron México y Puebla, esto no significa que la totalidad de los autores haya nacido o vivido únicam ente en esas ciudades. El análisis de la distribución de los au­ tores por su origen geográfico mostrará una realidad más com pleja y revelará aspectos interesantes sobre la difusión del impreso en el virreinato. I I I .4. Miguel Ángel Castro Estrada, "México a través de la ciencia. El retrato de la identidad nacional mexicana exhibido en la primera conme­ moración del Descubrimiento de América (1892)". Proyeao de tesis de licenciatura, Facultad de Filosofía y Letras, UNAM (2011). El trabajo de tesis al que sirve de andamiaje el presente proyecto de investigación busca acercarse a la "imagen" que de México proyectaron gobierno y élites porfiristas en dos de los múltiples eventos culturales celebrados en España con motivo del IV Centenario del descubrimien­ to de América. Me refiero, por un lado, a la Exposición Histórico-Ameri- cana de Madrid, de 1892;' y por el otro, al ciclo de conferencias dedicadas al estudio, exposición y discusión de temáticas americanas, que fueron escuchadas en el Ateneo madrileño entre 1891 -1892. 1En ella figuraron: Alemania, Argentina, Austria, Bolivia, Chile, Colombia, Costa Rica, Dinamarca, Ecuador, España, Estados Unidos, Guatemala, México, Nicaragua, Noruega, Perú, Portugal, República Dominicana, Suecia y Uruguay.
  • 24. CAR III. PRESENTACIÓN DEL TEMA 2 3 La Exposición Histórico-Americana pudo haber tenido un impacto m enor al de las habituales exposiciones internacionales decim onó­ nicas, pero si tal pudo haber sido el caso, fue precisamente porque su interés no era mercantil ni promocional, como el de las ferias y expo­ siciones universales de Filadelfia (1876), Nueva Orleans (1884), París (1889), Chicago (1893), Búfalo (1901) y San Luis (1904). Por el contrario, la de Madrid en 1892 fue, ante todo, una exposición cultural y científica. Como parte de las "Instrucciones de la Delegación general de la Junta directiva del Centenario a los Representantes en aquellos Estados [lati­ noamericanos]", se señalaba que: Esta índole especial de nuestra Exposición Histórico-Americana re­ chaza toda idea de interés individual, de lucro mercantil y de beneficio personal, aguijones poderosos que proporcionan granada concurrencia de expositores y de objetos a otra clase de certámenes generales. En nuestro caso, por el contrario, es preciso buscar los expositores e invitar­ les y convencerles para que envíen sus objetos o sus colecciones sin otro estímulo que la satisfacción personal que les producirán la exhibición, la publicidad y el renombre que puedan alcanzar sus objetos, y esta tarea, por sí misma penosa y difícil, ha sido una de las primeras encargadas a las Comisiones españolas en el extranjero.2 El gobierno de Porfirio Díaz aceptó la invitación y comenzó por crear, el 9 de mayo de 1891, una comisión especial dedicada a organi­ zar, clasificar y preparar los materiales y colecciones que se presentarían en la Exposición Histórico-Americana de Madrid. Con cerca de 17 000 piezas,3 la delegación mexicana, conformada por intelectuales y políti­ cos de la vieja guardia liberal, llegó dos meses antes de la inauguración. Como Jefe de la Comisión quedó el General Vicente Riva Palacio, envia­ do extraordinario y Ministro Plenipotenciario en Madrid; mientras que Francisco del Paso y Troncoso, entonces director del Museo Nacional de México, sería el Presidente de la misma. Agapito Ortiz de Jiménez fungió como secretario general, al lado de los siguientes comisionados: Francisco Sosa, miembro de la Real Academia de la Lengua Española de México y Secretario de la Junta Colombina; Manuel Payno, cónsul general en Barcelona; Manuel Gómez Velasco, cónsul en Madrid. Y los auxiliares generales: Presbítero doctor Francisco Planearte, cura de Ta- 2Archivo Diplomático y consular de España. Revista internacional, política, literaria y de intereses materiales, Madrid, 8 de noviembre de 1891, año IX, núm. 380, p. 1358. 3Den¡ Ramírez Losada, "La Exposición Histórico-Americana de Madrid de 1892 y la ¿Ausencia? de México", Revista de Indias, 2009, vol. LXIX, núm. 246, p. 281.
  • 25. 2 4 ¿CÓMO FORMULAR UN PROYECTO DE TESIS? cubaya; Francisco Río de la Loza, profesor de química en el Instituto Médico Nacional de México; Fernando del Castillo, teniente de la pla­ na mayor facultativa de ingenieros; Jesús Galindo y Villa, secretario de la Sociedad Científica "Antonio Alzate" de México. Por su parte, el Ateneo de Madrid, institución prestigiosa que desde hacía algunos años había agregado una sección de Historia a sus tradi­ cionales secciones de ciencias exactas, físicas, naturales, morales y políti­ cas, resolvió dedicar dos cursos completos (1891-1892) al ciclo histórico que, difundido y publicado posteriormente bajo el título El Continente Americano, logró sumar durante las celebraciones centenarias no menos de 55 conferencias: la mayoría de ellas dictadas por renombrados orado­ res y abarcando un amplio abanico de épocas y temáticas, desde las historias precolombinas hasta la conclusión del periodo colonial. Para cumplir con este ambicioso programa se requirió la participa­ ción de hombres públicos y notables escritores u oradores peninsula­ res como eran Francisco Pi y Margall, Cesáreo Fernández Duro, Luis Vidart, Emilia Pardo Bazán, Antonio María Fabié, Gumersindo de Az- cárate, Rafael María de Labra, Antonio Cánovas del Castillo o el historia­ dor portugués Oliveira Martins. El prestigio del Ateneo de Madrid era indiscutible entonces, sin em bargo, la mayoría de los conferenciantes latinoam ericanos invi­ tados y aun los que se encontraban en Europa, no respondieron favorablem ente al convite. Sólo tres latinoamericanos, todos ellos di­ plomáticos, acudieron a la cita del Ateneo; el mexicano Vicente Riva Palacio, el uruguayo Juan Zorrilla de San Martín, y el ministro perua­ no, Pedro Alejandrino del Solar; tres hombres de un total de 300 re­ presentantes latinoamericanos presentes en España en 1892; tres disertaciones americanas, una de ellas mexicana, frente a c2 discur­ sos peninsulares. I I I . 5. Miguel Hernández Fuentes, "Discusión religiosa en el espacio públi­ co mexicano 1812-1827". Proyecto de tesis de doctorado en Histo­ ria, Instituto Mora (2005). Dado el hecho de que, en la monarquía española, la religión se encontraba bajo la tutela y protección del Estado, y de que todas las cuestiones eclesiásticas se entremezclaban con las políticas, al tra­ tar cuestiones de gobierno, inevitablemente se dejaba la puerta abierta para abordar asuntos religiosos. Así dio inicio la discusión religiosa en el Cádiz de las Cortes, una querella publicitaria que, dado el apasionamiento que despertó en am-
  • 26. CAP. III. PRESENTACIÓN DEL TEMA 2 5 bos bandos y de la continua radicalización de lenguajes, llegó a vivirse como una guerra de opiniones sobre el lugar que debían ocupar la re­ ligión y la Iglesia católica en la vida política y social de la monarquía. Las resoluciones en materia religiosa tomadas por las Cortes entre 1810 y 1814 -en particular, los decretos de reforma al clero regular, de aboli­ ción del Santo Oficio y el traslado de la defensa de la fe a tribunales diocesanos- fueron motivo de que las polémicas en los medios impre­ sos se mantuvieran vigentes a lo largo de esos años y de que se exten­ dieran a todas las provincias y dominios de la Corona, tanto en la península como en America, en donde fueron reproducidas en los ám­ bitos publicitarios locales. La libertad de emitir opiniones en materia religiosa en el espacio público representó una importante transformación cultural, sin prece­ dentes en el mundo hispánico; al igual que la vida del régimen constitu­ cional, fue suprimida en 1814 y restablecida en 1820 para, a partir de entonces, seguir un desarrollo propio en los diferentes estados naciona­ les originados del desmembramiento de la monarquía. En cada uno de ellos, la discusión religiosa tomaría cauces específicos en buena medida determinados por el modo en el que se presentara la convivencia de la Iglesia con el Estado. Además, se alimentaría por la incorporación de las nuevas ideas y conceptos críticos a la religión que se estaban generan­ do en el siglo xix en el mundo occidental. En la Nueva España comenzaron a presentarse las novedades en el campo de la actividad publicitaria durante la misma época en que emer­ gió la revolución liberal en la península, aunque se desarrollaron de ma­ nera más lenta debido a los controles que se imponían a los impresos en la América española y a la situación provocada por la guerra de ¡nsurgen- cia. Con la aplicación de la libertad de imprenta, en 1812, los publicistas locales comenzaron a ejercer su derecho a discutir sobre las cuestiones políticas del momento; una de ellas, la supresión del fuero eclesiástico dictada por el virrey Venegas, dio motivo a que se desatara la primera polémica de carácter religioso en los medios impresos novohispanos. Las opiniones se dividieron: una parte de los eclesiásticos apoyó la medida del virrey, mientras que otra la denunció com o el atropello de uno de sus derechos más legítimos. Miembros del clero de ambas pos­ turas se enfrascaron en debates impresos, en los que exponían los argu­ mentos que fundaban sus posiciones. Además, en esta discusión incursionaron publicistas laicos como Carlos María de Bustamante y José Joaquín Fernández de Lizardi. Por otra parte, los impresos gadita­ nos circularon en el virreinato, pero ni sus temas ni el tono de la crítica fueron emulados por los publicistas locales durante el primer periodo de libertad de imprenta. No obstante, marcarían una fuerte influencia
  • 27. 2 6 ¿CÓMO FORMULAR UN PROYECTO DE TESIS? sobre el carácter de futuras discusiones sobre temas religiosos en el espacio público del México independiente. El tema de esta investigación es el surgim iento y evolución de la discusión religiosa en los medios impresos mexicanos desde la apli­ cación de la Constitución de Cádiz en la Nueva España hasta su afian­ zam iento como uno de los terrenos de la actividad publicitaria durante los primeros años de la República Federal en el México Inde­ pendiente. I I I .6. Alicia Salmerón y Fernando Aguayo (coords.), "Una 'instantánea' de la Ciudad de México. 1883-1884". Proyecto colectivo de Investiga­ ción, Instituto Mora (2011). La presente propuesta de investigación busca un acercamiento, desde diferentes perspectivas, a la historia de la Ciudad de México en los años de 1883-1884. Está animada por la ¡dea de aproximarnos a la ciu­ dad y proyectar una imagen de ella en un momento preciso, como si se tratase de una fotografía Instantánea. Esta imagen estará compuesta, a la manera de un mosaico, por miradas muy diversas que estudien la vida y el transcurrir de la ciudad en un par de años.1 Efectivamente, como ex­ plica el historiador francés Frangois Tomas, la dudad está formada por un conjunto de fragmentos de características muy particulares, cada uno de los cuales tiene su propia dinámica, "sus ritmos y formas de evo­ lución", lo que obliga la confluencia de diferentes enfoques para acercar­ se a ella.2 Y siguiendo todavía a Fran^ois Tomas, agregaríamos que esta na­ turaleza fragmentaria de la ciudad define temporalidades múltiples, lo que hace muy difícil establecer cortes que den cuenta de las principa­ les mutaciones del conjunto. Según los años que uno seleccione, se podrán identificar sucesos significativos para ciertos procesos, mien- 1De alguna m anera, esta ¡dea de proyectar una im agen de un m om ento pre­ ciso a partir de m iradas diversas guarda una relación próxim a con lo que Gum - brecht ha llamado "un ensayo acerca de la simultaneidad histórica" y con su propósito de acercar al lector a "una exp eriencia directa del pasado" a partir de un esfuer­ zo por dar cuenta de las m últiples realidades que lo com p onen. Hans Ulrich G um brecht, En 1926. Viviendo al borde del tiempo, M éxico, Universidad Iberoam eri­ cana, 2004, pp. 412-413. 2El texto referido de Tomas abre una magnífica obra colectiva, coordinada por Car­ men Collado, que constituye un acercamiento panorámico y multifacético a dos siglos de historia de la Ciudad de México. Fran<;o¡s Tomas, "Historia de la ciudad. Problemas de periodización", Carmen Collado, Miradas recurrentes II. La ciudad de México en los siglo xix yxx, México, Instituto Mora/UAM, 2004, pp. 23-49. La ¡dea referida: en p. 23.
  • 28. CAP. III. PRESENTACION DEL TEMA 2 7 tras que, para otros, lo que se obtendrá es la imagen de un acontecer cotidiano y de la acompasada marcha de los procesos de los que ese acontecer forma parte. En cualquier caso, vale la pena considerar las periodizaciones pro­ puestas por algunos estudiosos de la historia de la Ciudad de México para definir nuestros años. Por ejemplo, el propio Frangols Tomas Iden­ tifica una gran ruptura en la historia de la capital entre 1856-57 y 1873, año, este último, en que se Inaugura el ferrocarril Méxlco-Veracruz.3 En su opinión, en estas casi dos décadas tienen lugar transformaciones profundas: por un lado, en la estructura social de la ciudad, con una nueva burguesía por delante y un empuje liberal inédito; por otro, en la propiedad sobre el suelo a partir de la desamortización de los bienes de manos muertas, que remodela a la ciudad en función de estos nuevos intereses. Para este estudioso de la historia de la Ciudad de México, to­ dos los cambios experimentados por la capital durante el porfirlato obedecen a esta gran ruptura iniciada a mitad del siglo. Sin embargo, en un trabajo bastante anterior al de Tomas, María Dolores Morales con­ sidera posible definir una periodlzaclon más fina de la historia de la ciudad a partir de la consideración de uno de sus fragmentos, nada m enor por lo dem ás: el de su expansión física. En estos cam bios influyeron, argumenta la autora, la recuperación de la capital de su supremacía como centro político del país tras el triunfo liberal en 1856; también un claro crecimiento demográfico y un desarrollo tecnológico, además de la apertura del crédito urbano y de la ya referida seguridad sobre la propiedad del suelo.4 Entre 1858 y 1910, María Dolores Morales Identifica tres momentos en el crecimiento de la ciudad, a saber, un primero entre 1858 y 1883, marcado por una expansión de la ciudad hacia el norte con nuevos centros de trabajo y nuevas colonias de clase media y obrera; un segun­ do 1884-1899, con un crecimiento hacia el noreste, poniente y sur de la ciudad, mediante la creación de 11 fraccionamientos, también para cla­ ses medias y populares; y finalmente un tercero de 1900-1910, caracte­ rizado por un gran crecimiento hacia el sur-poniente, con colonias para clases altas (la Teja, Condesa y Roma). Los años que hemos seleccio­ nado para construir nuestra "fotografía Instantánea" de la Ciudad de México -1883-1884- se encuentran precisamente en la coyuntura que marca el paso del primer al segundo momento de gran expansión 3De hecho, Tomas identifica otras dos grandes rupturas en el siglo xx: una en los años de 1920-1930; otra en la década de 1980, Ibid., pp. 4 1-42. 4María Dolores Morales, "La expansión de la ciudad de México: el caso de los fraccio­ namientos", en Seminario de Historia Urbana. Alejandra Moreno Toscano (coord.), Ciudad de México. Ensayo de construcción de una historia, México, SEP/INAH, 1978, pp. 189-200.
  • 29. ¿CÓMO FORMULAR UN PROVECTO DE TESIS? de la ciudad y en el que confluyen otra serie de procesos políticos, económicos, sociales y culturales que parece importante recuperar. Efectivamente, 1883-1884 constituye una coyuntura poblada de acontecimientos significativos que permiten asomarse a múltiples pro­ cesos. Es el caso, por ejemplo, de la inauguración de la calle de 5 de Mayo, en 1883, que marcó, de alguna manera, el Inicio de una transformación arquitectónica de la ciudad; o la Inauguración de obras públicas, como el sistema de agua delgada, ese mismo año, que anunciaba innovaciones importantes en los servicios que ofrecería el gobierno de la capital en los años subsecuentes. De la misma manera, es el caso de la rebelión popu­ lar contra la moneda de níquel, en 1883, que tenía lugar en el contexto de una fuerte crisis económica nacional, embrollada con la campaña de desprestigio armada contra el Presidente Manuel González y la disputa por la sucesión presidencial; o el de las propias elecciones para presiden­ te de la República, en 1884, que anticiparon la apuesta de las elites políti­ cas por la reelección presidencial como factor estabilizador; también de sucesos como la quiebra del Monte de Piedad y la reorganización de las principales casas bancarias, que revelaron la profundidad de la crisis eco­ nómica y los peligros de la euforia de construcción ferroviaria. De Igual forma, acontecimientos como las pomposas fiestas patrias del 5 de mayo y del 16 de septiembre de 1883, que participaron de una proyección de la ciudad capital y que, junto con el ¡nielo, al año siguiente, de la publica­ ción por entregas de la magna obra México a través de los siglos, contribu­ yeron de manera significativa a los procesos de construcción de una identidad nacional. Asimismo, se podría considerar la puesta en funcio­ namiento, en 1884, del edificio de la nueva aduana de Santiago, que sus­ tituía a las Instalaciones de Santo Domingo, de origen colonial, y formaba parte de todo un proyecto para modificar el sistema de aduanas de la ciudad; o bien la ampliación de redes tranviarias y telefónicas que recon- formaban espacio urbano y redes comerciales. Éstos, entre muchos otros, son acontecimientos importantes que habrá que recuperar, aunque sin perder de vista que la imagen que se busca de la Ciudad de México en 1883-1884 tiene que ver tanto con grandes eventos y lances que movili­ zaron a sectores de la sociedad, como con el diario transcurrir de la vida citadina en aquel tiempo. La década de 1880 marca para la Ciudad de México, como para el conjunto de las ciudades hispanoamericanas, un momento de cambios importantes en sus actividades económicas, estructura social y fisono­ mía urbana.5Y los años de 1883-1884, en particular, están cargados de sucesos elocuentes. Pero este conjunto de sucesos es tan significativo 5José Luis Romero, Latinoamérica: las ciudades y las ideas, [1976] Buenos Aires, Si­ glo XXI, 2001, cap. 6.
  • 30. CAP. III. PRESENTACION DEL TEMA 2 9 como el que podríamos encontrar en muchos otros años o parejas de años de la historia de la ciudad. De esta suerte, conviene advertir que 1883-1884 no son "años umbral" en la vida de la dudad de México, es decir, que no son años con una relevancia especial, que amerite su estudio de manera aislada para la comprensión de algún proceso his­ tórico específico; no son años que apuntan cambios fundamentales, que enmarquen sucesos con gran carga simbólica.6 Nada más lejos de nuestra intención que la de presentarlos como un parteaguas en la his­ toria de la ciudad. Lo que abren estos dos años, que muy bien podrían haber sido otros, es la posibilidad de asomamos a la riqueza de la vida de la Ciudad de México en las últimas décadas del siglo xix, en el porfi- rlato temprano. 6La expresión, de acuerdo con Gumbrecht, proviene de la tradición historíográfica alemana. Gumbrecht, op. cit., pp. 413-414.
  • 31.
  • 32. Capítulo I I r Planteamiento del problema/Justificación de la investigación T o d a i n v e s t i g a c i ó n c o b r a s i g n i f i c a d o e n r a z ó n d e l p l a n ­ t e a m i e n t o d e u n p r o b l e m a . E l t é r m i n o p ro b le m a d e s i g n a p r e c i s a m e n t e “u n a d if i c u l t a d q u e n o p u e d e r e s o l v e r s e a u t o ­ m á t i c a m e n t e , s i n o q u e r e q u i e r e u n a i n v e s t i g a c i ó n ” .* U n p r o b l e m a d e in v e s tig a c ió n to m a fo r m a e n u n a o v a r ia s p r e g u n ta s ; c o n s titu y e u n a in t e r r o g a n te a c e r c a d e a l g u n o o a lg u ­ n o s f e n ó m e n o s o p r o c e s o s q u e c o n s ti tu y e n e l o b je to d e e s tu d io m is m o d e u n a d is c ip lin a . D e s d e l u e g o q u e e s te p r o b le m a p u e ­ d e s e r d iv id id o e n u n i d a d e s m á s s im p le s , e n p a s o s m á s c o r to s y , c o n f o r m e s e a v a n z a e n e s ta d iv is ió n , s e a v a n z a e n la d e f in i­ c ió n d e “s u b p r o b l e m a s ”. É s to s p o d r á n s e r e x p r e s a d o s e n u n m a ­ y o r n ú m e r o d e p r e g u n ta s . La p r e s e n ta c ió n d e l p r o b l e m a y lo s s u b p r o b le m a s ta m b ié n p u e d e to m a r u n a f o r m a d e c la r a tiv a , s ie m ­ p r e q u e r e m ita a u n a c u e s tió n p e n d i e n t e d e r e s o lv e r . La H is to ria e n p a r tic u la r , c o m o to d a d is c ip lin a c ie n tíf ic a , tie ­ n e f r e n te a s í u n c o n j u n to a b i e r to d e p r o b le m a s q u e r e m i te n a lo s g r a n d e s p r o c e s o s d e la c iv iliz a c ió n . C a b e d e c ir , d e s d e lu e g o , q u e e s te c o n j u n to e s tá e n c o n s ta n t e e x p a n s ió n , p u e s c a d a é p o ­ c a h a c e s u s p r o p i a s p r e g u n ta s a l p a s a d o , la s c u a le s d e p e n d e n d e la s p r e o c u p a c i o n e s d e o r d e n s o c ia l, p o lític o , c u ltu r a l, r e lig io ­ s o , te c n o ló g ic o , a m b i e n t a l ... p r o p i a s d e l t i e m p o e n e l q u e v iv e e l h is to r ia d o r . * M a rio B u n g e , La in v e stig a c ió n c ie n tífic a . S u estrategia y su filo so fía , A rie l, B a r­ c e lo n a , 1 9 6 6 , p . 195. 3 1
  • 33. La la b o r d e l h is to r i a d o r s e g u ía , e n a lg ú n m o m e n to , p o r p r e ­ g u n t a s a c e r c a d e l q u é , e l q u i é n , e l c u á n d o y e l d ó n d e c o n r e la c ió n a d e t e r m in a d o s a c o n t e c i m ie n t o s , f e n ó m e n o s o p r o c e ­ s o s . E s a s p r e g u n ta s le p e r m i t e n d e lim ita r te m a s , p e r o p a r a “p r o - b le m a tiz a r ” s u e s tu d i o e s n e c e s a r i o in te r r o g a r s e ta m b ié n a c e r c a d e l c u á l, e l c ó m o , e l p o r q u é y e l q u é s ig n ific a . P o r e s te c a m in o s e p u e d e n p la n te a r p r o b le m a s s u s ta n tiv o s , e s d e c ir , c u e s ti o n e s 'a c e r c a d e l c o n o c i m ie n to d e f e n ó m e n o s y p r o c e s o s h is tó r ic o s . P e r o e l in v e s tig a d o r ta m b ié n p u e d e p r o p o n e r p r o b le m a s d e o r ­ d e n m e to d o ló g i c o , e s to e s , p r e g u n ta s a c e r c a d e c ó m o p r o c e d e r p a r a a b o r d a r u n d e t e r m i n a d o o b je to d e e s tu d io . La f o r m u la c ió n d e l p r o b le m a s u e le s e r la p a r te m á s d ifíc il d e la e l a b o r a c ió n d e u n p r o y e c t o d e in v e s tig a c ió n y , s e g ú n a d v ie r ­ t e B u n g e , la c a p a c i d a d p a r a f o r m u l a r lo n o p u e d e s e r d ir ig id a p o r re g la s : f o r m a p a r te d e la s e n s ib ilid a d y d e la c a p a c id a d c r e a ­ d o r a d e l in v e s tig a d o r . S in e m b a r g o , e l m is m o a u t o r o f r e c e a lg u ­ n o s c o n s e jo s : c ritic a r s o lu c io n e s o f r e c id a s p o r la lite r a tu r a s o b r e e l te m a , p a r a h a l la r s u s p u n t o s d é b i le s ; a p l i c a r r e s p u e s t a s c o ­ n o c id a s a s itu a c io n e s n u e v a s y v e r si s ig u e n s i e n d o v á lid a s ; g e ­ n e r a liz a r v ie jo s p r o b le m a s in c o r p o r a n d o n u e v a s v a r ia b le s ; b u s c a r r e la c io n e s c o n p r o b le m a s q u e p e r te n e c e n a o tr o s c a m p o s . . .* E sto e x i g e , s i n d u d a , la l e c t u r a p r e v i a d e u n a a m p l i a b ib l io g r a f ía : la r e la c io n a d a c o n e l e s tu d io d e l te m a p r e c is o d e la in v e s tig a c ió n , y o tr a q u e s e h a y a o c u p a d o d e t e m a s y p r o b l e m a s a n á l o g o s e n o tr o s m o m e n t o s y e s p a c i o s . E n e s t e s e n t i d o - e s c o n v e n i e n ­ t e i n s i s t i r - , la f o r m u l a c i ó n d e l p r o b l e m a d e i n v e s t i g a c i ó n s e d e b e t r a b a ja r - a l ig u a l q u e s e h a c e c o n la d e l i m i t a c i ó n d e l t e m a - d e m a n e r a s im u ltá n e a a l e s ta d o d e la c u e s tió n . U n tr a b a jo d e in v e s tig a c ió n s e ju s tific a e n r a z ó n d e la im p o r ­ ta n c ia d e l p r o b le m a d e in v e s tig a c ió n p l a n t e a d o y , p o r ta n to , e n s u s p o s ib ilid a d e s d e c o n t r i b u ir a l c o n o c i m ie n to h is tó r ic o ; ta m ­ b i é n p u e d e e n c o n t r a r s u ju s tif ic a c ió n e n s u c a p a c i d a d p a r a e x p l o r a r n u e v a s p r o p u e s t a s t e ó r i c a s y m e t o d o l ó g i c a s . D e e s ta m a n e r a , s e r á n e c e s a r i o q u e e l p r o y e c t o p o n g a e n r e lie v e e l in ­ t e r é s d e la i n v e s t i g a c i ó n e n e l m a r c o d e d e b a t e s h is t o r i o g r á - 3 2 ¿CÓMO FORMULAR UN PROYECTO DE TESIS? *Op. cit., p p . 1 9 2 -1 9 3 .
  • 34. CAP. IV. PLANTEAMIENTO DEL PROBLEMA 3 3 f ic o s s ig n if ic a tiv o s . A d e m á s , d e s e r e l c a s o , p u e d e s e ñ a la r s u r e le v a n c ia p a r a c u e s ti o n e s d e u n in te r é s m á s a llá d e la d is c ip li­ n a m is m a , la s c u a l e s p u e d e n o c u p a r la a t e n c i ó n d e m u y d i ­ v e r s o s s e c to r e s d e la s o c ie d a d . U n a in v e s tig a c ió n h is tó r ic a , p o r e j e m p l o , p u e d e in c id ir e n e l d e s a r r o l l o d e o t r o s c a m p o s d e l c o n o c i m ie n to o c o n tr ib u ir a la d is c u s ió n d e p r o b le m a s y p r o y e c ­ to s e c o n ó m ic o s , p o lític o s , s o c ia le s , c u ltu r a le s , u r b a n ís tic o s , a m ­ b i e n t a l e s ... E s i m p o r t a n t e v a l o r a r e l im p a c to q u e p u e d e te n e r u n a in v e s tig a c ió n ; h a c e r s e u n a id e a , d e s d e s u s in ic io s , d e l in t e ­ r é s q u e p u e d e r e p r e s e n t a r p a r a la d is c ip lin a y , e n g e n e r a l, p a r a la c o m p r e n s i ó n d e u n a r e a lid a d . E s c o n v e n i e n te in s is tir e n q u e la ju s tific a c ió n d e l e s tu d io p r o ­ y e c t a d o e s u n a s u n t o q u e c o m ie n z a a p e r f ila r s e d e s d e e l p l a n ­ t e a m ie n to d e l p r o b le m a d e in v e s tig a c ió n m is m o . La p r e s e n ta c ió n d e e s te ú ltim o v a d e la m a n o d e u n a a r g u m e n ta c i ó n q u e d e s ta ­ c a la im p o r ta n c ia d e la s in te r r o g a n te s f o r m u la d a s y q u e a d e la n ta r a z o n e s c o n v i n c e n te s d e la n e c e s i d a d d e lle v a r s e a c a b o . A si­ m is m o , e l e s t a d o d e la c u e s ti ó n ti e n e e l in te r é s , p r e c is a m e n te , d e m o s tr a r p r e g u n t a s p e n d i e n t e s d e r e s p o n d e r , c o n t r a d ic c io n e s q u e r e q u i e r e n s e r r e s u e lta s , v a c ío s q u e d e b e n s e r a te n d id o s . D e e s ta s u e r te , la in v e s tig a c ió n e n c o n t r a r á s u r a z ó n d e s e r, ta m b ié n , e n s u s p o s ib il id a d e s d e a c e r c a s e a a lg u n a s d e e s a s r e s p u e s ta s p e n d i e n te s . U n a b u e n a ju s tif ic a c ió n d e la in v e s tig a c ió n s e p u e ­ d e p r e s e n t a r a la p a r d e l p l a n te a m ie n t o d e l p r o b le m a y r e f o r z a r ­ s e e n e l a p a r t a d o c o r r e s p o n d i e n t e al e s ta d o d e la c u e s tió n . EJEMPLOS IV . 1. Fausta Gantús (coord.), "Hacia una historia de las prácticas electora­ les en México. Siglo xix". Proyecto colectivo de investigación, Institu­ to Mora (2011). El proyecto planteado busca enriquecer un debate, quizás poco In­ formado todavía, acerca del lugar de las elecciones en la construcción de los regímenes políticos decimonónicos, de sus posibilidades para funcionar con las estructuras sociales heredadas por el México indepen­
  • 35. 3 4 ¿CÓMO FORMULAR UN PROYECTO DE TESIS? diente y de participar de sus cambios. Interesa cuestionar el papel atri­ buido tradicionalmente a las prácticas electorales como una experiencia fallida, para comprender la función real que tuvieron las elecciones en la construcción del Estado mexicano durante el siglo xix. Nuestro punto de partida para un acercamiento a esta problemática es la idea de que las elecciones en el siglo xix, sin abrir la vida política a un juego democrático en forma, constituyeron importantes espacios de ne­ gociación y, como tales, resultaron fundamentales para la articulación de la sociedad política. De esta manera, el conocer quiénes y cómo votaban en el siglo xix permitirá no sólo una mejor explicación del creciente papel legitimador que tuvieron las elecciones en México por sobre otros meca­ nismos de "trasmisión" del poder como el pronunciamiento militar, sino que permitirá ver con mayor claridad el lugar que tuvieron las elecciones en la gobernabilidad política del México decimonónico. En los procesos de transformación de la institución y de las prácti­ cas electorales a lo largo del siglo xix es posible reencontrar tradiciones de antiguo régimen al lado de normas y prácticas que revelan los alcan­ ces de la revolución liberal. Por otra parte, estos procesos dan cuenta de un avance nada lineal en un sentido incluyente, es decir, de apertura a la participación política. Por el contrario, hay momentos de la historia polí­ tica del siglo xix en México de exclusivismo en materia de definición de derechos ciudadanos, de retroceso de una actitud o espíritu democrá­ tico. Así, la investigación propuesta permitirá una mejor comprensión de la forma en que se construyó la institución electoral para dar vida e ir haciendo efectivo un sistema representativo. IV .2. Carlos Alberto Ortega, "Justicia y fiscalidad en la diócesis de México (1750-1845)". Apuntes para un proyecto de investigación presenta­ do con la solicitud de ingreso a doctorado en Historia, El Colegio de México (2010).* Mi propuesta de investigación plantea dos cuestiones concretas a resolver. La primera remite a la identificación de las formas de resistencia de los causantes de diezmos en la demarcación territorial del arzobis­ pado de México durante la segunda mitad del siglo xvm y la primera mitad del siglo xix. Se trataría de caracterizar las distintas prácticas de re­ *Este ejemplo presenta de la mano el planteamiento del problema y las hipótesis de trabajo. Tal situación resulta común y es natural, pues las hipótesis son propuestas de res­ puesta a los problemas planteados. Véase el capítulo VI, correspondiente a las hipótesis de un proyecto.
  • 36. CAP. IV. PLANTEAMIENTO DEL PROBLEMA 3 5 sistencia fiscal en un contexto específico y de definir sus características históricas. Por otro lado, en el terreno de lo político, sería indispensable seguir el discurso de los causantes y la opinión pública, y tratar de identificar cambios de posturas ideológicas y de valores con relación al pago de la renta decimal. La segunda cuestión que interesa a esta propuesta de investiga­ ción se refiere a la competencia de las autoridades eclesiásticas y civiles en materia de cobro de diezmos. Esto me lleva a plantear varios sub­ problemas que expondré com o preguntas: ¿cómo se definió la com ­ petencia jurisdiccional entre los jueces hacedores, es decir, los jueces eclesiásticos encargados de la administración del diezmo en la catedral metropolitana, y las autoridades civiles? ¿Las medidas aplicadas por ambas autoridades fueron uniformes o correspondieron a situaciones particulares? ¿Cómo reaccionaron los causantes frente a ellas? ¿Los re­ sultados obtenidos fueron favorables o nulos para eclesiásticos y civi­ les? Como se sabe, en octubre de 1833 cesó la coacción civil del cobro del diezmo; a partir de ese momento las autoridades eclesiásticas ejer­ cieron en solitario la potestad para cobrar la renta decimal, ¿cuáles fue­ ron las medidas utilizadas por éstas para exigir el pago de diezmo? Más aún, ¿cómo resolvieron jurídicam ente los asuntos relativos a la resisten­ cia fiscal? ¿Cuál fue el ámbito de competencia al que apelaron para en­ juiciar a los deudores? Ante esta serie de cuestionamientos, es posible proponer una hi­ pótesis. Como hipótesis central sostengo que las medidas aplicadas por las autoridades eclesiásticas y civiles para cobrar el diezmo perdieron efectividad porque los causantes presentaron formas de resistencia cada vez más complejas conforme se Iba Implantando el ideario liberal. Aunado a lo anterior, propongo que ante tal situación, las autoridades judiciales (jueces eclesiásticos y jueces civiles) hicieron uso de faculta­ des jurisdiccionales extraordinarias para coaccionar el cobro de la ren­ ta decimal. IV .3 . David Adán Vázquez Valenzuela, "Mirando atrás: las com uni­ dades mexicanas y m exicoam ericanas de Los Ángeles ante la revolución mexicana. Su participación en el floresm agonismo (1903-1912)". Proyecto de tesis de maestría en Historia, Instituto Mora (2011). La formación de comunidades de migrantes mexicanos en Estados Unidos ha sido un fenómeno que ha cobrado especial relevancia en
  • 37. ¿COMO FORMULAR UN PROYECTO DE TESIS? los últimos años.1 A partir del endurecimiento de las leyes migratorias norteamericanas durante los años noventa y la creciente importancia de las remesas de dinero enviadas por mexicanos residentes en Estados Unidos, ha habido voces que claman la existencia de grupos de migran­ tes de un perfil menos itinerante y, por lo tanto, la formación de encla­ ves étnicos mexicanos de carácter más numeroso.2 Así, la percepción colectiva de estos grupos tiende a ser la de comunidades que están en constante crecimiento y que cada vez se organizan de manera más sistemática para tener una influencia en la economía y la sociedad nor­ teamericanas.3 Destaca, sin embargo, la poca atención que los estudio­ sos del tema han puesto al origen de dichas comunidades y sus activas dinámicas de formación ligadas, precisamente, a ese origen. Si bien se podrían identificar enclaves mexicanos/mexicoamerica- nos en Estados Unidos desde la época de la anexión por parte del ve­ cino del norte de lo que fuera territorio mexicano hasta la guerra de 1846-1848, fue hasta el boom económico de la postguerra civil norte­ americana cuando estos enclaves comenzaron a crecer de manera sig­ nificativa.4 En este sentido, fueron las áreas del suroeste y el Pacífico norteamericano las que atrajeron la mayor parte de inmigrantes mexi­ canos; y sería el área m etropolitana de la ciudad de Los Ángeles la que eventualmente serviría de lugar de residencia a la comunidad más grande de mexicanos fuera del país.5Lo que es más, durante la etapa de crecimiento de esta comunidad, la ciudad se constituyó en uno de los escenarios de mayor actividad organizativa de grupos de origen mexi­ cano en Estados Unidos. Las comunidades que estos migrantes formaron vivieron una gra­ dual politización que los llevó a comprometerse con movimientos que tenían demandas laborales y políticas. Poco a poco, comenzaron a en­ listarse en los sindicatos norteamericanos y llegaron a organizar algún movimiento de huelga donde ellos mismos fueron vanguardia.6Confor­ 1Rafael Alarcón, The Deveiopment of Hometown Associations in rhe United States and the Use o f Social Remittance in México, Mimeo, 2000. 2Véase Douglas S. Massey, 'The Wall that Keeps lllegal Workers In", The New York Times, 4 de abril de 2006 y Mariano Sana, "Growth of Remittances from the United States to México, 1990-2004", Social Torces, vol. 86, núm. 3, marzo de 2008, pp. 995-1025. 3Marc Lacey y Julia Preston, "Some Setbacks Aside, Latinos Reached Milestones in Midterm Races”, The New York Times, 5 de noviembre de 2010. 4George Sánchez, Becoming Mexican American: Ethnicity, Culture and Identiryin Chica- no Los Angeles, 1900-1945, Nueva York, Oxford University Press, 1993. 5Rodolfo Acuña, Anything butMexican, Londres/Nueva York, Verso, 1996. 6Véase Juan Gómez-Quiñones, Sembradores. Ricardo flores Mogón y el Partido Liberal Mexicano: An Eulogy and a Critique, Los Ángeles, Chicano Studies Center-University of Cali­ fornia, 1977 y Charles Wollenberg, "Working on El Traque: The Pacific Electric Strike of 1903”, Pacific Historical Review, vol. 42, núm. 3, agosto de 1973, pp. 358-369.
  • 38. CAP. IV. PLANTEAMIENTO DEL PROBLEMA 3 7 me en México se agitaban las aguas políticas y, sobre todo, con el arribo de cuadros floresmagonistas a Los Ángeles, los miembros de estas co­ munidades comenzaron a formar grupos de apoyo a la causa revolu­ cionaria en su país de origen.7 Luego del encarcelamiento de Ricardo Flores Magón y otros líderes del Partido Liberal Mexicano (PLM), se organizaron para ejercer presión política en las cortes en que se les juz­ gaba. Más aún, hubo miembros de la comunidad mexicana y mexi- coamericana, e incluso anglosajona, que se Involucraron directamente en los levantamientos organizados por el PLM en México en 1908 y, más tarde, en el proyecto de la toma de Baja California en 1911,8 Efecti­ vamente, la conformación de organizaciones de mexicanos y mexi- coamericanos en el área de Los Ángeles había pasado de tener un carácter de resistencia cultural, para implicarse directamente en cues­ tiones tanto laborales como políticas. En el proceso, la comunidad an­ gelina de origen mexicano había ampliado su radio de acción hasta abarcar su propio país de origen. Es, pues, claro que el apoyo dado a Flores Magón por los miembros de las comunidades mexicanas y mexicoamericanas de Los Ángeles re­ presentó un capítulo importante en la historia de la formación de estos enclaves étnicos. Más aún, constituye en la actualidad un ejemplo poco explorado de la manera en que mexicanos emigrados buscaron Influir en la situación sociopolítica de su país de origen. Resulta, por lo tanto, fundamental conocer este proceso y recuperar en él a referentes históricos clave para la comunidad radicada en la ciudad, así como para la historia de la propia revolución mexicana. Desconocer el compromiso de los miembros de dichas comunidades con el floresmagonismo se­ ría dejar de lado una parte importante de su génesis organizativa, así como diferentes tipos de vínculos que estos miembros buscaron ten­ der con la patria. En otras palabras, ignorar la transformación de la orga­ nización de dichas comunidades y los lazos que tendieron entre sí mismas y el floresmagonismo, sería prescindir de un capítulo histórico sobre uno de los vínculos que estas comunidades buscaron construir con México, su país de origen; sería restarles cualquier tipo de agencia en el desarrollo histórico mexicano. De esta manera, la investigación propuesta atiende a un problema historiográfico relevante, tanto como a una exigencia de carácter social en la actualidad: la del reconocimien­ to de los vínculos profundos y activos de las comunidades mexicanas y mexicoamericanas con su país de origen, puestos de manifiesto en momentos de profunda crisis para México, como lo fueron los años 7Se formó incluso un Club Liberal, ASRE, LE 1245, f. 240. 8William Dirk Raat, 'The Diplomacy of Suppression. Los Revoltosos, México and the United States, 1906-1911", The Hispanic American Histórica! Review 5 6 ,1976, pp. 529-550.
  • 39. de gestación de una revolución a principios del siglo xx. La contribu­ ción de trabajos que aporten, si bien de manera modesta, a la recons­ trucción en la consciencia colectiva de esos vínculos, parece ser un imperativo académico para los estudiosos del tema en ambos lados de la frontera. 3 8 ¿CÓMO FORMULAR UN PROYECTO DE TESIS? IV .4 . Francisco Jesús Morales Ramírez, "La recepción de la antipsiquiatría en algunos sectores de la salud mental en México. 1970-1980". Pro­ yecto de tesis de maestría en Historia, Instituto Mora (2008). Hace algunos años encontré un relato que me conmovió de forma personal con gran fuerza. Según su expediente médico, en 1961 Frank fue llevado de manera forzada por sus padres a un hospital psiquiátrico. Las razones aducidas fueron que Frank comenzó a adoptar "ideas y prác­ ticas extrañas", tales com o no hacer ningún esfuerzo por encontrar trabajo, convertirse en vegetariano estricto y dejarse crecer la barba y el cabello. El diagnóstico psiquiátrico fue de "reacción esquizofrénica de tipo paranoide, crónica y severa". Según los psiquiatras que lo atendie­ ron, la forma de razonar de Frank era típica de un esquizofrénico, en tan­ to que hacía "comentarios infundados", tales como que no sentía la necesidad de hacer las cosas que hacía el común de la gente, como se­ guir una dieta general o rasurarse. La recomendación médica fue que Frank necesitaba tratamiento en hospitalización, pues representaba "un peligro para sí mismo y para los demás". El nuevo paciente entonces re­ cibió una terapéutica de choque que consistió en 50 comas insulínicos y 35 terapias de electroconvulsión. Tras ello, a decir de sus médicos, "sus pensamientos se hicieron menos agudos y permitió que lo rasuraran y le cortaran el cabello". Ocho meses más tarde, Frank fue dado de alta. A partir de esta historia, surgió en mí un gran interés por la antipsi­ quiatría. Años más tarde me propuse hacerlo mi objeto de estudio: "La recepción del movimiento antipsiquiátrico en México", pensé, sería un buen tema para la tesis de maestría. Hasta donde sabía, no había ningún estudio al respecto. Para entonces ya conocía las obras coordinadas por Sylvia Marcos y la mayor parte de los libros publicados en nuestro país sobre el tema. La información que encontré sobre la recepción de la an­ tipsiquiatría me pareció francamente insuficiente, por lo que creí oportu­ no recurrir a la historia oral y hacer algunas entrevistas a protagonistas del movimiento para completar las fuentes de mi investigación. En esos momentos supuse que las entrevistas me develarían todo un mundo de sucesos que yo desconocía. Y así fue, pero no el sentido que
  • 40. CAP. IV. PLANTEAMIENTO DEL PROBLEMA 3 9 yo esperaba. Al iniciar este trabajo, realmente yo creía que en México habían tenido lugar, al menos, algunas experiencias prácticas como en Kingsley Hall o en Gorizia. Pero, tras efectuar las entrevistas y hacer una búsqueda bibliográfica y hemerográfica, me encontré con que el pano­ rama aquí había sido totalmente distinto. "En México no sucedió nada con respecto a la antipsiquiatría", me decían algunas personas conoce­ doras del tema, "por eso no hay ninguna investigación sobre ello; qué vas a investigar si no pasó nada". No obstante, si bien en México no se dio un fenómeno como el ocurrido en Inglaterra o Italia, sí había pasado algo, y mucho, con relación a la antlpsiquiatría. Entonces, traté de dejar a un lado mis ideas preconce­ bidas sobre lo que pudo haber acaecido en nuestro país e intenté vislum­ brar lo que me decían -y lo que no- las fuentes. Encontré que el caso mexicano había sido sumamente interesante debido a las particularida­ des que lo constituyeron y que lo diferencian de otros. En efecto, en México no hubo antipsiquiatría; sin embargo, esto no significa que no se haya experimentado una recepción interesante de la misma. Podemos decir que hoy en día el movimiento antipsiquiátrico es prácticamente desconocido. La mayoría de la gente ignora su existencia. A excepción de quienes tienen alguna relación con la salud mental -y aun ellos mismos-, son pocos los que guardan en su memoria que, hace apenas medio siglo, la psiquiatría comenzó a ser duramente cuestionada desde su propio seno y a partir de muy diferentes planteamientos. Al iniciar la década de 1960, la psiquiatría en algunos países euro­ peos y en Estados Unidos vivió una oleada de críticas que, en un pri­ mer momento, hicieron vacilar sus más sólidos principios. Se plantearon posturas tan sugerentes como radicales. Por ejemplo, se profetizó el fin de la psiquiatría como ciencia médica; se planteó que la enferme­ dad mental no era más que un mito y que, por lo tanto, no existía como tal; y que los manicomios deberían ser derribados en cuanto que eran vistos como instrumentos de opresión y control social. Buena par­ te de los jóvenes de los sesenta y los setenta vieron con buenos ojos estas ideas; en cambio, los psiquiatras de tendencia oficial las rechaza­ ron enfáticamente. En retrospectiva, hoy día, podemos ver que este m ovim iento jugó un papel fundam ental para el desarrollo ulterior de la psiquiatría occidental contemporánea. Esta investigación, concretamente, pretende dilucidar la recepción de la antipsiquiatría en México durante los decenios de 1970 y 1980. Nos interesa analizar dos cuestiones fundamentales: 1. Las características que aquí adoptaron los preceptos antipsi­ quiátricos a partir tanto de las circunstancias internas de la salud
  • 41. 4 0 ¿CÓMO FORMULAR UN PROYECTO DE TESIS? mental mexicana com o de los factores externos de la cultura y la sociedad en México; 2. El grado y significado de asimilación, rechazo e influencia de este movimiento tanto en el interior de la psiquiatría institucio­ nalizada como en otras instancias vinculadas con la salud men­ tal en nuestro país, como la psicología. IV .5. Ornar Velasco Herrera, "De coyunturas y procesos: antecedentes funcionales de la banca central en México 1905-1925". Proyecto de tesis de maestría en Historia, Instituto Mora (2010).* El estudio y análisis de la evolución de la banca ha sido uno de los temas recurrentes en la historiografía económica reciente, tanto en el ámbito nacional como en el internacional.1 Para dimensionar su peso dentro de la generación de las condiciones materiales a lo largo del tiempo, la obra clásica de Karl Polanyi, La gran transformación, nos brin­ da un marco analítico para entenderla (junto con el patrón oro, el fun­ cionamiento del mercado autorregulador y la consolidación del Estado liberal) como sustento y eje institucional de la civilización del largo si­ glo xix. En este sentido, Polanyi denomina al periodo como "La paz de los cien años", una paz sustentada precisamente por el papel de la "alta finanza" dentro de los entrecruces cada vez más complejos de las nacio­ nes y sus intereses, y cuyo punto de quiebre se da con el conflicto armado de la primera guerra mundial.2 Si bien es cierto que se debe dimensionar la propuesta de Polanyi y circunscribirla a la realidad europea, es innegable que el papel jugado por la banca a nivel internacional, en contextos como el latinoamerica­ no, fue relevante en la medida en que muchos de los primeros experi­ mentos bancarios y, no menos importantes, los modelos bancarios que llegaron a América Latina, fueron en gran parte resultado de la expan­ sión c'e esa "alta finanza" de la que nos habla Polanyi. 1Véase, para el caso mexicano, el balance historlográfico de Carlos Manchal y Gusta­ vo Del Ángel, "Poder y crisis: historiografía reciente del crédito y la banca en México, Siglos xix y xx", Historia Mexicana, vol. Lll, núm. 3,2003, pp. 677-724. 2Karl Polanyi, La gran transformación. Los orígenes políticos y económicos de nuestro tiempo, FCE, México, 1992. *EI ejemplo da buena cuenta de cómo la problematización de un tema obliga a una revisión de debates historiográficos. Así, el planteamiento del problema mismo puede ex­ ponerse entremezclado con el estado de la cuestión (Nota de las autoras).
  • 42. CAP. IV. PLANTEAMIENTO DEL PROBLEMA 4 1 El surgimiento y consolidación de los bancos centrales y del pa­ trón oro, como elementos relevantes del Estado y de las economías nacionales, se dio precisamente en ese contexto. Así pues, resulta con­ veniente hacer referencia a, por lo menos, dos puntos que nos den perspectivas para plantear una discusión referente a los orígenes de la banca central en México: por un lado, qué es lo que entendemos fun­ cionalm ente como un banco central y, por el otro, cóm o se ha explica­ do su surgimiento.3 Respecto al primer punto, es importante distinguir entre un banco comercial y un banco central. Un banco comercial persigue la obtención de utilidades a partir de negocios bancarios, el más importante de ellos hoy día: proveer crédito. Antes de la consolidación de la banca central, el gran negocio bancario privado era el de la emisión de billetes, emisión sustentada en las reservas metálicas que dichos bancos poseían. Así pues, el derecho exclusivo de emisión de billetes fue una de las tareas que his­ tóricamente fueron adquiriendo las bancas centrales, por lo que en sus inicios hablamos de "banca única de emisión" y cuyas tareas eran regu­ lar la emisión de billetes y mantener la convertibilidad de los mismos en oro y plata.4 Por tanto, el concepto de "banca central" es una construcción histó­ rica que se ha ido consolidando a lo largo de una senda de experiencias particulares y de un proceso de aprendizaje, el cual puede ser visto pre­ cisamente a la luz de la retrospectiva. Al respecto, Pablo Martín Aceña nos dice que un banco central hoy día posee cuatro funciones básicas: "la emisión de dinero legal (billetes); actuar com o banquero del Esta­ do; ser banco de bancos o prestamista en última instancia (lenderoflast resort); y ser conductor de la política monetaria". A lo anterior agrega algo fundamental: "estas funciones no siempre se han entendido de la misma form a... El aprendizaje de estas funciones por parte de un banco cen­ tral y de sus directores es un proceso extremadamente lento y difícil; esto es, llegar a desem peñarlas de forma adecuada no es algo que se 3El planteam iento de esta perspectiva puede verse en Carlos Marichal, "Deba­ tes sobre los orígenes de la banca central en México", ponencia presentada en el Segundo Congreso de Historia Económ ica, 2004, <http://w ww .econom ia.unam .m x/ am he/m em oria/sim posiol 1/Carlos%20M ARICHAL%20.pdf> (consultado el 25 de no­ viem bre de 2010). En este docum ento, Marichal plantea una interesante discusión respecto a los orígenes de la banca central en México, discusión que a su vez, com o verem os líneas abajo, se desprende de una larga senda de investigación previa del autor respecto a las características de la banca latinoam ericana en la segunda mitad del siglo xix. 4Emma Gabriela Aguilar Reed, "La banca central en Inglaterra, los Estados Unidos y México", tesis de licenciatura, México, Facultad de Derecho-UNAM, 1961, p. 5.
  • 43. ¿CÓMO FORMULAR UN PROYECTO DE TESIS? logre fácilmente. Sabemos, por los estudios históricos disponibles, que cum­ plir con acierto estas funciones ha llevado mucho tiempo".5 Ahora bien, ¿cómo se ha explicado el surgimiento de los bancos centrales? Para autores teóricos, como Charles Goodhart, existe un pro­ ceso "evolutivo" de la banca central en el que una institución bancaria privada comercial va adquiriendo y concentrando poco a poco tareas que, a la larga, serán características clave de un banco central. Así, en un contexto de libre concurrencia bancaria (conocido como free banking), en el que existe emisión libre de billetes, una Institución se va poslclo- nando como única emisora y adquiere capacidades reguladoras sobre otras entidades bancadas. Sin duda, Goodhart plantea un modelo teóri- co-histórico que está acorde a la realidad del caso Inglés y que podría ser extensivo para algunos casos en Europa; sin embargo, como el propio Goodhart plantea, las vías para acceder al banco central divergen en las causas: algunas de ellas emanaron directamente del Estado, como el caso de El Banco Estatal Prusiano, o bien como respuesta a sistemas caóticos de emisión con miras a la centralización y protección de las re­ servas metálicas que sustentaban dicha emisión, como sucedió en Italia.6 Otros casos, como el de la Reserva Federal en Estados Unidos, res­ pondieron a coyunturas tales como la crisis de 1907, que provocó la quiebra de una cantidad Importante de bancos en un panorama de principios del siglo xx en el que Estados Unidos poseía la red bancaria y descentralizada más grande del mundo. Ante ello, entre 1908 y 1913, se diseñó el Sistema de la Reserva Federal que funciona hasta la fecha, con características muy particulares derivadas de una experiencia bancaria propia de Estados Unidos.7 En el entorno latinoamericano, es Carlos Manchal quien ha trazado la problemática de Investigación al respecto. En un trabajo primigenio,8 nos brinda un panorama comparativo del origen de los sistemas banca- 5Pablo Martín Aceña, "El Banco de España y las funciones de un banco central 1914­ 1935", en Pedro Tedde y Carlos Marichal, La formación de los bancos centrales en España y América Latina (siglos xixyxxi, Madrid, Banco de España-Servicio de Estudios de Historia Económica, 1994, p. 121. 6Charles Goodhart, The Evolution of Central Banks, Cambridge, Mass., MIT Press, 1988, pp. 4-5. 7Marichal, "Debates sobre los orígenes de la banca central en México", op. cit., página 2. 8Carlos Marichal, "El nacimiento de la banca mexicana en el contexto latinoameri­ cano: problemas de periodización". Este trabajo apareció publicado inicialmente en el libro Banca y poder en México 1800-1925, Grijalbo, México, 1986, pp. 231-266. Fue pu­ blicado nuevam ente años más tarde en la serie titulada Lecturas de historia económica, dentro del tomo Lo banca en México 1820-1920, Instituto Mora/Colegio de México/ UNAM-IIH/Colegio de Michoacán, 1998, pp. 112-141, que es precisamente al que aquí nos referimos.
  • 44. CAP. IV. PLANTEAMIENTO DEL PROBLEMA 4 3 ríos com erciales en diferentes experiencias latinoam ericanas, pero dejando muy claro un factor común entre ellos, a saber, el hecho de constituir sistemas bancarios en los cuales la participación de bancos que eran parte del Estado, paraestatales o impulsados desde el gobier­ no, resultaron fundamentales en el desarrollo financiero de países como Argentina, Brasil, Chile y México. Así, nos pone en perspectiva un hecho que resulta importante para entender el desarrollo bancario en Latino­ américa: la existencia de instituciones bancarias que, además de cubrir las necesidades financieras del Estado, operaron también como bancos comerciales. En otro de sus trabajos,9 Marichal profundiza en el tema anterior, pero con un giro importante: un énfasis en los modelos bancarios y el acercamiento más incisivo al tema de los antecedentes de la banca cen­ tral en América Latina. El esbozo comparativo le permite adentrarse en una discusión teórica que es muy importante para entender la confor­ mación del sistema de bancos en Latinoamérica: la añeja y fuerte dispu­ ta entre la conveniencia de un sistema de bancos libres versus el banco único de gobierno con monopolio de emisión, una cuestión que fue recibida de manera distinta en los países considerados y que, como Ma­ nchal explica, tuvo implicaciones políticas y económicas heterogéneas en cada uno de los contextos nacionales. Tres puntos de análisis clave para plantear los orígenes de la banca central en los contextos latinoamericanos se desprenden del estudio de Marichal: 1) la referencia a los modelos bancarios; 2) la discusión teórica entre bancos libres y bancos únicos de emisión; 3) la afirmación -pre­ sentada en la conclusión de su trabajo- de que, si bien el papel de los grandes bancos impulsados por el gobierno fue, en todos ellos, fungir en actividades que hoy ejercería un banco central, ninguno de ellos lo fue en los hechos. Y mucho menos alguno se convertiría, años después, en el banco central moderno que hoy día conocemos. En suma, que para finales del siglo xix tan sólo podemos hablar de lo que fueron los antecedentes de la banca central. Esta conclusión es muy importante, pues representa un argumento sostenido y matizado en otro artículo de Marichal, escrito junto con Da­ niel Díaz.10 En él discuten la idea de una experiencia evolutiva en la con­ formación de la banca central; su conclusión es que, para el entorno “ Carlos Marichal, "Modelos y sistemas bancarios en América Latina en el siglo xix (1850-1860)", en Tedde y Marichal, op. cit., pp. 131-157. '“ Daniel Díaz Fuentes y Carlos Manchal, 'The Emergence of Central Banks ¡n Latin America: are Evolutionary Models Applicable?", en Cari Holtfrerich, Jaime Reis y Tonlolo Gianni (comps.), The Emergence o f Modern Central Banking from 1918 to the Present, Alder- shot, Ashgate, 1999, pp. 279-319.
  • 45. ¿CÓMO FORMULAR UN PROYECTO DE TESIS? latinoamericano de finales del siglo xix, no se puede hablar del modelo evolutivo planteado por Charles Goodhart y, más bien, es correcto ha­ blar de la conformación de bancas centrales latinoamericanas impul­ sadas por razones coyunturales, por lo que se trataron de procesos discontinuos. Marichal desarrolla esa última ¡dea exclusivamente para el caso mexicano en un trabajo aún no publicado y presentado como una po­ nencia en el año de 2004. En él discute los orígenes de la banca cen­ tral en México y elabora un esquema de las instituciones que ejercieron algunas tareas que hoy día estarían en manos de una banca central.” Tenemos así dos planos analíticos en los cuales se desenvuelve el tema. Por un lado, la definición conceptual con un trasfondo histórico de lo que conocemos como banca central; por el otro, ese propio tras- fondo que da cuenta de los antecedentes, surgimiento, cambios, adap­ tación, consolidación y aprendizaje de la institución que hoy día es responsable de la política monetaria nacional y que representa una de las instituciones emblemáticas de la regulación y consolidación finan­ ciera del Estado. Es en estos dos planos en los que planteamos una Investigación que gira en torno al análisis, estudio y problematización de los antece­ dentes del Banco de México, fundado en 1925. La investigación propo­ ne como hilo conductor el de las tareas de banca central, es decir, el de un acercamiento analítico desde sus antecedentes funcionales. Para ello, consideraremos a la Reforma Monetaria de 1905 como punto de partida, porque ella, además de instaurar una variante del patrón oro en México, discutió la idea de un "fondo regulador de la circulación mone­ taria": la Comisión de Cambios y Moneda. Esta institución se agregó a un entorno en el que funcionaron otras dos: El Banco Nacional de México y el Banco Central Mexicano. La interconexión de las mismas nos da la pauta de una dinámica de banca central "atomizada" y, en esa medida, el primer antecedente funcional de una banca central en México. 1 1Marichal, “Debates sobre los orígenes de la banca central en México", op. cit.
  • 46. Capítulo V Estado de la cuestión T o d o p r o b l e m a d e in v e s tig a c ió n p a r te d e u n c o n o c i m ie n to p r e v io . La f o r m u la c ió n d e in t e r r o g a n te s s ig n if ic a tiv a s v a d e la m a n o d e la id e n tif ic a c ió n d e d if ic u lta d e s , c o n tr a d ic c io n e s , d e b i ­ lid a d e s o v a c ío s c o n r e la c ió n a l c o n o c i m ie n to q u e s e tie n e d e u n c ie r to o b je to d e e s tu d io . D e e s ta m a n e r a , e l m a n e jo d e u n a d e t e r m in a d a b ib lio g r a f ía f o r m a p a r te ta n to d e l p r o c e s o d e s e le c ­ c ió n d e l te m a m is m o y d e l p la n te a m ie n t o d e l p r o b le m a , c o m o d e s u p o s t e r i o r r e f o r m u l a c ió n y a f in a m ie n to . E l r e c o n o c i m i e n ­ to y v a lo r a c ió n d e e s ta lite r a tu r a e s lo q u e s e c o n o c e c o m o es­ tado de la cuestión o e s ta d o d e l a rte . El e s ta d o d e la c u e s ti ó n e s u n b a l a n c e h is to r io g r á f ic o , u n in ­ v e n ta r io y d is c u s ió n c rític a d e lo s e s tu d io s r e a liz a d o s s o b r e u n te m a e s p e c íf ic o , a s í c o m o d e a q u e llo s p r ó x im o s al p r o b le m a q u e le d a s u s ig n if ic a c ió n . E s to s ú ltim o s , a u n si s e o c u p a n d e l e s tu d io d e o tr a s é p o c a s y la titu d e s o si s o n r e s u lt a d o s d e in v e s tig a c ió n e n e l m a r c o d e o tr a s d is c ip lin a s , c o n a t e n d e r al m is m o p r o b l e ­ m a o a u n o c e r c a n o , p u e d e n s u g e r ir p r e g u n ta s , c a m in o s p a r a tr a ta r d e r e s o lv e r la s y f u e n te s p e r tin e n te s . E s te a p a r t a d o c o n s ti­ tu y e , e n t o n c e s , u n a p u n t e d e lo a v a n z a d o p o r in v e s tig a c io n e s p re v ia s , u n r e c o n o c im ie n to d e s u s a p o r ta c io n e s y u n s e ñ a la m ie n ­ to a c e r c a d e s u s a lc a n c e s y lim ita c io n e s . C a b e in s is tir e n q u e el b a l a n c e d e b e a t e n d e r ta n to a l c o n o c i m ie n to d e lo s f e n ó m e n o s y p r o c e s o s h is tó r ic o s e n c u e s ti ó n , c o m o a lo s m é t o d o s s e g u i­ d o s y a la s f u e n te s u tiliz a d a s .
  • 47. 4 6 ¿CÓMO FORMULAR UN PROYECTO DE TESIS? La e l a b o r a c ió n d e u n e s t a d o d e la c u e s ti ó n e x ig e u n a r e v i­ s ió n s is te m á tic a d e c a tá lo g o s d e b ib lio te c a s e ín d ic e s d e r e v is ta s e s p e c ia liz a d a s . E l b a l a n c e d e lo s te x to s r e v is a d o s p u e d e to m a r u n a f o r m a e n s a y ís tic a , e s d e c ir , la d e s u p r e s e n ta c ió n y a n á lis is e n e l m a r c o d e u n a a r g u m e n ta c i ó n e n t o r n o al p r o b le m a p l a n ­ te a d o . EJEMPLOS V .l. José Antonio Maya González, "Salvador Quevedo y Zubleta. De la escritura errante a la medicina mental en el Manicomio General La Castañeda, 1859-1935". Proyecto de tesis de maestría en Histo­ ria, Instituto Mora (2010). En la última década, la historia de la vida intelectual m exicana ha despertado un profundo interés entre historiadores de las ideas, so­ ciólogos del conocim iento, antropólogos culturales y escritores de vanguardia, interesados en la construcción de saberes, prácticas y narrativas en torno a la identidad nacional y lo m exicano en distintas épocas de la vida política del país. Sus objetivos generales han sido identificar y com prender los procesos históricos que dieron fisonomía al discurso intelectual m exicano, principalm ente durante la transición hacia el siglo xx. Durante la segunda mitad del siglo xix en México, em ergieron una cam ada de ilustres intelectuales que, a través de su beligerante pluma y form ación hum anista, dejaron testim onio de una época im portante para la proyección del Estado m oderno y las con­ tradicciones del proceso m odernizador porfirista. Salvador Q uevedo y Zubieta (1859-1935) form ó parte de esa generación de intelectuales (Manuel Gutiérrez Nájera, Porfirio Parra, José López Portillo, entre otros) que incidieron, desde sus distintos intereses, en la vida política, cultural, científica y social del México de Porfirio Díaz. Quevedo y Zu­ bieta fue médico, escritor, poeta y activista político del que no existe un trabajo acabado que procure entender su vida y obra en el contex­ to que le tocó vivir. Salvador Quevedo y Zubieta ha sido un personaje ciertamente olvi­ dado en la historia mexicana, la mayoría de las veces, la historiografía po­ lítica, literaria y cultural de los siglos xix-xx, lo ha mostrado com o un