3. A boba (1917), tela de
Anita Malfatti em que
sobressaem os
elementos dramático,
emocional e, enquanto
temática, marginal.
ExpressionismoExpressionismo
6. Expressionismo na literatura:
• Linguagem fragmentada, elíptica, constituída por frases
nominais (basicamente aglomeração de substantivos e
adjetivos), às vezes até sem sujeito;
• Despreocupação com a organização do texto em estrofes,
com o emprego de rimas ou de musicalidade;
• Combate à fome, a inércia e aos valores do mundo
burguês.
ExpressionismoExpressionismo
7. Futurismo
Parada amorosa, 1917.
Nesta tela, o cubista
Picabia faz nítida
homenagem à máquina,
realçando a tendência
futurista de “valorizar os
mecanismos que movem
o mundo”, em suas
próprias palavras.
9. Futurismo
Futurismo na literatura:
• A destruição da sintaxe e a disposição das “palavras em liberdade”;
• O emprego de verbos no infinitivo, com vistas à substantivação da linguagem;
• A abolição dos adjetivos e dos advérbios;
• O emprego do substantivo duplo (burguês-burguês, burguês-níquel, mulher-
golfo) em lugar do substantivo acompanhado de adjetivo;
• A abolição da pontuação, que seria substituída por sinais da matemática (+) ,
(-) , (=) , (<) , (>) e pelos sinais musicais;
• A destruição do eu , isto é, toda a psicologia;
• Onomatopéias e imagens que incorporam o som das engrenagens da
máquina;
• Percepção por analogia.
10. Ode triunfal
À dolorosa luz das grandes lâmpadas elétricas da fábrica
Tenho febre e escrevo.
Escrevo rangendo os dentes, fera para a beleza disto,
Para a beleza disto totalmente desconhecida dos antigos.
Ó rodas, ó engrenagens, r-r-r-r-r-r eterno!
Forte espasmo retido dos maquinismos em fúria!
Em fúria fora e dentro de mim
(...)
(Álvaro de Campos – heterônimo de Fernando Pessoa)
Futurismo
12. Cubismo
Carnaval em Madureira,
Tarsila do Amaral. De
Albert Gleizes, Tarsila
recebeu a chave do
Cubismo, que cultivou
com amor e sob uma
ótica construtivista.
13. Cubismo
Mulher com flor (1932), de
Pablo Picasso, que assim se
manifestou em certa ocasião:
“Toda a gente quer
compreender a arte. Por que
não tentam compreender as
canções de um pássaro? [...]
Pessoas que querem explicar
telas normalmente ladram para
a árvore errada”.
14. Cubismo na literatura:
• Humor;
• Antiintelectualismo;
• Valorização dos cinco sentidos;
• Superposição de planos – frases breves e rápidas –
cinematográficas;
• Ilogismo – mais analógico que lógico.
Cubismo
15. Cubismo
Era um homem bem vestido
Foi beber no botequim
Bebeu muito, bebeu tanto
Que
Poeminha cinético
saiu
de
lá
a
s
s
im.
(Millôr Fernandes)
16. O Capoeira
- Qué apanhá sordado?
- O quê?
- Qué apanha?
Pernas e cabeças na calçada
(Oswald de Andrade)
Cubismo
19. Dadaísmo na Literatura:
• Agressividade, improvisação, desordem;
• Rejeição a qualquer tipo de racionalização e equilíbrio;
• Livre associação de palavras – o acaso substitui a
inspiração, a brincadeira substitui a seriedade;
• Invenção de palavras com base na exploração da
sonoridade.
Dadaísmo
20. Dadaísmo
Receita para fazer um poema dadaísta
Pegue um jornal.
Pegue a tesoura.
Escolha no jornal um artigo do tamanho que você deseja dar a seu poema.
Recorte o artigo.
Recorte em seguida com atenção algumas palavras que formam esse artigo e
meta-as num saco.
Agite suavemente.
Tire em seguida cada pedaço um após o outro.
Copie conscienciosamente na ordem em que elas são tiradas do saco.
O poema se parecerá com você.
E ei-lo um escritor infinitamente original e de uma sensibilidade graciosa, ainda
que incompreendido do público.
(Tristan Tzara)
22. Surrealismo
Neste Rosto de Mae West
podendo ser utilizado como
apartamento surrealista,
Salvador Dalí apropria-se da
técnica de colagem dos
dadaístas, apresentando
objetos deslocados de suas
funções: os cabelos de atriz
transformados em continas; os
olhos, em quadros; o nariz, em
aparador; os lábios, em
poltrona.
25. Surrealismo na literatura:
•Imagens oníricas - extraídas do sonho, do imaginário;
•Metáforas surreais – realidade e sonho se conjugam;
Surrealismo
26. Surrealismo
Estudo nº 6
Tua cabeça é uma dália gigante que se desfolha nos meus braços.
Nas tuas unhas se escondem algas vermelhas,
E da árvore de tuas pestanas
Nascem luzes atraídas pelas abelhas.
(...)
(Murilo Mendes)
27. Surrealismo
Poema da amiga
“Gosto de estar a teu lado,
Sem brilho.
Tua presença é uma carne de peixe,
De resistência mansa e um branco
Escoando azuis profundos.
Eu tenho liberdade em ti.
Anoiteço feito um bairro,
Sem brilho algum.
Estamos no interior duma asa
Que fechou.”
(Mário de Andrade)