SlideShare une entreprise Scribd logo
1  sur  1
Télécharger pour lire hors ligne
PLÁTANO EDITORA
As estruturas da mente humana
Caraterísticas Estatuto
Exemplificação do seu
comportamento
Id
Componente primitiva do nosso
psiquismo.
É a sede de forças ou impulsos
irracionais, ilógicos, descontrolados
e perigosos.
Totalmente inconsciente. Está
desligado da realidade, não sabe
adaptar-se a ela para aceitavelmente
satisfazer os seus impulsos e
necessidades.
É representante das nossas
necessidades e desejos mais básicos.
Não conhece outro princípio a não
ser o de prazer. «Satisfaz os teus
desejos».
Necessidades a satisfazer: a fome.
Imaginemos uma situação em que,
esfomeados, queremos comer, mas
não podemos pagar.
O Id dir-nos-ia «Come porque tens
de comer», sem pensar em possíveis
punições nem se é correto ou
incorreto agir assim.
Ego
Começa a desenvolver-se por volta
dos 6 meses.
Procura satisfazer as necessidades de
uma forma realista e apropriada de
modo a evitar problemas à nossa
integridade psíquica e física.
É racional e tem a noção do que é
possível fazer de acordo com as
circunstâncias.
É representante do «pragmatismo» e
do «realismo» na relação com o
mundo externo.
Age segundo o princípio de
realidade: «Façamos o que é possível
fazer, tendo em conta as
circunstâncias», ou seja, «é
permitido o que não nos causar
problemas».
Dada a mesma necessidade e na
mesma situação, o Ego dir-nos-ia:
«Se for possível comer sem pagar,
fá-lo», ou seja, «podes comer sem
pagar desde que ninguém repare;
caso contrário, faz o que é realmente
aconselhável».
Superego
Começa a formar-se por volta dos 2,
3 anos.
Enquanto o Ego é «pragmático», o
Superego é tendencialmente
moralista.
Aspira à perfeição moral, reprimindo,
muitas vezes de forma excessiva, as
infrações à moralidade.
É o representante da moralidade.
Nele estão interiorizadas as normas
socialmente estabelecidas
relativamente ao bem e ao mal.
Age segundo o princípio do dever.
«Faz o bem ou evita o mal porque
assim deve ser.»
O Superego dir-nos-ia: «Para
satisfazer a fome, deves pagar», ou
seja, «deves agir corretamente, não
por medo de castigos e punições,
mas porque assim é que deve ser».
Roubar é sempre um crime, seja
visto ou não.
U2 - Síntese esquematica:Psicologia 12.º ano 8/4/09 2:13 PM Page 11

Contenu connexe

Tendances

Psicopatia. CCP. Apresentação
Psicopatia. CCP. ApresentaçãoPsicopatia. CCP. Apresentação
Psicopatia. CCP. ApresentaçãoSusana Evangelista
 
Análise transacional - parte 1 - Estados do Ego
Análise transacional - parte 1 - Estados do EgoAnálise transacional - parte 1 - Estados do Ego
Análise transacional - parte 1 - Estados do EgoThiago Guimarães Peixoto
 
Psicopatia e transtorno de personalidade anti-social
Psicopatia e transtorno de personalidade anti-social Psicopatia e transtorno de personalidade anti-social
Psicopatia e transtorno de personalidade anti-social Laura Marcht
 
Os indivíduos e os grupos
Os indivíduos e os gruposOs indivíduos e os grupos
Os indivíduos e os gruposAna Isabel
 
Anc3a1lise transacional-eric-berne
Anc3a1lise transacional-eric-berneAnc3a1lise transacional-eric-berne
Anc3a1lise transacional-eric-berneLea Guimaraes
 
Análise transacional pdf
Análise transacional pdfAnálise transacional pdf
Análise transacional pdfAna Paula Peixer
 

Tendances (11)

Psicopatia. CCP. Apresentação
Psicopatia. CCP. ApresentaçãoPsicopatia. CCP. Apresentação
Psicopatia. CCP. Apresentação
 
Análise transacional - parte 1 - Estados do Ego
Análise transacional - parte 1 - Estados do EgoAnálise transacional - parte 1 - Estados do Ego
Análise transacional - parte 1 - Estados do Ego
 
ViolêNcia E Conflitos
ViolêNcia E ConflitosViolêNcia E Conflitos
ViolêNcia E Conflitos
 
Psicopatia e transtorno de personalidade anti-social
Psicopatia e transtorno de personalidade anti-social Psicopatia e transtorno de personalidade anti-social
Psicopatia e transtorno de personalidade anti-social
 
Os indivíduos e os grupos
Os indivíduos e os gruposOs indivíduos e os grupos
Os indivíduos e os grupos
 
Sintese da psicologia e da pedagogia
Sintese da psicologia e da pedagogiaSintese da psicologia e da pedagogia
Sintese da psicologia e da pedagogia
 
Slidblog2
Slidblog2Slidblog2
Slidblog2
 
Afetividade
AfetividadeAfetividade
Afetividade
 
Anc3a1lise transacional-eric-berne
Anc3a1lise transacional-eric-berneAnc3a1lise transacional-eric-berne
Anc3a1lise transacional-eric-berne
 
Análise transacional pdf
Análise transacional pdfAnálise transacional pdf
Análise transacional pdf
 
Psicopatas
PsicopatasPsicopatas
Psicopatas
 

Similaire à Id Ego Superego estruturas mente

Aula INTRODUÇÃO À PSICANÁLISE
Aula  INTRODUÇÃO À PSICANÁLISEAula  INTRODUÇÃO À PSICANÁLISE
Aula INTRODUÇÃO À PSICANÁLISELudmila Moura
 
PROGRAMA EMAGRECIMENTO.pptx
PROGRAMA EMAGRECIMENTO.pptxPROGRAMA EMAGRECIMENTO.pptx
PROGRAMA EMAGRECIMENTO.pptxHenrietterusso
 
1 resumo prático - auto-conhecimento 2fls
1   resumo prático - auto-conhecimento 2fls1   resumo prático - auto-conhecimento 2fls
1 resumo prático - auto-conhecimento 2flsCleiton Conde
 
Ética no marketing
Ética no marketingÉtica no marketing
Ética no marketingcrrrs
 
As 7-armadilhas-que-travam-a-sua-vida
As 7-armadilhas-que-travam-a-sua-vidaAs 7-armadilhas-que-travam-a-sua-vida
As 7-armadilhas-que-travam-a-sua-vidaJoseni Carvalho Ramos
 
7 FERRAMENTAS QUE FACILITAM SEU VIVER COMO UM SER INFINITO.pdf
7 FERRAMENTAS QUE FACILITAM SEU VIVER COMO UM SER INFINITO.pdf7 FERRAMENTAS QUE FACILITAM SEU VIVER COMO UM SER INFINITO.pdf
7 FERRAMENTAS QUE FACILITAM SEU VIVER COMO UM SER INFINITO.pdfSiomaraCoelho
 
Mecanismos de defesa do ego c
Mecanismos de defesa do ego   cMecanismos de defesa do ego   c
Mecanismos de defesa do ego cLu1zFern4nando
 
Psilogia aplicada a comunicação
Psilogia aplicada a comunicaçãoPsilogia aplicada a comunicação
Psilogia aplicada a comunicaçãoAtitude Digital
 
cartilhasaudementalnaescola.pdf
cartilhasaudementalnaescola.pdfcartilhasaudementalnaescola.pdf
cartilhasaudementalnaescola.pdfMarceloInacio18
 
Apontamentos cristianismo e cultura
Apontamentos cristianismo e culturaApontamentos cristianismo e cultura
Apontamentos cristianismo e culturaZé Santos
 
o-livro-dos-espc3adritos-para-infc3a2ncia-e-juventude-vol-ii-allan-kardec.pdf
o-livro-dos-espc3adritos-para-infc3a2ncia-e-juventude-vol-ii-allan-kardec.pdfo-livro-dos-espc3adritos-para-infc3a2ncia-e-juventude-vol-ii-allan-kardec.pdf
o-livro-dos-espc3adritos-para-infc3a2ncia-e-juventude-vol-ii-allan-kardec.pdfRodrigoSouza872829
 
Eae 68 - vícios e defeitos - roteiro da aula
Eae   68 - vícios e defeitos - roteiro da aulaEae   68 - vícios e defeitos - roteiro da aula
Eae 68 - vícios e defeitos - roteiro da aulaNorberto Scavone Augusto
 

Similaire à Id Ego Superego estruturas mente (20)

Aula INTRODUÇÃO À PSICANÁLISE
Aula  INTRODUÇÃO À PSICANÁLISEAula  INTRODUÇÃO À PSICANÁLISE
Aula INTRODUÇÃO À PSICANÁLISE
 
A estrutura da mente
A estrutura da menteA estrutura da mente
A estrutura da mente
 
Aula 3 principios eticos
Aula 3 principios eticosAula 3 principios eticos
Aula 3 principios eticos
 
PROGRAMA EMAGRECIMENTO.pptx
PROGRAMA EMAGRECIMENTO.pptxPROGRAMA EMAGRECIMENTO.pptx
PROGRAMA EMAGRECIMENTO.pptx
 
1 resumo prático - auto-conhecimento 2fls
1   resumo prático - auto-conhecimento 2fls1   resumo prático - auto-conhecimento 2fls
1 resumo prático - auto-conhecimento 2fls
 
Livre arbitrio e Espiritismo
Livre arbitrio e EspiritismoLivre arbitrio e Espiritismo
Livre arbitrio e Espiritismo
 
As potencias humanas e os modelos de felicidade
As potencias humanas e os modelos de felicidadeAs potencias humanas e os modelos de felicidade
As potencias humanas e os modelos de felicidade
 
Tudo me é lícito, mas nem tudo me convém
Tudo me é lícito, mas nem tudo me convémTudo me é lícito, mas nem tudo me convém
Tudo me é lícito, mas nem tudo me convém
 
Personalidade
PersonalidadePersonalidade
Personalidade
 
Ética no marketing
Ética no marketingÉtica no marketing
Ética no marketing
 
As 7-armadilhas-que-travam-a-sua-vida
As 7-armadilhas-que-travam-a-sua-vidaAs 7-armadilhas-que-travam-a-sua-vida
As 7-armadilhas-que-travam-a-sua-vida
 
7 FERRAMENTAS QUE FACILITAM SEU VIVER COMO UM SER INFINITO.pdf
7 FERRAMENTAS QUE FACILITAM SEU VIVER COMO UM SER INFINITO.pdf7 FERRAMENTAS QUE FACILITAM SEU VIVER COMO UM SER INFINITO.pdf
7 FERRAMENTAS QUE FACILITAM SEU VIVER COMO UM SER INFINITO.pdf
 
Os 7 hábitos
Os 7 hábitosOs 7 hábitos
Os 7 hábitos
 
Mecanismos de defesa do ego c
Mecanismos de defesa do ego   cMecanismos de defesa do ego   c
Mecanismos de defesa do ego c
 
Psilogia aplicada a comunicação
Psilogia aplicada a comunicaçãoPsilogia aplicada a comunicação
Psilogia aplicada a comunicação
 
Você é feito da terra
Você é feito da terraVocê é feito da terra
Você é feito da terra
 
cartilhasaudementalnaescola.pdf
cartilhasaudementalnaescola.pdfcartilhasaudementalnaescola.pdf
cartilhasaudementalnaescola.pdf
 
Apontamentos cristianismo e cultura
Apontamentos cristianismo e culturaApontamentos cristianismo e cultura
Apontamentos cristianismo e cultura
 
o-livro-dos-espc3adritos-para-infc3a2ncia-e-juventude-vol-ii-allan-kardec.pdf
o-livro-dos-espc3adritos-para-infc3a2ncia-e-juventude-vol-ii-allan-kardec.pdfo-livro-dos-espc3adritos-para-infc3a2ncia-e-juventude-vol-ii-allan-kardec.pdf
o-livro-dos-espc3adritos-para-infc3a2ncia-e-juventude-vol-ii-allan-kardec.pdf
 
Eae 68 - vícios e defeitos - roteiro da aula
Eae   68 - vícios e defeitos - roteiro da aulaEae   68 - vícios e defeitos - roteiro da aula
Eae 68 - vícios e defeitos - roteiro da aula
 

Plus de Luis De Sousa Rodrigues (20)

O essencial para os exames de filosofia
O essencial para os exames de filosofiaO essencial para os exames de filosofia
O essencial para os exames de filosofia
 
Unidade funcional do cérebro
Unidade funcional do cérebroUnidade funcional do cérebro
Unidade funcional do cérebro
 
Tipos de vinculação
Tipos de vinculaçãoTipos de vinculação
Tipos de vinculação
 
Tipos de aprendizagem
Tipos de aprendizagemTipos de aprendizagem
Tipos de aprendizagem
 
Teorias sobre as emoções
Teorias sobre as emoçõesTeorias sobre as emoções
Teorias sobre as emoções
 
Relações precoces
Relações precocesRelações precoces
Relações precoces
 
Raízes da vinculação
Raízes da vinculaçãoRaízes da vinculação
Raízes da vinculação
 
Processos conativos
Processos conativosProcessos conativos
Processos conativos
 
Perturbações da vinculação
Perturbações da vinculaçãoPerturbações da vinculação
Perturbações da vinculação
 
Perceção e gestalt
Perceção e gestaltPerceção e gestalt
Perceção e gestalt
 
Os processos emocionais
Os processos emocionaisOs processos emocionais
Os processos emocionais
 
Os grupos
Os gruposOs grupos
Os grupos
 
O sistema nervoso
O sistema nervosoO sistema nervoso
O sistema nervoso
 
O que nos torna humanos
O que nos torna humanosO que nos torna humanos
O que nos torna humanos
 
Maslow e a motivação
Maslow e a motivaçãoMaslow e a motivação
Maslow e a motivação
 
Lateralidade cerebral
Lateralidade cerebralLateralidade cerebral
Lateralidade cerebral
 
Freud 9
Freud 9Freud 9
Freud 9
 
Freud 8
Freud 8Freud 8
Freud 8
 
Freud 7
Freud 7Freud 7
Freud 7
 
Freud 6
Freud 6Freud 6
Freud 6
 

Id Ego Superego estruturas mente

  • 1. PLÁTANO EDITORA As estruturas da mente humana Caraterísticas Estatuto Exemplificação do seu comportamento Id Componente primitiva do nosso psiquismo. É a sede de forças ou impulsos irracionais, ilógicos, descontrolados e perigosos. Totalmente inconsciente. Está desligado da realidade, não sabe adaptar-se a ela para aceitavelmente satisfazer os seus impulsos e necessidades. É representante das nossas necessidades e desejos mais básicos. Não conhece outro princípio a não ser o de prazer. «Satisfaz os teus desejos». Necessidades a satisfazer: a fome. Imaginemos uma situação em que, esfomeados, queremos comer, mas não podemos pagar. O Id dir-nos-ia «Come porque tens de comer», sem pensar em possíveis punições nem se é correto ou incorreto agir assim. Ego Começa a desenvolver-se por volta dos 6 meses. Procura satisfazer as necessidades de uma forma realista e apropriada de modo a evitar problemas à nossa integridade psíquica e física. É racional e tem a noção do que é possível fazer de acordo com as circunstâncias. É representante do «pragmatismo» e do «realismo» na relação com o mundo externo. Age segundo o princípio de realidade: «Façamos o que é possível fazer, tendo em conta as circunstâncias», ou seja, «é permitido o que não nos causar problemas». Dada a mesma necessidade e na mesma situação, o Ego dir-nos-ia: «Se for possível comer sem pagar, fá-lo», ou seja, «podes comer sem pagar desde que ninguém repare; caso contrário, faz o que é realmente aconselhável». Superego Começa a formar-se por volta dos 2, 3 anos. Enquanto o Ego é «pragmático», o Superego é tendencialmente moralista. Aspira à perfeição moral, reprimindo, muitas vezes de forma excessiva, as infrações à moralidade. É o representante da moralidade. Nele estão interiorizadas as normas socialmente estabelecidas relativamente ao bem e ao mal. Age segundo o princípio do dever. «Faz o bem ou evita o mal porque assim deve ser.» O Superego dir-nos-ia: «Para satisfazer a fome, deves pagar», ou seja, «deves agir corretamente, não por medo de castigos e punições, mas porque assim é que deve ser». Roubar é sempre um crime, seja visto ou não. U2 - Síntese esquematica:Psicologia 12.º ano 8/4/09 2:13 PM Page 11