3. A reabsorção tubular é seletiva e
quantitativamente grande
Filtração = Taxa de filtração glomerular x
Concentração plasmática
Os processos de filtração glomerular e de
reabsorção tubular são quantitativamente muito
superiores em relação à excreção urinária
Diferentemente da filtração glomerular, que é
relativamente não seletiva, a reabsorção tubular
é altamente seletiva
7. Os solutos podem ser transportados
através de células epiteliais ou entre
células
Os solutos podem ser reabsorvidos ou
secretados através das células pela via
transcelular ou;
Entre as células movendo-se através das junções
oclusivas e dos espaços intercelulares pela via
paracelular
8. O transporte ativo primário através da
membrana tubular está ligado a hidrólise de
ATP
O transporte ativo primário pode mover solutos
contra um gradiente eletroquímico
Sódio-potássio ATPase, hidrogênio ATPase,
hidrogênio-potássio ATPase e cálcio ATPase
Relembrando:
Membrana basolateral
Membrana luminal
11. Secreção ativa secundária nos
túbulos
Contratransporte: a energia liberada do
movimento dissipativo de uma das substâncias
permite o movimento ativo de uma segunda
substância na direção oposta
12. Pinocitose – Um mecanismo de
transporte ativo para reabsorção de
proteínas
Algumas porções do túbulo especialmente o
túbulo proximal, reabsorvem moléculas grandes
como proteínas por pinocitose
13. Transporte máximo para substâncias
que são reabsorvidas ativamente
Transporte máximo ocorre quando a quantidade
de soluto liberada para o túbulo excede a
capacidade das proteínas transportadoras e de
enzimas específicas envolvidas no processo de
transporte
Ex: o transporte máximo da glicose é a taxa
máxima na qual a glicose pode ser reabsorvida
nos túbulos
Glicose:
Transporte máximo: 375 mg/min
Carga filtrada normal: 125 mg/min
15. Transporte máximo para substâncias que são
reabsorvidas ativamente
Transporte máximo para substâncias que são
secretadas ativamente
16. Substâncias que são transportadas ativamente
mas que não exibem um transporte máximo
Substâncias que são reabsorvidas passivamente
não demonstram um transporte máximo
O transporte desse tipo é denominado transporte
gradiente-tempo, porque a taxa de transporte
depende do gradiente eletroquímico e do tempo
que a substância está no túbulo
Algumas substâncias que são transportadas
ativamente também possuem características de
transporte gradiente-tempo
Ex: a reabsorção de sódio no túbulo proximal, onde
a capacidade máxima de transporte da bomba
sódio-potássio ATPase basolateral é normalmente
bem maior do que a taxa real de reabsorção
18. A reabsorção passiva de água por osmose está
acoplada principalmente à reabsorção de sódio
Quando solutos são transportados para fora do
túbulo por transporte ativo tanto primário quanto
secundário, suas concentrações tendem a
diminuir dentro do túbulo enquanto aumentam no
interstício renal. Isso cria uma diferença de
concentração que causa osmose na mesma
direção em que os solutos são transportados, do
lúmen tubular para o interstício renal
Uma grande parte do fluxo osmótico ocorre
através das junções oclusivas entre as células
epiteliais, bem como através das próprias células
Arrasto de solvente
21. Reabsorção e Secreção ao Longo de
Porções Diferentes do Néfron
Reabsorção tubular
proximal
Extensa borda em escova,
labirinto de canais
intercelulares e basais;
Luminal e basolateral.
Na+, Cl-, K+ e água filtrada:
65%
Cloreto: pouco menos
Reabsorção ativa primária
(bomba de NaKATPase -
membrana basolateral),
22. 1° metade do TP
Cotransporte (transcelular): Na+, HCO3- e nutrientes orgânicos
(ex: a.a., glicose)
2° metade do TP
Reabsorvidos: a.a. e glicose restante
Contratransporte: Na+ (entra) e H+ (sai)
Cotransporte: Na+ e Cl - (+ []) – via paracelular, junções
intercalares.
Canais de cloreto específicos
OBS:
Proteínas (hormônios peptídeos, pequenas proteínas e até
albumina) são reabsorvidas por pinocitose (transporte ativo),
mecanismo saturável. Cerca de 7g de albumina é filtrada por
dia, o que representa 0,01 % do que passa por dia pelos rins
(50.000g/dia). No entanto o TCP reabsorve avidamente a
albumina e a urina quase não apresenta sinais desta proteína
(150mg/dia aproximadamente 2%).
As proteínas são parcialmente degradadas por enzimas na
23. Concentração de soluto ao longo do TP
1: [] tubular = [] plasma
Osmolaridade mantida:
alta permeabilidade à
água
24. Secreção de ácidos e bases orgânicos pelo TP
Sais biliares, oxalato, urato, catecolaminas (excretadas
pela urina);
Fármacos e toxinas danosas: céls. tubulares p/ lúmen
tubular (rapidamente depuradas)
OBS: Penicilina, salicilatos (problema). Ác. paramino-hipúrico
(PAH): depuração até 90%, estimula fluxo sg renal.
25. Transporte de soluto e de água na Alça de Henle
Seg. descendente e ascendente fino (memb. epit. fina, s/
borda em escova, poucas mitocôndrias)
Muito permeável à água (20%) e moderado à maioria dos solutos
(como uréia e Na);
Difusão simples
26. Ascendente fino e ascendente espesso: praticamente
impermeáveis à água (p/ [] urina)
Asc. espesso: cels. epit. espessas, alta ativ. metab.,
reabsorção ativa (Na+, Cl – e K+): 25%; e pela via
paracelular (Mg++, Ca++ Na+ e K+)
Bomba Na/K ATPase (memb. basolaterais das céls.
epit.)
28. Túbulo Distal
1° porção: mácula densa (céls. epit. agrupadas
compactamente; parte do complexo justaglomerular – no
ângulo entre as arteríolas aferente e eferentes);
Controle por feedback do FG e Fluxo sanguíneo
Deteccção da [] de Na no TD – renina – angiotensinogênio (fígado) –
angiotensina I – angiotensina II – vasoconstrição das arteríolas
renais – aldosterona (adrenais) – aumento da reabsorção de Na e
eliminação do K
Quase impermeáveis à uréia.
2° porção: semelhante a asc. espessa (“segmento de
diluidor”)
29. Túbulo Distal Final e Túbulo Coletor Cortical
Similares
Céls. principais e intercalares
Quase impermeáveis
à uréia.
Alça de Henle asc.
espessa
Reabsorção de Na e
secreção de K (aldosterona
e [] de íons K)
Reabsorção de água
(horm. ADH - vasopressina)
H secretado contra alto grad.
de []: regulação ác. - base
30. 1 - Inibem
aldosterona de 2 - Inibem entrada
estimular de Na pelos
reabsorção de Na e canais de Na
secreção de K
Diuréticos poupadores de potássio:
- Céls. Principais
1 - Redução do Na reduz entrada de K p/ cél q
reduz a saída p/ o lúmen;
2 – Redução na excreção urinária de K
31. Ducto Coletor Medular
Reabsorção água e Na: 10 %
Determina a quantidade final do débito urinário
Controle do horm. ADH
Permeável à uréia (transportadores de uréia) para o
interstício medular
Secreta H contra alto grad. de []
33. 1 - Após receber um transplante renal, um paciente
desenvolveu grave hipertensão (170/110mmHg). O
arteriograma renal indica grave estenose da artéria
renal no seu único rim, com uma redução da taxa de
filtração glomerular (TFG) para 25% do normal. Qual
das seguintes mudanças, comparadas com a
situação normal, pode ser esperada nesse paciente
supondo-se as condições em equilíbrio?
A) Aumento acentuado da [] de Na no plasma;
B) Redução da excreção de Na pela urina para 25%
do normal;
C) Redução da excreção de creatinina pela urina para
25% do normal;
D) Aumento da creatinina sérica para cerca de 4
vezes o normal;
E) Fluxo sanguíneo renal normal no rim estenosado
34. 1 - Após receber um transplante renal, um paciente
desenvolveu grave hipertensão (170/110mmHg). O
arteriograma renal indica grave estenose da artéria renal
no seu único rim, com uma redução da taxa de filtração
glomerular (TFG) para 25% do normal. Qual das
seguintes mudanças, comparadas com a situação
normal, pode ser esperada nesse paciente supondo-se
as condições em equilíbrio?
A) Aumento acentuado da [] de Na no plasma;
B) Redução da excreção de Na pela urina para 25% do
normal;
C) Redução da excreção de creatinina pela urina para
25% do normal;
D) Aumento da creatinina sérica para cerca de 4 vezes
o normal;
35. Resposta
Uma estenose grave arterial renal, que reduz a TFG a
25% do normal, também pode diminuir o fluxo sanguíneo
renal, mas causaria somente uma redução transitória na
excreção urinária da creatinina. A diminuição transitória
pode aumentar a creatinina sérica (para
aproximadamente 4 vezes o normal) o que restauraria a
carga de creatinina filtrada normal, resultando no retorno
da excreção urinária normal da creatinina, em condições
de equilíbrio.
A secreção urinária de Na pode também diminuir
transitoriamente mas, também, será normalizada de
forma que a ingestão e excreção de Na estejam
equilibradas. A concentração plasmática de Na não deve
ser alterada de forma significativa porque ela é
36. 2 - Qual das seguintes alternativas causa, geralmente,
a retenção renal de sódio ou de água durante a
insuficiência cardíaca compensada?
A) Diminuição na produção de angiotensina II;
B) Diminuição na produção de aldosterona;
C) Vasodilatação simpática das arteríolas aferentes;
D) Aumento da TFG;
E) Aumento na produção de hormônio antidiurético.
37. 2 - Qual das seguintes alternativas causa, geralmente,
a retenção renal de sódio ou de água durante a
insuficiência cardíaca compensada?
A) Diminuição na produção de angiotensina II;
B) Diminuição na produção de aldosterona;
C) Vasodilatação simpática das arteríolas aferentes;
D) Aumento da TFG;
E) Aumento na produção de hormônio
antidiurético.
38. Resposta
Na insuficiência cardíaca compensada, a atividade
simpática está aumentada. Um dos efeitos
observados e a vasoconstrição das arteríolas
aferentes nos néfrons renais. Isto diminui a pressão
hidrostática glomerular e, assim, a TFG, resultando no
aumento da retenção de Na e água no corpo.
Também ocorre a liberação de angiotensina II que
produz, diretamente, retenção renal de Na e estimula
a secreção de aldosterona que, por sua vez, causa
uma aumento adicional na retenção de Na pelos rins.
O excesso de Na no organismo aumenta a
osmolaridade, o que aumenta a liberação do
hormônio antidiurético, resultando em retenção renal
39. 3 - A pressão sanguínea de um homem hipertenso, com
55 anos, tem sido razoavelmente controlada pela
administração de um diurético tiazídico. Durante sua
última visita (seis meses atrás) sua pressão sanguínea
era 130/75 mmHg e sua creatinina sérica era 1 mg/dl.
O paciente tem se exercitado regularmente nos últimos
dois anos, mas recentemente, sentiu dores no joelho e
começou a se automedicar com grande quantidade de
uma droga antiinflamatória não-esteroide. Quando
chegou ao consultório, sua pressão sanguínea era
155/85 mmHg e sua creatinina sérica era 2 mg/dl. Qual
das seguintes alternativas explica melhor o aumento da
creatinina sérica?
A) aumento da resistência na arteríola aferente que reduz
a TFG;
B) Aumento da resistência arteriolar eferente que reduz a
40. 3 - A pressão sanguínea de um homem hipertenso, com 55
anos, tem sido razoavelmente controlada pela administração
de um diurético tiazídico. Durante sua última visita (seis
meses atrás) sua pressão sanguínea era 130/75 mmHg e
sua creatinina sérica era 1 mg/dl. O paciente tem se
exercitado regularmente nos últimos dois anos, mas
recentemente, sentiu dores no joelho e começou a se
automedicar com grande quantidade de uma droga
antiinflamatória não-esteroide. Quando chegou ao
consultório, sua pressão sanguínea era 155/85 mmHg e sua
creatinina sérica era 2 mg/dl. Qual das seguintes
alternativas explica melhor o aumento da creatinina sérica?
A) aumento da resistência na arteríola aferente que reduz
a TFG;
B) Aumento da resistência arteriolar eferente que reduz a a
TFG;
41. Resposta
As prostaglandinas renais tem um papel importante prevenindo
a vasoconstrição excessiva das arteríolas aferentes e
diminuindo a TFG, especialmente sob condições de depleção
de volume. A administração de diurético tiazídicos tende a
produzir depleção de volume e o uso adicional de drogas
antiinflamatórias não esteróides inibiria a formação de
prostaglandinas vasodilatadoras, causando um aumento da
resistência das arteríolas aferentes e diminuindo a TFG.
O aumento da resistência das arteríolas eferentes ou aumento
do coeficiente de filtração nos capilares glomerulares tende a
elevar a TFG.
O bloqueio da síntese de prostaglandinas resultaria na redução
da secreção de renina e da formação de angiotensina II.
É improvável que o aumento da massa muscular devido aos
42. 4 - Duas semanas após a constrição da artéria renal de
um rim remanescente para reduzir, inicialmente, a
pressão da artéria renal em 20 mmHg (de 100 para 80
mmHg), qual das seguintes alterações pode ser
esperada, comparativamente à situação antes da
constrição da artéria?
A) Diminuição acentuada da excreção de Na (> 20%);
B) Aumento acentuada da secreção de renina (>
2vezes);
C) Retorno da pressão arterial renal para,
aproximedamente, 100 mmHg;
D) Grande diminuição da TFG (>20%);
E) Grande redução do fluxo sanguíneo renal (>20%).
43. 4 - Duas semanas após a constrição da artéria renal de
um rim remanescente para reduzir, inicialmente, a
pressão da artéria renal em 20 mmHg (de 100 para 80
mmHg), qual das seguintes alterações pode ser
esperada, comparativamente à situação antes da
constrição da artéria?
A) Diminuição acentuada da excreção de Na (> 20%);
B) Aumento acentuada da secreção de renina (>
2vezes);
C) Retorno da pressão arterial renal para,
aproximedamente, 100 mmHg;
D) Grande diminuição da TFG (>20%);
E) Grande redução do fluxo sanguíneo renal (>20%).
44. Resposta
A redução da pressão de perfusão renal para 80
mmHg (dentro da margem da auto-regulação)
somente causaria uma redução transitória de TFG,
fluxo sanguíneo renal e excreção de Na, e um
aumento transitória na excreção de renina.
A diminuição da excreção de Na e o aumento da
secreção de renina elevariam a pressão arterial,
normalizando, assim, a pressão de perfusão renal,
além de restabelecendo a função renal normal.
Enquanto a pressão de perfusão renal não for
reduzida aquém da faixa de auto-regulação, a TFG e
o fluxo sanguíneo renal retornam aos valores
45. Referencias Bibliográficas
GUYTON, Arthur C.; HALL, John E. Tratado de
fisiologia médica. 12. ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2011. 1151 p.
GUYTON, Arthur C.; HALL, John E. Tratado de
fisiologia médica. 12. ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2011. 1151 p. Disponível em
<http://www.elsevier.com.br/site/uploads/material/priv
ado/978853523/9788535237351/84082/index.html#p
erguntas_e_respostas_comentadas>. Acesso em: 25
de março de 2012.