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REVISTA
edição 02. ano I.
TRANSFORMANDO IDEIAS
EM NEGÓCIOS DE SUCESSO
startups
EM ALTA, BASQUETE
3X3 SE CONSAGRA
esportes
O UNIVERSO DOS
INFLUENCIADORES DIGITAIS
mídias
trabalhabilidade
um novo conceito para o futuro do mercado
dezembro 2017
REVISTA SER2
FUNDADOR E PRESIDENTE DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
Janguiê Diniz
DIRETOR-PRESIDENTE
Jânyo Diniz
DIRETORES
Diretor-executivo de Serviços Corporativos: Joaldo Diniz
Diretor-executivo de Ensino: Adriano Azevedo
Diretor-executivo de Finanças: João Aguiar
Diretor-de Relações com Investidores: Rodrigo Alves
REDAÇÃO
Direção editorial/Jornalista responsável: Sílvia Fragoso (DRT 3822)
Revisão: Consultexto
Fotografia: Arquivo Ser Educacional
Diagramação: Guilherme Gomes
Impressão: 30 mil exemplares
Grupo Ser Educacional
Rua Treze de Maio, 254 – Santo Amaro – Recife/PE – CEP: 50100-120 – (81) 3413-4643
www.sereducacional.com
imprensa@sereducacional.com
Expediente
Grupo Ser Educacional
Revista Ser
A IMPORTÂNCIA DO HÁBITO DE LER
Existem três objetivos distintos para compreender a importância do hábito de ler. São eles: ler por prazer, ler para estudar e ler
para se informar. Entretanto, existem inúmeros motivos pelos quais devemos ler, e muito.
Uma boa leitura leva a pessoa ao entendimento de assuntos distintos. Através da leitura, temos a possibilidade de ter contato com
várias culturas diferentes. Sabemos como determinado povo se comporta e os motivos pelos quais agem de forma distinta da
nossa. Além disso, compreendemos melhor o outro quando passamos a saber a história de vida que o cerca. Consequentemente,
lidamos melhor com quem é diferente de nós e não temos uma opinião pobre e geral das circunstâncias.
Pesquisas falam sobre a “leitura profunda” – aquela que faz o seu cérebro pensar e refletir – para ampliar a sua compreensão do
mundo, das pessoas que vivem nele e de nós mesmos. Lendo, tornamo-nos reflexivos, ou seja, formamos uma ideia própria e ma-
dura dos fatos. Quando temos entendimento dos vários lados de uma mesma história, somos capazes de refletir e chegar a um
consenso, que nos traz crescimento pessoal.
A pesquisa Retratos da Leitura no Brasil – feita com mais de 5 mil entrevistados – não esconde que os índices de leitura no País
não são motivos de orgulho. Porém, é através da leitura que falamos e escrevemos melhor. A leitura nos faz adquirir um repertório
de vocábulos muito mais avançado do que o daquele que não possui essa prática. Quem lê se expressa bem por meio da escrita.
Há, também, uma questão social por trás da leitura. Quem lê muito começa a refletir mais rápido, e ler e escrever proficientemente
ajuda cada um a se conhecer mais e a perceber mais agudamente seu entorno, seu semelhante, a cidade e o estado.
A Revista Ser propõe uma leitura repleta de temas atuais, com linguagem acessível e a proposta de agregar conhecimento aos
nossos leitores.
Espero que gostem.
DIRETOR-PRESIDENTE DO GRUPO SER EDUCACIONAL
Jânyo Diniz
palavra do presidente
REVISTA SER
Hoje, o mercado de trabalho sofre mudanças estruturais trazidas pelos avanços tecnológicos e pelo
interesse, cada vez maior, da construção de uma carreira longe do molde tradicional. Sai a empre-
gabilidade e entra em cena a trabalhabilidade, ou seja, a capacidade de adaptação e de geração de
renda a partir de habilidades pessoais.
O desenvolvimento tecnológico e as mudanças que essa “revolução” vem causando nos processos,
principalmente industriais, não é novidade para nenhum de nós. As empresas têm mudado seu jeito
de produzir, e, como consequência, vemos a oferta e os postos de emprego se tornarem cada vez
mais escassos.
São muitas incertezas no mercado, e, para os profissionais, resta buscar seu desenvolvimento e estar
preparado para quando as oportunidades surgirem. Apenas estudar para ter um bom emprego é um
pensamento do passado. Não se deve pensar somente em emprego, mas em trabalho. A trabalhabi-
lidade em todas as suas alternativas de produzir e gerar renda.
A sociedade moderna exige que os estudantes desenvolvam sua força criativa para garantir sua car-
reira no futuro. As mudanças tecnológicas estão demandando novos profissionais, muito distantes
das revoluções Agrária e Industrial e mais próximos da revolução Digital.
Por conceito, trabalhabilidade se refere à capacidade de gerar trabalho, além do emprego – é como a
pessoa se vê produzindo economicamente, seja como empregado, consultor, empreendedor, enfim,
todas as múltiplas formas de trabalho. Nesse contexto, o Grupo Ser Educacional já introduz esse
conceito para seus alunos, preparando estudantes para valorizar a criatividade, saber se relacionar
socialmente e associar conhecimentos em diferentes campos.
Junto com o conceito de trabalhabilidade, que começou a ser discutido no início dos anos 2000,
surge a carreira 3.0, em que o próprio indivíduo é responsável pela gestão de sua carreira, buscando
o trabalho mais colaborativo e conectado. Essa é, sem dúvida, a transição da sociedade industrial
para a sociedade do conhecimento – que já estamos vivendo.
Diante de tantas mudanças, qual seria o perfil para a carreira 3.0? Muito mais que profissionais tec-
nicamente qualificados, os profissionais dessa nova era possuem pensamento crítico, criatividade,
sabem resolver problemas complexos, têm resiliência, buscam aprendizado sempre e têm empatia
com o cliente. São profissionais colaborativos, que pensam em conjunto. A cooperação, facilmente,
dá mais frutos do que a competição – inclusive quando se trata de aprendizado.
Os profissionais precisam pensar em adaptação. Adaptação implica em inovação, e esta é interativa.
São essas adaptações que farão o ambiente mudar, e o medo não é uma opção para quem quer ter
realização profissional. Aqueles que ficarem atentos à trabalhabilidade e dispostos a viver essas mu-
danças sempre terão espaço no mercado. É preciso evoluir.
Nesta segunda edição, a Revista Ser traz a trabalhabilidade como capa, apresentando as tendências
de mercado e como jovens, adultos e todos aqueles que querem se manter ativos no mercado devem
procurar se adaptar a esse novo conceito.
Ainda seguindo a tendência da atualidade, temos matérias relacionadas aos youtubers, games online
e também temas que resgatam um pouco da cultura amazônica. A terceira idade, mais ativa do que
nunca, tem seu espaço garantido com as ações de voluntariado. Uma variedade de assuntos pensa-
dos, individualmente, para agradar os nossos diversos públicos.
Espero que gostem e sintam-se à vontade para colaborar conosco nas próximas edições.
Um abraço.
editorial
A VEZ DA TRABALHABILIDADE
Fundador e Presidente do Conselho de Administração do Grupo Ser Educacional.
Janguiê Diniz
4
REVISTA SER
sumário
Revista Ser
comportamento
MEIO AMBIENTE
economia
Artigo
comportamento
GASTRONOMIA
Responsabilidade Social
SAÚDE
palavra do presidente
04 editorial
06 acontece no ser
12 Os benefícios do voluntariado na terceira idade
23 de volta para casa
10 Para um futuro tranquilo, prepare-se hoje
11 Valorização das diversas populações brasileiras
esportes
14 Em alta, Basquete 3x3 se consagra
16 o perfil dos vencedores
18 O UNIVERSO DOS INFLUENCIADORES DIGITAIS
22 Uma mistura de história e sabores
Artigo
25 Transplante de Órgãos Tem Excelente Semestre
26 Dicas de beleza para a melhor idade
artigo
34 Quando o desconhecido está na mente
36 APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA NO CONTEXTO DAS
METODOLOGIAS ATIVAS
comportamento
03 expediente
50 O alimento em forma de pesadelo
saúde
5
capa
28 A vez da trabalhabilidade
empreendedorismo
38 O fantástico mundo das startups:
transformaNdo ideias em negócios de sucesso
Responsabilidade Social
42 InstitutoSerEducacionalcomCadeiraCativanaONU
Responsabilidade Social
44 Hortascomunitáriascomomodelodesustentabilidade
cultura
46 Os encantados da Amazônia
Esportes e Tecnologia
48 A FEBRE DOs ESPORTS
artigo
tecnologia
53 CRISE ECONÔMICA: A IMPORTÂNCIA DA QUALIFICAÇÃO
PROFISSIONAL
54 Jogo Desafie-me encerra sua primeira temporada
REVISTA SER
ACONTECENOSER
Em expansão, o Grupo Ser Educacional passa a ofere-
cer mais de 400 polos de Ensino a Distância (EAD) em
todas as regiões do País. Com o novo marco regulató-
rio, proposto pelo Ministério da Educação (MEC), para
o credenciamento de instituições, o Grupo tem ainda
mais espaço para crescer com o EAD da UNINASSAU
e UNG/UNIVERITAS, ambas com conceito 4 do MEC.
A Portaria Nº 893, do Ministério da Educação, cre-
denciou a Faculdade Joaquim Nabuco, no Recife,
como Centro Universitário. A Instituição passa a ser
chamada UNINABUCO e tem autonomia para or-
ganizar novos programas educacionais e cursos de
graduação e pós-graduação, implementar progra-
mas de extensão e de pesquisa e gerar maior em-
pregabilidade e mais oportunidade de intercâmbios.
A Universidade da Amazônia (UNAMA) firmou par-
ceria com o Conselho Latino-Americano de Ciências
Sociais para integrar o Grupo de Pesquisa em Ges-
tão Social e do Desenvolvimento Local à sua rede
de pesquisadores. A parceria prevê a publicação de
livros e artigos e mobilidade de professores e alu-
nos de mestrado e doutorado de ambas as institui-
ções, com ênfase na área de Administração Pública.
A UNIVERITAS – Centro Universitário Universus Veritas
iniciou a pós-graduação presencial no campus do Fla-
mengo com um curso inédito no País: Gestão em Cul-
tura Popular Brasileira. A extensão tem duração de 18
meses e visa destacar a riqueza e a diversidade cultural
presentes no panorama da cultura brasileira. O curso
traz em suas disciplinas o estudo dos carnavais de rua
das cidades brasileiras e das escolas de samba cariocas.
O curso de Direito da Faculdade UNINABUCO Pau-
lista colhe os frutos do trabalho de qualidade que
desempenha. A equipe de estudantes da Facul-
dade ficou em primeiro lugar no I Concurso de
Júri Simulado da Escola Superior de Advocacia
da OAB-PE. Destaque entre as 12 instituições que
competiram no estado. Agora, os graduandos re-
presentam Pernambuco na competição nacional.
A Faculdade da Amazônia – UNAMA recebeu au-
torização do Ministério da Educação para imple-
mentar o bacharelado em Nutrição e ganha desta-
que por ser a primeira instituição do Oeste do Pará
a disponibilizar a graduação. Os cursos de Edu-
cação Física e Odontologia também passam a fa-
zer parte da grade acadêmica da Faculdade, elei-
ta três vezes consecutivas pela revista Vox como
a mais lembrada pelos consumidores santarenos.
No ano em que o Ser Educacional celebra 14 anos
de atividade, as diversas instituições do Grupo ex-
pandiram as operações no Centro-Oeste, Norte,
Nordeste e Sudeste do País. Com as inaugurações,
o Grupo Ser Educacional passa a estar presen-
te em 26 estados com um total de 72 unidades.
NOVOS POLOS EAD
RECIFE-PE
BELÉM-PA
RIODEJANEIRO-RJ PAULISTA-PE
SANTARÉM-PA
NOVAS UNIDADES
Jânyo Diniz, Janguiê Diniz e Leonardo Estevam durante
nomeação do Centro Universitário
6
REVISTA SER
O grupo Ser Educacional inaugurou, na UNAMA Ana-
nindeua, um Museu de Arte repleto de obras locais e
nacionais. O espaço será o primeiro da região e con-
tará com um acervo de Artes Visuais da Instituição e
galerias como a de Graça Landeira, criada em 1993,
além da Galeria de Arte Ananin, com um ambiente ex-
positivo que faz uma homenagem ao nome do mu-
nicípio paraense. O local também terá toda a estru-
tura necessária para receber exposições, como sala
de projeção, reserva técnica e sala de manutenção.
O projeto de Atenção Farmacêutica desenvolvido
na Clínica-escola de Saúde da Faculdade UNINAS-
SAU Campina Grande atende pacientes hipertensos e
diabéticos, oferecendo acompanhamento dos medi-
camentos utilizados e resultados obtidos com trata-
mento. Além disso, orienta sobre os possíveis efeitos
colaterais das substâncias e faz o encaminhamento
para outras áreas, como Nutrição, Psicologia e En-
fermagem, dependendo da necessidade individual.
A UNINASSAU - Centro Universitário Maurício de
Nassau conquistou um ótimo resultado na tempo-
rada 2017 da Liga do Desporto Universitário (LDU).
As equipes da Instituição levaram os títulos de
primeiro lugar em todas as modalidades de qua-
dra disputadas, tanto nos grupos masculino quan-
to no feminino, na Conferência Nordeste da LDU.
A atleta Francielle Rocha, da Universidade UNG/UNIVERITAS, foi convocada para representar o País em amis-
tosos da Seleção Brasileira de Handebol durante as preparatórias para o mundial da modalidade. A estu-
dante de Educação Física da Instituição já participou de outras competições com a camisa canarinha – como
o Sul-Americano, o Pan-Americano e até as Olimpíadas de 2016, no Rio de Janeiro. Também nas quadras
de handebol, o aluno da Universidade, Wagner Tenório, foi um dos destaques da conquista do Pan-Ame-
ricano Júnior. O pivô de 20 anos participou de quatro partidas, inclusive da final contra a Argentina. Estudan-
te de Educação Física, Wagner entrou na Instituição no começo de 2017, através do Programa de Bolsa-Atleta.
ANANINDEUA-PA
RECIFE-PE
GUARULHOS-SP
CAMPINAGRANDE-PB
culturacultura
Equipe feminina de basquete da UNINASSAU
7
REVISTA SER
A UNINASSAU – Centro Universitário Maurício de Nas-
sau é o palco da segunda edição do programa de culi-
nária Clube dos Confeiteiros. O laboratório/cozinha do
curso de Gastronomia da Instituição é o local de dispu-
ta dos participantes, que irão testar suas habilidades
culinárias diante de jurados especializados. O show,
que é exibido para todo o Estado de Pernambuco
pela TV Clube/Record, é um reality de confeitaria para
amadores com o objetivo de descobrir novos talentos.
Pelo segundo ano consecutivo, a Faculdade UNI-
NASSAU João Pessoa participou do projeto Mana-
íra Sabor, da TV Manaíra, filial da Rede Bandeiran-
tes de Televisão na Paraíba. O evento contou com a
presença de cerca de 80 convidados, que assisti-
ram à grande final do programa MasterChef sabo-
reando um cardápio totalmente elaborado por es-
tudantes do curso de Gastronomia da Instituição.
A culinária paraense é conhecida pela sua gastrono-
mia – que abarca nomes e sabores como maniçoba,
vatapá, pato no tucupi, bacuri, cupuaçu, além do tão
conhecido chocolate. Neste cenário, alunos do curso
de Gastronomia da UNAMA - Universidade da Amazô-
nia participaram da VIII Feira Internacional de Turismo
da Amazônia e Festival de Turismo e Gastronomia do
Pará. Os discentes apresentaram características e infor-
mações relevantes sobre a cadeia do cacau na região.
Estudantes de Psicologia da Faculdade UNINASSAU
Manaus desenvolveram o projeto Descongele sua Lei-
tura, que tem como objetivo incentivar a leitura por
meio de bibliotecas volantes construídas a partir do
reaproveitamento de eletrodomésticos. O projeto foi
iniciado em sala de aula durante debates sobre educa-
ção, e a proposta é levá-lo para instituições carentes,
comunidades e tribos indígenas.
RECIFE-PE
JOÃOPESSOA-PB
BELÉM-PA
MANAUS-AM
Foi inaugurado em São Luís o primeiro impostômetro
do Maranhão. A ideia de instalação do painel eletrônico,
que divulga em tempo real o valor de toda arrecadação
proveniente dos impostos pagos pelos brasileiros, é de
autoria da Faculdade UNINASSAU com a ACM-MA | As-
sociação Comercial do Maranhão. O projeto conta ain-
da com o apoio da Câmara dos Dirigentes Lojistas de
São Luís e da Federação do Comércio de Bens, Serviços
e Turismo do Estado do Maranhão (Fecomércio-MA).
SÃO LUÍS -MA
economiaeconomiaeconomia sustentabilidadesustentabilidade
8
REVISTA SER
Com o objetivo de auxiliar os barraqueiros da orla de Boa Viagem a comercializar seus produtos da me-
lhor forma, a UNINASSAU – Centro Universitário Maurício de Nassau promoveu um curso para a catego-
ria no Recife. Conceitos de marketing e vendas, boas práticas de manipulação de alimentos e planeja-
mento de orçamento foram alguns dos temas trabalhados com os comerciantes durante a capacitação.
A UNINASSAU – Centro Universitário Maurício de Nassau realizou, no Compaz Ariano Suassuna, os Jo-
gos Locais das Olimpíadas Especiais. Cerca de 150 atletas jovens e adultos, com e sem deficiência, com-
petiram nas modalidades de Atletismo, Futsal e Natação. Estudantes e professores de diversos cursos da Ins-
tituição participaram do evento. A iniciativa faz parte do cronograma do Programa Atletas Saudáveis.
Os eventos realizados no Recife contaram com a participação de Lucy Meyer, uma atleta norte-americana com
paralisia cerebral, ativa nas Olímpiadas Especiais desde 2013. A jovem de 18 anos é altamente engajada com as cau-
sas que lutam pelos direitos das crianças com deficiência e é representante mundial do esporte e da pessoa com
deficiência do Unicef.
RECIFE-PE
OLIMPÍADAS ESPECIAIS
A atleta Lucy Meyer ao lado dos seus pais e da equipe UNINASSAU
9
REVISTA SER
Para um futuro
tranquilo, PREPARE-SE hoje
ECONOMIA
Dá para organizar as finanças durante a vida produtiva e aproveitar depois
E
conomia não tem idade, mas requer um bom pla-
nejamento. Planejar, inclusive, não é tarefa fácil e
pede muita dedicação e foco. Muitas pessoas re-
clamam de não conseguirem poupar dinheiro ou qui-
tar suas dívidas. De fato, sair do círculo de consumo
sem fim e da má administração das finanças é um pro-
blema grave e que deve ser encarado de forma séria.
Começar a guardar dinheiro e acumular capital para
investir e realizar sonhos é o que todos desejam, mas
nem sempre conseguem. É uma verdadeira caminha-
da. No entanto, toda jornada precisa do seu primeiro
passo e, nesse caso, não é diferente. Mas por onde ini-
ciar?
Quem nunca esperou o tão sonhado aumento salarial
que atire a primeira pedra. Isso é bom, mas não o es-
sencial para começar a poupar. A regra básica para
uma vida financeira saudável é gastar menos do que
se ganha. Para Manoel Brandão, economista e profes-
sor da UNINABUCO - Centro Universitário Joaquim
Nabuco, consumir menos do que se tem deve ser uma
obrigação. “O ideal é que se poupe 30% de cada real
conquistado. Mas, como nem sempre isso é possível,
pelo menos 20% tem que ser guardado em uma pou-
pança que dê suporte para a construção de sonhos e
uma aposentadoria tranquila”, comenta.
Se um tempo maior de poupança permite alcançar
condições financeiras melhores, nada mais sensato do
que guardar dinheiro desde já. A grande dificuldade,
no entanto, é ter uma reserva no fim do mês quando o
salário está baixo. Além disso, durante a juventude, a
vontade de comprar para ter uma sensação de status,
comum no início da carreira, atrapalha a poupança. A
sedução do consumo, estimulado pelo reconhecimen-
to social, não ajuda em nada um jovem investidor.
Ponderando desde o início
No entanto, quando a cultura da poupança vem desde
cedo, fica mais fácil se preparar para o futuro. De acor-
do com Manoel Brandão, é indispensável que se de-
senvolva a consciência de organizar a vida financeira
desde a infância. “A cultura de planejamento financei-
ro deve ser parte integrante da educação da criança,
do jovem e do adolescente. Dessa forma, quando che-
gar a vida produtiva, esse indivíduo será organizado
em suas finanças”, afirma o especialista.
Aposentadoria tranquila
Muitos profissionais não se preparam adequadamente
para a aposentadoria por acreditar que o desempenho
não vai cair com o avanço da idade. Um pensamento
que predomina é “gosto do que faço e não penso em
parar”. Essa é a desculpa que muitos arranjam para
negligenciar os cuidados necessários com o futuro. De
fato, enquanto o dinheiro estiver entrando no caixa,
não há motivo de preocupação, mas uma hora o can-
saço chega e a vontade de parar também.
O risco é que nem sempre se sabe quando isso vai
acontecer — algo que varia de pessoa para pessoa. E,
para os que chegarem bem à velhice, o desafio será
manter o interesse pelo trabalho diante da vontade de
aproveitar mais tempo com a família e os amigos. Por
isso, para uma aposentadoria tranquila e livre de dívi-
das, um bom planejamento financeiro desde o início
da vida produtiva se faz necessário.
Com a reforma da Previdência Social no Brasil, a ida-
de mínima para se aposentar passou a ser 65 anos e
a contribuição para obter o benefício integral, ago-
ra, é de 49 anos. De acordo com Brandão, é nesse
contexto que a previdência Privada surge como boa
opção de aplicação financeira. “Além de uma remu-
neração compensadora, o serviço complementar tam-
bém beneficia o contribuinte ao abater no imposto de
renda”, pontua. Apesar das vantagens, o economista
alerta: é indispensável examinar a rentabilidade de vá-
rios bancos em seus últimos anos, antes de contratar
o serviço.
10
Rayane Guimarães
REVISTA SER
VALORIZAÇÃO das diversas
populações brasileiras
ECONOMIA
Projeto estuda e pesquisa as culturas e as tradições dos povos
afro-brasileiros, indígenas, ciganos e ribeirinhos
A
valorização do povo e da cultura brasileira con-
tribui para o desenvolvimento social e econô-
mico do país. Oportunizar a discussão qualifica-
da sobre as necessidades de diferentes comunidades
possibilita a construção de sujeitos éticos e responsá-
veis. Neste contexto, o Núcleo de Estudos Afro-Bra-
sileiros, Indígenas e de Povos Tradicionais – NEABIT
– foi instaurado ao calendário Sócio Pedagógico do
Ser Educacional a partir do ano de 2016, com a pro-
posta de construir trabalhos acadêmicos que tratem
das questões étnico-raciais.
O Projeto é desenvolvido pelas instituições do Grupo,
em parceria com Instituto Ser Educacional. A proposta
é de estudar e pesquisar as questões voltadas à cultu-
ra e às tradições dos povos afro-brasileiros, indígenas,
ciganos, ribeirinhos, entre outros, preenchendo um
espaço de debate, antes vazio, quanto às temáticas
acerca do preconceito e da valorização das suas his-
tórias e culturas. Com isso, abre-se a oportunidade de
divulgação e discussão dos temas dentro do ambiente
acadêmico.
Os estudos interseccionais desenvolvidos através do
NEABIT possibilitam uma melhor compreensão das
opressões, atrelando questões étnico-raciais, de clas-
se, gênero e sexualidade. Isso impacta diretamente no
desenvolvimento de uma consciência crítico-reflexiva
por parte dos participantes que buscam transformar
realidades por meio deste Projeto Social.
Heloísa Pimentel é a coordenadora do projeto na UNI-
NASSAU – Centro Universitário Maurício de Nassau,
em Recife, e diz que é importante que sejam levanta-
dos os problemas das comunidades citadas. “Ao iden-
tificarmos as dificuldades enfrentadas pelos grupos
populacionais podemos sugerir e fomentar soluções
que tenham um impacto significativo na qualidade de
vida dessas populações. Realizamos essas ações por-
que somos responsáveis pela formação de milhares de
estudantes que estão prestes a ingressar no mercado
de trabalho e que podem contribuir para o desenvolvi-
mento social do seu meio”, destaca.
Todos os meses as instituições levam as propostas do
NEABIT para seus estudantes por meio de palestras,
debates ou eventos relativos aos temas de igualdade
e responsabilidade social e racial. Este Projeto permite
que as instituições do Ser Educacional atendam à le-
gislação, possibilitando ampla visibilidade acadêmica
e pública para as ações realizadas, visto que pessoas
interessadas podem participar livremente das ativida-
des. Entre as ações promovidas pelo NEABIT estão:
cursos, conferências, encontros, apresentações cultu-
rais, congressos, publicações e intercâmbio de pesqui-
sadores.
Melissa Fernandes
11
RESPONSABILIDADESOCIAL
REVISTA SER
A
judar os outros e se ajudar, em alguns casos,
é a meta de vida de muita gente, que nem
sempre requer ações extraordinárias, e sim
uma pequena doação de tempo e atitude. O
voluntariado é uma atividade para todos que enxer-
gam no apoio aos outros uma oportunidade única de
fazer a diferença e compartilhar positividade. E, na ter-
ceira idade, amparar alguém com necessidade, além
de acalentar o coração, pode servir como um impul-
so para descobrir novas possibilidades, realizar boas
ações e se integrar em grupos sociais. Afinal, não há
limite de idade para fazer o bem.
Com o envelhecimento, há quem se sinta excluído da
sociedade por conta de eventuais dificuldades de lo-
comoção, perda gradativa de visão ou audição – além
da saída do mercado de trabalho com a aposentadoria.
É aí que o voluntariado surge como alternativa de fa-
zer bem aos outros, além de promover mais interação
social e o bem-estar conquistado por contribuir com
uma causa. “É uma boa estratégia de diminuir a ociosi-
dade dos idosos, que muitas vezes se sentem pessoas
produtivas e que ainda podem dar sua contribuição
enquanto pessoas ativas e participativas da popula-
ção”, afirma a professora de Enfermagem Geriátrica
da Faculdade UNINASSAU Maceió, Tâmyssa Simões.
De acordo com o Doutor em Educação e professor de
Enfermagem da UNINASSAU Natal, João Bosco Filho,
diversos estudos têm demonstrado a importância do
voluntariado na população com mais idade – a ponto
de entrar no rol das recomendações e dos cuidados
que vão muito além da alimentação e da prática de
exercícios físicos. “A participação em atividades em
grupo é essencial, já que a solidão muitas vezes acom-
panha o envelhecimento. Isso pode contribuir com a
continuidade da socialização”, informa.
O voluntariado, então, pode representar um impor-
tante instrumento para ampliar a autoestima do idoso,
rompendo a possível desvalorização sentida pelo in-
divíduo. “Assim, ele ou ela consegue se perceber mais
uma vez inserido em um cenário de interações sociais
importantes. É preciso encontrar estratégias capazes
de fazer com que o idoso possa ressignificar esse mo-
mento de vida, tornando-o não apenas mais longo,
mas, principalmente, mais ativo”, destaca João Bosco.
Mas antes mesmo de começar a procurar uma ativida-
de na qual seja possível contribuir, o interessado deve,
em primeiro lugar, prestar atenção às suas próprias
necessidades e capacidades. No caso específico de
idosos, a atenção aos limites físicos é essencial para a
realização de um serviço benigno e saudável para to-
dos. “Cada um deve ter a consciência de seus limites.
Se um idoso, por exemplo, tiver problemas na coluna,
não poderá ser inserido em situações que agravem
suas patologias”, indica Tâmyssa.
Os profissionais alertam que é preciso certo cuidado
na escolha da atividade. Segundo a professora, espe-
cialista em Geriatria, o candidato a voluntariado deve
evitar trabalhos que necessitem de esforços físicos,
visual, auditivo e o equilíbrio para não extrapolar os
próprios limites. Por outro lado, o professor João Bos-
co aconselha sempre buscar alternativas: “no contexto
OSBENEFÍCIOS do
voluntariado na terceira idade
COMPORTAMENTO
Ser voluntário em causas sociais pode ser estímulo para se manter
saudável e contribuir para o bem-estar de todos os envolvidos
Peterson Mayrinck
12
REVISTA SER
Voluntariado
na terceira idade
UNIVERSIDADE ABERTA
DA TERCEIRA IDADE
-Não há limite de idade.
-Atividades possíveis:
Qualquer uma que o interessado goste ou se sinta
atraído.
-Cuidados:
É preciso ter consciência dos seus limites;
Evitar atividades de maior impacto físico;
Não são recomendáveis trabalhos com outros idosos
que tenham doenças degenerativas.
Para quem tem interesse em atividades em gru-
po e sair da rotina, a Universidade UNG/UNIVE-
RITAS também conta com o projeto Universi-
dade Aberta da Terceira Idade (Uati). Ter mais
de 50 anos e ter vontade não só de aprender,
mas também de se inserir em um novo grupo
social estão entre os requisitos para participar
das dezenas de cursos oferecidos nas áreas de
Informática, Prática Artesanal e Exercícios Físi-
co e Mental. A iniciativa é uma ótima oportuni-
dade para quem quer aprender e repassar os
conhecimentos, seja para amigos e família – ou
até em uma atividade de voluntariado.
da sociedade que se propõe a ser inclusiva, é essencial
que se busque construir estratégias para que todos,
sem exceção, possam se inserir nesse cenário”.
De um modo geral, o interessante é que o voluntário
participe de ações que não gerem esforço físico, mas
que trabalhem a área cognitiva, já que o estímulo ex-
tra pode auxiliar na prevenção de doenças crônicas
degenerativas, como o Alzheimer. Uma das opções
recomendadas seria atuar com crianças e adolescen-
tes carentes ou em situação de vulnerabilidade social,
com inserção de atividades lúdicas e momentos em
que a experiência de vida possa ser transmitida aos
mais jovens.
Esse aspecto de contato com outras gerações tam-
bém é um fator a mais da importância do voluntariado
na terceira idade, aponta o docente. “Com isso, muitas
vezes é possível romper com grandes conflitos inter-
geracionais, permitindo um diálogo mais respeitoso
entre as diversas gerações agregadas à iniciativa”, ex-
plica Bosco.
E o que é o voluntariado senão o contato humano en-
tre os que têm algo a oferecer e os que necessitam?
Seja na terceira idade ou entre os mais jovens, ajudar
e dar suporte aos outros são atividades que só fazem
o bem – e é isso o que motiva voluntários nos mais di-
versos ramos em que atuam e fazem a diferença.
13
REVISTA SER
Em alta,
BASQUETE3X3 se consagra
ESPORTES
O
ano de 2017 foi importante para o Basquete
3x3. Um passo marcante foi dado para que
o esporte, que está na lista das novas mo-
dalidades, seja reconhecido mundialmente e,
consequentemente, popularizado. Em junho, o Comitê
Olímpico Internacional (COI) anunciou que a modali-
dade fará parte das Olimpíadas 2020, em Tóquio, no
Japão. A disputa por medalhas será realizada entre
oito países na chave de cada gênero e 64 atletas entre
homens e mulheres. Por mais que essa seja uma mo-
dalidade ainda em crescimento, a sua inclusão nos jo-
gos tem a intenção de dar um apelo “jovem e urbano”
para a competição, conforme informou o COI.
Apesar de pouco conhecido como esporte regulari-
zado, o Basquete 3x3 tem mais de 50 mil jogadores
registrados pela Federação Internacional de Basque-
Melissa Fernandes
te (Fiba) e uma média de 250 milhões de adeptos no
mundo. Gui Peixoto é presidente da Confederação
Brasileira de Basquete (CBB), instituição responsável
pelas competições realizadas no Brasil. Para ele, a no-
tícia do 3x3 como modalidade olímpica impulsiona a
prática do esporte. “O Basquete 3x3 já era uma re-
alidade mundial, com muita força no Brasil. Ficamos
felizes e satisfeitos com a inclusão dessa modalidade
nos Jogos Olímpicos de Tóquio, salientando que isso
nos dá mais ânimo e incentivo para seguir trabalhando
com essa importante modalidade, que vem crescendo
muito, não só no cenário nacional, mas no internacio-
nal também”, destaca.
A modalidade do jogo é três contra três, mas a equipe
é formada por quatro jogadores, dos quais três estão
em campo e um é o reserva. O jogo é realizado em
uma quadra com metade da dimensão utilizada para
jogos de basquetebol regular e tem apenas um cesto
para pontuação, mantendo as marcações originais. O
esporte nada mais é do que o basquetebol de rua e
teve origem nas grandes cidades norte-americanas,
onde toda casa e áreas urbanas têm uma tabela bas-
quete, e os grupos formam equipes de um, dois ou
três jogadores para competir.
O JOGO •	
•	
•	
•	 A partida tem um período de 10 minutos ou
é finalizada quando uma das equipes soma
21 pontos.
•	 Os lances variam entre 1 ponto, para marca-
ções dentro da linha e com lance livre, e 2
pontos, para jogadas atrás da linha demar-
cada.
•	 Cada jogador tem 12 segundos para execu-
tar as jogadas e marcar a pontuação.
•	 Partidas empatadas são decididas na pror-
rogação, finalizada quando a primeira equi-
pe marcar 2 pontos.
•	 O jogador tem o limite de quatro faltas; e a
equipe, de sete.
•	 Cada equipe tem um pedido de tempo de
30 segundos.
•	 A substituição deve acontecer quando a
bola estiver parada.
•	 Os jogos contam com dois árbitros e três
marcadores.
Modalidade ganha destaque ao ser confirmada para Olimpíadas 2020
14
REVISTA SER
Na década de 1990, Rildo Accioly foi campeão brasi-
leiro em disputas de streetball, modalidade que atu-
almente é conhecida como o 3x3. Hoje, o ex-atleta
é técnico da equipe de basquete feminino 3x3 da
UNINASSAU, time campeão dos primeiros jogos Pan
-Americanos de basquete 3x3 para universitários. A
disputa foi realizada na cidade de Buenos Aires, na
Argentina, e a equipe pernambucana foi a única repre-
sentante brasileira na categoria feminina da competi-
ção. Além da vitória trazida para o Brasil, a equipe da
UNINASSAU arrebatou uma vaga para a competição
da Liga Mundial Universitária de Basquete 3x3 2017,
que será realizada na cidade de Xiamen, na China.
A UNINASSAU também é a principal incentivadora
do basquete 3x3 em Pernambuco, tornando-se fun-
damental na divulgação da modalidade. Além disso,
é através dessa equipe que o Estado tem firmado par-
ticipação em competições locais, brasileiras e interna-
cionais. Para Rildo, o título do Pan-Americano teve alta
importância para incentivar sua prática entre atletas
pernambucanos, ainda mais com a confirmação da
modalidade nos próximos jogos olímpicos. “Entrar
para as Olimpíadas é consagrar a modalidade, e a
gente está vibrando muito, porque agora a tendência
é que o esporte cresça e ganhe cada vez mais adep-
tos, pois terá destaque no mundo todo. A UNINASSAU
também merece todas as glórias pela consagração
desse esporte”, vibra Rildo.
Hermógenes Brasil é coordenador de esportes do Gru-
po Ser Educacional e, além do acompanhamento e de
total suporte à equipe da UNINASSAU, também é um
incentivador da prática dos novos esportes. “A refor-
Treinando campeões
mulação dos esportes está em expansão, fator que au-
menta as chances de surgir novos ídolos. O 3x3 está
crescendo no País e no mundo. Já disputamos três
mundiais universitários e somos a primeira universida-
de campeã pan-americana universitária. Acreditamos
que a realização de eventos para a modalidade irá aju-
dar o crescimento desse esporte dentro da Instituição.
Hoje, temos atletas da casa representando o Brasil no
basquete convencional e, com a divulgação de que o
3x3 estará nas Olimpíadas de Tóquio, poderemos ter
atletas na seleção, mas cabe a CBB definir como será
esse processo”, conclui Hermógenes sobre a possibi-
lidade de novos ídolos serem descobertos pela UNI-
NASSAU.
15
Equipe campeã dos primeiros jogos Pan-Americanos
de basquete 3x3
REVISTA SER
ARTIGO
O perfil dos VENCEDORES
S
empre ouvimos que pessoas vencedoras
são aquelas persistentes, corajosas, que não
têm medo de arriscar. Contudo, a verdade é
que não há uma receita correta ou um perfil pre-
determinado que indique como são as pessoas
vencedoras. Para vencer, é preciso transformar o
talento em ação e, por via de consequência, su-
cesso; a vontade em planejamento; a inseguran-
ça em determinação. Esses são componentes da
personalidade de pessoas que, nas suas áreas de
atuação, brilham mais do que as outras.
O que separa os vencedores dos perdedores?
Os cientistas afirmam que vencer é um conceito
interdisciplinar, que envolve teorias sociológicas
e psicológicas, questões econômicas e quími-
cas cerebrais. Os hormônios, por exemplo, são
a linha de pesquisa do norte-americano Pranjal
Mehta, da Universidade de Oregon, e, de acordo
com ele, componentes decisivos para a forma-
ção de um perfil bem-sucedido. Em um outro es-
tudo, conduzido pelo Departamento de Zoologia
de Cambridge, os cientistas constataram que a
liderança tinha mais relação com o temperamen-
to do indivíduo do que com seus anos de estudo.
Deixando a ciência de lado, as mudanças no mer-
cado de trabalho com a diminuição de vagas e
a necessidade de profissionais mais diversifica-
dos, torna cada vez mais evidente que não há
mais espaço para profissionais arrogantes, des-
qualificados e despreparados para enfrentar os
desafios da nova sociedade digital. Dessa forma,
as empresas buscam profissionais habilidosos
multidisciplinarmente, com predisposição para o
trabalho em equipe, conhecimento de mercado,
iniciativa, espírito empreendedor, persistência,
otimismo, responsabilidade, criatividade e outras
habilidades.
Um perfil vencedor toma decisões firmes para os
seus triunfos, impondo metas, lutando sempre
até o final para realizar seus sonhos, sem nunca
esquecer o que quer e o que deseja alcançar. Da
mesma forma, um atleta com comportamento de
vencedor não vive baseado em normas sociais,
16
REVISTA SER
Janguiê Diniz
Mestre e Doutor em Direito – Reitor da UNINASSAU – Centro Universitário Maurício de
Nassau – Reitor da UNAMA – Universidade da Amazônia – Fundador e Presidente do
Conselho de Administração do Grupo Ser Educacional
ele age inspirado nos rigores do fair play, com
autodeterminação e baseado naquilo que lhe é
exigido nos treinamentos.
Perfis vencedores são aqueles que não se dão
por vencidos diante dos obstáculos e, indepen-
dentemente, se estão em um bom ou mau mo-
mento, continuam firmemente em seu propósito
de superação, aprendendo com as dificuldades e
sem se vangloriar de forma exagerada por seus
méritos. Faz-se necessário entender que compe-
tência é uma palavra de senso comum, e que o
antônimo disso, ou seja, a incompetência, implica
não só a negação dessa capacidade como tam-
bém a depreciação do indivíduo diante do circui-
to do seu trabalho.
Não importa sua formação acadêmica nem mes-
mo a experiência profissional. Você pode chegar
longe na vida se prestar atenção nas atitudes dos
profissionais de sucesso. As empresas buscam
profissionais com perfis vencedores e adaptá-
veis, porque tudo no mundo moderno muda, já
que estamos vivendo numa sociedade digital e
disruptiva. E não estamos mais na época em que
funcionários são apenas funcionários, mas, sim,
colaboradores que têm, cada dia mais, papel ati-
vo nas empresas.
17
REVISTA SER18
O UNIVERSO DOS
INFLUENCIADORES DIGITAIS
COMPORTAMENTO
Como o segmento tem se transformado em alternativa
de marketing para empresas
P
rimeiro uma postagem, depois o primeiro like,
em seguida comentários ou compartilhamen-
tos e está feito. A partir dessa sequência, foi
difundida uma ideia, um produto ou uma tendência.
As mídias digitais, antes utilizadas apenas para con-
tato pessoal entre os usuários, hoje são uma fer-
ramenta imprescindível de comercialização para
as empresas. Segundo pesquisa realizada pela
eMarket em 2016, o Brasil é o país da América Lati-
na com mais usuários ativos nas redes sociais, sen-
do mais de 93,2 milhões de usuários ativos por mês,
e a probabilidade é de que esse número aumente.
Dentro dessa realidade, existe uma nova possibilidade
de divulgação de produtos, campanhas ou da própria
marca de uma determinada empresa. As personalida-
des das mídias sociais, ou digital influencers, termo
que surgiu do inglês e significa influenciadores digi-
tais, tornaram-se uma ponte rápida, eficaz e de amplo
alcance para divulgação de mercadorias. Eles estão
presentes em quase tudo que se vê na web: YouTu-
be, Instagram, Facebook, Twitter, Snapchat, Pinterest,
entre outros canais de comunicação e interação so-
cial. Para fazer uma definição clara, influenciadores
digitais são aqueles usuários que possuem muitos se-
guidores nas redes sociais e são famosos por entre-
ter, lançar tendências ou até mesmo formar opiniões.
Estudos revelaram que 2% dos influenciadores digitais
geram 54% das interações nas redes, ou seja, na hora
de comprar um determinado produto, os consumido-
res brasileiros estão atentos no que a personalidade
Rudá Braga
da internet tem a dizer sobre a marca. De acordo com
uma pesquisa realizada em 2016 pela companhia The
Shelf, pouco mais de 65% das empresas entrevistadas
já usaram o marketing de influências e 52% das cor-
porações têm verba destinada exclusivamente para
mídias sociais. A divulgação é feita de uma maneira
muito simples: os influenciadores recebem os produ-
tos gratuitamente das empresas para testar e divul-
gar suas impressões para os seus seguidores. A ação
pode resultar inclusive no pagamento de um cachê. As
plataformas mais comuns entre os profissionais desta
área são o Facebook, YouTube e Instagram, cada uma
delas possui suas particularidades, e os valores cobra-
dos por postagem ou campanha podem variar depen-
dendo do número de seguidores e poder de influência.
No entanto, o que é necessário para se tornar
um influenciador digital? Segundo a professo-
ra dos cursos de Jornalismo e de Publicidade da
UNINABUCO Recife, a doutora em Comunicação
Adriana do Amaral, qualquer pessoa pode ter conta
nas redes digitais, porém nem todas têm perfil para
serem consideradas influenciadoras digitais. “Qual-
quer pessoa pode ter uma conta nas redes digitais.
Agora, o que vai determinar se esse conteúdo vai ga-
nhar visibilidade e fazer sucesso na rede, convertendo
o usuário em influenciador, é algo inusitado ligado ao
conteúdo, humor ou serviço que ele oferece, devido
ao domínio de um determinado assunto”, afirmou.
Ainda segundo a professora Adriana do Amaral, al-
gumas empresas podem ser consideradas influencia-
doras, desde que se proponham a vender alguma ten-
dência. “Existem algumas corporações que fazem esse
papel, como por exemplo, a C&A, com a sugestão de
moda multigênero, ou a Natura, com a linha de pro-
dutos para mulheres de todas as raças”, completou.
CONHECIDOS X DESCONHECIDOS
INFLUENCIADORES DESCONHECIDOS:
VANTAGENS
- Cachê mais barato.
- Disponibilidade para moldar o estilo para identifica-
ção com a marca.
- Vida privada não vira notícia, logo, não haverá preju-
ízo para a marca ou produto.
DESVANTAGENS
- Pessoas não reconhecem rapidamente.
- É necessário tempo para que o público se identifique.
PESSOAS CONHECIDAS:
VANTAGENS
- Reconhecimento instantâneo.
- Estilo de vida como objeto influenciador.
- Já possui uma quantidade de fanbase, que podem
ser potenciais consumidores do produto divulgado.
DESVANTAGENS
- Cachê mais caro.
- Indisponibilidade para moldar o estilo de vida ao pro-
duto ou campanha.
- Vida privada pode virar notícia e ter repercussão ne-
gativa para a empresa.
ENTENDA QUAIS AS VANTAGENS E
DESVANTAGENS EM CONTRATAR ROS-
TOS CONHECIDOS E DESCONHECIDOS
PARA REPRESENTAR A SUA MARCA.
REVISTA SER20
Boca Rosa – Bianca Andrade
- Moda;
- YouTube: 4,1 milhões de inscritos;
- Instagram: 4,7 milhões de seguidores.
A maquiadora aborda assuntos como
moda, estilo e maquiagem. Faz vlog com
entrevistas com várias personalidades e
mostra sua vida. Bianca é patrocinada por
várias empresas e já fez trabalhos em di-
versas partes do mundo, como Orlando e
Paris. Pelo sucesso como influenciadora,
foi convidada para fazer participações no
programa É de Casa, da Rede Globo.
Todo ano, a revista Forbes, que divulga um ranking
das celebridades mais bem pagas, dos empresários
bilionários ou dos atletas com maior patrocínio, re-
centemente resolveu incluir também os influencia-
dores digitais. A sueca Rachel Brathen, que faz pu-
blicações relacionadas a ioga, cobra US$ 25 mil por
postagem. A canadense Lyzabeth Lopez, criadora de
um site dedicado ao público fitness, diz cobrar en-
tre US$ 3 e US$ 5 mil por post, e até US$ 20 mil e
US$ 100 mil por campanha completa. No Brasil, um
grande influenciador pode ganhar até R$ 150 mil,
dependendo da plataforma, número de seguido-
res, popularidade e custo para realizar o trabalho.
A estudante do curso de Publicidade da UNINASSAU
– Centro Universitário Maurício de Nassau Recife, Ma-
thira Menezes, decidiu entrar no ramo para comparti-
lhar sua paixão por assuntos relacionados à estética. O
hobby acabou se transformando em algo profissional
e a pernambucana foi convidada para divulgar os pro-
dutos da marca L’Oréal na web. Ela tem um canal no
YouTube e uma conta no Instagram e aborda assuntos
Felipe Neto
- Humor;
- YouTube: 12 milhões de inscritos.
Foi o primeiro brasileiro a conquistar 1 milhão
de inscritos em um canal do YouTube, com
vídeos de humor ácido sobre o cotidiano e
a cultura pop. Ele também criou outros ca-
nais, como Não Faz Sentido, Parafernalha e
A Toca.
Fatos Desconhecidos
- Ciência e tecnologia;
- YouTube: 5,3 milhões de inscritos.
Canal antenado em assuntos históricos
e curiosidades, possui grande populari-
dade na web.
Mathira Menezes, estudante da UNINASSAU e digital
influencer
REVISTA SER 21
Whindersson Nunes
- Humor;
- Instagram: 13,1 milhões de seguidores;
- YouTube: 21 milhões de inscritos.
Atualmente o canal no YouTube conta com
mais de 1 bilhão de visualizações e mais de
260 vídeos, sendo considerado o segun-
do youtuber mais influente da atualidade.
Suas principais marcas são os cenários
simples, cortes e paródias de músicas fa-
mosas. A popularidade de Whindersson o
levou a ser uma figura bastante presente
na televisão, participando de programas na
Rede Globo e no Multishow.
como cabelos cacheados, moda, maquiagem e lifestyle
e DIY (Do It Yourself, que significa Faça você mesmo).
“No começo, meu objetivo era apenas consumir con-
teúdo, depois eu pensei em repassar tudo para meus
seguidores; porém, só descobri que era uma influen-
ciadora quando fechei meu primeiro contrato com a
L’Oréal e quando recebi mensagens dos seguidores fa-
lando da importância do meu trabalho”, conta Mathira.
Ainda segundo a estudante, o importante é equilibrar
bem o conteúdo e a publicidade para o público não ficar
entediado. “Esse equilíbrio é importante, pois os segui-
dores querem sentir sinceridade no que é publicado;
por isso, eu só faço publicidade de produtos com que
me identifico, já aconteceu inclusive de recusar fazer di-
vulgação de um produto por não gostar dele”, concluiu.
A liberdade da web fez com que surgissem alguns
personagens inusitados, como é o caso de Pepa, uma
cadela que faz o maior sucesso no Instagram. A no-
toriedade a transformou em uma influenciadora digi-
tal; no entanto, os donos não usam o perfil para gerar
receita, como explica Raquel Meira, tutora de Pepa e
responsável pelas postagens. “Comecei a usar o apli-
cativo apenas para armazenar fotos, não tinha ne-
nhuma intenção de me tornar influenciadora digital,
simplesmente aconteceu. As pessoas se encantaram
em algum momento com os registros e textos, então
foram surgindo cada dia mais seguidores e pessoas
que interagiam. Porém, não temos contato fixo, patro-
cínio ou qualquer vínculo com empresas, tenho como
filosofia indicar apenas produtos de que gosto e uso
dentro do segmento pet, afirmou. Segundo Raquel, a
espontaneidade é o segredo do sucesso nas redes so-
ciais. “O importante é gerar conteúdo que realmente
faça parte do seu dia a dia e que seja do seu gosto.
Não adianta tentar se promover ou tornar seu perfil
atrativo e interessante com assuntos com os quais
você não se identifica. Seja autêntico e dedique-se ao
seu propósito”, finalizou.
Gabriela Pugliesi
- Fitness;
- Instagram: 3,5 milhões de seguidores.
A baiana se tornou famosa por compar-
tilhar sua rotina de atividades físicas e
alimentação saudável. Além da conta no
Instagram, ela também possuiu um canal
no YouTube, no qual realiza entrevistas
com personalidades.
Hugo Gloss – Bruno Rocha
- Cultura e entretenimento;
- Site: 10 milhões de visitantes;
- Instagram: 9 milhões de seguidores.
Realiza ampla cobertura em eventos, como
Oscar e Bilboard Music Awards, além de
mostrar um pouco da intimidade de cele-
bridades no mundo inteiro. Alguns vídeos
têm mais de 1 milhão de visualizações e as
fotos chegam a ter 200 mil curtidas. Além
do Instagram, ele ainda é responsável pelo
site que possui uma média de 10 milhões
de visitantes por mês.
REVISTA SER22
A
Bahia guarda consigo um grande pedaço da
história do nosso país. Cheia de representati-
vidade, a região tem uma cultura repleta de
misturas e referências dos povos ancestrais que pri-
meiro chegaram às nossas terras. E a culinária baia-
na está completamente inserida nesse contexto.
Carregada de miscigenação da nação brasileira, a co-
zinha do recôncavo baiano, em especial, traz em suas
origens uma influência predominantemente africana.
De acordo com a professora do curso de Nutrição da
Faculdade UNINASSAU Salvador, Luciane Barros, isso
ocorreu em virtude do grande número de homens e
mulheres que foram trazidos ao Brasil e que serviram
como escravos. “Durante longos e sangrentos anos,
essas pessoas foram submetidas à sociedade colonial
brasileira. As adaptações a uma culinária africana origi-
nal foram necessárias, pois esses indivíduos não tinham
possibilidade de escolha de seus alimentos”, explica.
Os negros trouxeram para a Bahia, por exemplo, o
azeite de dendê, o quiabo e a forte pimenta-ma-
lagueta. Somados às tradições africanas, estão os
traços das raízes indígenas e portuguesas. Embo-
ra estas tenham sido incorporadas com menos for-
ça, pratos da gastronomia baiana contam com in-
gredientes como bacalhau, mandioca e milho. E
assim se forma a diversidade da cozinha da Bahia.
Segundo Barros, percebe-se claramente cozinhas
identitárias bem distintas. A sertaneja, com cuscuz,
carnes fritas de caprinos e ovinos, bolos e doces va-
riados de frutas; a litorânea, farta em peixes e frutos
do mar, podendo ser preparados com leite de coco; e
a do recôncavo baiano, traduzida por Gilberto Freyre
como a cozinha colonial baiana: composta por ca-
rurus, vatapás, mingaus e moquecas. Com a exuberân-
cia em sabores e cores de todos os locais do Estado,
o apimentado e diversificado tempero baiano, com
toda a sua peculiaridade, é um verdadeiro convite para
saborear as receitas da terra de “todos os santos”.
O sincretismo religioso na Bahia é muito forte. O ca-
tolicismo dos senhores de engenho portugueses que
colonizaram a região acabou se mesclando com o
candomblé dos escravos. “A prática religiosa dos afri-
canos ‘vestiu-se’ de uma linguagem para possibilitar o
culto aos seus deuses, dando aos orixás do candomblé,
nomes de santos católicos”, completa a professora.
E a associação entre culinária e religião se deve ao
fato de que a comida africana é feita também como
uma forma de oferenda aos orixás. A cada um deles,
um alimento principal é oferecido. Um grande exem-
plo disso é o acarajé. “Originalmente, na cozinha do
candomblé, esse bolinho à base de feijão-fradinho
e frito no azeite de dendê é chamado de acará e é
uma oferenda consagrada à Iansã. Ele se torna acarajé
quando passa a ser consumido pelas pessoas e a ele
são acrescidos o vatapá, o camarão seco temperado
e os tomates frescos picados”, detalha a especialista.
Um dos mais importantes escritores brasileiros e fi-
gura altamente consagrada na Bahia, Jorge Ama-
do proporcionou também aos leitores de suas
obras um delicioso passeio pela riquíssima culi-
nária baiana. Sua filha Paloma Jorge Amado reali-
zou uma intensa pesquisa e compilou em um livro
receitas que constam nas publicações do autor e
são acessíveis e fáceis de se fazer. A leitura do livro
A Comida Baiana de Jorge Amado é super válida.
Conheça alguns dos mais tradicionais pratos da culi-
nária baiana:
Culinária e Religião
Dica de leitura da professora
GASTRONOMIA
Recheada com detalhes e ingredientes peculiares, culinária baiana é uma
das mais diversificadas do Brasil
UMA MISTURA DE
HISTÓRIA E SABORES
Ariana Catunda
REVISTA SER
Peterson Mayrinck e Ariana Catunda
23
Bolinho de feijão-fradinho frito
no azeite de dendê, servido com
vatapá, caruru e camarão seco
temperado. Tradicionalmente é
vendido nos tabuleiros das baia-
nas. Considerado patrimônio gas-
tronômico nacional.
Cozido dos mais variados vege-
tais que pode ser acrescido de
peixe, camarão ou aratu, tudo co-
berto com leite de coco e azeite
de dendê. Em uma apresentação
mais tradicional é preparada e
servida em panela de barro.
Com base de quiabos cortados
em rodelas e levados ao fogo
com gengibre, castanha-de-caju,
amendoim e camarão seco.
Feito com pão ou farinha de ros-
ca, leva fubá, gengibre, pimen-
ta-malagueta, amendoim, cravo,
castanha-de-caju, leite de coco,
azeite de dendê, cebola, alho e
tomate.
Fino disco preparado com a
goma de mandioca assada.
Os recheios variam a gosto do
cliente.
Doce com consistência cremosa
preparado com milho triturado,
açúcar e leite de coco. O cozi-
mento da iguaria é feito em fogo
baixo.
Acarajé
Caruru
Vatapá
Tapioca Canjica
Moqueca
MEIOAMBIENTE
ZOOUNAMA reabilita e devolve para os rios 35 tartarugas da Amazônia
DE VOLTA PARA CASA
R
esgatar, recuperar e reintroduzir animais silves-
tres em seus habitats naturais. Esses são alguns
dos objetivos do ZOOUNAMA — único zoológi-
co mantido por uma faculdade particular no Brasil, a
UNAMA Santarém. Partindo desse princípio é que o
lugar desenvolve pesquisas para estimular o ecoturis-
mo e preservação da fauna e da flora.
Exemplo desse trabalho foi a soltura de 35 tartarugas
da Amazônia na comunidade de Marimarituba, região
do Arapixuna. Os animais foram resgatados em situa-
ção de contrabando pela Secretaria do Meio Ambien-
te (Semma) de Santarém e Corpo de Bombeiros do
município, respectivamente, e levados ao ZOOUNAMA
para reabilitação.
Também conhecidas como araú ou jurará-açu, as tar-
tarugas da Amazônia são animais fluviais de grande
porte, alguns de seus exemplares chegam a medir 90
cm e pesar até 75 kg. As suas desovas ocorrem ape-
nas uma vez ao ano e, segundo especialistas, apenas
cinco porcento dos filhotes chegam a fase adulta, o
que as torna bastante especiais. Na região amazônica,
os ovos e carne destes animais são muito apreciados
na culinária e muito úteis para a cosméticos e remé-
dios. Por isso, infelizmente, viram presas fáceis para
caçadores e frequente comercialização no mercado
negro.
Os estudantes de Medicina Veterinária da UNAMA
Santarém, acompanhados por profissionais e pelo
professor Dennis Lima, estiveram no Zoológico para
colher amostras de sangue das tartarugas e realizar
exames de hemograma e pesquisa de hemogregarinas
(parasitas do sangue). “Conseguimos deixá-las aptas
para voltar ao meio ambiente, ainda no período da de-
sova. Todas as tartarugas são fêmeas e estão prestes
a desovar aproximadamente 90 ovos por espécime”,
explicou o veterinário do Zoo, Jairo Moura.
Há nove anos, o ZOOUNAMA atua fortemente na recu-
peração de animais e desenvolve projetos importantes
como do Peixe-boi, que faz a reintrodução de filhotes
órfãos dessa espécie na natureza. O espaço é aberto
diariamente para visitação pública, das 8h às 17h.
REVISTA SER24
REVISTA SER 25
ARTIGO
N
a contramão da grave crise política, que emper-
ra a recuperação da economia e dos empregos
no País, surge uma boa e surpreendente notícia
na área da Saúde: nunca se realizaram tantos transplan-
tes de órgãos quanto neste primeiro semestre de 2017.
Boa notícia porque, além de se tratar de terapia de
alta complexidade, que recupera vidas, produz ciência
e forma recursos humanos, contribuindo para elevar
a qualidade da Medicina em geral, o transplante de
órgãos depende da participação de diferentes ato-
res sociais e, por isso mesmo, reflete o nível cultural
e o espírito humanitário de uma nação. Com efeito,
quando se olha para o cenário internacional da trans-
plantação, percebe-se claramente que as nações de
melhor desempenho são aquelas, como a Espanha,
que reúnem elevado Índice de Desenvolvimento Hu-
mano (IDH) com um forte sentimento coletivo de
solidariedade humana, bem próprio da latinidade.
Aqui, a nossa Unidade de Transplante de Fígado, que
atua nos hospitais Jayme da Fonte, Imip e Oswaldo
Cruz, realizou, na sexta-feira 30 de junho, o seu trans-
plante número 62 do ano. Como costuma haver um
aquecimento da atividade no segundo semestre, tudo
leva a crer que fecharemos o ano com mais de 130
transplantes e cerca de 1.250 feitos ao longo da his-
tória do programa. Ao refletirmos sobre os motivos
dessa melhora, percebemos que as taxas de recusa
familiar à doação de órgãos vêm diminuindo um pou-
co, embora ainda se mantenham elevadas, girando
em torno de 43% no Brasil e de 54% em Pernambuco.
Portanto, essa discreta melhora na conscientização
da população não responde pelo forte incremento no
número de transplantes, seja no País, seja no Estado.
Poroutrolado,doisfatosnovosestão,anossover,impac-
tandofavoravelmenteaatividadeapontodejustificaros
referidos números. O primeiro foi o decreto presidencial
8.783, de 06 de junho de 2016, que tornou disponí-
veis, com prioridade, os aviões da FAB para o trans-
porte de equipes de captação de órgãos. O segundo é
o que chamo “Fenômeno Petrolina”: esta cidade tem
se revelado um dos maiores centros de captação de
órgãos do País, graças a uma Organização de Procura
de Órgãos (Opos) formada por médicos e enfermei-
ros extremamente comprometidos e competentes.
Que esses dois auspiciosos fatos, no atual cenário de
incertezas do nosso Brasil, preservem-se e, sobretudo,
sejam replicados em outros segmentos socioeconômi-
cos e em outros espaços do nosso território.
Cláudio Lacerda
Chefe da Unidade de Transplante de Fígado - Pernambuco
Diretor da Faculdade de Medicina da UNINASSAU
TRANSPLANTE DE ÓRGÃOS
TEM EXCELENTE SEMESTRE
REVISTA SER26
Envelhecer é aceitar as transformações do corpo e ressaltar seus encantos
DICAS DE BELEZA
PARA A MELHOR IDADE
COMPORTAMENTO
C
hegar à melhor idade não significa encerrar pla-
nos. Conforme a expectativa de vida aumenta,
em consequência, intensifica-se a atuação da
geração sênior em atividades artísticas, acadêmicas
e no mercado de trabalho. A perspectiva, diante das
novas regras de aposentadoria, é de que essa reali-
dade se acentue cada vez mais, porque esse públi-
co continuará ativo no mercado por mais tempo.
Diante de tantas ocupações, certamente os idosos não
deixariam os cuidados com a aparência de lado. Eles
estão mais conscientes de sua importância social e
aproveitam essa percepção para se empenhar por uma
boa imagem. Para Eliane Cristina de Abreu, professora
de Maquiagem e Etiqueta da Universidade Aberta e
da Terceira Idade (Uati), da Universidade UNG/UNI-
VERITAS, é importante cuidar do visual, mas sempre
respeitando as transformações do corpo, sem radica-
lismo. O interessante é aceitar as mudanças e valori-
zá-las, apreciando assim sua própria história de vida.
A professora explica que, durante essa fase, muitos
passam por períodos sensíveis quando estão lidando
com a menopausa ou a andropausa. Alguns tiveram
experiências traumáticas com doenças, como câncer,
outros viveram ou vivem crises de depressão, e, por
isso, cuidar deles mesmos acaba sendo relegado a
segundo plano. Ela ressalta que é importante resga-
tar esses hábitos de beleza e cuidados pessoais que
muitos tinham na juventude. “A pessoa que retoma ou
aprimora esses hábitos se sente mais segura com sua
idade real, revelando sua beleza. Aceita que sua ida-
de lhe permite se mostrar confiante e radiante com
sua aparência a partir de cuidados simples”, diz Abreu.
Mirella Ribeiro
REVISTA SER 27
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cilmente, por isso tenha garrafinhas espalhadas pela
casa e carregue uma sempre com você. A desidrata-
ção compromete o funcionamento dos órgãos, resul-
tando numa aparência menos saudável. Saúde e bele-
za sempre andam juntas.
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Use bloqueador solar. Manchas senis e vermelhidão
poderão ser amenizadas com o uso constante do blo-
queador adequado para a sua idade.
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seu tipo de pele para saber o que fica melhor nela.
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logista, que poderá indicar produtos formulados espe-
cialmente para a sua necessidade.
REVISTA SER28
Sílvia Fragoso
CAPA
Conceito surgiu no início dos anos 2000 e tem mudado o mercado
tradicional de emprego que a maioria conhece
A VEZ DA
TRABALHABILIDADE
REVISTA SER 29
H
ouve um tempo em que a Carteira de Trabalho e
Previdência Social (CTPS) foi um sonho de con-
sumo para todo recém-formado. Ter um salário
fixo representava segurança e estabilidade financeira
ao longo da vida, especialmente quando se tratava de
emprego público. Com a globalização e o desenvol-
vimento de novas tecnologias, o profissional precisou
se adaptar às exigências do mercado. A partir disso,
surge o conceito de empregabilidade, que apareceu
nos anos 1990 e se manteve em alta no mundo do tra-
balho e na sociedade. A empregabilidade se baseia na
habilidade de se posicionar com um currículo atrativo
no mercado de trabalho para se manter empregado.
O mercado de trabalho no Brasil sofreu inúmeras
mudanças e ficou ainda mais exigente. De 2001 a
2011, os profissionais passaram por muitos gover-
nos e por crises econômicas. A redução do empre-
go é uma tendência evidente devido à automação
de inúmeros processos de produção de bens e ser-
viços, sem contar as cíclicas crises mundiais, como
a desencadeada pela economia norte-americana.
“Nesses últimos 40 anos, a visão do homem com re-
lação ao trabalho vem sendo transformada, acom-
panhando os novos paradigmas da gestão, novos
hábitos e valores da sociedade e as próprias oscila-
ções econômicas. Até a década de 1990, grande par-
te dos trabalhadores buscava um emprego formal e
estável e vislumbrava uma carreira em uma única
empresa. Contudo, após esse período, alavancado
principalmente pelos avanços tecnológicos da in-
formação e da comunicação, as empresas se tor-
naram mais ‘fluidas’ e rápidas, e os colaboradores
tiveram que desenvolver novas competências para
se adaptar ao novo momento”, afirma Adriano Aze-
vedo, diretor de ensino do grupo Ser Educacional.
Além das mudanças já citadas, os profissionais pas-
saram a ser cobrados, além das competências e habi-
lidades técnicas inerentes à sua função, também por
uma série de outros atributos comportamentais, como
iniciativa, proatividade e liderança. Tudo isso passou a
influenciar diretamente nos empregos formais, que, da
forma como conhecemos, está com os dias contados.
Tantas mudanças e as limitações do emprego for-
mal fizeram surgir um novo conceito, no início dos
anos 2000: a trabalhabilidade. “O emprego é uma
forma de trabalho, mas montar um negócio, ser au-
tônomo, prestar um serviço, também é. A trabalha-
bilidade chega como a capacidade de uma pessoa
gerar formas de trabalho. Desenvolver a trabalha-
bilidade é uma questão de sobrevivência”, explica.
TrabalhabilidadeEmpregabilidade
x
É um conceito que surgiu nos anos 1990
e tem a ver com o valor de um profis-
sional no mercado de trabalho. Ou seja,
quanto ele vale no sentido de transações,
mercado e aquisição de um emprego. Ou
seja, quanto maior a empregabilidade de
uma pessoa, mais atrativa ela será para o
mercado.
Vai mais além, é um conceito dos anos
2000 e bem mais avançado. Trabalha-
bilidade se refere à capacidade de ge-
rar trabalho, além do emprego. É como
a pessoa se vê produzindo economica-
mente, seja como empregado, consultor,
empreendedor, enfim, todas as múltiplas
formas de trabalho.
REVISTA SER30
Com a trabalhabilidade, o profissional passa a estar
habilitado a desempenhar qualquer função, quer seja
sob o regime de trabalho formal, quer seja na livre ini-
ciativa, sendo o único responsável pelo futuro de sua
carreira. Por isso, o principal desafio para um profissio-
nal em busca de oportunidades é perceber seu conhe-
cimento e sua experiência com outra utilidade que não
seja estar empregado, para transformá-los em fonte
de renda. “É uma forma mais ampla de olhar o merca-
do de trabalho”, completa Azevedo.
Tais mudanças trazem inúmeros questionamentos. O
primeiro deles é: as escolas brasileiras estão prepara-
das para desenvolver a trabalhabilidade nos alunos?
Para a diretora acadêmica do grupo Ser Educacional,
Simone Bérgamo, chegou o momento de incentivar
a força criativa dos alunos. “As instituições precisam
promover um aprendizado significativo e estimular a
criatividade dos estudantes, em que se possa ver o
sentido e a motivação na construção do conhecimen-
to”, explica.
Bérgamo ressalta também que a tendência é promo-
ver um aprendizado prático, que permita ao aluno se
desenvolver enfrentando situações que serão parte da
sua vida profissional. “É preciso levar a aprendizagem
para fora da sala de aula, usando vivências cotidianas
para construir conhecimento junto com os educandos.
O principal desafio é conseguir perceber que o seu co-
nhecimento pode ser útil de outra forma, e, a partir
daí, transformá-lo em uma fonte de renda”, completa.
Focar na trabalhabilidade permite que o profissional
tenha autonomia sobre sua carreira, pois ele assume
a capacidade de geri-la e ter responsabilidade sobre
O principal desafio é
conseguir perceber que o seu
conhecimento pode ser útil de
outra forma e transformá-lo em
uma fonte de renda.
“
“
A busca incessante pelo ‘conhecimento’ se
tornou o grande capital das organizações. O
desafio da mudança constante transformou
o modelo atual do trabalhador, agora dota-
do de conhecimentos múltiplos e com gran-
de necessidade de aprender/desaprender/
aprender novos conceitos. Em decorrência
da nossa recente crise econômica, todo esse
processo se intensificou, e as pessoas co-
meçaram a compreender que o modelo tra-
dicional de emprego poderia ser ampliado
e que havia ‘vida’ fora de empresas e em-
pregos/carreiras tradicionais. O conceito de
‘trabalhabilidade’ ganha notoriedade nesse
novo contexto, em que o planejamento de
carreira, que antes era responsabilidade da
empresa, é substituído por um projeto de
vida, no qual o sujeito e o responsável pelo
desenvolvimento é o próprio indivíduo. As-
sim, ganha vida o conceito do empreendedo-
rismo, da formação continuada como fonte
de uma ‘formação’ ininterrupta que ofereça
oportunidade de o sujeito construir ‘carrei-
ras’ paralelas ou subsequentes. Nesse novo
cenário, o trabalho não será simplesmente
ofertado. A pessoa deverá desenvolver pos-
sibilidades de criar o seu próprio futuro, mes-
mo que seja em uma empresa formal ou em
um emprego formal, sendo assim, não prego
o fim desse modelo de trabalho. Contudo,
afirmo que a postura de um profissional es-
tará muito mais voltada para a construção
da sua felicidade do que para busca inces-
sante por uma promoção no final do ano.
“
Adriano Azevedo
“
REVISTA SER 31
seu sucesso. Entretanto, como qualquer mudança, tra-
balhabilidade exige planejamento. “Expandir e ampliar
seu potencial de trabalhabilidade precisa ser planeja-
do. Quem quer abrir um negócio, por exemplo, e não
tem perfil empreendedor, corre enorme risco de quei-
mar seu fundo de garantia e ficar sem dinheiro. Por
isso, é importante o preparo e a qualificação”, pondera
Adriano Azevedo.
“É de fundamental importância para os profissionais,
as instituições de ensino e os empregadores ter co-
nhecimento das mudanças e projeções que estão
ocorrendo e irão ocorrer na sociedade. Apenas assim
“
Desenvolver a
trabalhabilidade é uma
questão de sobrevivência. “
“
Para o entendimento da trabalhabilidade,
precisamos analisar a evolução do mun-
do moderno, acompanhando as transfor-
mações que, a cada dia, tornam-se mais
rápidas. A trabalhabilidade tem como
grande desafio proporcionar aos alunos o
desenvolvimento de competências e ha-
bilidades fundamentais para ampliar (ir
além) o (do) conceito de empregabilidade.
Estamos falando das competências que
envolvem características fundamentais de
comportamento, como criticidade, perfil de
liderança, capacidade de atuar em parceria,
autoconhecimento, criatividade e as que são
imprescindíveis ao mundo moderno: apren-
der a pensar e a resolver problemas. As ins-
tituições precisam ter esse compromisso e
promover um espaço de aprendizagem ain-
da mais moderno e harmônico que refletirá
diretamente nos alunos, tornando-os pro-
tagonistas de suas histórias e futuros pro-
fissionais competentes, realizados e felizes.“
Simone Bérgamo
as necessidades tanto do trabalhador quanto do em-
pregador e empreendedor poderão ser supridas”, res-
salta Simone Bérgamo.
Quem foca a trabalhabilidade, em vez da empregabili-
dade, adquire uma sensação de autonomia na carreira.
É uma mudança de foco. Mas como saber se eu tenho
trabalhabilidade? Simone explica que a primeira dica é
fazer uma reflexão mental. “Você precisa se enxergar
produzindo além de um emprego. Mas essa não é uma
característica nata, podemos desenvolver essa visão
em sala de aula”, comenta.
Vale ter em mente que a trabalhabilidade nos faz re-
conhecer nossos pontos positivos e negativos. Nossas
forças e fragilidades. Entretanto, nada substitui o co-
nhecimento. Para melhorar o perfil, identificar a tra-
balhabilidade e habilidades, é preciso realizar cursos,
participar de projetos, ou seja, aprimorar-se, diaria-
mente.
O que é trabalhabilidade?
saiba mais :
Qual é a diferença entre empregabilidade e trabalhabilidade?
Por que a trabalhabilidade é uma estratégia de sustentação da carreira a longo prazo?
Trabalhabilidade é uma forma mais ampla de olhar o mercado de trabalho. O emprego é uma forma de tra-
balho, mas montar um negócio, ser autônomo, prestar um serviço, também. É a capacidade de uma pessoa
gerar formas de trabalho e renda.
Empregabilidade é a capacidade de uma pessoa ser atrativa para várias empresas. Mas o modelo ainda é o
emprego. A trabalhabilidade é um conceito que surgiu porque o emprego formal tem limitações. A pessoa
precisa pensar em fontes alternativas de renda.
Porque em algum momento da carreira a pessoa pode não ter mais um emprego. E se ela estiver pensando
em conseguir um emprego, não um trabalho, talvez não consiga encontrar nem um nem outro. O emprego
é, sim, uma boa opção. Mas não é o suficiente. Se a pessoa não pensar na sua capacidade de gerar outras
fontes de trabalho, fica limitada. É importante pensar em um jeito de trabalhar sem depender exclusivamen-
te de um emprego formal.
O atual cenário econômico favorece a trabalhabilidade?
O cenário econômico como está, com fechamento de vagas em quase todos os setores, está mais difícil.
Mas isso não pode ser um impeditivo para planejar, porque as crises são cíclicas. O recomendável é que, no
momento, as pessoas tenham mais cautela e profundidade nas decisões. A trabalhabilidade não é necessa-
riamente uma medida de curto prazo. Pode levar dois, três, cinco anos. Com ou sem crise, a trabalhabilidade
é uma forma de encarar o mercado de trabalho moderno. Trabalhabilidade é uma questão de sobrevivência.
A trabalhabilidade não torna as relações trabalhistas mais fracas e prejudica o trabalhador?
Ao contrário: dá mais liberdade para o trabalhador, porque o deixa menos dependente do emprego. A
pessoa que fica mais vulnerável é a que não tem alternativa de emprego. A trabalhabilidade dá autonomia.
(Fonte: www.estadao.com)
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REVISTA SER34
QUANDO O
DESCONHECIDO ESTÁ NA MENTE
Os transtornos cognitivos podem ser identificados ainda na infância e é
fundamental que os pais estejam atentos
Mirella Ribeiro
SAÚDE
E
ducar uma criança e auxiliar no seu crescimen-
to enquanto ser humano é uma tarefa que não
é para qualquer um. Além dos desafios ineren-
tes à relação pais-filho, os responsáveis precisam fi-
car atentos às dificuldades diárias de aprendizado
dos pequenos, que podem indicar problemas mais
sérios de desenvolvimento cognitivo – alguns mais
conhecidos são: transtorno de déficit de atenção e
hiperatividade (TDAH), transtornos de aprendiza-
gem (dislexia: dificuldade em ler e escrever; discal-
culia: dificuldade em calcular; disortografia: dificul-
dade na escrita), depressão, transtorno bipolar do
humor, uso de substâncias psicoativas, entre outros.
Desenvolvimento cognitivo é um termo utilizado para
identificar um conjunto de habilidades mentais ne-
cessário para obter conhecimento do mundo, ou seja,
como um indivíduo processa as informações exteriores
a si mesmo, compreende e transforma as impressões
em significados. O assunto é tema de diversas teorias,
além de ser abordado por campos como a Neurociên-
cia e a Pedagogia. De uma maneira simplificada, a cog-
nição está associada às habilidades cerebrais/mentais
que envolvem pensamento, raciocínio, abstração, lin-
guagem, memória, atenção, criatividade, capacida-
de de resolução de problemas, entre outras funções.
Embora o desenvolvimento do ser humano acompanhe
todas as fases da sua vida, é na infância que tem a maior
capacidade de moldar a personalidade e a capacidade
de resolução de problemas. Jean Piaget foi um dos pri-
meiros estudiosos que se preocupou em observar as
fases do desenvolvimento cognitivo infantil. O foco dos
seus estudos era analisar quais habilidades estavam
relacionadas em cada estágio do desenvolvimento.
Ele queria entender como os organismos se adaptam
ao meio, a partir de um cérebro desenvolvido o sufi-
ciente para executar as funções de forma inteligente.
A infância constitui um período de amplas possi-
bilidades de desenvolvimento: cognitivo, afetivo e
social. O processo de desenvolvimento é singular,
REVISTA SER 35
próprio de cada pessoa. Todas as pessoas se desen-
volvem, mas cada um dentro do seu próprio proces-
so, dependendo de sua história, de seu contexto, da
qualidade do seu percurso de vida. Ao longo desse
processo, são desenvolvidos o aparato neuropsico-
lógico, a cognição, a condição afetiva e emocional
e as possibilidades em relação ao convívio social.
Observar o comportamento dos filhos é o princi-
pal mecanismo para a solução do problema, con-
forme aponta a psicóloga, com especialização em
Neuropsicologia, mestrado e doutorado em Psicologia
Cognitiva, Leila Janot. “Os pais, ao estarem presentes
e atentos aos seus filhos, são capazes de perceber
quando existe alguma dificuldade, alguma limitação,
um curso de desenvolvimento diferente do espera-
do. Mas, algumas vezes, acreditam que essas ques-
tões vão ser resolvidas, que tudo é uma questão de
tempo, que a criança tem um ritmo mais lento, que é
preciso esperar o seu momento. Assim, esperam e es-
peram... Esperam por um longo período de tempo. A
busca de um profissional qualificado para realizar uma
avaliação psicológica, em que o diagnóstico possa ser
identificado com a participação de outros profissio-
nais (psiquiatra, neurologista, fonoaudiólogo, psico-
pedagogo) e as possibilidades de intervenção sejam
escolhidas adequadamente, propiciará uma nova con-
dição neuropsicológica à criança e menos desgas-
te emocional para ela e para a sua família”, explica.
“Acogniçãocompreendeosprocessoseprodutosmen-
tais superiores (conhecimento, consciência, inteligên-
cia, pensamento, imaginação, criatividade, elaboração
de planos e estratégias, resolução de problemas, infe-
rência, percepção, memória, atenção, linguagem, etc.),
através dos quais é possível perceber, conhecer e, com
isso, transformar o meio ambiente e sermos transfor-
mados por ele, numa contínua interação e influência
mútua. A partir dessa compreensão, podemos dedu-
zir que qualquer influência desfavorável no percurso
do desenvolvimento poderá ter sérias implicações no
funcionamento neuropsicológico da criança. A identi-
ficação precoce das dificuldades e/ou transtornos de
aprendizagem propiciará maiores e melhores chan-
ces de intervenção e de possibilidades de superação
e/ou minimização dessas limitações”, conclui Janot.
Exatamente por ser um momento-chave da vida, na in-
fância os principais problemas ligados ao desenvolvi-
mento começam a aparecer ou tornam–se determinan-
tes na história de um indivíduo – com possibilidade de
causarconsequênciasnoamadurecimentoeatéaidade
adulta. Esses transtornos podem evoluir – às vezes de
maneira silenciosa e crônica – e causar consequências,
como baixa autoestima e apatia, com sequelas emo-
cionais impressas em atitudes socialmente ambíguas.
Em países de baixa e média rendas, 43% das crian-
ças com menos de cinco anos de idade estão com
seu potencial cognitivo ameaçado por viverem na
miséria e por terem uma baixa estatura para a idade.
Melhorar a qualidade de vida desses jovens custaria
apenas 50 centavos de dólar por criança ao ano, se-
gundo série do The Lancet publicada com apoio da
Organização Mundial da Saúde (OMS), do Fundo da
ONU para a Infância (Unicef) e do Banco Mundial.
As formas de tratamento para amenizar os problemas
cognitivos dependem do tipo e do nível de deficiên-
cia cognitiva da criança, como explica a pedagoga
da UNINASSAU Maceió, Maysa Correia. “Para tanto,
é extremamente importante o auxílio e acompanha-
mento de profissionais como terapeutas ocupacio-
nais e fonoaudiólogos. A escola também tem papel
essencial de atender e incluir a criança; para isso,
conta com o Atendimento Educacional Especializa-
do (AEE), que tem o intuito de identificar, planejar
e efetuar recursos pedagógicos e de acessibilidade
que facilitem a participação dos alunos incluídos no
ensino regular, visando principalmente seu desen-
volvimento e sua aprendizagem. As crianças com
deficiência intelectual, além de tratamento, necessi-
tam também de credibilidade, uma vez que, quando
estimuladas e incentivadas, nos mostram aprendi-
zagens e desenvolvimentos que nos surpreendem”,
conclui.
REVISTA SER36
ARTIGO
N
o momento atual, as teorias de aprendiza-
gem conduzem os educadores a uma dis-
cussão e reflexão sobre as várias metodo-
logias face às contínuas mudanças nos diferentes
contextos da sociedade, na busca de entender mais
o processo ensino-aprendizagem, superando anti-
gos hábitos no fazer pedagógico a partir da neces-
sidade de contemplar as demandas contemporâneas.
Isso porque as crianças e os jovens de hoje estão ex-
postos às novas demandas da sociedade, de modo
que os atuais desafios exigidos superam apenas a ca-
pacidade de memorização de informações, deman-
dando das escolas, dos educadores e dos educan-
dos competências mais complexas e multifacetadas.
Nesse sentido, a aprendizagem do aluno passa a ser
ressignificada, de modo que as intervenções didáticas
exploram o processo de construção de conhecimento,
integrando as habilidades individuais dos estudantes
às práticas sociais, possibilitando que o aluno relacio-
ne novos saberes ao que ele já possui e, com isso, seja
ativo no processo de construção do conhecimento.
Vale ressaltar, então, que este não é um processo sim-
ples e linear. A aprendizagem é um processo constan-
te, contínuo e dinâmico. É resultado da interação do
indivíduo com o meio em que vive. Desde o nascimen-
to, a criança vai descobrindo o seu próprio estilo de
aprender e vai, à medida que cresce, ampliando, incor-
porando e transformando-o de acordo com as intera-
ções que surgem. O sujeito só aprende por si mesmo,
pois ele reconstrói o seu conhecimento buscando os
seus próprios instrumentos cognitivos e significantes.
Percebe-se, com isso, que aprender não é copiar ou
reproduzir a realidade, e sim elaborar uma represen-
tação pessoal sobre o que pretendemos aprender,
utilizando experiências, conhecimentos prévios, não
só modificando o que já possuímos, mas também in-
terpretando e integrando até torná-lo nosso. Assim,
construiremos um significado pessoal para um obje-
to do conhecimento que existe objetivamente. Isso
é o que chamamos de aprendizagem significativa.
O percussor do termo aprendizagem significati-
va, Ausubel (apud Moreira, 2006), destaca que esse
tipo de aprendizagem “[...] é um processo pelo qual
uma nova informação se relaciona, de maneira subs-
tantiva (não literal) e não arbitrária, a um aspec-
to relevante da estrutura cognitiva do indivíduo”.
APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA NO
CONTEXTO DAS METODOLOGIAS ATIVAS
REVISTA SER 37
Simone Bérgamo
Pedagoga, Doutoranda em Administração, Mestre em Psicologia Social e da
Personalidade, Especialista em Educação, Educação e Construtivismo, Psicossociologia
do Educador (Psicanálise na Educação)
Assim, Ausubel nos leva a reconhecer que a aprendi-
zagem apenas é possível de ser concretizada quan-
do o sujeito aprendente é ativo na construção do
conhecimento. Isso porque a aprendizagem se tor-
na, cada vez mais, significativa à medida que o novo
conteúdo é incorporado às estruturas de conheci-
mento de um aluno e adquire significado para ele a
partir da relação com o seu conhecimento anterior.
Quando não acontece dessa forma, a aprendizagem
se torna mecânica ou repetitiva, visto que produz
menos sentido e significado ao aprendente, que ar-
mazena isoladamente as informações ou por meio
de associações arbitrárias na estrutura cognitiva.
Assim, levando-se em consideração que as demandas
contemporâneas exigem formas de aprendizagem
que sejam cada vez mais autônomas, transformado-
ras e significativas, novos percursos metodológicos
passaram a ser trilhados a fim de garantir formas de
construção de conhecimento mais emancipadoras.
Entre as várias construções metodológicas di-
fundidas atualmente, as metodologias ati-
vas têm conquistado prestígio entre as op-
ções didáticas mais modernas, por trazerem
em seu arcabouço teórico-metodológico formas
de construção de conhecimento que inserem o alu-
no em posições de protagonismo, permitindo que
as construções cognitivas estejam em consonân-
cia com as estruturas já construídas anteriormente.
Entendemos por metodologia ativa as formas de
ensino-aprendizagem que “[...] utilizam a proble-
matização como estratégia de ensino-aprendiza-
gem, com o objetivo de alcançar e motivar o dis-
cente, pois, diante do problema, ele se detém,
examina, reflete, relaciona a sua história e passa
a ressignificar suas descobertas” (BERBEL, 2011).
Entre tantas maneiras de se apresentar, algumas for-
mas de metodologias ativas são: a aprendizagem co-
operativa, a aprendizagem baseada em problemas, a
aprendizagem entre pares, os estudos de caso e as
simulações. Entre as similaridades, todas elas se ba-
seiam no protagonismo do aluno e na sua participação
direta, o que, por isso, promove a aprendizagem ativa.
Por essa razão, as opções metodológicas que se ba-
seiamnessepressupostoteóricopermitemqueasnovas
estruturas cognitivas dos estudantes possam ser cons-
truídas a partir das anteriores, permitindo um desenvol-
vimento mais ativo do sujeito e, por isso, mais eficiente.
Entretanto, vale destacar que as metodologias ativas
apenas permitirão a construção de aprendizagens sig-
nificativas quando docentes e discentes se vincularem
de forma intensa nos processos educacionais, visto
que a cooperação é a base para a construção cola-
borativa necessária ao desenvolvimento autônomo.
Assim, antes de escolhermos perspectivas metodoló-
gicas necessárias, é preciso repensar a cultura educa-
cional, problematizando o papel dos atores principais
– docentes e discentes – e as formas como, juntos, po-
dem modificar as relações de ensino-aprendizagem.
REVISTA SER38
Rayane Guimarães
EMPREENDEDORISMO
Tendência que tem estimulado novos empreendimentos
movimenta economia através de jovens inovadores
O FANTÁSTICO MUNDO DAS STARTUPS:
TRANSFORMANDO IDEIAS EM NEGÓCIOS DE SUCESSO
O
despertador toca bem cedo. Às 5h30 de to-
das as manhãs, de segunda a sexta-feira,
Oswaldo Souza já está acordado se prepa-
rando para uma longa jornada. O jovem de 23 anos
não é um estudante universitário comum; além das
obrigações com os estudos, aulas na faculdade e es-
tágio, ele ainda dá conta de uma empresa. Mesmo
ainda estando na metade da graduação de Redes
de Computadores da UNINABUCO – Centro Univer-
sitário Joaquim Nabuco, Oswaldo faz parte do gru-
po de jovens brasileiros que, em meio ao momento
de recessão econômica vivido no País, não se ame-
drontam e visualizam um novo estilo de negócio
como uma oportunidade de crescimento profissional.
Foi nesse contexto que o viral das startups chegou
ao Brasil em 2011 e aqui encontrou solo fértil para se
instalar. O termo, que tem se popularizado cada vez
mais, define um empreendimento inovador, pautado
em uma ideia que pode servir como um novo modelo
de negócio repetido por outras empresas. Mesmo com
potencial para crescer e tomar grandes proporções,
as startups representam um negócio de risco, já que
se trata de uma estrutura de atividade nunca usada
antes. Apesar de conviver com os perigos do merca-
do, essa nova cultura vem crescendo muito no País.
De acordo com dados da Associação Brasileira de
Startups (ABS), até o final de 2015, o número de em-
presas em desenvolvimento chegava a 4.151, contabi-
lizando crescimento de 18,6% em um período de seis
meses. Já o volume de recursos aportados em startups
brasileiras cresce 30% ao ano, segundo a associação
de fundos com atuação na América Latina (Lavca).
REVISTA SER 39
No fantástico universo das startups, o “pensar fora
da caixa” toma corpo e é prática necessária. Foi isso
que o estudante Oswaldo Souza fez para montar o
seu negócio, o Souza Carneiro – Consultoria e Solu-
ções Tecnológicas. A jovem empresa de um ano, que
é fruto da união de ideias dele e do seu amigo de fa-
culdade Hugo Carneiro, atua em todo o Estado de
Pernambuco, trazendo como novidade a oferta de vá-
rios serviços de tecnologia vinculados a uma rede de
freelancers. Funciona basicamente assim: o cliente
entra em contato para solicitar um, dois ou quantos
serviços estiver precisando naquele momento, dire-
cionando aos rapazes o prazo para a resolução da ati-
vidade. A partir disso, os sócios entram em contato
com profissionais associados à empresa para verificar
quem está à disposição para melhor atender o cliente.
Dessa forma, Oswaldo e Hugo não ficam sobrecarre-
gados de serviços, atendem a todas as demandas de
forma satisfatória para o consumidor e ainda geram
oportunidades para estudantes e profissionais da área.
Esse é um modelo de negócio que representa 55%
dos empreendedores do País. Segundo a ABS, essa
é a média que configura os jovens universitários, en-
tre 20 e 23 anos, que já não estão satisfeitos com o
modelo organizacional do mercado de trabalho tradi-
cional e se aventuram em busca da realização pessoal
e profissional. “Desde cedo me preocupei com a mi-
nha empregabilidade e, quando olhei para o merca-
do, percebi que as coisas não caminham de forma que
jovens como eu se realizem. São vagas muito simples
exigindo além do esperado. Diante desse contexto,
vi a necessidade de criar meu próprio negócio para
trabalhar com o que, de fato, me satisfaz e que pode
gerar bons resultados para mim e para o mercado”,
comenta o jovem que, mesmo já sendo um empre-
endedor, não abre mão dos ensinamentos que vem
adquirindo na graduação. “Ainda estamos na fase de
construção da nossa trajetória e o aprendizado que
recebemos da faculdade tem sido o nosso norte. Não
só com conhecimentos técnicos inerentes à área, mas
com o suporte sobre mercado de trabalho e empre-
gabilidade que recebemos desde o início do curso.”
Oswaldo Souza, estudante de Redes de Computadores da
UNINABUCO e sócio da Startup W3NET
Crise econômica e o boom das startups
oferecendo bens e serviços incomuns, mas impor-
tantes para o aquecimento da economia local.” Ain-
da segundo o especialista, outro fator relevante é que
o pequeno empresário pode ir ajustando os erros à
medida que eles vão acontecendo, sem que isso com-
prometa o empreendimento como um todo, como
aconteceria em empresas grandes e consolidadas.
No entanto, mesmo a crise econômica não repre-
sentando um momento de risco nos investimentos
das startups, ninguém quer ver seu negócio dan-
do errado. Por isso, para fazer da crise uma oportu-
nidade, é indispensável se qualificar para dar conta
da demanda do mercado de trabalho. Para o mestre
em Ciências da Computação Nicolau Calado, pro-
fessor de Sistemas de Informação da UNINABU-
CO, a profissionalização é necessária para gerir uma
ideia inovadora. “Para isso, é necessário ter o enten-
dimento do problema, público-alvo, e, inicialmente,
uma equipe pequena disposta a viabilizar a solução.”
Enquanto grandes empresas precisam ganhar gás
para lidar com receitas em queda, as empresas ino-
vadoras e enxutas ganham mais espaço no Brasil.
Essa não é uma tendência apenas nacional. Os Es-
tados Unidos também experimentaram esse boom
das startups em um momento difícil para a econo-
mia do país. Em 2008, em meio à recessão causada
pelo estouro da bolha imobiliária, negócios como
a Uber e a Airbnb ganhavam espaço e notoriedade.
De acordo com o economista do grupo Ser Educacio-
nal, Daniel Campelo, as startups surgem como uma
alternativa à crise. “Além de estimular o empreen-
dedorismo, ela acaba por criar soluções inovadoras,
REVISTA SER40
Incubar ou acelerar?
Vale do Silício: o berço das gigantes
saia em busca de uma aceleradora, mas as diferen-
ças vão além desse simples quadro. “A incubadora
possui um caráter mais conservador. Em geral, são
financiadas por órgãos governamentais de apoio ao
empreendedorismo e à tecnologia. Já as acelerado-
ras são adequadas para startups que tenham uma
capacidade de crescimento muito rápido. Geral-
mente são lideradas por investidores consolidados
no mercado.”
Como novata de um mercado competidor, uma
startup precisa de suporte para se estruturar enquan-
to negócio. Seja ganhando um espaço físico com in-
ternet e telefone ou um “empurrãozinho” quando o
assunto é estabelecer uma melhor network. Foi nesse
contexto que surgiram as incubadoras e acelerado-
ras. Mas, para quem está entrando agora no mundo
dos negócios, podem surgir dúvidas sobre essas as-
sistências e questões como “incubar ou acelerar?”,
que podem amedrontar o jovem empreendedor.
O primeiro lugar ao qual um bebê recém-nasci-
do é levado é a incubadora. Lá ele é nutrido e re-
cebe os primeiros cuidados de que precisa para a
vida fora da barriga da mãe. É dessa mesma forma
que funcionam as incubadoras de empresas. Elas
geralmente oferecem um local para abrigar as star-
tups iniciantes, oferecendo uma estrutura configu-
rada para estimular as atividades produtivas. Para
isso, a incubadora oferece apoio gerencial e técnico
com salas de reunião, internet e telefone, por exem-
plo, além de proporcionar oportunidades de negó-
cios e parcerias para que a empresa se desenvolva.
As aceleradoras têm o mesmo objetivo das incubado-
ras no sentido de dar suporte para o desenvolvimen-
to do novo negócio. No entanto, com um diferencial:
elas trabalham em prol do crescimento rápido das
startups, ajudando-as a conseguir novos investimentos
até atingir o break even, ou seja, seu ponto de equilí-
brio, que representa a fase em que elas conseguem
pagar suas próprias contas com os lucros da empresa.
De acordo com o professor Nicolau Calado, existe o
conceito de que se deve procurar primeiro uma in-
cubadora para que, depois de estruturada, a startup
A história de Oswaldo parece com a de inúmeros jo-
vens que mudaram a lógica de organização e pro-
dutividade de um setor inteiro, através de uma ideia
inovadora e consistente. Foram novatos na área
dos negócios que deram origem a grandes empre-
sas de hoje, como o Google, o Facebook, a Apple e
a Uber. O berço dessas e de outras referências no
mundo da tecnologia é o Vale do Silício, localizado
nos Estados Unidos, no estado da Califórnia, ao sul
da Baía de São Francisco. Além de concentrar as
principais empresas de Tecnologia da Informação,
eletrônica, computação e informática do mundo, o
Vale ainda recebe o prestígio de ter a Universidade
de Standford, uma das mais conceituadas do mundo
por impulsionar as pesquisas de inovação no local.
Mas o que nem todos sabem sobre o Vale do Si-
lício é que ele próprio já foi uma startup. Na déca-
da de 1950, já havia jovens empreendedores que,
mesmo sem investidores, persistiram no sonho de
inovar e levantar novos modelos de negócios, con-
solidando o que hoje conhecemos por startup.
Escolher uma universidade é,
ao mesmo tempo, decidir quem
vai estar ao seu lado e fazer de
tudo para que você tenha sempre
as melhores oportunidades.
Por isso, a UNAMA traz tudo que
você precisa para ganhar destaque
na carreira que você escolher.
Amelhor formação também
é a mais reconhecida.
- Professores renomados com experiência de mercado
-Amelhor estrutura
- Núcleo de Empregabilidade e Carreiras
- Intercâmbio
* Fonte: Avaliação Guia do Estudante 2016, Melhores Universidades. Ranking Universitário da Folha (RUF 2016) Folha de São Paulo.
REVISTA SER42
Ariana Catunda
RESPONSABILIDADESOCIAL
Chancela garante participação com voz e voto nas plenárias da
Organização para debater direitos das pessoas com deficiência
INSTITUTO SER EDUCACIONAL
COM CADEIRA CATIVA NA ONU
B
uscar meios para garantir que pessoas com de-
ficiência sejam incluídas socialmente e tenham
acesso aos seus direitos sem qualquer restrição é
um dos pilares que movimentam o Instituto Ser Educa-
cional. As ações desenvolvidas pela Instituição lhe cer-
tificaram mais um grande reconhecimento, desta vez
em nível mundial. Isso porque a entidade garantiu uma
cadeira cativa na Conferência dos Estados Partes da
Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiên-
cia (CDPD), da Organização das Nações Unidas (ONU).
Em junho deste ano, o Instituto participou da 10ª
edição do evento, em Nova York, Estados Unidos,
que teve como tema principal A segunda década
da CDPD: inclusão e participação plena das pessoas
com deficiência e suas organizações representativas
na implementação da Convenção. Com essa partici-
pação, a Entidade passou por uma análise criterio-
sa em toda sua documentação e relatórios sociais e
teve o seu credenciamento aprovado por consenso.
De acordo com a Assembleia Geral da ONU, o objetivo
da CDPD é de “proteger e garantir o total e igual aces-
so a todos os direitos humanos e liberdades fundamen-
tais por todas as pessoas com deficiência e promover
o respeito à sua dignidade”. Os credenciados podem
participar com voz e voto durante as plenárias da ONU
para discutir as tendências globais de políticas de
acessibilidade. No mundo todo, apenas 137 organiza-
ções não governamentais (ONGs) possuem esse título.
O diretor-presidente do grupo Ser Educacional, que
mantém o Instituto, Jânyo Diniz, ressalta a importân-
cia desse credenciamento. “Esse é mais um fruto que
estamos colhendo com o nosso trabalho inclusivo.
Por estarmos inseridos em um seleto número de or-
Calçada Sensorial Praia Sem Barreiras
REVISTA SER
Professores mestres
e doutores
Cursos de graduação,
pós-graduação, mestrado
e doutorado
Localização privilegiada
Parcerias internacionais
43
ganizações, agregamos um diferencial para a nossa
Instituição perante as demais entidades brasileiras”,
afirma. As ações pretendem estreitar relações com
países como Chile, Colômbia e México e estabelecer
parcerias por meio de projetos de assistência técni-
ca para intercâmbio de boas práticas na promoção
e defesa dos direitos das pessoas com deficiência.
Com esta chancela, a Entidade passa, também, a par-
ticipar da formulação de tratados internacionais de
cooperação mútua, além de garantir a participação
direta no evento em 2018. O coordenador de Respon-
sabilidade Social do Instituto, Sérgio Murilo Jr., fez
parte da delegação brasileira e comenta as articula-
ções para firmar parcerias nacionais e internacionais a
fim de implementar novas políticas de acessibilidade.
“Ficamos com a responsabilidade de ouvir as institui-
ções locais e nacionais para poder levar à ONU as suas
principais reivindicações. Seremos uma entidade que
pode fazer um trabalho de cobrança, de elaboração
e execução de políticas públicas voltadas para pes-
soas com deficiência junto ao setor público”, explica.
Entre as ações que estão em vista por parte do Ins-
tituto estão a ampliação de projetos como o Bike
sem Barreiras, Praia sem Barreiras, Calçada Sensorial,
EAD Social (Mães Produtivas e Mãos Livres). Outra
proposta é marcar a prática da ação voluntária dos
alunos das Instituições de Ensino Superior do grupo
Ser Educacional na fiscalização da Lei Brasileira de
Inclusão.
O INSTITUTO SER EDUCACIONAL
DESENVOLVE OS SEGUINTES
PROJETOS NA ÁREA DE
INCLUSÃO:
•	 Praia sem Barreiras
•	 Bike sem Barreiras
•	 Circo Social
•	 Chef Social
•	 Mães Produtivas
•	 Mãos Livres
•	 Calçada Sensorial
•	 Adoção de Calçadas
•	 Termômetro dos Transplantes
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Acontecimentos e novidades no Grupo Ser Educacional

  • 1. REVISTA edição 02. ano I. TRANSFORMANDO IDEIAS EM NEGÓCIOS DE SUCESSO startups EM ALTA, BASQUETE 3X3 SE CONSAGRA esportes O UNIVERSO DOS INFLUENCIADORES DIGITAIS mídias trabalhabilidade um novo conceito para o futuro do mercado dezembro 2017
  • 3. FUNDADOR E PRESIDENTE DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Janguiê Diniz DIRETOR-PRESIDENTE Jânyo Diniz DIRETORES Diretor-executivo de Serviços Corporativos: Joaldo Diniz Diretor-executivo de Ensino: Adriano Azevedo Diretor-executivo de Finanças: João Aguiar Diretor-de Relações com Investidores: Rodrigo Alves REDAÇÃO Direção editorial/Jornalista responsável: Sílvia Fragoso (DRT 3822) Revisão: Consultexto Fotografia: Arquivo Ser Educacional Diagramação: Guilherme Gomes Impressão: 30 mil exemplares Grupo Ser Educacional Rua Treze de Maio, 254 – Santo Amaro – Recife/PE – CEP: 50100-120 – (81) 3413-4643 www.sereducacional.com imprensa@sereducacional.com Expediente Grupo Ser Educacional Revista Ser A IMPORTÂNCIA DO HÁBITO DE LER Existem três objetivos distintos para compreender a importância do hábito de ler. São eles: ler por prazer, ler para estudar e ler para se informar. Entretanto, existem inúmeros motivos pelos quais devemos ler, e muito. Uma boa leitura leva a pessoa ao entendimento de assuntos distintos. Através da leitura, temos a possibilidade de ter contato com várias culturas diferentes. Sabemos como determinado povo se comporta e os motivos pelos quais agem de forma distinta da nossa. Além disso, compreendemos melhor o outro quando passamos a saber a história de vida que o cerca. Consequentemente, lidamos melhor com quem é diferente de nós e não temos uma opinião pobre e geral das circunstâncias. Pesquisas falam sobre a “leitura profunda” – aquela que faz o seu cérebro pensar e refletir – para ampliar a sua compreensão do mundo, das pessoas que vivem nele e de nós mesmos. Lendo, tornamo-nos reflexivos, ou seja, formamos uma ideia própria e ma- dura dos fatos. Quando temos entendimento dos vários lados de uma mesma história, somos capazes de refletir e chegar a um consenso, que nos traz crescimento pessoal. A pesquisa Retratos da Leitura no Brasil – feita com mais de 5 mil entrevistados – não esconde que os índices de leitura no País não são motivos de orgulho. Porém, é através da leitura que falamos e escrevemos melhor. A leitura nos faz adquirir um repertório de vocábulos muito mais avançado do que o daquele que não possui essa prática. Quem lê se expressa bem por meio da escrita. Há, também, uma questão social por trás da leitura. Quem lê muito começa a refletir mais rápido, e ler e escrever proficientemente ajuda cada um a se conhecer mais e a perceber mais agudamente seu entorno, seu semelhante, a cidade e o estado. A Revista Ser propõe uma leitura repleta de temas atuais, com linguagem acessível e a proposta de agregar conhecimento aos nossos leitores. Espero que gostem. DIRETOR-PRESIDENTE DO GRUPO SER EDUCACIONAL Jânyo Diniz palavra do presidente
  • 4. REVISTA SER Hoje, o mercado de trabalho sofre mudanças estruturais trazidas pelos avanços tecnológicos e pelo interesse, cada vez maior, da construção de uma carreira longe do molde tradicional. Sai a empre- gabilidade e entra em cena a trabalhabilidade, ou seja, a capacidade de adaptação e de geração de renda a partir de habilidades pessoais. O desenvolvimento tecnológico e as mudanças que essa “revolução” vem causando nos processos, principalmente industriais, não é novidade para nenhum de nós. As empresas têm mudado seu jeito de produzir, e, como consequência, vemos a oferta e os postos de emprego se tornarem cada vez mais escassos. São muitas incertezas no mercado, e, para os profissionais, resta buscar seu desenvolvimento e estar preparado para quando as oportunidades surgirem. Apenas estudar para ter um bom emprego é um pensamento do passado. Não se deve pensar somente em emprego, mas em trabalho. A trabalhabi- lidade em todas as suas alternativas de produzir e gerar renda. A sociedade moderna exige que os estudantes desenvolvam sua força criativa para garantir sua car- reira no futuro. As mudanças tecnológicas estão demandando novos profissionais, muito distantes das revoluções Agrária e Industrial e mais próximos da revolução Digital. Por conceito, trabalhabilidade se refere à capacidade de gerar trabalho, além do emprego – é como a pessoa se vê produzindo economicamente, seja como empregado, consultor, empreendedor, enfim, todas as múltiplas formas de trabalho. Nesse contexto, o Grupo Ser Educacional já introduz esse conceito para seus alunos, preparando estudantes para valorizar a criatividade, saber se relacionar socialmente e associar conhecimentos em diferentes campos. Junto com o conceito de trabalhabilidade, que começou a ser discutido no início dos anos 2000, surge a carreira 3.0, em que o próprio indivíduo é responsável pela gestão de sua carreira, buscando o trabalho mais colaborativo e conectado. Essa é, sem dúvida, a transição da sociedade industrial para a sociedade do conhecimento – que já estamos vivendo. Diante de tantas mudanças, qual seria o perfil para a carreira 3.0? Muito mais que profissionais tec- nicamente qualificados, os profissionais dessa nova era possuem pensamento crítico, criatividade, sabem resolver problemas complexos, têm resiliência, buscam aprendizado sempre e têm empatia com o cliente. São profissionais colaborativos, que pensam em conjunto. A cooperação, facilmente, dá mais frutos do que a competição – inclusive quando se trata de aprendizado. Os profissionais precisam pensar em adaptação. Adaptação implica em inovação, e esta é interativa. São essas adaptações que farão o ambiente mudar, e o medo não é uma opção para quem quer ter realização profissional. Aqueles que ficarem atentos à trabalhabilidade e dispostos a viver essas mu- danças sempre terão espaço no mercado. É preciso evoluir. Nesta segunda edição, a Revista Ser traz a trabalhabilidade como capa, apresentando as tendências de mercado e como jovens, adultos e todos aqueles que querem se manter ativos no mercado devem procurar se adaptar a esse novo conceito. Ainda seguindo a tendência da atualidade, temos matérias relacionadas aos youtubers, games online e também temas que resgatam um pouco da cultura amazônica. A terceira idade, mais ativa do que nunca, tem seu espaço garantido com as ações de voluntariado. Uma variedade de assuntos pensa- dos, individualmente, para agradar os nossos diversos públicos. Espero que gostem e sintam-se à vontade para colaborar conosco nas próximas edições. Um abraço. editorial A VEZ DA TRABALHABILIDADE Fundador e Presidente do Conselho de Administração do Grupo Ser Educacional. Janguiê Diniz 4
  • 5. REVISTA SER sumário Revista Ser comportamento MEIO AMBIENTE economia Artigo comportamento GASTRONOMIA Responsabilidade Social SAÚDE palavra do presidente 04 editorial 06 acontece no ser 12 Os benefícios do voluntariado na terceira idade 23 de volta para casa 10 Para um futuro tranquilo, prepare-se hoje 11 Valorização das diversas populações brasileiras esportes 14 Em alta, Basquete 3x3 se consagra 16 o perfil dos vencedores 18 O UNIVERSO DOS INFLUENCIADORES DIGITAIS 22 Uma mistura de história e sabores Artigo 25 Transplante de Órgãos Tem Excelente Semestre 26 Dicas de beleza para a melhor idade artigo 34 Quando o desconhecido está na mente 36 APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA NO CONTEXTO DAS METODOLOGIAS ATIVAS comportamento 03 expediente 50 O alimento em forma de pesadelo saúde 5 capa 28 A vez da trabalhabilidade empreendedorismo 38 O fantástico mundo das startups: transformaNdo ideias em negócios de sucesso Responsabilidade Social 42 InstitutoSerEducacionalcomCadeiraCativanaONU Responsabilidade Social 44 Hortascomunitáriascomomodelodesustentabilidade cultura 46 Os encantados da Amazônia Esportes e Tecnologia 48 A FEBRE DOs ESPORTS artigo tecnologia 53 CRISE ECONÔMICA: A IMPORTÂNCIA DA QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL 54 Jogo Desafie-me encerra sua primeira temporada
  • 6. REVISTA SER ACONTECENOSER Em expansão, o Grupo Ser Educacional passa a ofere- cer mais de 400 polos de Ensino a Distância (EAD) em todas as regiões do País. Com o novo marco regulató- rio, proposto pelo Ministério da Educação (MEC), para o credenciamento de instituições, o Grupo tem ainda mais espaço para crescer com o EAD da UNINASSAU e UNG/UNIVERITAS, ambas com conceito 4 do MEC. A Portaria Nº 893, do Ministério da Educação, cre- denciou a Faculdade Joaquim Nabuco, no Recife, como Centro Universitário. A Instituição passa a ser chamada UNINABUCO e tem autonomia para or- ganizar novos programas educacionais e cursos de graduação e pós-graduação, implementar progra- mas de extensão e de pesquisa e gerar maior em- pregabilidade e mais oportunidade de intercâmbios. A Universidade da Amazônia (UNAMA) firmou par- ceria com o Conselho Latino-Americano de Ciências Sociais para integrar o Grupo de Pesquisa em Ges- tão Social e do Desenvolvimento Local à sua rede de pesquisadores. A parceria prevê a publicação de livros e artigos e mobilidade de professores e alu- nos de mestrado e doutorado de ambas as institui- ções, com ênfase na área de Administração Pública. A UNIVERITAS – Centro Universitário Universus Veritas iniciou a pós-graduação presencial no campus do Fla- mengo com um curso inédito no País: Gestão em Cul- tura Popular Brasileira. A extensão tem duração de 18 meses e visa destacar a riqueza e a diversidade cultural presentes no panorama da cultura brasileira. O curso traz em suas disciplinas o estudo dos carnavais de rua das cidades brasileiras e das escolas de samba cariocas. O curso de Direito da Faculdade UNINABUCO Pau- lista colhe os frutos do trabalho de qualidade que desempenha. A equipe de estudantes da Facul- dade ficou em primeiro lugar no I Concurso de Júri Simulado da Escola Superior de Advocacia da OAB-PE. Destaque entre as 12 instituições que competiram no estado. Agora, os graduandos re- presentam Pernambuco na competição nacional. A Faculdade da Amazônia – UNAMA recebeu au- torização do Ministério da Educação para imple- mentar o bacharelado em Nutrição e ganha desta- que por ser a primeira instituição do Oeste do Pará a disponibilizar a graduação. Os cursos de Edu- cação Física e Odontologia também passam a fa- zer parte da grade acadêmica da Faculdade, elei- ta três vezes consecutivas pela revista Vox como a mais lembrada pelos consumidores santarenos. No ano em que o Ser Educacional celebra 14 anos de atividade, as diversas instituições do Grupo ex- pandiram as operações no Centro-Oeste, Norte, Nordeste e Sudeste do País. Com as inaugurações, o Grupo Ser Educacional passa a estar presen- te em 26 estados com um total de 72 unidades. NOVOS POLOS EAD RECIFE-PE BELÉM-PA RIODEJANEIRO-RJ PAULISTA-PE SANTARÉM-PA NOVAS UNIDADES Jânyo Diniz, Janguiê Diniz e Leonardo Estevam durante nomeação do Centro Universitário 6
  • 7. REVISTA SER O grupo Ser Educacional inaugurou, na UNAMA Ana- nindeua, um Museu de Arte repleto de obras locais e nacionais. O espaço será o primeiro da região e con- tará com um acervo de Artes Visuais da Instituição e galerias como a de Graça Landeira, criada em 1993, além da Galeria de Arte Ananin, com um ambiente ex- positivo que faz uma homenagem ao nome do mu- nicípio paraense. O local também terá toda a estru- tura necessária para receber exposições, como sala de projeção, reserva técnica e sala de manutenção. O projeto de Atenção Farmacêutica desenvolvido na Clínica-escola de Saúde da Faculdade UNINAS- SAU Campina Grande atende pacientes hipertensos e diabéticos, oferecendo acompanhamento dos medi- camentos utilizados e resultados obtidos com trata- mento. Além disso, orienta sobre os possíveis efeitos colaterais das substâncias e faz o encaminhamento para outras áreas, como Nutrição, Psicologia e En- fermagem, dependendo da necessidade individual. A UNINASSAU - Centro Universitário Maurício de Nassau conquistou um ótimo resultado na tempo- rada 2017 da Liga do Desporto Universitário (LDU). As equipes da Instituição levaram os títulos de primeiro lugar em todas as modalidades de qua- dra disputadas, tanto nos grupos masculino quan- to no feminino, na Conferência Nordeste da LDU. A atleta Francielle Rocha, da Universidade UNG/UNIVERITAS, foi convocada para representar o País em amis- tosos da Seleção Brasileira de Handebol durante as preparatórias para o mundial da modalidade. A estu- dante de Educação Física da Instituição já participou de outras competições com a camisa canarinha – como o Sul-Americano, o Pan-Americano e até as Olimpíadas de 2016, no Rio de Janeiro. Também nas quadras de handebol, o aluno da Universidade, Wagner Tenório, foi um dos destaques da conquista do Pan-Ame- ricano Júnior. O pivô de 20 anos participou de quatro partidas, inclusive da final contra a Argentina. Estudan- te de Educação Física, Wagner entrou na Instituição no começo de 2017, através do Programa de Bolsa-Atleta. ANANINDEUA-PA RECIFE-PE GUARULHOS-SP CAMPINAGRANDE-PB culturacultura Equipe feminina de basquete da UNINASSAU 7
  • 8. REVISTA SER A UNINASSAU – Centro Universitário Maurício de Nas- sau é o palco da segunda edição do programa de culi- nária Clube dos Confeiteiros. O laboratório/cozinha do curso de Gastronomia da Instituição é o local de dispu- ta dos participantes, que irão testar suas habilidades culinárias diante de jurados especializados. O show, que é exibido para todo o Estado de Pernambuco pela TV Clube/Record, é um reality de confeitaria para amadores com o objetivo de descobrir novos talentos. Pelo segundo ano consecutivo, a Faculdade UNI- NASSAU João Pessoa participou do projeto Mana- íra Sabor, da TV Manaíra, filial da Rede Bandeiran- tes de Televisão na Paraíba. O evento contou com a presença de cerca de 80 convidados, que assisti- ram à grande final do programa MasterChef sabo- reando um cardápio totalmente elaborado por es- tudantes do curso de Gastronomia da Instituição. A culinária paraense é conhecida pela sua gastrono- mia – que abarca nomes e sabores como maniçoba, vatapá, pato no tucupi, bacuri, cupuaçu, além do tão conhecido chocolate. Neste cenário, alunos do curso de Gastronomia da UNAMA - Universidade da Amazô- nia participaram da VIII Feira Internacional de Turismo da Amazônia e Festival de Turismo e Gastronomia do Pará. Os discentes apresentaram características e infor- mações relevantes sobre a cadeia do cacau na região. Estudantes de Psicologia da Faculdade UNINASSAU Manaus desenvolveram o projeto Descongele sua Lei- tura, que tem como objetivo incentivar a leitura por meio de bibliotecas volantes construídas a partir do reaproveitamento de eletrodomésticos. O projeto foi iniciado em sala de aula durante debates sobre educa- ção, e a proposta é levá-lo para instituições carentes, comunidades e tribos indígenas. RECIFE-PE JOÃOPESSOA-PB BELÉM-PA MANAUS-AM Foi inaugurado em São Luís o primeiro impostômetro do Maranhão. A ideia de instalação do painel eletrônico, que divulga em tempo real o valor de toda arrecadação proveniente dos impostos pagos pelos brasileiros, é de autoria da Faculdade UNINASSAU com a ACM-MA | As- sociação Comercial do Maranhão. O projeto conta ain- da com o apoio da Câmara dos Dirigentes Lojistas de São Luís e da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Maranhão (Fecomércio-MA). SÃO LUÍS -MA economiaeconomiaeconomia sustentabilidadesustentabilidade 8
  • 9. REVISTA SER Com o objetivo de auxiliar os barraqueiros da orla de Boa Viagem a comercializar seus produtos da me- lhor forma, a UNINASSAU – Centro Universitário Maurício de Nassau promoveu um curso para a catego- ria no Recife. Conceitos de marketing e vendas, boas práticas de manipulação de alimentos e planeja- mento de orçamento foram alguns dos temas trabalhados com os comerciantes durante a capacitação. A UNINASSAU – Centro Universitário Maurício de Nassau realizou, no Compaz Ariano Suassuna, os Jo- gos Locais das Olimpíadas Especiais. Cerca de 150 atletas jovens e adultos, com e sem deficiência, com- petiram nas modalidades de Atletismo, Futsal e Natação. Estudantes e professores de diversos cursos da Ins- tituição participaram do evento. A iniciativa faz parte do cronograma do Programa Atletas Saudáveis. Os eventos realizados no Recife contaram com a participação de Lucy Meyer, uma atleta norte-americana com paralisia cerebral, ativa nas Olímpiadas Especiais desde 2013. A jovem de 18 anos é altamente engajada com as cau- sas que lutam pelos direitos das crianças com deficiência e é representante mundial do esporte e da pessoa com deficiência do Unicef. RECIFE-PE OLIMPÍADAS ESPECIAIS A atleta Lucy Meyer ao lado dos seus pais e da equipe UNINASSAU 9
  • 10. REVISTA SER Para um futuro tranquilo, PREPARE-SE hoje ECONOMIA Dá para organizar as finanças durante a vida produtiva e aproveitar depois E conomia não tem idade, mas requer um bom pla- nejamento. Planejar, inclusive, não é tarefa fácil e pede muita dedicação e foco. Muitas pessoas re- clamam de não conseguirem poupar dinheiro ou qui- tar suas dívidas. De fato, sair do círculo de consumo sem fim e da má administração das finanças é um pro- blema grave e que deve ser encarado de forma séria. Começar a guardar dinheiro e acumular capital para investir e realizar sonhos é o que todos desejam, mas nem sempre conseguem. É uma verdadeira caminha- da. No entanto, toda jornada precisa do seu primeiro passo e, nesse caso, não é diferente. Mas por onde ini- ciar? Quem nunca esperou o tão sonhado aumento salarial que atire a primeira pedra. Isso é bom, mas não o es- sencial para começar a poupar. A regra básica para uma vida financeira saudável é gastar menos do que se ganha. Para Manoel Brandão, economista e profes- sor da UNINABUCO - Centro Universitário Joaquim Nabuco, consumir menos do que se tem deve ser uma obrigação. “O ideal é que se poupe 30% de cada real conquistado. Mas, como nem sempre isso é possível, pelo menos 20% tem que ser guardado em uma pou- pança que dê suporte para a construção de sonhos e uma aposentadoria tranquila”, comenta. Se um tempo maior de poupança permite alcançar condições financeiras melhores, nada mais sensato do que guardar dinheiro desde já. A grande dificuldade, no entanto, é ter uma reserva no fim do mês quando o salário está baixo. Além disso, durante a juventude, a vontade de comprar para ter uma sensação de status, comum no início da carreira, atrapalha a poupança. A sedução do consumo, estimulado pelo reconhecimen- to social, não ajuda em nada um jovem investidor. Ponderando desde o início No entanto, quando a cultura da poupança vem desde cedo, fica mais fácil se preparar para o futuro. De acor- do com Manoel Brandão, é indispensável que se de- senvolva a consciência de organizar a vida financeira desde a infância. “A cultura de planejamento financei- ro deve ser parte integrante da educação da criança, do jovem e do adolescente. Dessa forma, quando che- gar a vida produtiva, esse indivíduo será organizado em suas finanças”, afirma o especialista. Aposentadoria tranquila Muitos profissionais não se preparam adequadamente para a aposentadoria por acreditar que o desempenho não vai cair com o avanço da idade. Um pensamento que predomina é “gosto do que faço e não penso em parar”. Essa é a desculpa que muitos arranjam para negligenciar os cuidados necessários com o futuro. De fato, enquanto o dinheiro estiver entrando no caixa, não há motivo de preocupação, mas uma hora o can- saço chega e a vontade de parar também. O risco é que nem sempre se sabe quando isso vai acontecer — algo que varia de pessoa para pessoa. E, para os que chegarem bem à velhice, o desafio será manter o interesse pelo trabalho diante da vontade de aproveitar mais tempo com a família e os amigos. Por isso, para uma aposentadoria tranquila e livre de dívi- das, um bom planejamento financeiro desde o início da vida produtiva se faz necessário. Com a reforma da Previdência Social no Brasil, a ida- de mínima para se aposentar passou a ser 65 anos e a contribuição para obter o benefício integral, ago- ra, é de 49 anos. De acordo com Brandão, é nesse contexto que a previdência Privada surge como boa opção de aplicação financeira. “Além de uma remu- neração compensadora, o serviço complementar tam- bém beneficia o contribuinte ao abater no imposto de renda”, pontua. Apesar das vantagens, o economista alerta: é indispensável examinar a rentabilidade de vá- rios bancos em seus últimos anos, antes de contratar o serviço. 10 Rayane Guimarães
  • 11. REVISTA SER VALORIZAÇÃO das diversas populações brasileiras ECONOMIA Projeto estuda e pesquisa as culturas e as tradições dos povos afro-brasileiros, indígenas, ciganos e ribeirinhos A valorização do povo e da cultura brasileira con- tribui para o desenvolvimento social e econô- mico do país. Oportunizar a discussão qualifica- da sobre as necessidades de diferentes comunidades possibilita a construção de sujeitos éticos e responsá- veis. Neste contexto, o Núcleo de Estudos Afro-Bra- sileiros, Indígenas e de Povos Tradicionais – NEABIT – foi instaurado ao calendário Sócio Pedagógico do Ser Educacional a partir do ano de 2016, com a pro- posta de construir trabalhos acadêmicos que tratem das questões étnico-raciais. O Projeto é desenvolvido pelas instituições do Grupo, em parceria com Instituto Ser Educacional. A proposta é de estudar e pesquisar as questões voltadas à cultu- ra e às tradições dos povos afro-brasileiros, indígenas, ciganos, ribeirinhos, entre outros, preenchendo um espaço de debate, antes vazio, quanto às temáticas acerca do preconceito e da valorização das suas his- tórias e culturas. Com isso, abre-se a oportunidade de divulgação e discussão dos temas dentro do ambiente acadêmico. Os estudos interseccionais desenvolvidos através do NEABIT possibilitam uma melhor compreensão das opressões, atrelando questões étnico-raciais, de clas- se, gênero e sexualidade. Isso impacta diretamente no desenvolvimento de uma consciência crítico-reflexiva por parte dos participantes que buscam transformar realidades por meio deste Projeto Social. Heloísa Pimentel é a coordenadora do projeto na UNI- NASSAU – Centro Universitário Maurício de Nassau, em Recife, e diz que é importante que sejam levanta- dos os problemas das comunidades citadas. “Ao iden- tificarmos as dificuldades enfrentadas pelos grupos populacionais podemos sugerir e fomentar soluções que tenham um impacto significativo na qualidade de vida dessas populações. Realizamos essas ações por- que somos responsáveis pela formação de milhares de estudantes que estão prestes a ingressar no mercado de trabalho e que podem contribuir para o desenvolvi- mento social do seu meio”, destaca. Todos os meses as instituições levam as propostas do NEABIT para seus estudantes por meio de palestras, debates ou eventos relativos aos temas de igualdade e responsabilidade social e racial. Este Projeto permite que as instituições do Ser Educacional atendam à le- gislação, possibilitando ampla visibilidade acadêmica e pública para as ações realizadas, visto que pessoas interessadas podem participar livremente das ativida- des. Entre as ações promovidas pelo NEABIT estão: cursos, conferências, encontros, apresentações cultu- rais, congressos, publicações e intercâmbio de pesqui- sadores. Melissa Fernandes 11 RESPONSABILIDADESOCIAL
  • 12. REVISTA SER A judar os outros e se ajudar, em alguns casos, é a meta de vida de muita gente, que nem sempre requer ações extraordinárias, e sim uma pequena doação de tempo e atitude. O voluntariado é uma atividade para todos que enxer- gam no apoio aos outros uma oportunidade única de fazer a diferença e compartilhar positividade. E, na ter- ceira idade, amparar alguém com necessidade, além de acalentar o coração, pode servir como um impul- so para descobrir novas possibilidades, realizar boas ações e se integrar em grupos sociais. Afinal, não há limite de idade para fazer o bem. Com o envelhecimento, há quem se sinta excluído da sociedade por conta de eventuais dificuldades de lo- comoção, perda gradativa de visão ou audição – além da saída do mercado de trabalho com a aposentadoria. É aí que o voluntariado surge como alternativa de fa- zer bem aos outros, além de promover mais interação social e o bem-estar conquistado por contribuir com uma causa. “É uma boa estratégia de diminuir a ociosi- dade dos idosos, que muitas vezes se sentem pessoas produtivas e que ainda podem dar sua contribuição enquanto pessoas ativas e participativas da popula- ção”, afirma a professora de Enfermagem Geriátrica da Faculdade UNINASSAU Maceió, Tâmyssa Simões. De acordo com o Doutor em Educação e professor de Enfermagem da UNINASSAU Natal, João Bosco Filho, diversos estudos têm demonstrado a importância do voluntariado na população com mais idade – a ponto de entrar no rol das recomendações e dos cuidados que vão muito além da alimentação e da prática de exercícios físicos. “A participação em atividades em grupo é essencial, já que a solidão muitas vezes acom- panha o envelhecimento. Isso pode contribuir com a continuidade da socialização”, informa. O voluntariado, então, pode representar um impor- tante instrumento para ampliar a autoestima do idoso, rompendo a possível desvalorização sentida pelo in- divíduo. “Assim, ele ou ela consegue se perceber mais uma vez inserido em um cenário de interações sociais importantes. É preciso encontrar estratégias capazes de fazer com que o idoso possa ressignificar esse mo- mento de vida, tornando-o não apenas mais longo, mas, principalmente, mais ativo”, destaca João Bosco. Mas antes mesmo de começar a procurar uma ativida- de na qual seja possível contribuir, o interessado deve, em primeiro lugar, prestar atenção às suas próprias necessidades e capacidades. No caso específico de idosos, a atenção aos limites físicos é essencial para a realização de um serviço benigno e saudável para to- dos. “Cada um deve ter a consciência de seus limites. Se um idoso, por exemplo, tiver problemas na coluna, não poderá ser inserido em situações que agravem suas patologias”, indica Tâmyssa. Os profissionais alertam que é preciso certo cuidado na escolha da atividade. Segundo a professora, espe- cialista em Geriatria, o candidato a voluntariado deve evitar trabalhos que necessitem de esforços físicos, visual, auditivo e o equilíbrio para não extrapolar os próprios limites. Por outro lado, o professor João Bos- co aconselha sempre buscar alternativas: “no contexto OSBENEFÍCIOS do voluntariado na terceira idade COMPORTAMENTO Ser voluntário em causas sociais pode ser estímulo para se manter saudável e contribuir para o bem-estar de todos os envolvidos Peterson Mayrinck 12
  • 13. REVISTA SER Voluntariado na terceira idade UNIVERSIDADE ABERTA DA TERCEIRA IDADE -Não há limite de idade. -Atividades possíveis: Qualquer uma que o interessado goste ou se sinta atraído. -Cuidados: É preciso ter consciência dos seus limites; Evitar atividades de maior impacto físico; Não são recomendáveis trabalhos com outros idosos que tenham doenças degenerativas. Para quem tem interesse em atividades em gru- po e sair da rotina, a Universidade UNG/UNIVE- RITAS também conta com o projeto Universi- dade Aberta da Terceira Idade (Uati). Ter mais de 50 anos e ter vontade não só de aprender, mas também de se inserir em um novo grupo social estão entre os requisitos para participar das dezenas de cursos oferecidos nas áreas de Informática, Prática Artesanal e Exercícios Físi- co e Mental. A iniciativa é uma ótima oportuni- dade para quem quer aprender e repassar os conhecimentos, seja para amigos e família – ou até em uma atividade de voluntariado. da sociedade que se propõe a ser inclusiva, é essencial que se busque construir estratégias para que todos, sem exceção, possam se inserir nesse cenário”. De um modo geral, o interessante é que o voluntário participe de ações que não gerem esforço físico, mas que trabalhem a área cognitiva, já que o estímulo ex- tra pode auxiliar na prevenção de doenças crônicas degenerativas, como o Alzheimer. Uma das opções recomendadas seria atuar com crianças e adolescen- tes carentes ou em situação de vulnerabilidade social, com inserção de atividades lúdicas e momentos em que a experiência de vida possa ser transmitida aos mais jovens. Esse aspecto de contato com outras gerações tam- bém é um fator a mais da importância do voluntariado na terceira idade, aponta o docente. “Com isso, muitas vezes é possível romper com grandes conflitos inter- geracionais, permitindo um diálogo mais respeitoso entre as diversas gerações agregadas à iniciativa”, ex- plica Bosco. E o que é o voluntariado senão o contato humano en- tre os que têm algo a oferecer e os que necessitam? Seja na terceira idade ou entre os mais jovens, ajudar e dar suporte aos outros são atividades que só fazem o bem – e é isso o que motiva voluntários nos mais di- versos ramos em que atuam e fazem a diferença. 13
  • 14. REVISTA SER Em alta, BASQUETE3X3 se consagra ESPORTES O ano de 2017 foi importante para o Basquete 3x3. Um passo marcante foi dado para que o esporte, que está na lista das novas mo- dalidades, seja reconhecido mundialmente e, consequentemente, popularizado. Em junho, o Comitê Olímpico Internacional (COI) anunciou que a modali- dade fará parte das Olimpíadas 2020, em Tóquio, no Japão. A disputa por medalhas será realizada entre oito países na chave de cada gênero e 64 atletas entre homens e mulheres. Por mais que essa seja uma mo- dalidade ainda em crescimento, a sua inclusão nos jo- gos tem a intenção de dar um apelo “jovem e urbano” para a competição, conforme informou o COI. Apesar de pouco conhecido como esporte regulari- zado, o Basquete 3x3 tem mais de 50 mil jogadores registrados pela Federação Internacional de Basque- Melissa Fernandes te (Fiba) e uma média de 250 milhões de adeptos no mundo. Gui Peixoto é presidente da Confederação Brasileira de Basquete (CBB), instituição responsável pelas competições realizadas no Brasil. Para ele, a no- tícia do 3x3 como modalidade olímpica impulsiona a prática do esporte. “O Basquete 3x3 já era uma re- alidade mundial, com muita força no Brasil. Ficamos felizes e satisfeitos com a inclusão dessa modalidade nos Jogos Olímpicos de Tóquio, salientando que isso nos dá mais ânimo e incentivo para seguir trabalhando com essa importante modalidade, que vem crescendo muito, não só no cenário nacional, mas no internacio- nal também”, destaca. A modalidade do jogo é três contra três, mas a equipe é formada por quatro jogadores, dos quais três estão em campo e um é o reserva. O jogo é realizado em uma quadra com metade da dimensão utilizada para jogos de basquetebol regular e tem apenas um cesto para pontuação, mantendo as marcações originais. O esporte nada mais é do que o basquetebol de rua e teve origem nas grandes cidades norte-americanas, onde toda casa e áreas urbanas têm uma tabela bas- quete, e os grupos formam equipes de um, dois ou três jogadores para competir. O JOGO • • • • A partida tem um período de 10 minutos ou é finalizada quando uma das equipes soma 21 pontos. • Os lances variam entre 1 ponto, para marca- ções dentro da linha e com lance livre, e 2 pontos, para jogadas atrás da linha demar- cada. • Cada jogador tem 12 segundos para execu- tar as jogadas e marcar a pontuação. • Partidas empatadas são decididas na pror- rogação, finalizada quando a primeira equi- pe marcar 2 pontos. • O jogador tem o limite de quatro faltas; e a equipe, de sete. • Cada equipe tem um pedido de tempo de 30 segundos. • A substituição deve acontecer quando a bola estiver parada. • Os jogos contam com dois árbitros e três marcadores. Modalidade ganha destaque ao ser confirmada para Olimpíadas 2020 14
  • 15. REVISTA SER Na década de 1990, Rildo Accioly foi campeão brasi- leiro em disputas de streetball, modalidade que atu- almente é conhecida como o 3x3. Hoje, o ex-atleta é técnico da equipe de basquete feminino 3x3 da UNINASSAU, time campeão dos primeiros jogos Pan -Americanos de basquete 3x3 para universitários. A disputa foi realizada na cidade de Buenos Aires, na Argentina, e a equipe pernambucana foi a única repre- sentante brasileira na categoria feminina da competi- ção. Além da vitória trazida para o Brasil, a equipe da UNINASSAU arrebatou uma vaga para a competição da Liga Mundial Universitária de Basquete 3x3 2017, que será realizada na cidade de Xiamen, na China. A UNINASSAU também é a principal incentivadora do basquete 3x3 em Pernambuco, tornando-se fun- damental na divulgação da modalidade. Além disso, é através dessa equipe que o Estado tem firmado par- ticipação em competições locais, brasileiras e interna- cionais. Para Rildo, o título do Pan-Americano teve alta importância para incentivar sua prática entre atletas pernambucanos, ainda mais com a confirmação da modalidade nos próximos jogos olímpicos. “Entrar para as Olimpíadas é consagrar a modalidade, e a gente está vibrando muito, porque agora a tendência é que o esporte cresça e ganhe cada vez mais adep- tos, pois terá destaque no mundo todo. A UNINASSAU também merece todas as glórias pela consagração desse esporte”, vibra Rildo. Hermógenes Brasil é coordenador de esportes do Gru- po Ser Educacional e, além do acompanhamento e de total suporte à equipe da UNINASSAU, também é um incentivador da prática dos novos esportes. “A refor- Treinando campeões mulação dos esportes está em expansão, fator que au- menta as chances de surgir novos ídolos. O 3x3 está crescendo no País e no mundo. Já disputamos três mundiais universitários e somos a primeira universida- de campeã pan-americana universitária. Acreditamos que a realização de eventos para a modalidade irá aju- dar o crescimento desse esporte dentro da Instituição. Hoje, temos atletas da casa representando o Brasil no basquete convencional e, com a divulgação de que o 3x3 estará nas Olimpíadas de Tóquio, poderemos ter atletas na seleção, mas cabe a CBB definir como será esse processo”, conclui Hermógenes sobre a possibi- lidade de novos ídolos serem descobertos pela UNI- NASSAU. 15 Equipe campeã dos primeiros jogos Pan-Americanos de basquete 3x3
  • 16. REVISTA SER ARTIGO O perfil dos VENCEDORES S empre ouvimos que pessoas vencedoras são aquelas persistentes, corajosas, que não têm medo de arriscar. Contudo, a verdade é que não há uma receita correta ou um perfil pre- determinado que indique como são as pessoas vencedoras. Para vencer, é preciso transformar o talento em ação e, por via de consequência, su- cesso; a vontade em planejamento; a inseguran- ça em determinação. Esses são componentes da personalidade de pessoas que, nas suas áreas de atuação, brilham mais do que as outras. O que separa os vencedores dos perdedores? Os cientistas afirmam que vencer é um conceito interdisciplinar, que envolve teorias sociológicas e psicológicas, questões econômicas e quími- cas cerebrais. Os hormônios, por exemplo, são a linha de pesquisa do norte-americano Pranjal Mehta, da Universidade de Oregon, e, de acordo com ele, componentes decisivos para a forma- ção de um perfil bem-sucedido. Em um outro es- tudo, conduzido pelo Departamento de Zoologia de Cambridge, os cientistas constataram que a liderança tinha mais relação com o temperamen- to do indivíduo do que com seus anos de estudo. Deixando a ciência de lado, as mudanças no mer- cado de trabalho com a diminuição de vagas e a necessidade de profissionais mais diversifica- dos, torna cada vez mais evidente que não há mais espaço para profissionais arrogantes, des- qualificados e despreparados para enfrentar os desafios da nova sociedade digital. Dessa forma, as empresas buscam profissionais habilidosos multidisciplinarmente, com predisposição para o trabalho em equipe, conhecimento de mercado, iniciativa, espírito empreendedor, persistência, otimismo, responsabilidade, criatividade e outras habilidades. Um perfil vencedor toma decisões firmes para os seus triunfos, impondo metas, lutando sempre até o final para realizar seus sonhos, sem nunca esquecer o que quer e o que deseja alcançar. Da mesma forma, um atleta com comportamento de vencedor não vive baseado em normas sociais, 16
  • 17. REVISTA SER Janguiê Diniz Mestre e Doutor em Direito – Reitor da UNINASSAU – Centro Universitário Maurício de Nassau – Reitor da UNAMA – Universidade da Amazônia – Fundador e Presidente do Conselho de Administração do Grupo Ser Educacional ele age inspirado nos rigores do fair play, com autodeterminação e baseado naquilo que lhe é exigido nos treinamentos. Perfis vencedores são aqueles que não se dão por vencidos diante dos obstáculos e, indepen- dentemente, se estão em um bom ou mau mo- mento, continuam firmemente em seu propósito de superação, aprendendo com as dificuldades e sem se vangloriar de forma exagerada por seus méritos. Faz-se necessário entender que compe- tência é uma palavra de senso comum, e que o antônimo disso, ou seja, a incompetência, implica não só a negação dessa capacidade como tam- bém a depreciação do indivíduo diante do circui- to do seu trabalho. Não importa sua formação acadêmica nem mes- mo a experiência profissional. Você pode chegar longe na vida se prestar atenção nas atitudes dos profissionais de sucesso. As empresas buscam profissionais com perfis vencedores e adaptá- veis, porque tudo no mundo moderno muda, já que estamos vivendo numa sociedade digital e disruptiva. E não estamos mais na época em que funcionários são apenas funcionários, mas, sim, colaboradores que têm, cada dia mais, papel ati- vo nas empresas. 17
  • 18. REVISTA SER18 O UNIVERSO DOS INFLUENCIADORES DIGITAIS COMPORTAMENTO Como o segmento tem se transformado em alternativa de marketing para empresas P rimeiro uma postagem, depois o primeiro like, em seguida comentários ou compartilhamen- tos e está feito. A partir dessa sequência, foi difundida uma ideia, um produto ou uma tendência. As mídias digitais, antes utilizadas apenas para con- tato pessoal entre os usuários, hoje são uma fer- ramenta imprescindível de comercialização para as empresas. Segundo pesquisa realizada pela eMarket em 2016, o Brasil é o país da América Lati- na com mais usuários ativos nas redes sociais, sen- do mais de 93,2 milhões de usuários ativos por mês, e a probabilidade é de que esse número aumente. Dentro dessa realidade, existe uma nova possibilidade de divulgação de produtos, campanhas ou da própria marca de uma determinada empresa. As personalida- des das mídias sociais, ou digital influencers, termo que surgiu do inglês e significa influenciadores digi- tais, tornaram-se uma ponte rápida, eficaz e de amplo alcance para divulgação de mercadorias. Eles estão presentes em quase tudo que se vê na web: YouTu- be, Instagram, Facebook, Twitter, Snapchat, Pinterest, entre outros canais de comunicação e interação so- cial. Para fazer uma definição clara, influenciadores digitais são aqueles usuários que possuem muitos se- guidores nas redes sociais e são famosos por entre- ter, lançar tendências ou até mesmo formar opiniões. Estudos revelaram que 2% dos influenciadores digitais geram 54% das interações nas redes, ou seja, na hora de comprar um determinado produto, os consumido- res brasileiros estão atentos no que a personalidade Rudá Braga
  • 19. da internet tem a dizer sobre a marca. De acordo com uma pesquisa realizada em 2016 pela companhia The Shelf, pouco mais de 65% das empresas entrevistadas já usaram o marketing de influências e 52% das cor- porações têm verba destinada exclusivamente para mídias sociais. A divulgação é feita de uma maneira muito simples: os influenciadores recebem os produ- tos gratuitamente das empresas para testar e divul- gar suas impressões para os seus seguidores. A ação pode resultar inclusive no pagamento de um cachê. As plataformas mais comuns entre os profissionais desta área são o Facebook, YouTube e Instagram, cada uma delas possui suas particularidades, e os valores cobra- dos por postagem ou campanha podem variar depen- dendo do número de seguidores e poder de influência. No entanto, o que é necessário para se tornar um influenciador digital? Segundo a professo- ra dos cursos de Jornalismo e de Publicidade da UNINABUCO Recife, a doutora em Comunicação Adriana do Amaral, qualquer pessoa pode ter conta nas redes digitais, porém nem todas têm perfil para serem consideradas influenciadoras digitais. “Qual- quer pessoa pode ter uma conta nas redes digitais. Agora, o que vai determinar se esse conteúdo vai ga- nhar visibilidade e fazer sucesso na rede, convertendo o usuário em influenciador, é algo inusitado ligado ao conteúdo, humor ou serviço que ele oferece, devido ao domínio de um determinado assunto”, afirmou. Ainda segundo a professora Adriana do Amaral, al- gumas empresas podem ser consideradas influencia- doras, desde que se proponham a vender alguma ten- dência. “Existem algumas corporações que fazem esse papel, como por exemplo, a C&A, com a sugestão de moda multigênero, ou a Natura, com a linha de pro- dutos para mulheres de todas as raças”, completou. CONHECIDOS X DESCONHECIDOS INFLUENCIADORES DESCONHECIDOS: VANTAGENS - Cachê mais barato. - Disponibilidade para moldar o estilo para identifica- ção com a marca. - Vida privada não vira notícia, logo, não haverá preju- ízo para a marca ou produto. DESVANTAGENS - Pessoas não reconhecem rapidamente. - É necessário tempo para que o público se identifique. PESSOAS CONHECIDAS: VANTAGENS - Reconhecimento instantâneo. - Estilo de vida como objeto influenciador. - Já possui uma quantidade de fanbase, que podem ser potenciais consumidores do produto divulgado. DESVANTAGENS - Cachê mais caro. - Indisponibilidade para moldar o estilo de vida ao pro- duto ou campanha. - Vida privada pode virar notícia e ter repercussão ne- gativa para a empresa. ENTENDA QUAIS AS VANTAGENS E DESVANTAGENS EM CONTRATAR ROS- TOS CONHECIDOS E DESCONHECIDOS PARA REPRESENTAR A SUA MARCA.
  • 20. REVISTA SER20 Boca Rosa – Bianca Andrade - Moda; - YouTube: 4,1 milhões de inscritos; - Instagram: 4,7 milhões de seguidores. A maquiadora aborda assuntos como moda, estilo e maquiagem. Faz vlog com entrevistas com várias personalidades e mostra sua vida. Bianca é patrocinada por várias empresas e já fez trabalhos em di- versas partes do mundo, como Orlando e Paris. Pelo sucesso como influenciadora, foi convidada para fazer participações no programa É de Casa, da Rede Globo. Todo ano, a revista Forbes, que divulga um ranking das celebridades mais bem pagas, dos empresários bilionários ou dos atletas com maior patrocínio, re- centemente resolveu incluir também os influencia- dores digitais. A sueca Rachel Brathen, que faz pu- blicações relacionadas a ioga, cobra US$ 25 mil por postagem. A canadense Lyzabeth Lopez, criadora de um site dedicado ao público fitness, diz cobrar en- tre US$ 3 e US$ 5 mil por post, e até US$ 20 mil e US$ 100 mil por campanha completa. No Brasil, um grande influenciador pode ganhar até R$ 150 mil, dependendo da plataforma, número de seguido- res, popularidade e custo para realizar o trabalho. A estudante do curso de Publicidade da UNINASSAU – Centro Universitário Maurício de Nassau Recife, Ma- thira Menezes, decidiu entrar no ramo para comparti- lhar sua paixão por assuntos relacionados à estética. O hobby acabou se transformando em algo profissional e a pernambucana foi convidada para divulgar os pro- dutos da marca L’Oréal na web. Ela tem um canal no YouTube e uma conta no Instagram e aborda assuntos Felipe Neto - Humor; - YouTube: 12 milhões de inscritos. Foi o primeiro brasileiro a conquistar 1 milhão de inscritos em um canal do YouTube, com vídeos de humor ácido sobre o cotidiano e a cultura pop. Ele também criou outros ca- nais, como Não Faz Sentido, Parafernalha e A Toca. Fatos Desconhecidos - Ciência e tecnologia; - YouTube: 5,3 milhões de inscritos. Canal antenado em assuntos históricos e curiosidades, possui grande populari- dade na web. Mathira Menezes, estudante da UNINASSAU e digital influencer
  • 21. REVISTA SER 21 Whindersson Nunes - Humor; - Instagram: 13,1 milhões de seguidores; - YouTube: 21 milhões de inscritos. Atualmente o canal no YouTube conta com mais de 1 bilhão de visualizações e mais de 260 vídeos, sendo considerado o segun- do youtuber mais influente da atualidade. Suas principais marcas são os cenários simples, cortes e paródias de músicas fa- mosas. A popularidade de Whindersson o levou a ser uma figura bastante presente na televisão, participando de programas na Rede Globo e no Multishow. como cabelos cacheados, moda, maquiagem e lifestyle e DIY (Do It Yourself, que significa Faça você mesmo). “No começo, meu objetivo era apenas consumir con- teúdo, depois eu pensei em repassar tudo para meus seguidores; porém, só descobri que era uma influen- ciadora quando fechei meu primeiro contrato com a L’Oréal e quando recebi mensagens dos seguidores fa- lando da importância do meu trabalho”, conta Mathira. Ainda segundo a estudante, o importante é equilibrar bem o conteúdo e a publicidade para o público não ficar entediado. “Esse equilíbrio é importante, pois os segui- dores querem sentir sinceridade no que é publicado; por isso, eu só faço publicidade de produtos com que me identifico, já aconteceu inclusive de recusar fazer di- vulgação de um produto por não gostar dele”, concluiu. A liberdade da web fez com que surgissem alguns personagens inusitados, como é o caso de Pepa, uma cadela que faz o maior sucesso no Instagram. A no- toriedade a transformou em uma influenciadora digi- tal; no entanto, os donos não usam o perfil para gerar receita, como explica Raquel Meira, tutora de Pepa e responsável pelas postagens. “Comecei a usar o apli- cativo apenas para armazenar fotos, não tinha ne- nhuma intenção de me tornar influenciadora digital, simplesmente aconteceu. As pessoas se encantaram em algum momento com os registros e textos, então foram surgindo cada dia mais seguidores e pessoas que interagiam. Porém, não temos contato fixo, patro- cínio ou qualquer vínculo com empresas, tenho como filosofia indicar apenas produtos de que gosto e uso dentro do segmento pet, afirmou. Segundo Raquel, a espontaneidade é o segredo do sucesso nas redes so- ciais. “O importante é gerar conteúdo que realmente faça parte do seu dia a dia e que seja do seu gosto. Não adianta tentar se promover ou tornar seu perfil atrativo e interessante com assuntos com os quais você não se identifica. Seja autêntico e dedique-se ao seu propósito”, finalizou. Gabriela Pugliesi - Fitness; - Instagram: 3,5 milhões de seguidores. A baiana se tornou famosa por compar- tilhar sua rotina de atividades físicas e alimentação saudável. Além da conta no Instagram, ela também possuiu um canal no YouTube, no qual realiza entrevistas com personalidades. Hugo Gloss – Bruno Rocha - Cultura e entretenimento; - Site: 10 milhões de visitantes; - Instagram: 9 milhões de seguidores. Realiza ampla cobertura em eventos, como Oscar e Bilboard Music Awards, além de mostrar um pouco da intimidade de cele- bridades no mundo inteiro. Alguns vídeos têm mais de 1 milhão de visualizações e as fotos chegam a ter 200 mil curtidas. Além do Instagram, ele ainda é responsável pelo site que possui uma média de 10 milhões de visitantes por mês.
  • 22. REVISTA SER22 A Bahia guarda consigo um grande pedaço da história do nosso país. Cheia de representati- vidade, a região tem uma cultura repleta de misturas e referências dos povos ancestrais que pri- meiro chegaram às nossas terras. E a culinária baia- na está completamente inserida nesse contexto. Carregada de miscigenação da nação brasileira, a co- zinha do recôncavo baiano, em especial, traz em suas origens uma influência predominantemente africana. De acordo com a professora do curso de Nutrição da Faculdade UNINASSAU Salvador, Luciane Barros, isso ocorreu em virtude do grande número de homens e mulheres que foram trazidos ao Brasil e que serviram como escravos. “Durante longos e sangrentos anos, essas pessoas foram submetidas à sociedade colonial brasileira. As adaptações a uma culinária africana origi- nal foram necessárias, pois esses indivíduos não tinham possibilidade de escolha de seus alimentos”, explica. Os negros trouxeram para a Bahia, por exemplo, o azeite de dendê, o quiabo e a forte pimenta-ma- lagueta. Somados às tradições africanas, estão os traços das raízes indígenas e portuguesas. Embo- ra estas tenham sido incorporadas com menos for- ça, pratos da gastronomia baiana contam com in- gredientes como bacalhau, mandioca e milho. E assim se forma a diversidade da cozinha da Bahia. Segundo Barros, percebe-se claramente cozinhas identitárias bem distintas. A sertaneja, com cuscuz, carnes fritas de caprinos e ovinos, bolos e doces va- riados de frutas; a litorânea, farta em peixes e frutos do mar, podendo ser preparados com leite de coco; e a do recôncavo baiano, traduzida por Gilberto Freyre como a cozinha colonial baiana: composta por ca- rurus, vatapás, mingaus e moquecas. Com a exuberân- cia em sabores e cores de todos os locais do Estado, o apimentado e diversificado tempero baiano, com toda a sua peculiaridade, é um verdadeiro convite para saborear as receitas da terra de “todos os santos”. O sincretismo religioso na Bahia é muito forte. O ca- tolicismo dos senhores de engenho portugueses que colonizaram a região acabou se mesclando com o candomblé dos escravos. “A prática religiosa dos afri- canos ‘vestiu-se’ de uma linguagem para possibilitar o culto aos seus deuses, dando aos orixás do candomblé, nomes de santos católicos”, completa a professora. E a associação entre culinária e religião se deve ao fato de que a comida africana é feita também como uma forma de oferenda aos orixás. A cada um deles, um alimento principal é oferecido. Um grande exem- plo disso é o acarajé. “Originalmente, na cozinha do candomblé, esse bolinho à base de feijão-fradinho e frito no azeite de dendê é chamado de acará e é uma oferenda consagrada à Iansã. Ele se torna acarajé quando passa a ser consumido pelas pessoas e a ele são acrescidos o vatapá, o camarão seco temperado e os tomates frescos picados”, detalha a especialista. Um dos mais importantes escritores brasileiros e fi- gura altamente consagrada na Bahia, Jorge Ama- do proporcionou também aos leitores de suas obras um delicioso passeio pela riquíssima culi- nária baiana. Sua filha Paloma Jorge Amado reali- zou uma intensa pesquisa e compilou em um livro receitas que constam nas publicações do autor e são acessíveis e fáceis de se fazer. A leitura do livro A Comida Baiana de Jorge Amado é super válida. Conheça alguns dos mais tradicionais pratos da culi- nária baiana: Culinária e Religião Dica de leitura da professora GASTRONOMIA Recheada com detalhes e ingredientes peculiares, culinária baiana é uma das mais diversificadas do Brasil UMA MISTURA DE HISTÓRIA E SABORES Ariana Catunda
  • 23. REVISTA SER Peterson Mayrinck e Ariana Catunda 23 Bolinho de feijão-fradinho frito no azeite de dendê, servido com vatapá, caruru e camarão seco temperado. Tradicionalmente é vendido nos tabuleiros das baia- nas. Considerado patrimônio gas- tronômico nacional. Cozido dos mais variados vege- tais que pode ser acrescido de peixe, camarão ou aratu, tudo co- berto com leite de coco e azeite de dendê. Em uma apresentação mais tradicional é preparada e servida em panela de barro. Com base de quiabos cortados em rodelas e levados ao fogo com gengibre, castanha-de-caju, amendoim e camarão seco. Feito com pão ou farinha de ros- ca, leva fubá, gengibre, pimen- ta-malagueta, amendoim, cravo, castanha-de-caju, leite de coco, azeite de dendê, cebola, alho e tomate. Fino disco preparado com a goma de mandioca assada. Os recheios variam a gosto do cliente. Doce com consistência cremosa preparado com milho triturado, açúcar e leite de coco. O cozi- mento da iguaria é feito em fogo baixo. Acarajé Caruru Vatapá Tapioca Canjica Moqueca MEIOAMBIENTE ZOOUNAMA reabilita e devolve para os rios 35 tartarugas da Amazônia DE VOLTA PARA CASA R esgatar, recuperar e reintroduzir animais silves- tres em seus habitats naturais. Esses são alguns dos objetivos do ZOOUNAMA — único zoológi- co mantido por uma faculdade particular no Brasil, a UNAMA Santarém. Partindo desse princípio é que o lugar desenvolve pesquisas para estimular o ecoturis- mo e preservação da fauna e da flora. Exemplo desse trabalho foi a soltura de 35 tartarugas da Amazônia na comunidade de Marimarituba, região do Arapixuna. Os animais foram resgatados em situa- ção de contrabando pela Secretaria do Meio Ambien- te (Semma) de Santarém e Corpo de Bombeiros do município, respectivamente, e levados ao ZOOUNAMA para reabilitação. Também conhecidas como araú ou jurará-açu, as tar- tarugas da Amazônia são animais fluviais de grande porte, alguns de seus exemplares chegam a medir 90 cm e pesar até 75 kg. As suas desovas ocorrem ape- nas uma vez ao ano e, segundo especialistas, apenas cinco porcento dos filhotes chegam a fase adulta, o que as torna bastante especiais. Na região amazônica, os ovos e carne destes animais são muito apreciados na culinária e muito úteis para a cosméticos e remé- dios. Por isso, infelizmente, viram presas fáceis para caçadores e frequente comercialização no mercado negro. Os estudantes de Medicina Veterinária da UNAMA Santarém, acompanhados por profissionais e pelo professor Dennis Lima, estiveram no Zoológico para colher amostras de sangue das tartarugas e realizar exames de hemograma e pesquisa de hemogregarinas (parasitas do sangue). “Conseguimos deixá-las aptas para voltar ao meio ambiente, ainda no período da de- sova. Todas as tartarugas são fêmeas e estão prestes a desovar aproximadamente 90 ovos por espécime”, explicou o veterinário do Zoo, Jairo Moura. Há nove anos, o ZOOUNAMA atua fortemente na recu- peração de animais e desenvolve projetos importantes como do Peixe-boi, que faz a reintrodução de filhotes órfãos dessa espécie na natureza. O espaço é aberto diariamente para visitação pública, das 8h às 17h.
  • 25. REVISTA SER 25 ARTIGO N a contramão da grave crise política, que emper- ra a recuperação da economia e dos empregos no País, surge uma boa e surpreendente notícia na área da Saúde: nunca se realizaram tantos transplan- tes de órgãos quanto neste primeiro semestre de 2017. Boa notícia porque, além de se tratar de terapia de alta complexidade, que recupera vidas, produz ciência e forma recursos humanos, contribuindo para elevar a qualidade da Medicina em geral, o transplante de órgãos depende da participação de diferentes ato- res sociais e, por isso mesmo, reflete o nível cultural e o espírito humanitário de uma nação. Com efeito, quando se olha para o cenário internacional da trans- plantação, percebe-se claramente que as nações de melhor desempenho são aquelas, como a Espanha, que reúnem elevado Índice de Desenvolvimento Hu- mano (IDH) com um forte sentimento coletivo de solidariedade humana, bem próprio da latinidade. Aqui, a nossa Unidade de Transplante de Fígado, que atua nos hospitais Jayme da Fonte, Imip e Oswaldo Cruz, realizou, na sexta-feira 30 de junho, o seu trans- plante número 62 do ano. Como costuma haver um aquecimento da atividade no segundo semestre, tudo leva a crer que fecharemos o ano com mais de 130 transplantes e cerca de 1.250 feitos ao longo da his- tória do programa. Ao refletirmos sobre os motivos dessa melhora, percebemos que as taxas de recusa familiar à doação de órgãos vêm diminuindo um pou- co, embora ainda se mantenham elevadas, girando em torno de 43% no Brasil e de 54% em Pernambuco. Portanto, essa discreta melhora na conscientização da população não responde pelo forte incremento no número de transplantes, seja no País, seja no Estado. Poroutrolado,doisfatosnovosestão,anossover,impac- tandofavoravelmenteaatividadeapontodejustificaros referidos números. O primeiro foi o decreto presidencial 8.783, de 06 de junho de 2016, que tornou disponí- veis, com prioridade, os aviões da FAB para o trans- porte de equipes de captação de órgãos. O segundo é o que chamo “Fenômeno Petrolina”: esta cidade tem se revelado um dos maiores centros de captação de órgãos do País, graças a uma Organização de Procura de Órgãos (Opos) formada por médicos e enfermei- ros extremamente comprometidos e competentes. Que esses dois auspiciosos fatos, no atual cenário de incertezas do nosso Brasil, preservem-se e, sobretudo, sejam replicados em outros segmentos socioeconômi- cos e em outros espaços do nosso território. Cláudio Lacerda Chefe da Unidade de Transplante de Fígado - Pernambuco Diretor da Faculdade de Medicina da UNINASSAU TRANSPLANTE DE ÓRGÃOS TEM EXCELENTE SEMESTRE
  • 26. REVISTA SER26 Envelhecer é aceitar as transformações do corpo e ressaltar seus encantos DICAS DE BELEZA PARA A MELHOR IDADE COMPORTAMENTO C hegar à melhor idade não significa encerrar pla- nos. Conforme a expectativa de vida aumenta, em consequência, intensifica-se a atuação da geração sênior em atividades artísticas, acadêmicas e no mercado de trabalho. A perspectiva, diante das novas regras de aposentadoria, é de que essa reali- dade se acentue cada vez mais, porque esse públi- co continuará ativo no mercado por mais tempo. Diante de tantas ocupações, certamente os idosos não deixariam os cuidados com a aparência de lado. Eles estão mais conscientes de sua importância social e aproveitam essa percepção para se empenhar por uma boa imagem. Para Eliane Cristina de Abreu, professora de Maquiagem e Etiqueta da Universidade Aberta e da Terceira Idade (Uati), da Universidade UNG/UNI- VERITAS, é importante cuidar do visual, mas sempre respeitando as transformações do corpo, sem radica- lismo. O interessante é aceitar as mudanças e valori- zá-las, apreciando assim sua própria história de vida. A professora explica que, durante essa fase, muitos passam por períodos sensíveis quando estão lidando com a menopausa ou a andropausa. Alguns tiveram experiências traumáticas com doenças, como câncer, outros viveram ou vivem crises de depressão, e, por isso, cuidar deles mesmos acaba sendo relegado a segundo plano. Ela ressalta que é importante resga- tar esses hábitos de beleza e cuidados pessoais que muitos tinham na juventude. “A pessoa que retoma ou aprimora esses hábitos se sente mais segura com sua idade real, revelando sua beleza. Aceita que sua ida- de lhe permite se mostrar confiante e radiante com sua aparência a partir de cuidados simples”, diz Abreu. Mirella Ribeiro
  • 27. REVISTA SER 27 MAIS INFORMAÇÕES Quer saber mais sobre técnicas e cuidados? A Uati oferece curso de Maquiagem e Etique- ta para alunos a partir dos 50 anos de idade. As aulas são às 14h, nas quartas-feiras, na Uni- versidade UNG/UNIVERITAS, Centro de Gua- rulhos, localizada na Praça Tereza Cristina, 88. As matrículas ocorrerão até o dia 10 de março. Para mais informações, os contatos são (11) 2464-1720 ou uati@ung.br. HIDRATAÇÃO Tome muita água. Muitos idosos se desidratam fa- cilmente, por isso tenha garrafinhas espalhadas pela casa e carregue uma sempre com você. A desidrata- ção compromete o funcionamento dos órgãos, resul- tando numa aparência menos saudável. Saúde e bele- za sempre andam juntas. BLOQUEADOR SOLAR Use bloqueador solar. Manchas senis e vermelhidão poderão ser amenizadas com o uso constante do blo- queador adequado para a sua idade. MAQUIAGEM Evite o uso de marcas desconhecidas, elas podem pro- vocar efeitos danosos à pele. Hoje a maquiagem, além de embelezar, também trata a pele. Então, conheça seu tipo de pele para saber o que fica melhor nela. DICAS DA ESPECIALISTA PARA MANTER UMA IMAGEM BONITA E SAUDÁVEL: TRATAMENTOS Existem cremes antirrugas, enzimas, toxinas e outros elementos químicos que podem alcançar o efeito que você deseja. A dica é consultar sempre seu dermato- logista, que poderá indicar produtos formulados espe- cialmente para a sua necessidade.
  • 28. REVISTA SER28 Sílvia Fragoso CAPA Conceito surgiu no início dos anos 2000 e tem mudado o mercado tradicional de emprego que a maioria conhece A VEZ DA TRABALHABILIDADE
  • 29. REVISTA SER 29 H ouve um tempo em que a Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS) foi um sonho de con- sumo para todo recém-formado. Ter um salário fixo representava segurança e estabilidade financeira ao longo da vida, especialmente quando se tratava de emprego público. Com a globalização e o desenvol- vimento de novas tecnologias, o profissional precisou se adaptar às exigências do mercado. A partir disso, surge o conceito de empregabilidade, que apareceu nos anos 1990 e se manteve em alta no mundo do tra- balho e na sociedade. A empregabilidade se baseia na habilidade de se posicionar com um currículo atrativo no mercado de trabalho para se manter empregado. O mercado de trabalho no Brasil sofreu inúmeras mudanças e ficou ainda mais exigente. De 2001 a 2011, os profissionais passaram por muitos gover- nos e por crises econômicas. A redução do empre- go é uma tendência evidente devido à automação de inúmeros processos de produção de bens e ser- viços, sem contar as cíclicas crises mundiais, como a desencadeada pela economia norte-americana. “Nesses últimos 40 anos, a visão do homem com re- lação ao trabalho vem sendo transformada, acom- panhando os novos paradigmas da gestão, novos hábitos e valores da sociedade e as próprias oscila- ções econômicas. Até a década de 1990, grande par- te dos trabalhadores buscava um emprego formal e estável e vislumbrava uma carreira em uma única empresa. Contudo, após esse período, alavancado principalmente pelos avanços tecnológicos da in- formação e da comunicação, as empresas se tor- naram mais ‘fluidas’ e rápidas, e os colaboradores tiveram que desenvolver novas competências para se adaptar ao novo momento”, afirma Adriano Aze- vedo, diretor de ensino do grupo Ser Educacional. Além das mudanças já citadas, os profissionais pas- saram a ser cobrados, além das competências e habi- lidades técnicas inerentes à sua função, também por uma série de outros atributos comportamentais, como iniciativa, proatividade e liderança. Tudo isso passou a influenciar diretamente nos empregos formais, que, da forma como conhecemos, está com os dias contados. Tantas mudanças e as limitações do emprego for- mal fizeram surgir um novo conceito, no início dos anos 2000: a trabalhabilidade. “O emprego é uma forma de trabalho, mas montar um negócio, ser au- tônomo, prestar um serviço, também é. A trabalha- bilidade chega como a capacidade de uma pessoa gerar formas de trabalho. Desenvolver a trabalha- bilidade é uma questão de sobrevivência”, explica. TrabalhabilidadeEmpregabilidade x É um conceito que surgiu nos anos 1990 e tem a ver com o valor de um profis- sional no mercado de trabalho. Ou seja, quanto ele vale no sentido de transações, mercado e aquisição de um emprego. Ou seja, quanto maior a empregabilidade de uma pessoa, mais atrativa ela será para o mercado. Vai mais além, é um conceito dos anos 2000 e bem mais avançado. Trabalha- bilidade se refere à capacidade de ge- rar trabalho, além do emprego. É como a pessoa se vê produzindo economica- mente, seja como empregado, consultor, empreendedor, enfim, todas as múltiplas formas de trabalho.
  • 30. REVISTA SER30 Com a trabalhabilidade, o profissional passa a estar habilitado a desempenhar qualquer função, quer seja sob o regime de trabalho formal, quer seja na livre ini- ciativa, sendo o único responsável pelo futuro de sua carreira. Por isso, o principal desafio para um profissio- nal em busca de oportunidades é perceber seu conhe- cimento e sua experiência com outra utilidade que não seja estar empregado, para transformá-los em fonte de renda. “É uma forma mais ampla de olhar o merca- do de trabalho”, completa Azevedo. Tais mudanças trazem inúmeros questionamentos. O primeiro deles é: as escolas brasileiras estão prepara- das para desenvolver a trabalhabilidade nos alunos? Para a diretora acadêmica do grupo Ser Educacional, Simone Bérgamo, chegou o momento de incentivar a força criativa dos alunos. “As instituições precisam promover um aprendizado significativo e estimular a criatividade dos estudantes, em que se possa ver o sentido e a motivação na construção do conhecimen- to”, explica. Bérgamo ressalta também que a tendência é promo- ver um aprendizado prático, que permita ao aluno se desenvolver enfrentando situações que serão parte da sua vida profissional. “É preciso levar a aprendizagem para fora da sala de aula, usando vivências cotidianas para construir conhecimento junto com os educandos. O principal desafio é conseguir perceber que o seu co- nhecimento pode ser útil de outra forma, e, a partir daí, transformá-lo em uma fonte de renda”, completa. Focar na trabalhabilidade permite que o profissional tenha autonomia sobre sua carreira, pois ele assume a capacidade de geri-la e ter responsabilidade sobre O principal desafio é conseguir perceber que o seu conhecimento pode ser útil de outra forma e transformá-lo em uma fonte de renda. “ “ A busca incessante pelo ‘conhecimento’ se tornou o grande capital das organizações. O desafio da mudança constante transformou o modelo atual do trabalhador, agora dota- do de conhecimentos múltiplos e com gran- de necessidade de aprender/desaprender/ aprender novos conceitos. Em decorrência da nossa recente crise econômica, todo esse processo se intensificou, e as pessoas co- meçaram a compreender que o modelo tra- dicional de emprego poderia ser ampliado e que havia ‘vida’ fora de empresas e em- pregos/carreiras tradicionais. O conceito de ‘trabalhabilidade’ ganha notoriedade nesse novo contexto, em que o planejamento de carreira, que antes era responsabilidade da empresa, é substituído por um projeto de vida, no qual o sujeito e o responsável pelo desenvolvimento é o próprio indivíduo. As- sim, ganha vida o conceito do empreendedo- rismo, da formação continuada como fonte de uma ‘formação’ ininterrupta que ofereça oportunidade de o sujeito construir ‘carrei- ras’ paralelas ou subsequentes. Nesse novo cenário, o trabalho não será simplesmente ofertado. A pessoa deverá desenvolver pos- sibilidades de criar o seu próprio futuro, mes- mo que seja em uma empresa formal ou em um emprego formal, sendo assim, não prego o fim desse modelo de trabalho. Contudo, afirmo que a postura de um profissional es- tará muito mais voltada para a construção da sua felicidade do que para busca inces- sante por uma promoção no final do ano. “ Adriano Azevedo “
  • 31. REVISTA SER 31 seu sucesso. Entretanto, como qualquer mudança, tra- balhabilidade exige planejamento. “Expandir e ampliar seu potencial de trabalhabilidade precisa ser planeja- do. Quem quer abrir um negócio, por exemplo, e não tem perfil empreendedor, corre enorme risco de quei- mar seu fundo de garantia e ficar sem dinheiro. Por isso, é importante o preparo e a qualificação”, pondera Adriano Azevedo. “É de fundamental importância para os profissionais, as instituições de ensino e os empregadores ter co- nhecimento das mudanças e projeções que estão ocorrendo e irão ocorrer na sociedade. Apenas assim “ Desenvolver a trabalhabilidade é uma questão de sobrevivência. “ “ Para o entendimento da trabalhabilidade, precisamos analisar a evolução do mun- do moderno, acompanhando as transfor- mações que, a cada dia, tornam-se mais rápidas. A trabalhabilidade tem como grande desafio proporcionar aos alunos o desenvolvimento de competências e ha- bilidades fundamentais para ampliar (ir além) o (do) conceito de empregabilidade. Estamos falando das competências que envolvem características fundamentais de comportamento, como criticidade, perfil de liderança, capacidade de atuar em parceria, autoconhecimento, criatividade e as que são imprescindíveis ao mundo moderno: apren- der a pensar e a resolver problemas. As ins- tituições precisam ter esse compromisso e promover um espaço de aprendizagem ain- da mais moderno e harmônico que refletirá diretamente nos alunos, tornando-os pro- tagonistas de suas histórias e futuros pro- fissionais competentes, realizados e felizes.“ Simone Bérgamo as necessidades tanto do trabalhador quanto do em- pregador e empreendedor poderão ser supridas”, res- salta Simone Bérgamo. Quem foca a trabalhabilidade, em vez da empregabili- dade, adquire uma sensação de autonomia na carreira. É uma mudança de foco. Mas como saber se eu tenho trabalhabilidade? Simone explica que a primeira dica é fazer uma reflexão mental. “Você precisa se enxergar produzindo além de um emprego. Mas essa não é uma característica nata, podemos desenvolver essa visão em sala de aula”, comenta. Vale ter em mente que a trabalhabilidade nos faz re- conhecer nossos pontos positivos e negativos. Nossas forças e fragilidades. Entretanto, nada substitui o co- nhecimento. Para melhorar o perfil, identificar a tra- balhabilidade e habilidades, é preciso realizar cursos, participar de projetos, ou seja, aprimorar-se, diaria- mente.
  • 32. O que é trabalhabilidade? saiba mais : Qual é a diferença entre empregabilidade e trabalhabilidade? Por que a trabalhabilidade é uma estratégia de sustentação da carreira a longo prazo? Trabalhabilidade é uma forma mais ampla de olhar o mercado de trabalho. O emprego é uma forma de tra- balho, mas montar um negócio, ser autônomo, prestar um serviço, também. É a capacidade de uma pessoa gerar formas de trabalho e renda. Empregabilidade é a capacidade de uma pessoa ser atrativa para várias empresas. Mas o modelo ainda é o emprego. A trabalhabilidade é um conceito que surgiu porque o emprego formal tem limitações. A pessoa precisa pensar em fontes alternativas de renda. Porque em algum momento da carreira a pessoa pode não ter mais um emprego. E se ela estiver pensando em conseguir um emprego, não um trabalho, talvez não consiga encontrar nem um nem outro. O emprego é, sim, uma boa opção. Mas não é o suficiente. Se a pessoa não pensar na sua capacidade de gerar outras fontes de trabalho, fica limitada. É importante pensar em um jeito de trabalhar sem depender exclusivamen- te de um emprego formal. O atual cenário econômico favorece a trabalhabilidade? O cenário econômico como está, com fechamento de vagas em quase todos os setores, está mais difícil. Mas isso não pode ser um impeditivo para planejar, porque as crises são cíclicas. O recomendável é que, no momento, as pessoas tenham mais cautela e profundidade nas decisões. A trabalhabilidade não é necessa- riamente uma medida de curto prazo. Pode levar dois, três, cinco anos. Com ou sem crise, a trabalhabilidade é uma forma de encarar o mercado de trabalho moderno. Trabalhabilidade é uma questão de sobrevivência. A trabalhabilidade não torna as relações trabalhistas mais fracas e prejudica o trabalhador? Ao contrário: dá mais liberdade para o trabalhador, porque o deixa menos dependente do emprego. A pessoa que fica mais vulnerável é a que não tem alternativa de emprego. A trabalhabilidade dá autonomia. (Fonte: www.estadao.com)
  • 33. TITE Graduaçãoadistância • Estude no celular, tablet ou computador • Tutor guardião para tirar suas dúvidas Ensinopresencial • Estrutura completa • Metodologia inovadora e alta tecnologia GraduaçãoUNINASSAU • Diploma reconhecido pelo MEC e pelo mercado • Parcerias e intercâmbios internacionais em vários países • Núcleo de Empregabilidade e Carreiras #formaçãodequalidade Formandovencedores 4020.9734UNINASSAU/UNINASSAU UNINASSAU.EDU.BR Na dúvida entre graduação a distância ou ensino presencial? Escolha a UNINASSAU. FORMAÇÃO DE QUALIDADEPARA VOCÊ.
  • 34. REVISTA SER34 QUANDO O DESCONHECIDO ESTÁ NA MENTE Os transtornos cognitivos podem ser identificados ainda na infância e é fundamental que os pais estejam atentos Mirella Ribeiro SAÚDE E ducar uma criança e auxiliar no seu crescimen- to enquanto ser humano é uma tarefa que não é para qualquer um. Além dos desafios ineren- tes à relação pais-filho, os responsáveis precisam fi- car atentos às dificuldades diárias de aprendizado dos pequenos, que podem indicar problemas mais sérios de desenvolvimento cognitivo – alguns mais conhecidos são: transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), transtornos de aprendiza- gem (dislexia: dificuldade em ler e escrever; discal- culia: dificuldade em calcular; disortografia: dificul- dade na escrita), depressão, transtorno bipolar do humor, uso de substâncias psicoativas, entre outros. Desenvolvimento cognitivo é um termo utilizado para identificar um conjunto de habilidades mentais ne- cessário para obter conhecimento do mundo, ou seja, como um indivíduo processa as informações exteriores a si mesmo, compreende e transforma as impressões em significados. O assunto é tema de diversas teorias, além de ser abordado por campos como a Neurociên- cia e a Pedagogia. De uma maneira simplificada, a cog- nição está associada às habilidades cerebrais/mentais que envolvem pensamento, raciocínio, abstração, lin- guagem, memória, atenção, criatividade, capacida- de de resolução de problemas, entre outras funções. Embora o desenvolvimento do ser humano acompanhe todas as fases da sua vida, é na infância que tem a maior capacidade de moldar a personalidade e a capacidade de resolução de problemas. Jean Piaget foi um dos pri- meiros estudiosos que se preocupou em observar as fases do desenvolvimento cognitivo infantil. O foco dos seus estudos era analisar quais habilidades estavam relacionadas em cada estágio do desenvolvimento. Ele queria entender como os organismos se adaptam ao meio, a partir de um cérebro desenvolvido o sufi- ciente para executar as funções de forma inteligente. A infância constitui um período de amplas possi- bilidades de desenvolvimento: cognitivo, afetivo e social. O processo de desenvolvimento é singular,
  • 35. REVISTA SER 35 próprio de cada pessoa. Todas as pessoas se desen- volvem, mas cada um dentro do seu próprio proces- so, dependendo de sua história, de seu contexto, da qualidade do seu percurso de vida. Ao longo desse processo, são desenvolvidos o aparato neuropsico- lógico, a cognição, a condição afetiva e emocional e as possibilidades em relação ao convívio social. Observar o comportamento dos filhos é o princi- pal mecanismo para a solução do problema, con- forme aponta a psicóloga, com especialização em Neuropsicologia, mestrado e doutorado em Psicologia Cognitiva, Leila Janot. “Os pais, ao estarem presentes e atentos aos seus filhos, são capazes de perceber quando existe alguma dificuldade, alguma limitação, um curso de desenvolvimento diferente do espera- do. Mas, algumas vezes, acreditam que essas ques- tões vão ser resolvidas, que tudo é uma questão de tempo, que a criança tem um ritmo mais lento, que é preciso esperar o seu momento. Assim, esperam e es- peram... Esperam por um longo período de tempo. A busca de um profissional qualificado para realizar uma avaliação psicológica, em que o diagnóstico possa ser identificado com a participação de outros profissio- nais (psiquiatra, neurologista, fonoaudiólogo, psico- pedagogo) e as possibilidades de intervenção sejam escolhidas adequadamente, propiciará uma nova con- dição neuropsicológica à criança e menos desgas- te emocional para ela e para a sua família”, explica. “Acogniçãocompreendeosprocessoseprodutosmen- tais superiores (conhecimento, consciência, inteligên- cia, pensamento, imaginação, criatividade, elaboração de planos e estratégias, resolução de problemas, infe- rência, percepção, memória, atenção, linguagem, etc.), através dos quais é possível perceber, conhecer e, com isso, transformar o meio ambiente e sermos transfor- mados por ele, numa contínua interação e influência mútua. A partir dessa compreensão, podemos dedu- zir que qualquer influência desfavorável no percurso do desenvolvimento poderá ter sérias implicações no funcionamento neuropsicológico da criança. A identi- ficação precoce das dificuldades e/ou transtornos de aprendizagem propiciará maiores e melhores chan- ces de intervenção e de possibilidades de superação e/ou minimização dessas limitações”, conclui Janot. Exatamente por ser um momento-chave da vida, na in- fância os principais problemas ligados ao desenvolvi- mento começam a aparecer ou tornam–se determinan- tes na história de um indivíduo – com possibilidade de causarconsequênciasnoamadurecimentoeatéaidade adulta. Esses transtornos podem evoluir – às vezes de maneira silenciosa e crônica – e causar consequências, como baixa autoestima e apatia, com sequelas emo- cionais impressas em atitudes socialmente ambíguas. Em países de baixa e média rendas, 43% das crian- ças com menos de cinco anos de idade estão com seu potencial cognitivo ameaçado por viverem na miséria e por terem uma baixa estatura para a idade. Melhorar a qualidade de vida desses jovens custaria apenas 50 centavos de dólar por criança ao ano, se- gundo série do The Lancet publicada com apoio da Organização Mundial da Saúde (OMS), do Fundo da ONU para a Infância (Unicef) e do Banco Mundial. As formas de tratamento para amenizar os problemas cognitivos dependem do tipo e do nível de deficiên- cia cognitiva da criança, como explica a pedagoga da UNINASSAU Maceió, Maysa Correia. “Para tanto, é extremamente importante o auxílio e acompanha- mento de profissionais como terapeutas ocupacio- nais e fonoaudiólogos. A escola também tem papel essencial de atender e incluir a criança; para isso, conta com o Atendimento Educacional Especializa- do (AEE), que tem o intuito de identificar, planejar e efetuar recursos pedagógicos e de acessibilidade que facilitem a participação dos alunos incluídos no ensino regular, visando principalmente seu desen- volvimento e sua aprendizagem. As crianças com deficiência intelectual, além de tratamento, necessi- tam também de credibilidade, uma vez que, quando estimuladas e incentivadas, nos mostram aprendi- zagens e desenvolvimentos que nos surpreendem”, conclui.
  • 36. REVISTA SER36 ARTIGO N o momento atual, as teorias de aprendiza- gem conduzem os educadores a uma dis- cussão e reflexão sobre as várias metodo- logias face às contínuas mudanças nos diferentes contextos da sociedade, na busca de entender mais o processo ensino-aprendizagem, superando anti- gos hábitos no fazer pedagógico a partir da neces- sidade de contemplar as demandas contemporâneas. Isso porque as crianças e os jovens de hoje estão ex- postos às novas demandas da sociedade, de modo que os atuais desafios exigidos superam apenas a ca- pacidade de memorização de informações, deman- dando das escolas, dos educadores e dos educan- dos competências mais complexas e multifacetadas. Nesse sentido, a aprendizagem do aluno passa a ser ressignificada, de modo que as intervenções didáticas exploram o processo de construção de conhecimento, integrando as habilidades individuais dos estudantes às práticas sociais, possibilitando que o aluno relacio- ne novos saberes ao que ele já possui e, com isso, seja ativo no processo de construção do conhecimento. Vale ressaltar, então, que este não é um processo sim- ples e linear. A aprendizagem é um processo constan- te, contínuo e dinâmico. É resultado da interação do indivíduo com o meio em que vive. Desde o nascimen- to, a criança vai descobrindo o seu próprio estilo de aprender e vai, à medida que cresce, ampliando, incor- porando e transformando-o de acordo com as intera- ções que surgem. O sujeito só aprende por si mesmo, pois ele reconstrói o seu conhecimento buscando os seus próprios instrumentos cognitivos e significantes. Percebe-se, com isso, que aprender não é copiar ou reproduzir a realidade, e sim elaborar uma represen- tação pessoal sobre o que pretendemos aprender, utilizando experiências, conhecimentos prévios, não só modificando o que já possuímos, mas também in- terpretando e integrando até torná-lo nosso. Assim, construiremos um significado pessoal para um obje- to do conhecimento que existe objetivamente. Isso é o que chamamos de aprendizagem significativa. O percussor do termo aprendizagem significati- va, Ausubel (apud Moreira, 2006), destaca que esse tipo de aprendizagem “[...] é um processo pelo qual uma nova informação se relaciona, de maneira subs- tantiva (não literal) e não arbitrária, a um aspec- to relevante da estrutura cognitiva do indivíduo”. APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA NO CONTEXTO DAS METODOLOGIAS ATIVAS
  • 37. REVISTA SER 37 Simone Bérgamo Pedagoga, Doutoranda em Administração, Mestre em Psicologia Social e da Personalidade, Especialista em Educação, Educação e Construtivismo, Psicossociologia do Educador (Psicanálise na Educação) Assim, Ausubel nos leva a reconhecer que a aprendi- zagem apenas é possível de ser concretizada quan- do o sujeito aprendente é ativo na construção do conhecimento. Isso porque a aprendizagem se tor- na, cada vez mais, significativa à medida que o novo conteúdo é incorporado às estruturas de conheci- mento de um aluno e adquire significado para ele a partir da relação com o seu conhecimento anterior. Quando não acontece dessa forma, a aprendizagem se torna mecânica ou repetitiva, visto que produz menos sentido e significado ao aprendente, que ar- mazena isoladamente as informações ou por meio de associações arbitrárias na estrutura cognitiva. Assim, levando-se em consideração que as demandas contemporâneas exigem formas de aprendizagem que sejam cada vez mais autônomas, transformado- ras e significativas, novos percursos metodológicos passaram a ser trilhados a fim de garantir formas de construção de conhecimento mais emancipadoras. Entre as várias construções metodológicas di- fundidas atualmente, as metodologias ati- vas têm conquistado prestígio entre as op- ções didáticas mais modernas, por trazerem em seu arcabouço teórico-metodológico formas de construção de conhecimento que inserem o alu- no em posições de protagonismo, permitindo que as construções cognitivas estejam em consonân- cia com as estruturas já construídas anteriormente. Entendemos por metodologia ativa as formas de ensino-aprendizagem que “[...] utilizam a proble- matização como estratégia de ensino-aprendiza- gem, com o objetivo de alcançar e motivar o dis- cente, pois, diante do problema, ele se detém, examina, reflete, relaciona a sua história e passa a ressignificar suas descobertas” (BERBEL, 2011). Entre tantas maneiras de se apresentar, algumas for- mas de metodologias ativas são: a aprendizagem co- operativa, a aprendizagem baseada em problemas, a aprendizagem entre pares, os estudos de caso e as simulações. Entre as similaridades, todas elas se ba- seiam no protagonismo do aluno e na sua participação direta, o que, por isso, promove a aprendizagem ativa. Por essa razão, as opções metodológicas que se ba- seiamnessepressupostoteóricopermitemqueasnovas estruturas cognitivas dos estudantes possam ser cons- truídas a partir das anteriores, permitindo um desenvol- vimento mais ativo do sujeito e, por isso, mais eficiente. Entretanto, vale destacar que as metodologias ativas apenas permitirão a construção de aprendizagens sig- nificativas quando docentes e discentes se vincularem de forma intensa nos processos educacionais, visto que a cooperação é a base para a construção cola- borativa necessária ao desenvolvimento autônomo. Assim, antes de escolhermos perspectivas metodoló- gicas necessárias, é preciso repensar a cultura educa- cional, problematizando o papel dos atores principais – docentes e discentes – e as formas como, juntos, po- dem modificar as relações de ensino-aprendizagem.
  • 38. REVISTA SER38 Rayane Guimarães EMPREENDEDORISMO Tendência que tem estimulado novos empreendimentos movimenta economia através de jovens inovadores O FANTÁSTICO MUNDO DAS STARTUPS: TRANSFORMANDO IDEIAS EM NEGÓCIOS DE SUCESSO O despertador toca bem cedo. Às 5h30 de to- das as manhãs, de segunda a sexta-feira, Oswaldo Souza já está acordado se prepa- rando para uma longa jornada. O jovem de 23 anos não é um estudante universitário comum; além das obrigações com os estudos, aulas na faculdade e es- tágio, ele ainda dá conta de uma empresa. Mesmo ainda estando na metade da graduação de Redes de Computadores da UNINABUCO – Centro Univer- sitário Joaquim Nabuco, Oswaldo faz parte do gru- po de jovens brasileiros que, em meio ao momento de recessão econômica vivido no País, não se ame- drontam e visualizam um novo estilo de negócio como uma oportunidade de crescimento profissional. Foi nesse contexto que o viral das startups chegou ao Brasil em 2011 e aqui encontrou solo fértil para se instalar. O termo, que tem se popularizado cada vez mais, define um empreendimento inovador, pautado em uma ideia que pode servir como um novo modelo de negócio repetido por outras empresas. Mesmo com potencial para crescer e tomar grandes proporções, as startups representam um negócio de risco, já que se trata de uma estrutura de atividade nunca usada antes. Apesar de conviver com os perigos do merca- do, essa nova cultura vem crescendo muito no País. De acordo com dados da Associação Brasileira de Startups (ABS), até o final de 2015, o número de em- presas em desenvolvimento chegava a 4.151, contabi- lizando crescimento de 18,6% em um período de seis meses. Já o volume de recursos aportados em startups brasileiras cresce 30% ao ano, segundo a associação de fundos com atuação na América Latina (Lavca).
  • 39. REVISTA SER 39 No fantástico universo das startups, o “pensar fora da caixa” toma corpo e é prática necessária. Foi isso que o estudante Oswaldo Souza fez para montar o seu negócio, o Souza Carneiro – Consultoria e Solu- ções Tecnológicas. A jovem empresa de um ano, que é fruto da união de ideias dele e do seu amigo de fa- culdade Hugo Carneiro, atua em todo o Estado de Pernambuco, trazendo como novidade a oferta de vá- rios serviços de tecnologia vinculados a uma rede de freelancers. Funciona basicamente assim: o cliente entra em contato para solicitar um, dois ou quantos serviços estiver precisando naquele momento, dire- cionando aos rapazes o prazo para a resolução da ati- vidade. A partir disso, os sócios entram em contato com profissionais associados à empresa para verificar quem está à disposição para melhor atender o cliente. Dessa forma, Oswaldo e Hugo não ficam sobrecarre- gados de serviços, atendem a todas as demandas de forma satisfatória para o consumidor e ainda geram oportunidades para estudantes e profissionais da área. Esse é um modelo de negócio que representa 55% dos empreendedores do País. Segundo a ABS, essa é a média que configura os jovens universitários, en- tre 20 e 23 anos, que já não estão satisfeitos com o modelo organizacional do mercado de trabalho tradi- cional e se aventuram em busca da realização pessoal e profissional. “Desde cedo me preocupei com a mi- nha empregabilidade e, quando olhei para o merca- do, percebi que as coisas não caminham de forma que jovens como eu se realizem. São vagas muito simples exigindo além do esperado. Diante desse contexto, vi a necessidade de criar meu próprio negócio para trabalhar com o que, de fato, me satisfaz e que pode gerar bons resultados para mim e para o mercado”, comenta o jovem que, mesmo já sendo um empre- endedor, não abre mão dos ensinamentos que vem adquirindo na graduação. “Ainda estamos na fase de construção da nossa trajetória e o aprendizado que recebemos da faculdade tem sido o nosso norte. Não só com conhecimentos técnicos inerentes à área, mas com o suporte sobre mercado de trabalho e empre- gabilidade que recebemos desde o início do curso.” Oswaldo Souza, estudante de Redes de Computadores da UNINABUCO e sócio da Startup W3NET Crise econômica e o boom das startups oferecendo bens e serviços incomuns, mas impor- tantes para o aquecimento da economia local.” Ain- da segundo o especialista, outro fator relevante é que o pequeno empresário pode ir ajustando os erros à medida que eles vão acontecendo, sem que isso com- prometa o empreendimento como um todo, como aconteceria em empresas grandes e consolidadas. No entanto, mesmo a crise econômica não repre- sentando um momento de risco nos investimentos das startups, ninguém quer ver seu negócio dan- do errado. Por isso, para fazer da crise uma oportu- nidade, é indispensável se qualificar para dar conta da demanda do mercado de trabalho. Para o mestre em Ciências da Computação Nicolau Calado, pro- fessor de Sistemas de Informação da UNINABU- CO, a profissionalização é necessária para gerir uma ideia inovadora. “Para isso, é necessário ter o enten- dimento do problema, público-alvo, e, inicialmente, uma equipe pequena disposta a viabilizar a solução.” Enquanto grandes empresas precisam ganhar gás para lidar com receitas em queda, as empresas ino- vadoras e enxutas ganham mais espaço no Brasil. Essa não é uma tendência apenas nacional. Os Es- tados Unidos também experimentaram esse boom das startups em um momento difícil para a econo- mia do país. Em 2008, em meio à recessão causada pelo estouro da bolha imobiliária, negócios como a Uber e a Airbnb ganhavam espaço e notoriedade. De acordo com o economista do grupo Ser Educacio- nal, Daniel Campelo, as startups surgem como uma alternativa à crise. “Além de estimular o empreen- dedorismo, ela acaba por criar soluções inovadoras,
  • 40. REVISTA SER40 Incubar ou acelerar? Vale do Silício: o berço das gigantes saia em busca de uma aceleradora, mas as diferen- ças vão além desse simples quadro. “A incubadora possui um caráter mais conservador. Em geral, são financiadas por órgãos governamentais de apoio ao empreendedorismo e à tecnologia. Já as acelerado- ras são adequadas para startups que tenham uma capacidade de crescimento muito rápido. Geral- mente são lideradas por investidores consolidados no mercado.” Como novata de um mercado competidor, uma startup precisa de suporte para se estruturar enquan- to negócio. Seja ganhando um espaço físico com in- ternet e telefone ou um “empurrãozinho” quando o assunto é estabelecer uma melhor network. Foi nesse contexto que surgiram as incubadoras e acelerado- ras. Mas, para quem está entrando agora no mundo dos negócios, podem surgir dúvidas sobre essas as- sistências e questões como “incubar ou acelerar?”, que podem amedrontar o jovem empreendedor. O primeiro lugar ao qual um bebê recém-nasci- do é levado é a incubadora. Lá ele é nutrido e re- cebe os primeiros cuidados de que precisa para a vida fora da barriga da mãe. É dessa mesma forma que funcionam as incubadoras de empresas. Elas geralmente oferecem um local para abrigar as star- tups iniciantes, oferecendo uma estrutura configu- rada para estimular as atividades produtivas. Para isso, a incubadora oferece apoio gerencial e técnico com salas de reunião, internet e telefone, por exem- plo, além de proporcionar oportunidades de negó- cios e parcerias para que a empresa se desenvolva. As aceleradoras têm o mesmo objetivo das incubado- ras no sentido de dar suporte para o desenvolvimen- to do novo negócio. No entanto, com um diferencial: elas trabalham em prol do crescimento rápido das startups, ajudando-as a conseguir novos investimentos até atingir o break even, ou seja, seu ponto de equilí- brio, que representa a fase em que elas conseguem pagar suas próprias contas com os lucros da empresa. De acordo com o professor Nicolau Calado, existe o conceito de que se deve procurar primeiro uma in- cubadora para que, depois de estruturada, a startup A história de Oswaldo parece com a de inúmeros jo- vens que mudaram a lógica de organização e pro- dutividade de um setor inteiro, através de uma ideia inovadora e consistente. Foram novatos na área dos negócios que deram origem a grandes empre- sas de hoje, como o Google, o Facebook, a Apple e a Uber. O berço dessas e de outras referências no mundo da tecnologia é o Vale do Silício, localizado nos Estados Unidos, no estado da Califórnia, ao sul da Baía de São Francisco. Além de concentrar as principais empresas de Tecnologia da Informação, eletrônica, computação e informática do mundo, o Vale ainda recebe o prestígio de ter a Universidade de Standford, uma das mais conceituadas do mundo por impulsionar as pesquisas de inovação no local. Mas o que nem todos sabem sobre o Vale do Si- lício é que ele próprio já foi uma startup. Na déca- da de 1950, já havia jovens empreendedores que, mesmo sem investidores, persistiram no sonho de inovar e levantar novos modelos de negócios, con- solidando o que hoje conhecemos por startup.
  • 41. Escolher uma universidade é, ao mesmo tempo, decidir quem vai estar ao seu lado e fazer de tudo para que você tenha sempre as melhores oportunidades. Por isso, a UNAMA traz tudo que você precisa para ganhar destaque na carreira que você escolher. Amelhor formação também é a mais reconhecida. - Professores renomados com experiência de mercado -Amelhor estrutura - Núcleo de Empregabilidade e Carreiras - Intercâmbio * Fonte: Avaliação Guia do Estudante 2016, Melhores Universidades. Ranking Universitário da Folha (RUF 2016) Folha de São Paulo.
  • 42. REVISTA SER42 Ariana Catunda RESPONSABILIDADESOCIAL Chancela garante participação com voz e voto nas plenárias da Organização para debater direitos das pessoas com deficiência INSTITUTO SER EDUCACIONAL COM CADEIRA CATIVA NA ONU B uscar meios para garantir que pessoas com de- ficiência sejam incluídas socialmente e tenham acesso aos seus direitos sem qualquer restrição é um dos pilares que movimentam o Instituto Ser Educa- cional. As ações desenvolvidas pela Instituição lhe cer- tificaram mais um grande reconhecimento, desta vez em nível mundial. Isso porque a entidade garantiu uma cadeira cativa na Conferência dos Estados Partes da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiên- cia (CDPD), da Organização das Nações Unidas (ONU). Em junho deste ano, o Instituto participou da 10ª edição do evento, em Nova York, Estados Unidos, que teve como tema principal A segunda década da CDPD: inclusão e participação plena das pessoas com deficiência e suas organizações representativas na implementação da Convenção. Com essa partici- pação, a Entidade passou por uma análise criterio- sa em toda sua documentação e relatórios sociais e teve o seu credenciamento aprovado por consenso. De acordo com a Assembleia Geral da ONU, o objetivo da CDPD é de “proteger e garantir o total e igual aces- so a todos os direitos humanos e liberdades fundamen- tais por todas as pessoas com deficiência e promover o respeito à sua dignidade”. Os credenciados podem participar com voz e voto durante as plenárias da ONU para discutir as tendências globais de políticas de acessibilidade. No mundo todo, apenas 137 organiza- ções não governamentais (ONGs) possuem esse título. O diretor-presidente do grupo Ser Educacional, que mantém o Instituto, Jânyo Diniz, ressalta a importân- cia desse credenciamento. “Esse é mais um fruto que estamos colhendo com o nosso trabalho inclusivo. Por estarmos inseridos em um seleto número de or- Calçada Sensorial Praia Sem Barreiras
  • 43. REVISTA SER Professores mestres e doutores Cursos de graduação, pós-graduação, mestrado e doutorado Localização privilegiada Parcerias internacionais 43 ganizações, agregamos um diferencial para a nossa Instituição perante as demais entidades brasileiras”, afirma. As ações pretendem estreitar relações com países como Chile, Colômbia e México e estabelecer parcerias por meio de projetos de assistência técni- ca para intercâmbio de boas práticas na promoção e defesa dos direitos das pessoas com deficiência. Com esta chancela, a Entidade passa, também, a par- ticipar da formulação de tratados internacionais de cooperação mútua, além de garantir a participação direta no evento em 2018. O coordenador de Respon- sabilidade Social do Instituto, Sérgio Murilo Jr., fez parte da delegação brasileira e comenta as articula- ções para firmar parcerias nacionais e internacionais a fim de implementar novas políticas de acessibilidade. “Ficamos com a responsabilidade de ouvir as institui- ções locais e nacionais para poder levar à ONU as suas principais reivindicações. Seremos uma entidade que pode fazer um trabalho de cobrança, de elaboração e execução de políticas públicas voltadas para pes- soas com deficiência junto ao setor público”, explica. Entre as ações que estão em vista por parte do Ins- tituto estão a ampliação de projetos como o Bike sem Barreiras, Praia sem Barreiras, Calçada Sensorial, EAD Social (Mães Produtivas e Mãos Livres). Outra proposta é marcar a prática da ação voluntária dos alunos das Instituições de Ensino Superior do grupo Ser Educacional na fiscalização da Lei Brasileira de Inclusão. O INSTITUTO SER EDUCACIONAL DESENVOLVE OS SEGUINTES PROJETOS NA ÁREA DE INCLUSÃO: • Praia sem Barreiras • Bike sem Barreiras • Circo Social • Chef Social • Mães Produtivas • Mãos Livres • Calçada Sensorial • Adoção de Calçadas • Termômetro dos Transplantes