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Sagradas Escrituras
CONSTITUIÇÃO DOGMÁTICA
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SOBRE A REVELAÇÃO DIVINA
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O sagrado Concilio, ouvindo religiosamente a
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Aprouve a Deus, na sua bondade e sabedoria, revelar-
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vontade segundo o qual os homens, por meio de Cristo,
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e se tornam participantes da natureza divina. Em
virtude desta revelação, Deus invisível, na riqueza do
seu amor fala aos homens como amigos e convive com
eles, para os convidar e admitir à comunhão com Ele.
Preparação da Revelação Evangélica
Deus, criando e conservando todas as coisas pelo Verbo,
oferece aos homens um testemunho perene de Si mesmo na
criação e, além disso, decidindo abrir o caminho da
salvação sobrenatural, manifestou-se a Si mesmo, desde o
princípio, aos nossos primeiros pais. Depois da sua queda,
com a promessa de redenção, deu-lhes a esperança da
salvação e cuidou continuamente do gênero humano, para
dar a vida eterna a todos aqueles que, perseverando na
prática das boas obras, procuram a salvação.
Consumação e Plenitude da Revelação
em Cristo
Depois de ter falado muitas vezes e de muitos modos pelos
profetas, falou-nos Deus nestes nossos dias, que são os
últimos, através de Seu Filho. Com efeito, enviou o Seu
Filho, isto é, o Verbo eterno, que ilumina todos os homens,
para habitar entre os homens e manifestar-lhes a vida
íntima de Deus.
Por isso, Ele completa totalmente e confirma com o
testemunho divino a revelação, a saber, que Deus está
conosco para nos libertar das trevas do pecado e da morte
e para nos ressuscitar para a vida eterna.
Aceitação da Revelação pela Fé
A Deus que revela é devida a «obediência da fé» pela fé, o
homem entrega-se total e livremente a Deus oferecendo «a
Deus revelador o obséquio pleno da inteligência e da
vontade» e prestando voluntário assentimento à Sua
revelação.
Para prestar esta adesão da fé, são necessários a prévia e
concomitante ajuda da graça divina e os interiores auxílios
do Espírito Santo, o qual move e converte a Deus o
coração, abre os olhos do entendimento, e dá «a todos a
suavidade em aceitar e crer a verdade».
Necessidade da Revelação
Pela revelação divina quis Deus manifestar e comunicar-se
a Si mesmo e os decretos eternos da Sua vontade a respeito
da salvação dos homens.
O sagrado Concílio professa que Deus se pode conhecer
com certeza pela luz natural da razão a partir das criaturas
mas ensina também que deve atribuir-se à Sua revelação
poderem todos os homens conhecer coisas divinas mesmo
na presente condição do gênero humano.
Os Apóstolos e seus Sucessores,
Transmissores do Evangelho
Deus dispôs amorosamente que permanecesse integro e
fosse transmitido a todas as gerações tudo quanto tinha
revelado para salvação de todos os povos. Por isso, Cristo
Senhor mandou aos Apóstolos que pregassem a todos.
Isto foi realizado com fidelidade, tanto pelos Apóstolos que,
na sua pregação oral, exemplos e instituições, transmitiram
aquilo que tinham recebido dos lábios, trato e obras de
Cristo, e o que tinham aprendido por inspiração do Espírito
Santo, como por aqueles Apóstolos e varões apostólicos
que, sob a inspiração do mesmo Espírito Santo, escreveram
a mensagem da salvação.
A Sagrada Tradição
E assim, a pregação apostólica, que se exprime de modo
especial nos livros inspirados, devia conservar-se, por uma
sucessão contínua, até à consumação dos tempos
Ora, o que foi transmitido pelos Apóstolos, abrange tudo
quanto contribui para a vida santa do Povo de Deus e para
o aumento da sua fé; e assim a Igreja, na sua doutrina, vida
e culto, perpetua e transmite a todas as gerações tudo
aquilo que ela é e tudo quanto acredita.
Relação entre a Sagrada Tradição e a
Sagrada Escritura
A sagrada Tradição, portanto, e a Sagrada Escritura estão
intimamente unidas e compenetradas entre si. Com efeito,
derivando ambas da mesma fonte divina, fazem como que
uma coisa só e tendem ao mesmo fim.
A Sagrada Escritura é a palavra de Deus enquanto foi
escrita por inspiração do Espírito Santo; a sagrada
Tradição, por sua vez, transmite integralmente aos
sucessores dos Apóstolos a palavra de Deus confiada por
Cristo Senhor e pelo Espírito Santo aos Apóstolos, para que
eles, com a luz do Espírito de verdade, a conservem, a
exponham e a difundam fielmente na sua pregação.
Relação de uma e outra com a Igreja e
com o Magistério Eclesiástico
A sagrada Tradição e a Sagrada Escritura constituem um só
depósito sagrado da palavra de Deus, confiado à Igreja;
aderindo a este, todo o Povo santo persevera unido aos seus
pastores na doutrina dos Apóstolos e na comunhão, na fração do
pão e na oração, de tal modo que, na conservação, atuação e
profissão da fé transmitida, haja uma especial concordância dos
pastores e dos fiéis.
Porém, o encargo de interpretar autenticamente a palavra de
Deus escrita ou contida na Tradição, foi confiado só ao
magistério vivo da Igreja. Contudo, este magistério não está
acima da palavra de Deus, mas sim ao seu serviço, ensinando
apenas o que foi transmitido.
Natureza da Inspiração e Verdade da
Sagrada Escritura
As coisas reveladas por Deus, contidas e manifestadas na
Sagrada Escritura, foram escritas por inspiração do Espírito
Santo. Com efeito, a santa mãe Igreja, segundo a fé
apostólica, considera como santos e canônicos os livros
inteiros do Antigo e do Novo Testamento com todas as suas
partes, pois foram escritos por inspiração do Espírito Santo.
Todavia, para escrever os livros sagrados, Deus escolheu e
serviu-se de homens na posse das suas faculdades e
capacidades, para que, agindo Ele neles e por eles, pusessem
por escrito, como verdadeiros autores, tudo aquilo e só aquilo
que Ele queria.
Interpretação da Sagrada Escritura
Como, porém, Deus na Sagrada Escritura falou por meio
dos homens e à maneira humana, o intérprete da Sagrada
Escritura, para saber o que Ele quis comunicar-nos, deve
investigar com atenção o que os hagiógrafos realmente
quiseram significar e que aprouve a Deus manifestar por
meio das suas palavras.
Para descobrir a intenção dos hagiógrafos Importa, além
disso, que o intérprete busque o sentido que o hagiógrafo
em determinadas circunstâncias, segundo as condições do
seu tempo e da sua cultura, pretendeu exprimir e de fato
exprimiu servindo-se dos gêneros literários então usados.
A História da Salvação Consignada
nos Livros do Antigo Testamento
Deus amantíssimo, desejando e preparando com solicitude
a salvação de todo o gênero humano, escolheu por especial
providência um povo a quem confiar as suas promessas.
Tendo estabelecido aliança com Abraão, e com o povo de
Israel por meio de Moisés, revelou-se ao Povo escolhido
como único Deus verdadeiro e vivo, em palavras e obras, de
tal modo que Israel pudesse conhecer por experiência os
planos de Deus sobre os homens.
Unidade de Ambos ao Testamentos
Foi por isso que Deus, inspirador e autor dos livros dos
dois Testamentos, dispôs tão sàbiamente as coisas, que o
Novo Testamento está latente no Antigo, e o Antigo está
patente no Novo.
Os livros do Antigo Testamento, ao serem integralmente
assumidos na pregação evangélica adquirem e manifestam
a sua plena significação no Novo Testamento que por sua
vez iluminam e explicam.
Excelência do Novo Testamento
Quando chegou a plenitude dos tempos o Verbo fez-se carne
e habitou entre nós cheio de graça e verdade. Cristo
estabeleceu o reino de Deus na terra, manifestou com obras
e palavras o Pai e a Si mesmo, e levou a cabo a Sua obra
com a Sua morte, ressurreição, e gloriosa ascensão, e com
o envio do Espírito Santo.
Este mistério, porém, não foi descoberto a outras
gerações como foi agora revelado aos seus santos
Apóstolos e aos profetas no Espírito Santo para que
pregassem o Evangelho, e despertassem a fé em Jesus
Cristo e Senhor, e congregassem a Igreja.
Origem Apostólica dos Evangelhos
Os Evangelhos tem o primeiro lugar, enquanto são o
principal testemunho da vida e doutrina do Verbo
encarnado, nosso salvador. A Igreja defendeu e defende
sempre e em toda a parte a origem apostólica dos quatro
Evangelhos. Com efeito, aquelas coisas que os Apóstolos,
por ordem de Cristo, pregaram, foram depois, por
inspiração do Espírito Santo, transmitidas por escrito por
eles mesmos e por varões apostólicos como fundamento da
fé, ou seja, o Evangelho quadriforme, segundo Mateus,
Marcos, Lucas e João.
Caráter Histórico dos Evangelhos
A santa mãe Igreja defendeu e defende firme e constantemente
que estes quatro Evangelhos, cuja historicidade afirma sem
hesitação, transmitem fielmente as coisas que Jesus, Filho de
Deus, durante a sua vida terrena, realmente operou e ensinou
para salvação eterna dos homens, até ao dia em que subiu ao
céu.
Os autores sagrados, porém, escreveram os quatro Evangelhos,
escolhendo algumas coisas entre as muitas transmitidas por
palavra ou por escrito, sintetizando umas, desenvolvendo outras,
segundo o estado das igrejas, conservando, finalmente, o caráter
de pregação, mas sempre de maneira a comunicar-nos coisas
autênticas e verdadeiras acerca de Jesus.
A Igreja Venera as Sagradas
Escrituras
A Igreja venerou sempre as divinas Escrituras como venera
o próprio Corpo do Senhor, não deixando jamais, sobretudo
na sagrada Liturgia, de tomar e distribuir aos fiéis o pão da
vida, quer da mesa da palavra de Deus quer da do Corpo
de Cristo. Sempre as considerou, e continua a considerar,
juntamente com a sagrada Tradição, como regra suprema
da sua fé.
Traduções, Estudos e Leitura da
Sagrada Escritura
É preciso que os fiéis tenham acesso patente à Sagrada
Escritura. Por esta razão, a Igreja logo desde os seus
começos fez sua aquela tradução grega antiquíssima do
Antigo Testamento chamada dos Setenta; e sempre tem em
grande apreço as outras traduções, quer orientais quer
latinas, sobretudo a chamada Vulgata.
A esposa do Verbo encarnado, isto é, a Igreja, ensinada
pelo Espírito Santo, esforça-se por conseguir uma
inteligência cada vez mais profunda da Sagrada Escritura,
para poder alimentar continuamente os seus filhos com os
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01 Dei Verbum

  • 1. Introdução as Sagradas Escrituras CONSTITUIÇÃO DOGMÁTICA DEI VERBUM SOBRE A REVELAÇÃO DIVINA
  • 2. Intenção do Concílio O sagrado Concilio, ouvindo religiosamente a Palavra de Deus proclamando-a com confiança, faz suas as palavras de S. João: «anunciamos-vos a vida eterna, que estava junto do Pai e nos apareceu: anunciamos-vos o que vimos e ouvimos, para que também vós vivais em comunhão conosco, e a nossa comunhão seja com o Pai e com o seu Filho Jesus Cristo" (1 Jo 1, 2-3).
  • 3. Natureza e Objeto da Revelação Aprouve a Deus, na sua bondade e sabedoria, revelar- se a Si mesmo e dar a conhecer o mistério da sua vontade segundo o qual os homens, por meio de Cristo, Verbo encarnado, têm acesso ao Pai no Espírito Santo e se tornam participantes da natureza divina. Em virtude desta revelação, Deus invisível, na riqueza do seu amor fala aos homens como amigos e convive com eles, para os convidar e admitir à comunhão com Ele.
  • 4. Preparação da Revelação Evangélica Deus, criando e conservando todas as coisas pelo Verbo, oferece aos homens um testemunho perene de Si mesmo na criação e, além disso, decidindo abrir o caminho da salvação sobrenatural, manifestou-se a Si mesmo, desde o princípio, aos nossos primeiros pais. Depois da sua queda, com a promessa de redenção, deu-lhes a esperança da salvação e cuidou continuamente do gênero humano, para dar a vida eterna a todos aqueles que, perseverando na prática das boas obras, procuram a salvação.
  • 5. Consumação e Plenitude da Revelação em Cristo Depois de ter falado muitas vezes e de muitos modos pelos profetas, falou-nos Deus nestes nossos dias, que são os últimos, através de Seu Filho. Com efeito, enviou o Seu Filho, isto é, o Verbo eterno, que ilumina todos os homens, para habitar entre os homens e manifestar-lhes a vida íntima de Deus. Por isso, Ele completa totalmente e confirma com o testemunho divino a revelação, a saber, que Deus está conosco para nos libertar das trevas do pecado e da morte e para nos ressuscitar para a vida eterna.
  • 6. Aceitação da Revelação pela Fé A Deus que revela é devida a «obediência da fé» pela fé, o homem entrega-se total e livremente a Deus oferecendo «a Deus revelador o obséquio pleno da inteligência e da vontade» e prestando voluntário assentimento à Sua revelação. Para prestar esta adesão da fé, são necessários a prévia e concomitante ajuda da graça divina e os interiores auxílios do Espírito Santo, o qual move e converte a Deus o coração, abre os olhos do entendimento, e dá «a todos a suavidade em aceitar e crer a verdade».
  • 7. Necessidade da Revelação Pela revelação divina quis Deus manifestar e comunicar-se a Si mesmo e os decretos eternos da Sua vontade a respeito da salvação dos homens. O sagrado Concílio professa que Deus se pode conhecer com certeza pela luz natural da razão a partir das criaturas mas ensina também que deve atribuir-se à Sua revelação poderem todos os homens conhecer coisas divinas mesmo na presente condição do gênero humano.
  • 8. Os Apóstolos e seus Sucessores, Transmissores do Evangelho Deus dispôs amorosamente que permanecesse integro e fosse transmitido a todas as gerações tudo quanto tinha revelado para salvação de todos os povos. Por isso, Cristo Senhor mandou aos Apóstolos que pregassem a todos. Isto foi realizado com fidelidade, tanto pelos Apóstolos que, na sua pregação oral, exemplos e instituições, transmitiram aquilo que tinham recebido dos lábios, trato e obras de Cristo, e o que tinham aprendido por inspiração do Espírito Santo, como por aqueles Apóstolos e varões apostólicos que, sob a inspiração do mesmo Espírito Santo, escreveram a mensagem da salvação.
  • 9. A Sagrada Tradição E assim, a pregação apostólica, que se exprime de modo especial nos livros inspirados, devia conservar-se, por uma sucessão contínua, até à consumação dos tempos Ora, o que foi transmitido pelos Apóstolos, abrange tudo quanto contribui para a vida santa do Povo de Deus e para o aumento da sua fé; e assim a Igreja, na sua doutrina, vida e culto, perpetua e transmite a todas as gerações tudo aquilo que ela é e tudo quanto acredita.
  • 10. Relação entre a Sagrada Tradição e a Sagrada Escritura A sagrada Tradição, portanto, e a Sagrada Escritura estão intimamente unidas e compenetradas entre si. Com efeito, derivando ambas da mesma fonte divina, fazem como que uma coisa só e tendem ao mesmo fim. A Sagrada Escritura é a palavra de Deus enquanto foi escrita por inspiração do Espírito Santo; a sagrada Tradição, por sua vez, transmite integralmente aos sucessores dos Apóstolos a palavra de Deus confiada por Cristo Senhor e pelo Espírito Santo aos Apóstolos, para que eles, com a luz do Espírito de verdade, a conservem, a exponham e a difundam fielmente na sua pregação.
  • 11. Relação de uma e outra com a Igreja e com o Magistério Eclesiástico A sagrada Tradição e a Sagrada Escritura constituem um só depósito sagrado da palavra de Deus, confiado à Igreja; aderindo a este, todo o Povo santo persevera unido aos seus pastores na doutrina dos Apóstolos e na comunhão, na fração do pão e na oração, de tal modo que, na conservação, atuação e profissão da fé transmitida, haja uma especial concordância dos pastores e dos fiéis. Porém, o encargo de interpretar autenticamente a palavra de Deus escrita ou contida na Tradição, foi confiado só ao magistério vivo da Igreja. Contudo, este magistério não está acima da palavra de Deus, mas sim ao seu serviço, ensinando apenas o que foi transmitido.
  • 12. Natureza da Inspiração e Verdade da Sagrada Escritura As coisas reveladas por Deus, contidas e manifestadas na Sagrada Escritura, foram escritas por inspiração do Espírito Santo. Com efeito, a santa mãe Igreja, segundo a fé apostólica, considera como santos e canônicos os livros inteiros do Antigo e do Novo Testamento com todas as suas partes, pois foram escritos por inspiração do Espírito Santo. Todavia, para escrever os livros sagrados, Deus escolheu e serviu-se de homens na posse das suas faculdades e capacidades, para que, agindo Ele neles e por eles, pusessem por escrito, como verdadeiros autores, tudo aquilo e só aquilo que Ele queria.
  • 13. Interpretação da Sagrada Escritura Como, porém, Deus na Sagrada Escritura falou por meio dos homens e à maneira humana, o intérprete da Sagrada Escritura, para saber o que Ele quis comunicar-nos, deve investigar com atenção o que os hagiógrafos realmente quiseram significar e que aprouve a Deus manifestar por meio das suas palavras. Para descobrir a intenção dos hagiógrafos Importa, além disso, que o intérprete busque o sentido que o hagiógrafo em determinadas circunstâncias, segundo as condições do seu tempo e da sua cultura, pretendeu exprimir e de fato exprimiu servindo-se dos gêneros literários então usados.
  • 14. A História da Salvação Consignada nos Livros do Antigo Testamento Deus amantíssimo, desejando e preparando com solicitude a salvação de todo o gênero humano, escolheu por especial providência um povo a quem confiar as suas promessas. Tendo estabelecido aliança com Abraão, e com o povo de Israel por meio de Moisés, revelou-se ao Povo escolhido como único Deus verdadeiro e vivo, em palavras e obras, de tal modo que Israel pudesse conhecer por experiência os planos de Deus sobre os homens.
  • 15. Unidade de Ambos ao Testamentos Foi por isso que Deus, inspirador e autor dos livros dos dois Testamentos, dispôs tão sàbiamente as coisas, que o Novo Testamento está latente no Antigo, e o Antigo está patente no Novo. Os livros do Antigo Testamento, ao serem integralmente assumidos na pregação evangélica adquirem e manifestam a sua plena significação no Novo Testamento que por sua vez iluminam e explicam.
  • 16. Excelência do Novo Testamento Quando chegou a plenitude dos tempos o Verbo fez-se carne e habitou entre nós cheio de graça e verdade. Cristo estabeleceu o reino de Deus na terra, manifestou com obras e palavras o Pai e a Si mesmo, e levou a cabo a Sua obra com a Sua morte, ressurreição, e gloriosa ascensão, e com o envio do Espírito Santo. Este mistério, porém, não foi descoberto a outras gerações como foi agora revelado aos seus santos Apóstolos e aos profetas no Espírito Santo para que pregassem o Evangelho, e despertassem a fé em Jesus Cristo e Senhor, e congregassem a Igreja.
  • 17. Origem Apostólica dos Evangelhos Os Evangelhos tem o primeiro lugar, enquanto são o principal testemunho da vida e doutrina do Verbo encarnado, nosso salvador. A Igreja defendeu e defende sempre e em toda a parte a origem apostólica dos quatro Evangelhos. Com efeito, aquelas coisas que os Apóstolos, por ordem de Cristo, pregaram, foram depois, por inspiração do Espírito Santo, transmitidas por escrito por eles mesmos e por varões apostólicos como fundamento da fé, ou seja, o Evangelho quadriforme, segundo Mateus, Marcos, Lucas e João.
  • 18. Caráter Histórico dos Evangelhos A santa mãe Igreja defendeu e defende firme e constantemente que estes quatro Evangelhos, cuja historicidade afirma sem hesitação, transmitem fielmente as coisas que Jesus, Filho de Deus, durante a sua vida terrena, realmente operou e ensinou para salvação eterna dos homens, até ao dia em que subiu ao céu. Os autores sagrados, porém, escreveram os quatro Evangelhos, escolhendo algumas coisas entre as muitas transmitidas por palavra ou por escrito, sintetizando umas, desenvolvendo outras, segundo o estado das igrejas, conservando, finalmente, o caráter de pregação, mas sempre de maneira a comunicar-nos coisas autênticas e verdadeiras acerca de Jesus.
  • 19. A Igreja Venera as Sagradas Escrituras A Igreja venerou sempre as divinas Escrituras como venera o próprio Corpo do Senhor, não deixando jamais, sobretudo na sagrada Liturgia, de tomar e distribuir aos fiéis o pão da vida, quer da mesa da palavra de Deus quer da do Corpo de Cristo. Sempre as considerou, e continua a considerar, juntamente com a sagrada Tradição, como regra suprema da sua fé.
  • 20. Traduções, Estudos e Leitura da Sagrada Escritura É preciso que os fiéis tenham acesso patente à Sagrada Escritura. Por esta razão, a Igreja logo desde os seus começos fez sua aquela tradução grega antiquíssima do Antigo Testamento chamada dos Setenta; e sempre tem em grande apreço as outras traduções, quer orientais quer latinas, sobretudo a chamada Vulgata. A esposa do Verbo encarnado, isto é, a Igreja, ensinada pelo Espírito Santo, esforça-se por conseguir uma inteligência cada vez mais profunda da Sagrada Escritura, para poder alimentar continuamente os seus filhos com os divinos ensinamentos