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1
Jéssica Bomfim de Almeida
Farmacêutica
Universidade Federal da Bahia
Campus Anísio Teixeira
Instituto Multidisciplinar em Saúde
FARMACÊUTICO NA ÁREA DE ALIMENTOS
• O envolvimento do profissional farmacêutico com a área de
alimentos, no Brasil é antigo.
• Teve início com as análises bromatológicas em laboratórios estaduais.
2
O ENSINO DA BROMATOLOGIA
• Os cursos de Farmácia iniciaram,
oficialmente, o ensino da Bromatologia
somente no ano de 1911.
• Até então, a Bromatologia era aprendida
pelos profissionais farmacêuticos que
exerciam as funções de analistas
químicos nos Laboratórios Oficiais, como
autodidatas.
• Sua introdução obrigatória nos cursos de
Farmácia iria proporcionar o avanço da
área em termos de estudos e pesquisas.
3
Instituto Adolfo Lutz
Reconhecido internacionalmente pela sua
contribuição ao estudo e desenvolvimento da ciência
de alimentos, fruto do trabalho de equipe de
analistas de alimentos de formação multiprofissional,
inclusive, de ilustres colegas farmacêuticos.
São Paulo - 1892
Instituto de
análises Químicas
e Bromatológicas
Instituto
Bacteriológico
4
• Estabelece normas para execução de Lei nº 3.820, 11 de novembro de
1960, sobre o exercício da profissão de farmacêutico.
Art. 2º - São atribuições dos profissionais farmacêuticos, as seguintes atividades afins
ainda que não privativas ou exclusivas:
I – a direção, o assessoramento, a responsabilidade técnica e o desempenho de funções
especializadas exercidas em:
h) estabelecimentos industriais em que se fabriquem produtos cosméticos sem
indicação terapêutica e produtos dietéticos e alimentares;
i) órgãos, laboratórios ou estabelecimentos em que se pratiquem exames de caráter
químico-toxicológico, químico-bromatológico, químico-farmacêutico, biológicos,
microbiológicos, fitoquímicos e sanitários;
5
ANEXO I - EMENTA:
O PRESENTE REGULAMENTO TEM A FINALIDADE DE DEFINIR E
REGULAMENTAR AS ATIVIDADES DO FARMACÊUTICO QUE
ATUA NA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS, RESPEITADAS AS
ATIVIDADESAFINS COM OUTRAS PROFISSÕES.
6
Artigo 1º - Esta resolução se aplica nas atividades de
fabricação/produção de:
• alimentos de origem animal e vegetal;
• bebidas alcoólicas e não alcoólicas;
• grãos e derivados;
• laticínios e/ou derivados do leite;
• pescados;
• pães, massas;
• mel e derivados;
• adoçantes;
• água e água adicionada de sais;
• alimentos com alegações de propriedades
funcionais ou de saúde;
• alimentos congelados;
• alimentos “light” e alimentos “diet”;
• alimentos para controle de peso;
• alimentos para fins especiais;
• alimentos irradiados;.
• alimentos para nutrição enteral;
• alimentos para praticantes de atividades
físicas;
• alimentos de transição para lactentes e
crianças de primeira infância;
• alimentos para nutrição animal;
• balas, caramelos e similares;
• biscoitos e bolachas;
• chocolates, bombons e similares;
• condimentos ou temperos;
• substâncias bioativas e probióticos, isolados
com alegação de propriedades funcionais
e/ou de saúde;
• suplementos dietéticos;
• suplementos vitamínicos e/ou minerais
• e outros produtos relacionados a área de
Alimentos.
Resolução n° 530 de 25/02/2010 - CFF
7
• Artigo 1º - ... é de competência, ainda que não
privativa do farmacêutico, o processo de
fabricação/produção, controle, pesquisa, marketing,
auditoria de qualidade e análises de alimentos.
8
• Artigo 2º - O farmacêutico deve possuir conhecimentos das
Boas Práticas de Fabricação (BPF) de alimentos.
• § 1º - Aplicar os conceitos gerais de garantia de qualidade, bem
como os principais componentes e subsistemas das BPF em
alimentos, higiene, validação, controle de contaminantes,
controle de água, controle de pragas ou doenças, instalações,
armazenamento, equipamentos, materiais, transporte,
documentação e gerenciamento do APPCC.
9
Artigo 5º - Compete ainda ao profissional
farmacêutico que atua nessa área:
• I) Conhecer, respeitar e fazer cumprir o Código de Ética da Profissão Farmacêutica;
• II) Ter conhecimento de Toxicologia Alimentar;
• V) Ter conhecimento de micro-organismos patogênicos e deterioradores;
• VII) Ampliar sempre seus conhecimentos técnico-científicos para melhor
desempenho do exercício profissional;
• IX) Possuir conhecimento atualizado das normas sanitárias que regem o
funcionamento da indústria de produtos alimentícios;
10
SEÇÃO I - DAATUAÇÃO DO FARMACÊUTICONO CONTROLE
DE QUALIDADE FÍSICO–QUÍMICO
• Artigo 17 – Compete ao Farmacêutico, no exercício do controle de
qualidade físico-químico:
• I) Elaborar e validar as metodologias analíticas utilizadas;
• II) Conhecer os ingredientes e matérias-primas utilizados e suas características;
• III) Manter sempre atualizados os métodos e procedimentos analíticos;
• IV) Executar testes de qualificação dos equipamentos utilizados no setor;
• V) Realizar todos os controles nas matérias-primas, insumos, produtos
intermediários e produtos acabados, assim como realizar os controles
necessários durante o processo de produção;
• VI) Arquivar os documentos e os registros das análises executadas;
• VII) Ter conhecimento das metodologias utilizadas e padrões de referência.
11
SEÇÃO II - DAATUAÇÃO DO FARMACÊUTICO NO
CONTROLE DE QUALIDADE MICROBIOLÓGICO
• Artigo 18 – Compete ao Farmacêutico, no
exercício do controle de qualidade
microbiológico:
• I) Elaborar e validar as metodologias analíticas
utilizadas;
• V) Realizar todos
primas, produtos
os controles nas
intermediários e
acabados, assim como realizar os
matérias-
produtos
controles
necessários durante o processo de produção;
• VI) Arquivar os documentos e os registros das
análises executadas;
• VIII) T
er conhecimento de micro-organismos
patogênicos e deterioradores;
• IX) Monitorar a qualidade microbiológica das
áreas de produção e de controle.
12
CAPÍTULO XII - DO EXERCÍCIO DO FARMACÊUTICO NO
DESENVOLVIMENTO DE ALIMENTOS
• Artigo 27 – No exercício dessa atividade, compete ao farmacêutico, que atua
nessa área:
• I) Conhecer as características das matérias-primas, aditivos alimentares,
alimentos e ingredientes;
• II) Pesquisar as possíveis formulações e as características das matérias-primas
envolvidas;
• III) Pesquisar os fluxos produtivos e definir parâmetros de processo envolvidos;
• IV) Elaborar especificações técnicas do produto alimentício, contendo formulação,
embalagens e fluxo produtivo com equipamentos e parâmetros de processo.
• VI) Participar da elaboração do material de embalagem primário e secundário da
partida industrial;
13
14
CAPÍTULO XIII- DAATUAÇÃO DO FARMACÊUTICO NO
MARKETING DA INDÚSTRIAALIMENTÍCIA
• Artigo 28 - O farmacêutico, tendo em vista seu conhecimento
técnico especializado sobre alimentos, é competente para atuar
no processo de marketing da indústria alimentícia.
• Artigo 29 - No exercício desta atividade,
farmacêutico, que atua nessa área:
• I. Dar suporte técnico sobre o consumo de alimentos;
compete ao
• III. Monitorar, avaliar eticamente e de acordo com a legislação
vigente, a propaganda de alimentos;
• IV.Adequar a propaganda de alimento à legislação sanitária vigente.
15
CAPÍTULO XIV - DAATUAÇÃO DO FARMACÊUTICO NA
PESQUISACLÍNICA EM ALIMENTOS
• Artigo 30 - O farmacêutico, tendo em vista o seu conhecimento
técnico especializado sobre alimentos, é competente para atuar em
pesquisa clínica.
• Artigo 32 - No exercício desta atividade, compete ao farmacêutico,
que atua nessa área:
• I. Seguir o protocolo de pesquisa aprovado previamente por Conselho de
Ética, devidamente registrado e reconhecido pelo órgão regulador
competente;
• II. Participar da elaboração de protocolos de pesquisa de
desenvolvimento de estudos de novos alimentos ou de outros alimentos;
• III. Acompanhar todos os procedimentos relacionados com o descarte
dos alimentos restantes;
• VI. Participar da regularização das pesquisas clínicas junto aos órgãos
competentes.
16
17
Setores Públicos
• LACEN – Laboratório Central de Saúde Pública
- Empresa Brasileira de Pesquisa
• EMBRAPA
Agropecuaria
• Agropecuária
Alimentos
ITAL – Instituto de Tecnologia de
• INCQS/FIOCRUZ – Instituto Nacional de Controle de
Qualidade em Saúde
• MAPA - Ministério
Abastecimento
• UNIVERSIDADES
• VIGILÂNCIA SANITÁRIA
da Agricultura, Pecuária e
18
Setores Privados
• INDÚSTRIAS ALIMENTÍCIAS
• FACULDADES
• LABORATÓRIOS DE ANÁLISES DE ALIMENTOS
19
Henri Nestlé (1814-1890)
Heinrich Nestlé nascido em Frankfurt, na
Alemanha. Com cerca de 20 anos, vivendo
na Suíça, foi aprendiz de um proprietário de
farmácia, e aprendeu a aviar receitas e
vender medicamentos.
Em 1843 ele comprou uma indústria de
processamento de colza (grão rico em óleo).
Passou a produzir óleo de nozes, licores,
aguardente, absinto e vinagre.
Incentivado pelo problema da mortalidade
infantil, que na época era comum na Suíça,
Henri Nestlé combinou leite de vaca com
farinha de trigo e açúcar. O produto podia
ser transportado a longas distâncias e ser
preparado pela adição de água.
20
John Pemberton (1831 – 1888)
Aos 19 anos, John gradua-se em medicina,
recebendo a qualificação voltada para
farmácia (durante muito tempo o curso era
unificado). Serviu como tenente-coronel
durante a Guerra Civil (1861 – 1865). Após a
guerra, ele procurou um lugar para se
estabelecer como farmacêutico. Assim,
chegou a Atlanta onde passou a vender
medicamentos. Em 1884 lançou uma bebida
alcoólica, composta inicialmente de folhas de
coca e noz de cola. Apenas dois anos mais
tarde, pressionado pelo puritanismo religioso
que proibia o consumo de álcool, Pemberton
passou a investir numa água carbonada com
sabor, que foi batizada de Coca-Cola.
21
No Brasil...
• Jesus Norberto Gomes (1891 - 1963)
Recém chegado do interior do Maranhão, o jovem
Jesus começou a trabalhar numa farmácia,
limpando vidros, fazendo entregas e outros
serviços básicos.
• Depois de muito observar, ele começou a estudar
os medicamentos por conta própria e passou a
criar novas fórmulas. Graduou-se em farmácia
muitos anos após já estar trabalhando na área.
•Seguindo o conselho de um amigo, passou a
investir na fabricação de águas gaseificadas. Ao
tentar criar novos medicamentos em sua farmácia,
chegou a uma fórmula de xarope de guaraná que
agradou aos seus netos. Assim nascia em 1920
uma bebida cor-de-rosa, com sabor adocicado,
lembrando vagamente cravo e canela que se
tornou símbolo do Maranhão (em 2010 era o
refrigerante mais consumido no estado).
22
Amazônia, fundada por ele,
• Atualmente no Brasil...
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de cipó, argila, pó de pedra).
23
Entrevista dada a Revista Pharmacia Brasileira
• Qual é a sua capacidade de produção? Quanto
investe e lucra por ano? Qual a geração de empregos
(inclusive para farmacêuticos)?
A nossa empresa tem uma produção de 150 toneladas/ano e investe
em torno de 1,5 milhões de reais/ano, e tem lucro em torno de
1milhão de reais/ano. Geramos 51 empregos diretos e 200 indiretos.
Nosso quadro de farmacêuticos atual é de dois profissionais.
Indiretamente, geramos emprego e renda para mais oito profissionais
farmacêuticos que trabalham no laboratório de análise de alimentos
com o qual mantemos parceria.
24
• Quais são os segmentos do
setor alimentício que mais
contratam farmacêuticos?
Os laboratórios de análises de
alimentos são os que mais
contratam. A pesquisa em
universidades, também, garante
uma boa fatia do mercado. Na
indústria, ainda, impera a figura do
nutricionista e do engenheiro de
alimentos, mas se observa um
crescente, ainda que tímido,
aumento de contratação de
farmacêuticos.
Entrevista dada a Revista Pharmacia Brasileira
O que as empresas exigem do
farmacêutico especialista em
Alimento?
O conhecimento
da Bromatologia é básico, mas o
profissional deve procurar especializar-
se, cada vez mais. Conheço colegas que
se especializaram especificamente em
Físico-química; outros, em
microbiologia; outros, em
desenvolvimento de produtos dietéticos.
Na verdade, o que as empresas
esperam é encontrar um profissional que
demonstre competência e garanta a
diversificação da sua linha de produtos,
o que trará lucro e garantirá a fixação do
farmacêutico na indústria alimentícia.
25
• De modo geral algumas observações podem ser feitas sobre os
farmacêuticos e suas atividades no campo dos alimentos:
i. - boa parte não teve formação acadêmica sólida e direcionada para o campo dos
alimentos, tendo tido, apenas, conhecimentos básicos de bromatologia;
ii.- a maioria adquiriu conhecimentos mais significativos na área, após a Graduação
e, durante a prática profissional;
iii.- grande contingente de profissionais atua na área de controle de qualidade,
principalmente em laboratórios de análises;
iv.- o campo de trabalho é de natureza multiprofissional pluridisciplinar, trabalhando
o farmacêutico em conjunto com profissionais de formação diversificada como
engenheiros (químicos e de alimentos), veterinários, nutricionistas, químicos,
tecnólogos de alimentos, entre outros;
26
• Trabalhando com esse cenário temos que admitir o aumento de
oportunidades de trabalho para os profissionais da área de alimentos, SE
DEVIDAMENTE QUALIFICADOS, isto é:
. capacitados para o trabalho em equipe multiprofissional, onde haverá a
complementariedade de conhecimentos e práticas;
. possuidores de conhecimentos técnicos-científicos nas áreas de Ciência e
Tecnologia de Alimentos bem como de Nutrição;
. capacitados para a participação mais ativa nos processos de “COMO FAZER A
QUALIDADE” que nos tradicionais de “COMO CONTROLAR A QUALIDADE”;
Isso, COM CERTEZA, EXIGIRÁ MUDANÇAS DE ENFOQUE E CONTEÚDO DO
ENSINO NA ÁREA DE ALIMENTOS, NOS CURSOS DE FARMÁCIA.
27
Ganho inicial (média mensal)
- R$ 2 mil
Ganho escalão intermediário (média mensal)
- R$ 4,4 mil
Ganho no auge (média mensal)
- R$ 6 mil
28
Obrigada!
E-mail: jessicaobomfim@gmail.com
“Para se ter sucesso, é necessário
amar de verdade o que se faz.” Steve
Jobs

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O papel do farmacêutico na indústria de alimentos

  • 1. 1 Jéssica Bomfim de Almeida Farmacêutica Universidade Federal da Bahia Campus Anísio Teixeira Instituto Multidisciplinar em Saúde
  • 2. FARMACÊUTICO NA ÁREA DE ALIMENTOS • O envolvimento do profissional farmacêutico com a área de alimentos, no Brasil é antigo. • Teve início com as análises bromatológicas em laboratórios estaduais. 2
  • 3. O ENSINO DA BROMATOLOGIA • Os cursos de Farmácia iniciaram, oficialmente, o ensino da Bromatologia somente no ano de 1911. • Até então, a Bromatologia era aprendida pelos profissionais farmacêuticos que exerciam as funções de analistas químicos nos Laboratórios Oficiais, como autodidatas. • Sua introdução obrigatória nos cursos de Farmácia iria proporcionar o avanço da área em termos de estudos e pesquisas. 3
  • 4. Instituto Adolfo Lutz Reconhecido internacionalmente pela sua contribuição ao estudo e desenvolvimento da ciência de alimentos, fruto do trabalho de equipe de analistas de alimentos de formação multiprofissional, inclusive, de ilustres colegas farmacêuticos. São Paulo - 1892 Instituto de análises Químicas e Bromatológicas Instituto Bacteriológico 4
  • 5. • Estabelece normas para execução de Lei nº 3.820, 11 de novembro de 1960, sobre o exercício da profissão de farmacêutico. Art. 2º - São atribuições dos profissionais farmacêuticos, as seguintes atividades afins ainda que não privativas ou exclusivas: I – a direção, o assessoramento, a responsabilidade técnica e o desempenho de funções especializadas exercidas em: h) estabelecimentos industriais em que se fabriquem produtos cosméticos sem indicação terapêutica e produtos dietéticos e alimentares; i) órgãos, laboratórios ou estabelecimentos em que se pratiquem exames de caráter químico-toxicológico, químico-bromatológico, químico-farmacêutico, biológicos, microbiológicos, fitoquímicos e sanitários; 5
  • 6. ANEXO I - EMENTA: O PRESENTE REGULAMENTO TEM A FINALIDADE DE DEFINIR E REGULAMENTAR AS ATIVIDADES DO FARMACÊUTICO QUE ATUA NA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS, RESPEITADAS AS ATIVIDADESAFINS COM OUTRAS PROFISSÕES. 6
  • 7. Artigo 1º - Esta resolução se aplica nas atividades de fabricação/produção de: • alimentos de origem animal e vegetal; • bebidas alcoólicas e não alcoólicas; • grãos e derivados; • laticínios e/ou derivados do leite; • pescados; • pães, massas; • mel e derivados; • adoçantes; • água e água adicionada de sais; • alimentos com alegações de propriedades funcionais ou de saúde; • alimentos congelados; • alimentos “light” e alimentos “diet”; • alimentos para controle de peso; • alimentos para fins especiais; • alimentos irradiados;. • alimentos para nutrição enteral; • alimentos para praticantes de atividades físicas; • alimentos de transição para lactentes e crianças de primeira infância; • alimentos para nutrição animal; • balas, caramelos e similares; • biscoitos e bolachas; • chocolates, bombons e similares; • condimentos ou temperos; • substâncias bioativas e probióticos, isolados com alegação de propriedades funcionais e/ou de saúde; • suplementos dietéticos; • suplementos vitamínicos e/ou minerais • e outros produtos relacionados a área de Alimentos. Resolução n° 530 de 25/02/2010 - CFF 7
  • 8. • Artigo 1º - ... é de competência, ainda que não privativa do farmacêutico, o processo de fabricação/produção, controle, pesquisa, marketing, auditoria de qualidade e análises de alimentos. 8
  • 9. • Artigo 2º - O farmacêutico deve possuir conhecimentos das Boas Práticas de Fabricação (BPF) de alimentos. • § 1º - Aplicar os conceitos gerais de garantia de qualidade, bem como os principais componentes e subsistemas das BPF em alimentos, higiene, validação, controle de contaminantes, controle de água, controle de pragas ou doenças, instalações, armazenamento, equipamentos, materiais, transporte, documentação e gerenciamento do APPCC. 9
  • 10. Artigo 5º - Compete ainda ao profissional farmacêutico que atua nessa área: • I) Conhecer, respeitar e fazer cumprir o Código de Ética da Profissão Farmacêutica; • II) Ter conhecimento de Toxicologia Alimentar; • V) Ter conhecimento de micro-organismos patogênicos e deterioradores; • VII) Ampliar sempre seus conhecimentos técnico-científicos para melhor desempenho do exercício profissional; • IX) Possuir conhecimento atualizado das normas sanitárias que regem o funcionamento da indústria de produtos alimentícios; 10
  • 11. SEÇÃO I - DAATUAÇÃO DO FARMACÊUTICONO CONTROLE DE QUALIDADE FÍSICO–QUÍMICO • Artigo 17 – Compete ao Farmacêutico, no exercício do controle de qualidade físico-químico: • I) Elaborar e validar as metodologias analíticas utilizadas; • II) Conhecer os ingredientes e matérias-primas utilizados e suas características; • III) Manter sempre atualizados os métodos e procedimentos analíticos; • IV) Executar testes de qualificação dos equipamentos utilizados no setor; • V) Realizar todos os controles nas matérias-primas, insumos, produtos intermediários e produtos acabados, assim como realizar os controles necessários durante o processo de produção; • VI) Arquivar os documentos e os registros das análises executadas; • VII) Ter conhecimento das metodologias utilizadas e padrões de referência. 11
  • 12. SEÇÃO II - DAATUAÇÃO DO FARMACÊUTICO NO CONTROLE DE QUALIDADE MICROBIOLÓGICO • Artigo 18 – Compete ao Farmacêutico, no exercício do controle de qualidade microbiológico: • I) Elaborar e validar as metodologias analíticas utilizadas; • V) Realizar todos primas, produtos os controles nas intermediários e acabados, assim como realizar os matérias- produtos controles necessários durante o processo de produção; • VI) Arquivar os documentos e os registros das análises executadas; • VIII) T er conhecimento de micro-organismos patogênicos e deterioradores; • IX) Monitorar a qualidade microbiológica das áreas de produção e de controle. 12
  • 13. CAPÍTULO XII - DO EXERCÍCIO DO FARMACÊUTICO NO DESENVOLVIMENTO DE ALIMENTOS • Artigo 27 – No exercício dessa atividade, compete ao farmacêutico, que atua nessa área: • I) Conhecer as características das matérias-primas, aditivos alimentares, alimentos e ingredientes; • II) Pesquisar as possíveis formulações e as características das matérias-primas envolvidas; • III) Pesquisar os fluxos produtivos e definir parâmetros de processo envolvidos; • IV) Elaborar especificações técnicas do produto alimentício, contendo formulação, embalagens e fluxo produtivo com equipamentos e parâmetros de processo. • VI) Participar da elaboração do material de embalagem primário e secundário da partida industrial; 13
  • 14. 14
  • 15. CAPÍTULO XIII- DAATUAÇÃO DO FARMACÊUTICO NO MARKETING DA INDÚSTRIAALIMENTÍCIA • Artigo 28 - O farmacêutico, tendo em vista seu conhecimento técnico especializado sobre alimentos, é competente para atuar no processo de marketing da indústria alimentícia. • Artigo 29 - No exercício desta atividade, farmacêutico, que atua nessa área: • I. Dar suporte técnico sobre o consumo de alimentos; compete ao • III. Monitorar, avaliar eticamente e de acordo com a legislação vigente, a propaganda de alimentos; • IV.Adequar a propaganda de alimento à legislação sanitária vigente. 15
  • 16. CAPÍTULO XIV - DAATUAÇÃO DO FARMACÊUTICO NA PESQUISACLÍNICA EM ALIMENTOS • Artigo 30 - O farmacêutico, tendo em vista o seu conhecimento técnico especializado sobre alimentos, é competente para atuar em pesquisa clínica. • Artigo 32 - No exercício desta atividade, compete ao farmacêutico, que atua nessa área: • I. Seguir o protocolo de pesquisa aprovado previamente por Conselho de Ética, devidamente registrado e reconhecido pelo órgão regulador competente; • II. Participar da elaboração de protocolos de pesquisa de desenvolvimento de estudos de novos alimentos ou de outros alimentos; • III. Acompanhar todos os procedimentos relacionados com o descarte dos alimentos restantes; • VI. Participar da regularização das pesquisas clínicas junto aos órgãos competentes. 16
  • 17. 17
  • 18. Setores Públicos • LACEN – Laboratório Central de Saúde Pública - Empresa Brasileira de Pesquisa • EMBRAPA Agropecuaria • Agropecuária Alimentos ITAL – Instituto de Tecnologia de • INCQS/FIOCRUZ – Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde • MAPA - Ministério Abastecimento • UNIVERSIDADES • VIGILÂNCIA SANITÁRIA da Agricultura, Pecuária e 18
  • 19. Setores Privados • INDÚSTRIAS ALIMENTÍCIAS • FACULDADES • LABORATÓRIOS DE ANÁLISES DE ALIMENTOS 19
  • 20. Henri Nestlé (1814-1890) Heinrich Nestlé nascido em Frankfurt, na Alemanha. Com cerca de 20 anos, vivendo na Suíça, foi aprendiz de um proprietário de farmácia, e aprendeu a aviar receitas e vender medicamentos. Em 1843 ele comprou uma indústria de processamento de colza (grão rico em óleo). Passou a produzir óleo de nozes, licores, aguardente, absinto e vinagre. Incentivado pelo problema da mortalidade infantil, que na época era comum na Suíça, Henri Nestlé combinou leite de vaca com farinha de trigo e açúcar. O produto podia ser transportado a longas distâncias e ser preparado pela adição de água. 20
  • 21. John Pemberton (1831 – 1888) Aos 19 anos, John gradua-se em medicina, recebendo a qualificação voltada para farmácia (durante muito tempo o curso era unificado). Serviu como tenente-coronel durante a Guerra Civil (1861 – 1865). Após a guerra, ele procurou um lugar para se estabelecer como farmacêutico. Assim, chegou a Atlanta onde passou a vender medicamentos. Em 1884 lançou uma bebida alcoólica, composta inicialmente de folhas de coca e noz de cola. Apenas dois anos mais tarde, pressionado pelo puritanismo religioso que proibia o consumo de álcool, Pemberton passou a investir numa água carbonada com sabor, que foi batizada de Coca-Cola. 21
  • 22. No Brasil... • Jesus Norberto Gomes (1891 - 1963) Recém chegado do interior do Maranhão, o jovem Jesus começou a trabalhar numa farmácia, limpando vidros, fazendo entregas e outros serviços básicos. • Depois de muito observar, ele começou a estudar os medicamentos por conta própria e passou a criar novas fórmulas. Graduou-se em farmácia muitos anos após já estar trabalhando na área. •Seguindo o conselho de um amigo, passou a investir na fabricação de águas gaseificadas. Ao tentar criar novos medicamentos em sua farmácia, chegou a uma fórmula de xarope de guaraná que agradou aos seus netos. Assim nascia em 1920 uma bebida cor-de-rosa, com sabor adocicado, lembrando vagamente cravo e canela que se tornou símbolo do Maranhão (em 2010 era o refrigerante mais consumido no estado). 22
  • 23. Amazônia, fundada por ele, • Atualmente no Brasil... • JO ors gp er o Ad u lbt o es rts oã o Cd oe er i lv ha od o sdo cacau com recheio de frutas amazônicas ( • c N a s a t a s c n i h d a o s ,cupueamçu, açaMí,a a n r a a ç u á s - b ,oi, c u b f a i u rm ,baaccêuurit,icbouriti)f,obrmalaasdoe,gomemasde 1975, pelm aasca U r.niversidade A e F m e p d r e e r s a a lb d u o s c A a m a a r t z e o s n ã a o s s . q A u e s p u o a d e m d e s e e m n v p o r l e v s e a r, e a m B b a o l m a g b e o n n s s q F u i e n o s ã s o d o a b r a s de e am rtes 1 ,9 e 9q 9u , e ps oe sjs au m i r q e u u a titlr iz oad lo a js as c,omo u nta ens cí a lip ois ta e l oa bm jet a o z s od ne en ds ee c; ora 1ç 0 ã 0 o. O ps on atro te ssã do e s v ee m n p d re ag , a n m ore E s s ít d a u d o o s;e s r u e b p p r e r o s d e u n t o t a s n d t e a s f , l o r e e s m t aatmodaozônoica (c P aa sc ís a ,s de e frue to xs p,o s re ta m rent p e a sr ,a palh a as, fibrAasmdéirviecarsasd,ocasSaudl,ecFurpainmç,aesceama d e H p o e l i a x n e d ,are.stosde madeiras, tabletes de cipó, argila, pó de pedra). 23
  • 24. Entrevista dada a Revista Pharmacia Brasileira • Qual é a sua capacidade de produção? Quanto investe e lucra por ano? Qual a geração de empregos (inclusive para farmacêuticos)? A nossa empresa tem uma produção de 150 toneladas/ano e investe em torno de 1,5 milhões de reais/ano, e tem lucro em torno de 1milhão de reais/ano. Geramos 51 empregos diretos e 200 indiretos. Nosso quadro de farmacêuticos atual é de dois profissionais. Indiretamente, geramos emprego e renda para mais oito profissionais farmacêuticos que trabalham no laboratório de análise de alimentos com o qual mantemos parceria. 24
  • 25. • Quais são os segmentos do setor alimentício que mais contratam farmacêuticos? Os laboratórios de análises de alimentos são os que mais contratam. A pesquisa em universidades, também, garante uma boa fatia do mercado. Na indústria, ainda, impera a figura do nutricionista e do engenheiro de alimentos, mas se observa um crescente, ainda que tímido, aumento de contratação de farmacêuticos. Entrevista dada a Revista Pharmacia Brasileira O que as empresas exigem do farmacêutico especialista em Alimento? O conhecimento da Bromatologia é básico, mas o profissional deve procurar especializar- se, cada vez mais. Conheço colegas que se especializaram especificamente em Físico-química; outros, em microbiologia; outros, em desenvolvimento de produtos dietéticos. Na verdade, o que as empresas esperam é encontrar um profissional que demonstre competência e garanta a diversificação da sua linha de produtos, o que trará lucro e garantirá a fixação do farmacêutico na indústria alimentícia. 25
  • 26. • De modo geral algumas observações podem ser feitas sobre os farmacêuticos e suas atividades no campo dos alimentos: i. - boa parte não teve formação acadêmica sólida e direcionada para o campo dos alimentos, tendo tido, apenas, conhecimentos básicos de bromatologia; ii.- a maioria adquiriu conhecimentos mais significativos na área, após a Graduação e, durante a prática profissional; iii.- grande contingente de profissionais atua na área de controle de qualidade, principalmente em laboratórios de análises; iv.- o campo de trabalho é de natureza multiprofissional pluridisciplinar, trabalhando o farmacêutico em conjunto com profissionais de formação diversificada como engenheiros (químicos e de alimentos), veterinários, nutricionistas, químicos, tecnólogos de alimentos, entre outros; 26
  • 27. • Trabalhando com esse cenário temos que admitir o aumento de oportunidades de trabalho para os profissionais da área de alimentos, SE DEVIDAMENTE QUALIFICADOS, isto é: . capacitados para o trabalho em equipe multiprofissional, onde haverá a complementariedade de conhecimentos e práticas; . possuidores de conhecimentos técnicos-científicos nas áreas de Ciência e Tecnologia de Alimentos bem como de Nutrição; . capacitados para a participação mais ativa nos processos de “COMO FAZER A QUALIDADE” que nos tradicionais de “COMO CONTROLAR A QUALIDADE”; Isso, COM CERTEZA, EXIGIRÁ MUDANÇAS DE ENFOQUE E CONTEÚDO DO ENSINO NA ÁREA DE ALIMENTOS, NOS CURSOS DE FARMÁCIA. 27
  • 28. Ganho inicial (média mensal) - R$ 2 mil Ganho escalão intermediário (média mensal) - R$ 4,4 mil Ganho no auge (média mensal) - R$ 6 mil 28
  • 29. Obrigada! E-mail: jessicaobomfim@gmail.com “Para se ter sucesso, é necessário amar de verdade o que se faz.” Steve Jobs