SlideShare une entreprise Scribd logo
1  sur  12
Télécharger pour lire hors ligne
REFERÊNCIAS
ALVES, Kátia Corrêa Peixoto; BELISÁRIO, Regina Célia de Moura Go-
mide. Diálogos com a história, 6ª série: manual do professor. Volume 2.
Curitiba: Nova Didática, 2004. Obra em 4 volumes para alunos de 5ª a
8ª séries do Ensino Fundamental.
APOLINÁRIO, Maria Raquel (editora). Projeto araribá: história. Obra
coletiva concebida, desenvolvida e produzida pela Editora Moderna.
3ª edição. Volume 2. São Paulo: Moderna, 2010. Obra em 4 volumes
para alunos do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental.
BOULOS JÚNIOR, Alfredo. História do Brasil: colônia. Edição renova-
da. Volume 1. São Paulo: FTD, 1997. Ensino Médio.
COTRIM, Gilberto. Saber e fazer história, 6ª série. 2ª edição reformu-
lada. 2ª impressão. Volume 2. São Paulo: Saraiva, 2002. Obra em 4
volumes para alunos de 5ª a 8ª séries do Ensino Fundamental.
PILETTI, Nelson; PILETTI, Claudino. História e vida integrada. Nova
edição reformulada e atualizada. 3ª edição. 1ª impressão. Volume 2.
São Paulo: Ática, 2005. Obra em 4 volumes para alunos de 5ª a 8ª
séries do Ensino Fundamental.
RODRIGUE, Joelza Ester. História em documento: imagem e texto. 2ª
edição. Volume 2. São Paulo: FTD, 2002. Obra em 4 volumes para
alunos de 5ª a 8ª séries do Ensino Fundamental.
SCHMIDT, Mario Furley. Nova história crítica. Volume 2. São Paulo;
Nova Geração, 1999. Obra em 4 volumes para alunos de 5ª a 8ª séries
do Ensino Fundamental.
VICENTINO, Cláudio. Viver a história: ensino fundamental: 6ª série. 1ª
edição. Volume 2. São Paulo: Scipione, 2002. Obra em 4 volumes para
alunos de 5ª a 8ª séries do Ensino Fundamental.
O escravo negro no Brasil Colonial
A História em debate
Hoje, podemos encontrar
no rosto dos brasileiros traços
fisionômicos característicos
dos povos africanos, europeus
ou asiáticos. Todos esses po-
vos contribuíram para a for-
mação na América de uma
cultura original: a brasileira.
Dentre eles, merece destaque
os africanos. Nos primeiros
séculos de nossa história, eles
eram numerosos.
Converse com seus colegas
e procurem saber: Algum de
vocês tem ascendência africa-
na?
Pensando nisso, pergunte
aos seus pais a origem de seus
antepassados. De onde vie-
ram? Qual a história desses
antepassados? Eles enfrenta-
ram conflitos?
Gravura publicada na obra The
Voyage of Abel Dupetit Thouars,
representando escravo carregan-
do feixe de cana-de-açúcar, sécu-
lo XIX
Página 17 Página 01
LINHADOTEMPO
Brasil-colônia:períodosdeextraçãoecultura
UmasériedehistoriadoresanalisouahistóriaeconômicadoBrasilColôniapormeiodosprodutosquepredomina-
vamnocomérciointernacionaldaquelaépoca.Primeirofoiopau-brasil,depoisoaçúcare,emseguida,aminera-
ção,formandooquealgunshistoriadoreseeconomistaschamavamdecicloseconômicoscoloniais.Essetipode
“modelosimplificado”explica,principalmente,osinteresseseconômicosdametrópoleedaeliteexploradora.
VOCABULÁRIO
Elite Grupo privilegiado, minoritário, composto por aque-
les que são vistos por alguns como superiores por
possuírem algum poder econômico e/ou domínio
social.
Ascendência Constituída por todos os seus antepassados, come-
çando por seus pais.
Colono Aquele que é inserido em uma área juntamente com
outros com a finalidade de povoar e explorar, assim
como conviver e ser membro da colônia.
Tumbeiro De tumba, apelido dado aos navios negreiros pelo
grande número de negros que morriam nas viagens.
Traficante Comerciante que realizava o tráfico negreiro.
Açoite Golpe com instrumento de tiras de couro geralmente
aplicado sobre as costas e as nádegas.
Palmatória Peça circular de madeira com um cabo, usada para
bater nas palmas das mãos.
Tronco Peça de madeira onde se prendiam os pés, o pescoço
ou as mãos dos escravos.
Quilombo Do quimbundo, língua africana, povoação, união; no
Brasil, passou a significar refúgio de escravos fugi-
dos.
Quilombola Morador dos quilombos.
Senzala Espécie de habitação ou alojamento dos escravos
brasileiros
Casa-Grande Moradia do senhor de engenho.
Engenho Engenho de açúcar, muitas vezes abreviado para
engenho, é o nome dado a uma unidade industrial
especializada na transformação da cana-sacarina em
açúcar ou outros derivados, como o melaço ou a
aguardente de cana.
Página 02 Página 16
O valor é pago de acordo com o que cada trabalhador produz, ou seja,
eles recebem de acordo com a quantidade de toneladas ou arrobas co-
lhidas. Desta forma, para obter um ganho maior, muitos deles acabam se
sujeitando a grandes esforços físicos e alguns chegam a morrer por con-
ta disso. Entre uma safra e outra os trabalhadores ficam sem trabalho e
procuram serviço em outras regiões e com isso acabam migrando sem-
pre de uma região para outra.”
Fonte: MELO, Priscila. Boias-frias: o que são, modo de vida e condições de trabalho. Disponível em
<www.estudokids.com.br/boias-frias-o-que-sao-modo-de-vida-e-condicoes-de-trabalho/>. Acesso
em 08 de maio de 2015.
Para cortar 12,9 toneladas de cana, o cortador realiza, em média, 3.080 flexões na
coluna, mais de 11 por minuto. Foto: Eliária Andrade
Fonte: CARVALHO, Cleide. O fim dos boias-frias (2013). Disponível em
<http://oglobo.globo.com/economia/o-fim-dos-boias-frias-9595711>. Acesso em 08 de maio de
2015.
AGORA RESPONDA:
A partir do que foi estudado sobre a escravidão de negros no Brasil
Colonial, a leitura do texto e imagem sobre cortadores de cana-de-
açúcar no Brasil atual, responda os seguintes questionamentos:
Ainda existe “escravidão” no Brasil?
Como são essas novas formas de exploração?
Você saberia citar algum exemplo de exploração atualmente?
Explique sua resposta.
História em contexto
Fonte: ANTONIL, André João. Cultura e opulência do Brasil. (1711) Disponível em
<http://www.dominiopublico.gov.br/>. Acesso em 08 de maio de 2015.
Página 15 Página 03
“Não castigar os excessos que eles cometem seria culpa não leve,
porém, estes se hão de averiguar antes, para não castigar inocen-
tes, e se hão de ouvir os delatados e convencidos, castigar-se-ão
com açoites moderados ou com os meter em corrente de ferro, por
algum tempo, ou tronco.”
“No Brasil, costumam dizer que para o escravo são necessários
três PPP, a saber, pau, pão e pano. Quisera Deus que tão abundan-
te fosse o comer e o vestir como muitas vezes é o castigo, dado
por qualquer causa pouco provada e levantada, com instrumentos
de muito rigor. Alguns senhores fazem mais caso de um cavalo
que de meia dúzia de escravos, pois o cavalo é servido, e tem
quem lhe busque capim, tem pano para o suor e sela e freio dou-
rado.”
“Os escravos são as mãos e os pés do senhor de engenho, porque
sem eles, no Brasil, não é possível fazer, conservar e aumentar
fazenda, nem ter engenho corrente. E do modo com que se há com
eles depende tê-los bons ou maus para o serviço. Por isso, é neces-
sário comprar cada ano algumas peças e reparti-las pelos partidos,
roças, serrarias e barcas.”
1. Da África para a América
Negros no porão do navio, gravura de Rugendas do século XIX, que mos-
tra as condições em que os africanos eram trazidos à América para se-
rem vendidos como escravos: amontoados nos porões dos navios ne-
greiros, também chamados tumbeiros. A falta de alimentação e as con-
dições precárias levavam muitos à morte.
A partir de 1550 os colonos, pressio-
nados pela expansão da produção açucareira,
passaram a recorrer cada vez mais à mão de
obra africana, oferecida nos portos brasileiros
pelos traficantes. Os africanos, ao serem des-
locados para um lugar estranho, tinham mais
dificuldades do que os indígenas de resistir à
escravidão ou de fugir dos engenhos.
Nos tumbeiros ou ainda nas feitorias africanas, os negros cativos
eram batizados e recebiam um nome cristão, que era registrado pelo tra-
ficante. Desembarcavam nos portos brasileiros (Recife, Salvador e Rio
de Janeiro) e ficavam em armazéns à espera de compradores Eram exa-
minados como de fossem bichos, contados por “peça” e identificados
como “macho”, “fêmea”, “filhote” ou “cria”. A maioria era homens, sen-
do que os jovens alcançavam maior preço.
História Hoje
Boias-frias – O que são, modo de vida e condições de trabalho
“Alguma vez você já ouviu alguém falar o termo boia-fria? Provavel-
mente você já deve ter escutado em casa ou em algum noticiário, não é
mesmo? Mas você sabe o que isso significa? Boias-frias são trabalhado-
res que geralmente não possuem boas condições de trabalho, que saem
muito cedo de casa e já levam seu almoço. Vamos conhecer um pouco
mais sobre essas pessoas agora.
Ao pesquisar no dicionário o termo boia-fria, encontramos o signifi-
cado de que é o ‘trabalhador agrícola que se desloca diariamente para
propriedade rural, geralmente para executar tarefas sob empreitada.’
Mas essa explicação é muito superficial.
As pessoas que recebem esse nome geralmente não possuem muito
conhecimento, são analfabetos ou semianalfabetos que vivem ou já vi-
veram no campo. Esses trabalhadores acordam muito cedo e levam uma
marmita e na hora do almoço comem a comida fria. Foi por isso que
surgiu esse termo, pois boia é uma gíria para comida.
O modo de vida dessas pessoas é bem precário, normalmente o boia-
fria é uma pessoa que não teve oportunidade de estudar, que passa por
situações difíceis e que vivem no campo.
Existem muitos casos de boias-frias no Brasil, essas pessoas se sujei-
tam ao trabalho no campo, muitas vezes nos períodos de colheitas, suas
condições de trabalho e seu salário raramente são bons. Esses trabalhos
que ocorrem na zona rural são sem vínculo empregatício, as pessoas
são contratadas para trabalhar durante um período.
Por não possuírem condições, levam suas marmitas ao saírem de ca-
sa na madrugada e como no local onde estão trabalhando não há como
esquentar a comida eles a comem fria.
O principal problema desse tipo de profissão é a condição de traba-
lho a que são submetidos. Geralmente a maioria desses casos chegam a
ser comparados ao trabalho escravo.
Aqui no Brasil esses casos de trabalho excessivo acontecem com fre-
quência, o trabalho é muito pesado e o salário muito baixo. A carga ho-
rária varia entre 10 e 11 horas por dia, com apenas um pequeno inter-
valo de 30 minutos para o almoço e descanso.
Página 04 Página 14
De cada três africa-
nos desembarcados
nas Américas, dois
eram homens. De-
pois dos 35 anos, um
cativo era conside-
rado velho.
Habitação de negros, Rugendas, século XIX
Gravura O batuque em São Paulo, de J. B. Spix e K. F. Von Martius,
1817. Apesar do duro cotidiano, os negros vivenciavam sua cultura.
Um sinal da resistência às condições impostas pela escravidão é
mostrado nesta reprodução
Debret – Retorno de um proprietário à sua chácara – Século XIX
Mulheres negras lavando roupa. (Debret – Interior de uma casa de ci-
ganos – Século XIX)
Página 13 Página 05
Vendedora ambulante car-
regando criança branca.
(Em Joaquim Cândido Guil-
lobel - Figuras populares
do Rio de Janeiro. Coleção
Particular, RJ)
Os recém-chegados, que não conheciam a língua, eram chama-
dos boçais. Quando se adaptavam aos costumes dos colonos e a-
prendiam a língua, passavam a ser denominados ladinos e custavam
mais caro. Os nascidos no Brasil eram chamados crioulos.
Por quase quatrocentos anos, o
Brasil foi um país escravista. Eram
eles que realizavam quase todo o
trabalho: na lavoura, nas casas, na
exploração mineira, nos serviços
urbanos, no transporte de pessoas e
mercadorias. Trabalhava até o limite
máximo de suas forças. Nos enge-
nhos, por exemplo, a jornada diária de
trabalho durava de 14 a 17 horas, sob a
vigilância dos feitores, que tinham
ordens de castigar os “preguiçosos”.
Os escravos reagiram
de diversas formas à escra-
vidão: com vinganças con-
tra os feitores, sabotagens,
revoltas e fugas. Mas havia
também os que conseguiam
fugir e formar quilombos. O
maior deles foi o Quilombo
dos Palmares (na região dos
atuais estados de Alagoas e
Pernambuco), que conse-
guiu reunir cerca de 50 mil
quilombolas entre 1630 e
1695.
Vista do quilombo São José, no município de Valença, Rio de Janei-
ro, 2011. Segundo dados do Instituto Nacional da Reforma Agrária
(Incra), existem mais de três mil comunidades quilombolas no país.
Página 06 Página 12
O escravo capturado era
marcado com ferro em
brasa, no peito ou na testa,
com a letra F (fujão); ou,
então, amputava-se alguma
parte do seu corpo – a ore-
lha ou o pé, por exemplo.
Os escravos morriam,
em média, após 15 anos
de trabalho. Um negro
que chegasse ao Brasil
como escravo, com a
idade que você tem ho-
je, viveria até completar
quantos anos?
Os escravos de ganho conseguiam às vezes guardar parte
dos rendimentos que recebiam e assim, após décadas de poupan-
ça, foi possível a alguns comprar a sua liberdade. Houve cativos
que adquiriram escravos que, com seu trabalho, auxiliavam seus
donos a alcançar a alforria.
Detalhe de desenho representando um engenho em Pernambuco,
de Gaspar Barleus, retirado da obra Rerum per octennium in Brasilia,
1647. Fundação Biblioteca Nacional, Rio de Janeiro.
Na maioria das senzalas havia pouca privacidade; em geral os
escravos viviam juntos. Em algumas senzalas havia lugares reserva-
dos para os casais. Não era incomum as fazendas destinarem peque-
nas casas aos escravos casados, como uma forma de incentivo para
terem filhos.
Feitores castigando negros, gravura de Jean-Baptiste Debret, do iní-
cio do século XIX. Em primeiro plano, um escravo é castigado pelo
próprio feitor. Ao fundo, outro exemplo de castigo, aplicado por um
dos escravos mais antigos. Atrás dele, um segundo escravo fiscaliza
o castigo, armado de chicote, para agir quando necessário. Em ter-
ceiro lugar, coloca-se o feitor para castigar o fiscal, caso ele não
cumpra o seu dever. O tratamento do branco colonizador dado aos
escravos não estava limitado pela lei ou pela moral. Os senhores
justificavam sua atitude considerando que os escravos não eram
“humanos”.
Página 10 Página 07
Escravas castigadas com palmatória. (Rugendas – Castigos domésticos. Sécu-
lo XIX)
Escravo castigado no pelourinho. (Rugendas – Punições públicas na praça de
Santana. Século XIX)
Escravo com máscara de zinco. (Debret. Século
XIX)
Os castigos, aplicados em públi-
co para servir de exemplo aos demais, e-
ram cruéis: açoite, amputações, palma-
tória, tronco, máscara e coleira de ferro,
correntes com peso. Considerava-se o
castigo físico um direito e um dever dos
senhores.
Os escravos das cidades tinham
uma vida diferente dos que traba-
lhavam nas fazendas e nos enge-
nhos. Eles não apenas realizavam
todos os trabalhos manuais e servi-
am de besta de carga para seus se-
nhores, como também uma fonte de
riqueza importante, pois exerciam
ofícios recebendo uma remunera-
ção que revertia para seus donos.
Página 08 Página 09
O Código Criminal de 1830 restringia a cin-
quenta açoites por dia, mas não limitava o
número de dias para se aplicar o castigo.
Eram os escravos de ganho, que
vendiam todo tipo de mercadori-
as e trabalhavam como artesãos
especializados, operários ou ser-
vidores públicos, exercendo car-
gos como os de acendedores de
lampiões e varredores de ruas,
por exemplo. Muitas vezes com-
petiam com os trabalhadores
livres.
ANOTAÇÕES
_________________________________________________________
__________________________________________________
__________________________________________________
__________________________________________________
__________________________________________________
__________________________________________________
__________________________________________________
__________________________________________________
__________________________________________________
__________________________________________________
__________________________________________________
__________________________________________________
__________________________________________________
__________________________________________________
__________________________________________________
__________________________________________________
__________________________________________________
__________________________________________________
__________________________________________________
__________________________________________________
__________________________________________________
__________________________________________________
__________________________________________________
__________________________________________________
__________________________________________________
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ – UESPI
PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSA DE INICIAÇÃO À
DOCÊNCIA – PIBID
ESCOLA MUNICIPAL EURÍPIDES DE AGUIAR
DISCIPLINA: HISTÓRIA
O escravo negro no Brasil Colonial: tráfi-
co e cotidiano
Ensino Fundamental
BOLSISTAS:
Lucas Ramyro Gomes de Brito
Máricia Suely Santiago de Lira Araújo
PROFESSOR-SUPERVISOR:
Evandro Dantas Lélis
O processo de produção açucareira
A produção de açúcar era bastante complexa e en-
volvia muitas etapas. Em todas elas, a principal mão
de obra utilizada era a escrava, geralmente supervi-
sionada por trabalhadores especializados.
Página 11
1. Inicialmente derrubava-se a mata e o
terreno era limpo.
2. Covas eram abertas para
enterrar pedaços de cana. 3. Cerca de 12 meses depois, a
cana crescida era cortada e a-
marrada em feixes, que eram
transportados em barcas ou
carros de boi até as moendas.
4. Grandes cilindros de madeira
moíam a cana para extrair o caldo.
Os engenhos que utilizavam força
animal eram chamados trapiches e
os acionados pela força da água
eram denominados reais.
5. Esse caldo era cozido durante
horas sob a supervisão do mestre
de açúcar, auxiliado por outros
trabalhadores especializados.
6. Quando atingia o ponto certo, o mela-
ço era purgado (purificado) em fôrmas
de barro e nelas permanecia até que os
diferentes tipos de açúcar estivessem
separados.
7. Depois desse período, o açúcar
era retirado da fôrma. Como o pro-
cesso de branqueamento não agia
por igual nas fôrmas, o açúcar era
separado por tipo (claro, mascavo e
escuro) e ficava exposto ao sol por
até vinte dias.
8. Em seguida, o açúcar era pesado, empacotado e
transportado até o porto, de onde seguia em navios
até a Europa.

Contenu connexe

Tendances

Aula fontes históricas- 6º anos
Aula fontes históricas- 6º anosAula fontes históricas- 6º anos
Aula fontes históricas- 6º anosCarlos Néri
 
Heranças culturais portuguesas
Heranças culturais portuguesasHeranças culturais portuguesas
Heranças culturais portuguesasJoão Henrique
 
Cruzadinha revolução industrial
Cruzadinha revolução industrialCruzadinha revolução industrial
Cruzadinha revolução industrialÓcio do Ofício
 
Atividade de História - O Humanismo e o Renascimento
Atividade  de História - O Humanismo e  o Renascimento Atividade  de História - O Humanismo e  o Renascimento
Atividade de História - O Humanismo e o Renascimento Mary Alvarenga
 
Pré-Historia e Mesopotâmia
 Pré-Historia e Mesopotâmia Pré-Historia e Mesopotâmia
Pré-Historia e MesopotâmiaLuis Silva
 
O Trabalho do Historiador - 6o Ano
O Trabalho do Historiador - 6o AnoO Trabalho do Historiador - 6o Ano
O Trabalho do Historiador - 6o AnoLucas Degiovani
 
Periodo paleolitico e neolitico
Periodo paleolitico e neoliticoPeriodo paleolitico e neolitico
Periodo paleolitico e neoliticoFabiana Tonsis
 
Vilas e Cidades durante o Período Colonial _ Prof. Altair Aguilar
Vilas e Cidades durante o Período Colonial _ Prof. Altair AguilarVilas e Cidades durante o Período Colonial _ Prof. Altair Aguilar
Vilas e Cidades durante o Período Colonial _ Prof. Altair AguilarAltair Moisés Aguilar
 

Tendances (20)

Ap cs história- 7° ano - correto
Ap cs   história- 7° ano - corretoAp cs   história- 7° ano - correto
Ap cs história- 7° ano - correto
 
Aula fontes históricas- 6º anos
Aula fontes históricas- 6º anosAula fontes históricas- 6º anos
Aula fontes históricas- 6º anos
 
Heranças culturais portuguesas
Heranças culturais portuguesasHeranças culturais portuguesas
Heranças culturais portuguesas
 
O Tempo e a História - 6 ANO
O Tempo e a História - 6 ANOO Tempo e a História - 6 ANO
O Tempo e a História - 6 ANO
 
Cruzadinha his
Cruzadinha hisCruzadinha his
Cruzadinha his
 
Cruzadinha revolução industrial
Cruzadinha revolução industrialCruzadinha revolução industrial
Cruzadinha revolução industrial
 
Atividade de História - O Humanismo e o Renascimento
Atividade  de História - O Humanismo e  o Renascimento Atividade  de História - O Humanismo e  o Renascimento
Atividade de História - O Humanismo e o Renascimento
 
Tópico 5 historia 6 ano1
Tópico 5 historia 6 ano1Tópico 5 historia 6 ano1
Tópico 5 historia 6 ano1
 
Pré-Historia e Mesopotâmia
 Pré-Historia e Mesopotâmia Pré-Historia e Mesopotâmia
Pré-Historia e Mesopotâmia
 
Periodo pré colonial
Periodo pré colonialPeriodo pré colonial
Periodo pré colonial
 
Exercicio revolução russa
Exercicio revolução russaExercicio revolução russa
Exercicio revolução russa
 
O Trabalho do Historiador - 6o Ano
O Trabalho do Historiador - 6o AnoO Trabalho do Historiador - 6o Ano
O Trabalho do Historiador - 6o Ano
 
Renascimento cultural
Renascimento cultural Renascimento cultural
Renascimento cultural
 
83230085 caca-palavras-feudalismo
83230085 caca-palavras-feudalismo83230085 caca-palavras-feudalismo
83230085 caca-palavras-feudalismo
 
Avaliação tempo-historia-
Avaliação  tempo-historia-Avaliação  tempo-historia-
Avaliação tempo-historia-
 
Pré-História
Pré-HistóriaPré-História
Pré-História
 
Periodo paleolitico e neolitico
Periodo paleolitico e neoliticoPeriodo paleolitico e neolitico
Periodo paleolitico e neolitico
 
Vilas e Cidades durante o Período Colonial _ Prof. Altair Aguilar
Vilas e Cidades durante o Período Colonial _ Prof. Altair AguilarVilas e Cidades durante o Período Colonial _ Prof. Altair Aguilar
Vilas e Cidades durante o Período Colonial _ Prof. Altair Aguilar
 
A Carta De 2070
A Carta De 2070A Carta De 2070
A Carta De 2070
 
Ava historia 8ano
Ava historia 8anoAva historia 8ano
Ava historia 8ano
 

En vedette (10)

Livreto O escravo negro no Brasil Colonial: tráfico e cotidiano
Livreto O escravo negro no Brasil Colonial: tráfico e cotidianoLivreto O escravo negro no Brasil Colonial: tráfico e cotidiano
Livreto O escravo negro no Brasil Colonial: tráfico e cotidiano
 
Texto sobre existência de raças humanas ação o escravo negro no brasil colo...
Texto sobre existência de raças humanas   ação o escravo negro no brasil colo...Texto sobre existência de raças humanas   ação o escravo negro no brasil colo...
Texto sobre existência de raças humanas ação o escravo negro no brasil colo...
 
Texto sobre o povo negro
Texto sobre o povo negroTexto sobre o povo negro
Texto sobre o povo negro
 
Slides o escravo negro no brasil colonial tráfico e cotidiano
Slides o escravo negro no brasil colonial   tráfico e cotidianoSlides o escravo negro no brasil colonial   tráfico e cotidiano
Slides o escravo negro no brasil colonial tráfico e cotidiano
 
Apresentação1
Apresentação1Apresentação1
Apresentação1
 
Pinturas de debret e rugendas
Pinturas de debret e rugendasPinturas de debret e rugendas
Pinturas de debret e rugendas
 
Brasil colonial
Brasil colonialBrasil colonial
Brasil colonial
 
Debret - vida e obras
Debret - vida e obrasDebret - vida e obras
Debret - vida e obras
 
Rugendas e Debret: retratos da escravidão no Brasil
Rugendas e Debret: retratos da escravidão no BrasilRugendas e Debret: retratos da escravidão no Brasil
Rugendas e Debret: retratos da escravidão no Brasil
 
Prova historia topico 8. o “sistema colonial” e a realidade efetiva da coloni...
Prova historia topico 8. o “sistema colonial” e a realidade efetiva da coloni...Prova historia topico 8. o “sistema colonial” e a realidade efetiva da coloni...
Prova historia topico 8. o “sistema colonial” e a realidade efetiva da coloni...
 

Similaire à Referências bibliográficas de obras sobre história do Brasil

Exerccios sobre africanos_no_brasil
Exerccios sobre africanos_no_brasilExerccios sobre africanos_no_brasil
Exerccios sobre africanos_no_brasilAna Carvalho
 
Engenho do brasil - Aconsa
Engenho do brasil - AconsaEngenho do brasil - Aconsa
Engenho do brasil - AconsaAna Carolina
 
Histórias da Dona Fiota
 Histórias da Dona Fiota  Histórias da Dona Fiota
Histórias da Dona Fiota guest15c4e2
 
A história da educação dos negros no brasil
A história da educação dos negros no brasilA história da educação dos negros no brasil
A história da educação dos negros no brasilPriscila Aristimunha
 
Livro Escola de Minas de Ouro Preto: Memórias dos seus ex-alunos
Livro Escola de Minas de Ouro Preto: Memórias dos seus ex-alunosLivro Escola de Minas de Ouro Preto: Memórias dos seus ex-alunos
Livro Escola de Minas de Ouro Preto: Memórias dos seus ex-alunoseditoraprospectiva
 
Plano de aula quilombolas- francisca roseane
 Plano de aula quilombolas- francisca roseane Plano de aula quilombolas- francisca roseane
Plano de aula quilombolas- francisca roseaneRoseane Ribeiro
 
Plano de aula quilombolas- francisca roseane
 Plano de aula quilombolas- francisca roseane Plano de aula quilombolas- francisca roseane
Plano de aula quilombolas- francisca roseaneRoseane Ribeiro
 
CULTURA ACREANA- A IMPORTÂNCIA DAS LENDAS E DO FOLCLORE NO ENSINO DE ARTES .
CULTURA ACREANA- A IMPORTÂNCIA DAS LENDAS E DO FOLCLORE NO ENSINO DE ARTES .CULTURA ACREANA- A IMPORTÂNCIA DAS LENDAS E DO FOLCLORE NO ENSINO DE ARTES .
CULTURA ACREANA- A IMPORTÂNCIA DAS LENDAS E DO FOLCLORE NO ENSINO DE ARTES .Vis-UAB
 
Pobres e Nojentas - número 2
Pobres e Nojentas  - número 2Pobres e Nojentas  - número 2
Pobres e Nojentas - número 2Pobres e Nojentas
 
ATIVIDADE 7º ANO 10-11.pdf
ATIVIDADE 7º ANO 10-11.pdfATIVIDADE 7º ANO 10-11.pdf
ATIVIDADE 7º ANO 10-11.pdfLívia De Paula
 
A escravidão e formas de resistência indígena e africana na América.pdf
A escravidão e formas de resistência indígena e africana na América.pdfA escravidão e formas de resistência indígena e africana na América.pdf
A escravidão e formas de resistência indígena e africana na América.pdfGabrielaDuarte699486
 
Escravidão no brasil
Escravidão no brasilEscravidão no brasil
Escravidão no brasilKingston8GB
 

Similaire à Referências bibliográficas de obras sobre história do Brasil (20)

Exerccios sobre africanos_no_brasil
Exerccios sobre africanos_no_brasilExerccios sobre africanos_no_brasil
Exerccios sobre africanos_no_brasil
 
Engenho do brasil - Aconsa
Engenho do brasil - AconsaEngenho do brasil - Aconsa
Engenho do brasil - Aconsa
 
Como era a vida dos índios
Como era a vida dos índiosComo era a vida dos índios
Como era a vida dos índios
 
Grupo 3
Grupo 3Grupo 3
Grupo 3
 
1 ciclo da borracha
1 ciclo da borracha1 ciclo da borracha
1 ciclo da borracha
 
Fiota cartilha 1
Fiota cartilha 1Fiota cartilha 1
Fiota cartilha 1
 
Histórias da Dona Fiota
 Histórias da Dona Fiota  Histórias da Dona Fiota
Histórias da Dona Fiota
 
A história da educação dos negros no brasil
A história da educação dos negros no brasilA história da educação dos negros no brasil
A história da educação dos negros no brasil
 
Livro Escola de Minas de Ouro Preto: Memórias dos seus ex-alunos
Livro Escola de Minas de Ouro Preto: Memórias dos seus ex-alunosLivro Escola de Minas de Ouro Preto: Memórias dos seus ex-alunos
Livro Escola de Minas de Ouro Preto: Memórias dos seus ex-alunos
 
582699.pptx
582699.pptx582699.pptx
582699.pptx
 
Plano de aula quilombolas- francisca roseane
 Plano de aula quilombolas- francisca roseane Plano de aula quilombolas- francisca roseane
Plano de aula quilombolas- francisca roseane
 
Plano de aula quilombolas- francisca roseane
 Plano de aula quilombolas- francisca roseane Plano de aula quilombolas- francisca roseane
Plano de aula quilombolas- francisca roseane
 
Historia vol5
Historia vol5Historia vol5
Historia vol5
 
CULTURA ACREANA- A IMPORTÂNCIA DAS LENDAS E DO FOLCLORE NO ENSINO DE ARTES .
CULTURA ACREANA- A IMPORTÂNCIA DAS LENDAS E DO FOLCLORE NO ENSINO DE ARTES .CULTURA ACREANA- A IMPORTÂNCIA DAS LENDAS E DO FOLCLORE NO ENSINO DE ARTES .
CULTURA ACREANA- A IMPORTÂNCIA DAS LENDAS E DO FOLCLORE NO ENSINO DE ARTES .
 
Pobres e Nojentas - número 2
Pobres e Nojentas  - número 2Pobres e Nojentas  - número 2
Pobres e Nojentas - número 2
 
ATIVIDADE 7º ANO 10-11.pdf
ATIVIDADE 7º ANO 10-11.pdfATIVIDADE 7º ANO 10-11.pdf
ATIVIDADE 7º ANO 10-11.pdf
 
Quilombos no Brasil
Quilombos no BrasilQuilombos no Brasil
Quilombos no Brasil
 
Igreja e Escravidão no Brasil
Igreja e Escravidão no BrasilIgreja e Escravidão no Brasil
Igreja e Escravidão no Brasil
 
A escravidão e formas de resistência indígena e africana na América.pdf
A escravidão e formas de resistência indígena e africana na América.pdfA escravidão e formas de resistência indígena e africana na América.pdf
A escravidão e formas de resistência indígena e africana na América.pdf
 
Escravidão no brasil
Escravidão no brasilEscravidão no brasil
Escravidão no brasil
 

Plus de PIBID - Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência

Plus de PIBID - Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (15)

Grecia atividade a luta por direitos - hq mauricio de sousa
Grecia  atividade a luta por direitos - hq mauricio de sousaGrecia  atividade a luta por direitos - hq mauricio de sousa
Grecia atividade a luta por direitos - hq mauricio de sousa
 
Trânsito Beneditinos-PI (Alunos UEPMP)
Trânsito Beneditinos-PI (Alunos UEPMP)Trânsito Beneditinos-PI (Alunos UEPMP)
Trânsito Beneditinos-PI (Alunos UEPMP)
 
Relevo e Biomas piauienses
Relevo e Biomas piauiensesRelevo e Biomas piauienses
Relevo e Biomas piauienses
 
Redes de computadores
Redes de computadoresRedes de computadores
Redes de computadores
 
Os movimentos urbanos e o movimento operário na república oligárquica
Os movimentos urbanos e o movimento operário na república oligárquicaOs movimentos urbanos e o movimento operário na república oligárquica
Os movimentos urbanos e o movimento operário na república oligárquica
 
O espaço natural brasileiro - Hidrografia
O espaço natural brasileiro - HidrografiaO espaço natural brasileiro - Hidrografia
O espaço natural brasileiro - Hidrografia
 
O modernismo em portugal
O modernismo em portugalO modernismo em portugal
O modernismo em portugal
 
Engenharia civil
Engenharia civilEngenharia civil
Engenharia civil
 
Natação
NataçãoNatação
Natação
 
Diabetes mellitus
Diabetes mellitusDiabetes mellitus
Diabetes mellitus
 
Brasil - Primeira república
Brasil - Primeira repúblicaBrasil - Primeira república
Brasil - Primeira república
 
A revolução francesa
A revolução francesaA revolução francesa
A revolução francesa
 
A região nordeste
A região nordesteA região nordeste
A região nordeste
 
A arte na grécia
A arte na gréciaA arte na grécia
A arte na grécia
 
O espaço natural brasileiro - Clima
O espaço natural brasileiro - ClimaO espaço natural brasileiro - Clima
O espaço natural brasileiro - Clima
 

Dernier

Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chaveAula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chaveaulasgege
 
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autoresSociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autoresaulasgege
 
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdfWilliam J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdfAdrianaCunha84
 
Bullying - Texto e cruzadinha
Bullying        -     Texto e cruzadinhaBullying        -     Texto e cruzadinha
Bullying - Texto e cruzadinhaMary Alvarenga
 
trabalho wanda rocha ditadura
trabalho wanda rocha ditaduratrabalho wanda rocha ditadura
trabalho wanda rocha ditaduraAdryan Luiz
 
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptx
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptxA experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptx
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptxfabiolalopesmartins1
 
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptxATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptxOsnilReis1
 
Caixa jogo da onça. para imprimir e jogar
Caixa jogo da onça. para imprimir e jogarCaixa jogo da onça. para imprimir e jogar
Caixa jogo da onça. para imprimir e jogarIedaGoethe
 
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdfUFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdfManuais Formação
 
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024Jeanoliveira597523
 
Aula - 1º Ano - Émile Durkheim - Um dos clássicos da sociologia
Aula - 1º Ano - Émile Durkheim - Um dos clássicos da sociologiaAula - 1º Ano - Émile Durkheim - Um dos clássicos da sociologia
Aula - 1º Ano - Émile Durkheim - Um dos clássicos da sociologiaaulasgege
 
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)Mary Alvarenga
 
Investimentos. EDUCAÇÃO FINANCEIRA 8º ANO
Investimentos. EDUCAÇÃO FINANCEIRA 8º ANOInvestimentos. EDUCAÇÃO FINANCEIRA 8º ANO
Investimentos. EDUCAÇÃO FINANCEIRA 8º ANOMarcosViniciusLemesL
 
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029Centro Jacques Delors
 
HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024Sandra Pratas
 
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdfJorge Andrade
 
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptx
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptxApostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptx
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptxIsabelaRafael2
 
Época Realista y la obra de Madame Bovary.
Época Realista y la obra de Madame Bovary.Época Realista y la obra de Madame Bovary.
Época Realista y la obra de Madame Bovary.keislayyovera123
 
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptxQUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptxIsabellaGomes58
 

Dernier (20)

Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chaveAula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
 
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autoresSociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
 
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdfWilliam J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
 
Bullying - Texto e cruzadinha
Bullying        -     Texto e cruzadinhaBullying        -     Texto e cruzadinha
Bullying - Texto e cruzadinha
 
trabalho wanda rocha ditadura
trabalho wanda rocha ditaduratrabalho wanda rocha ditadura
trabalho wanda rocha ditadura
 
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA -
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA      -XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA      -
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA -
 
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptx
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptxA experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptx
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptx
 
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptxATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
 
Caixa jogo da onça. para imprimir e jogar
Caixa jogo da onça. para imprimir e jogarCaixa jogo da onça. para imprimir e jogar
Caixa jogo da onça. para imprimir e jogar
 
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdfUFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
 
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
 
Aula - 1º Ano - Émile Durkheim - Um dos clássicos da sociologia
Aula - 1º Ano - Émile Durkheim - Um dos clássicos da sociologiaAula - 1º Ano - Émile Durkheim - Um dos clássicos da sociologia
Aula - 1º Ano - Émile Durkheim - Um dos clássicos da sociologia
 
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
 
Investimentos. EDUCAÇÃO FINANCEIRA 8º ANO
Investimentos. EDUCAÇÃO FINANCEIRA 8º ANOInvestimentos. EDUCAÇÃO FINANCEIRA 8º ANO
Investimentos. EDUCAÇÃO FINANCEIRA 8º ANO
 
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
 
HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
 
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf
 
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptx
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptxApostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptx
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptx
 
Época Realista y la obra de Madame Bovary.
Época Realista y la obra de Madame Bovary.Época Realista y la obra de Madame Bovary.
Época Realista y la obra de Madame Bovary.
 
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptxQUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
 

Referências bibliográficas de obras sobre história do Brasil

  • 1. REFERÊNCIAS ALVES, Kátia Corrêa Peixoto; BELISÁRIO, Regina Célia de Moura Go- mide. Diálogos com a história, 6ª série: manual do professor. Volume 2. Curitiba: Nova Didática, 2004. Obra em 4 volumes para alunos de 5ª a 8ª séries do Ensino Fundamental. APOLINÁRIO, Maria Raquel (editora). Projeto araribá: história. Obra coletiva concebida, desenvolvida e produzida pela Editora Moderna. 3ª edição. Volume 2. São Paulo: Moderna, 2010. Obra em 4 volumes para alunos do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental. BOULOS JÚNIOR, Alfredo. História do Brasil: colônia. Edição renova- da. Volume 1. São Paulo: FTD, 1997. Ensino Médio. COTRIM, Gilberto. Saber e fazer história, 6ª série. 2ª edição reformu- lada. 2ª impressão. Volume 2. São Paulo: Saraiva, 2002. Obra em 4 volumes para alunos de 5ª a 8ª séries do Ensino Fundamental. PILETTI, Nelson; PILETTI, Claudino. História e vida integrada. Nova edição reformulada e atualizada. 3ª edição. 1ª impressão. Volume 2. São Paulo: Ática, 2005. Obra em 4 volumes para alunos de 5ª a 8ª séries do Ensino Fundamental. RODRIGUE, Joelza Ester. História em documento: imagem e texto. 2ª edição. Volume 2. São Paulo: FTD, 2002. Obra em 4 volumes para alunos de 5ª a 8ª séries do Ensino Fundamental. SCHMIDT, Mario Furley. Nova história crítica. Volume 2. São Paulo; Nova Geração, 1999. Obra em 4 volumes para alunos de 5ª a 8ª séries do Ensino Fundamental. VICENTINO, Cláudio. Viver a história: ensino fundamental: 6ª série. 1ª edição. Volume 2. São Paulo: Scipione, 2002. Obra em 4 volumes para alunos de 5ª a 8ª séries do Ensino Fundamental. O escravo negro no Brasil Colonial A História em debate Hoje, podemos encontrar no rosto dos brasileiros traços fisionômicos característicos dos povos africanos, europeus ou asiáticos. Todos esses po- vos contribuíram para a for- mação na América de uma cultura original: a brasileira. Dentre eles, merece destaque os africanos. Nos primeiros séculos de nossa história, eles eram numerosos. Converse com seus colegas e procurem saber: Algum de vocês tem ascendência africa- na? Pensando nisso, pergunte aos seus pais a origem de seus antepassados. De onde vie- ram? Qual a história desses antepassados? Eles enfrenta- ram conflitos? Gravura publicada na obra The Voyage of Abel Dupetit Thouars, representando escravo carregan- do feixe de cana-de-açúcar, sécu- lo XIX Página 17 Página 01
  • 2. LINHADOTEMPO Brasil-colônia:períodosdeextraçãoecultura UmasériedehistoriadoresanalisouahistóriaeconômicadoBrasilColôniapormeiodosprodutosquepredomina- vamnocomérciointernacionaldaquelaépoca.Primeirofoiopau-brasil,depoisoaçúcare,emseguida,aminera- ção,formandooquealgunshistoriadoreseeconomistaschamavamdecicloseconômicoscoloniais.Essetipode “modelosimplificado”explica,principalmente,osinteresseseconômicosdametrópoleedaeliteexploradora. VOCABULÁRIO Elite Grupo privilegiado, minoritário, composto por aque- les que são vistos por alguns como superiores por possuírem algum poder econômico e/ou domínio social. Ascendência Constituída por todos os seus antepassados, come- çando por seus pais. Colono Aquele que é inserido em uma área juntamente com outros com a finalidade de povoar e explorar, assim como conviver e ser membro da colônia. Tumbeiro De tumba, apelido dado aos navios negreiros pelo grande número de negros que morriam nas viagens. Traficante Comerciante que realizava o tráfico negreiro. Açoite Golpe com instrumento de tiras de couro geralmente aplicado sobre as costas e as nádegas. Palmatória Peça circular de madeira com um cabo, usada para bater nas palmas das mãos. Tronco Peça de madeira onde se prendiam os pés, o pescoço ou as mãos dos escravos. Quilombo Do quimbundo, língua africana, povoação, união; no Brasil, passou a significar refúgio de escravos fugi- dos. Quilombola Morador dos quilombos. Senzala Espécie de habitação ou alojamento dos escravos brasileiros Casa-Grande Moradia do senhor de engenho. Engenho Engenho de açúcar, muitas vezes abreviado para engenho, é o nome dado a uma unidade industrial especializada na transformação da cana-sacarina em açúcar ou outros derivados, como o melaço ou a aguardente de cana. Página 02 Página 16
  • 3. O valor é pago de acordo com o que cada trabalhador produz, ou seja, eles recebem de acordo com a quantidade de toneladas ou arrobas co- lhidas. Desta forma, para obter um ganho maior, muitos deles acabam se sujeitando a grandes esforços físicos e alguns chegam a morrer por con- ta disso. Entre uma safra e outra os trabalhadores ficam sem trabalho e procuram serviço em outras regiões e com isso acabam migrando sem- pre de uma região para outra.” Fonte: MELO, Priscila. Boias-frias: o que são, modo de vida e condições de trabalho. Disponível em <www.estudokids.com.br/boias-frias-o-que-sao-modo-de-vida-e-condicoes-de-trabalho/>. Acesso em 08 de maio de 2015. Para cortar 12,9 toneladas de cana, o cortador realiza, em média, 3.080 flexões na coluna, mais de 11 por minuto. Foto: Eliária Andrade Fonte: CARVALHO, Cleide. O fim dos boias-frias (2013). Disponível em <http://oglobo.globo.com/economia/o-fim-dos-boias-frias-9595711>. Acesso em 08 de maio de 2015. AGORA RESPONDA: A partir do que foi estudado sobre a escravidão de negros no Brasil Colonial, a leitura do texto e imagem sobre cortadores de cana-de- açúcar no Brasil atual, responda os seguintes questionamentos: Ainda existe “escravidão” no Brasil? Como são essas novas formas de exploração? Você saberia citar algum exemplo de exploração atualmente? Explique sua resposta. História em contexto Fonte: ANTONIL, André João. Cultura e opulência do Brasil. (1711) Disponível em <http://www.dominiopublico.gov.br/>. Acesso em 08 de maio de 2015. Página 15 Página 03 “Não castigar os excessos que eles cometem seria culpa não leve, porém, estes se hão de averiguar antes, para não castigar inocen- tes, e se hão de ouvir os delatados e convencidos, castigar-se-ão com açoites moderados ou com os meter em corrente de ferro, por algum tempo, ou tronco.” “No Brasil, costumam dizer que para o escravo são necessários três PPP, a saber, pau, pão e pano. Quisera Deus que tão abundan- te fosse o comer e o vestir como muitas vezes é o castigo, dado por qualquer causa pouco provada e levantada, com instrumentos de muito rigor. Alguns senhores fazem mais caso de um cavalo que de meia dúzia de escravos, pois o cavalo é servido, e tem quem lhe busque capim, tem pano para o suor e sela e freio dou- rado.” “Os escravos são as mãos e os pés do senhor de engenho, porque sem eles, no Brasil, não é possível fazer, conservar e aumentar fazenda, nem ter engenho corrente. E do modo com que se há com eles depende tê-los bons ou maus para o serviço. Por isso, é neces- sário comprar cada ano algumas peças e reparti-las pelos partidos, roças, serrarias e barcas.”
  • 4. 1. Da África para a América Negros no porão do navio, gravura de Rugendas do século XIX, que mos- tra as condições em que os africanos eram trazidos à América para se- rem vendidos como escravos: amontoados nos porões dos navios ne- greiros, também chamados tumbeiros. A falta de alimentação e as con- dições precárias levavam muitos à morte. A partir de 1550 os colonos, pressio- nados pela expansão da produção açucareira, passaram a recorrer cada vez mais à mão de obra africana, oferecida nos portos brasileiros pelos traficantes. Os africanos, ao serem des- locados para um lugar estranho, tinham mais dificuldades do que os indígenas de resistir à escravidão ou de fugir dos engenhos. Nos tumbeiros ou ainda nas feitorias africanas, os negros cativos eram batizados e recebiam um nome cristão, que era registrado pelo tra- ficante. Desembarcavam nos portos brasileiros (Recife, Salvador e Rio de Janeiro) e ficavam em armazéns à espera de compradores Eram exa- minados como de fossem bichos, contados por “peça” e identificados como “macho”, “fêmea”, “filhote” ou “cria”. A maioria era homens, sen- do que os jovens alcançavam maior preço. História Hoje Boias-frias – O que são, modo de vida e condições de trabalho “Alguma vez você já ouviu alguém falar o termo boia-fria? Provavel- mente você já deve ter escutado em casa ou em algum noticiário, não é mesmo? Mas você sabe o que isso significa? Boias-frias são trabalhado- res que geralmente não possuem boas condições de trabalho, que saem muito cedo de casa e já levam seu almoço. Vamos conhecer um pouco mais sobre essas pessoas agora. Ao pesquisar no dicionário o termo boia-fria, encontramos o signifi- cado de que é o ‘trabalhador agrícola que se desloca diariamente para propriedade rural, geralmente para executar tarefas sob empreitada.’ Mas essa explicação é muito superficial. As pessoas que recebem esse nome geralmente não possuem muito conhecimento, são analfabetos ou semianalfabetos que vivem ou já vi- veram no campo. Esses trabalhadores acordam muito cedo e levam uma marmita e na hora do almoço comem a comida fria. Foi por isso que surgiu esse termo, pois boia é uma gíria para comida. O modo de vida dessas pessoas é bem precário, normalmente o boia- fria é uma pessoa que não teve oportunidade de estudar, que passa por situações difíceis e que vivem no campo. Existem muitos casos de boias-frias no Brasil, essas pessoas se sujei- tam ao trabalho no campo, muitas vezes nos períodos de colheitas, suas condições de trabalho e seu salário raramente são bons. Esses trabalhos que ocorrem na zona rural são sem vínculo empregatício, as pessoas são contratadas para trabalhar durante um período. Por não possuírem condições, levam suas marmitas ao saírem de ca- sa na madrugada e como no local onde estão trabalhando não há como esquentar a comida eles a comem fria. O principal problema desse tipo de profissão é a condição de traba- lho a que são submetidos. Geralmente a maioria desses casos chegam a ser comparados ao trabalho escravo. Aqui no Brasil esses casos de trabalho excessivo acontecem com fre- quência, o trabalho é muito pesado e o salário muito baixo. A carga ho- rária varia entre 10 e 11 horas por dia, com apenas um pequeno inter- valo de 30 minutos para o almoço e descanso. Página 04 Página 14 De cada três africa- nos desembarcados nas Américas, dois eram homens. De- pois dos 35 anos, um cativo era conside- rado velho.
  • 5. Habitação de negros, Rugendas, século XIX Gravura O batuque em São Paulo, de J. B. Spix e K. F. Von Martius, 1817. Apesar do duro cotidiano, os negros vivenciavam sua cultura. Um sinal da resistência às condições impostas pela escravidão é mostrado nesta reprodução Debret – Retorno de um proprietário à sua chácara – Século XIX Mulheres negras lavando roupa. (Debret – Interior de uma casa de ci- ganos – Século XIX) Página 13 Página 05
  • 6. Vendedora ambulante car- regando criança branca. (Em Joaquim Cândido Guil- lobel - Figuras populares do Rio de Janeiro. Coleção Particular, RJ) Os recém-chegados, que não conheciam a língua, eram chama- dos boçais. Quando se adaptavam aos costumes dos colonos e a- prendiam a língua, passavam a ser denominados ladinos e custavam mais caro. Os nascidos no Brasil eram chamados crioulos. Por quase quatrocentos anos, o Brasil foi um país escravista. Eram eles que realizavam quase todo o trabalho: na lavoura, nas casas, na exploração mineira, nos serviços urbanos, no transporte de pessoas e mercadorias. Trabalhava até o limite máximo de suas forças. Nos enge- nhos, por exemplo, a jornada diária de trabalho durava de 14 a 17 horas, sob a vigilância dos feitores, que tinham ordens de castigar os “preguiçosos”. Os escravos reagiram de diversas formas à escra- vidão: com vinganças con- tra os feitores, sabotagens, revoltas e fugas. Mas havia também os que conseguiam fugir e formar quilombos. O maior deles foi o Quilombo dos Palmares (na região dos atuais estados de Alagoas e Pernambuco), que conse- guiu reunir cerca de 50 mil quilombolas entre 1630 e 1695. Vista do quilombo São José, no município de Valença, Rio de Janei- ro, 2011. Segundo dados do Instituto Nacional da Reforma Agrária (Incra), existem mais de três mil comunidades quilombolas no país. Página 06 Página 12 O escravo capturado era marcado com ferro em brasa, no peito ou na testa, com a letra F (fujão); ou, então, amputava-se alguma parte do seu corpo – a ore- lha ou o pé, por exemplo. Os escravos morriam, em média, após 15 anos de trabalho. Um negro que chegasse ao Brasil como escravo, com a idade que você tem ho- je, viveria até completar quantos anos?
  • 7. Os escravos de ganho conseguiam às vezes guardar parte dos rendimentos que recebiam e assim, após décadas de poupan- ça, foi possível a alguns comprar a sua liberdade. Houve cativos que adquiriram escravos que, com seu trabalho, auxiliavam seus donos a alcançar a alforria. Detalhe de desenho representando um engenho em Pernambuco, de Gaspar Barleus, retirado da obra Rerum per octennium in Brasilia, 1647. Fundação Biblioteca Nacional, Rio de Janeiro. Na maioria das senzalas havia pouca privacidade; em geral os escravos viviam juntos. Em algumas senzalas havia lugares reserva- dos para os casais. Não era incomum as fazendas destinarem peque- nas casas aos escravos casados, como uma forma de incentivo para terem filhos. Feitores castigando negros, gravura de Jean-Baptiste Debret, do iní- cio do século XIX. Em primeiro plano, um escravo é castigado pelo próprio feitor. Ao fundo, outro exemplo de castigo, aplicado por um dos escravos mais antigos. Atrás dele, um segundo escravo fiscaliza o castigo, armado de chicote, para agir quando necessário. Em ter- ceiro lugar, coloca-se o feitor para castigar o fiscal, caso ele não cumpra o seu dever. O tratamento do branco colonizador dado aos escravos não estava limitado pela lei ou pela moral. Os senhores justificavam sua atitude considerando que os escravos não eram “humanos”. Página 10 Página 07
  • 8. Escravas castigadas com palmatória. (Rugendas – Castigos domésticos. Sécu- lo XIX) Escravo castigado no pelourinho. (Rugendas – Punições públicas na praça de Santana. Século XIX) Escravo com máscara de zinco. (Debret. Século XIX) Os castigos, aplicados em públi- co para servir de exemplo aos demais, e- ram cruéis: açoite, amputações, palma- tória, tronco, máscara e coleira de ferro, correntes com peso. Considerava-se o castigo físico um direito e um dever dos senhores. Os escravos das cidades tinham uma vida diferente dos que traba- lhavam nas fazendas e nos enge- nhos. Eles não apenas realizavam todos os trabalhos manuais e servi- am de besta de carga para seus se- nhores, como também uma fonte de riqueza importante, pois exerciam ofícios recebendo uma remunera- ção que revertia para seus donos. Página 08 Página 09 O Código Criminal de 1830 restringia a cin- quenta açoites por dia, mas não limitava o número de dias para se aplicar o castigo. Eram os escravos de ganho, que vendiam todo tipo de mercadori- as e trabalhavam como artesãos especializados, operários ou ser- vidores públicos, exercendo car- gos como os de acendedores de lampiões e varredores de ruas, por exemplo. Muitas vezes com- petiam com os trabalhadores livres.
  • 9.
  • 10. ANOTAÇÕES _________________________________________________________ __________________________________________________ __________________________________________________ __________________________________________________ __________________________________________________ __________________________________________________ __________________________________________________ __________________________________________________ __________________________________________________ __________________________________________________ __________________________________________________ __________________________________________________ __________________________________________________ __________________________________________________ __________________________________________________ __________________________________________________ __________________________________________________ __________________________________________________ __________________________________________________ __________________________________________________ __________________________________________________ __________________________________________________ __________________________________________________ __________________________________________________ __________________________________________________ UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ – UESPI PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSA DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA – PIBID ESCOLA MUNICIPAL EURÍPIDES DE AGUIAR DISCIPLINA: HISTÓRIA O escravo negro no Brasil Colonial: tráfi- co e cotidiano Ensino Fundamental BOLSISTAS: Lucas Ramyro Gomes de Brito Máricia Suely Santiago de Lira Araújo PROFESSOR-SUPERVISOR: Evandro Dantas Lélis
  • 11.
  • 12. O processo de produção açucareira A produção de açúcar era bastante complexa e en- volvia muitas etapas. Em todas elas, a principal mão de obra utilizada era a escrava, geralmente supervi- sionada por trabalhadores especializados. Página 11 1. Inicialmente derrubava-se a mata e o terreno era limpo. 2. Covas eram abertas para enterrar pedaços de cana. 3. Cerca de 12 meses depois, a cana crescida era cortada e a- marrada em feixes, que eram transportados em barcas ou carros de boi até as moendas. 4. Grandes cilindros de madeira moíam a cana para extrair o caldo. Os engenhos que utilizavam força animal eram chamados trapiches e os acionados pela força da água eram denominados reais. 5. Esse caldo era cozido durante horas sob a supervisão do mestre de açúcar, auxiliado por outros trabalhadores especializados. 6. Quando atingia o ponto certo, o mela- ço era purgado (purificado) em fôrmas de barro e nelas permanecia até que os diferentes tipos de açúcar estivessem separados. 7. Depois desse período, o açúcar era retirado da fôrma. Como o pro- cesso de branqueamento não agia por igual nas fôrmas, o açúcar era separado por tipo (claro, mascavo e escuro) e ficava exposto ao sol por até vinte dias. 8. Em seguida, o açúcar era pesado, empacotado e transportado até o porto, de onde seguia em navios até a Europa.