Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Conceito generos-e-poetica
1.
2. FUNÇÃO COGNITIVA
ARTE “A a r t e é doce e útil” (Horácio)
FUNÇÃO ESTÉTICA FUNÇÃO POLÍTICA
Arte literária é mímese (imitação); é a arte que imita
pela palavra. (Aristóteles)
FORMA = PROSA / POESIA
ORAL ESCRITA
CONTEÚDO = SUBJETIVO / OBJETIVO
3. ESCOLA LITERÁRIA
ESTÉTICA LITERÁRIA
ESTILO DE ÉPOCA
PERÍODO LITERÁRIO = são afinidades e
semelhanças que existem entre autores, obras,
lh i t t t b
linguagem e temas.
4. “Que nunca o livro fique
longe de tua mão
e de teus olhos”.
olhos”
(São Jerônimo)
“A pessoa que não lê mal
A lê,
fala, mal ouve, mal vê”.
, ,
5. N O Ç Õ E S DE P O É T I C A
O QUE É POÉTICA ?
Q
PODE SER TOMADA EM DOIS SENTIDOS:
AMPLO: estudo geral da Poesia
RESTRITO: estudo formal dos poemas
6. O QUE É POESIA ?
ORIGEM GREGA: POIESIS, de poiein
= criar, no sentido de imaginar
i tid d i i
ESSENCIALMENTE LÍRICA, SUBJETIVA
Í
REALIZADA EM VERSO OU PROSA (será?)
á
7. O QUE É POEMA ?
Q
É o nome genérico de toda
composição literária com intenção
poética.
poética O poema pode ser em verso
(mais comum) ou em prosa.
8. A PROSA POÉTICA
“Verdes mares bravios de minha
terra natal, onde canta a jandaia nas
frondes d carnaúba; verdes mares
f d da úb d
que brilhais, como líquida esmeralda
aos raios do sol nascente,
perlongando-se as alvas praias
ensombradas de coqueiros!”
coqueiros!
(ALENCAR In: IRACEMA)
(ALENCAR,
9. PROSA EM VERSOS
“Verdes mares bravios
de minha terra natal,
onde canta a jandaia
nas frondes da carnaúba;
Verdes mares que brilhais,
como líquida esmeralda
,
aos raios do sol nascente,
perlongando-se as alvas praias
ensombradas d coqueiros!”
b d de i !”
10. O POEMA EM ESTRUTURAS
LOGOPEIA: estudo da linguagem da
Poesia que proporciona um novo
conhecimento; background.
FANOPEIA: estudo da plasticidade da
Poesia; a i
P i imagem produzida na l it
d id leitura.
MELOPEIA: estudo da sonoridade,ritmo
e musicalidade da Poesia.
11. TREM DE FERRO Vi o mar fazer balanço...
Da laranja eu quero um gomo
Café com pão do li ã
d limão quero um pedaço
d
Café com pão da menina mais bonita
Café com pão chega de laço de fita
quero um beijo e um abraço
Virge Maria
(Xangai)
que foi isso maquinista?
ROMANCE XXI OU DAS IDÉIAS
Agora sim
(Cecília Meireles)
Café com pão
p
Agora sim Banquetes. Gamão. Notícias.
Voa, fumaça Livros. Gazetas. Querelas.
Corre,
Corre cerca Alvarás. Decretos. Cartas.
Alvarás Decretos Cartas
Ai seu foguista A Europa a ferver em guerras.
Bota fogo Portugal todo de luto:
Na fornalha triste Rainha o governa!
Que eu preciso Ouro! Ouro! Pedem mais ouro!
Muita força E sugestões indiscretas:
d sc etas
Muita força Tão longe o trono se encontra!
Muita força (Manuel Bandeira) Quem no Brasil o tivera!
12. 1. METRIFICAÇÃO = medida ou extensão da linha
poética de um verso. A divisão poética não coincide
com a divisão morfológica. Obs.: verso com mais de
doze sílabas poéticas são chamados de Bárbaros.
p
Verso livre = verso sem métrica uniforme e constante.
◊ ESCANSÃO – é a contagem dos sons dos versos.
versos
PRINCIPAIS RECURSOS:
• Contamos até a tônica da última palavra do verso.
• Eli ã absorve-se a vogal seguida d vogal.
Elisão: b l id de l
• Hiato: é o contrário da elisão.
• Ectilipse: supressão do fonema nasal: co’o / ua.
Ex.: “Eu quero marchar com os ventos.
Eu
com os mundos... co’os firmamentos!” (C.Alves)
13. De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez se a espuma
fez-se
E das mãos espalmadas fez-se o espanto.
De / re / pen / te / do / ri / so / fez / se o / pran / to
Si / len / ci / o / so e / bran / co / co / mo a / bru / ma
E / das / bo / cas / u / ni / das / fez / se a es / pu / ma
E / das / mãos / es / pal / ma / das / fez / se o es / pan / to
14. FIGURAS DE MORFOLOGIA
• Prótese – aumento de fonema no princípio da
palavra. Ex.: Abasta
palavra Ex : “Abasta a gente saber”
saber
• Paragoge – aumento no final Ex : “fugace”
final. Ex.: fugace
• Aférese – diminuição no princípio do vocábulo
vocábulo.
“Stamos” / “inda”
• Síncope – diminuição no interior da palavra.
“sec’lo” / “esp’rança” / “cum’lo” / “p’ra”
sec lo esp rança cum lo p ra
• Apócope – diminuição no final da palavra.
“lampas” / “mármor” /”mui”
15. 2. ESTROFE = grupos de versos em que os poetas dividem seus
textos. O número de versos agrupados em cada estrofe pode
variar. São chamados de: 2 versos = dístico; 3 versos = terceto; 4
versos = quarteto; Quanto à estrutura a estrofe pode ser:
1. ISOSTRÓFICA = igualdade na estrutura dos versos de um poema.
TEXTO I TEXTO II
Um soneto começo em vosso gabo; Amor é fogo que arde sem se ver;
Contemos esta regra por primeira, É ferida que dói e não se sente;
Já lá vão d
ã duas, e esta é a t
t terceira,
i É um contentamento descontente;
Já este quartetinho está no cabo. É dor que desatina sem doer;
2 ALOSTRÓFICA = diferença na estrutura dos versos de um poema
2. poema.
TEXTO II
TEXTO I
“Ó Parnaíba! Ó Rio,
Ó Rio
O poeta é um fingidor. Que em grandeza, e em virtude produtora
Finge tão completamente É, senão superior, igual ao menos
Que chega a fingir q é dor
g g que A esse tão famoso, que no Egito
famoso
A dor que deveras sente. Os meus amenos campos fertiliza!...”
16. PERDAS E DANOS O VAQUEIRO
um cachorro amigo
Eu venho dêrne menino,
uma casa grande
Dêrne munto pequenino,
um bom dinheiro
Cumprindo o belo destino
uma mulher bonita
Que me deu Nosso Senhô.
e uma pinga
Eu nasci pra sê vaquêro,
um cachorro amigo Sou o mais feliz brasilêro,
uma casa grande Eu não invejo dinhêro,
um bom dinheiro Nem diproma de dotô
dotô.
e uma pinga
Sei que o dotô tem riquêza,
um cachorro amigo É tratado com fineza,
d f
uma casa grande Faz figura de grandeza,
e uma pinga Tem carta e tem anelão
anelão,
Tem casa branca jeitosa
um cachorro amigo
E ôtas coisa preciosa;
e uma pinga
Mas não goza o quanto goza
uma pinga. Um vaquêro do sertão.
17. EM RELAÇÃO À METRIFICAÇÃO, A ESTROFE PODE SER:
ISOMÉTRICA OU HETEROMÉTRICA.
1. ISOMÉTRICA = igualdade na medida dos versos de um poema.
Na
N remansosa paz d rústica f
da ú ti fazenda, d
à luz quente do sol e à fria luz do luar;
vive,
vive como a expiar uma culpa tremenda
tremenda,
o engenho de madeira a gemer e a chorar.
2. HETEROMÉTRICA = diferença na medida dos versos de um poema.
É
Eu nasci além dos mares (7)
Os meus lares (3)
Meus amores ficam lá (7)
-Onde cata nos retiros (7)
Seus suspiros, (3)
Suspiros o sabiá (7)
(Casimiro de Abreu)
18. 3. RIMA = identidade de sons no fim (rima final) ou no meio
dos versos (rima interna). Combinam-se da seguinte maneira:
( ) g
1. QUANTO À DISPOSIÇÃO:
•Emparelhadas = duas a duas: AABB
•Alternadas ou Cruzadas = ABAB
•Opostas ou Interpoladas = ABBA
•Misturadas = ordem aleatória. Ex: ABAC ABBC ABCA...
aleatória ABAC, ABBC, ABCA
Alma minha gentil, que te partiste A
tão d desta id descontente, B
tã cedo d t vida d t t
repousa lá no Céu eternamente B
e viva eu cá na terra sempre triste. A
Na remansosa paz da rústica fazenda, A
à luz quente do sol e à fria luz do luar;
q ; B
vive, como a expiar uma culpa tremenda, A
o engenho de madeira a gemer e a chorar. B
19. 2. QUANTO À QUALIDADE OU VALOR GRAMATICAL:
• Ricas = palavras de classes gramaticais diferentes.
• Pobres = palavras de classes gramaticais iguais
iguais.
• Raras ou Preciosas= combinação de sons incomuns.
Estranho mimo, aquele vaso! Vi-o
Casualmente,
Casualmente uma vez de um perfumado
vez, RARAS
Contador sobre o mármor luzidio, POBRES
Entre um leque e o começo de um bordado.
Já da morte o palor me cobre o rosto
rosto,
Nos lábios meus o alento desfalece,
Surda agonia o coração fenece, POBRES
Eddevora meu ser mortal d
t l desgosto!
t !
RICAS
20. 3. QUANTO À INTENSIDADE:
• Agudas (palavra oxítona ou monossílabo tônico)
• Graves (palavras paroxítonas)
• Esdrúxulas ou Datílicas (palavras proparoxítonas)
4. QUANTO AO GÊNERO:
• Femininas (palavras paroxítonas)
• Masculinas (palavra oxítona ou monossílabo tônico)
EXEMPLO:
Invejo o ourives quando escrevo:
Imito o amor
Com que ele, em ouro, o alto relevo
C l lt l
Faz de uma flor.
21. ANÁLISE DE TEXTOS
TEXTO I TEXTO II
AMOR PERFEITO SONETO Nº 4
Nunca me canso d di
N de dizer que t amo!
te !
Por que calar o que me vai no peito Amor é fogo que arde sem se ver;
se a vida me é mais vida deste jeito? É ferida que dói e não se sente;
se neste sentimento é que me inflamo? É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer;
Quem ama como eu amo tem direito
de proclamá lo assim como proclamo
proclamá-lo proclamo, É um não querer mais que bem querer;
u ão que e a s be que e ;
porque é escravo e ao mesmo tempo é amo É solitário andar por entre a gente;
nos labirintos de um amor perfeito. É nunca contentar-se de contente;
É cuidar que se ganha em se perder;
q g p
- Com que medida meço o teu valor,
paixão! E o tempo que te quero assim! É querer estar preso por vontade;
Ai, o que andamos entre espinho e flor. É servir a quem vence, o vencedor;
É ter com quem nos mata lealdade.
Nas chamas deste fogo que arde em mim,
amor, eu me convenço: nosso amor,
, ç , Mas como causar pode seu favor
como o tempo e o espaço não tem fim! Nos corações humanos amizade,
Se tão contrário a si é o mesmo Amor?
(Hardi Filho - Suicídio do Tempo)
22. TEXTO IV
AMARANTE (in: Minha terra)
A minha terra é um céu, se há um céu sobre a terra:
É um céu sob outro céu tão límpido e tão brando,
p ,
Que eterno sonho azul parece estar sonhando
Sobre o vale natal, que o seio à luz descerra...
Que encanto natural o seu aspecto encerra!
Junto à paisagem verde, a igreja branca, o bando
Das casas, que se vão, pouco a pouco, apagando
Com o nevoento perfil nostálgico da serra...
Com o seu povo feliz, que ri das próprias mágoas,
Entre os três rios, lembra uma ilha, alegre e linda,
A cidade sorrindo aos ó l d á
id d i d ósculos das águas.
Terra para se amar com o grande amor que eu tenho!
Terra onde tive o berço e de onde espero ainda
Sete palmos de gleba e os dois braços de um lenho!
23. TEXTO V
MAR PORTUGUÊS
O
O’ Mar salgado quanto do teu sal
salgado,
São lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos quantas mães choraram
cruzarmos, choraram,
Quantos filhos em vão rezaram!
Quantos noivas ficaram por casar
Para que fosses nosso, ó mar!
Valeu a pena? Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena.
Quem quer passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
D i bi d
Mas nele é que espelhou o céu.
24. Não faça versos sobre acontecimentos.
Não há criação nem morte perante a poesia.
Diante dela, a vida é um sol estático
dela estático,
não aquece nem ilumina.
As afinidades, os aniversários, os incidentes pessoais não contam.
Não faças poesia com o corpo, esse excelente, completo e confortável
corpo, tão infenso à efusão lírica.
Tua gota de bile, tua careta de gozo ou de dor no escuro são indiferentes.
Nem me releves teus sentimentos,
que se prevalecem do equívoco e tentam a longa viagem.
O que pensas e sentes, isso ainda não é poesia.
q p , p
(...)
Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
Ei-los sós e mudos, em estado de dicionário.
Convive com teus poemas, antes de escrevê-los.
ê
Tem paciência, se obscuros. Calma, se te provocam.
Espera que cada um se realize e consume
com seu poder de palavra
d d l
e seu poder de silêncio.
25. é o modo como se veicula a mensagem literária.
Italiano = 2q + 2t
- Soneto
Inglês = única estrofe
1. LÍRICO
forma fixa de 14 versos.
- Idílio = Amor + Natureza
- sentimentos / emoções; - Ode = homenagem / texto longo
- poesia em geral;
- há ritmo e melodia; - Hino = homenagem aos ideais
- se preocupa com o cívicos, religiosos ou profanos.
í i li i f
mundo interior de quem - Epitalâmio = homenagem às núpcias
escreve o poema o eu
poema,
lírico. - Sátira = criticar / debochar / ironizar
26. SONETO DO TIPO ITALIANO
SAUDADE
Saudade! Olhar de minha mãe rezando,
E o pranto lento deslizando em fio...
Saudade! Amor da minha terra... O rio
Cantigas de águas claras soluçando.
soluçando
Noites de junho... O caburé com frio,
Ao luar, sobre o arvoredo, piando, piando...
luar arvoredo piando piando
E, ao vento, as folhas lívidas cantando
A saudade imortal de um sol de estio.
Saudade! Asa de dor do pensamento!
Gemidos vãos de canaviais ao vento...
As mortalhas de névoa sobre a serra...
Saudade! O Parnaíba – velho monge
As barbas brancas alongando... E, ao longe,
O mugido dos bois da minha terra...
27. PREFÁCIO SONETO DO TIPO INGLÊS
Quem fez esta manhã, quem penetrou
À noite os labirintos do tesouro,
Quem fez esta manhã predestinou
Q f hã d i
Seus temas a paráfrases do touro,
A t d õ do cisne: fê-la para
traduções d i fê l
Abandonar-se a mitos essenciais,
Desflorada por ímpetos de rara
D fl d í t d
Metamorfose alada, onde jamais
Se exaure o deus que muda, que transvive.
e a re de s q e m da q e trans i e
Quem fez esta manhã fê-la por ser
Um raio a fecundá-la, não por lívida
fecundá la
Ausência sem pecado e fê-la ter
Em si princípio e fim: ter entre aurora
E meio-dia um homem e sua hora.
28. • Elegia = lamento / pranto / tristeza / sentimento doloroso
e fúnebre / morte. Há 3 tipos: epicédio (choro), endecha
(melancolia) e epitáfio (túmulo).
Eu deixo a vida como deixo o tédio
Do deserto, o poento caminheiro
, p
- Como as horas de um longo pesadelo
Que se desfaz ao dobre de um sineiro;
EPITÁFIO
Á O
Descansem o meu leito solitário
Na floresta dos homens esquecida,
esquecida
À sombra de uma cruz, e escrevam nela:
— Foi poeta, sonhou e amou na vida.
p ,
www.literapiaui.com.br
29. Uma folha morta.
Um galho no céu, grisalho.
Fecho a minha porta.
• Haicai = forma fixa de 3 versos /
(Guilherme de Almeida)
(G ilh d Al id ) natureza e vida conjugados.
conjugados
Estrutura métrica: 5-7-5
Quis
Q i gravar “A“Amor””
No tronco de um velho freixo:
“Marília” escrevi.
“ íli ” i
(Manuel Bandeira)
Nem grilo, grito, ou galope;
grilo grito
Procurando pouso
No silêncio imenso na rua movimentada
Só uma rã mergulha – plóóp!
g p p borboleta aflita.
(Millôr Fernandes) (Edson Kenji Iura)
30. NARRATIVO OU ÉPICO
- Técnica da narração / Objetividade
Discurso direto: reprodução de maneira direta da fala das
p
personagens.
g
Discurso indireto: registro da fala da personagem por
parte do narrador
narrador.
Discurso indireto livre: resultante da mistura dos
discursos direto e indireto; o narrador pode, não apenas
reproduzir indiretamente falas das personagens, mas
também o que elas não falam o que pensam sonham
falam, pensam, sonham,
desejam, etc.
31. Abriu a lata de costura, remexeu nuns trapos, armou-
se de agulha e linha Ceci teria um vestido novo há
linha. novo,
quanto tempo? e arrumaria uma cabeleira bem preta
para ela.
Minha bonequinha. Minha bonequinha. (...)
Ceci a acompanhara durante aqueles anos olhando o
p q
rio. Durante aquelas tardes - a sineta dos navios, o grito
dos barqueiros, as pessoas quebrando os grãos de arroz
q , p q g
nas pedras sujas, a mão fria de Mundoca, vamo indo,
mãe, vamo pra casa, vambora. Quando fugia nas águas
tinha sempre Ceci no colo - um complemento da dúvida,
a melhor testemunha de sua vida no cais. Por vezes
poucas a boneca ficara esquecida, relegada, mas cada
volta aos panos furta-cores, para um novo vestido,
significava uma desilusão ou uma incerteza. (Beira Rio Beira
f ã
Vida).
32. ESTRUTURA DO TEXTO NARRATIVO
Ficção = vem do latim fictionem (fingere, fictum), ato de
modelar, criação,
modelar criação formação; ato ou efeito de fingir inventar
fingir, inventar,
simular; suposição; coisa imaginária, criação da imaginação.
Foco narrativo: presença de um elemento que relata a
história como participante (1º pessoa) ou como observador
(1
(3º pessoa). E, também há o narrador onisciente e intruso.
Enredo: é a sequência de fatos, podendo seguir a ordem
Cronológica (sucessão temporal dos fatos) ou a ordem
fatos),
psicológica (sucessão dos fatos, seguindo as lembranças ou
evocações das personagens, apresentando, muitas vezes
ç p g , p ,
flashbacks ou voltas ao passado).
33. Personagem: seres criados pelo autor com
características físicas e psicológicas determinadas.
- Personagem plano: caracterizado com um número
pequeno de atributos, que são identificados facilmente pelo
leitor; são dois tipos: tipo e caricatural. Ex.: Fabiano (Vidas
Secas) C
S ); Cremilda(B i Ri B i Vid )
ild (Beira Rio Beira Vida).
- Personagem redondo: são mais complexos que os
planos, isto é, apresentam uma variedade maior de
características que podem ser: físicas psicológicas
físicas, psicológicas,
sociais, ideológicas e morais. Ex.: Capitu (Dom Casmurro).;
Aurélia Camargo (Senhora).
Espaço: o momento e o local em que os fatores são narrados
e onde se desenrolam.
d d l
34. Tempo: é divido em cronológico e psicológico.
-- Cronológico = os fatos transcorrem em ordem natural, isto é, do
começo para o fi l / enredo li
final d linear / marcado por h
d horas, di
dias,
meses, anos, séculos.
- P i ló i = t
Psicológico transcorre numa ordem d t
d determinada pelo d
i d l desejo ou
j
pela imaginação do narrador ou dos personagens, isto é, altera a
ordem natural dos acontecimentos / enredo não-linear / utiliza-se o
não linear utiliza se
flashback.
Conflito: situação de tensão entre os elementos da
narrativa.
Clímax: a situação criada pelo narrador vai
progressivamente aumentando sua dramaticidade até que
chega ao clímax, ao ponto máximo.
h lí t á i
Desfecho: momento que recebe o clímax, no qual se
finaliza a história e cada personagem se encaminha para
seu "destino".
35. Epopeia Clássica = versos. Ex.: ”Os Lusíadas”
Moderna = prosa Ex : ”O Guarani”
prosa. Ex.: O Guarani
longa na ati a
narrativa de ca áte he óico mo alista
caráter heróico, moralista,
grandioso e histórico; constituída de 5 partes:
proposição / invocação / dedicatória / narração / epílogo.
"O homem é assombrado pela vastidão da eternidade,
então perguntamos a nós mesmos: irão nossos atos
ecoar através dos séculos, estranhos ouvirão nossos
nomes muito d
it depois d t
i de termos partido e i
tid imaginarão
i ã
quem fomos, o quanto lutamos bravamente o quanto
amamos intensamente?...” (Ilíada – Homero)
36. Romance = narrativa densa / complexa / observação
e análise / verossímil ou inverossímil
inverossímil.
Novela = predomínio da ação e fatos / verossímil /
o ea p edo o atos e oss
descritiva / linear.
Conto = breve / ação ú
ã única / concentração textual.
ã
Fábula
Fáb l = tom didá i e moralizante / animais como
didático li i i
personagens / caráter inverossímil e alegórico.
Apólogo = lição de moral através de seres inanimados
como personagens
personagens.
Crônica = predomina a denotação / tom coloquial e
breve; recriação do cotidiano por meio da fantasia.
37. - textos para encenação;
- diálogos;
3. DRAMÁTICO
-ddirige-
dirige-se ao público;
úbl
(do grego drân: agir)
- não há narrador.
38. - Tragédia = representação de um sofrimento / clima
punitivo / purificação / transgressão da ordem social ou
familiar; Ex.: “Romeu e Julieta”; “Édipo - Rei”.
É
- Comédia = aborda fatos do cotidiano / temas alegres alegres,
leves / ironia / riso / crítica de costumes. Ex.: “Comédias da
vida privada” (Luís F. Veríssimo); “O Juiz de Paz na roça”
privada O roça
(Martins Pena).
-T
Tragicomédia = mistura d real com o imaginário.
i édi do l á
Ex.: “Beijo no asfalto”; “Vestido de Noiva” – Nelson Rodrigues.
- Farsa = crítica a sociedade e seus costumes / tom
caricatural; Ex.: “A Farsa de Inês Pereira”.
A Pereira .
- Auto = crítica moralizante / religiosidade.
Ex.: “Auto da Barca d i f
E “A t d B do inferno” – Gil Vi
” Vicente
t
Ex.: “Auto da Compadecida” – Ariano Suassuna