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Pela convivência, resiliência e resistência:
Construindo juntos estratégias na Ciência, Tecnologia e Inovação
que se alimentam mutuamente
RELATÓRIO
POPULARIZADO 2014
RELATÓRIO
POPULARIZADO 2014
Autores
Aldrin MarƟn Perez-Marin
Ana Paula Silva dos Santos
Alexandre Gomes da Silva
Luis Felipe Ulloa Forero
INSA
Campina Grande - PB
2015
Pela convivência, resiliência e resistência:
Construindo juntos estratégias na Ciência, Tecnologia e Inovação
que se alimentam mutuamente
Governo do Brasil
Presidenta da República
Dilma Vana Rousseff
Vice-Presidente da República
Michel Miguel Elias Temer Lulia
Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI)
Ministro de Estado
José Aldo Rebelo Figueiredo
Secretário Executivo
Alvaro Toubes Prata
Instituto Nacional do Semiárido (INSA)
Diretor
Ignacio Hernán Salcedo
Diretor Substituto
Salomão de Sousa Medeiros
Coordenador de Pesquisa
Aldrin Martin Perez Marin
Coordenador de Adminstração
Inesca Cristina Malaquias Pereira
É permitida a reprodução de dados e informações contidas nesta publicação desde que citada a fonte.
4 RELATÓRIO POPULARIZADO | 2014
5Pela convivência, resiliência e resistência: Construindo juntos estratégias na Ciência, Tecnologia e Inovação que se alimentam mutuamente
Moço, a coisa tá feia
Se a gente não fizer o certo
Padim Ciço também já dizia
O sertão vai virar um deserto
I
Não corte um só pé de pau
Não toque fogo no mato
Deixe os bichinhos viverem
Maneje os bois e os bodes
Dê um descanso, seu moço
Prá terra e pro pasto
II
Não plante em serra acima
Nem plante em ladeira abaixo
Deixe que o mato proteja
O ventre da fecundidade
Prá água não levar de arrasto
A sua fertilidade
III
Aproveite a água da chuva
Tenha a cisterna na casa
Represe rios e riachos
Plante sempre uma árvore
Caju, sabiá, umbuzeiro
Mulungu, ingá, juazeiro
IV
Assim se deve fazer
E o sertão irá sempre viver
Mas, se tudo for desmatado
Nada será tão errado
Num futuro garantido e certo
O sertão vai virar um deserto
Roberto Malvezzi “Gogó” (2015)
Mandamentos ecológicos do Pe. Cícero
6 RELATÓRIO POPULARIZADO | 2014
Diretor (centro)
Dr. Ignácio Hernán Salcedo, nascido em Buenos Aires, naturalizado
brasileiro, reside no país há 35 anos, tem desenvolvido sua carreira
científica como professor, pesquisador e assessor em diversas
instituições de ensino, pesquisa e extensão. O “Prof. Salcedo”,
como é conhecido, tem uma imensa lista de trabalhos realizados no
Semiárido brasileiro, e muitos alunos, orientandos e ex-orientados
espalhados pela América Latina, que continuam desenvolvendo
trabalhos para o avanço das ciências dos solos em suas áreas de
atuação.
Diretor substituto (esquerda)
Dr. Salomão de Sousa Medeiros, paraibano, nascido em Sousa, que
traz sua experiência em ensino, pesquisa e extensão, tendo atuado
na Universidade Federal de Campina Grande – UFCG. Foi técnico
em Desenvolvimento Regional na Companhia de Desenvolvimento
dos Vales do São Francisco e do Parnaíba – CODEVASF, vinculado a
Unidade de Apoio Hidroagrícola da 2ª Superintendência Regional,
na qual também exerceu a função de coordenador.
Coordenador de Pesquisa (direita)
Dr. Aldrin Martin Perez-Marin, nascido na Nicarágua, naturalizado
brasileiro com família originária da região dos cariris paraibanos.
Este acumula experiências em projetos de desenvolvimento rural
e agroecologia com agricultores familiares experimentadores e
estudantes de escolas rurais e como pesquisador do Instituto
Agronômico de Pernambuco (IPA) na área de manejo e conservação
do solo e água.
7Pela convivência, resiliência e resistência: Construindo juntos estratégias na Ciência, Tecnologia e Inovação que se alimentam mutuamente
2014: CO-CONSTRUINDO CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO
PARA E COM O SEMIÁRIDO BRASILEIRO
BIODIVERSIDADE E USO SUSTENTÁVEL
GESTÃO DE RECURSOS HIDRICOS
SISTEMAS DE PRODUÇÃO
DESERTIFICAÇÃO
DESENVOLVIMENTO E TECNOLOGIAS SOCIAIS
INOVAÇÕES METODOLÓGICAS PARA CONVERGÊNCIA DO SABER
POPULAR E ACADÊMICO
GESTÃO DA INFORMAÇÃO E DO CONHECIMENTO DO SEMIÁRIDO
BRASILEIRO
AÇÕES TRANSVERSAIS
INFRAESTRUTURA PARA CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO
SÍNTESE DAS AÇÕES DE DESTAQUE NO ANO 2014
LISTA DE SIGLAS
SUMÁRIO
18
22
30
40
43
50
52
55
57
60
62
62
RELATÓRIO POPULARIZADO - LINHA DO TEMPO
2013 2014
Insa publica o 1º relatório com as ações realizadas em 2012
Publicação do 2º relatório com as ações de 2013
Publicação do 3º relatório com as ações de 2014
2015
8 RELATÓRIO POPULARIZADO | 2014
9Pela convivência, resiliência e resistência: Construindo juntos estratégias na Ciência, Tecnologia e Inovação que se alimentam mutuamente
APRESENTAÇÃO
Compartilhamos, com você leitor e leitora, as atividades, os resultados e
os compromissos assumidos pelo Insa em 2014, ano que buscamos construir
e reafirmar dialogicamente fundamentos de novos caminhos da Ciência,
Tecnologia e Inovação (CTI) para convivência com o Semiárido brasileiro.
Ao pesquisarmos sobre temas como a bioprospecção e biotecnologia, e
ao realizar pesquisa-ação junto a agricultores/as experimentadores/as para o
estudo da resiliência de sistemas produtivos a eventos climáticos extremos,
transitamos pelas fronteiras do saber científico a partir de problemas reais,
contextualizados, buscando mudar a vida das pessoas. E nessa construção,
as pessoas, as famílias, as comunidades e setores organizados, têm sido
protagonistas do processo, convertendo os conhecimentos na sua esperança
da construção de alternativas para a superação da miséria e da pobreza.
Por outro lado, concentramos ações de CTI em seis áreas de intervenção:
Desertificação, Biodiversidade e uso sustentável, Sistemas de produção,
Recursos hídricos, Desenvolvimento e tecnologias sociais, Inovação
metodológica e Gestão da informação e do conhecimento, e na consolidação
da infraestrutura do Instituto.
Dentre as ações desenvolvidas, destacamos algumas delas: o projeto
de pesquisa em rede, denominado Sistemas agrícolas familiares resilientes
a eventos extremos no contexto do semiárido brasileiro, que busca mapear
estratégias econômicas, sociais, tecnológicas e políticas para convivência com
a região, consolidando a parceria com Articulação do Semiárido Brasileiro
(ASA); a consolidação do Núcleo de Bioprospecção e Conservação da Caatinga
(NBioCaat), que integra instituições brasileiras de ciência e tecnologia,
indústrias e a sociedade em geral, para identificar e avaliar recursos genéticos
e bioquímicos do Bioma Caatinga; a consolidação do Projeto de Revitalização
da Palma Forrageira, como estratégia de segurança alimentar dos rebanhos
da região, com a perspectiva de ampliação para outros estados do Semiárido
brasileiro; lançamento da primeira fase do Sistema de Gestão da Informação
e do Conhecimento do Semiárido Brasileiro (SIGSAB), iniciativa que visa tornar
as informações oriundas de diversas instituições envolvidas com a produção
científica ou empírica, acessíveis e sistematizadas para os diferentes atores
protagonistas da vida na região; e na área de infraestrutura, a finalização
e o avanço de obras de laboratórios, bem como a conclusão do sistema de
captação de água de chuva e de reúso de água de esgoto, em toda a sede
do Insa, uma aplicação prática de uma proposta para gestão de água que
também pode ser modelo para instituições públicas, escolas e empresas; e a
instalação do escritório da Organização das Nações Unidas para Alimentação
e Agricultura (FAO) no Nordeste brasileiro, na sede do Insa, por meio da
assinatura de acordo de cooperação.
CO-CONSTRUINDO CIÊNCIA,TECNOLOGIA E
INOVAÇÃO PARA E COM O SEMIÁRIDO BRASILEIRO2014:
10 RELATÓRIO POPULARIZADO | 2014
Não podemos deixar de registrar nosso esforço para desenvolver ações
focadas em crianças e jovens, com a ideia de aproximá-los da ciência e de
cientistas da região, ao mesmo tempo que aprendemos como instituição.
Essa ação é convergente à Visão Institucional do Insa para 2030, em ser
uma Instituição de referência na região, quando os jovens de hoje serão
homens e mulheres em plena atividade produtiva e tomadores de decisão.
Outro ponto relevante, em processo de devolução para sociedade, é o
desenvolvimento de propostas metodológicas e comunicacionais que
têm produzido sinergia no encontro entre setores e entre conhecimentos
diversos.
É com o sentimento de missão cumprida que finalizamos nossas palavras
e desejamos que este relatório sirva de instrumento de participação cidadã;
alimente questões, discussões, propostas e outras inter-relações; seja
utilizado por especialistas de diversas áreas de conhecimento, gestores de
outras instituições e organizações sociais, e autoridades e políticos para
identificar contatos e se articularem de modo a contribuir com as suas
11Pela convivência, resiliência e resistência: Construindo juntos estratégias na Ciência, Tecnologia e Inovação que se alimentam mutuamente
próprias responsabilidades sociais; além de contribuir no campo da
formação, como ferramenta à disposição de professores, estudantes
e profissionais de diversas áreas, que, valendo-se das informações
aqui disponibilizadas, possam planejar linhas de estudos, estabelecer
contatos de aprendizagem e trocas de experiências, a partir de
elementos que apontam problemas e potencialidades da região, e do
rol de pesquisas desenvolvidas, para construção de um Semiárido com
justiça social.
Por fim, agradecemos o apoio indispensável da Subsecretaria das
Unidades de Pesquisa (SCUP/MCTI), das demais instâncias do Ministério
da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), e dos parceiros de instituições
governamentais e não-governamentais que atuam no Semiárido
brasileiro.
	
Ignacio Hernán Salcedo
Diretor
12 RELATÓRIO POPULARIZADO | 2014
BIODIVERSIDADE E
USO SUSTENTÁVEL
Foto:JoãoVitalSouto/MMA
13Pela convivência, resiliência e resistência: Construindo juntos estratégias na Ciência, Tecnologia e Inovação que se alimentam mutuamente
Nesta área, concentramos esforços em seis focos:
1. Consolidação do Núcleo de Bioprospecção e Conservação da Caatinga (NBioCaat). Realizamos
pesquisas sobre recursos genéticos e bioquímicos, articulando instituições de ciência e tecnologia, indústrias
e a sociedade em geral;
2. Implantação do Laboratório de Biomoléculas. Este laboratório viabilizará análises de biomoléculas de
plantas nativas;
3. Projeto Inselbergues. Nos estados da Paraíba, Ceará, Piauí, Bahia e Rio Grande do Norte, coletamos
plantas que foram herborizadas e analisadas citogeneticamente;
4. Projeto Umbu. Nos estados de Pernambuco e Paraíba, realizamos coletas de frutos de umbu e análises
físico-químicas;
5. Implantação do Laboratório de Biologia Molecular. Possibilitará a realização de estudos sobre a
diversidade genética de espécies vegetais e animais nos distintos ambientes do Bioma Caatinga;
6. Projeto Conservação e Uso de cactáceas. Desenvolvido com objetivo de realizar estudos sobre uso e
conservação ex situ de espécies emblemáticas de cactos do Bioma Caatinga.
1. Consolidação do Núcleo de Bioprospecção e Conservação da Caatinga
Desde o ano de 2013, o Insa, vem
consolidando o NBioCaat, com o objetivo de
promover maior integração entre instituições
de ciência e tecnologia, indústrias e a
sociedade em geral. Buscamos identificar e
avaliar recursos genéticos e bioquímicos do
Bioma Caatinga, auxiliando na conservação
das espécies do Semiárido brasileiro.
O Núcleo, composto por vários grupos de
pesquisa vinculados a instituições brasileiras,
realiza coletas e identificação de plantas,
separação de biomoléculas e ensaios de
atividades biológicas, que inclui antibiótica,
antiparasitária, antibiofilme, antiproliferativa,
antioxidante, inseticida, larvicidas, deterrentes contra o mosquito da dengue, controle de enfermidades
infeciosas e toxicológicas, veterinárias, imunomoldura, fotoprotectora, anti-inflamatória e cicatrizante.
A iniciativa resultará em uma concepção alternativa de conservação e uso sustentável da Caatinga, em
contraponto à forte supressão vegetal a qual vem sendo submetido este Bioma. No processo de criação
deste Núcleo foram identificadas e articuladas competências em diversas instituições, conforme o quadro
abaixo.
14 RELATÓRIO POPULARIZADO | 2014
InsƟtuição Ponto Focal Tema
InsƟtuto Nacional do Semiárido Ignácio Hernán Salcedo Coleta, idenƟficação e distribuição de material
vegetal
InsƟtuto Nacional do Semiárido Arnóbio Cavalcante Análise de aƟvidade biológica
InsƟtuto Nacional do Semiárido Wolfgang Harand
Isolamento e caracterização cromatográfica de
metabólitos secundários bioaƟvos
InsƟtuto Nacional do Semiárido Alexandre Gomes da Silva Coleta e idenƟficação de plantas
Universidade Federal de Pernambuco Marcia Vanusa da Silva
Análise de aƟvidade biológica
Coordenadora do Núcleo
Universidade Federal de Pernambuco Janete Magali Araújo Análise de aƟvidade biológica
Universidade Federal de Pernambuco Maria Tereza dos Santos Correia Análise de aƟvidade biológica
Universidade Federal de Pernambuco Patrícia Maria Guedes Paiva Analise de aƟvidade biológica
Universidade Federal de Pernambuco Thiago Henrique Napoleão Análise de aƟvidade biológica
Universidade Federal de Pernambuco
Daniela Maria do Amaral Ferraz
Navarro
Análise de aƟvidade biológica
Universidade Federal Rural do Semi-Árido Michele Dalvina Correia da Silva Análise de aƟvidade biológica
Universidade Federal do Rio Grande do Norte Raquel Brandt Giordani Análise de aƟvidade biológica
Universidade Federal do Rio Grande do Norte Silvana ZucoloƩo Langassner Análise de aƟvidade biológica
Universidade Federal do Rio Grande do Norte Renata Mendonça Araújo
Isolamento e caracterização cromatográfica de
metabólitos secundários bioaƟvos
Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães
Regina Celia Bressan Queiroz de
Figueiredo
Análise de aƟvidade biológica
Universidade Federal do Vale do São
Francisco
Jackson Roberto Guedes da Silva
Almeida
Análise de aƟvidade biológica
Universidade Federal do Vale do São
Francisco
Xirley Pereira Nunes
Isolamento e caracterização cromatográfica de
metabólitos secundários bioaƟvos
Universidade Federal de Campina Grande Antônio Fernando de Melo Vaz Análise de aƟvidade biológica
Universidade Federal de Campina Grande Ana Célia Rodrigues Athayde Análise de aƟvidade biológica
Universidade Federal Rural de Pernambuco Elineide Barbosa Silveira Análise de aƟvidade biológica
Universidade Federal Rural de Pernambuco Rosa Mariano Análise de aƟvidade biológica
Universidade Federal da Paraíba Josean Fechine Tavares
Análise de aƟvidade biológica e Isolamento e
caracterização cromatográfica de metabólitos
secundários bioaƟvos
Universidade Federal da Paraíba Marcelo Sobral da Silva
Análise de aƟvidade biológica e Isolamento e
caracterização cromatográfica de metabólitos
secundários bioaƟvos
Universidade Federal da Paraíba
Marianna Vieira Sobral Castelllo-
Branco
Análise de aƟvidade biológica
Centro NordesƟno de Aplicação e Uso da
Ressonância MagnéƟca Nuclear
Edilberto Rocha Silveira
Isolamento e caracterização cromatográfica de
metabólitos secundários bioaƟvos
Embrapa Semiárido Ana Valéria Vieira de Souza Análise de aƟvidade biológica
Universidade Federal do Rio Grande do Sul Alexandre José Macedo Análise de aƟvidade biológica
Universidade Federal do Rio Grande do Sul Tiana Tasca Análise de aƟvidade biológica
InsƟtuição Ponto Focal
InsƟtuto Nacional do Semiárido Ignácio Hernán Salcedo Coleta, idenƟfi
vegetal
InsƟtuto Nacional do Semiárido Arnóbio Cavalcante Análise de aƟv
InsƟtuto Nacional do Semiárido Wolfgang Harand
Isolamento e c
metabólitos se
InsƟtuto Nacional do Semiárido Alexandre Gomes da Silva Coleta e idenƟ
Universidade Federal de Pernambuco Marcia Vanusa da Silva
Análise de aƟv
Coordenadora
Universidade Federal de Pernambuco Janete Magali Araújo Análise de aƟv
Universidade Federal de Pernambuco Maria Tereza dos Santos Correia Análise de aƟv
Universidade Federal de Pernambuco Patrícia Maria Guedes Paiva Analise de aƟv
Universidade Federal de Pernambuco Thiago Henrique Napoleão Análise de aƟv
Universidade Federal de Pernambuco
Daniela Maria do Amaral Ferraz
Navarro
Análise de aƟv
Universidade Federal Rural do Semi-Árido Michele Dalvina Correia da Silva Análise de aƟv
Universidade Federal do Rio Grande do Norte Raquel Brandt Giordani Análise de aƟv
Universidade Federal do Rio Grande do Norte Silvana ZucoloƩo Langassner Análise de aƟv
Universidade Federal do Rio Grande do Norte Renata Mendonça Araújo
Isolamento e c
metabólitos se
Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães
Regina Celia Bressan Queiroz de
Figueiredo
Análise de aƟv
Universidade Federal do Vale do São
Francisco
Jackson Roberto Guedes da Silva
Almeida
Análise de aƟv
Universidade Federal do Vale do São
Francisco
Xirley Pereira Nunes
Isolamento e c
metabólitos se
Universidade Federal de Campina Grande Antônio Fernando de Melo Vaz Análise de aƟv
Universidade Federal de Campina Grande Ana Célia Rodrigues Athayde Análise de aƟv
Universidade Federal Rural de Pernambuco Elineide Barbosa Silveira Análise de aƟv
Universidade Federal Rural de Pernambuco Rosa Mariano Análise de aƟv
Universidade Federal da Paraíba Josean Fechine Tavares
Análise de aƟv
caracterização
secundários b
Universidade Federal da Paraíba Marcelo Sobral da Silva
Análise de aƟv
caracterização
secundários b
Universidade Federal da Paraíba
Marianna Vieira Sobral Castelllo-
Branco
Análise de aƟv
Centro NordesƟno de Aplicação e Uso da
Ressonância MagnéƟca Nuclear
Edilberto Rocha Silveira
Isolamento e c
metabólitos se
Embrapa Semiárido Ana Valéria Vieira de Souza Análise de aƟv
Universidade Federal do Rio Grande do Sul Alexandre José Macedo Análise de aƟv
Universidade Federal do Rio Grande do Sul Tiana Tasca Análise de aƟv
InsƟtuição Ponto Focal Tema
Nacional do Semiárido Ignácio Hernán Salcedo Coleta, idenƟficação e distribuição de material
vegetal
Nacional do Semiárido Arnóbio Cavalcante Análise de aƟvidade biológica
Nacional do Semiárido Wolfgang Harand
Isolamento e caracterização cromatográfica de
metabólitos secundários bioaƟvos
Nacional do Semiárido Alexandre Gomes da Silva Coleta e idenƟficação de plantas
dade Federal de Pernambuco Marcia Vanusa da Silva
Análise de aƟvidade biológica
Coordenadora do Núcleo
dade Federal de Pernambuco Janete Magali Araújo Análise de aƟvidade biológica
dade Federal de Pernambuco Maria Tereza dos Santos Correia Análise de aƟvidade biológica
dade Federal de Pernambuco Patrícia Maria Guedes Paiva Analise de aƟvidade biológica
dade Federal de Pernambuco Thiago Henrique Napoleão Análise de aƟvidade biológica
dade Federal de Pernambuco
Daniela Maria do Amaral Ferraz
Navarro
Análise de aƟvidade biológica
dade Federal Rural do Semi-Árido Michele Dalvina Correia da Silva Análise de aƟvidade biológica
dade Federal do Rio Grande do Norte Raquel Brandt Giordani Análise de aƟvidade biológica
dade Federal do Rio Grande do Norte Silvana ZucoloƩo Langassner Análise de aƟvidade biológica
dade Federal do Rio Grande do Norte Renata Mendonça Araújo
Isolamento e caracterização cromatográfica de
metabólitos secundários bioaƟvos
e Pesquisas Aggeu Magalhães
Regina Celia Bressan Queiroz de
Figueiredo
Análise de aƟvidade biológica
dade Federal do Vale do São
o
Jackson Roberto Guedes da Silva
Almeida
Análise de aƟvidade biológica
dade Federal do Vale do São
o
Xirley Pereira Nunes
Isolamento e caracterização cromatográfica de
metabólitos secundários bioaƟvos
dade Federal de Campina Grande Antônio Fernando de Melo Vaz Análise de aƟvidade biológica
dade Federal de Campina Grande Ana Célia Rodrigues Athayde Análise de aƟvidade biológica
dade Federal Rural de Pernambuco Elineide Barbosa Silveira Análise de aƟvidade biológica
dade Federal Rural de Pernambuco Rosa Mariano Análise de aƟvidade biológica
dade Federal da Paraíba Josean Fechine Tavares
Análise de aƟvidade biológica e Isolamento e
caracterização cromatográfica de metabólitos
secundários bioaƟvos
dade Federal da Paraíba Marcelo Sobral da Silva
Análise de aƟvidade biológica e Isolamento e
caracterização cromatográfica de metabólitos
secundários bioaƟvos
dade Federal da Paraíba
Marianna Vieira Sobral Castelllo-
Branco
Análise de aƟvidade biológica
ordesƟno de Aplicação e Uso da
ncia MagnéƟca Nuclear
Edilberto Rocha Silveira
Isolamento e caracterização cromatográfica de
metabólitos secundários bioaƟvos
Semiárido Ana Valéria Vieira de Souza Análise de aƟvidade biológica
dade Federal do Rio Grande do Sul Alexandre José Macedo Análise de aƟvidade biológica
dade Federal do Rio Grande do Sul Tiana Tasca Análise de aƟvidade biológica
15Pela convivência, resiliência e resistência: Construindo juntos estratégias na Ciência, Tecnologia e Inovação que se alimentam mutuamente
Valorizando a Caatinga em pé
O NBioCaat foi responsável pela coleta de mais de 80 espécies de plantas do Bioma Caatinga e obteve mais de
150 extratos vegetais, com o objetivo de rastrear diferentes atividades biológicas, dentre as quais podemos destacar:
A atividade inseticida dos óleos essenciais de cutia (Eugenia brejoensis) contra o mosquito da dengue. Este estudo
demonstrou pela primeira vez que os óleos essencias de Eugenia brejoensis apresentam propriedade larvicidas.
Como fruto dos debates realizados no primeiro
Workshop intitulado “Potencial biotecnológico
da Caatinga”, publicamos o livro “A Caatinga e
seu potencial”. A obra apresenta sete capítulos
que destacam os potenciais biotecnológicos do
Bioma Caatinga. Os capítulos foram escritos por
pesquisadores participantes do Núcleo.
Na Caatinga existem
71 espécies de plantas com
propriedades medicinais
incluídas na lista nacional de
plantas de interesse para o
Sistema Brasileiro de Saúde
Pública (Relação Nacional
de Plantas Medicinais de
Interesse ao Sistema Único
de Saúde - RENISUS).
Cutia (Eugenia brejoensis).
Índice de Retenção
Quan dade (como % do
total do óleo)
Número Composto Iden ficado
a
Determinado
b
Literatura
c
1 α-Cubebeno 1351 1348 0.25
2 α-Copaeno 1377 1374 0.79
3 β-Elemeno 1393 1389 1.22
4 α-Gurjuneno 1411 1409 2.83
5 β-(E)-Cariofileno 1421 1417 14.4
6 β-Copaeno 1431 1430 0.36
8 β-Gurjuneno 1434 1431 0.05
10 Aromadendreno 1441 1439 1.2
11 trans-Muurola-3,5-dieno 1452 1451 0.11
12 α-Humuleno 1455 1452 1.5
14 Cariofileno <9-epi-(E)-> 1463 1464 2.33
15 trans-Cadina-1(6),4-dieno 1475 1475 0.1
16 γ-Muuroleno 1478 1478 1.14
17 β-Selineno 1490 1489 0.34
18 trans-Muurola-4(14),5-dieno 1494 1493 0.02
19 Biciclogermacreno 1502 1500 7.93
20 γ-Cadineno 1516 1513 5.94
21 δ-Cadineno 1526 1522 22.6
22 trans-Cadina-1,4-dieno 1534 1533 0.63
23 α-Cadineno 1540 1537 1.06
24 α-Calacoreno 1545 1544 0.19
26 Palustrol 1570 1567 0.13
27 Espatulenol 1580 1577 3.28
28 Viridiflorol 1594 1592 0.08
29 Guaiol 1600 1600 1.61
31 Cubenol <1,10-di-epi-> 1618 1618 0.31
33 Cubenol <1-epi-> 1631 1627 0.92
34 α-Muurolol 1644 1644 9.34
35 α-Cadinol 1657 1652 8.49
36 Bulnesol 1670 1670 0.08
41 Shiobunol 1693 1688 0.07
Sesquiterpenos hidrocarbonados 62.66
Sesquiterpenos oxigenados 26.64
Compostos não idenƟficados 9.92
Total 99.22
a
Constituintes listados em ordem de eluição em uma coluna não-polar DB-
5; b Índice de retenção (RI) calculado do tempo de retenção em relação
à série de C9-C30 n-alcanos na coluna 30 m DB-; c Valores obtidos na
literatura; - Não detectado.
Identificação dos constituintes do óleo essencial extraido das
folhas de Eugenia brejoensis
16 RELATÓRIO POPULARIZADO | 2014
Outro resultado importante dos estudos diz respeito a uma espécie da Caatinga, conhecida
popularmente como Pau-ferro ou jucá (Libidibia ferrea), pertencente à família Fabaceae.
Comprovamos que os frutos desta espécie possuem ação contra diabetes e anemia e tem ação
antioxidante, além de atividade anticancerígena. Já a casca do caule pode ser utilizada para
emagrecimento, como descongestionante em casos de enterocolite, diarreia, possíveis benefícios
no sistema cardiovascular e no tratamento de feridas cutâneas. Extratos orgânicos das folhas tem
ação contra a bactéria Staphyloccocus aureus, importante patógeno humano.
Detalhe do tronco do pau-ferro ou jucá. Detalhe do tronco do pau-ferro ou jucá.
Inflorescência do pau-ferro ou jucá. Ramos com folhas do pau-ferro ou jucá.
17Pela convivência, resiliência e resistência: Construindo juntos estratégias na Ciência, Tecnologia e Inovação que se alimentam mutuamente
	 Realizamos diversas atividades
formativas, incluindo organização de
workshop, cursos e missões científicas
de estudantes a outras instituições.
Dentre as atividades, destacamos o curso
teórico-prático: “Biofilmes microbianos:
conceitos, prejuízos e seu combate”, que
contou com a participação de estudantes
de diversos cursos de pós-graduações e
universidades.
Participantes do curso
Promovemos ainda uma ação
comunitária denominada “Ciência
na Caatinga: Valorizando pessoas,
promovendo conservação”, em
comemoração ao Dia Nacional
do Bioma Caatinga, no entorno
do Parque Nacional do Catimbau,
Pernambuco, com o objetivo
de divulgar os resultados das
pesquisas do NBioCat.
Organizadores e executores da primeira
ação comunitária.
Oficina com estudantes da escola pública da comunidade Vale de Catimbau.
18 RELATÓRIO POPULARIZADO | 2014
2. Implantação do Laboratório
de Biomoléculas
Orientamos grande parte dos nossos esforços para
a estruturação deste laboratório, que é essencial para
as atividades de Ciência, Tecnologia e Inovação do
NBioCaat. Foram adquiridos e instalados os seguintes
equipamentos:
Sistema de cromatografia líquida semipreparativa acoplado à
espectrometria de massa Autopurification System.
Equipamentos para processamento de extratos vegetais.
A: Estação de vácuo PC 3001 pro.
B: Evaporador rotativo RV10 digital V.
Equipamentos para produção de extratos
vegetais.
A: Extrator acelerado solvente ASE 350;
B: Evaporador Rocket.
Cromatógrafo gasoso Clarus 680.
Cromatógrafo líquido 1260 Infinity Quaternary LC
System em operação.
A B
A
19Pela convivência, resiliência e resistência: Construindo juntos estratégias na Ciência, Tecnologia e Inovação que se alimentam mutuamente
3. Projeto Inselbergues
Realizamos coletas de plantas com frutos (fanerógamas) e de plantas sem vasos
vasculares (criptógamas) ocorrentes em inselbergues e afloramentos sedimentares
dos estados da Paraíba, Pernambuco, Ceará, Piauí, Alagoas, Sergipe e Bahia, com uma
média de 150 coletas em cada viagem de campo. Todo o material herborizado encontra-
se depositado no acervo do Herbário Prof. Jayme Coelho de Moraes (EAN) do Centro
de Ciências Agrárias/Universidade Federal da Paraíba (CCA/UFPB), campus localizado
em Areia/PB. Todo o material coletado foi identificado em nível de família, gênero e/ou
espécie e a maioria das plantas tem sido foco de dissertações e teses junto ao Programa
de Pós-Graduação em Agronomia desta unidade acadêmica.
Inselbergue é o termo
que se dá as formações
rochosas que emergem
abruptamente, com declive
acentuado e que apresentam
vegetação específica. Exemplo
Pão de açucar
Marsdenia megalantha coletada em inselbergue de Iguatu, CE.
Plantas herbáceas típicas de inselbergue da Caatinga
Nordestina, coletadas em Esperança (PB) e Acopiara
(CE). Familia Loasaceae: (A, C) Oasa rupestris; (B)
Mentzelia áspera.
Alophia drummondii (Iridaceae) espécie típica de
inselbergues da Paraíba, Bahia (C) e Ceará (A, B). Observe
as diferenças morfológicas entre as flores dos dois
espécimes.
(A, B) Encyclia alboxanthina em afloramento em Morro do Chapéu, BA; (C) Cattleya bahiensis em afloramento
arenítico em Mucugê, BA.
A B
20 RELATÓRIO POPULARIZADO | 2014
4. Projeto Umbu
Realizamos coletas de frutos de umbu em
Catolé de Boa Vista, Casserengue e Sumé, no
estado da Paraíba, e Brejo da Madre de Deus,
em Pernambuco, totalizando 31 acessos.
Características físicas e físico-químicas dos
frutos foram determinadas no laboratório de
tecnologia de alimentos da UFPB.
Diversidade genética do umbuzeiro – tamanhos de sementes
coletadas nas visitas a campo.
Nas experiências de propagação in vitro do umbuzeiro tivemos contaminação por fungos e
bactérias, observada em 40% dos explantes inoculados, após uma semana do início do cultivo e
intensa formação de calos foi iniciada. Novos meios de cultivo utilizando diferentes reguladores
de crescimento estão sendo avaliados no estabelecimento de gêmulas axilares, a fim de reduzir
a formação de calos e iniciar o enraizamento. A despeito das dificuldades da micropropagação,
acreditamos ser possível produzir mudas de umbuzeiro por esta técnica e esperamos, até o fim do
projeto, avançar neste sentido.
Umbuzeiro cultivado in vitro. (A) Início da brotação a partir de segmento nodal aos 20 dias; (B) Brotos bem desenvolvidos
após 40 dias da inoculação.
21Pela convivência, resiliência e resistência: Construindo juntos estratégias na Ciência, Tecnologia e Inovação que se alimentam mutuamente
5. Implantação do Laboratório de Biologia Molecular
A implantação do laboratório de marcadores moleculares foi finalizada em setembro
de 2014. A infraestrutura disponível está à disposição de grupos de pesquisa que atuam no
Semiárido com essa temática.
Infraestrutura e equipamentos do laboratório.
22 RELATÓRIO POPULARIZADO | 2014
6. Projeto Cactáceas: conservação e uso sustentável
Existem cerca de 1.500 espécies de cactos no mundo e o Brasil se destaca com mais de 260 espécies,
sendo o Semiárido brasileiro um centro de riqueza de cactos, com cerca de 100 espécies. No meio dessa
paisagem seca, os cactos se destacam por possuir aparência diferente das outras plantas e estarem
sempre verdes. Mas, os cactos também se destacam por outro motivo; eles simbolizam o sucesso e a
beleza nessas terras secas.
Concluímos a construção do Cactário Guimarães Duque, localizado na sede do Insa, o qual abriga
espécies nativas e exóticas do grupo, além de outras suculentas. A coleção vem funcionando como um
Museu Vivo para maior conhecimento acerca do grupo e suas demais necessidades como forma de
propagação, de cultivo, ecologia, taxonomia, distribuição fitogeográfica, entre outros. Verdadeiramente
é uma vitrine da diversidade de Cactos para visitantes dos mais diversos públicos.
Vista externa do cactário inaugurado em setembro de 2014 com três blocos e canteiros de cactáceas no entorno.
Bancada com espécies exclusivas do Semiárido.
A coleção conta hoje com 363
indivíduos de mais de 100 espécies,
englobando desde cactos nativos a
exóticos, até espécies de suculentas não
pertencentes ao grupo de Cactáceas.
Desse total de indivíduos, 157 pertencem
a espécies nativas e 156 são de espécies
exóticas e demais suculentas. A maior
parte dos cactos exóticos, da nossa
coleção, é de origem mexicana, visto que o
México é o maior centro de diversidade de
cactáceas do mundo. Quanto as espécies
nativas, a maior parte são representantes
do Semiárido brasileiro, destacando-se as
espécies de Arrojadoa spp, Melocactus
spp e Cereus spp.
O enriquecimento, da coleção, é feito
através de coletas e doações. Ao longo de
2014, recebemos doações dos estados da
Bahia (BA), Pernambuco (PE) e Ceará (CE).
Articulações de doações referentes ao
estado de Minas Gerais (MG) estão sendo
realizadas.
23Pela convivência, resiliência e resistência: Construindo juntos estratégias na Ciência, Tecnologia e Inovação que se alimentam mutuamente
Produzimos o livro infantil “Cactos do Semiárido
do Brasil: ler e colorir” como um exercício para
despertar, nas crianças, a vontade de cuidar da
natureza local e, sobretudo, de valorizar essas plantas
magníficas que tão bem emblemam nossa região.
Outros materiais de divulgação e popularização da ciência
foram os “Guias rápidos”, coloridos e de fácil consulta, tratando
da biodiversidade do Semiárido do Brasil, disponíveis em língua
Portuguesa e Inglesa.
24 RELATÓRIO POPULARIZADO | 2014
GESTÃO DE
RECURSOS HÍDRICOS
25Pela convivência, resiliência e resistência: Construindo juntos estratégias na Ciência, Tecnologia e Inovação que se alimentam mutuamente
Focamos nossos esforços no reúso integrado de águas e tecnologias sociais
de captação de água de chuva em áreas urbanas do Semiárido brasileiro. O
reúso de águas residuárias pode contribuir no equacionamento da oferta e
demanda de água na região, em especial no setor agrícola, que é o responsável
por mais de 70% do consumo. A captação de água de chuva se apresenta
como uma alternativa para reduzir a vulnerabilidade hídrica no meio urbano.
1. Estudo prospectivo do potencial de reúso agrícola no Semiárido
Este projeto objetiva realizar um diagnóstico detalhado das condições dos serviços de água e
esgoto e quantificar o potencial de reuso de água para fins agrícolas nos 1.135 municípios do Semiárido
brasileiro.Oestudoestásendoconcluídoeseusresultadosapresentadosemtrêspublicações:aprimeira,
já concluída, “Abastecimento Urbano de Água: panorama para o Semiárido brasileiro”, a segunda, em
fase de finalização, “Esgotamento Sanitário” e a terceira, em construção, “Reúso de Água”.
2. Estudos na Unidade Piloto de Reúso de
Água na sede administrativa do Insa
Objetivando uma solução ambiental mais
adequada para o destino dos efluentes gerados e
vislumbrando avaliar o potencial de reúso agrícola,
em 2011 iniciamos a implantação de uma Unidade
Piloto de Reúso.
Em 2012, foi implantada a primeira área
experimental com 3.600 m² no intuito de avaliar o
potencialdoreúsodeáguaresiduárianarecuperação
deáreasdegradadascomespéciesflorestaisnativas
da Caatinga com potencial madeireiro: Braúna
(Schinopsis brasiliensis), Ipê roxo (Hadroanthus
impetiginosus), Freijó (Cardia trichotoma), Aroeira
branca (Myracrodruon urundeuva) e Catingueira
(Poincianella pyramidalis); submetidas a diferentes
lâminas e frequências de irrigação utilizando-se um
sistema de irrigação por gotejamento.
Desde 2013, estamos monitorando aspectos
ambientais e eficiência econômica.
Desde 2012 a prática
de reúso de água é uma
realidade no Insa, onde vem
sendo aplicadas formas de
manejo e monitoramento
de aspectos relacionados ao
solo, as plantas, a sistemas
de Irrigação e a qualidade
do efluente aplicado.
Unidade de reúso de água residuárias da sede
administrativa do Insa.
26 RELATÓRIO POPULARIZADO | 2014
Reúso de água residuária na
recuperação de áreas degradadas
utilizando espécies florestais da
Caatinga com potencial madeireiro.
187 dias após o transplantio, as
espécies florestais que apresentaram
melhor crescimento foram: Ipê-Roxo,
seguido do Freijó e Aroeira Branca.
As espécies que apresentaram menor
crescimento foram: Catingueira e
Braúna.
Tratamentos Tipo de água Periodicidade Volume aplicado (L/planta)
1 Residuária Diária 2,8
2 Boa Diária 1,4
3 Residuária Diária 1,4
4 Residuária 1 vez na semana 7
5 Residuária 1 vez na semana 14
Sistema agroflorestal: Palma
Forrageira, aroeira e sabiá fertirrigado
com água residuária como estratégia
de produção de forragem e estacas.
349 dias após o plantio, realizamos a
primeiracolheitadaPalmaForrageirae
verificamos que as maiores produções
(100 mil raquetes/ha) de forragem
foram obtidas nas parcelas irrigadas
com 0,5 litros por semana de água
residuária.
Dentre as espécies florestais, a que
mais se destacou foi a sabiá (Mimosa
caesalpiniifolia), alcançando aos 351
dias após o plantio 2,62 m de altura.
As plantas de aroeira atingiram em
média 1,30 m.
Palma Forrageira
Tratamentos Tipo de Água Periodicidade
Volume aplicado
(L/planta)
1 Boa Semanal 0,50
2 Residuária Semanal 1,00
3 Residuária Semanal 0,50
Espécies florestais (Sabiá e Aroeira)
Tratamentos Tipo de Água Periodicidade
Volume aplicado
(L/planta)
1 Boa Semanal 1,50
2 Residuária Semanal 3,00
3 Residuária Semanal 1,50
27Pela convivência, resiliência e resistência: Construindo juntos estratégias na Ciência, Tecnologia e Inovação que se alimentam mutuamente
Com apoio do Insa, a Prefeitura Municipal de
Santana do Seridó (RN) implantou a 1ª Estação de
reúso de água para produção de forragem. Visto
os resultados promissores da irrigação deficitária
da Palma Forrageira com água residuária, associado
aos problemas de lançamento de esgoto a ceu
aberto e/ou nos corpos hídricos, aliada também a
insegurança forragueira que predomina nos 1135
municípios do Semiárido brasileiro, o Insa iniciou
um processo de difusão desta tecnologia junto
a algumas prefeituras dos estados da Paraíba e
Rio Grande do Norte. A partir deste esforço, a
Prefeitura Municipal de Santana do Seridó-RN, com
o apoio técnico do Insa, implantou a 1ª Estação de
Reúso de Água, visando produzir Palma Forrageira
para distribuir entre os pequenos agricultores do
município, garantindo desta forma a segurança
forrageira do rebanho. Tal iniciativa foi reconhecida
e contemplada com o Prêmio Mandacaru.
Estação de reúso em Santana do Seridó (RN).
2. Captação de água de chuva em áreas
urbanas
Estamos desenvolvendo estudos de viabilidade
técnica, econômica e ambiental da captação de
água de chuva no meio urbano, como opção para
reduzir a vulnerabilidade hídrica e a dependência
do fornecimento de água pelas companhias de
abastecimento.
O sistema de captação de água de chuva
instalado no Insa, possui uma superfície de coleta
de 4.136 m2
e um sistema de armazenamento com
capacidade de 732 mil litros de água. O sistema
tem a capacidade de suprir a demanda de água
do Instituto durante 10 meses, considerando
o atual consumo de 250 mil litros por mês. Em
2015 todo o sistema estará instrumentalizado
para monitoramento dos volumes captados e
consumidos.
Sistema de abastecimento de água da sede do Insa baseado na
captação de água de chuva.
28 RELATÓRIO POPULARIZADO | 2014
Ampliação do debate e inovações tecnológicas
Realizamos, com diversos parceiros, o 9º Simpósio
Brasileiro de Captação e Manejo de Água de Chuva. Durante
oeventoforamdiscutidasasprincipaispolíticaspúblicaspara
aproveitamento da água de chuva no Brasil e no Exterior,
soluções tecnológicas, qualidade da água produzida e o seu
aproveitamento nos setores agrícola, urbano e industrial.
Como resultados de debates técnicos-científicos
acumulados, finalizamos o livro “Captação, manejo e uso de
água de chuva”, com lançamento previsto para 2015.
Mesa redonda durante o 9º Simpósio Brasileiro de
Captação e Manejo de Água de Chuva
9º Simpósio Brasileiro de Captação e Manejo de Água de Chuva, Feira de
Santana (BA)
29Pela convivência, resiliência e resistência: Construindo juntos estratégias na Ciência, Tecnologia e Inovação que se alimentam mutuamente
sistema de
produção
30 RELATÓRIO POPULARIZADO | 2014
As ações nesta área foram concentradas em quatro enfoques:
1. Projeto Revitalização da Palma Forrageira resistente à Cochonilha-do-Carmim (Dactilopius opuntiae).
Foram formados gabinetes municipais da palma, através dos quais implantou-se 26 campos de pesquisa e
multiplicação de Palma Forrageira no estado da Paraíba. Esta experiência tem estimulado outros estados do
Semiárido brasileiro a se organizarem e incorporar a proposta;
2.MicropropagaçãoinvitrodaPalmaForrageiraresistenteàCochonilha-do-Carmim.Foramestabelecidos
e disponibilizados protocolos de micropropagação das três variedades de Palma Forrageira Resistentes à
Cochonilha-do-Carmim para produção de mudas em larga escala.
3. Conservação de raças nativas: Resgate e difusão do Gado-Pé-Duro. Desde 2012 desenvolvemos um
Plano de Difusão desta raça, por meio da criação de novos núcleos de conservação, com a finalidade de
aumentar a sua população. O plano deriva dos estudos sobre o potencial genético, indicadores zootécnicos
e econômicos gerados no núcelo de Conservação do Gado-pé-Duro do Insa.
4. Utilização de variedades de Palma Forrageira resistentes à Cochonilha-do-Carmim na terminação
de ovinos e caprinos. Os estudos mostram que o uso de Palma Forrageira, diminui o consumo de água,
incrementa o peso diário e rendimento da carcaça, especialmente, quando utilizada 60% de Palma na dieta
dos caprinos e ovinos.
1. Projeto Revitalização da Palma Forrageira resistente
à Cochonilha-do-Carmim
As condições do Semiárido brasileiro e em especial do Semiárido
paraibano têm levado os criadores a utilizarem a palma como alimento básico
para os seus rebanhos, pelo fato de sua utilização ser possível durante todo
ano, principalmente na ocorrência de estiagens prolongadas. A cultura, desde
o ano 2001, vem sendo acometida de uma praga denominada Cochonilha-do-
Carmim, considerada potencialmente devastadora e que por falta de cuidados
maiores de erradicação, controle e convivência têm dizimado milhares de
hectares em diversos municípios, originando uma insegurança na oferta
forrageira.
O que é a Cochobilha-
do-Carmin?
“... é um inseto que
se alimenta da seiva das
plantas e além de sugar
a planta, a cochonilha
também pode introduzir
vírus ou toxinas que deixam
à planta amarela e murcha
podendo destruir a Palma
Forrageira dentro de poucos
meses se não for combatida
rapidamente” (ADAGRO,
PERNAMBUCO)
31Pela convivência, resiliência e resistência: Construindo juntos estratégias na Ciência, Tecnologia e Inovação que se alimentam mutuamente
Manutenção e coleta de dados nos campos de pesquisa.
Dias de campo, colheita e distribuição solidária de Palma Forrageira.
Reuniões de acompanhamento e avaliação junto aos gabinetes municipais.
Desde 2013, o Insa vem desenvolvendo o projeto Revitalização da Palma Forrajeira utilizando
variedades resistentes à Cochonilha-do-Carmim, através da formação de gabinetes municipais da
palma, para implantação de 26 campos de pesquisa e multiplicação, em 13 microrregiões do estado
da Paraíba (Campina Grande, Curimataú Ocidental, Curimataú Oriental, Guarabira, Cariri Oriental,
Cariri Ocidental, Seridó Oriental, Seridó Ocidental, Cajazeiras, Itaporanga, Piancó, Serra do Teixeira e
Patos) onde foram detectadas populações economicamente danosas da referida praga, envolvendo
26 produtores experimentadores. Em cada campo de 1,0 ha, vem sendo estudadas três variedades de
Palma resistente à Cochonilha-do-Carmim, Palma Doce Miúda (Nopalea cochenillifera), Palma Orelha
de Elefante Mexicana (Opuntia tuna) e Palma Doce Baiana (Nopalea cochenillifera), sendo 20.000 mil
raquetes por área, no espaçamento de 1,5 x 0,5 x 0,5 metros, em fileiras duplas.
Durante a colheita e distribuição da palma realizamos dias de campo sobre a cultura da Palma
Forrageira, para produtores e técnicos da região. Com essa atividade foi possível distribuir cerca de
1.100.000 raquetes, atendendo 2.142 famílias, contribuindo com a formação de bancos forrageiros
de Palma Resistente à Cochonilha-do-Carmim.
Destacamos que esta experiência tem estimulado outros estados da região semiárida, a exemplo
do Piaui e Ceará, para formação de gabinetes de palma e a implantação de campos de pesquisa e
multiplicação, como estratégia de soberania hídrica e forrageira.
32 RELATÓRIO POPULARIZADO | 2014
Com esta ação, objetivamos desenvolver e estabelecer protocolos de micropropagação in
vitro, alongamento e enraizamento e de aclimatização eficientes das três variedades de Palma
Forrageira Resistente à Cochonilha-do-Carmim para produção de mudas em larga escala.
Utilizamos raquetes das três variedades de palma (Orelha de Elefante, Miúda e Baiana)
provenientes da coleção do Insa, como matrizes para obtenção de material vegetal jovem para
o desenvolvimento das atividades. Utilizamos brotações jovens com aproximadamente oito
centímetros de comprimento para obtenção de explantes. Os ensaios foram conduzidos no
Laboratório de Pesquisas Aplicadas à Biofábrica (LAPAB) e as tecnologias desenvolvidas foram
implementadas na produção de mudas de Palma Forrageira em larga escala na Biofábrica
Governador Miguel Arraes, no Centro de Tecnologias Estratégicas para o Nordeste (CETENE),
em Recife-PE. As mudas provenientes dos ensaios foram aclimatizadas e avaliadas na Estação
Experimental do Insa.
Estabelecimento do matrizeiro de Palma Forrageira. A) Chegada das raquetes em caixa de papelão; B) Plantio em
vasos com capacidade de 8 e 10L; C) Matrizeiro; D) Palma Orelha de Elefante Mexicana; E) Palma Miúda; F) Palma
Baiana.
Surgimento das primeiras brotações de Palma Forrageira: A) Miúda; B) Baiana e C) Orelha de Elefante Mexicana.
A B C
D E F
A B C
2. Micropropagação in vitro de Palma Forrageira
33Pela convivência, resiliência e resistência: Construindo juntos estratégias na Ciência, Tecnologia e Inovação que se alimentam mutuamente
Regeneração in vitro de Palma Forrageira (a) e (c)
Miúda, (b) e (d) Baiana aos 40 dias de cultivos. As
setas destacam brotações adventícias na palma
Miúda (a).
PreparaçãoparaaclimatizaçãodebrotaçõesdePalmaForrageira
Orelha de Elefante Mexicana: a) Brotações no cultivo in vitro;
b) e c) limpeza do material para aclimatização; d) brotações de
Palma Forrageira prontas para serem aclimatizadas.
Aspecto geral das brotações de Palma Forrageira (Orelha de Elefante
Mexicana) cultivadas in vitro durante 60 dias em diferentes meios nutritivos
suplementados com diferentes reguladores de crescimento.
34 RELATÓRIO POPULARIZADO | 2014
Câmara úmida confeccionada com garrafa tipo “PET” testados na
aclimatização de brotos de Palma Forrageira (Orelha de Elefante
Mexicana).
Comparação do desenvolvimento de mudas de Palma Forrageira Orelha de Elefante Mexicana aos 40 dias de cultivo em diferentes
substratos e suportes (Tubete, Sacola, Bandeja).
Do laboratório para o campo: mudas de Palma Forrageira micropropagadas in vitro e transplantadas com 12 cm
(esquerda) e 6 cm (direita) apresentando formação de brotações após 60 dias.
35Pela convivência, resiliência e resistência: Construindo juntos estratégias na Ciência, Tecnologia e Inovação que se alimentam mutuamente
Sistematizando e popularizando a experiência.
A experiência adquirida, na aclimatização das mudas
micropropagadas de Palma Forrageira, foi compartilhada
através da cartilha “Aclimatização de Mudas de Palma
Forrageira - como fazer?”. A publicação descreve os
procedimentos técnicos para a aclimatização da palma,
tornando-os acessíveis.
Durantea11ªSemanaNacionaldeCiênciaeTecnologia
(SNCT), socializamos as ações desenvolvidas no projeto
de micropropagação da Palma Forrageira e distribuímos
mudas micropropagadas das variedades Baiana e Miúda.
Realizamos o minicurso teórico-prático “Cultura de tecidos vegetais: princípios e aplicações”, durante a
XIV Jornada de Ensino, Pesquisa e Extensão (JEPEX), na Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE).
36 RELATÓRIO POPULARIZADO | 2014
3. Conservação de raças nativas: resgate e difu-
são do Gado-Pé-Duro
O projeto de conservação e uso de bovinos da raça
Curraleiro Pé-Duro, visa o desenvolvimento de estudos e
ações de difusão tecnológica sobre o potencial genético e
sobre os indicadores zootécnicos e econômicos. As ações
estão sendo desenvolvidas no Núcleo de Conservação dos
bovinos Curraleiro Pé-Duro da Estação Experimental do Insa,
e contribui para o estabelecimento de bases para a seleção
e o melhoramento genético da raça, valorizando os seus
produtos e reduzindo os riscos de extinção desse importante
patrimônio genético, social e cultural do Semiárido brasileiro.
Desde 2012 desenvolvemos um Plano de Difusão desta
raça, por meio da criação de novos núcleos de conservação,
com a finalidade de aumentar a sua população. Estes novos
núcleos são implementados em parceira com os criadores
tradicionais de raças nativas e com instituições de pesquisa
e ensino que atuam na região. Os beneficiários recebem
animais, através de Termos de Doação, se comprometem a
mantê-los, e disponibilizam-os ao Insa para a realização de
estudos.
Estudo do perfil hematológico de bovinos Curraleiro Pé-Duro em
parecria com departamento de Veterinária da UFCG/Campus
Patos, PB.
Em 2014, contemplamos o Instituto Federal Baiano-
IF Baiano, Campus de Santa Inês, com 15 animais para
a formação do núcleo de conservação da raça. As faixas
etárias foram as seguintes:
Animais Total Idades
Fêmeas 3 Acima de 36 meses
Machos
5 Acima de 36 meses
5 Entre 25 e 36 meses
Bezerros 2 6 meses
Animais embarcados para o IF Baiano, Campus Santa Inês-BA.
37Pela convivência, resiliência e resistência: Construindo juntos estratégias na Ciência, Tecnologia e Inovação que se alimentam mutuamente
4. Utilização de variedades de Palma Forrageira resistentes à Cochonilha-do-Carmim
na terminação (engorda) de ovinos e caprinos
Neste estudo avaliamos a utilização das três variedades de Palma Forrageira resistentes à
Cochonilha-do-Carmim, na alimentação de caprinos e ovinos. Analisamos o consumo de alimentos,
o consumo de água, ganho de peso e as características de carcaça dos ovinos e caprinos.
Espécie
Níveis de Palma Forrageira Orelha de Elefante (%)
0 30 60 90
Caprinos 1,60 1,16 0,69 0,69
Ovinos 2,29 1,52 1,09 1,04
O uso de Palma Forrageira Orelha de Elefante, diminui o consumo de água
(Litros por dia) na terminação de caprinos e ovinos
Espécie
Níveis de Palma Forrageira Orelha de Elefante (%)
0 30 60 90
Caprinos 83 118 114 95
Ovinos 156 194 217 209
O uso de Palma Forrageira Orelha de Elefante, aumentou o ganho de peso
diário (gramas por dia) na terminação de caprinos e ovinos
Em relação às características de carcaça, verifica-se, que as dietas contendo Palma Forrageira Orelha
de Elefante promoveram o aumento dos pesos e dos rendimentos das carcaças dos caprinos e ovinos,
principalmente para as dietas com 60 e 90% de Palma Forrageira.
As carcaças dos ovinos apresentaram-se largas e compactas, com valor médio de 3,50 para a
conformação e de 3,52 para o grau de acabamento. As notas de conformação da carcaça variam de 1 a 5
(1 a pior e 5 a melhor). Esta avaliação é visual e avalia, principalmente, a musculosidade da carcaça. Isto
representa a quantidade de carne depositada na carcaça dos ovinos. As notas de acabamento, também
variam de 1 a 5 (1 a pior e 5 a melhor). A avaliação do acabamento sugere a quantidade de gordura de
cobertura da carcaça.
As pesquisas com as variedades Miúda e Baiana continuam em 2015.
Galpão de confinamento da Estação Experimental do Insa. Dieta completa dos ovinos contendo a Palma Forrageira.
38 RELATÓRIO POPULARIZADO | 2014
desertificação
39Pela convivência, resiliência e resistência: Construindo juntos estratégias na Ciência, Tecnologia e Inovação que se alimentam mutuamente
Desde 2012, estamos focando ações em: 1) Monitoramento sistêmico da
dinâmica de desertificação; e 2) Sistemas agrícolas familiares resilientes a eventos
extremos no contexto do Seminárido brasileiro. Na primeira ação, geramos dados
sobre o fluxo de CO2
na Caatinga e o balanço de energia em áreas degradadas e
preservadas e estabelecemos uma linha de base, desenvolvendo os índices de
propensão ou suceptibilidade econômica, social e agropecuária à desertificação
no Semiárido. Na segunda ação, avançamos na coleta e análise de dados de 40
estudos de casos em comunidades dos nove estados do Semiárido, além de
realizarmos oficinas de formação, restituição e socialização dos resultados da
pesquisa.
O Insa é membro da Co-
missão Nacional de Combate
à Desertificação (CNCD) e
atua como correspondente
científico junto a Convenção
das Nações Unidas para o
Combate à Desertificação e
Mitigação dos Efeitos das Se-
cas – UNCCD.
O que é a CNCD?
É um órgão colegiado
da estrutura regimental do
Ministério do Meio Ambien-
te, de natureza deliberativa
e consultiva. Tem, dentre ou-
tras competências, a função
de acompanhar e avaliar as
ações de combate à desertifi-
cação e mitigação dos efeitos
da seca no território nacional.
O que é a UNCCD?
É uma pactuação entre
192 países que visa comba-
ter a desertificação e mitigar
os efeitos da seca, através de
acordos de cooperação inter-
nacional e parcerias, contri-
buindo para erradicacão da
pobreza e a promoção do de-
senvolvimento sustentável. A
sede fica localizada em Bonn,
Alemanha.
O que faz o correspon-
dente científico?
Assessora cientificamen-
te a CNCD e representa o
Brasil no Comitê de Ciência e
Tecnologia da UNCCD e Con-
ferência das Partes.
Desenvolvemos um sistema de monitoramento da desertificação, visando
avaliar a propensão e ocorrência propriamente dita da desertificação. A partir
do conjunto de variáveis coletadas elaboramos os índices de propensão
econômica, social e agropecuária, gerando mapas temáticos, com a intenção
de nortear a pesquisa, e subsidiar gestores, técnicos e pesquisadores na
seleção das áreas com diferentes níveis de degradação ambiental, no
desenvolvimento de novos estudos e na formulação de políticas públicas.
1. Monitoramento Sistêmico da Dinâmica da Desertificação no
Semiárido
NÃO CONFUNDA:
DESERTO E DESERTIFICAÇÃO:
PAISAGENS SEMELHANTES, PROCESSOS E RESULTADOS DISTINTOS...
NÃO CONFUNDA:
DESERTO E DESERTIFICAÇÃO:
PAISAGENS SEMELHANTES, PROCESSOS E RESULTADOS DISTINTOS...
DESERTO
É UM ECOSSISTEMA NATURAL,
OCORRE EM ZONAS ÁRIDAS.
DESERTIFICAÇÃO
É UM PROCESSO QUE RESULTA DA AÇÃO HUMANA.
Não confunda, deserto com desertificação
Paisagens semelhantes, processos e resultados distintos...
40 RELATÓRIO POPULARIZADO | 2014
Como pode ser verificado nos mapas abaixo, a
maioria dos municípios do Semiárido apresentou
subíndice de propensão à desertificação,
médio e alto, tanto na condição econômica
(557+346 municípios, respectivamente),
quanto na agropecuária (431+113 municípios,
respectivamente).
Propensão da condição econômica
Propensão da condição agropecuária
Propensão da condição social
Em contraste, a maioria dos municípios (788)
apresentou baixo subíndice de propensão à
desertificação na condição social (583 municípios).
Observamos que, entre os anos 2000 e 2010, ocorreram
mudanças positivas nas condições sociais dos municípios,
possivelmente em decorrência de iniciativas do governo
federal, especialmente aquelas direcionadas às classes
menos favorecida.
41Pela convivência, resiliência e resistência: Construindo juntos estratégias na Ciência, Tecnologia e Inovação que se alimentam mutuamente
Como parte do processo de monitoramento, desde 2013, coletamos mensalmente variáveis
micrometeorológicas em torres instaladas nos municípios de Campina Grande-PB e Serra Negra do
Norte-RN, em áreas preservadas e degradadas.
Desde 2013, realizamos o monitoramento semanal e mensal da cobertura vegetal do Semiárido
brasileiro através do Índice de Vegetação por Diferença Normalizada (NDVI), numa parceira com o
Laboratório de Imagens de Satélites (LAPIS)/ Universidade Federal de Alagoas (UFAL). Os mapas gerados
por este monitoramento estão disponíveis no site www.insa.gov.br/sigsab/ndvi
Torre meteorológica instalada na Estação Experimental do Insa
JANEIRO 2014 FEVEREIRO 2014 MARÇO 2014 ABRIL 2014 MAIO 2014 JUNHO 2014
JULHO 2014 AGOSTO 2014 SETEMBRO 2014 OUTUBRO 2014 NOVEMBRO 2014 DEZEMBRO 2014
42 RELATÓRIO POPULARIZADO | 2014
Em parceria com a Articulação do Semiárido Brasileiro (ASA-Brasil), realizamos estudos
socioeconômicos e ecológicos em unidades agrofamiliares, em transição agroecológica, nos
nove estados do Semiárido brasileiro, visando elucidar as estratégias agrícolas e sociais utilizadas
pelos agricultores experimentadores que lhes têm possibilitado resistir e/ou recuperar-se dos
impactos dos eventos ambientais extremos. É um esforço de construção de alternativas de
convivência produtiva e sustentável integrando ciência, tecnologia e inovação com inclusão
social.
Para a realização das ações de pesquisa relativas a esta iniciativa vem sendo adotada uma
metodologia de pesquisa-ação participativa, para que os próprios atores realizem as avaliações
de resiliência dos agroecossistemas.
2. Monitoramento de Sistemas Agrícolas Familiares Resilientes a Eventos
Extremos no contexto do Seminárido brasileiro: alternativas para enfrentamento
aos processos de desertificação
Oficina de formação com pesquisadores-bolsistas e parceiros locais.
Realizamos oficinas de formação
com os pesquisadores bolsistas,
encontros virtuais, elaboração de
documentos orientadores, vídeo aulas
e a caracterização de agroecossistemas
familiares.
As organizações sociais vinculadas a ASA, envolvidas no
projeto, indicam famílias de agricultores experimentadores
paraarealizaçãodosestudos.Sãolevantadosdadosbiofísicos
e sócio-econômicos nos agroecossistemas, e as estratégias
de organização social, que sistematizadas contribuem para
compreender quais alternativas utilizam ou constroem
e como aplicam seus conhecimentos, diante de eventos
extremos. São reflexões participativas sobre os mecanismos
e princípios que expliquem a capacidade adaptativa das
comunidades e dos sistemas às variações climáticas. Estes
mecanismos são socializados com as famílias participantes
através de dias de campo, reuniões, seminários, intercâmbio
de agricultor para agricultor.
43Pela convivência, resiliência e resistência: Construindo juntos estratégias na Ciência, Tecnologia e Inovação que se alimentam mutuamente
Dona Maria do Socorro Ferreira
dos Santos, tem 45 anos, é dona de
casaeagricultora,sendoaresponsável
por gerenciar o agroecossistema de
15 hectares, cuidando das hortaliças
e do roçado. O seu esposo Júlio
Rodrigues dos Santos, tem 55 anos,
e sua função no agroecossistema é
manejar os animais, e na época de
chuvas se dedica também ao roçado,
combinando seu trabalho com a
ocupação de pedreiro na construção
de cisternas. A filha mais velha do
casal, Cristiele Ferreira dos Santos, 26 anos, nível superior completo, é secretaria concursada pelo
município desde 2013. Nos finais de semana vai para a propriedade e contribui nos trabalhos
domésticos. O filho mais novo, Daniel Ferreira dos Santos, de 21 anos, trabalha como motorista
transportando os alunos da comunidade até a sede do município. Assim como o pai, ele fica
responsável pelo rebanho e na época de chuvas também contribui no roçado. A família, de forma
coletiva, maneja 3000 hectares, no sistema “fundo de pasto”, que é uma experiência exitosa de
manejo sustentável do solo e da Caatinga.
Dona Maria do Socorro constroi resiliência agro-
ecológica: uma experiência no Semiárido baiano
Onde vive dona Maria com sua família
• Território: Sertão do São Francisco;
• População: 520.782 habitantes
• Precipitação média: 400 mm ano;
• Presença do sistema tradicional do uso coletivo de áreas denominado “fundo de pasto”;
• Localizado a 42 km da sede do Município.
44 RELATÓRIO POPULARIZADO | 2014
Efeito das transformações na resiliência do agroecossistema
da dona Maria
A resiliência deste agroecossistema vem ocorrendo pela incorporação de transformações
estruturais e de manejo, em associação com o fortalecimento dos mecanismos de reciprocidade
comunitária. O acesso à área coletiva favorece o pastejo de 200 animais e o extrativismo vegetal
de forma sustentável. As consideráveis reservas de água nas estruturas implantadas permitem
a estabilização do tamanho dos rebanhos, do consumo alimentar da família e da produção de
hortaliças. O extrativismo e beneficiamento de umbu é uma atividade com alta resiliência, pois
permite o processamento e armazenamento ao longo do ano, permitindo a venda e consumo
na entresafra.
Entidade parceira: IRPAA – Instituto Regional da Pequena Agropecuária Apropriada
Pesquisador responsável: Vitor Leonam Aguiar de Morais
Transformações estruturais Acesso ao conhecimento Acesso ao recursos İ sicos
1 – Aquisição da Terra Conhecimento Tradicional Herança Familiar
2 – Acesso Fundo Pasto Conhecimento Tradicional Reciprocidade Comunitária
3 – Construção Aprisco Conhecimento Tradicional Recurso próprio
4 – Roçados Conhecimento Tradicional Recurso próprio
5 – PluriaƟvidade (Pedreiro) Curso IRPAA e Paroquia
6 – Cisterna 5000 L IRPAA e Paroquia Recurso próprio
7 Inovações de Manejo (Agrícola e
Pecuário)
Assessoria Técnica IRPAA
(ATER Governo da Bahia)
8 – Energia Solar Associação Recurso próprio
9 – Cisterna - 16000 L Associação e IRPAA P1MC / ASA
10 – Telefone Rural Sindicatos Trabalhadores Rurais Recurso próprio
11– Barreiro Trincheira Associação e IRPAA Aguadas (Governo da Bahia)
12 – Cisterna 52000 L Associação e IRPAA Mais água (Governo da Bahia)
13 – Viveiro Hortaliça Associação e IRPAA Mais água (Governo da Bahia)
14 – Poço Artesiano Comunidade e IRPAA Recurso próprio
15 – Comercialização Esterco Comunidade Atravessador
16 – Comercialização do Umbu COOPERCUC PAA e PNAE
17 – Beneficiamento Umbu Grupo Mulheres, COOPERCUC e
IRPAA
CAR (Governo da Bahia)
Um agroecosistema cada vez mais resiliente
45Pela convivência, resiliência e resistência: Construindo juntos estratégias na Ciência, Tecnologia e Inovação que se alimentam mutuamente
DESENVOLVIMENTO E
TECNOLOGIAS SOCIAIS
46 RELATÓRIO POPULARIZADO | 2014
Ao longo de 2014, desenvolvemos iniciativas focadas em Formação e Inovação Tecnológica;
e Articulação e Integração Social. Desta maneira, continuamos com as atividades do Curso
de Especialização em Residência Agrária “Processos Históricos e Inovações Tecnológicas no
Semiárido”, em parceria com UFPB, com recursos do PRONERA/INCRA, via edital 026/2012/CNPq.
O curso, oferecido à assentados do PNRA, técnicos do INCRA e de ATES, conta com 55 educandos
matriculados. Está baseado sob a Pedagogia da Alternância, integrando o Tempo Escola e o Tempo
Comunidade, onde teoria e prática dialogam na construção do conhecimento. Realizamos atividades
do Tempo Comunitário em 16 comunidades do Semiárido brasileiro, espalhados em seis estados.
Outras atividades relevantes foram as visitas programadas de grupos de estudantes, técnicos,
pesquisadores e agricultores da região. O Núcleo tem sido essencial na realização de articulações
com diversos centros de pesquisas, universidades, movimentos sociais, gestores locais, comunidades
rurais e urbanas, fortalecendo e firmando parcerias, possibilitando a viabilidade de ações e projetos
de pesquisa contextualizados, como a Rede Solidária de Coleta de Sementes Nativas e o Projeto de
Revitalização da Cultura da Palma Forrageira.
Educandos e Educandas da Reforma
Agrária, Educadores e Educadoras das
Escolas dos Assentamentos, Profissionais
do Programa de Assessoria Técnica,
Social e Ambiental (ATES), Militantes dos
Movimentos Sociais do Campo, Servidores
do Instituto Nacional de Colonização e
Reforma Agrária (INCRA). Hoje são 55
educandos presentes, 30 Mulheres e 25
Homens.
Curso de Especialização em Processos Históricos e Inovações Tecnológicas no
Semiárido Brasileiro uma parceria INSA-UFPB-PRONERA-VIA CAMPESINA
Mapa de Distribuição das Intervenções do Curso de Residência
Agrária.
Tempo comunidade
Aprender fazendo
47Pela convivência, resiliência e resistência: Construindo juntos estratégias na Ciência, Tecnologia e Inovação que se alimentam mutuamente
N° Comunidade Organização
acompanhante
Município Estado
1. Comunidade Beta MPA Icó CE
2. Assentamento ReƟro CPT Sossego PB
3. Assentamento Novo Horizonte CPT Juarez
Távora
PB
4. Assentamento Nova Conquista MST Condado PB
5. SíƟo Pedras MPA Ouricuri PE
6. Logoa Grande MPA Poço
Redondo
SE
7. Assentamento Queimada Grande MST Poço
Redondo
SE
8. Brejo de Fora MAB Sobradinho BA
9. Assentamento Maria Bonita
MST Delmiro
Gouveia
AL
10. Assentamento Três Conquista
MST Logoa
Grande
PE
11. Assentamento Irmã Dorothy MST Lago Azul PE
12. Assentamento Novo Campo
CPT Barra de São
Miguel
PB
13. Assentamento Oziel Pereira MST Remígio PB
14. Assentamento Zé Marcolino MST Prata PB
Relação dos locais onde o projeto está sendo aplicado o tempo-comunidade
Visitas programadas e experiências compartilhadas
Troca de experiências sobre produção de mudas nativas Discussão sobre o manejo da Caatinga e recuperação de áreas
degradadas
48 RELATÓRIO POPULARIZADO | 2014
ESPÉCIE SEMENTE (Kg)
Angico
Anadenanthera colubrina
2,00
Canafistula
Senna spectabilis
5,00
Cumaru
Amburana cearensis
2,00
Mutamba
Guazuma ulmifolia
1,20
Aroeira
Myracrodruon urundeuva
1,00
Pereiro
Aspidosperma pyrifolium
0,07
Cravoeiro 0,54
Mufumbo
Combretum leprosum
1,00
Jataí/jatobá
Hymenaea courbaril
1,00
Jucá
Libidibia ferrea
1,00
Imbiratanha
Pseudobombax marginatum
0,70
Mandacaru
Cereus jamacaru
0,20
Chocalho de vaqueiro 0,08
Ca ngueira
Poincianella pyramidalis
3,00
Mulungu
Erythrina velu na
0,30
Freijorge
Cordia trichotoma
0,35
Pau Branco
Auxemma oncocalyx
5,00
Sabonete
Sapindus saponaria
0,83
Maracujá-açú/Maracujá-do-mato
Passiflora cincinnata
0,10
Baraúna/Braúna
Schinopsis brasiliensis
3,00
Timbaúba/Orelha-de-negro
Enterolobium contor siliquum
2,00
Barriguda
Ceiba glaziovii
0,50
Sabiá
Mimosa caesalpiniifolia
5,00
Craibeira
Tabebuia aurea
0,30
Cabatã /Caboatã
Cupania oblongifolia
0,30
Umbu
Spondias tuberosa
5,00
Total 41,47
Banco de sementes florestais nativas
do Insa, armazenadas no ano de 2014
49Pela convivência, resiliência e resistência: Construindo juntos estratégias na Ciência, Tecnologia e Inovação que se alimentam mutuamente
NÚCLEO DE INOVAÇÃO
METODOLÓGICA
50 RELATÓRIO POPULARIZADO | 2014
Inovações metodológicas para convergência do
saber popular e acadêmico
O Núcleo de Inovação Metodológica (NIM) é uma
iniciativa em construção fundamentada na ideia de que
“o como” também é importante. Sintetizamos as ações
do NIM em cinco tipos de fazeres: (1) Refletir sobre os
processos; (2) Examinar-propor conceitos; (3) Criar-
Testar trilhas metodológicas; (4) Divulgar propostas
metodológicas; e (5) Assessorar em metodologias. As
principais preocupações vinculadas com a criatividade,
que motivam o Núcleo, são: (1) a colonialidade do
conhecimento,pensamentoecrenças;(2)apadronização
excessiva; (3) a pacotização da vida; (4) a tendência para
a artimanha; e (5) o auto-encurralamento das pessoas. Trabalhamos, principalmente, algumas ideias:
a busca da transdisciplinaridade nos processos e o reconhecimento da complexidade da realidade; a
busca de perguntas coerentes com a “nova época”, com o Semiárido, com Brasil e com América Latina;
as possibilidades de criar nossas novas categorias e a necessidade de mudar a linguagem. Em 2014,
finalizamos e disponibilizamos para as condições do Semiárido brasileiro, o Método de Revisão de
Experiência (REI-F) e o Método do Futureo e realizamos um exercício de reflexão coletiva sobre atuação
do pessoal do Insa, gerando a partir daí um documento de sugestões. Assessoramos metodologicamente
ações desenvolvidas pelo Insa e em parceria.
Assessoria em inovação metodológica e em
aspectos sociais
Construção de trilhas metodológicas
51Pela convivência, resiliência e resistência: Construindo juntos estratégias na Ciência, Tecnologia e Inovação que se alimentam mutuamente
SIGSAB SIGDADOS INSA COMPARTILHE LOGIN BUSCA
Urbana
Rural
980.134 km2
População do Semiárido
22.598.318 hab
8.592.200 hab
14.003.118 hab
1.135 municípios
Extensão territorial
Total
PIB
4.760,65
5.260,23
5.994,62
6.130,63
6.352,47
6.590,20
6.611,93
8.498,63
9.807,75
Piauiense
Alagoano
Mineiro
Cearense
Paraibano
Pernambucano
Baiano
Potiguar
Sergipano
Semiárido
R$
per capita
6.520,35R$
Semiárido
IDHdos municípios
do Semiárido59,47%
39,21%
0,70%
0,62%
0,500 0,5990,499 0,600 0,699 0,700 0,799 0,800 10
MUITO BAIXO BAIXO MÉDIO ALTO MUITO ALTO
municípios
municípios
municípios
municípios
gestão da informação
e do conhecimento
52 RELATÓRIO POPULARIZADO | 2014
O Sistema de Gestão da Informação e do Conhecimento do Semiárido Brasileiro (SIGSAB) é uma
ferramenta, desenvolvida pelo Insa, que visa reunir e disponibilizar informações e o conhecimento
gerado na e para a região semiárida. Projetado para operar em uma plataforma web, o Sistema
reúne e disponibiliza informações econômicas, sociais, ambientais e da infraestrutura da região, bem
como divulga experiências, conhecimentos e estudos como forma de gerar novos conhecimentos no
campo da ciência, tecnologia e inovação, além de contribuir para a definição de políticas públicas,
investimentos (público e privado), planejamentos e no uso sustentável dos recursos disponíveis no
Semiárido brasileiro.
A plataforma pode ser acessada em http://www.insa.gov.br/sigsab
Implantação do Sistema Básico e Avançado
Pretendemos disponibilizar informações através de um módulo básico e outro avançado. No
Sistema o usuário também pode acessar a Previsão do Tempo, Índice de Vegetação do Semiárido
(NDVI), e um conteúdo vasto disponibilizado pelas seguintes ações transversais: Programa Semiárido
em Foco, Projeto Semiárido em Tela e Centro de Documentação e Informação do Semiárido Brasileiro
(CDISAB).
Lançado em abril de 2014, o módulo básico possui linguagem simples e objetiva, e permite ao
usuário realizar consultas a uma única variável por vez, delimitando o espaço geográfico de interesse.
Omóduloavançado,previstoparaserlançadoem2015,terálinguagemtécnica,permitindoaousuário
fazer consultas mais elaboradas, através da seleção de um conjunto de variáveis, possibilitando o
cruzamento, seja por meio de operadores lógicos ou matemáticos, obtendo a variável “resultado”.
Três passos para acessar o módulo básico
Selecione os dados
Gere a matriz de
resultados
Gere o mapa
53Pela convivência, resiliência e resistência: Construindo juntos estratégias na Ciência, Tecnologia e Inovação que se alimentam mutuamente
Outros conteúdos e ações disponíveis atualmente
Desde o lançamento do SIGSAB (oito meses de existência) seu portal foi acessado por mais de 20
mil usuários de todos os estados da federação e de diferentes países. O mapa abaixo ilustra o uso do
Sistema; quanto mais azul, mais acessos.
PREVISÃO DO TEMPO NDVI SEMIÁRIDO EM FOCO
SEMIÁRIDO EM TELA CDISAB ACERVO DIGITAL
54 RELATÓRIO POPULARIZADO | 2014
AÇÕES
TRANSVERSAIS
55Pela convivência, resiliência e resistência: Construindo juntos estratégias na Ciência, Tecnologia e Inovação que se alimentam mutuamente
Dialogando com crianças e jovens: ciência e tecnologia para a
convivência com o Semiárido
Estudantes do ensino fundamental – oficina para
construção de uma agenda científica
Exposição de fotografias: crianças e jovens, filhos
de assentados, registram o cotidiano da sua
comunidade.
Desenvolvemos três tipos de iniciativas transversais: Programa
Semiárido em Foco, Projeto Semiárido em tela e a organização da
Biblioteca.
Visitem nossa página: www.insa.gov.
br/semiaridoemfoco
Lá você encontra áudios e documentos
referentes aos temas debatidos, assiste
a transmissão ao vivo das exposições e
debates, e participa enviando mensagens
escritas em tempo real através do chat.
Programa Semiárido em Foco
Socializar e compartilhar saberes e iniciativas
Buscamos socializar e refletir sobre pesquisas, experiências
e conceitos associados aos campos da ciência, tecnologia e
inovação. A ideia é contribuir com novas linhas de pensamento
e caminhos para nossa região, seja no universo rural ou urbano,
valorizar as potencialidades locais, além de articular e mobilizar diferentes atores.
Por meio dessa ação, o Insa tem atraído representantes de institutos de pesquisa, universidades,
órgãos governamentais, associações, ONGs e cooperativas, movimentos sociais, além de estudantes,
profissionais, agricultores/as, e a sociedade em geral.
Agregando novos saberes e provocando novas posturas e novas perguntas para pesquisa. Em
2014 destacamos resultados em três categorias: (1) Dialogando com crianças e jovens do Semiárido
brasileiro; (2) Lançamentos de publicações e socialização de experiências de popularização da ciência;
(3) Compartilhamento de experiências que contam histórias de convivência com o Semiárido.
56 RELATÓRIO POPULARIZADO | 2014
Popularização da ciência e vivências integralizadas
Oficina de montagem de
lunetas e foguetes. Observação
astronômica e lançamento dos
foguetes (Parceria com UFRPE).
Lançamentos de publicações do Insa
Aula de campo: estudantes do ensino
fundamental conhecem plantas medicinais
da Caatinga e fazem anotações para
trabalho escolar. Farmácia Viva – Estação
Experimental/Insa
Livro “Abastecimento urbano de água”
Cartilha “Semiárido brasileiro: riquezas, diversidades e
saberes”. 1º número da Coleção (Re)conhecendo o Semiarido.
57Pela convivência, resiliência e resistência: Construindo juntos estratégias na Ciência, Tecnologia e Inovação que se alimentam mutuamente
O Insa influenciando na educação formal
Estudantes e professores do curso de graduação em Serviço Social/UEPB conhecem ações do Instituto,
discutem sobre pesquisa participativa e visitam comunidade envolvida no Projeto Águas/Insa.
Quilombolas no Semiárido
Debate sobre remanescentes
quilombolas no Semiárido
brasileiro.
58 RELATÓRIO POPULARIZADO | 2014
1. Histórias de convivência com o Semiárido
2. Manejo Florestal da Caatinga
3. Documentário: “Quando eu vestia meu terno de couro”
4. Crianças e jovens no/do Semiárido: construção conjunta
de uma agenda científica
5. Experiências de Cooperativas de Catadores e Catadoras
de Materiais Recicláveis e Gestão de Resíduos Sólidos no
Semiárido
6. O papel dos Centros e Instituições de Pesquisa na
Popularização da Ciência
7. Diálogos sobre as Visões de Futuro para o Semiárido
brasileiro
8. Abastecimento Urbano de Água: panorama para o
Semiárido brasileiro
9. Atividades de caça e usos da fauna por povos do
Semiárido: implicações e desafios para a conservação
10. Semiárido brasileiro: riquezas, diversidades e saberes
11. Análise dos Índices de Vegetação e de Água por
Diferença Normalizada (NDVI e NDWI) sob diferentes
intensidades pluviométricas no município de Sousa-PB
12. O papel das Organizações Sociais na luta pela
Convivência com o Semiárido brasileiro
13. Regimes ecodinâmicos e levantamentos de vegetação na
Sub-bacia hidrográfica do Alto Paraíba
14. Ciência e tecnologia no Semiárido brasileiro: integrando
olhares de estudantes com pesquisadores do Insa
15. Águas de Areias – Recuperação e gestão compartilhada
da água de aluvião em leito seco de rio no Semiárido
pernambucano
16. Agroecologia e resiliência sócio-ecológica às mudanças
climáticas no Semiárido: Pilares conceituais e caminhos
metodológicos
17. Manejo racional dos algarobais espontâneos para o
combate à desertificação no Sertão de Pernambuco
18. Desertificação e sua inter-relação com a vulnerabilidade
socioeconômica de famílias rurais do semiárido
19. Projeto Caravana da astronomia: “Desvendando o Céu
Austral: Ciência e Tecnologia para Inclusão Social”
20. Educação contextualizada ao Semiárido: vivências
integralizadas
21. Ciência e Saúde no Semiárido brasileiro
22. Comunicação da ciência e visualização da informação
23. Sustentabilidade, patrimônio e cultura das comunidades
quilombolas do semiárido brasileiro
24. Soluções tecnológicas adaptadas ao Semiárido
Temas trabalhados em 2014
Instituições Convidadas/Participantes
Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE)
Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN)
Articulação do Semiárido (ASA Brasil)
Comissão Pastoral da Terra (CPT/BA)
União Europeia (UE)
Fundação Joaquim Nabuco (FUNDAJ)
Associação Águas do Nordeste (ANE)
Associação Plantas do Nordeste (APNE)
Universidade de São Paulo (USP)
Secretaria Municipal de Saúde/Prefeitura Municipal de Campina
Grande
Universidade Federal da Paraíba (UFPB)
Universidade Federal de Campina Grande (UFCG)
Prefeitura Municipal de Boa Vista/PB
Universidade Estadual da Paraíba (UEPB)
Cooperativa de Catadores e Catadoras de Materiais Recicláveis
(CATAMAIS)
Associação ARENZA
Cooperativa de Trabalhadores de Materiais Recicláveis
(COTRAMARE)
Associação Quilombola Pedra D’água
Comunidade Quilombola do Grilo
Cunhã Coletivo Feminista
Concern Universal Brasil
Centro de Educação Popular e Formação Social (CEPFS)
Agência Estadual de Gestão das Águas do Estado da Paraíba
(AESA)
Instituto Federal da Paraíba (IFPB)
Associação dos Moradores do Assentamento Vitória (AMAV)
Centro de Convivência e Fortalecimento de vínculos familiares/
Prefeitura Municipal de Campina Grande
Escola de Ensino Fundamental e Médio Assis Chateaubriand
Escola Santa Terezinha
Colégio Alice Coutinho
Escola Estadual Hortênsio de Sousa Ribeiro
Escola Abdias Aires de Queiroz
Associação de Apoio as Comunidades Afrodescendentes –
(AACADE)
59Pela convivência, resiliência e resistência: Construindo juntos estratégias na Ciência, Tecnologia e Inovação que se alimentam mutuamente
POPULARIZANDO CIÊNCIA ATRAVÉS DO CINEMAA
Projeto Semiárido em Tela
Buscamos desenvolver e estimular, junto a crianças e jovens,
a compreensão do Semiárido, na perspectiva da dinâmica
sociocultural, através da pesquisa, capacitação, registro e difusão
da ciência e a tecnologia, tendo como protagonistas principais as
pessoas envolvidas.
As oficinas foram realizadas em comunidades onde estão sendo desenvolvidos projetos
de pesquisa do Insa. Em 2014, concentramos em dois tipos de atividades: 1) Capacitação
e registro de histórias de convivência com o Semiárido; 2) Socialização de experiências de
convivência com o Semiárido.
Oficina sobre fotografia As primeiras fotografias
Mostra Semiárido em Tela exibido e apresentado por jovens da
comunidade Poço das Padras/São João do Cariri/PB. O evento
reuniu 120 pessoas.
Filmagem do documentário Rio Taperoá/PB.
60 RELATÓRIO POPULARIZADO | 2014
“A ciência que o Insa faz”
A série “A Ciência que o Insa faz” teve como referência o Projeto “A Ciência que eu faço”.
Nosso objetivo principal foi divulgar estudos e ações desenvolvidas pelo Insa, buscando
aproximar mais os pesquisadores das pessoas.
A proposta consistui-se em uma série de vídeos, de curta duração, com depoimentos sobre
o despertar para o meio científico e a pesquisa que está sendo desenvolvida atualmente. Em
2014, foram feitas três produções da série.
Socialização dos vídeos
produzidos em comunidades
rurais para jovens da área
urbana.
Jucilene Araújo, pesquisadora
do Insa, fala sobre a experiência do
Projeto de Revitalização da Cultura
da Palma Forrageira.
61Pela convivência, resiliência e resistência: Construindo juntos estratégias na Ciência, Tecnologia e Inovação que se alimentam mutuamente
Avançamos na implantação da estrutura e processos essenciais para apoiar as ações de
ciência, tecnologia e inovação, com os seguintes destaques:
• Organização do espaço físico e aquisição de mobiliários e computadores;
• Instalação de pontos de energia e internet;
• Conclusão de compras de livros sugeridos;
• Preparo da base de dados para organização de todo o acervo, como: controle de
empréstimo, cadastro de usuários, entrada de livros, entrada de periódicos, entrada de material
audiovisual, controle de saída de publicação do Insa;
• Organização do acervo (livros e periódicos) para catalogação em Classificação Decimal
Universal (CDU);
• Implementação e contrato da norma internacional ISBN para publicações do Insa; e
• Aprovação do projeto no edital Embrapa 001/2014: “Lendo é que se faz”, com objetivo de
desenvolver na escola-comunidade ações de incentivo a leitura e a capacitação para inclusão
produtiva com o uso das minibibliotecas como ferramenta de apoio didático pedagógico.
Organização da Biblioteca
62 RELATÓRIO POPULARIZADO | 2014
INFRAESTRUTURA PARA
CIÊNCIA, TECNOLOGIA E
INOVAÇÃO
63Pela convivência, resiliência e resistência: Construindo juntos estratégias na Ciência, Tecnologia e Inovação que se alimentam mutuamente
Ampliação e consolidação da infraestrutura de desenvolvimento científico, tecnológico e
de inovação na sede e na estação experimental do Insa
Conclusão das obras de infraestrutura da Estação Experimental, do Cactário, do Sistema de Coleta
e Distribuição de Água de Chuva e do Laboratório Vasconcelos Sobrinho;
Contratação das obras da primeira etapa dos setores de serviço na sede administrativa (73%
concluídas) e Estação Experimental (68% concluídas), do sistema de fornecimento ininterrupto de
energia elétrica para a sede administrativa e do Complexo de Laboratórios Miguel Arraes e Celso
Furtado (66% concluído).
Sede Administrativa - execução das obras do setor de serviço.
64 RELATÓRIO POPULARIZADO | 2014
Conclusão do Cactário. Cobertura da passarela que dá acesso a um dos laboratórios.
Conclusão da obra de captação e coleta de água de chuva.
Conjunto de reservatórios para água de chuva. Reservatórios e casa de bombas.
Conclusão da Infraestrutura do Complexo de Laboratórios Miguel Arraes e Celso Furtado na
Estação Experimental.
Construção do reservatório de
água.
65Pela convivência, resiliência e resistência: Construindo juntos estratégias na Ciência, Tecnologia e Inovação que se alimentam mutuamente
Instalação da rede de alta e baixa tensão
Instalação da rede de combate a incêndio
Mapeamento via satélite da Estação Experimental do Insa
Imagem de satélite de alta resolução,
modelo numérico do terreno, curvas de nível
e mapeamento do uso e cobertura do solo
para auxiliar pesquisadores e usuários da
Estação Experimental em seu planejamento.
Fonte: Setor Geoprocessamento/Insa.
66 RELATÓRIO POPULARIZADO | 2014
SÍNTESE DAS AÇÕES DE DESTAQUE NO ANO 2014
Lançamento de publicações úteis à sociedade
Relatório popularizado das atividades realizadas pelo Insa no ano 2013.
Desde 2012, publicamos relatórios anuais das atividades, com objetivo de propiciar o acesso, a
compreensão e o diálogo com os diversos segmentos da sociedade, em especial com a população
do Semiárido brasileiro. Sob o título Relatório de atividades 2013: Convivência com o Semiárido,
compromisso e construção coletiva, a publicação compartilha os resultados das ações e os
compromissos assumidos.
Cesta Metodológica. Um grupo de pesquisadores do Insa dedicou-se na construção de uma Cesta
Metodológica, composta por uma série de cartilhas didáticas, que explicam passo a passo técnicas
empregadas pela agroecologia para atenuar problemas cotidianos de pequenas propriedades
no Semiárido brasileiro. O lançamento teórico-prático da Cesta Metodológica aconteceu no dia
26 de fevereiro, em evento aberto ao público. Naquela oportunidade o grupo de pesquisadores
responsável pela elaboração da Cesta Metodológica falou sobre o esforço para convergir em um
material didático de fácil compreensão o conhecimento popular e acadêmico e, desta maneira,
torná-lo acessível aos usuários.
Abastecimento Urbano de Água: panorama para o Semiárido brasileiro. O livro destaca a
cobertura do serviço de abastecimento de água no Semiárido, as características do sistema e
suas eficiências. Resultado do esforço de pesquisadores do Insa, da Universidade Federal Rural do
Semiárido (UFERSA) e do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Baiano (IF Baiano),
traz o mapeamento do abastecimento urbano de água na região semiárida, a qualidade da água
fornecida, além de dados sobre a contaminação dos mananciais, tipos de sistema e fontes de
abastecimento e dados sobre os investimentos realizados nos sistemas de abastecimento de água.
O recorte dos dados por estado permite ao leitor se familiarizar com as realidades regional e local.
Semiárido Brasileiro: riquezas, diversidades e saberes. O primeiro número da coleção “(Re)
conhecendo o Semiárido” foi lançado no dia 27 de junho. Em sua primeira edição, os autores
apresentam diferentes aspectos sociais, culturais e ambientais do Semiárido brasileiro. A obra
explica de modo didático conceitos, diferenças entre climas e diversas regiões naturais, entre outros
aspectos da região, reunidos na forma de textos e imagens.
TecnologiasadaptadasparaaconvivênciacomoSemiárido.Nodia14deabrilocorreuolançamento,
emCampinaGrande(PB),dosdoisvolumesdaobra“TecnologiasAdaptadasparaoDesenvolvimento
Sustentável do Semiárido Brasileiro”. A ação foi uma iniciativa da Universidade Federal de Campina
Grande (UFCG), em parceria com o Insa e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e
Tecnológico (CNPq).
Eventos Técnicos e Científicos
Reunião Técnica sobre estratégias e tecnologias de convivência com a seca. Durante a reunião,
realizada em parceria com instituições brasileiras e alemãs, nos dias 10 e 11 de dezembro, lançamos
o Projeto BRAMAR, de cooperação germânico-brasileira. Os temas centrais foram: estratégias e
tecnologias inovadoras para mitigação dos efeitos da seca e o uso de águas residuárias para fins
agrícola e industrial.
67Pela convivência, resiliência e resistência: Construindo juntos estratégias na Ciência, Tecnologia e Inovação que se alimentam mutuamente
1º Encontro de Intercâmbio Técnico dos Países de Língua Portuguesa no âmbito da Convenção
das Nações Unidas para o Combate à Desertificação (UNCCD). Tratou-se de uma ação inovadora
no âmbito das relações entre países do Hemisfério Sul, que tem unificado nacionalidades de língua
portuguesa para o intercâmbio de boas práticas de convivência com a semiaridez e o combate à
desertificação. O encontro foi realizado em parceria com o MMA, no período de 15 a 26 de novembro
de 2014.
O Insa participou como organizador juntamente com a Sociedade Brasileira de Genética (SBG) do
20º Encontro de Genética do Nordeste (ENGENE), realizado no período de 4 a 7 de novembro em
Campina Grande (PB). A SBG reúne a cada dois anos centenas de pesquisadores, professores e alunos
envolvidos com pesquisas na área de genética e suas relações no âmbito das ciências biológicas, da
saúde e da agropecuária. Na programação do 20º Encontro foram realizadas 11 conferências, 16
mesas-redondas e 15 minicursos, além de sessões de painéis. Paralelamente ao ENGENE ocorreu
o 2º Simpósio de Genética Humana e Médica do Nordeste, e um espaço “Genética na Praça” com
exposições, oficinas, exposição de pôsteres e palestras destinadas aos educadores e professores que
atuam no Ensino de Biologia.
Participação na 12° Feira anual de Ciência, Tecnologia e Inovação (FETECH). O evento, ralizado
no período de 20 a 23 de novembro, reuniu produtos, invenções e pesquisas científicas voltadas
principalmente para a área do empreendedorismo. A feira contou com a presença de universidades,
empresas e instituições dispostas em quase 150 estandes nas áreas de Energia, Tecnologias de
Inovação e Comunicação (TICs), Tecnologias Sociais, Automotivos, Saúde, Educação, Petróleo e Gás,
Construção Civil, Biocombustíveis, dentre outros.
A Biodiversidade Camponesa da Realidade da Reforma Agrária. O evento foi realizado no período
de 08 a 10 de outubro, e organizado numa parceria entre Instituto de Assessoria a Cidadania e
ao Desenvolvimento Local Sustentável (IDS), o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária
(INCRA), a Articulação do Semiárido Brasileiro (ASA), e o Instituto Nacional do Semiárido (Insa).
1° Seminário Internacional de Convivência com o Semiárido. No período de 22 a 25 de setembro, o
Insa, expôs suas ações no Semiárido brasileiro, contribuindo com reflexões sobre pesquisas, ações e
articulações na região.
América Latina e União Europeia discutem adaptações da agricultura às mudanças climáticas.
Participamos deste evento, realizado no período de 01 a 03 de setembro, na cidade do México,
como correspondente científico do Brasil junto à UNCCD, realizado pelo Joint Research Centre of the
European Commission (JRC).
Reaproveitamento de água servida no Semiárido paraibano. No dia 09 de maio ocorreu a
socialização de experiências nessa área. O evento foi promovido pela Rede Água da Articulação
Semiárido paraibano (ASA-PB), em parceria com o Insa.
Observatório Astronômico do Sertão. No dia 09 de junho foi apresentado o “Projeto Impacton:
um observatório no sertão”, que tem como objetivo a instalação e operação de um observatório
astronômico dedicado à pesquisa de pequenos corpos do Sistema Solar. Esta iniciativa, além da
operação pioneira de um telescópio robótico, integra o Brasil aos programas internacionais de busca,
seguimento e estudo das propriedades físicas de asteroides e cometas potencialmente perigosos
para a Terra. Instalado no município de Itacuruba (PE), o Observatório Astronômico do Sertão de
Itaparica (OASI) iniciou a operação em março de 2011.
68 RELATÓRIO POPULARIZADO | 2014
Intercâmbio de Experiências – Na Busca da Sustentabilidade de Modos de Vida no Semiárido
brasileiro. Realizado pela Organização Concern Universal, União Europeia, em parceria com o Insa,
nos dias 28 e 29, reuniu mais de 30 organizações nacionais e internacionais.
2ª Oficina no contexto do projeto “Sistemas Agrícolas Familiares Resilientes a Eventos Ambientais
Extremos no Semiárido brasileiro”. Durante o período de 11 a 14 de fevereiro, pesquisadores dos
nove estados da região, envolvidos na execução do projeto, se reuniram para restituir os resultados
planejados e executados nos territórios durante o primeiro ano dos estudos, além de discutir o
processo metodológico, de sensibilização e caracterização qualitativa dos agroecossistemas.
Trajetórias e desafios da agricultura familiar e da agroecologia. O evento foi uma iniciativa da AS-
PTA Agricultura Familiar e Agroecologia, em parceria com o Insa, e marcou também o lançamento do
projeto latino-americano Aliança pela Agroecologia, que reúne organizações sociais de sete países
da América Latina dedicadas à promoção do desenvolvimento rural sustentável. Representantes
de 13 organizações sociais da Bolívia, Nicarágua, Paraguai, Guatemala, Equador e Colômbia
participaram do evento, que também incluiu visitas a experiências agroecológicas.
Ação comunitária no Parque Nacional do Catimbau (PE). A ação foi promovida pela Pró-Reitoria
de Extensão e pelo Departamento de Bioquímica/Centro de Ciências Biológicas, da Universidade
Federal de Pernambuco (UFPE), em parceria com a Rede Nanobiotec (Capes) e com o Insa. A 1ª Ação
Comunitária “Ciência na Caatinga: valorizando pessoas, promovendo conservação” ocorreu dia 28
de abril, como parte das comemorações ao Dia Nacional da Caatinga, e contou com a participação
de 1500 pessoas moradoras da comunidade.
Dia Mundial da Água. Realizado pela segunda vez no Insa, contou com a participação de mais de 500
estudantes de escolas públicas, além de agricultores experimentadores, técnicos e pesquisadores.
A programação contemplou momentos distintos dedicados para os públicos específicos.
Insa assina termo de Termo de Transferência de material (TTM). Foi assinado junto à EMBRAPA
Cerrados, o TTM que possibilitará a obtenção de sementes para realização de pesquisas sobre
caracterização do material vegetal e o armazenamento na coleção de sementes de espécies nativas
do Insa.
69Pela convivência, resiliência e resistência: Construindo juntos estratégias na Ciência, Tecnologia e Inovação que se alimentam mutuamente
ADAGRO - Agência de Defesa e Fiscalização Agropecuária de Pernambuco
ASA - Articulação no Semiárido Brasileiro
AS-PTA - Agricultura Familiar e Agroecologia
ATES - Assessoria Técnica, Social e Ambiental à Reforma Agrária
BA - Bahia
BRAMAR - Desenvolvimento de Estratégias e Tecnologias Inovadoras para Mitigação dos
Efeitos da Escassez de Água no Nordeste Brasileiro
CAR - Cadastro Ambiental Rural
CCA - Centro de Ciências Agrárias
CDISAB - Centro de Documentação e Informação do Semiárido Brasileiro
CDU - Classificação Decimal Universal
CE - Ceará
CENAUREMN - Centro Nordestino de Aplicação e uso da Ressonância Magnética Nuclear
CETEM - Centro de Tecnologia Mineral
CETENE - Centro de Tecnologias Estratégicas para o Nordeste
CNCD - Comissão Nacional de Combate à Desertificação
CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico
COOPERCUC Cooperativa Agropecuária Familiar de Uauá, Canudos e Curaçá
CPqAM - Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães - Fiocruz
CTI - Ciência, Tecnologia e Inovação
DOU - Diário Oficial da União
EAN - Herbário Professor Jayme Coelho de Moraes
EMBRAPA - Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
ENGENE - Encontro de Genética do Nordeste
FAO - Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura
FETECH - Feira anual de Ciência, Tecnologia e Inovação
IF BAIANO - Instituto Federal Baiano
INCRA - Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária
INEMET - Instituto Nacional de Meteorologia
INPA - Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia
INPE - Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais
INSA - Instituto Nacional do Semiárido
IPD - Índice de Propensão à Desertificação
IPDESA - Índice de Propensão a Desertificação Econômica, Social e Agropecuário
IRPAA - Instituto Regional da Pequena Agropecuária Apropriada
ISBN - Número Padrão Internacional de Livro
JEPEX - Jornada de Ensino, Pesquisa e Extensão
JEPEX - Jornada de Ensino, Pesquisa e Extensão
JRC - Joint Research Centre of the European Commission
LAPAB - Laboratório de Pesquisas Aplicadas à Biofábrica
LAPIS - Laboratório de Imagens de Satélites
MCTI - Ministério da Ciencia, Tecnologia e Inovação
MDA - Ministério do Desenvolvimento Agrário
MDS - Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome
MG - Minas Gerais
MMA - Ministério do Meio Ambiente
NBioCAT - Núcleo BioCaatinga
NDVI - Índice de Vegetação do Semiárido
NDWI - Índices de Água por Diferença Normalizada
NIM - Núcleo de Inovação Metodológica
OASI - Observatório Astronômico do Sertão de Itaparica
LISTA DE SIGLAS
70 RELATÓRIO POPULARIZADO | 2014
ONG - Organização Não Governamental
P1MC - Programa Um Milhão de Cisternas
PAA - Programa de Aquisição de Alimentos
PE - Pernambuco
PET - Politereftalato de Etileno
PNRA - Plano Nacional de Reforma Agrária
PRONERA - Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária
RENISUS - Relação Nacional de Plantas Medicinais de Interesse ao Sistema Único de Saúde
RN - Rio Grande do Norte
SBG - Sociedade Brasileira de Genética
SCUP - Subsecretaria das Unidades de Pesquisa
SIGSAB - Sistema de Gestão da Informação e do Conhecimento do Semiárido Brasileiro
SNCT - Semana Nacional de Ciência e Tecnologia
TIC - Tecnologias da Informação e Comunicação
TTM - Termo de Transferência de Material
UFAL - Universidade Federal de Alagoas
UFCG - Universidade Federal de Campina Grande
UFERSA - Universidade Federal Rural do Semiárido
UFPB - Universidade Federal da Paraíba
UFPE - Universidade Federal de Pernambuco
UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul
UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte
UFRPE - Universidade Federal Rural de Pernambuco
UNCCD - Convenção das Nações Unidas para o Combate à Desertificação
UNIVASF - Universidade Federal do Vale do São Francisco
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CTI para o Semiárido com participação popular

  • 1. Pela convivência, resiliência e resistência: Construindo juntos estratégias na Ciência, Tecnologia e Inovação que se alimentam mutuamente RELATÓRIO POPULARIZADO 2014
  • 2. RELATÓRIO POPULARIZADO 2014 Autores Aldrin MarƟn Perez-Marin Ana Paula Silva dos Santos Alexandre Gomes da Silva Luis Felipe Ulloa Forero INSA Campina Grande - PB 2015 Pela convivência, resiliência e resistência: Construindo juntos estratégias na Ciência, Tecnologia e Inovação que se alimentam mutuamente
  • 3. Governo do Brasil Presidenta da República Dilma Vana Rousseff Vice-Presidente da República Michel Miguel Elias Temer Lulia Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) Ministro de Estado José Aldo Rebelo Figueiredo Secretário Executivo Alvaro Toubes Prata Instituto Nacional do Semiárido (INSA) Diretor Ignacio Hernán Salcedo Diretor Substituto Salomão de Sousa Medeiros Coordenador de Pesquisa Aldrin Martin Perez Marin Coordenador de Adminstração Inesca Cristina Malaquias Pereira É permitida a reprodução de dados e informações contidas nesta publicação desde que citada a fonte.
  • 5. 5Pela convivência, resiliência e resistência: Construindo juntos estratégias na Ciência, Tecnologia e Inovação que se alimentam mutuamente Moço, a coisa tá feia Se a gente não fizer o certo Padim Ciço também já dizia O sertão vai virar um deserto I Não corte um só pé de pau Não toque fogo no mato Deixe os bichinhos viverem Maneje os bois e os bodes Dê um descanso, seu moço Prá terra e pro pasto II Não plante em serra acima Nem plante em ladeira abaixo Deixe que o mato proteja O ventre da fecundidade Prá água não levar de arrasto A sua fertilidade III Aproveite a água da chuva Tenha a cisterna na casa Represe rios e riachos Plante sempre uma árvore Caju, sabiá, umbuzeiro Mulungu, ingá, juazeiro IV Assim se deve fazer E o sertão irá sempre viver Mas, se tudo for desmatado Nada será tão errado Num futuro garantido e certo O sertão vai virar um deserto Roberto Malvezzi “Gogó” (2015) Mandamentos ecológicos do Pe. Cícero
  • 6. 6 RELATÓRIO POPULARIZADO | 2014 Diretor (centro) Dr. Ignácio Hernán Salcedo, nascido em Buenos Aires, naturalizado brasileiro, reside no país há 35 anos, tem desenvolvido sua carreira científica como professor, pesquisador e assessor em diversas instituições de ensino, pesquisa e extensão. O “Prof. Salcedo”, como é conhecido, tem uma imensa lista de trabalhos realizados no Semiárido brasileiro, e muitos alunos, orientandos e ex-orientados espalhados pela América Latina, que continuam desenvolvendo trabalhos para o avanço das ciências dos solos em suas áreas de atuação. Diretor substituto (esquerda) Dr. Salomão de Sousa Medeiros, paraibano, nascido em Sousa, que traz sua experiência em ensino, pesquisa e extensão, tendo atuado na Universidade Federal de Campina Grande – UFCG. Foi técnico em Desenvolvimento Regional na Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba – CODEVASF, vinculado a Unidade de Apoio Hidroagrícola da 2ª Superintendência Regional, na qual também exerceu a função de coordenador. Coordenador de Pesquisa (direita) Dr. Aldrin Martin Perez-Marin, nascido na Nicarágua, naturalizado brasileiro com família originária da região dos cariris paraibanos. Este acumula experiências em projetos de desenvolvimento rural e agroecologia com agricultores familiares experimentadores e estudantes de escolas rurais e como pesquisador do Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA) na área de manejo e conservação do solo e água.
  • 7. 7Pela convivência, resiliência e resistência: Construindo juntos estratégias na Ciência, Tecnologia e Inovação que se alimentam mutuamente 2014: CO-CONSTRUINDO CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO PARA E COM O SEMIÁRIDO BRASILEIRO BIODIVERSIDADE E USO SUSTENTÁVEL GESTÃO DE RECURSOS HIDRICOS SISTEMAS DE PRODUÇÃO DESERTIFICAÇÃO DESENVOLVIMENTO E TECNOLOGIAS SOCIAIS INOVAÇÕES METODOLÓGICAS PARA CONVERGÊNCIA DO SABER POPULAR E ACADÊMICO GESTÃO DA INFORMAÇÃO E DO CONHECIMENTO DO SEMIÁRIDO BRASILEIRO AÇÕES TRANSVERSAIS INFRAESTRUTURA PARA CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO SÍNTESE DAS AÇÕES DE DESTAQUE NO ANO 2014 LISTA DE SIGLAS SUMÁRIO 18 22 30 40 43 50 52 55 57 60 62 62 RELATÓRIO POPULARIZADO - LINHA DO TEMPO 2013 2014 Insa publica o 1º relatório com as ações realizadas em 2012 Publicação do 2º relatório com as ações de 2013 Publicação do 3º relatório com as ações de 2014 2015
  • 9. 9Pela convivência, resiliência e resistência: Construindo juntos estratégias na Ciência, Tecnologia e Inovação que se alimentam mutuamente APRESENTAÇÃO Compartilhamos, com você leitor e leitora, as atividades, os resultados e os compromissos assumidos pelo Insa em 2014, ano que buscamos construir e reafirmar dialogicamente fundamentos de novos caminhos da Ciência, Tecnologia e Inovação (CTI) para convivência com o Semiárido brasileiro. Ao pesquisarmos sobre temas como a bioprospecção e biotecnologia, e ao realizar pesquisa-ação junto a agricultores/as experimentadores/as para o estudo da resiliência de sistemas produtivos a eventos climáticos extremos, transitamos pelas fronteiras do saber científico a partir de problemas reais, contextualizados, buscando mudar a vida das pessoas. E nessa construção, as pessoas, as famílias, as comunidades e setores organizados, têm sido protagonistas do processo, convertendo os conhecimentos na sua esperança da construção de alternativas para a superação da miséria e da pobreza. Por outro lado, concentramos ações de CTI em seis áreas de intervenção: Desertificação, Biodiversidade e uso sustentável, Sistemas de produção, Recursos hídricos, Desenvolvimento e tecnologias sociais, Inovação metodológica e Gestão da informação e do conhecimento, e na consolidação da infraestrutura do Instituto. Dentre as ações desenvolvidas, destacamos algumas delas: o projeto de pesquisa em rede, denominado Sistemas agrícolas familiares resilientes a eventos extremos no contexto do semiárido brasileiro, que busca mapear estratégias econômicas, sociais, tecnológicas e políticas para convivência com a região, consolidando a parceria com Articulação do Semiárido Brasileiro (ASA); a consolidação do Núcleo de Bioprospecção e Conservação da Caatinga (NBioCaat), que integra instituições brasileiras de ciência e tecnologia, indústrias e a sociedade em geral, para identificar e avaliar recursos genéticos e bioquímicos do Bioma Caatinga; a consolidação do Projeto de Revitalização da Palma Forrageira, como estratégia de segurança alimentar dos rebanhos da região, com a perspectiva de ampliação para outros estados do Semiárido brasileiro; lançamento da primeira fase do Sistema de Gestão da Informação e do Conhecimento do Semiárido Brasileiro (SIGSAB), iniciativa que visa tornar as informações oriundas de diversas instituições envolvidas com a produção científica ou empírica, acessíveis e sistematizadas para os diferentes atores protagonistas da vida na região; e na área de infraestrutura, a finalização e o avanço de obras de laboratórios, bem como a conclusão do sistema de captação de água de chuva e de reúso de água de esgoto, em toda a sede do Insa, uma aplicação prática de uma proposta para gestão de água que também pode ser modelo para instituições públicas, escolas e empresas; e a instalação do escritório da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) no Nordeste brasileiro, na sede do Insa, por meio da assinatura de acordo de cooperação. CO-CONSTRUINDO CIÊNCIA,TECNOLOGIA E INOVAÇÃO PARA E COM O SEMIÁRIDO BRASILEIRO2014:
  • 10. 10 RELATÓRIO POPULARIZADO | 2014 Não podemos deixar de registrar nosso esforço para desenvolver ações focadas em crianças e jovens, com a ideia de aproximá-los da ciência e de cientistas da região, ao mesmo tempo que aprendemos como instituição. Essa ação é convergente à Visão Institucional do Insa para 2030, em ser uma Instituição de referência na região, quando os jovens de hoje serão homens e mulheres em plena atividade produtiva e tomadores de decisão. Outro ponto relevante, em processo de devolução para sociedade, é o desenvolvimento de propostas metodológicas e comunicacionais que têm produzido sinergia no encontro entre setores e entre conhecimentos diversos. É com o sentimento de missão cumprida que finalizamos nossas palavras e desejamos que este relatório sirva de instrumento de participação cidadã; alimente questões, discussões, propostas e outras inter-relações; seja utilizado por especialistas de diversas áreas de conhecimento, gestores de outras instituições e organizações sociais, e autoridades e políticos para identificar contatos e se articularem de modo a contribuir com as suas
  • 11. 11Pela convivência, resiliência e resistência: Construindo juntos estratégias na Ciência, Tecnologia e Inovação que se alimentam mutuamente próprias responsabilidades sociais; além de contribuir no campo da formação, como ferramenta à disposição de professores, estudantes e profissionais de diversas áreas, que, valendo-se das informações aqui disponibilizadas, possam planejar linhas de estudos, estabelecer contatos de aprendizagem e trocas de experiências, a partir de elementos que apontam problemas e potencialidades da região, e do rol de pesquisas desenvolvidas, para construção de um Semiárido com justiça social. Por fim, agradecemos o apoio indispensável da Subsecretaria das Unidades de Pesquisa (SCUP/MCTI), das demais instâncias do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), e dos parceiros de instituições governamentais e não-governamentais que atuam no Semiárido brasileiro. Ignacio Hernán Salcedo Diretor
  • 12. 12 RELATÓRIO POPULARIZADO | 2014 BIODIVERSIDADE E USO SUSTENTÁVEL Foto:JoãoVitalSouto/MMA
  • 13. 13Pela convivência, resiliência e resistência: Construindo juntos estratégias na Ciência, Tecnologia e Inovação que se alimentam mutuamente Nesta área, concentramos esforços em seis focos: 1. Consolidação do Núcleo de Bioprospecção e Conservação da Caatinga (NBioCaat). Realizamos pesquisas sobre recursos genéticos e bioquímicos, articulando instituições de ciência e tecnologia, indústrias e a sociedade em geral; 2. Implantação do Laboratório de Biomoléculas. Este laboratório viabilizará análises de biomoléculas de plantas nativas; 3. Projeto Inselbergues. Nos estados da Paraíba, Ceará, Piauí, Bahia e Rio Grande do Norte, coletamos plantas que foram herborizadas e analisadas citogeneticamente; 4. Projeto Umbu. Nos estados de Pernambuco e Paraíba, realizamos coletas de frutos de umbu e análises físico-químicas; 5. Implantação do Laboratório de Biologia Molecular. Possibilitará a realização de estudos sobre a diversidade genética de espécies vegetais e animais nos distintos ambientes do Bioma Caatinga; 6. Projeto Conservação e Uso de cactáceas. Desenvolvido com objetivo de realizar estudos sobre uso e conservação ex situ de espécies emblemáticas de cactos do Bioma Caatinga. 1. Consolidação do Núcleo de Bioprospecção e Conservação da Caatinga Desde o ano de 2013, o Insa, vem consolidando o NBioCaat, com o objetivo de promover maior integração entre instituições de ciência e tecnologia, indústrias e a sociedade em geral. Buscamos identificar e avaliar recursos genéticos e bioquímicos do Bioma Caatinga, auxiliando na conservação das espécies do Semiárido brasileiro. O Núcleo, composto por vários grupos de pesquisa vinculados a instituições brasileiras, realiza coletas e identificação de plantas, separação de biomoléculas e ensaios de atividades biológicas, que inclui antibiótica, antiparasitária, antibiofilme, antiproliferativa, antioxidante, inseticida, larvicidas, deterrentes contra o mosquito da dengue, controle de enfermidades infeciosas e toxicológicas, veterinárias, imunomoldura, fotoprotectora, anti-inflamatória e cicatrizante. A iniciativa resultará em uma concepção alternativa de conservação e uso sustentável da Caatinga, em contraponto à forte supressão vegetal a qual vem sendo submetido este Bioma. No processo de criação deste Núcleo foram identificadas e articuladas competências em diversas instituições, conforme o quadro abaixo.
  • 14. 14 RELATÓRIO POPULARIZADO | 2014 InsƟtuição Ponto Focal Tema InsƟtuto Nacional do Semiárido Ignácio Hernán Salcedo Coleta, idenƟficação e distribuição de material vegetal InsƟtuto Nacional do Semiárido Arnóbio Cavalcante Análise de aƟvidade biológica InsƟtuto Nacional do Semiárido Wolfgang Harand Isolamento e caracterização cromatográfica de metabólitos secundários bioaƟvos InsƟtuto Nacional do Semiárido Alexandre Gomes da Silva Coleta e idenƟficação de plantas Universidade Federal de Pernambuco Marcia Vanusa da Silva Análise de aƟvidade biológica Coordenadora do Núcleo Universidade Federal de Pernambuco Janete Magali Araújo Análise de aƟvidade biológica Universidade Federal de Pernambuco Maria Tereza dos Santos Correia Análise de aƟvidade biológica Universidade Federal de Pernambuco Patrícia Maria Guedes Paiva Analise de aƟvidade biológica Universidade Federal de Pernambuco Thiago Henrique Napoleão Análise de aƟvidade biológica Universidade Federal de Pernambuco Daniela Maria do Amaral Ferraz Navarro Análise de aƟvidade biológica Universidade Federal Rural do Semi-Árido Michele Dalvina Correia da Silva Análise de aƟvidade biológica Universidade Federal do Rio Grande do Norte Raquel Brandt Giordani Análise de aƟvidade biológica Universidade Federal do Rio Grande do Norte Silvana ZucoloƩo Langassner Análise de aƟvidade biológica Universidade Federal do Rio Grande do Norte Renata Mendonça Araújo Isolamento e caracterização cromatográfica de metabólitos secundários bioaƟvos Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães Regina Celia Bressan Queiroz de Figueiredo Análise de aƟvidade biológica Universidade Federal do Vale do São Francisco Jackson Roberto Guedes da Silva Almeida Análise de aƟvidade biológica Universidade Federal do Vale do São Francisco Xirley Pereira Nunes Isolamento e caracterização cromatográfica de metabólitos secundários bioaƟvos Universidade Federal de Campina Grande Antônio Fernando de Melo Vaz Análise de aƟvidade biológica Universidade Federal de Campina Grande Ana Célia Rodrigues Athayde Análise de aƟvidade biológica Universidade Federal Rural de Pernambuco Elineide Barbosa Silveira Análise de aƟvidade biológica Universidade Federal Rural de Pernambuco Rosa Mariano Análise de aƟvidade biológica Universidade Federal da Paraíba Josean Fechine Tavares Análise de aƟvidade biológica e Isolamento e caracterização cromatográfica de metabólitos secundários bioaƟvos Universidade Federal da Paraíba Marcelo Sobral da Silva Análise de aƟvidade biológica e Isolamento e caracterização cromatográfica de metabólitos secundários bioaƟvos Universidade Federal da Paraíba Marianna Vieira Sobral Castelllo- Branco Análise de aƟvidade biológica Centro NordesƟno de Aplicação e Uso da Ressonância MagnéƟca Nuclear Edilberto Rocha Silveira Isolamento e caracterização cromatográfica de metabólitos secundários bioaƟvos Embrapa Semiárido Ana Valéria Vieira de Souza Análise de aƟvidade biológica Universidade Federal do Rio Grande do Sul Alexandre José Macedo Análise de aƟvidade biológica Universidade Federal do Rio Grande do Sul Tiana Tasca Análise de aƟvidade biológica InsƟtuição Ponto Focal InsƟtuto Nacional do Semiárido Ignácio Hernán Salcedo Coleta, idenƟfi vegetal InsƟtuto Nacional do Semiárido Arnóbio Cavalcante Análise de aƟv InsƟtuto Nacional do Semiárido Wolfgang Harand Isolamento e c metabólitos se InsƟtuto Nacional do Semiárido Alexandre Gomes da Silva Coleta e idenƟ Universidade Federal de Pernambuco Marcia Vanusa da Silva Análise de aƟv Coordenadora Universidade Federal de Pernambuco Janete Magali Araújo Análise de aƟv Universidade Federal de Pernambuco Maria Tereza dos Santos Correia Análise de aƟv Universidade Federal de Pernambuco Patrícia Maria Guedes Paiva Analise de aƟv Universidade Federal de Pernambuco Thiago Henrique Napoleão Análise de aƟv Universidade Federal de Pernambuco Daniela Maria do Amaral Ferraz Navarro Análise de aƟv Universidade Federal Rural do Semi-Árido Michele Dalvina Correia da Silva Análise de aƟv Universidade Federal do Rio Grande do Norte Raquel Brandt Giordani Análise de aƟv Universidade Federal do Rio Grande do Norte Silvana ZucoloƩo Langassner Análise de aƟv Universidade Federal do Rio Grande do Norte Renata Mendonça Araújo Isolamento e c metabólitos se Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães Regina Celia Bressan Queiroz de Figueiredo Análise de aƟv Universidade Federal do Vale do São Francisco Jackson Roberto Guedes da Silva Almeida Análise de aƟv Universidade Federal do Vale do São Francisco Xirley Pereira Nunes Isolamento e c metabólitos se Universidade Federal de Campina Grande Antônio Fernando de Melo Vaz Análise de aƟv Universidade Federal de Campina Grande Ana Célia Rodrigues Athayde Análise de aƟv Universidade Federal Rural de Pernambuco Elineide Barbosa Silveira Análise de aƟv Universidade Federal Rural de Pernambuco Rosa Mariano Análise de aƟv Universidade Federal da Paraíba Josean Fechine Tavares Análise de aƟv caracterização secundários b Universidade Federal da Paraíba Marcelo Sobral da Silva Análise de aƟv caracterização secundários b Universidade Federal da Paraíba Marianna Vieira Sobral Castelllo- Branco Análise de aƟv Centro NordesƟno de Aplicação e Uso da Ressonância MagnéƟca Nuclear Edilberto Rocha Silveira Isolamento e c metabólitos se Embrapa Semiárido Ana Valéria Vieira de Souza Análise de aƟv Universidade Federal do Rio Grande do Sul Alexandre José Macedo Análise de aƟv Universidade Federal do Rio Grande do Sul Tiana Tasca Análise de aƟv InsƟtuição Ponto Focal Tema Nacional do Semiárido Ignácio Hernán Salcedo Coleta, idenƟficação e distribuição de material vegetal Nacional do Semiárido Arnóbio Cavalcante Análise de aƟvidade biológica Nacional do Semiárido Wolfgang Harand Isolamento e caracterização cromatográfica de metabólitos secundários bioaƟvos Nacional do Semiárido Alexandre Gomes da Silva Coleta e idenƟficação de plantas dade Federal de Pernambuco Marcia Vanusa da Silva Análise de aƟvidade biológica Coordenadora do Núcleo dade Federal de Pernambuco Janete Magali Araújo Análise de aƟvidade biológica dade Federal de Pernambuco Maria Tereza dos Santos Correia Análise de aƟvidade biológica dade Federal de Pernambuco Patrícia Maria Guedes Paiva Analise de aƟvidade biológica dade Federal de Pernambuco Thiago Henrique Napoleão Análise de aƟvidade biológica dade Federal de Pernambuco Daniela Maria do Amaral Ferraz Navarro Análise de aƟvidade biológica dade Federal Rural do Semi-Árido Michele Dalvina Correia da Silva Análise de aƟvidade biológica dade Federal do Rio Grande do Norte Raquel Brandt Giordani Análise de aƟvidade biológica dade Federal do Rio Grande do Norte Silvana ZucoloƩo Langassner Análise de aƟvidade biológica dade Federal do Rio Grande do Norte Renata Mendonça Araújo Isolamento e caracterização cromatográfica de metabólitos secundários bioaƟvos e Pesquisas Aggeu Magalhães Regina Celia Bressan Queiroz de Figueiredo Análise de aƟvidade biológica dade Federal do Vale do São o Jackson Roberto Guedes da Silva Almeida Análise de aƟvidade biológica dade Federal do Vale do São o Xirley Pereira Nunes Isolamento e caracterização cromatográfica de metabólitos secundários bioaƟvos dade Federal de Campina Grande Antônio Fernando de Melo Vaz Análise de aƟvidade biológica dade Federal de Campina Grande Ana Célia Rodrigues Athayde Análise de aƟvidade biológica dade Federal Rural de Pernambuco Elineide Barbosa Silveira Análise de aƟvidade biológica dade Federal Rural de Pernambuco Rosa Mariano Análise de aƟvidade biológica dade Federal da Paraíba Josean Fechine Tavares Análise de aƟvidade biológica e Isolamento e caracterização cromatográfica de metabólitos secundários bioaƟvos dade Federal da Paraíba Marcelo Sobral da Silva Análise de aƟvidade biológica e Isolamento e caracterização cromatográfica de metabólitos secundários bioaƟvos dade Federal da Paraíba Marianna Vieira Sobral Castelllo- Branco Análise de aƟvidade biológica ordesƟno de Aplicação e Uso da ncia MagnéƟca Nuclear Edilberto Rocha Silveira Isolamento e caracterização cromatográfica de metabólitos secundários bioaƟvos Semiárido Ana Valéria Vieira de Souza Análise de aƟvidade biológica dade Federal do Rio Grande do Sul Alexandre José Macedo Análise de aƟvidade biológica dade Federal do Rio Grande do Sul Tiana Tasca Análise de aƟvidade biológica
  • 15. 15Pela convivência, resiliência e resistência: Construindo juntos estratégias na Ciência, Tecnologia e Inovação que se alimentam mutuamente Valorizando a Caatinga em pé O NBioCaat foi responsável pela coleta de mais de 80 espécies de plantas do Bioma Caatinga e obteve mais de 150 extratos vegetais, com o objetivo de rastrear diferentes atividades biológicas, dentre as quais podemos destacar: A atividade inseticida dos óleos essenciais de cutia (Eugenia brejoensis) contra o mosquito da dengue. Este estudo demonstrou pela primeira vez que os óleos essencias de Eugenia brejoensis apresentam propriedade larvicidas. Como fruto dos debates realizados no primeiro Workshop intitulado “Potencial biotecnológico da Caatinga”, publicamos o livro “A Caatinga e seu potencial”. A obra apresenta sete capítulos que destacam os potenciais biotecnológicos do Bioma Caatinga. Os capítulos foram escritos por pesquisadores participantes do Núcleo. Na Caatinga existem 71 espécies de plantas com propriedades medicinais incluídas na lista nacional de plantas de interesse para o Sistema Brasileiro de Saúde Pública (Relação Nacional de Plantas Medicinais de Interesse ao Sistema Único de Saúde - RENISUS). Cutia (Eugenia brejoensis). Índice de Retenção Quan dade (como % do total do óleo) Número Composto Iden ficado a Determinado b Literatura c 1 α-Cubebeno 1351 1348 0.25 2 α-Copaeno 1377 1374 0.79 3 β-Elemeno 1393 1389 1.22 4 α-Gurjuneno 1411 1409 2.83 5 β-(E)-Cariofileno 1421 1417 14.4 6 β-Copaeno 1431 1430 0.36 8 β-Gurjuneno 1434 1431 0.05 10 Aromadendreno 1441 1439 1.2 11 trans-Muurola-3,5-dieno 1452 1451 0.11 12 α-Humuleno 1455 1452 1.5 14 Cariofileno <9-epi-(E)-> 1463 1464 2.33 15 trans-Cadina-1(6),4-dieno 1475 1475 0.1 16 γ-Muuroleno 1478 1478 1.14 17 β-Selineno 1490 1489 0.34 18 trans-Muurola-4(14),5-dieno 1494 1493 0.02 19 Biciclogermacreno 1502 1500 7.93 20 γ-Cadineno 1516 1513 5.94 21 δ-Cadineno 1526 1522 22.6 22 trans-Cadina-1,4-dieno 1534 1533 0.63 23 α-Cadineno 1540 1537 1.06 24 α-Calacoreno 1545 1544 0.19 26 Palustrol 1570 1567 0.13 27 Espatulenol 1580 1577 3.28 28 Viridiflorol 1594 1592 0.08 29 Guaiol 1600 1600 1.61 31 Cubenol <1,10-di-epi-> 1618 1618 0.31 33 Cubenol <1-epi-> 1631 1627 0.92 34 α-Muurolol 1644 1644 9.34 35 α-Cadinol 1657 1652 8.49 36 Bulnesol 1670 1670 0.08 41 Shiobunol 1693 1688 0.07 Sesquiterpenos hidrocarbonados 62.66 Sesquiterpenos oxigenados 26.64 Compostos não idenƟficados 9.92 Total 99.22 a Constituintes listados em ordem de eluição em uma coluna não-polar DB- 5; b Índice de retenção (RI) calculado do tempo de retenção em relação à série de C9-C30 n-alcanos na coluna 30 m DB-; c Valores obtidos na literatura; - Não detectado. Identificação dos constituintes do óleo essencial extraido das folhas de Eugenia brejoensis
  • 16. 16 RELATÓRIO POPULARIZADO | 2014 Outro resultado importante dos estudos diz respeito a uma espécie da Caatinga, conhecida popularmente como Pau-ferro ou jucá (Libidibia ferrea), pertencente à família Fabaceae. Comprovamos que os frutos desta espécie possuem ação contra diabetes e anemia e tem ação antioxidante, além de atividade anticancerígena. Já a casca do caule pode ser utilizada para emagrecimento, como descongestionante em casos de enterocolite, diarreia, possíveis benefícios no sistema cardiovascular e no tratamento de feridas cutâneas. Extratos orgânicos das folhas tem ação contra a bactéria Staphyloccocus aureus, importante patógeno humano. Detalhe do tronco do pau-ferro ou jucá. Detalhe do tronco do pau-ferro ou jucá. Inflorescência do pau-ferro ou jucá. Ramos com folhas do pau-ferro ou jucá.
  • 17. 17Pela convivência, resiliência e resistência: Construindo juntos estratégias na Ciência, Tecnologia e Inovação que se alimentam mutuamente Realizamos diversas atividades formativas, incluindo organização de workshop, cursos e missões científicas de estudantes a outras instituições. Dentre as atividades, destacamos o curso teórico-prático: “Biofilmes microbianos: conceitos, prejuízos e seu combate”, que contou com a participação de estudantes de diversos cursos de pós-graduações e universidades. Participantes do curso Promovemos ainda uma ação comunitária denominada “Ciência na Caatinga: Valorizando pessoas, promovendo conservação”, em comemoração ao Dia Nacional do Bioma Caatinga, no entorno do Parque Nacional do Catimbau, Pernambuco, com o objetivo de divulgar os resultados das pesquisas do NBioCat. Organizadores e executores da primeira ação comunitária. Oficina com estudantes da escola pública da comunidade Vale de Catimbau.
  • 18. 18 RELATÓRIO POPULARIZADO | 2014 2. Implantação do Laboratório de Biomoléculas Orientamos grande parte dos nossos esforços para a estruturação deste laboratório, que é essencial para as atividades de Ciência, Tecnologia e Inovação do NBioCaat. Foram adquiridos e instalados os seguintes equipamentos: Sistema de cromatografia líquida semipreparativa acoplado à espectrometria de massa Autopurification System. Equipamentos para processamento de extratos vegetais. A: Estação de vácuo PC 3001 pro. B: Evaporador rotativo RV10 digital V. Equipamentos para produção de extratos vegetais. A: Extrator acelerado solvente ASE 350; B: Evaporador Rocket. Cromatógrafo gasoso Clarus 680. Cromatógrafo líquido 1260 Infinity Quaternary LC System em operação. A B A
  • 19. 19Pela convivência, resiliência e resistência: Construindo juntos estratégias na Ciência, Tecnologia e Inovação que se alimentam mutuamente 3. Projeto Inselbergues Realizamos coletas de plantas com frutos (fanerógamas) e de plantas sem vasos vasculares (criptógamas) ocorrentes em inselbergues e afloramentos sedimentares dos estados da Paraíba, Pernambuco, Ceará, Piauí, Alagoas, Sergipe e Bahia, com uma média de 150 coletas em cada viagem de campo. Todo o material herborizado encontra- se depositado no acervo do Herbário Prof. Jayme Coelho de Moraes (EAN) do Centro de Ciências Agrárias/Universidade Federal da Paraíba (CCA/UFPB), campus localizado em Areia/PB. Todo o material coletado foi identificado em nível de família, gênero e/ou espécie e a maioria das plantas tem sido foco de dissertações e teses junto ao Programa de Pós-Graduação em Agronomia desta unidade acadêmica. Inselbergue é o termo que se dá as formações rochosas que emergem abruptamente, com declive acentuado e que apresentam vegetação específica. Exemplo Pão de açucar Marsdenia megalantha coletada em inselbergue de Iguatu, CE. Plantas herbáceas típicas de inselbergue da Caatinga Nordestina, coletadas em Esperança (PB) e Acopiara (CE). Familia Loasaceae: (A, C) Oasa rupestris; (B) Mentzelia áspera. Alophia drummondii (Iridaceae) espécie típica de inselbergues da Paraíba, Bahia (C) e Ceará (A, B). Observe as diferenças morfológicas entre as flores dos dois espécimes. (A, B) Encyclia alboxanthina em afloramento em Morro do Chapéu, BA; (C) Cattleya bahiensis em afloramento arenítico em Mucugê, BA. A B
  • 20. 20 RELATÓRIO POPULARIZADO | 2014 4. Projeto Umbu Realizamos coletas de frutos de umbu em Catolé de Boa Vista, Casserengue e Sumé, no estado da Paraíba, e Brejo da Madre de Deus, em Pernambuco, totalizando 31 acessos. Características físicas e físico-químicas dos frutos foram determinadas no laboratório de tecnologia de alimentos da UFPB. Diversidade genética do umbuzeiro – tamanhos de sementes coletadas nas visitas a campo. Nas experiências de propagação in vitro do umbuzeiro tivemos contaminação por fungos e bactérias, observada em 40% dos explantes inoculados, após uma semana do início do cultivo e intensa formação de calos foi iniciada. Novos meios de cultivo utilizando diferentes reguladores de crescimento estão sendo avaliados no estabelecimento de gêmulas axilares, a fim de reduzir a formação de calos e iniciar o enraizamento. A despeito das dificuldades da micropropagação, acreditamos ser possível produzir mudas de umbuzeiro por esta técnica e esperamos, até o fim do projeto, avançar neste sentido. Umbuzeiro cultivado in vitro. (A) Início da brotação a partir de segmento nodal aos 20 dias; (B) Brotos bem desenvolvidos após 40 dias da inoculação.
  • 21. 21Pela convivência, resiliência e resistência: Construindo juntos estratégias na Ciência, Tecnologia e Inovação que se alimentam mutuamente 5. Implantação do Laboratório de Biologia Molecular A implantação do laboratório de marcadores moleculares foi finalizada em setembro de 2014. A infraestrutura disponível está à disposição de grupos de pesquisa que atuam no Semiárido com essa temática. Infraestrutura e equipamentos do laboratório.
  • 22. 22 RELATÓRIO POPULARIZADO | 2014 6. Projeto Cactáceas: conservação e uso sustentável Existem cerca de 1.500 espécies de cactos no mundo e o Brasil se destaca com mais de 260 espécies, sendo o Semiárido brasileiro um centro de riqueza de cactos, com cerca de 100 espécies. No meio dessa paisagem seca, os cactos se destacam por possuir aparência diferente das outras plantas e estarem sempre verdes. Mas, os cactos também se destacam por outro motivo; eles simbolizam o sucesso e a beleza nessas terras secas. Concluímos a construção do Cactário Guimarães Duque, localizado na sede do Insa, o qual abriga espécies nativas e exóticas do grupo, além de outras suculentas. A coleção vem funcionando como um Museu Vivo para maior conhecimento acerca do grupo e suas demais necessidades como forma de propagação, de cultivo, ecologia, taxonomia, distribuição fitogeográfica, entre outros. Verdadeiramente é uma vitrine da diversidade de Cactos para visitantes dos mais diversos públicos. Vista externa do cactário inaugurado em setembro de 2014 com três blocos e canteiros de cactáceas no entorno. Bancada com espécies exclusivas do Semiárido. A coleção conta hoje com 363 indivíduos de mais de 100 espécies, englobando desde cactos nativos a exóticos, até espécies de suculentas não pertencentes ao grupo de Cactáceas. Desse total de indivíduos, 157 pertencem a espécies nativas e 156 são de espécies exóticas e demais suculentas. A maior parte dos cactos exóticos, da nossa coleção, é de origem mexicana, visto que o México é o maior centro de diversidade de cactáceas do mundo. Quanto as espécies nativas, a maior parte são representantes do Semiárido brasileiro, destacando-se as espécies de Arrojadoa spp, Melocactus spp e Cereus spp. O enriquecimento, da coleção, é feito através de coletas e doações. Ao longo de 2014, recebemos doações dos estados da Bahia (BA), Pernambuco (PE) e Ceará (CE). Articulações de doações referentes ao estado de Minas Gerais (MG) estão sendo realizadas.
  • 23. 23Pela convivência, resiliência e resistência: Construindo juntos estratégias na Ciência, Tecnologia e Inovação que se alimentam mutuamente Produzimos o livro infantil “Cactos do Semiárido do Brasil: ler e colorir” como um exercício para despertar, nas crianças, a vontade de cuidar da natureza local e, sobretudo, de valorizar essas plantas magníficas que tão bem emblemam nossa região. Outros materiais de divulgação e popularização da ciência foram os “Guias rápidos”, coloridos e de fácil consulta, tratando da biodiversidade do Semiárido do Brasil, disponíveis em língua Portuguesa e Inglesa.
  • 24. 24 RELATÓRIO POPULARIZADO | 2014 GESTÃO DE RECURSOS HÍDRICOS
  • 25. 25Pela convivência, resiliência e resistência: Construindo juntos estratégias na Ciência, Tecnologia e Inovação que se alimentam mutuamente Focamos nossos esforços no reúso integrado de águas e tecnologias sociais de captação de água de chuva em áreas urbanas do Semiárido brasileiro. O reúso de águas residuárias pode contribuir no equacionamento da oferta e demanda de água na região, em especial no setor agrícola, que é o responsável por mais de 70% do consumo. A captação de água de chuva se apresenta como uma alternativa para reduzir a vulnerabilidade hídrica no meio urbano. 1. Estudo prospectivo do potencial de reúso agrícola no Semiárido Este projeto objetiva realizar um diagnóstico detalhado das condições dos serviços de água e esgoto e quantificar o potencial de reuso de água para fins agrícolas nos 1.135 municípios do Semiárido brasileiro.Oestudoestásendoconcluídoeseusresultadosapresentadosemtrêspublicações:aprimeira, já concluída, “Abastecimento Urbano de Água: panorama para o Semiárido brasileiro”, a segunda, em fase de finalização, “Esgotamento Sanitário” e a terceira, em construção, “Reúso de Água”. 2. Estudos na Unidade Piloto de Reúso de Água na sede administrativa do Insa Objetivando uma solução ambiental mais adequada para o destino dos efluentes gerados e vislumbrando avaliar o potencial de reúso agrícola, em 2011 iniciamos a implantação de uma Unidade Piloto de Reúso. Em 2012, foi implantada a primeira área experimental com 3.600 m² no intuito de avaliar o potencialdoreúsodeáguaresiduárianarecuperação deáreasdegradadascomespéciesflorestaisnativas da Caatinga com potencial madeireiro: Braúna (Schinopsis brasiliensis), Ipê roxo (Hadroanthus impetiginosus), Freijó (Cardia trichotoma), Aroeira branca (Myracrodruon urundeuva) e Catingueira (Poincianella pyramidalis); submetidas a diferentes lâminas e frequências de irrigação utilizando-se um sistema de irrigação por gotejamento. Desde 2013, estamos monitorando aspectos ambientais e eficiência econômica. Desde 2012 a prática de reúso de água é uma realidade no Insa, onde vem sendo aplicadas formas de manejo e monitoramento de aspectos relacionados ao solo, as plantas, a sistemas de Irrigação e a qualidade do efluente aplicado. Unidade de reúso de água residuárias da sede administrativa do Insa.
  • 26. 26 RELATÓRIO POPULARIZADO | 2014 Reúso de água residuária na recuperação de áreas degradadas utilizando espécies florestais da Caatinga com potencial madeireiro. 187 dias após o transplantio, as espécies florestais que apresentaram melhor crescimento foram: Ipê-Roxo, seguido do Freijó e Aroeira Branca. As espécies que apresentaram menor crescimento foram: Catingueira e Braúna. Tratamentos Tipo de água Periodicidade Volume aplicado (L/planta) 1 Residuária Diária 2,8 2 Boa Diária 1,4 3 Residuária Diária 1,4 4 Residuária 1 vez na semana 7 5 Residuária 1 vez na semana 14 Sistema agroflorestal: Palma Forrageira, aroeira e sabiá fertirrigado com água residuária como estratégia de produção de forragem e estacas. 349 dias após o plantio, realizamos a primeiracolheitadaPalmaForrageirae verificamos que as maiores produções (100 mil raquetes/ha) de forragem foram obtidas nas parcelas irrigadas com 0,5 litros por semana de água residuária. Dentre as espécies florestais, a que mais se destacou foi a sabiá (Mimosa caesalpiniifolia), alcançando aos 351 dias após o plantio 2,62 m de altura. As plantas de aroeira atingiram em média 1,30 m. Palma Forrageira Tratamentos Tipo de Água Periodicidade Volume aplicado (L/planta) 1 Boa Semanal 0,50 2 Residuária Semanal 1,00 3 Residuária Semanal 0,50 Espécies florestais (Sabiá e Aroeira) Tratamentos Tipo de Água Periodicidade Volume aplicado (L/planta) 1 Boa Semanal 1,50 2 Residuária Semanal 3,00 3 Residuária Semanal 1,50
  • 27. 27Pela convivência, resiliência e resistência: Construindo juntos estratégias na Ciência, Tecnologia e Inovação que se alimentam mutuamente Com apoio do Insa, a Prefeitura Municipal de Santana do Seridó (RN) implantou a 1ª Estação de reúso de água para produção de forragem. Visto os resultados promissores da irrigação deficitária da Palma Forrageira com água residuária, associado aos problemas de lançamento de esgoto a ceu aberto e/ou nos corpos hídricos, aliada também a insegurança forragueira que predomina nos 1135 municípios do Semiárido brasileiro, o Insa iniciou um processo de difusão desta tecnologia junto a algumas prefeituras dos estados da Paraíba e Rio Grande do Norte. A partir deste esforço, a Prefeitura Municipal de Santana do Seridó-RN, com o apoio técnico do Insa, implantou a 1ª Estação de Reúso de Água, visando produzir Palma Forrageira para distribuir entre os pequenos agricultores do município, garantindo desta forma a segurança forrageira do rebanho. Tal iniciativa foi reconhecida e contemplada com o Prêmio Mandacaru. Estação de reúso em Santana do Seridó (RN). 2. Captação de água de chuva em áreas urbanas Estamos desenvolvendo estudos de viabilidade técnica, econômica e ambiental da captação de água de chuva no meio urbano, como opção para reduzir a vulnerabilidade hídrica e a dependência do fornecimento de água pelas companhias de abastecimento. O sistema de captação de água de chuva instalado no Insa, possui uma superfície de coleta de 4.136 m2 e um sistema de armazenamento com capacidade de 732 mil litros de água. O sistema tem a capacidade de suprir a demanda de água do Instituto durante 10 meses, considerando o atual consumo de 250 mil litros por mês. Em 2015 todo o sistema estará instrumentalizado para monitoramento dos volumes captados e consumidos. Sistema de abastecimento de água da sede do Insa baseado na captação de água de chuva.
  • 28. 28 RELATÓRIO POPULARIZADO | 2014 Ampliação do debate e inovações tecnológicas Realizamos, com diversos parceiros, o 9º Simpósio Brasileiro de Captação e Manejo de Água de Chuva. Durante oeventoforamdiscutidasasprincipaispolíticaspúblicaspara aproveitamento da água de chuva no Brasil e no Exterior, soluções tecnológicas, qualidade da água produzida e o seu aproveitamento nos setores agrícola, urbano e industrial. Como resultados de debates técnicos-científicos acumulados, finalizamos o livro “Captação, manejo e uso de água de chuva”, com lançamento previsto para 2015. Mesa redonda durante o 9º Simpósio Brasileiro de Captação e Manejo de Água de Chuva 9º Simpósio Brasileiro de Captação e Manejo de Água de Chuva, Feira de Santana (BA)
  • 29. 29Pela convivência, resiliência e resistência: Construindo juntos estratégias na Ciência, Tecnologia e Inovação que se alimentam mutuamente sistema de produção
  • 30. 30 RELATÓRIO POPULARIZADO | 2014 As ações nesta área foram concentradas em quatro enfoques: 1. Projeto Revitalização da Palma Forrageira resistente à Cochonilha-do-Carmim (Dactilopius opuntiae). Foram formados gabinetes municipais da palma, através dos quais implantou-se 26 campos de pesquisa e multiplicação de Palma Forrageira no estado da Paraíba. Esta experiência tem estimulado outros estados do Semiárido brasileiro a se organizarem e incorporar a proposta; 2.MicropropagaçãoinvitrodaPalmaForrageiraresistenteàCochonilha-do-Carmim.Foramestabelecidos e disponibilizados protocolos de micropropagação das três variedades de Palma Forrageira Resistentes à Cochonilha-do-Carmim para produção de mudas em larga escala. 3. Conservação de raças nativas: Resgate e difusão do Gado-Pé-Duro. Desde 2012 desenvolvemos um Plano de Difusão desta raça, por meio da criação de novos núcleos de conservação, com a finalidade de aumentar a sua população. O plano deriva dos estudos sobre o potencial genético, indicadores zootécnicos e econômicos gerados no núcelo de Conservação do Gado-pé-Duro do Insa. 4. Utilização de variedades de Palma Forrageira resistentes à Cochonilha-do-Carmim na terminação de ovinos e caprinos. Os estudos mostram que o uso de Palma Forrageira, diminui o consumo de água, incrementa o peso diário e rendimento da carcaça, especialmente, quando utilizada 60% de Palma na dieta dos caprinos e ovinos. 1. Projeto Revitalização da Palma Forrageira resistente à Cochonilha-do-Carmim As condições do Semiárido brasileiro e em especial do Semiárido paraibano têm levado os criadores a utilizarem a palma como alimento básico para os seus rebanhos, pelo fato de sua utilização ser possível durante todo ano, principalmente na ocorrência de estiagens prolongadas. A cultura, desde o ano 2001, vem sendo acometida de uma praga denominada Cochonilha-do- Carmim, considerada potencialmente devastadora e que por falta de cuidados maiores de erradicação, controle e convivência têm dizimado milhares de hectares em diversos municípios, originando uma insegurança na oferta forrageira. O que é a Cochobilha- do-Carmin? “... é um inseto que se alimenta da seiva das plantas e além de sugar a planta, a cochonilha também pode introduzir vírus ou toxinas que deixam à planta amarela e murcha podendo destruir a Palma Forrageira dentro de poucos meses se não for combatida rapidamente” (ADAGRO, PERNAMBUCO)
  • 31. 31Pela convivência, resiliência e resistência: Construindo juntos estratégias na Ciência, Tecnologia e Inovação que se alimentam mutuamente Manutenção e coleta de dados nos campos de pesquisa. Dias de campo, colheita e distribuição solidária de Palma Forrageira. Reuniões de acompanhamento e avaliação junto aos gabinetes municipais. Desde 2013, o Insa vem desenvolvendo o projeto Revitalização da Palma Forrajeira utilizando variedades resistentes à Cochonilha-do-Carmim, através da formação de gabinetes municipais da palma, para implantação de 26 campos de pesquisa e multiplicação, em 13 microrregiões do estado da Paraíba (Campina Grande, Curimataú Ocidental, Curimataú Oriental, Guarabira, Cariri Oriental, Cariri Ocidental, Seridó Oriental, Seridó Ocidental, Cajazeiras, Itaporanga, Piancó, Serra do Teixeira e Patos) onde foram detectadas populações economicamente danosas da referida praga, envolvendo 26 produtores experimentadores. Em cada campo de 1,0 ha, vem sendo estudadas três variedades de Palma resistente à Cochonilha-do-Carmim, Palma Doce Miúda (Nopalea cochenillifera), Palma Orelha de Elefante Mexicana (Opuntia tuna) e Palma Doce Baiana (Nopalea cochenillifera), sendo 20.000 mil raquetes por área, no espaçamento de 1,5 x 0,5 x 0,5 metros, em fileiras duplas. Durante a colheita e distribuição da palma realizamos dias de campo sobre a cultura da Palma Forrageira, para produtores e técnicos da região. Com essa atividade foi possível distribuir cerca de 1.100.000 raquetes, atendendo 2.142 famílias, contribuindo com a formação de bancos forrageiros de Palma Resistente à Cochonilha-do-Carmim. Destacamos que esta experiência tem estimulado outros estados da região semiárida, a exemplo do Piaui e Ceará, para formação de gabinetes de palma e a implantação de campos de pesquisa e multiplicação, como estratégia de soberania hídrica e forrageira.
  • 32. 32 RELATÓRIO POPULARIZADO | 2014 Com esta ação, objetivamos desenvolver e estabelecer protocolos de micropropagação in vitro, alongamento e enraizamento e de aclimatização eficientes das três variedades de Palma Forrageira Resistente à Cochonilha-do-Carmim para produção de mudas em larga escala. Utilizamos raquetes das três variedades de palma (Orelha de Elefante, Miúda e Baiana) provenientes da coleção do Insa, como matrizes para obtenção de material vegetal jovem para o desenvolvimento das atividades. Utilizamos brotações jovens com aproximadamente oito centímetros de comprimento para obtenção de explantes. Os ensaios foram conduzidos no Laboratório de Pesquisas Aplicadas à Biofábrica (LAPAB) e as tecnologias desenvolvidas foram implementadas na produção de mudas de Palma Forrageira em larga escala na Biofábrica Governador Miguel Arraes, no Centro de Tecnologias Estratégicas para o Nordeste (CETENE), em Recife-PE. As mudas provenientes dos ensaios foram aclimatizadas e avaliadas na Estação Experimental do Insa. Estabelecimento do matrizeiro de Palma Forrageira. A) Chegada das raquetes em caixa de papelão; B) Plantio em vasos com capacidade de 8 e 10L; C) Matrizeiro; D) Palma Orelha de Elefante Mexicana; E) Palma Miúda; F) Palma Baiana. Surgimento das primeiras brotações de Palma Forrageira: A) Miúda; B) Baiana e C) Orelha de Elefante Mexicana. A B C D E F A B C 2. Micropropagação in vitro de Palma Forrageira
  • 33. 33Pela convivência, resiliência e resistência: Construindo juntos estratégias na Ciência, Tecnologia e Inovação que se alimentam mutuamente Regeneração in vitro de Palma Forrageira (a) e (c) Miúda, (b) e (d) Baiana aos 40 dias de cultivos. As setas destacam brotações adventícias na palma Miúda (a). PreparaçãoparaaclimatizaçãodebrotaçõesdePalmaForrageira Orelha de Elefante Mexicana: a) Brotações no cultivo in vitro; b) e c) limpeza do material para aclimatização; d) brotações de Palma Forrageira prontas para serem aclimatizadas. Aspecto geral das brotações de Palma Forrageira (Orelha de Elefante Mexicana) cultivadas in vitro durante 60 dias em diferentes meios nutritivos suplementados com diferentes reguladores de crescimento.
  • 34. 34 RELATÓRIO POPULARIZADO | 2014 Câmara úmida confeccionada com garrafa tipo “PET” testados na aclimatização de brotos de Palma Forrageira (Orelha de Elefante Mexicana). Comparação do desenvolvimento de mudas de Palma Forrageira Orelha de Elefante Mexicana aos 40 dias de cultivo em diferentes substratos e suportes (Tubete, Sacola, Bandeja). Do laboratório para o campo: mudas de Palma Forrageira micropropagadas in vitro e transplantadas com 12 cm (esquerda) e 6 cm (direita) apresentando formação de brotações após 60 dias.
  • 35. 35Pela convivência, resiliência e resistência: Construindo juntos estratégias na Ciência, Tecnologia e Inovação que se alimentam mutuamente Sistematizando e popularizando a experiência. A experiência adquirida, na aclimatização das mudas micropropagadas de Palma Forrageira, foi compartilhada através da cartilha “Aclimatização de Mudas de Palma Forrageira - como fazer?”. A publicação descreve os procedimentos técnicos para a aclimatização da palma, tornando-os acessíveis. Durantea11ªSemanaNacionaldeCiênciaeTecnologia (SNCT), socializamos as ações desenvolvidas no projeto de micropropagação da Palma Forrageira e distribuímos mudas micropropagadas das variedades Baiana e Miúda. Realizamos o minicurso teórico-prático “Cultura de tecidos vegetais: princípios e aplicações”, durante a XIV Jornada de Ensino, Pesquisa e Extensão (JEPEX), na Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE).
  • 36. 36 RELATÓRIO POPULARIZADO | 2014 3. Conservação de raças nativas: resgate e difu- são do Gado-Pé-Duro O projeto de conservação e uso de bovinos da raça Curraleiro Pé-Duro, visa o desenvolvimento de estudos e ações de difusão tecnológica sobre o potencial genético e sobre os indicadores zootécnicos e econômicos. As ações estão sendo desenvolvidas no Núcleo de Conservação dos bovinos Curraleiro Pé-Duro da Estação Experimental do Insa, e contribui para o estabelecimento de bases para a seleção e o melhoramento genético da raça, valorizando os seus produtos e reduzindo os riscos de extinção desse importante patrimônio genético, social e cultural do Semiárido brasileiro. Desde 2012 desenvolvemos um Plano de Difusão desta raça, por meio da criação de novos núcleos de conservação, com a finalidade de aumentar a sua população. Estes novos núcleos são implementados em parceira com os criadores tradicionais de raças nativas e com instituições de pesquisa e ensino que atuam na região. Os beneficiários recebem animais, através de Termos de Doação, se comprometem a mantê-los, e disponibilizam-os ao Insa para a realização de estudos. Estudo do perfil hematológico de bovinos Curraleiro Pé-Duro em parecria com departamento de Veterinária da UFCG/Campus Patos, PB. Em 2014, contemplamos o Instituto Federal Baiano- IF Baiano, Campus de Santa Inês, com 15 animais para a formação do núcleo de conservação da raça. As faixas etárias foram as seguintes: Animais Total Idades Fêmeas 3 Acima de 36 meses Machos 5 Acima de 36 meses 5 Entre 25 e 36 meses Bezerros 2 6 meses Animais embarcados para o IF Baiano, Campus Santa Inês-BA.
  • 37. 37Pela convivência, resiliência e resistência: Construindo juntos estratégias na Ciência, Tecnologia e Inovação que se alimentam mutuamente 4. Utilização de variedades de Palma Forrageira resistentes à Cochonilha-do-Carmim na terminação (engorda) de ovinos e caprinos Neste estudo avaliamos a utilização das três variedades de Palma Forrageira resistentes à Cochonilha-do-Carmim, na alimentação de caprinos e ovinos. Analisamos o consumo de alimentos, o consumo de água, ganho de peso e as características de carcaça dos ovinos e caprinos. Espécie Níveis de Palma Forrageira Orelha de Elefante (%) 0 30 60 90 Caprinos 1,60 1,16 0,69 0,69 Ovinos 2,29 1,52 1,09 1,04 O uso de Palma Forrageira Orelha de Elefante, diminui o consumo de água (Litros por dia) na terminação de caprinos e ovinos Espécie Níveis de Palma Forrageira Orelha de Elefante (%) 0 30 60 90 Caprinos 83 118 114 95 Ovinos 156 194 217 209 O uso de Palma Forrageira Orelha de Elefante, aumentou o ganho de peso diário (gramas por dia) na terminação de caprinos e ovinos Em relação às características de carcaça, verifica-se, que as dietas contendo Palma Forrageira Orelha de Elefante promoveram o aumento dos pesos e dos rendimentos das carcaças dos caprinos e ovinos, principalmente para as dietas com 60 e 90% de Palma Forrageira. As carcaças dos ovinos apresentaram-se largas e compactas, com valor médio de 3,50 para a conformação e de 3,52 para o grau de acabamento. As notas de conformação da carcaça variam de 1 a 5 (1 a pior e 5 a melhor). Esta avaliação é visual e avalia, principalmente, a musculosidade da carcaça. Isto representa a quantidade de carne depositada na carcaça dos ovinos. As notas de acabamento, também variam de 1 a 5 (1 a pior e 5 a melhor). A avaliação do acabamento sugere a quantidade de gordura de cobertura da carcaça. As pesquisas com as variedades Miúda e Baiana continuam em 2015. Galpão de confinamento da Estação Experimental do Insa. Dieta completa dos ovinos contendo a Palma Forrageira.
  • 38. 38 RELATÓRIO POPULARIZADO | 2014 desertificação
  • 39. 39Pela convivência, resiliência e resistência: Construindo juntos estratégias na Ciência, Tecnologia e Inovação que se alimentam mutuamente Desde 2012, estamos focando ações em: 1) Monitoramento sistêmico da dinâmica de desertificação; e 2) Sistemas agrícolas familiares resilientes a eventos extremos no contexto do Seminárido brasileiro. Na primeira ação, geramos dados sobre o fluxo de CO2 na Caatinga e o balanço de energia em áreas degradadas e preservadas e estabelecemos uma linha de base, desenvolvendo os índices de propensão ou suceptibilidade econômica, social e agropecuária à desertificação no Semiárido. Na segunda ação, avançamos na coleta e análise de dados de 40 estudos de casos em comunidades dos nove estados do Semiárido, além de realizarmos oficinas de formação, restituição e socialização dos resultados da pesquisa. O Insa é membro da Co- missão Nacional de Combate à Desertificação (CNCD) e atua como correspondente científico junto a Convenção das Nações Unidas para o Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos das Se- cas – UNCCD. O que é a CNCD? É um órgão colegiado da estrutura regimental do Ministério do Meio Ambien- te, de natureza deliberativa e consultiva. Tem, dentre ou- tras competências, a função de acompanhar e avaliar as ações de combate à desertifi- cação e mitigação dos efeitos da seca no território nacional. O que é a UNCCD? É uma pactuação entre 192 países que visa comba- ter a desertificação e mitigar os efeitos da seca, através de acordos de cooperação inter- nacional e parcerias, contri- buindo para erradicacão da pobreza e a promoção do de- senvolvimento sustentável. A sede fica localizada em Bonn, Alemanha. O que faz o correspon- dente científico? Assessora cientificamen- te a CNCD e representa o Brasil no Comitê de Ciência e Tecnologia da UNCCD e Con- ferência das Partes. Desenvolvemos um sistema de monitoramento da desertificação, visando avaliar a propensão e ocorrência propriamente dita da desertificação. A partir do conjunto de variáveis coletadas elaboramos os índices de propensão econômica, social e agropecuária, gerando mapas temáticos, com a intenção de nortear a pesquisa, e subsidiar gestores, técnicos e pesquisadores na seleção das áreas com diferentes níveis de degradação ambiental, no desenvolvimento de novos estudos e na formulação de políticas públicas. 1. Monitoramento Sistêmico da Dinâmica da Desertificação no Semiárido NÃO CONFUNDA: DESERTO E DESERTIFICAÇÃO: PAISAGENS SEMELHANTES, PROCESSOS E RESULTADOS DISTINTOS... NÃO CONFUNDA: DESERTO E DESERTIFICAÇÃO: PAISAGENS SEMELHANTES, PROCESSOS E RESULTADOS DISTINTOS... DESERTO É UM ECOSSISTEMA NATURAL, OCORRE EM ZONAS ÁRIDAS. DESERTIFICAÇÃO É UM PROCESSO QUE RESULTA DA AÇÃO HUMANA. Não confunda, deserto com desertificação Paisagens semelhantes, processos e resultados distintos...
  • 40. 40 RELATÓRIO POPULARIZADO | 2014 Como pode ser verificado nos mapas abaixo, a maioria dos municípios do Semiárido apresentou subíndice de propensão à desertificação, médio e alto, tanto na condição econômica (557+346 municípios, respectivamente), quanto na agropecuária (431+113 municípios, respectivamente). Propensão da condição econômica Propensão da condição agropecuária Propensão da condição social Em contraste, a maioria dos municípios (788) apresentou baixo subíndice de propensão à desertificação na condição social (583 municípios). Observamos que, entre os anos 2000 e 2010, ocorreram mudanças positivas nas condições sociais dos municípios, possivelmente em decorrência de iniciativas do governo federal, especialmente aquelas direcionadas às classes menos favorecida.
  • 41. 41Pela convivência, resiliência e resistência: Construindo juntos estratégias na Ciência, Tecnologia e Inovação que se alimentam mutuamente Como parte do processo de monitoramento, desde 2013, coletamos mensalmente variáveis micrometeorológicas em torres instaladas nos municípios de Campina Grande-PB e Serra Negra do Norte-RN, em áreas preservadas e degradadas. Desde 2013, realizamos o monitoramento semanal e mensal da cobertura vegetal do Semiárido brasileiro através do Índice de Vegetação por Diferença Normalizada (NDVI), numa parceira com o Laboratório de Imagens de Satélites (LAPIS)/ Universidade Federal de Alagoas (UFAL). Os mapas gerados por este monitoramento estão disponíveis no site www.insa.gov.br/sigsab/ndvi Torre meteorológica instalada na Estação Experimental do Insa JANEIRO 2014 FEVEREIRO 2014 MARÇO 2014 ABRIL 2014 MAIO 2014 JUNHO 2014 JULHO 2014 AGOSTO 2014 SETEMBRO 2014 OUTUBRO 2014 NOVEMBRO 2014 DEZEMBRO 2014
  • 42. 42 RELATÓRIO POPULARIZADO | 2014 Em parceria com a Articulação do Semiárido Brasileiro (ASA-Brasil), realizamos estudos socioeconômicos e ecológicos em unidades agrofamiliares, em transição agroecológica, nos nove estados do Semiárido brasileiro, visando elucidar as estratégias agrícolas e sociais utilizadas pelos agricultores experimentadores que lhes têm possibilitado resistir e/ou recuperar-se dos impactos dos eventos ambientais extremos. É um esforço de construção de alternativas de convivência produtiva e sustentável integrando ciência, tecnologia e inovação com inclusão social. Para a realização das ações de pesquisa relativas a esta iniciativa vem sendo adotada uma metodologia de pesquisa-ação participativa, para que os próprios atores realizem as avaliações de resiliência dos agroecossistemas. 2. Monitoramento de Sistemas Agrícolas Familiares Resilientes a Eventos Extremos no contexto do Seminárido brasileiro: alternativas para enfrentamento aos processos de desertificação Oficina de formação com pesquisadores-bolsistas e parceiros locais. Realizamos oficinas de formação com os pesquisadores bolsistas, encontros virtuais, elaboração de documentos orientadores, vídeo aulas e a caracterização de agroecossistemas familiares. As organizações sociais vinculadas a ASA, envolvidas no projeto, indicam famílias de agricultores experimentadores paraarealizaçãodosestudos.Sãolevantadosdadosbiofísicos e sócio-econômicos nos agroecossistemas, e as estratégias de organização social, que sistematizadas contribuem para compreender quais alternativas utilizam ou constroem e como aplicam seus conhecimentos, diante de eventos extremos. São reflexões participativas sobre os mecanismos e princípios que expliquem a capacidade adaptativa das comunidades e dos sistemas às variações climáticas. Estes mecanismos são socializados com as famílias participantes através de dias de campo, reuniões, seminários, intercâmbio de agricultor para agricultor.
  • 43. 43Pela convivência, resiliência e resistência: Construindo juntos estratégias na Ciência, Tecnologia e Inovação que se alimentam mutuamente Dona Maria do Socorro Ferreira dos Santos, tem 45 anos, é dona de casaeagricultora,sendoaresponsável por gerenciar o agroecossistema de 15 hectares, cuidando das hortaliças e do roçado. O seu esposo Júlio Rodrigues dos Santos, tem 55 anos, e sua função no agroecossistema é manejar os animais, e na época de chuvas se dedica também ao roçado, combinando seu trabalho com a ocupação de pedreiro na construção de cisternas. A filha mais velha do casal, Cristiele Ferreira dos Santos, 26 anos, nível superior completo, é secretaria concursada pelo município desde 2013. Nos finais de semana vai para a propriedade e contribui nos trabalhos domésticos. O filho mais novo, Daniel Ferreira dos Santos, de 21 anos, trabalha como motorista transportando os alunos da comunidade até a sede do município. Assim como o pai, ele fica responsável pelo rebanho e na época de chuvas também contribui no roçado. A família, de forma coletiva, maneja 3000 hectares, no sistema “fundo de pasto”, que é uma experiência exitosa de manejo sustentável do solo e da Caatinga. Dona Maria do Socorro constroi resiliência agro- ecológica: uma experiência no Semiárido baiano Onde vive dona Maria com sua família • Território: Sertão do São Francisco; • População: 520.782 habitantes • Precipitação média: 400 mm ano; • Presença do sistema tradicional do uso coletivo de áreas denominado “fundo de pasto”; • Localizado a 42 km da sede do Município.
  • 44. 44 RELATÓRIO POPULARIZADO | 2014 Efeito das transformações na resiliência do agroecossistema da dona Maria A resiliência deste agroecossistema vem ocorrendo pela incorporação de transformações estruturais e de manejo, em associação com o fortalecimento dos mecanismos de reciprocidade comunitária. O acesso à área coletiva favorece o pastejo de 200 animais e o extrativismo vegetal de forma sustentável. As consideráveis reservas de água nas estruturas implantadas permitem a estabilização do tamanho dos rebanhos, do consumo alimentar da família e da produção de hortaliças. O extrativismo e beneficiamento de umbu é uma atividade com alta resiliência, pois permite o processamento e armazenamento ao longo do ano, permitindo a venda e consumo na entresafra. Entidade parceira: IRPAA – Instituto Regional da Pequena Agropecuária Apropriada Pesquisador responsável: Vitor Leonam Aguiar de Morais Transformações estruturais Acesso ao conhecimento Acesso ao recursos İ sicos 1 – Aquisição da Terra Conhecimento Tradicional Herança Familiar 2 – Acesso Fundo Pasto Conhecimento Tradicional Reciprocidade Comunitária 3 – Construção Aprisco Conhecimento Tradicional Recurso próprio 4 – Roçados Conhecimento Tradicional Recurso próprio 5 – PluriaƟvidade (Pedreiro) Curso IRPAA e Paroquia 6 – Cisterna 5000 L IRPAA e Paroquia Recurso próprio 7 Inovações de Manejo (Agrícola e Pecuário) Assessoria Técnica IRPAA (ATER Governo da Bahia) 8 – Energia Solar Associação Recurso próprio 9 – Cisterna - 16000 L Associação e IRPAA P1MC / ASA 10 – Telefone Rural Sindicatos Trabalhadores Rurais Recurso próprio 11– Barreiro Trincheira Associação e IRPAA Aguadas (Governo da Bahia) 12 – Cisterna 52000 L Associação e IRPAA Mais água (Governo da Bahia) 13 – Viveiro Hortaliça Associação e IRPAA Mais água (Governo da Bahia) 14 – Poço Artesiano Comunidade e IRPAA Recurso próprio 15 – Comercialização Esterco Comunidade Atravessador 16 – Comercialização do Umbu COOPERCUC PAA e PNAE 17 – Beneficiamento Umbu Grupo Mulheres, COOPERCUC e IRPAA CAR (Governo da Bahia) Um agroecosistema cada vez mais resiliente
  • 45. 45Pela convivência, resiliência e resistência: Construindo juntos estratégias na Ciência, Tecnologia e Inovação que se alimentam mutuamente DESENVOLVIMENTO E TECNOLOGIAS SOCIAIS
  • 46. 46 RELATÓRIO POPULARIZADO | 2014 Ao longo de 2014, desenvolvemos iniciativas focadas em Formação e Inovação Tecnológica; e Articulação e Integração Social. Desta maneira, continuamos com as atividades do Curso de Especialização em Residência Agrária “Processos Históricos e Inovações Tecnológicas no Semiárido”, em parceria com UFPB, com recursos do PRONERA/INCRA, via edital 026/2012/CNPq. O curso, oferecido à assentados do PNRA, técnicos do INCRA e de ATES, conta com 55 educandos matriculados. Está baseado sob a Pedagogia da Alternância, integrando o Tempo Escola e o Tempo Comunidade, onde teoria e prática dialogam na construção do conhecimento. Realizamos atividades do Tempo Comunitário em 16 comunidades do Semiárido brasileiro, espalhados em seis estados. Outras atividades relevantes foram as visitas programadas de grupos de estudantes, técnicos, pesquisadores e agricultores da região. O Núcleo tem sido essencial na realização de articulações com diversos centros de pesquisas, universidades, movimentos sociais, gestores locais, comunidades rurais e urbanas, fortalecendo e firmando parcerias, possibilitando a viabilidade de ações e projetos de pesquisa contextualizados, como a Rede Solidária de Coleta de Sementes Nativas e o Projeto de Revitalização da Cultura da Palma Forrageira. Educandos e Educandas da Reforma Agrária, Educadores e Educadoras das Escolas dos Assentamentos, Profissionais do Programa de Assessoria Técnica, Social e Ambiental (ATES), Militantes dos Movimentos Sociais do Campo, Servidores do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA). Hoje são 55 educandos presentes, 30 Mulheres e 25 Homens. Curso de Especialização em Processos Históricos e Inovações Tecnológicas no Semiárido Brasileiro uma parceria INSA-UFPB-PRONERA-VIA CAMPESINA Mapa de Distribuição das Intervenções do Curso de Residência Agrária. Tempo comunidade Aprender fazendo
  • 47. 47Pela convivência, resiliência e resistência: Construindo juntos estratégias na Ciência, Tecnologia e Inovação que se alimentam mutuamente N° Comunidade Organização acompanhante Município Estado 1. Comunidade Beta MPA Icó CE 2. Assentamento ReƟro CPT Sossego PB 3. Assentamento Novo Horizonte CPT Juarez Távora PB 4. Assentamento Nova Conquista MST Condado PB 5. SíƟo Pedras MPA Ouricuri PE 6. Logoa Grande MPA Poço Redondo SE 7. Assentamento Queimada Grande MST Poço Redondo SE 8. Brejo de Fora MAB Sobradinho BA 9. Assentamento Maria Bonita MST Delmiro Gouveia AL 10. Assentamento Três Conquista MST Logoa Grande PE 11. Assentamento Irmã Dorothy MST Lago Azul PE 12. Assentamento Novo Campo CPT Barra de São Miguel PB 13. Assentamento Oziel Pereira MST Remígio PB 14. Assentamento Zé Marcolino MST Prata PB Relação dos locais onde o projeto está sendo aplicado o tempo-comunidade Visitas programadas e experiências compartilhadas Troca de experiências sobre produção de mudas nativas Discussão sobre o manejo da Caatinga e recuperação de áreas degradadas
  • 48. 48 RELATÓRIO POPULARIZADO | 2014 ESPÉCIE SEMENTE (Kg) Angico Anadenanthera colubrina 2,00 Canafistula Senna spectabilis 5,00 Cumaru Amburana cearensis 2,00 Mutamba Guazuma ulmifolia 1,20 Aroeira Myracrodruon urundeuva 1,00 Pereiro Aspidosperma pyrifolium 0,07 Cravoeiro 0,54 Mufumbo Combretum leprosum 1,00 Jataí/jatobá Hymenaea courbaril 1,00 Jucá Libidibia ferrea 1,00 Imbiratanha Pseudobombax marginatum 0,70 Mandacaru Cereus jamacaru 0,20 Chocalho de vaqueiro 0,08 Ca ngueira Poincianella pyramidalis 3,00 Mulungu Erythrina velu na 0,30 Freijorge Cordia trichotoma 0,35 Pau Branco Auxemma oncocalyx 5,00 Sabonete Sapindus saponaria 0,83 Maracujá-açú/Maracujá-do-mato Passiflora cincinnata 0,10 Baraúna/Braúna Schinopsis brasiliensis 3,00 Timbaúba/Orelha-de-negro Enterolobium contor siliquum 2,00 Barriguda Ceiba glaziovii 0,50 Sabiá Mimosa caesalpiniifolia 5,00 Craibeira Tabebuia aurea 0,30 Cabatã /Caboatã Cupania oblongifolia 0,30 Umbu Spondias tuberosa 5,00 Total 41,47 Banco de sementes florestais nativas do Insa, armazenadas no ano de 2014
  • 49. 49Pela convivência, resiliência e resistência: Construindo juntos estratégias na Ciência, Tecnologia e Inovação que se alimentam mutuamente NÚCLEO DE INOVAÇÃO METODOLÓGICA
  • 50. 50 RELATÓRIO POPULARIZADO | 2014 Inovações metodológicas para convergência do saber popular e acadêmico O Núcleo de Inovação Metodológica (NIM) é uma iniciativa em construção fundamentada na ideia de que “o como” também é importante. Sintetizamos as ações do NIM em cinco tipos de fazeres: (1) Refletir sobre os processos; (2) Examinar-propor conceitos; (3) Criar- Testar trilhas metodológicas; (4) Divulgar propostas metodológicas; e (5) Assessorar em metodologias. As principais preocupações vinculadas com a criatividade, que motivam o Núcleo, são: (1) a colonialidade do conhecimento,pensamentoecrenças;(2)apadronização excessiva; (3) a pacotização da vida; (4) a tendência para a artimanha; e (5) o auto-encurralamento das pessoas. Trabalhamos, principalmente, algumas ideias: a busca da transdisciplinaridade nos processos e o reconhecimento da complexidade da realidade; a busca de perguntas coerentes com a “nova época”, com o Semiárido, com Brasil e com América Latina; as possibilidades de criar nossas novas categorias e a necessidade de mudar a linguagem. Em 2014, finalizamos e disponibilizamos para as condições do Semiárido brasileiro, o Método de Revisão de Experiência (REI-F) e o Método do Futureo e realizamos um exercício de reflexão coletiva sobre atuação do pessoal do Insa, gerando a partir daí um documento de sugestões. Assessoramos metodologicamente ações desenvolvidas pelo Insa e em parceria. Assessoria em inovação metodológica e em aspectos sociais Construção de trilhas metodológicas
  • 51. 51Pela convivência, resiliência e resistência: Construindo juntos estratégias na Ciência, Tecnologia e Inovação que se alimentam mutuamente SIGSAB SIGDADOS INSA COMPARTILHE LOGIN BUSCA Urbana Rural 980.134 km2 População do Semiárido 22.598.318 hab 8.592.200 hab 14.003.118 hab 1.135 municípios Extensão territorial Total PIB 4.760,65 5.260,23 5.994,62 6.130,63 6.352,47 6.590,20 6.611,93 8.498,63 9.807,75 Piauiense Alagoano Mineiro Cearense Paraibano Pernambucano Baiano Potiguar Sergipano Semiárido R$ per capita 6.520,35R$ Semiárido IDHdos municípios do Semiárido59,47% 39,21% 0,70% 0,62% 0,500 0,5990,499 0,600 0,699 0,700 0,799 0,800 10 MUITO BAIXO BAIXO MÉDIO ALTO MUITO ALTO municípios municípios municípios municípios gestão da informação e do conhecimento
  • 52. 52 RELATÓRIO POPULARIZADO | 2014 O Sistema de Gestão da Informação e do Conhecimento do Semiárido Brasileiro (SIGSAB) é uma ferramenta, desenvolvida pelo Insa, que visa reunir e disponibilizar informações e o conhecimento gerado na e para a região semiárida. Projetado para operar em uma plataforma web, o Sistema reúne e disponibiliza informações econômicas, sociais, ambientais e da infraestrutura da região, bem como divulga experiências, conhecimentos e estudos como forma de gerar novos conhecimentos no campo da ciência, tecnologia e inovação, além de contribuir para a definição de políticas públicas, investimentos (público e privado), planejamentos e no uso sustentável dos recursos disponíveis no Semiárido brasileiro. A plataforma pode ser acessada em http://www.insa.gov.br/sigsab Implantação do Sistema Básico e Avançado Pretendemos disponibilizar informações através de um módulo básico e outro avançado. No Sistema o usuário também pode acessar a Previsão do Tempo, Índice de Vegetação do Semiárido (NDVI), e um conteúdo vasto disponibilizado pelas seguintes ações transversais: Programa Semiárido em Foco, Projeto Semiárido em Tela e Centro de Documentação e Informação do Semiárido Brasileiro (CDISAB). Lançado em abril de 2014, o módulo básico possui linguagem simples e objetiva, e permite ao usuário realizar consultas a uma única variável por vez, delimitando o espaço geográfico de interesse. Omóduloavançado,previstoparaserlançadoem2015,terálinguagemtécnica,permitindoaousuário fazer consultas mais elaboradas, através da seleção de um conjunto de variáveis, possibilitando o cruzamento, seja por meio de operadores lógicos ou matemáticos, obtendo a variável “resultado”. Três passos para acessar o módulo básico Selecione os dados Gere a matriz de resultados Gere o mapa
  • 53. 53Pela convivência, resiliência e resistência: Construindo juntos estratégias na Ciência, Tecnologia e Inovação que se alimentam mutuamente Outros conteúdos e ações disponíveis atualmente Desde o lançamento do SIGSAB (oito meses de existência) seu portal foi acessado por mais de 20 mil usuários de todos os estados da federação e de diferentes países. O mapa abaixo ilustra o uso do Sistema; quanto mais azul, mais acessos. PREVISÃO DO TEMPO NDVI SEMIÁRIDO EM FOCO SEMIÁRIDO EM TELA CDISAB ACERVO DIGITAL
  • 54. 54 RELATÓRIO POPULARIZADO | 2014 AÇÕES TRANSVERSAIS
  • 55. 55Pela convivência, resiliência e resistência: Construindo juntos estratégias na Ciência, Tecnologia e Inovação que se alimentam mutuamente Dialogando com crianças e jovens: ciência e tecnologia para a convivência com o Semiárido Estudantes do ensino fundamental – oficina para construção de uma agenda científica Exposição de fotografias: crianças e jovens, filhos de assentados, registram o cotidiano da sua comunidade. Desenvolvemos três tipos de iniciativas transversais: Programa Semiárido em Foco, Projeto Semiárido em tela e a organização da Biblioteca. Visitem nossa página: www.insa.gov. br/semiaridoemfoco Lá você encontra áudios e documentos referentes aos temas debatidos, assiste a transmissão ao vivo das exposições e debates, e participa enviando mensagens escritas em tempo real através do chat. Programa Semiárido em Foco Socializar e compartilhar saberes e iniciativas Buscamos socializar e refletir sobre pesquisas, experiências e conceitos associados aos campos da ciência, tecnologia e inovação. A ideia é contribuir com novas linhas de pensamento e caminhos para nossa região, seja no universo rural ou urbano, valorizar as potencialidades locais, além de articular e mobilizar diferentes atores. Por meio dessa ação, o Insa tem atraído representantes de institutos de pesquisa, universidades, órgãos governamentais, associações, ONGs e cooperativas, movimentos sociais, além de estudantes, profissionais, agricultores/as, e a sociedade em geral. Agregando novos saberes e provocando novas posturas e novas perguntas para pesquisa. Em 2014 destacamos resultados em três categorias: (1) Dialogando com crianças e jovens do Semiárido brasileiro; (2) Lançamentos de publicações e socialização de experiências de popularização da ciência; (3) Compartilhamento de experiências que contam histórias de convivência com o Semiárido.
  • 56. 56 RELATÓRIO POPULARIZADO | 2014 Popularização da ciência e vivências integralizadas Oficina de montagem de lunetas e foguetes. Observação astronômica e lançamento dos foguetes (Parceria com UFRPE). Lançamentos de publicações do Insa Aula de campo: estudantes do ensino fundamental conhecem plantas medicinais da Caatinga e fazem anotações para trabalho escolar. Farmácia Viva – Estação Experimental/Insa Livro “Abastecimento urbano de água” Cartilha “Semiárido brasileiro: riquezas, diversidades e saberes”. 1º número da Coleção (Re)conhecendo o Semiarido.
  • 57. 57Pela convivência, resiliência e resistência: Construindo juntos estratégias na Ciência, Tecnologia e Inovação que se alimentam mutuamente O Insa influenciando na educação formal Estudantes e professores do curso de graduação em Serviço Social/UEPB conhecem ações do Instituto, discutem sobre pesquisa participativa e visitam comunidade envolvida no Projeto Águas/Insa. Quilombolas no Semiárido Debate sobre remanescentes quilombolas no Semiárido brasileiro.
  • 58. 58 RELATÓRIO POPULARIZADO | 2014 1. Histórias de convivência com o Semiárido 2. Manejo Florestal da Caatinga 3. Documentário: “Quando eu vestia meu terno de couro” 4. Crianças e jovens no/do Semiárido: construção conjunta de uma agenda científica 5. Experiências de Cooperativas de Catadores e Catadoras de Materiais Recicláveis e Gestão de Resíduos Sólidos no Semiárido 6. O papel dos Centros e Instituições de Pesquisa na Popularização da Ciência 7. Diálogos sobre as Visões de Futuro para o Semiárido brasileiro 8. Abastecimento Urbano de Água: panorama para o Semiárido brasileiro 9. Atividades de caça e usos da fauna por povos do Semiárido: implicações e desafios para a conservação 10. Semiárido brasileiro: riquezas, diversidades e saberes 11. Análise dos Índices de Vegetação e de Água por Diferença Normalizada (NDVI e NDWI) sob diferentes intensidades pluviométricas no município de Sousa-PB 12. O papel das Organizações Sociais na luta pela Convivência com o Semiárido brasileiro 13. Regimes ecodinâmicos e levantamentos de vegetação na Sub-bacia hidrográfica do Alto Paraíba 14. Ciência e tecnologia no Semiárido brasileiro: integrando olhares de estudantes com pesquisadores do Insa 15. Águas de Areias – Recuperação e gestão compartilhada da água de aluvião em leito seco de rio no Semiárido pernambucano 16. Agroecologia e resiliência sócio-ecológica às mudanças climáticas no Semiárido: Pilares conceituais e caminhos metodológicos 17. Manejo racional dos algarobais espontâneos para o combate à desertificação no Sertão de Pernambuco 18. Desertificação e sua inter-relação com a vulnerabilidade socioeconômica de famílias rurais do semiárido 19. Projeto Caravana da astronomia: “Desvendando o Céu Austral: Ciência e Tecnologia para Inclusão Social” 20. Educação contextualizada ao Semiárido: vivências integralizadas 21. Ciência e Saúde no Semiárido brasileiro 22. Comunicação da ciência e visualização da informação 23. Sustentabilidade, patrimônio e cultura das comunidades quilombolas do semiárido brasileiro 24. Soluções tecnológicas adaptadas ao Semiárido Temas trabalhados em 2014 Instituições Convidadas/Participantes Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) Articulação do Semiárido (ASA Brasil) Comissão Pastoral da Terra (CPT/BA) União Europeia (UE) Fundação Joaquim Nabuco (FUNDAJ) Associação Águas do Nordeste (ANE) Associação Plantas do Nordeste (APNE) Universidade de São Paulo (USP) Secretaria Municipal de Saúde/Prefeitura Municipal de Campina Grande Universidade Federal da Paraíba (UFPB) Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) Prefeitura Municipal de Boa Vista/PB Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) Cooperativa de Catadores e Catadoras de Materiais Recicláveis (CATAMAIS) Associação ARENZA Cooperativa de Trabalhadores de Materiais Recicláveis (COTRAMARE) Associação Quilombola Pedra D’água Comunidade Quilombola do Grilo Cunhã Coletivo Feminista Concern Universal Brasil Centro de Educação Popular e Formação Social (CEPFS) Agência Estadual de Gestão das Águas do Estado da Paraíba (AESA) Instituto Federal da Paraíba (IFPB) Associação dos Moradores do Assentamento Vitória (AMAV) Centro de Convivência e Fortalecimento de vínculos familiares/ Prefeitura Municipal de Campina Grande Escola de Ensino Fundamental e Médio Assis Chateaubriand Escola Santa Terezinha Colégio Alice Coutinho Escola Estadual Hortênsio de Sousa Ribeiro Escola Abdias Aires de Queiroz Associação de Apoio as Comunidades Afrodescendentes – (AACADE)
  • 59. 59Pela convivência, resiliência e resistência: Construindo juntos estratégias na Ciência, Tecnologia e Inovação que se alimentam mutuamente POPULARIZANDO CIÊNCIA ATRAVÉS DO CINEMAA Projeto Semiárido em Tela Buscamos desenvolver e estimular, junto a crianças e jovens, a compreensão do Semiárido, na perspectiva da dinâmica sociocultural, através da pesquisa, capacitação, registro e difusão da ciência e a tecnologia, tendo como protagonistas principais as pessoas envolvidas. As oficinas foram realizadas em comunidades onde estão sendo desenvolvidos projetos de pesquisa do Insa. Em 2014, concentramos em dois tipos de atividades: 1) Capacitação e registro de histórias de convivência com o Semiárido; 2) Socialização de experiências de convivência com o Semiárido. Oficina sobre fotografia As primeiras fotografias Mostra Semiárido em Tela exibido e apresentado por jovens da comunidade Poço das Padras/São João do Cariri/PB. O evento reuniu 120 pessoas. Filmagem do documentário Rio Taperoá/PB.
  • 60. 60 RELATÓRIO POPULARIZADO | 2014 “A ciência que o Insa faz” A série “A Ciência que o Insa faz” teve como referência o Projeto “A Ciência que eu faço”. Nosso objetivo principal foi divulgar estudos e ações desenvolvidas pelo Insa, buscando aproximar mais os pesquisadores das pessoas. A proposta consistui-se em uma série de vídeos, de curta duração, com depoimentos sobre o despertar para o meio científico e a pesquisa que está sendo desenvolvida atualmente. Em 2014, foram feitas três produções da série. Socialização dos vídeos produzidos em comunidades rurais para jovens da área urbana. Jucilene Araújo, pesquisadora do Insa, fala sobre a experiência do Projeto de Revitalização da Cultura da Palma Forrageira.
  • 61. 61Pela convivência, resiliência e resistência: Construindo juntos estratégias na Ciência, Tecnologia e Inovação que se alimentam mutuamente Avançamos na implantação da estrutura e processos essenciais para apoiar as ações de ciência, tecnologia e inovação, com os seguintes destaques: • Organização do espaço físico e aquisição de mobiliários e computadores; • Instalação de pontos de energia e internet; • Conclusão de compras de livros sugeridos; • Preparo da base de dados para organização de todo o acervo, como: controle de empréstimo, cadastro de usuários, entrada de livros, entrada de periódicos, entrada de material audiovisual, controle de saída de publicação do Insa; • Organização do acervo (livros e periódicos) para catalogação em Classificação Decimal Universal (CDU); • Implementação e contrato da norma internacional ISBN para publicações do Insa; e • Aprovação do projeto no edital Embrapa 001/2014: “Lendo é que se faz”, com objetivo de desenvolver na escola-comunidade ações de incentivo a leitura e a capacitação para inclusão produtiva com o uso das minibibliotecas como ferramenta de apoio didático pedagógico. Organização da Biblioteca
  • 62. 62 RELATÓRIO POPULARIZADO | 2014 INFRAESTRUTURA PARA CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO
  • 63. 63Pela convivência, resiliência e resistência: Construindo juntos estratégias na Ciência, Tecnologia e Inovação que se alimentam mutuamente Ampliação e consolidação da infraestrutura de desenvolvimento científico, tecnológico e de inovação na sede e na estação experimental do Insa Conclusão das obras de infraestrutura da Estação Experimental, do Cactário, do Sistema de Coleta e Distribuição de Água de Chuva e do Laboratório Vasconcelos Sobrinho; Contratação das obras da primeira etapa dos setores de serviço na sede administrativa (73% concluídas) e Estação Experimental (68% concluídas), do sistema de fornecimento ininterrupto de energia elétrica para a sede administrativa e do Complexo de Laboratórios Miguel Arraes e Celso Furtado (66% concluído). Sede Administrativa - execução das obras do setor de serviço.
  • 64. 64 RELATÓRIO POPULARIZADO | 2014 Conclusão do Cactário. Cobertura da passarela que dá acesso a um dos laboratórios. Conclusão da obra de captação e coleta de água de chuva. Conjunto de reservatórios para água de chuva. Reservatórios e casa de bombas. Conclusão da Infraestrutura do Complexo de Laboratórios Miguel Arraes e Celso Furtado na Estação Experimental. Construção do reservatório de água.
  • 65. 65Pela convivência, resiliência e resistência: Construindo juntos estratégias na Ciência, Tecnologia e Inovação que se alimentam mutuamente Instalação da rede de alta e baixa tensão Instalação da rede de combate a incêndio Mapeamento via satélite da Estação Experimental do Insa Imagem de satélite de alta resolução, modelo numérico do terreno, curvas de nível e mapeamento do uso e cobertura do solo para auxiliar pesquisadores e usuários da Estação Experimental em seu planejamento. Fonte: Setor Geoprocessamento/Insa.
  • 66. 66 RELATÓRIO POPULARIZADO | 2014 SÍNTESE DAS AÇÕES DE DESTAQUE NO ANO 2014 Lançamento de publicações úteis à sociedade Relatório popularizado das atividades realizadas pelo Insa no ano 2013. Desde 2012, publicamos relatórios anuais das atividades, com objetivo de propiciar o acesso, a compreensão e o diálogo com os diversos segmentos da sociedade, em especial com a população do Semiárido brasileiro. Sob o título Relatório de atividades 2013: Convivência com o Semiárido, compromisso e construção coletiva, a publicação compartilha os resultados das ações e os compromissos assumidos. Cesta Metodológica. Um grupo de pesquisadores do Insa dedicou-se na construção de uma Cesta Metodológica, composta por uma série de cartilhas didáticas, que explicam passo a passo técnicas empregadas pela agroecologia para atenuar problemas cotidianos de pequenas propriedades no Semiárido brasileiro. O lançamento teórico-prático da Cesta Metodológica aconteceu no dia 26 de fevereiro, em evento aberto ao público. Naquela oportunidade o grupo de pesquisadores responsável pela elaboração da Cesta Metodológica falou sobre o esforço para convergir em um material didático de fácil compreensão o conhecimento popular e acadêmico e, desta maneira, torná-lo acessível aos usuários. Abastecimento Urbano de Água: panorama para o Semiárido brasileiro. O livro destaca a cobertura do serviço de abastecimento de água no Semiárido, as características do sistema e suas eficiências. Resultado do esforço de pesquisadores do Insa, da Universidade Federal Rural do Semiárido (UFERSA) e do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Baiano (IF Baiano), traz o mapeamento do abastecimento urbano de água na região semiárida, a qualidade da água fornecida, além de dados sobre a contaminação dos mananciais, tipos de sistema e fontes de abastecimento e dados sobre os investimentos realizados nos sistemas de abastecimento de água. O recorte dos dados por estado permite ao leitor se familiarizar com as realidades regional e local. Semiárido Brasileiro: riquezas, diversidades e saberes. O primeiro número da coleção “(Re) conhecendo o Semiárido” foi lançado no dia 27 de junho. Em sua primeira edição, os autores apresentam diferentes aspectos sociais, culturais e ambientais do Semiárido brasileiro. A obra explica de modo didático conceitos, diferenças entre climas e diversas regiões naturais, entre outros aspectos da região, reunidos na forma de textos e imagens. TecnologiasadaptadasparaaconvivênciacomoSemiárido.Nodia14deabrilocorreuolançamento, emCampinaGrande(PB),dosdoisvolumesdaobra“TecnologiasAdaptadasparaoDesenvolvimento Sustentável do Semiárido Brasileiro”. A ação foi uma iniciativa da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), em parceria com o Insa e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Eventos Técnicos e Científicos Reunião Técnica sobre estratégias e tecnologias de convivência com a seca. Durante a reunião, realizada em parceria com instituições brasileiras e alemãs, nos dias 10 e 11 de dezembro, lançamos o Projeto BRAMAR, de cooperação germânico-brasileira. Os temas centrais foram: estratégias e tecnologias inovadoras para mitigação dos efeitos da seca e o uso de águas residuárias para fins agrícola e industrial.
  • 67. 67Pela convivência, resiliência e resistência: Construindo juntos estratégias na Ciência, Tecnologia e Inovação que se alimentam mutuamente 1º Encontro de Intercâmbio Técnico dos Países de Língua Portuguesa no âmbito da Convenção das Nações Unidas para o Combate à Desertificação (UNCCD). Tratou-se de uma ação inovadora no âmbito das relações entre países do Hemisfério Sul, que tem unificado nacionalidades de língua portuguesa para o intercâmbio de boas práticas de convivência com a semiaridez e o combate à desertificação. O encontro foi realizado em parceria com o MMA, no período de 15 a 26 de novembro de 2014. O Insa participou como organizador juntamente com a Sociedade Brasileira de Genética (SBG) do 20º Encontro de Genética do Nordeste (ENGENE), realizado no período de 4 a 7 de novembro em Campina Grande (PB). A SBG reúne a cada dois anos centenas de pesquisadores, professores e alunos envolvidos com pesquisas na área de genética e suas relações no âmbito das ciências biológicas, da saúde e da agropecuária. Na programação do 20º Encontro foram realizadas 11 conferências, 16 mesas-redondas e 15 minicursos, além de sessões de painéis. Paralelamente ao ENGENE ocorreu o 2º Simpósio de Genética Humana e Médica do Nordeste, e um espaço “Genética na Praça” com exposições, oficinas, exposição de pôsteres e palestras destinadas aos educadores e professores que atuam no Ensino de Biologia. Participação na 12° Feira anual de Ciência, Tecnologia e Inovação (FETECH). O evento, ralizado no período de 20 a 23 de novembro, reuniu produtos, invenções e pesquisas científicas voltadas principalmente para a área do empreendedorismo. A feira contou com a presença de universidades, empresas e instituições dispostas em quase 150 estandes nas áreas de Energia, Tecnologias de Inovação e Comunicação (TICs), Tecnologias Sociais, Automotivos, Saúde, Educação, Petróleo e Gás, Construção Civil, Biocombustíveis, dentre outros. A Biodiversidade Camponesa da Realidade da Reforma Agrária. O evento foi realizado no período de 08 a 10 de outubro, e organizado numa parceria entre Instituto de Assessoria a Cidadania e ao Desenvolvimento Local Sustentável (IDS), o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), a Articulação do Semiárido Brasileiro (ASA), e o Instituto Nacional do Semiárido (Insa). 1° Seminário Internacional de Convivência com o Semiárido. No período de 22 a 25 de setembro, o Insa, expôs suas ações no Semiárido brasileiro, contribuindo com reflexões sobre pesquisas, ações e articulações na região. América Latina e União Europeia discutem adaptações da agricultura às mudanças climáticas. Participamos deste evento, realizado no período de 01 a 03 de setembro, na cidade do México, como correspondente científico do Brasil junto à UNCCD, realizado pelo Joint Research Centre of the European Commission (JRC). Reaproveitamento de água servida no Semiárido paraibano. No dia 09 de maio ocorreu a socialização de experiências nessa área. O evento foi promovido pela Rede Água da Articulação Semiárido paraibano (ASA-PB), em parceria com o Insa. Observatório Astronômico do Sertão. No dia 09 de junho foi apresentado o “Projeto Impacton: um observatório no sertão”, que tem como objetivo a instalação e operação de um observatório astronômico dedicado à pesquisa de pequenos corpos do Sistema Solar. Esta iniciativa, além da operação pioneira de um telescópio robótico, integra o Brasil aos programas internacionais de busca, seguimento e estudo das propriedades físicas de asteroides e cometas potencialmente perigosos para a Terra. Instalado no município de Itacuruba (PE), o Observatório Astronômico do Sertão de Itaparica (OASI) iniciou a operação em março de 2011.
  • 68. 68 RELATÓRIO POPULARIZADO | 2014 Intercâmbio de Experiências – Na Busca da Sustentabilidade de Modos de Vida no Semiárido brasileiro. Realizado pela Organização Concern Universal, União Europeia, em parceria com o Insa, nos dias 28 e 29, reuniu mais de 30 organizações nacionais e internacionais. 2ª Oficina no contexto do projeto “Sistemas Agrícolas Familiares Resilientes a Eventos Ambientais Extremos no Semiárido brasileiro”. Durante o período de 11 a 14 de fevereiro, pesquisadores dos nove estados da região, envolvidos na execução do projeto, se reuniram para restituir os resultados planejados e executados nos territórios durante o primeiro ano dos estudos, além de discutir o processo metodológico, de sensibilização e caracterização qualitativa dos agroecossistemas. Trajetórias e desafios da agricultura familiar e da agroecologia. O evento foi uma iniciativa da AS- PTA Agricultura Familiar e Agroecologia, em parceria com o Insa, e marcou também o lançamento do projeto latino-americano Aliança pela Agroecologia, que reúne organizações sociais de sete países da América Latina dedicadas à promoção do desenvolvimento rural sustentável. Representantes de 13 organizações sociais da Bolívia, Nicarágua, Paraguai, Guatemala, Equador e Colômbia participaram do evento, que também incluiu visitas a experiências agroecológicas. Ação comunitária no Parque Nacional do Catimbau (PE). A ação foi promovida pela Pró-Reitoria de Extensão e pelo Departamento de Bioquímica/Centro de Ciências Biológicas, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), em parceria com a Rede Nanobiotec (Capes) e com o Insa. A 1ª Ação Comunitária “Ciência na Caatinga: valorizando pessoas, promovendo conservação” ocorreu dia 28 de abril, como parte das comemorações ao Dia Nacional da Caatinga, e contou com a participação de 1500 pessoas moradoras da comunidade. Dia Mundial da Água. Realizado pela segunda vez no Insa, contou com a participação de mais de 500 estudantes de escolas públicas, além de agricultores experimentadores, técnicos e pesquisadores. A programação contemplou momentos distintos dedicados para os públicos específicos. Insa assina termo de Termo de Transferência de material (TTM). Foi assinado junto à EMBRAPA Cerrados, o TTM que possibilitará a obtenção de sementes para realização de pesquisas sobre caracterização do material vegetal e o armazenamento na coleção de sementes de espécies nativas do Insa.
  • 69. 69Pela convivência, resiliência e resistência: Construindo juntos estratégias na Ciência, Tecnologia e Inovação que se alimentam mutuamente ADAGRO - Agência de Defesa e Fiscalização Agropecuária de Pernambuco ASA - Articulação no Semiárido Brasileiro AS-PTA - Agricultura Familiar e Agroecologia ATES - Assessoria Técnica, Social e Ambiental à Reforma Agrária BA - Bahia BRAMAR - Desenvolvimento de Estratégias e Tecnologias Inovadoras para Mitigação dos Efeitos da Escassez de Água no Nordeste Brasileiro CAR - Cadastro Ambiental Rural CCA - Centro de Ciências Agrárias CDISAB - Centro de Documentação e Informação do Semiárido Brasileiro CDU - Classificação Decimal Universal CE - Ceará CENAUREMN - Centro Nordestino de Aplicação e uso da Ressonância Magnética Nuclear CETEM - Centro de Tecnologia Mineral CETENE - Centro de Tecnologias Estratégicas para o Nordeste CNCD - Comissão Nacional de Combate à Desertificação CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico COOPERCUC Cooperativa Agropecuária Familiar de Uauá, Canudos e Curaçá CPqAM - Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães - Fiocruz CTI - Ciência, Tecnologia e Inovação DOU - Diário Oficial da União EAN - Herbário Professor Jayme Coelho de Moraes EMBRAPA - Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária ENGENE - Encontro de Genética do Nordeste FAO - Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura FETECH - Feira anual de Ciência, Tecnologia e Inovação IF BAIANO - Instituto Federal Baiano INCRA - Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária INEMET - Instituto Nacional de Meteorologia INPA - Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia INPE - Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais INSA - Instituto Nacional do Semiárido IPD - Índice de Propensão à Desertificação IPDESA - Índice de Propensão a Desertificação Econômica, Social e Agropecuário IRPAA - Instituto Regional da Pequena Agropecuária Apropriada ISBN - Número Padrão Internacional de Livro JEPEX - Jornada de Ensino, Pesquisa e Extensão JEPEX - Jornada de Ensino, Pesquisa e Extensão JRC - Joint Research Centre of the European Commission LAPAB - Laboratório de Pesquisas Aplicadas à Biofábrica LAPIS - Laboratório de Imagens de Satélites MCTI - Ministério da Ciencia, Tecnologia e Inovação MDA - Ministério do Desenvolvimento Agrário MDS - Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome MG - Minas Gerais MMA - Ministério do Meio Ambiente NBioCAT - Núcleo BioCaatinga NDVI - Índice de Vegetação do Semiárido NDWI - Índices de Água por Diferença Normalizada NIM - Núcleo de Inovação Metodológica OASI - Observatório Astronômico do Sertão de Itaparica LISTA DE SIGLAS
  • 70. 70 RELATÓRIO POPULARIZADO | 2014 ONG - Organização Não Governamental P1MC - Programa Um Milhão de Cisternas PAA - Programa de Aquisição de Alimentos PE - Pernambuco PET - Politereftalato de Etileno PNRA - Plano Nacional de Reforma Agrária PRONERA - Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária RENISUS - Relação Nacional de Plantas Medicinais de Interesse ao Sistema Único de Saúde RN - Rio Grande do Norte SBG - Sociedade Brasileira de Genética SCUP - Subsecretaria das Unidades de Pesquisa SIGSAB - Sistema de Gestão da Informação e do Conhecimento do Semiárido Brasileiro SNCT - Semana Nacional de Ciência e Tecnologia TIC - Tecnologias da Informação e Comunicação TTM - Termo de Transferência de Material UFAL - Universidade Federal de Alagoas UFCG - Universidade Federal de Campina Grande UFERSA - Universidade Federal Rural do Semiárido UFPB - Universidade Federal da Paraíba UFPE - Universidade Federal de Pernambuco UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte UFRPE - Universidade Federal Rural de Pernambuco UNCCD - Convenção das Nações Unidas para o Combate à Desertificação UNIVASF - Universidade Federal do Vale do São Francisco