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HIGIENE E SANITIZAÇÃO NA INDUSTRIA DE VEGETAIS




          Profa. Alcilene Rodrigues Monteiro Fritz
                       UFSC-CTC-EQA
               E-mail: alcilene@enq.ufsc.br
A
L       HIGIENE E SANITIZAÇÃO NA INDUSTRIA DE
I
M
                 ALIMENTOS: VEGETAS
E   INTRODUÇÃO
N
S
T
O
S                  FOOD SAFETY
S
E
G
U
R
O                PROCEDIMENTOS DE CONTROLE
S


                                PERIGO


             LEGISLAÇÃO
                                DANOS
LEGISLAÇÃO
Título: Lei nº 6437, de 20 de agosto de 1977
ementa: Configura infrações
à legislação sanitária federal, estabelece as sanções respectivas,
e dá outras providências
Resoluções
CNNPA/MS 33/77: Princípios gerais da higienização
Portaria MS 1428/93: APPCC → Insp. Sanitária Manipulação
Alimentos
Portaria SVS/MS 326/97
Condições higiênico-sanitárias e BPF
Portaria MAA 368/97
Condições higiênico-sanitárias e BPF
Elaboração/industrialização de alimentos
RDC/ANVISA 275/2002
POP → MANIPULADORES/INDUSTRIA ALIMENTOS
LEGISLAÇÃO PARA PRODUTOS QUÍMICOS

REGISTROS DE PRODUTOS SANEANTES/DETERGENTES
PORTARIA: 15 23/08/1988

Portaria no 05/1989 - Biguanida

· Subanexo 1 - alínea I alterada(o) por:
Portaria nº 843, de 26 de outubro de 1998
· subitem 3 do item IV alterada(o) por:
Resolução nº 211, de 18 de junho de 1999
· subanexo 1, alínea I incluída(o) por:
Portaria nº 122, de 29 de novembro de 1993
relacionamento(s): atos relacionados:
· Lei nº 6437, de 20 de agosto de 1977

Resolução RE nº 2771, de 03 de novembro de 2005
Resolução RE nº 2727, de 25 de outubro de 2005
Resolução RE nº 2587, de 14 de outubro de 2005
LEGISLAÇÃO ALIMENTOS ESPACÍFICOS

Resolução RDC/ANVISA: 18/99
PALMITO
Condições de fabricação, distribuição e comercialização
Recadastramento de empresas distribuidoras

Portaria nº 304, de 08 de abril de 1999
ementa não oficial: Palmito em Conserva, produzido no país ou
importado, colocado à disposição do consumidor, deverá ser etiquetado
com a seguinte advertência: "Para sua segurança, este produto só deverá
ser consumido, após fervido no líquido de conserva ou em água, durante
15 minutos".

Resolução 362, de 29 de julho de 1999.

RESOLUÇÃO - RDC Nº 17, 18 DE 19 DE NOVEMBRO DE 1999
Fabricação de palmito em conserva e alimentos inócuo

RESOLUÇÃO - RDC Nº 300, DE 1º DE DEZEMBRO DE 2004.
LEGISLAÇÃO ALIMENTOS ESPACÍFICOS

FRUTAS E HORTALIÇAS: conserva
Resolução nº 13 de maio de 1977
"Hortaliça em Conserva" é o produto preparado com as partes
comestíveis de hortaliças, como tal definidas nestes padrões, envasadas
praticamente cruas, reidratadas ou pre-cozidas, imersas ou não em
líquido de cobertura apropriado, submetidas a adequado processamento
tecnológico antes ou depois de fechadas hermeticamente nos recipientes
utilizados a fim de evitar sua alteração.

revogada(o) por:
Resolução RDC nº 272, de 22 de setembro de 2005 adequação
de produtos

RDC/ANVISA 352/02
BPF e Lista de verificação
OBJETIVO ???



                    ALIMENTOS

CONFIANÇA DO        SEGUROS
CONSUMIDOR




INOCUIDADE DOS ALIMENTOS
RESÍDUOS NA INDUSTRIA

              CONTAMINANTES


              COLONIAS DE M.O


            FORMAÇÃO DE BIOFILMES



           CUSTO DE PRODUÇÃO

  CONTAMINAÇÃO X ALIMENTO: Inadmissível
    IMPORTANCIA


Alimentos contaminados geram:

Descrédito → produto no mercado

  Custos → saúde publica
    ROTA DE CONTROLE



CADEIA PRODUTIVA


   Matéria-prima → seleção→ higienização


   Envase   ← Processamento→ Equipamentos 


               Matéria-prima

 Transporte ← Distribuição→ Armazenamento


Aplicação das BPF’ S e BPH (sanitárias) → APPCC
MANIPULAÇÃO DE ALIMENTOS

             PERIGO

  1. CONTAMINAÇÃO POR MICRORGANISMOS

  2. CONTAMINAÇÃO FÍSICA

  3. CONTAMINAÇÃO QUÍMICA

DESAFIO
♦   Reduzir e controlar a flora MICROBIANA contaminante

OBJETIVO
♦   Preservar a pureza e palatabilidade dos alimentos
♦   Preservar a qualidade microbiológica dos alimentos
Entender os Vários Aspectos Envolvidos na
               Higienização
a) qualidade da matéria prima e água
b) os principais resíduos a serem removidos

c) as funções dos diversos agentes de higienização

d) reações entre detergentes e resíduos

d) formulações de detergentes

e) métodos de avaliação dos detergentes

f) condições de uso de sanitizantes e detergentes

g)   sanitizantes   usados
h) mecanismos de ação de sanitizantes

i) o passo a passo (POP) do procedimento de
   higienização

j) a possível microbiota envolvida no processo

l) como avaliar o processo de higienização
PRINCÍPIOS DA HIGIENIZAÇÃO 
                          HIGIENIZAÇÃO
HIGIENIZAÇÃO

Ação combinada: Limpeza x Sanitização

MÉTODOS E INSTRUÇÕES DE HIGIENIZAÇÃO
separado ou combinado: físicos e químicos.
Métodos devem Especificar:
a)Área ou equipamento a que se aplicam;
b) Os utensílios e produtos a utilizar;
c) a freqüência e duração das operações e concentração do agentes
a utilizar;
d) A pessoa responsável pela execução;
e) O plano de controle da higienização;
f) O tipo de registros a efetuar.
1. LIMPEZA

    Pré-lavagem   não reduz a carga microbiana - sujidade
    Lavagem


   Pré-lavagem

    - imediatamente após o uso
    -  somente água: redução de 90% dos resíduos 
    - Temperatura: AMBIENTE – 40oC

   Lavagem 
  Detergente: após a pré-lavagem 
DETERGENTE
   - ATOXICO
   - TIPO DE RESÍDUO, ÁGUA e SUPERFÍCIE
   - REAGIR FACIL RESÍDUOS


   Enxágüe 
    ÁGUA: remoção total do detergente 

- 2. SANITIZAÇÃO
 
      Redução da carga microbiana
 
Aspectos envolvidos: microbiologia, química, Tec.
 
Alimentos, sanitários
 
 
AGENTES QUÍMICOS DE LIMPEZA

DETERGENTES 

Função dos agentes 
 Saponificar
 Emulsionar
 Molhabilidade
 Solubilização dos resíduos: orgânicos ou inorgânicos e água
 Segurança ao manipulador
 Não corrosivo
 Poder de penetração 
BASE DOS DETERGENTES 

               Alcalinos e tensoativos

        Remove resíduos de proteínas e gorduras


 ácidos          incrustações

1. Tipos de agentes alcalinos 

1.1. NaOH                          NaOH → Na+ + OH-
ótima ação contra gordura e proteínas
baixa ação de molhar
não elimina dureza                  usados em sistemas automáticos de
não ataca aço inoxidável            limpeza 
1.2. CARBONATO DE SÓDIO

  baixa alcalinidade
  não deve ser usado em água dura
  ação saponificante moderado
  Poder emulsificante e de molhagem médio
  Baixo poder corrosivo


FATORES DE DETERGENCIA ALCALINA 

  pH e alcalinidade
  Combinação:
  ↑pH → maior eficiência em gordura


  Determinação da alcalinidade 
Tipos de alcalinidade

carbonato: não possui ação detergente

caustica: pH > 8,3 → atividade alcalina sobre gordura e proteína

1.3. Outros
 - KOH; metassilicato de Na, etc.
    Usados para remoção de resíduos orgânicos
1.2. Tensoativos

 - mudam a tensão superficial: L-L; L-G; L-S

Composição: afinidade com a água e gordura → reduz a δ

  Umectantes
  Emulsificantes
  Classificados: aniônicos, catiônicos, não - aniônico e anfótero
  Aniônicos: maioria dos detergentes comerciais
             Alimentos: base ácido sulfônico
 Catiônicos: germicidas → Quaternário de Amônio
 Não – aniônico: solução n-aquosa → pouco uso
 Anfóteros: pH
1.3. Agentes seqüestrastes e quelantes

   FOSFATOS
    Ortofosfatos e polifosfatos


     Função
     Deslocam, solubilizam, dispersam os resíduos
     Emulsificação e solubilização
     Abrandam água
     Evitam redeposição nas superfícies

3.1. Polifosfatos: seqüestrastes
      Solubilizam Ca e Mg → evita precipitação de sais

3.2. EDTA: quelantes
       Remove: Ca++, Mg++ e Fe++
PRODUTOS QUÍMICOS E BIOLÓGICOS/AUTORIZAÇÃO DE USO NOS
                           ESTABELECIMENTOS SOB SIF

AUTORIZAÇÃ    PRAZO DE     NOME DO                   MARCA/FABRICANTE                    FINALIDADE E MODO DE USO
O             VALIDADE     PRODUTO
OF/Nº AUP




06/98         28.02.2002   Detergente                LETAHCIDE PLUS                      Indicado para limpeza e desinfecção de
                           concentrado        para                                       pisos, paredes e superfícies em geral
                           superfície fixas                                              nas indústrias sob a égide da Inspeção
                                                                                         Federal.




07/98         28.02.2002   Produto concentrado       SPAR P                              É indicado na desinfecção e limpeza
                           para     limpeza     e    Índeba Indústria e Comércio Ltda.   simultânea de superfície de pedras,
                           desinfecção         de                                        cerâmicas e outros pisos similares.
                           superfícies em geral




08/98         30.07.2004   Removedor de              CANDALL TMF                         Empregar na retirada de manchas em
                           ferrugem                  Indeba Indústria e Comércio Ltda.   roupas utilizadas na indústria frigorífica
                                                                                         sob a égide da Inspeção Federal.
PRODUTOS QUÍMICOS E BIOLÓGICOS/AUTORIZAÇÃO DE USO NOS
                           ESTABELECIMENTOS SOB SIF

AUTORIZAÇÃ    PRAZO DE     NOME DO                 MARCA/FABRICANTE                    FINALIDADE E MODO DE USO
O             VALIDADE     PRODUTO
OF/Nº AUP




14/98         30.05.2002   Desinfetante a base     INDEBA GB 100                       Empregar na desinfecção de superfícies
                           de quaternário de       Indeba Indústria e Comércio Ltda.   fixas após a lavagem de equipamentos,
                           amônio para                                                 instalações em indústria frigorífica sob
                           superfícies fixas e                                         a égide da Inspeção Federal.
                           cobertas




16/98         30.05.2002   Produto amaciante de    SOFT´S 300                          Empregar na processo de amaciamento,
                           tecido                  Indeba Indústria e Comércio Ltda.   em lavagem de roupas em geral, nas
                                                                                       indústrias frigoríficas sob a égide da
                                                                                       Inspeção Federal.




17/98         30.07.1999   Desincrustante          AUTOCAR LA 80                       Empregar na limpeza e
                           líquido especial para   Indeba Indústria e Comércio Ltda.   desincrustamento de azulejos e
                           limpeza de azulejos                                         superfícies, vitrificadas das indústrias
                           com alto grau de                                            frigoríficas sob a égide da Inspeção
                           sujidade                                                    Federal
SANITIZAÇÃO
  - Remoção da carga microbiana
   Tipos de sanitizantes
 1. Físicos
 1.1. Esterilização via seca e úmida
  > 90 -120 oC → pouco utilizada
 1.1.1. Fatores de processo
 - Valor D: 0,2 seg para clostridium e 40 min. Para bacilus
 - Aw
 - Resistência ao calor
 - Permeabilidade de água: esporo não é fisicamente possível
 - Solutos presentes nos resíduos
1.2. Radiação ultravioleta
        λ: 900 a 3800 Å → letal 2600 Å
Lâmpadas: argônio-mercúrio e mercúrio-quartizo → 6 meses
2. Químicos
2.1. COMPOSTOS CLORADOS: orgânicos e inorgânicos
       Hipocloritos: mais usados


2.1.2. Vantagens
- baratos; agem rapidamente; não afeta a dureza da água
- Efetivo contra m.o.: esporos e bactérias em ↓ concentração
 (B. cereus e C. perfrigens)


2.1.3. Desvantagens
- Instáveis ao armazenamento: cuidados
-Irrita a pele
-Corrosivo: uso inadequado e H20 com ↓ teor de cloretos e sulfetos
-Odores indesejáveis
-Esporos aeróbios maior resistência
2.1.4. Ação
    - Ação germicida: ácido hipocloroso       HCLO → H+ + Cl-
    - Destruição da síntese protéica;
    - Descarboxilação ox. Da amin. a nitrilas e aldeídos; hipoclorito
    - Reações com ac. Nucléicos, purinas e pirimidinas;
                                                          EFICIENCIA: pH 8,5
2.1.5. Aspectos na I. A.
Determinar seu princípio ativo da % de Cl residual: titulação
       Calcular: volume para soluções
Explo:
Preparar 500 L de solução clorada com 100mg/L de CRT
Produto: Hipoclorito de sódio a 10% → 500 mL do produto

Reage com íons inorgânicos, forma cloraminas, oxida-as,
diminuindo o cloro residual livre
2.5.2. PREPARO DA SOLUÇÃO DE HIPOCLORITO
  ÁGUA CLORADA

1 litro (L) = 1.000 mL
1kg = 1.000 g = 1.000.000 mg
Solução de HClO a 10% de cloro livre, equivale a:
10g de cloro livre/100mL = 100 g de cloro livre/litro = 100.000 mg
de cloro livre/litro
Preparar 10 litros de água clorada 50 mg/L que terá:
50 mg de cloro livre/litro
Fórmula:
[Volume da sol.NaOCl] . [cloro livre em mg/L] = [vol. água clorada] .
[cloro livre em mg/L]
Calcular o volume de hipoclorito para 10 litros de água clorada a 50
mg/L,
valores na fórmula:
[Vol. Sol.NaOCl] . [ 100.000 mg/L] = [10 L] . [50 mg/L]
[Vol.sol.NaOCl] = 0,005 litros = 5 mL
Resumo
água clorada com 50 mg/L de cloro livre
5mL NaOCl a 10% de cloro livre e dilui-se para 10L de água.


   Tabela: Preparo de solução de NaOCL a diferentes concentrações
                                     Hipoclorito de sódio (% de cloro livre)

    Água clorada (mg/L)*
                             5%             10%                 15%             20%


    10 mg/L                2,0 mL          1,0 mL             0,7 mL           0,5 mL


    20 mg/L                4,0 mL          2,0 mL             1,3 mL           1,0 mL


    50 mg/L                10,0 mL         5,0 mL             3,3 mL           2,5 mL


    100 mg/L               20,0 mL        10,0 mL             6,6 mL           5,0 mL


    150 mg/L               30,0 mL        15,0 mL             10,0 mL          7,5 mL


    200 mg/L               40,0 mL        20,0 mL             13,3 mL          10,0 mL



   Fonte: Chitarra, 1998
2.1.6. Aplicação do Cloro na I.A.
Água de processamento: 4-8 mg/L de CDL
Limpeza em geral: 20-25 mg/L
Resfriamento de Produtos enlatados esterilizados: 2-5mg/L
Sanificação: 100-200 mg/L em alimentos
2.2. Compostos Iodados
2.2.1. Iodeto de potássio                           Ação bactericida: I2
Vantagens
Baixa solubilidade em água
Solúvel em álcool e agentes tensoativos
 Eficiente a todos os m.o. e + rápido HClO em leveduras
 Fácil preparo; usado ≈ 40C
 Desvantagens
  diminui a eficiência ↑ pH
  Menos eficiente Cl esporos
  Odores desagradáveis (produtos)
  Não uso em Amidos


2.2.2. Aplicação
- Manipuladores
- Ambiente: nebulização
2.3. CLOROHEXIDINA

 - Base: solúvel em H2O a 20C
 Vantagem
 - Não possui cor nem odor
 - Não irrita a pele                      BIGUANIDA
 - Bactérias gram + e -         Cloridrato de polihexametileno
 Desvantagem
 -pouco efeito de molhagem
 - Uso combinado

2.3.1. Aplicação
  Manipuladores: restaurantes → carnes, saladas e cocção
  Tratamento de salmora: superfície de queijo curados
  Equipamentos e utensílios: diluição 1:3 a 20%
2.4. ÁCIDO PERACÉTICO

    Principio Ativo de ≠ sanitizantes

- Mistura: Ac. Peracético; H2O2; ac. Acético e estabilizante
  CH3CO.OH + H2O2 → CH3COOOH + H2O

 Vantagens
  Excelente ação sanitizante
  Atividade microbiana: c.vegetativas, fungos, esporos e virus
  Não afetado pela dureza da água
  Não corrosivo ao aço inox

 Desvantagens
  Irritante a pele e mucusa
  Baixa estabilidade (estocagem)
  Incompatível com alguns metais
2.5. QUATERNÁRIO DE AMÔNIO
  -Tensoativos, Catiônicos
  - Baixa atividade detergente
  - Boa atividade germicida
  - Uso combinado com EDTA

 Vantagens
  inodoro, incolor, não corrosivo e não irritante
  Estáveis ao armazenamento e temperatura: longa vida útil
  Boa penetração
  Eficazes contra bactérias Gram-positivas e resistentes a temperatura
  Desvantagens
  Caro
  Baixa atividade em água dura
 Forma espuma
 Pouco efetivo contra esporos, bacteriófagos, coliformes e psicotróficos
 2.5.1. Aplicação
 Sanitização: ambientes, utensílios e equipamentos
 Concentração: 300-400 mg/L; pH 9,5; 10,5 t = 10 a 15 min.
2.6. PERÓXIDO DE HIDROGÊNIO
  - Oxidante
  - Alta concentração: esporicida

 Vantagens
 Baixa toxidade
 Baixo efeito residual

 Desvantagens
 Corrosivo: Cu e Zn
 Baixa temperatura: longo tempo de contato
 Precaução no manuseio

 2.6.1.Aplicação
Embalagens: 30%
I. de Alimentos: 0,3%; pH 4,0 T = 80C t= 5 a 10 min
MÉTODOS DE HIGIENIZAÇÃO

1. Manual
2. Imersão: utensílios e peças desmontagem,
Detergentes: ↓ e m alcalinidade – sanitizantes: cloro
3. máquinas tipo túnel: bandejas e talheres
Detergentes: ↑ alcalinidade, sanitazantes: vopor direto
4. Spray: pressões
Detergentes e sanificantes: sem risco ao manipulador
5. Nebulização ou atomização:
Detergentes e sanificantes: sem risco ao manipulador
6. Circulação

CIP: clean in place → automático e permanente
SUPERFÍCIES NA INDUSTRIA DE ALIMENTOS

     SUPERFÍCIE       CARACTERÍTICAS
     Madeira          Inadmissível
     Aço carbono:     Detergentes neutros
     galv/estanh
     Estanho          Não usado na I.A
     Concreto         Resistentes a ácido
     Vidro            Detergente neutro/média
                      alcalinidade
     Tinta            Apropriada a I.A
     Borracha         Água T<70C
     Aço Inoxidável   Diversos
ÁGUA DE HIGIENIZAÇÃO

Classificação da água quanto a dureza expressa em relação ao teor de
carbonato de cálcio (CaCO3)


          Água                        CaCO3 (mg/L)
          Mole                        0-60


          Moderadamente dura          61-120

          Dura                        121-180

          Muito dura                  >180
Características físico, químicas e microbiológicas ideais para a água a ser utilizada em
agroindústria de alimentos e valores máximos permitidos (VPM) na água para consumo
humano.
         Cloro residual
                                  0,1-1,0 mg.L-1 (4)
                                  0,5 – 2,0 mg.L-1
         Coliformes termoresistentes
                               Ausência em 100 mL(4)
                                Ausência em 100 mL
         Coliformes totais
                               Ausência em 100 mL(4)
                                Ausência em 100 mL
          Cloretos
                                < 250 mg.L-1
                                 250 mg.L-1
           Acidez
                                Ausente
                                 -
           Alcalinidade
                              30-250 mg.L-1

          pH
                                   6,5-8,5
                                   6 – 9,5
Microorganismo contaminantes pela água
E. Colli, Salmonella sp, Vibrio colerae, Shigella sp, Giardia lambia,
virus da hepatite, outros
PROCEDIMENTOS PARA MINIMIZAR CONTAMINAÇÃO
PROCEDIMENTO PADRÃO DE HIGIENIZAÇÃO (POP)




       Programa de higienização de frutas


   PÓS-COLHEITA
Vegetais                         Contaminates

Manga, melão e mamão             Salmonella SSP

Pimenta do reino                 Salmonella SSP

Hortaliças cruas                 Parasitos

Cacau                            Aflotoxina

 Fonte: Marta H. Fillet Spotto
Pré-lavagem




              opcional
Folhosos

       Remoção de resíduos      separação

       Pré-lavagem: água fria

         Lavagem: água fria

Sanitização: NaOCl 100-200ppm/15 a 20’

         Remoção da água

           Embalagem


          Armazenamento
Legumes descascados

  Remoção de resíduos      seleção

  Pré-lavagem: água corrente

       Descasque       Lavagem: água fria

Sanitização: NaOCl 100 ppm/15’ pH 6,0-6,5 T=15C

     Remoção da água       Corte: higienizados e
                                 sanitizados
       Embalagem


      Armazenamento
Cenoura em conserva

             Remoção de resíduos      seleção

             Pré-lavagem: água corrente

    Corte         Descasque       Lavagem: água fria

        Sanitização: NaOCl 100 ppm/15’ pH 6,0-6,5 T=15C

Ac.acético        Salmoura        Sal e condimentos
                                  conservante
                   T. térmico


                   Resfriamento        Armazenamento
Matéria Prima/Avaliação Microbiológica
      Deve atender RDC no 12/2001/Anvisa/MS

Hortaliças frescas “in natura” preparadas (descascadas ou
selecionadas) sanificadas, refrigeradas ou congeladas para
consumo direto, com exceção de cogumelos


                      Amostra      Amostra representativa
                      Indicativa
                                   n    c      m         M
Coliformes a 450C/g      102       5   2     101     102
Salmonela ssp/25g        aus       5   0     aus     -
HIGIENIZAÇÃO NO PROCESSAMENTO DE PALMITO
Processamento de palmito
Formulação para 100 litros de   Formulação para 100 litros de
salmoura de espera              salmoura ácida:
•5 kg de sal de cozinha             •3 kg de sal de cozinha
•1 kg de ácido cítrico              •860 g de ácido cítrico (podendo
•96 litros de água                  variar ± 150g, dependendo da
                                    acidez inicial do palmito ao natural)
                                    •96,3 litros de água
Exaustão em banho maria
Exaustão em túnel a vapor. Entrada do túnel (foto acima) e
saída do túnel (Foto abaixo).
Esterilização
Controle de qualidade de palmito




DEFEITOS
- Alteração do pH: salmoura
- Estufamento: microrganismos
- Escurecimento: processamento
HIGIENIZAÇÃO DE MANIPULADORES
MANIPULADORES

a) higiene e asseio corporal

b) normas de hábitos de higiene

c)higienização de mãos;

d) uso de luvas, máscaras e uniformes.
e)exames laboratoriais/recrutamento
Manipuladores
Quando higienizar as mãos com procedimento
                   duplo

i) sempre que houver troca de função,
ii)após o uso de sanitários,
iii) após executar limpeza de sanitários e locais
     infectados
iv) ao entrar na área de processamento.


Apenas a segunda fase, sem escovas, pode ser adotado
                       nas outras
Higienização correta das mãos




                         2              3
1




                             5
4                                   6
8
7




9       10
Manipuladores/Higienização das mãos/POP

1. acionar o pedal para liberar a água que deve correr de
   preferência a 7,5 litros por minuto, a temperatura de cerca
   25°C
2. colocar as mãos, o antebraço e a escova sob o fluxo de
   água para molhar generosamente a superfície
3. aplicar a quantidade de meia a uma colher de chá (2,5 a 5
   ml) do detergente apropriado para mãos na escova
4. esfregar e ensaboar a superfície das mãos com as cerdas
   da escova sob o fluxo de água (tempo 15seg)
5. Enxaguar : mãos e escova
6. aplicar meia colher de chá (2,5 mL) de detergente na palma
   mãos
7. Enxaguar
8. aplicar a solução sanitizante
9. secar as mãos e os braços com papel toalha
Manipuladores/Teste Swab

a) a remoção dos microrganismos das mãos por
meio de contato, rinsagem e fricção.

b) recuperados em meios de cultura e em
condições de incubação apropriadas.

O resultado é geralmente expresso em UFC/mão

 < 104 UFC/mão de mesóflios aeróbios
 < 102 UFC/mão de Staphylococcus aureus
 < 102 UFC/mão de Escherichia coli
HIGIENIZAÇÃO DE EQUIPAMENTOS E UTENSÍLIOS
DESMONTAR EQUIPAMENTO


      RETIRAR RESÍDUO


LIMPAR INTERNA E EXTERNAMENTE
     Uso de esponja com detergente


           ENXAGUE


          SANITIZANTE
Técnica do swab




< 5,0x101 UFC/cm2 de mesófilos aeróbios
Ambientes de processamento

parede                                   Tetos

                                       Paredes

                                         Pisos
teto
                                      Canaletas

                                        Grades
RETIRAR RESÍDUO

LAVAGEM: água clorada T=ambiente
     Detergente


         ENXAGUE


       SANITIZANTE


    SECAR NATURALMENTE
POP
 Higienização de piso: sala de processamento de folhosos

              Pré-limpeza   Enxágüe       Limpeza      Enxágüe    Sanitização


Solução       Remoção de    Água          Detergente   Água       NaOCl
              resíduos      corrente      neutro       corrente   200ppm
              Água
              corrente
Temperatura                 Ambiente      40C          40C        ambiente


Tempo         -             -             30 min       -          15 min


Freqüência                  A cada 4 hs
                            de produção

Responsável
Indústria de Processamento de Alimentos

Conhecer os fundamentos tecnológicos
comprovadamente eficientes da higiene da
matéria-prima, (incluindo a água), das
superfícies de processamento e dos
ambientes de processamento
OBRIGADA

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Higiene e sanitização na indústria de vegetais

  • 1. HIGIENE E SANITIZAÇÃO NA INDUSTRIA DE VEGETAIS Profa. Alcilene Rodrigues Monteiro Fritz UFSC-CTC-EQA E-mail: alcilene@enq.ufsc.br
  • 2. A L HIGIENE E SANITIZAÇÃO NA INDUSTRIA DE I M ALIMENTOS: VEGETAS E INTRODUÇÃO N S T O S FOOD SAFETY S E G U R O PROCEDIMENTOS DE CONTROLE S PERIGO LEGISLAÇÃO DANOS
  • 3. LEGISLAÇÃO Título: Lei nº 6437, de 20 de agosto de 1977 ementa: Configura infrações à legislação sanitária federal, estabelece as sanções respectivas, e dá outras providências Resoluções CNNPA/MS 33/77: Princípios gerais da higienização Portaria MS 1428/93: APPCC → Insp. Sanitária Manipulação Alimentos Portaria SVS/MS 326/97 Condições higiênico-sanitárias e BPF Portaria MAA 368/97 Condições higiênico-sanitárias e BPF Elaboração/industrialização de alimentos RDC/ANVISA 275/2002 POP → MANIPULADORES/INDUSTRIA ALIMENTOS
  • 4. LEGISLAÇÃO PARA PRODUTOS QUÍMICOS REGISTROS DE PRODUTOS SANEANTES/DETERGENTES PORTARIA: 15 23/08/1988 Portaria no 05/1989 - Biguanida · Subanexo 1 - alínea I alterada(o) por: Portaria nº 843, de 26 de outubro de 1998 · subitem 3 do item IV alterada(o) por: Resolução nº 211, de 18 de junho de 1999 · subanexo 1, alínea I incluída(o) por: Portaria nº 122, de 29 de novembro de 1993 relacionamento(s): atos relacionados: · Lei nº 6437, de 20 de agosto de 1977 Resolução RE nº 2771, de 03 de novembro de 2005 Resolução RE nº 2727, de 25 de outubro de 2005 Resolução RE nº 2587, de 14 de outubro de 2005
  • 5. LEGISLAÇÃO ALIMENTOS ESPACÍFICOS Resolução RDC/ANVISA: 18/99 PALMITO Condições de fabricação, distribuição e comercialização Recadastramento de empresas distribuidoras Portaria nº 304, de 08 de abril de 1999 ementa não oficial: Palmito em Conserva, produzido no país ou importado, colocado à disposição do consumidor, deverá ser etiquetado com a seguinte advertência: "Para sua segurança, este produto só deverá ser consumido, após fervido no líquido de conserva ou em água, durante 15 minutos". Resolução 362, de 29 de julho de 1999. RESOLUÇÃO - RDC Nº 17, 18 DE 19 DE NOVEMBRO DE 1999 Fabricação de palmito em conserva e alimentos inócuo RESOLUÇÃO - RDC Nº 300, DE 1º DE DEZEMBRO DE 2004.
  • 6. LEGISLAÇÃO ALIMENTOS ESPACÍFICOS FRUTAS E HORTALIÇAS: conserva Resolução nº 13 de maio de 1977 "Hortaliça em Conserva" é o produto preparado com as partes comestíveis de hortaliças, como tal definidas nestes padrões, envasadas praticamente cruas, reidratadas ou pre-cozidas, imersas ou não em líquido de cobertura apropriado, submetidas a adequado processamento tecnológico antes ou depois de fechadas hermeticamente nos recipientes utilizados a fim de evitar sua alteração. revogada(o) por: Resolução RDC nº 272, de 22 de setembro de 2005 adequação de produtos RDC/ANVISA 352/02 BPF e Lista de verificação
  • 7. OBJETIVO ??? ALIMENTOS CONFIANÇA DO SEGUROS CONSUMIDOR INOCUIDADE DOS ALIMENTOS
  • 8. RESÍDUOS NA INDUSTRIA CONTAMINANTES COLONIAS DE M.O FORMAÇÃO DE BIOFILMES CUSTO DE PRODUÇÃO CONTAMINAÇÃO X ALIMENTO: Inadmissível     IMPORTANCIA Alimentos contaminados geram: Descrédito → produto no mercado Custos → saúde publica
  • 9.     ROTA DE CONTROLE CADEIA PRODUTIVA Matéria-prima → seleção→ higienização Envase ← Processamento→ Equipamentos  Matéria-prima Transporte ← Distribuição→ Armazenamento Aplicação das BPF’ S e BPH (sanitárias) → APPCC
  • 10. MANIPULAÇÃO DE ALIMENTOS PERIGO 1. CONTAMINAÇÃO POR MICRORGANISMOS 2. CONTAMINAÇÃO FÍSICA 3. CONTAMINAÇÃO QUÍMICA DESAFIO ♦   Reduzir e controlar a flora MICROBIANA contaminante OBJETIVO ♦   Preservar a pureza e palatabilidade dos alimentos ♦   Preservar a qualidade microbiológica dos alimentos
  • 11. Entender os Vários Aspectos Envolvidos na Higienização a) qualidade da matéria prima e água b) os principais resíduos a serem removidos c) as funções dos diversos agentes de higienização d) reações entre detergentes e resíduos d) formulações de detergentes e) métodos de avaliação dos detergentes f) condições de uso de sanitizantes e detergentes g) sanitizantes usados
  • 12. h) mecanismos de ação de sanitizantes i) o passo a passo (POP) do procedimento de higienização j) a possível microbiota envolvida no processo l) como avaliar o processo de higienização
  • 13. PRINCÍPIOS DA HIGIENIZAÇÃO  HIGIENIZAÇÃO HIGIENIZAÇÃO Ação combinada: Limpeza x Sanitização MÉTODOS E INSTRUÇÕES DE HIGIENIZAÇÃO separado ou combinado: físicos e químicos. Métodos devem Especificar: a)Área ou equipamento a que se aplicam; b) Os utensílios e produtos a utilizar; c) a freqüência e duração das operações e concentração do agentes a utilizar; d) A pessoa responsável pela execução; e) O plano de controle da higienização; f) O tipo de registros a efetuar.
  • 14. 1. LIMPEZA Pré-lavagem não reduz a carga microbiana - sujidade Lavagem  Pré-lavagem - imediatamente após o uso -  somente água: redução de 90% dos resíduos  - Temperatura: AMBIENTE – 40oC  Lavagem  Detergente: após a pré-lavagem 
  • 15. DETERGENTE - ATOXICO - TIPO DE RESÍDUO, ÁGUA e SUPERFÍCIE - REAGIR FACIL RESÍDUOS  Enxágüe  ÁGUA: remoção total do detergente  - 2. SANITIZAÇÃO     Redução da carga microbiana   Aspectos envolvidos: microbiologia, química, Tec.   Alimentos, sanitários    
  • 16. AGENTES QUÍMICOS DE LIMPEZA DETERGENTES  Função dos agentes  Saponificar Emulsionar Molhabilidade Solubilização dos resíduos: orgânicos ou inorgânicos e água Segurança ao manipulador Não corrosivo Poder de penetração 
  • 17. BASE DOS DETERGENTES  Alcalinos e tensoativos Remove resíduos de proteínas e gorduras ácidos  incrustações 1. Tipos de agentes alcalinos  1.1. NaOH NaOH → Na+ + OH- ótima ação contra gordura e proteínas baixa ação de molhar não elimina dureza usados em sistemas automáticos de não ataca aço inoxidável limpeza 
  • 18. 1.2. CARBONATO DE SÓDIO baixa alcalinidade não deve ser usado em água dura ação saponificante moderado Poder emulsificante e de molhagem médio Baixo poder corrosivo FATORES DE DETERGENCIA ALCALINA  pH e alcalinidade Combinação: ↑pH → maior eficiência em gordura Determinação da alcalinidade 
  • 19. Tipos de alcalinidade carbonato: não possui ação detergente caustica: pH > 8,3 → atividade alcalina sobre gordura e proteína 1.3. Outros - KOH; metassilicato de Na, etc. Usados para remoção de resíduos orgânicos
  • 20. 1.2. Tensoativos - mudam a tensão superficial: L-L; L-G; L-S Composição: afinidade com a água e gordura → reduz a δ Umectantes Emulsificantes Classificados: aniônicos, catiônicos, não - aniônico e anfótero Aniônicos: maioria dos detergentes comerciais Alimentos: base ácido sulfônico Catiônicos: germicidas → Quaternário de Amônio Não – aniônico: solução n-aquosa → pouco uso Anfóteros: pH
  • 21. 1.3. Agentes seqüestrastes e quelantes FOSFATOS Ortofosfatos e polifosfatos Função Deslocam, solubilizam, dispersam os resíduos Emulsificação e solubilização Abrandam água Evitam redeposição nas superfícies 3.1. Polifosfatos: seqüestrastes Solubilizam Ca e Mg → evita precipitação de sais 3.2. EDTA: quelantes Remove: Ca++, Mg++ e Fe++
  • 22. PRODUTOS QUÍMICOS E BIOLÓGICOS/AUTORIZAÇÃO DE USO NOS ESTABELECIMENTOS SOB SIF AUTORIZAÇÃ PRAZO DE NOME DO MARCA/FABRICANTE FINALIDADE E MODO DE USO O VALIDADE PRODUTO OF/Nº AUP 06/98 28.02.2002 Detergente LETAHCIDE PLUS Indicado para limpeza e desinfecção de concentrado para pisos, paredes e superfícies em geral superfície fixas nas indústrias sob a égide da Inspeção Federal. 07/98 28.02.2002 Produto concentrado SPAR P É indicado na desinfecção e limpeza para limpeza e Índeba Indústria e Comércio Ltda. simultânea de superfície de pedras, desinfecção de cerâmicas e outros pisos similares. superfícies em geral 08/98 30.07.2004 Removedor de CANDALL TMF Empregar na retirada de manchas em ferrugem Indeba Indústria e Comércio Ltda. roupas utilizadas na indústria frigorífica sob a égide da Inspeção Federal.
  • 23. PRODUTOS QUÍMICOS E BIOLÓGICOS/AUTORIZAÇÃO DE USO NOS ESTABELECIMENTOS SOB SIF AUTORIZAÇÃ PRAZO DE NOME DO MARCA/FABRICANTE FINALIDADE E MODO DE USO O VALIDADE PRODUTO OF/Nº AUP 14/98 30.05.2002 Desinfetante a base INDEBA GB 100 Empregar na desinfecção de superfícies de quaternário de Indeba Indústria e Comércio Ltda. fixas após a lavagem de equipamentos, amônio para instalações em indústria frigorífica sob superfícies fixas e a égide da Inspeção Federal. cobertas 16/98 30.05.2002 Produto amaciante de SOFT´S 300 Empregar na processo de amaciamento, tecido Indeba Indústria e Comércio Ltda. em lavagem de roupas em geral, nas indústrias frigoríficas sob a égide da Inspeção Federal. 17/98 30.07.1999 Desincrustante AUTOCAR LA 80 Empregar na limpeza e líquido especial para Indeba Indústria e Comércio Ltda. desincrustamento de azulejos e limpeza de azulejos superfícies, vitrificadas das indústrias com alto grau de frigoríficas sob a égide da Inspeção sujidade Federal
  • 24. SANITIZAÇÃO - Remoção da carga microbiana Tipos de sanitizantes 1. Físicos 1.1. Esterilização via seca e úmida > 90 -120 oC → pouco utilizada 1.1.1. Fatores de processo - Valor D: 0,2 seg para clostridium e 40 min. Para bacilus - Aw - Resistência ao calor - Permeabilidade de água: esporo não é fisicamente possível - Solutos presentes nos resíduos 1.2. Radiação ultravioleta λ: 900 a 3800 Å → letal 2600 Å Lâmpadas: argônio-mercúrio e mercúrio-quartizo → 6 meses
  • 25. 2. Químicos 2.1. COMPOSTOS CLORADOS: orgânicos e inorgânicos Hipocloritos: mais usados 2.1.2. Vantagens - baratos; agem rapidamente; não afeta a dureza da água - Efetivo contra m.o.: esporos e bactérias em ↓ concentração (B. cereus e C. perfrigens) 2.1.3. Desvantagens - Instáveis ao armazenamento: cuidados -Irrita a pele -Corrosivo: uso inadequado e H20 com ↓ teor de cloretos e sulfetos -Odores indesejáveis -Esporos aeróbios maior resistência
  • 26. 2.1.4. Ação - Ação germicida: ácido hipocloroso HCLO → H+ + Cl- - Destruição da síntese protéica; - Descarboxilação ox. Da amin. a nitrilas e aldeídos; hipoclorito - Reações com ac. Nucléicos, purinas e pirimidinas; EFICIENCIA: pH 8,5 2.1.5. Aspectos na I. A. Determinar seu princípio ativo da % de Cl residual: titulação Calcular: volume para soluções Explo: Preparar 500 L de solução clorada com 100mg/L de CRT Produto: Hipoclorito de sódio a 10% → 500 mL do produto Reage com íons inorgânicos, forma cloraminas, oxida-as, diminuindo o cloro residual livre
  • 27. 2.5.2. PREPARO DA SOLUÇÃO DE HIPOCLORITO ÁGUA CLORADA 1 litro (L) = 1.000 mL 1kg = 1.000 g = 1.000.000 mg Solução de HClO a 10% de cloro livre, equivale a: 10g de cloro livre/100mL = 100 g de cloro livre/litro = 100.000 mg de cloro livre/litro Preparar 10 litros de água clorada 50 mg/L que terá: 50 mg de cloro livre/litro Fórmula: [Volume da sol.NaOCl] . [cloro livre em mg/L] = [vol. água clorada] . [cloro livre em mg/L] Calcular o volume de hipoclorito para 10 litros de água clorada a 50 mg/L, valores na fórmula: [Vol. Sol.NaOCl] . [ 100.000 mg/L] = [10 L] . [50 mg/L] [Vol.sol.NaOCl] = 0,005 litros = 5 mL
  • 28. Resumo água clorada com 50 mg/L de cloro livre 5mL NaOCl a 10% de cloro livre e dilui-se para 10L de água. Tabela: Preparo de solução de NaOCL a diferentes concentrações Hipoclorito de sódio (% de cloro livre) Água clorada (mg/L)* 5% 10% 15% 20% 10 mg/L 2,0 mL 1,0 mL 0,7 mL 0,5 mL 20 mg/L 4,0 mL 2,0 mL 1,3 mL 1,0 mL 50 mg/L 10,0 mL 5,0 mL 3,3 mL 2,5 mL 100 mg/L 20,0 mL 10,0 mL 6,6 mL 5,0 mL 150 mg/L 30,0 mL 15,0 mL 10,0 mL 7,5 mL 200 mg/L 40,0 mL 20,0 mL 13,3 mL 10,0 mL Fonte: Chitarra, 1998
  • 29. 2.1.6. Aplicação do Cloro na I.A. Água de processamento: 4-8 mg/L de CDL Limpeza em geral: 20-25 mg/L Resfriamento de Produtos enlatados esterilizados: 2-5mg/L Sanificação: 100-200 mg/L em alimentos
  • 30. 2.2. Compostos Iodados 2.2.1. Iodeto de potássio Ação bactericida: I2 Vantagens Baixa solubilidade em água Solúvel em álcool e agentes tensoativos  Eficiente a todos os m.o. e + rápido HClO em leveduras  Fácil preparo; usado ≈ 40C Desvantagens  diminui a eficiência ↑ pH  Menos eficiente Cl esporos  Odores desagradáveis (produtos)  Não uso em Amidos 2.2.2. Aplicação - Manipuladores - Ambiente: nebulização
  • 31. 2.3. CLOROHEXIDINA - Base: solúvel em H2O a 20C Vantagem - Não possui cor nem odor - Não irrita a pele BIGUANIDA - Bactérias gram + e - Cloridrato de polihexametileno Desvantagem -pouco efeito de molhagem - Uso combinado 2.3.1. Aplicação  Manipuladores: restaurantes → carnes, saladas e cocção  Tratamento de salmora: superfície de queijo curados  Equipamentos e utensílios: diluição 1:3 a 20%
  • 32. 2.4. ÁCIDO PERACÉTICO Principio Ativo de ≠ sanitizantes - Mistura: Ac. Peracético; H2O2; ac. Acético e estabilizante CH3CO.OH + H2O2 → CH3COOOH + H2O Vantagens  Excelente ação sanitizante  Atividade microbiana: c.vegetativas, fungos, esporos e virus  Não afetado pela dureza da água  Não corrosivo ao aço inox Desvantagens  Irritante a pele e mucusa  Baixa estabilidade (estocagem)  Incompatível com alguns metais
  • 33. 2.5. QUATERNÁRIO DE AMÔNIO -Tensoativos, Catiônicos - Baixa atividade detergente - Boa atividade germicida - Uso combinado com EDTA Vantagens  inodoro, incolor, não corrosivo e não irritante  Estáveis ao armazenamento e temperatura: longa vida útil  Boa penetração  Eficazes contra bactérias Gram-positivas e resistentes a temperatura Desvantagens  Caro  Baixa atividade em água dura Forma espuma Pouco efetivo contra esporos, bacteriófagos, coliformes e psicotróficos 2.5.1. Aplicação Sanitização: ambientes, utensílios e equipamentos Concentração: 300-400 mg/L; pH 9,5; 10,5 t = 10 a 15 min.
  • 34. 2.6. PERÓXIDO DE HIDROGÊNIO - Oxidante - Alta concentração: esporicida Vantagens  Baixa toxidade  Baixo efeito residual Desvantagens  Corrosivo: Cu e Zn  Baixa temperatura: longo tempo de contato  Precaução no manuseio 2.6.1.Aplicação Embalagens: 30% I. de Alimentos: 0,3%; pH 4,0 T = 80C t= 5 a 10 min
  • 35. MÉTODOS DE HIGIENIZAÇÃO 1. Manual 2. Imersão: utensílios e peças desmontagem, Detergentes: ↓ e m alcalinidade – sanitizantes: cloro 3. máquinas tipo túnel: bandejas e talheres Detergentes: ↑ alcalinidade, sanitazantes: vopor direto 4. Spray: pressões Detergentes e sanificantes: sem risco ao manipulador 5. Nebulização ou atomização: Detergentes e sanificantes: sem risco ao manipulador 6. Circulação CIP: clean in place → automático e permanente
  • 36. SUPERFÍCIES NA INDUSTRIA DE ALIMENTOS SUPERFÍCIE CARACTERÍTICAS Madeira Inadmissível Aço carbono: Detergentes neutros galv/estanh Estanho Não usado na I.A Concreto Resistentes a ácido Vidro Detergente neutro/média alcalinidade Tinta Apropriada a I.A Borracha Água T<70C Aço Inoxidável Diversos
  • 37. ÁGUA DE HIGIENIZAÇÃO Classificação da água quanto a dureza expressa em relação ao teor de carbonato de cálcio (CaCO3) Água CaCO3 (mg/L) Mole 0-60 Moderadamente dura 61-120 Dura 121-180 Muito dura >180
  • 38. Características físico, químicas e microbiológicas ideais para a água a ser utilizada em agroindústria de alimentos e valores máximos permitidos (VPM) na água para consumo humano. Cloro residual 0,1-1,0 mg.L-1 (4) 0,5 – 2,0 mg.L-1 Coliformes termoresistentes Ausência em 100 mL(4) Ausência em 100 mL Coliformes totais Ausência em 100 mL(4) Ausência em 100 mL Cloretos < 250 mg.L-1 250 mg.L-1 Acidez Ausente - Alcalinidade 30-250 mg.L-1 pH 6,5-8,5 6 – 9,5
  • 39. Microorganismo contaminantes pela água E. Colli, Salmonella sp, Vibrio colerae, Shigella sp, Giardia lambia, virus da hepatite, outros
  • 41.
  • 42.
  • 43. PROCEDIMENTO PADRÃO DE HIGIENIZAÇÃO (POP) Programa de higienização de frutas PÓS-COLHEITA
  • 44. Vegetais Contaminates Manga, melão e mamão Salmonella SSP Pimenta do reino Salmonella SSP Hortaliças cruas Parasitos Cacau Aflotoxina Fonte: Marta H. Fillet Spotto
  • 45. Pré-lavagem opcional
  • 46.
  • 47. Folhosos Remoção de resíduos separação Pré-lavagem: água fria Lavagem: água fria Sanitização: NaOCl 100-200ppm/15 a 20’ Remoção da água Embalagem Armazenamento
  • 48. Legumes descascados Remoção de resíduos seleção Pré-lavagem: água corrente Descasque Lavagem: água fria Sanitização: NaOCl 100 ppm/15’ pH 6,0-6,5 T=15C Remoção da água Corte: higienizados e sanitizados Embalagem Armazenamento
  • 49. Cenoura em conserva Remoção de resíduos seleção Pré-lavagem: água corrente Corte Descasque Lavagem: água fria Sanitização: NaOCl 100 ppm/15’ pH 6,0-6,5 T=15C Ac.acético Salmoura Sal e condimentos conservante T. térmico Resfriamento Armazenamento
  • 50. Matéria Prima/Avaliação Microbiológica Deve atender RDC no 12/2001/Anvisa/MS Hortaliças frescas “in natura” preparadas (descascadas ou selecionadas) sanificadas, refrigeradas ou congeladas para consumo direto, com exceção de cogumelos Amostra Amostra representativa Indicativa n c m M Coliformes a 450C/g 102 5 2 101 102 Salmonela ssp/25g aus 5 0 aus -
  • 53.
  • 54.
  • 55.
  • 56.
  • 57. Formulação para 100 litros de Formulação para 100 litros de salmoura de espera salmoura ácida: •5 kg de sal de cozinha •3 kg de sal de cozinha •1 kg de ácido cítrico •860 g de ácido cítrico (podendo •96 litros de água variar ± 150g, dependendo da acidez inicial do palmito ao natural) •96,3 litros de água
  • 58.
  • 60. Exaustão em túnel a vapor. Entrada do túnel (foto acima) e saída do túnel (Foto abaixo).
  • 62. Controle de qualidade de palmito DEFEITOS - Alteração do pH: salmoura - Estufamento: microrganismos - Escurecimento: processamento
  • 64. MANIPULADORES a) higiene e asseio corporal b) normas de hábitos de higiene c)higienização de mãos; d) uso de luvas, máscaras e uniformes. e)exames laboratoriais/recrutamento
  • 65. Manipuladores Quando higienizar as mãos com procedimento duplo i) sempre que houver troca de função, ii)após o uso de sanitários, iii) após executar limpeza de sanitários e locais infectados iv) ao entrar na área de processamento. Apenas a segunda fase, sem escovas, pode ser adotado nas outras
  • 66. Higienização correta das mãos 2 3 1 5 4 6
  • 67. 8 7 9 10
  • 68. Manipuladores/Higienização das mãos/POP 1. acionar o pedal para liberar a água que deve correr de preferência a 7,5 litros por minuto, a temperatura de cerca 25°C 2. colocar as mãos, o antebraço e a escova sob o fluxo de água para molhar generosamente a superfície 3. aplicar a quantidade de meia a uma colher de chá (2,5 a 5 ml) do detergente apropriado para mãos na escova 4. esfregar e ensaboar a superfície das mãos com as cerdas da escova sob o fluxo de água (tempo 15seg) 5. Enxaguar : mãos e escova 6. aplicar meia colher de chá (2,5 mL) de detergente na palma mãos 7. Enxaguar 8. aplicar a solução sanitizante 9. secar as mãos e os braços com papel toalha
  • 69. Manipuladores/Teste Swab a) a remoção dos microrganismos das mãos por meio de contato, rinsagem e fricção. b) recuperados em meios de cultura e em condições de incubação apropriadas. O resultado é geralmente expresso em UFC/mão < 104 UFC/mão de mesóflios aeróbios < 102 UFC/mão de Staphylococcus aureus < 102 UFC/mão de Escherichia coli
  • 71. DESMONTAR EQUIPAMENTO RETIRAR RESÍDUO LIMPAR INTERNA E EXTERNAMENTE Uso de esponja com detergente ENXAGUE SANITIZANTE
  • 72. Técnica do swab < 5,0x101 UFC/cm2 de mesófilos aeróbios
  • 73. Ambientes de processamento parede Tetos Paredes Pisos teto Canaletas Grades
  • 74. RETIRAR RESÍDUO LAVAGEM: água clorada T=ambiente Detergente ENXAGUE SANITIZANTE SECAR NATURALMENTE
  • 75. POP Higienização de piso: sala de processamento de folhosos Pré-limpeza Enxágüe Limpeza Enxágüe Sanitização Solução Remoção de Água Detergente Água NaOCl resíduos corrente neutro corrente 200ppm Água corrente Temperatura Ambiente 40C 40C ambiente Tempo - - 30 min - 15 min Freqüência A cada 4 hs de produção Responsável
  • 76. Indústria de Processamento de Alimentos Conhecer os fundamentos tecnológicos comprovadamente eficientes da higiene da matéria-prima, (incluindo a água), das superfícies de processamento e dos ambientes de processamento