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1. CADEIA PRODUTIVA DO SETOR SULCROALCOLEIRO


           Nos anos 50, no Brasil teve início um intenso progresso tecnológico. Essa época
foi conhecida por “revolução verde” e o uso do termo agribusiness foi desencadeado para
evidenciar o relacionamento da indústria voltada à agricultura.
           Segundo Zilbersztajn (apud MEGIDO, XAVIER, 1998, p.317) acentuam o caráter
sistêmico das ações dos estudos de agribusiness, pois estas vão desde a produção
agropecuária até a distribuição e consumo. Segundo os autores, nas cadeias de
agribusiness, caracterizadas como uma sequência de operações verticalmente organizadas,
cabe a preocupação a respeito de como são coordenadas, se via mercado ou se via agentes
diversos que nela interferem.
           Para Waack et. al. (apud GARCIA, 2005), especificamente, o sistema
agroindustrial da cana inclui significativa diversidade de agentes: produtores de cana de
açúcar, usinas e/ou destilarias, distribuição dos produtos derivados e os diferentes
consumidores, constituindo este sistema maior em dois principais subsistemas: o açúcar e o
álcool.
          A cadeia de produção do álcool é quase que totalmente sustentável; grande parte
dos processos envolvidos em sua produção vem demonstrando sua sustentabilidade de
formar que seu produto e subprodutos sigam um ciclo sustentável, com pode ser notado na
figura abaixo: Fabiana pediu para rever este parágrafo e todos os grifados em amarelo.
Figura 1: Ciclo de produção do álcool
Fonte: Disponível em: www.sifaeg.com.br, acessado em 10/09/2009 AUTOR, ANO, PAG?


         O processo da cadeia produtiva de cana de açúcar até a extração do álcool começa
na logística de sua matéria-prima, a industria, onde se dará inicio a esse processo de
transformação; a primeira etapa a cana é sujeita a uma lavagem com água. Assim a cana, já
lavada, é transportada até um conjunto de facas rotativas e desfibradores. que preparam os
caules para a moagem. A matéria-prima picada e já desfibrada é destinada às moendas ou
difusores, para extração do caldo, que dá origem a uma solução de açúcar (garapa ou caldo
misto), o qual é separado por meio de peneiras. Esses resíduos poderão ser queimados
diretamente nas caldeiras, gerando energia para todo o complexo industrial e a energia
produzida em excedente por ser vendida. Esses resíduos mais conhecidos como bagaço da
cana. podem vir a ser matéria prima para uma série de outro produtos. Um exemplo de
subprodutos é a ração animal, produzida por meio das sobras dos resíduos da matéria-
prima.
         O caldo misto resultante da fabricação do álcool é purificado mediante várias
técnicas de filtragem, formando o líquido chamado de mosto, o qual será fermentado em
grandes tanques cilíndricos, denominados dornas, dotados de um sistema de resfriamento,
pois é um processo exotérmico. O mosto é ali colocado juntamente com uma mistura
composta de leite de levedura, água e ácido sulfúrico.
A levedura empregada é do gênero Saccaromyces (S. cerevisae), ou novas cepas
desenvolvidas especialmente para esta finalidade. O sistema utilizado é baseado no método
Melle Boinot, hoje modificado, em que o mosto fermentado é centrifugado para a
separação das leveduras, as quais serão tratadas e recicladas no processo. As fermentações
feitas atualmente podem ser contínuas ou descontínuas, com uma grande variedade de
arranjos físicos. O mais importante nesse processo é o açúcar contido no mosto, o qual se
transforma em álcool. A fermentação termina quando seu teor cai a zero. Depois dessa
etapa o mosto fermentado será conduzido à destilação, onde, por meio de várias colunas,
ele será alternadamente aquecido e condensado, separando-se todos os produtos
secundários e produzindo vários tipos de álcool.
         A tendência atual das indústrias é de se transformarem em complexos energéticos
que além da fabricação de álcool e açúcar possam produzir ração animal, fertilizantes,
entre outros e também gerar energia elétrica (COOPERÇÚCAR, 2001).




1.1 Histórico da produção de etano apartir da cana-de-açúcar no Brasil


         A cana-de-açúcar é originaria da Ásia, dentre sua variação 6 são mais conhecidas,
sua chegada ao Brasil é bastante difusa, datas são distorcidas mas se tem registros de que
os primeiro canaviais surgiram em Pernambuco, com o passar dos anos as técnicas foram
aprimoradas e se espalho pelo país.
         Conforme (MOREIRA, 2008) a cana-de-açúcar tem origem asiática e pertence a
uma das mais importantes e maiores famílias de angiospermas, a Poaceae. Das seis
espécies mais conhecidas, duas são consideradas silvestres (Saccharum robustum Brandes
& Jewiest e Saccharum spontaneum L.) e quatro cultivadas (Saccharum officinarum L.,
Saccharum sinense Roxb., Saccharum edule Hassk e Saccharum barberi Jewiest.)
(DANIELS & ROACH, 1987). Dentre seus constituintes químicos estão o ácido
hidrociânico, o ascórbico, sais minerais (sobretudo de cálcio e de ferro), fibras e sacarose.
         Em termos históricos, segundo (VARNHAGEN, 1978), em 1526, o primeiro
carregamento de açúcar teria chegado a Lisboa, originário do atual Estado de Pernambuco,
o que pressupõe a existência de canaviais no Brasil naquele ano. Porém para (AZEVEDO,
1943) as primeiras plantações de cana-de-açúcar ocorreram já em 1502, anteriormente à
vinda de Martim Afonso de Souza ao Brasil. Para (MATSOUKA et AL, 1999), foi Martim
Afonso que trouxe a primeira muda de cana-de-açúcar ao Brasil em 1532 e, na Capitania
de São Vicente, iniciou seu cultivo.
           Deixando de lado as controvérsias históricas. foi na Zona da Mata pernambucana
que os canaviais tiveram início; Olinda foi a sede dos primeiros engenhos nordestinos
(DIÉGUES, 1954).
           Duarte Coelho Pereira, responsável pela expansão da cana de açúcar foi na época
governador do estado de Pernambuco, pois era o detentor do poder de conceder terras ao
cultivo de cana. No estado de são Paulo as capitanias pioneiras foram as de Santos e São
Vicente.
           As famílias, na grande maioria portuguesas, se instalavam e se multiplicavam ao
redor dos engenhos, unidades econômicas características daquela época. Estas
comunidades formavam uma pirâmide social, com os senhores de engenho posicionados na
parte superior e os escravos na base da pirâmide, conforme mostrado abaixo. (BRANDÃO,
1985).


                                   Figura 2: Pirâmide Social




                                       Autor: Própria, 2009




           Formavam-se, então, grandes grupos populacionais com toda a complexidade
social, incluindo moendas para espremer a cana, caldeiras fornecedoras de energia para o
processo de purificação da garapa, a casa de purgar para aperfeiçoar o processo de
purificação, a casa-grande, símbolo do poder econômico e social, a senzala, moradia dos
escravos e uma capela, símbolo religioso. Os altos custos gerados para manter esta
organização fizeram com que a indústria do açúcar no Brasil ficasse conhecida como “uma
empresa de alto custo” (BARLÉU, 1974). A construção, a montagem e a manutenção dos
engenhos para a produção do açúcar, bem como o plantio, a colheita e a estocagem da
cana-de-açúcar exigiam muito capital (BARLÉU, 1974).


        Desde a inserção da cana de açúcar no Brasil pelo estado de Pernambuco até a
década de 70 a cana de açúcar se espalhou por diversos pontos de nosso território nacional,
sendo inserida fortemente no região sudoeste do pais.
        Em 1974, devido à crise mundial do petróleo, se iniciou uma nova fase na
produção de álcool no Brasil. Em pouco tempo a produção de etanol do país passou dos
700 milhões de litros/ano para 15 bilhões de litros/ano. Este aumento levou à ampliação de
canaviais, à modernização das destilarias e à geração de grande quantidade de empregos. O
Programa Nacional do Álcool (Próalcool) foi criado por Decreto Presidencial, no final de
1975, com o objetivo de atender às necessidades do país quanto aos combustíveis
automotivos. Este programa foi a continuidade de um programa de uso do álcool que teve
início em 1931 (LIMA, 2001). O crescimento da produção de álcool no país tem sido
sustentado também devido ao seu amplo emprego nas indústrias farmacêutica, alimentícia
e cosmética, além do seu uso como combustível automotivo. (MOREIRA, 2008)



1.1.1 A Produção de etanol no Brasil


        Foi Lavoisier, em 1789, (VANIN, 1994) o pioneiro em pesquisas que tinham como
objetivo de estudo o processo de fermentação alcoólica quantitativamente, formulando
uma equação que julgara representar o fenômeno químico deste processo.
        Apenas em 1857, Pasteur (GEISON, 2002) esclareceu a natureza da fermentação
alcoólica, identificando seres vivos chamados de leveduras como agentes causais deste
processo. A fermentação alcoólica depende do tipo de substrato: há aqueles que são
diretamente fermentescíveis como o melaço e o caldo de cana e há outros que são
indiretamente fermentescíveis como as matérias primas amiláceas ou celulósicas
(ROITMAN, 1987). O produto da fermentação depende diretamente do tipo de
microorganismo que atua no processo, do substrato existente e das enzimas ativas
presentes (TORTORA, 2000). A fermentação é um processo no qual há liberação de energia
de açúcares ou moléculas orgânicas tais como aminoácidos, ácidos orgânicos, purinas e
pirimidinas e que não necessita de oxigênio para ocorrer, mas que pode ocorrer na
presença deste.
        De acordo com (LEHNINGER, 1984) fermentação é um termo que significa
degradação da glicose e de outros nutrientes orgânicos em condições de anaerobiose.
Existem diferentes formas de fermentação, sendo a lática um exemplo típico deste
processo. Nela, alguns microorganismos metabolizam a glicose até ácido lático, que se
acumula no meio como único produto da fermentação.
        A via que resulta na produção de etanol também ocorre em condições de
anaerobiose. É a chamada fermentação alcoólica e é realizada por microrganismos como
leveduras (S. cereviseae). Neste processo, de uma molécula de glicólise obtém-se duas
moléculas de ácido pirúvico e duas moléculas de ATP. Na etapa seguinte, duas moléculas
de acetaldeído e duas de CO2 são originadas a partir da conversão das duas moléculas de
ácido pirúvico. A partir da redução das duas moléculas de acetaldeído formam-se duas
moléculas de etanol. Assim como a fermentação do ácido lático, a fermentação alcoólica é
um processo de baixo rendimento energético no qual o etanol permanece com a maior
parte da energia contida na molécula de glicose, energia esta que estará armazenada e que
será utilizada quando o etanol queimar como combustível (MOREIRA, 2008)




1.2 O etanol enquanto fonte energética alternativa


        O aquecimento global tem como principal responsável a emissão de gases na
atmosfera provocando o chamado efeito estufa, levando em conta que um dos principais
responsáveis por esse fenômeno é a emissão do gás CO² lançado na atmosfera por
combustíveis fósseis, sendo uma ameaçar ao meio ambiente; é necessário medidas que
diminuam o uso de fontes de energia fóssil, incentivando assim a busca de novas fontes de
energia alternativas e menos poluentes.
        O Protocolo de Kyoto, é o principal documento que tenta por em prática essas
mudanças e reverter o quadro da mudança climática em nosso planeta. Desde 1990, 166
países de reúnem para discutir as providências a serem tomadas em relação ao
aquecimento global (ÉPOCA, 2007).
O documento estabelece uma meta de reduzir a emissão de poluentes em 5,2% em
relação aos níveis de 1990 até 2012. O gás carbônico, responsável por 76% do total de
emissões dos gases estufas, seria a principal substância a ser evitada. O Protocolo de Kyoto
determina que as reduções devem acontecer principalmente nas atividades de geração de
energia e transportes, exigindo uma reforma nesses setores e a adoção do uso de fontes de
energias renováveis (ÉPOCA, 2007).
        O álcool combustível tem sido uma alternativa bastante eficaz em relação à
emissão de CO2 na atmosfera, ajudando os países a cumprirem as metas propostas pelo
Protocolo, pois 2,3 toneladas de CO2 deixam de ser lançadas na atmosfera para cada
tonelada de álcool combustível utilizado (MAPA, 2005).
        A não intervenção governamental ligada aos altos preços do petróleo e às políticas
de incentivo ao desenvolvimento de fontes renováveis de energia formam um cenário
bastante favorável à produção e ao consumo de etanol, tendo o Brasil com forte
experiência adquirida durante o Proálcool (Nunes de Sousa, 2008).
1.3 A expansão do etanol no Brasil


         De acordo com dados atuais a maior parte da produção de etanol no país de
encontra atualmente na região Centro-oeste e Sul.
         Segundo (GAZZONI, 2005) a cana de açúcar é a segunda maior fonte de energia
renovável do Brasil. Dos 6 milhoes de hectares, cerca de 85% da cana de açúcar produzida
no Brasil está na região Centro-Sul, concentrada em São Paulo 60% da produção e 15%
restante na região Norte-Nordeste.
         O bagaço sobrado da moagem é queimado nas caldeiras da usinas, tornando-as
auto suficiente em energia. O Brasil é o pais mais avançado, do ponto de vista tecnológico
na eficiência energética e no uso do etanol como combustível, seguido de outros países
como EUA, Argentina.
         Conforme (GAZZONI, 2005) a produção mundial de álcool aproxima-se dos 40
bilhões de litros, dois quais 25 bilhões de litros são utilizados para fins energéticos. O
Brasil responde por 15 bilhões de litros deste total. O uso exclusivo de álcool como
combustível está concentrado no Brasil, conforme a tabela abaixo:




Figura 3: Produção de etanol de 1975 a 2005
Fonte: Elaboração D. L. Gazzoni, 2005
Segundo a (União da Indutria de Cana de Acucar) apesar de ser lembrado como
resposta do Brasil às crises do petróleo, o álcool anidro era usado desde os anos 30 como
aditivo na gasolina brasileira. Na busca de autonomia energética o país desenvolveu o
Programa Nacional do Álcool e o pioneiro carro a álcool.
         Estavam lançadas as raízes de uma capacidade instalada de produção anual de 16
bilhões de litros de álcool, o equivalente a 84 milhões de barris de petróleo/ano.
         Hoje, o Brasil produz 10,4 bilhões de litros/ano (cerca de 62% em São
Paulo).Aproximadamente 3 milhões de veículos são movidos a álcool hidratado,
consumindo 4,9 bilhões de litros/ano. Usa-se álcool anidro (produção de 5,5 bilhões de
litros/ano), na proporção de 22%, como aditivo para a gasolina.
         Nos últimos 22 anos registrou-se economia de 1,8 bilhão de dólares por ano, com
a substituição pelo álcool, do equivalente a 200 mil barris de gasolina/dia.
         O maior diferencial ambiental do álcool está na origem renovável. É extraído da
biomassa da cana-de-açúcar, com reconhecido potencial para seqüestrar carbono da
atmosfera, o que lhe confere grande importância no combate global ao efeito estufa.
A Figura abaixo traz ilustração da expansão das usinas no estado de Goiás.
Figura 4: expansão do setor sucroalcooleiro em Goiás




Fonte: sifaeg, 2008/2009


        A figura 4 mostrada acima, ilustra a forte expansão do setor sulcroalcoleiro em
Goiás e consequentemente nós dá a idéia da expansão do setor no restante de nosso
território nacional, ligando as necessidades energéticas mundiais e ao potencial
competitivo e tecnológico de nosso país.
2. METODOLOGIA E MATERIAIS


        Utilizaremos    na presente     pesquisa diversas     metodologias,   partindo   da
fundamentação bibliográfica até a observação do senso comum, assim terá um forte perfil
de pesquisa de campo, por procurar analisar um fenômeno prático, e reconhecer situações
específicas por meio da discussão teórica da apacidade de colaboração logística na cadeia
do etanol. A discussão teórica visa um        profundamento de conhecimentos sobre o
relacionamento e a importância dos         fornecedores de etanol aos distribuidores de
combustíveis para a obtenção de produtos com a qualidade requerida pelos consumidores
finais. Terá característica qualitativa, se tratando, especificamente, de um estudo de caso
que trabalha na interpretação de fenômenos, na atribuição de significados e na análise de
dados, não fazendo uso de métodos e técnicas estatísticas.
        O desenvolvimento do trabalho adotará o procedimento da pesquisa bibliográfica
a respeito do tema, centrado especificamente nas questões que tratam do relacionamento
entre os distribuidores de combustível e seus fornecedores de álcool, objetivando conhecer
em que nível se encontra a colaboração nesta cadeia, e que implicações isso tem na
eficiência das operações logísticas e na formação final de preços.
        O resultado da análise é proveniente de aplicação de questionários semi-
estruturados, visando avaliar a importância e o desempenho dos fornecedores para as
empresas em questão.
        Estas empresas estão localizadas na cidade de Quirinópolis, sudoeste goiano, e
não terão seus nomes mencionados, pois o objetivo desta pesquisa é somente fazer uma
análise genérica dos casos.
O Método Cientifico é a estratégia que organiza e orienta a atividade cientifica,
encaminhando à obtenção de um novo conhecimento cientifico que transforme a realidade.
(SALOMON, 1999 apude M.L.Garcia, 1995).
         A metodologia para a idéia observar os caminhos necessários para o auto –
aprendizado em que o aluno é sujeito do processo, aprendendo a pesquisar e a sistematizar
o conhecimento obtido. Estuda os métodos científicos sob os aspectos descritivos e da
análise reflexiva. Ao abordar o processo científico, a Metodologia da Ciência, além de
descrever o que são os métodos indutivo, dedutivo e hipotético-dedutivo, inclui outros
procedimentos que levam a formulação da hipóteses, elaboração de leis, explicações de
leis, explicações e teorias cientificas, fazendo também uma análise crítica deles.


         MÉTODO INDUTIVO – A indução leva a conclusões de caráter geral, a partir
de casos particulares.
         MÉTODO DEDUTIVO – é o Silogismo, que a partir de duas proposições
chamadas premissas, retira uma terceira chamada conclusão.


         A palavra Metodologia vem do Grego:
         META - que significa ao largo, caminho;
         LOGOS - discurso, estudo.


         A Metodologia consiste em estudar e avaliar os vários métodos disponíveis,
identificando suas limitações ou não em nível das implicações de suas atualizações.
         A Metodologia em nível aplicado examina e avalia as técnicas, bem como a
geração ou verificação de novos métodos que conduzem à captação e processamento de
informações Com vistas à resolução de problemas de investigação.


         MÉTODO – visão abstrata da ação;
         METODOLOGIA – visão concreta da operacionalização.


         O ponto de partida dessa pesquisa foi observar qual o caminho percorrido pelo
etanol produzido pela Usina Boa Vista, identificar o método logístico adotado pela usina,
quantifica qual o principal modal utilizado para o escoamento da produção.
O métodos utilizados para coletar as informações necessárias se darão por
pesquisa bibliográfica através de artigos, revistas, e livros, como referencial teórico e a
realização de uma entrevista com o responsável pela logística de escoamento da produção
Marcos, a entrevista foi realizada na própria usina boa vista, onde pudemos ter uma idéia
de como funciona todo esse processo.
        Embora apenas um dos acadêmicos desta pesquisa trabalhe diretamento na
empresa sede da pesquisa, os envolvidos nesse projeto mantem interesse em como em
relação ao tema “logistica” o que ajudou as linhas de investigação.
        Com a falta de clareza nas razoes para o qual a produção de etanol da usina boa
vista já não é distribuída aos postos da cidade no que resultaria em um baixo custo
logístico que engloba a saída do etanol da fabrica ao consumidor final, resultando em um
combustível mais barato ao consumidor final.

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Cadeia produtiva do setor sucroalcooleiro

  • 1. 1. CADEIA PRODUTIVA DO SETOR SULCROALCOLEIRO Nos anos 50, no Brasil teve início um intenso progresso tecnológico. Essa época foi conhecida por “revolução verde” e o uso do termo agribusiness foi desencadeado para evidenciar o relacionamento da indústria voltada à agricultura. Segundo Zilbersztajn (apud MEGIDO, XAVIER, 1998, p.317) acentuam o caráter sistêmico das ações dos estudos de agribusiness, pois estas vão desde a produção agropecuária até a distribuição e consumo. Segundo os autores, nas cadeias de agribusiness, caracterizadas como uma sequência de operações verticalmente organizadas, cabe a preocupação a respeito de como são coordenadas, se via mercado ou se via agentes diversos que nela interferem. Para Waack et. al. (apud GARCIA, 2005), especificamente, o sistema agroindustrial da cana inclui significativa diversidade de agentes: produtores de cana de açúcar, usinas e/ou destilarias, distribuição dos produtos derivados e os diferentes consumidores, constituindo este sistema maior em dois principais subsistemas: o açúcar e o álcool. A cadeia de produção do álcool é quase que totalmente sustentável; grande parte dos processos envolvidos em sua produção vem demonstrando sua sustentabilidade de formar que seu produto e subprodutos sigam um ciclo sustentável, com pode ser notado na figura abaixo: Fabiana pediu para rever este parágrafo e todos os grifados em amarelo.
  • 2. Figura 1: Ciclo de produção do álcool Fonte: Disponível em: www.sifaeg.com.br, acessado em 10/09/2009 AUTOR, ANO, PAG? O processo da cadeia produtiva de cana de açúcar até a extração do álcool começa na logística de sua matéria-prima, a industria, onde se dará inicio a esse processo de transformação; a primeira etapa a cana é sujeita a uma lavagem com água. Assim a cana, já lavada, é transportada até um conjunto de facas rotativas e desfibradores. que preparam os caules para a moagem. A matéria-prima picada e já desfibrada é destinada às moendas ou difusores, para extração do caldo, que dá origem a uma solução de açúcar (garapa ou caldo misto), o qual é separado por meio de peneiras. Esses resíduos poderão ser queimados diretamente nas caldeiras, gerando energia para todo o complexo industrial e a energia produzida em excedente por ser vendida. Esses resíduos mais conhecidos como bagaço da cana. podem vir a ser matéria prima para uma série de outro produtos. Um exemplo de subprodutos é a ração animal, produzida por meio das sobras dos resíduos da matéria- prima. O caldo misto resultante da fabricação do álcool é purificado mediante várias técnicas de filtragem, formando o líquido chamado de mosto, o qual será fermentado em grandes tanques cilíndricos, denominados dornas, dotados de um sistema de resfriamento, pois é um processo exotérmico. O mosto é ali colocado juntamente com uma mistura composta de leite de levedura, água e ácido sulfúrico.
  • 3. A levedura empregada é do gênero Saccaromyces (S. cerevisae), ou novas cepas desenvolvidas especialmente para esta finalidade. O sistema utilizado é baseado no método Melle Boinot, hoje modificado, em que o mosto fermentado é centrifugado para a separação das leveduras, as quais serão tratadas e recicladas no processo. As fermentações feitas atualmente podem ser contínuas ou descontínuas, com uma grande variedade de arranjos físicos. O mais importante nesse processo é o açúcar contido no mosto, o qual se transforma em álcool. A fermentação termina quando seu teor cai a zero. Depois dessa etapa o mosto fermentado será conduzido à destilação, onde, por meio de várias colunas, ele será alternadamente aquecido e condensado, separando-se todos os produtos secundários e produzindo vários tipos de álcool. A tendência atual das indústrias é de se transformarem em complexos energéticos que além da fabricação de álcool e açúcar possam produzir ração animal, fertilizantes, entre outros e também gerar energia elétrica (COOPERÇÚCAR, 2001). 1.1 Histórico da produção de etano apartir da cana-de-açúcar no Brasil A cana-de-açúcar é originaria da Ásia, dentre sua variação 6 são mais conhecidas, sua chegada ao Brasil é bastante difusa, datas são distorcidas mas se tem registros de que os primeiro canaviais surgiram em Pernambuco, com o passar dos anos as técnicas foram aprimoradas e se espalho pelo país. Conforme (MOREIRA, 2008) a cana-de-açúcar tem origem asiática e pertence a uma das mais importantes e maiores famílias de angiospermas, a Poaceae. Das seis espécies mais conhecidas, duas são consideradas silvestres (Saccharum robustum Brandes & Jewiest e Saccharum spontaneum L.) e quatro cultivadas (Saccharum officinarum L., Saccharum sinense Roxb., Saccharum edule Hassk e Saccharum barberi Jewiest.) (DANIELS & ROACH, 1987). Dentre seus constituintes químicos estão o ácido hidrociânico, o ascórbico, sais minerais (sobretudo de cálcio e de ferro), fibras e sacarose. Em termos históricos, segundo (VARNHAGEN, 1978), em 1526, o primeiro carregamento de açúcar teria chegado a Lisboa, originário do atual Estado de Pernambuco, o que pressupõe a existência de canaviais no Brasil naquele ano. Porém para (AZEVEDO, 1943) as primeiras plantações de cana-de-açúcar ocorreram já em 1502, anteriormente à vinda de Martim Afonso de Souza ao Brasil. Para (MATSOUKA et AL, 1999), foi Martim
  • 4. Afonso que trouxe a primeira muda de cana-de-açúcar ao Brasil em 1532 e, na Capitania de São Vicente, iniciou seu cultivo. Deixando de lado as controvérsias históricas. foi na Zona da Mata pernambucana que os canaviais tiveram início; Olinda foi a sede dos primeiros engenhos nordestinos (DIÉGUES, 1954). Duarte Coelho Pereira, responsável pela expansão da cana de açúcar foi na época governador do estado de Pernambuco, pois era o detentor do poder de conceder terras ao cultivo de cana. No estado de são Paulo as capitanias pioneiras foram as de Santos e São Vicente. As famílias, na grande maioria portuguesas, se instalavam e se multiplicavam ao redor dos engenhos, unidades econômicas características daquela época. Estas comunidades formavam uma pirâmide social, com os senhores de engenho posicionados na parte superior e os escravos na base da pirâmide, conforme mostrado abaixo. (BRANDÃO, 1985). Figura 2: Pirâmide Social Autor: Própria, 2009 Formavam-se, então, grandes grupos populacionais com toda a complexidade social, incluindo moendas para espremer a cana, caldeiras fornecedoras de energia para o processo de purificação da garapa, a casa de purgar para aperfeiçoar o processo de purificação, a casa-grande, símbolo do poder econômico e social, a senzala, moradia dos
  • 5. escravos e uma capela, símbolo religioso. Os altos custos gerados para manter esta organização fizeram com que a indústria do açúcar no Brasil ficasse conhecida como “uma empresa de alto custo” (BARLÉU, 1974). A construção, a montagem e a manutenção dos engenhos para a produção do açúcar, bem como o plantio, a colheita e a estocagem da cana-de-açúcar exigiam muito capital (BARLÉU, 1974). Desde a inserção da cana de açúcar no Brasil pelo estado de Pernambuco até a década de 70 a cana de açúcar se espalhou por diversos pontos de nosso território nacional, sendo inserida fortemente no região sudoeste do pais. Em 1974, devido à crise mundial do petróleo, se iniciou uma nova fase na produção de álcool no Brasil. Em pouco tempo a produção de etanol do país passou dos 700 milhões de litros/ano para 15 bilhões de litros/ano. Este aumento levou à ampliação de canaviais, à modernização das destilarias e à geração de grande quantidade de empregos. O Programa Nacional do Álcool (Próalcool) foi criado por Decreto Presidencial, no final de 1975, com o objetivo de atender às necessidades do país quanto aos combustíveis automotivos. Este programa foi a continuidade de um programa de uso do álcool que teve início em 1931 (LIMA, 2001). O crescimento da produção de álcool no país tem sido sustentado também devido ao seu amplo emprego nas indústrias farmacêutica, alimentícia e cosmética, além do seu uso como combustível automotivo. (MOREIRA, 2008) 1.1.1 A Produção de etanol no Brasil Foi Lavoisier, em 1789, (VANIN, 1994) o pioneiro em pesquisas que tinham como objetivo de estudo o processo de fermentação alcoólica quantitativamente, formulando uma equação que julgara representar o fenômeno químico deste processo. Apenas em 1857, Pasteur (GEISON, 2002) esclareceu a natureza da fermentação alcoólica, identificando seres vivos chamados de leveduras como agentes causais deste processo. A fermentação alcoólica depende do tipo de substrato: há aqueles que são diretamente fermentescíveis como o melaço e o caldo de cana e há outros que são indiretamente fermentescíveis como as matérias primas amiláceas ou celulósicas (ROITMAN, 1987). O produto da fermentação depende diretamente do tipo de microorganismo que atua no processo, do substrato existente e das enzimas ativas
  • 6. presentes (TORTORA, 2000). A fermentação é um processo no qual há liberação de energia de açúcares ou moléculas orgânicas tais como aminoácidos, ácidos orgânicos, purinas e pirimidinas e que não necessita de oxigênio para ocorrer, mas que pode ocorrer na presença deste. De acordo com (LEHNINGER, 1984) fermentação é um termo que significa degradação da glicose e de outros nutrientes orgânicos em condições de anaerobiose. Existem diferentes formas de fermentação, sendo a lática um exemplo típico deste processo. Nela, alguns microorganismos metabolizam a glicose até ácido lático, que se acumula no meio como único produto da fermentação. A via que resulta na produção de etanol também ocorre em condições de anaerobiose. É a chamada fermentação alcoólica e é realizada por microrganismos como leveduras (S. cereviseae). Neste processo, de uma molécula de glicólise obtém-se duas moléculas de ácido pirúvico e duas moléculas de ATP. Na etapa seguinte, duas moléculas de acetaldeído e duas de CO2 são originadas a partir da conversão das duas moléculas de ácido pirúvico. A partir da redução das duas moléculas de acetaldeído formam-se duas moléculas de etanol. Assim como a fermentação do ácido lático, a fermentação alcoólica é um processo de baixo rendimento energético no qual o etanol permanece com a maior parte da energia contida na molécula de glicose, energia esta que estará armazenada e que será utilizada quando o etanol queimar como combustível (MOREIRA, 2008) 1.2 O etanol enquanto fonte energética alternativa O aquecimento global tem como principal responsável a emissão de gases na atmosfera provocando o chamado efeito estufa, levando em conta que um dos principais responsáveis por esse fenômeno é a emissão do gás CO² lançado na atmosfera por combustíveis fósseis, sendo uma ameaçar ao meio ambiente; é necessário medidas que diminuam o uso de fontes de energia fóssil, incentivando assim a busca de novas fontes de energia alternativas e menos poluentes. O Protocolo de Kyoto, é o principal documento que tenta por em prática essas mudanças e reverter o quadro da mudança climática em nosso planeta. Desde 1990, 166 países de reúnem para discutir as providências a serem tomadas em relação ao aquecimento global (ÉPOCA, 2007).
  • 7. O documento estabelece uma meta de reduzir a emissão de poluentes em 5,2% em relação aos níveis de 1990 até 2012. O gás carbônico, responsável por 76% do total de emissões dos gases estufas, seria a principal substância a ser evitada. O Protocolo de Kyoto determina que as reduções devem acontecer principalmente nas atividades de geração de energia e transportes, exigindo uma reforma nesses setores e a adoção do uso de fontes de energias renováveis (ÉPOCA, 2007). O álcool combustível tem sido uma alternativa bastante eficaz em relação à emissão de CO2 na atmosfera, ajudando os países a cumprirem as metas propostas pelo Protocolo, pois 2,3 toneladas de CO2 deixam de ser lançadas na atmosfera para cada tonelada de álcool combustível utilizado (MAPA, 2005). A não intervenção governamental ligada aos altos preços do petróleo e às políticas de incentivo ao desenvolvimento de fontes renováveis de energia formam um cenário bastante favorável à produção e ao consumo de etanol, tendo o Brasil com forte experiência adquirida durante o Proálcool (Nunes de Sousa, 2008).
  • 8. 1.3 A expansão do etanol no Brasil De acordo com dados atuais a maior parte da produção de etanol no país de encontra atualmente na região Centro-oeste e Sul. Segundo (GAZZONI, 2005) a cana de açúcar é a segunda maior fonte de energia renovável do Brasil. Dos 6 milhoes de hectares, cerca de 85% da cana de açúcar produzida no Brasil está na região Centro-Sul, concentrada em São Paulo 60% da produção e 15% restante na região Norte-Nordeste. O bagaço sobrado da moagem é queimado nas caldeiras da usinas, tornando-as auto suficiente em energia. O Brasil é o pais mais avançado, do ponto de vista tecnológico na eficiência energética e no uso do etanol como combustível, seguido de outros países como EUA, Argentina. Conforme (GAZZONI, 2005) a produção mundial de álcool aproxima-se dos 40 bilhões de litros, dois quais 25 bilhões de litros são utilizados para fins energéticos. O Brasil responde por 15 bilhões de litros deste total. O uso exclusivo de álcool como combustível está concentrado no Brasil, conforme a tabela abaixo: Figura 3: Produção de etanol de 1975 a 2005 Fonte: Elaboração D. L. Gazzoni, 2005
  • 9. Segundo a (União da Indutria de Cana de Acucar) apesar de ser lembrado como resposta do Brasil às crises do petróleo, o álcool anidro era usado desde os anos 30 como aditivo na gasolina brasileira. Na busca de autonomia energética o país desenvolveu o Programa Nacional do Álcool e o pioneiro carro a álcool. Estavam lançadas as raízes de uma capacidade instalada de produção anual de 16 bilhões de litros de álcool, o equivalente a 84 milhões de barris de petróleo/ano. Hoje, o Brasil produz 10,4 bilhões de litros/ano (cerca de 62% em São Paulo).Aproximadamente 3 milhões de veículos são movidos a álcool hidratado, consumindo 4,9 bilhões de litros/ano. Usa-se álcool anidro (produção de 5,5 bilhões de litros/ano), na proporção de 22%, como aditivo para a gasolina. Nos últimos 22 anos registrou-se economia de 1,8 bilhão de dólares por ano, com a substituição pelo álcool, do equivalente a 200 mil barris de gasolina/dia. O maior diferencial ambiental do álcool está na origem renovável. É extraído da biomassa da cana-de-açúcar, com reconhecido potencial para seqüestrar carbono da atmosfera, o que lhe confere grande importância no combate global ao efeito estufa.
  • 10. A Figura abaixo traz ilustração da expansão das usinas no estado de Goiás. Figura 4: expansão do setor sucroalcooleiro em Goiás Fonte: sifaeg, 2008/2009 A figura 4 mostrada acima, ilustra a forte expansão do setor sulcroalcoleiro em Goiás e consequentemente nós dá a idéia da expansão do setor no restante de nosso território nacional, ligando as necessidades energéticas mundiais e ao potencial competitivo e tecnológico de nosso país.
  • 11. 2. METODOLOGIA E MATERIAIS Utilizaremos na presente pesquisa diversas metodologias, partindo da fundamentação bibliográfica até a observação do senso comum, assim terá um forte perfil de pesquisa de campo, por procurar analisar um fenômeno prático, e reconhecer situações específicas por meio da discussão teórica da apacidade de colaboração logística na cadeia do etanol. A discussão teórica visa um profundamento de conhecimentos sobre o relacionamento e a importância dos fornecedores de etanol aos distribuidores de combustíveis para a obtenção de produtos com a qualidade requerida pelos consumidores finais. Terá característica qualitativa, se tratando, especificamente, de um estudo de caso que trabalha na interpretação de fenômenos, na atribuição de significados e na análise de dados, não fazendo uso de métodos e técnicas estatísticas. O desenvolvimento do trabalho adotará o procedimento da pesquisa bibliográfica a respeito do tema, centrado especificamente nas questões que tratam do relacionamento entre os distribuidores de combustível e seus fornecedores de álcool, objetivando conhecer em que nível se encontra a colaboração nesta cadeia, e que implicações isso tem na eficiência das operações logísticas e na formação final de preços. O resultado da análise é proveniente de aplicação de questionários semi- estruturados, visando avaliar a importância e o desempenho dos fornecedores para as empresas em questão. Estas empresas estão localizadas na cidade de Quirinópolis, sudoeste goiano, e não terão seus nomes mencionados, pois o objetivo desta pesquisa é somente fazer uma análise genérica dos casos.
  • 12. O Método Cientifico é a estratégia que organiza e orienta a atividade cientifica, encaminhando à obtenção de um novo conhecimento cientifico que transforme a realidade. (SALOMON, 1999 apude M.L.Garcia, 1995). A metodologia para a idéia observar os caminhos necessários para o auto – aprendizado em que o aluno é sujeito do processo, aprendendo a pesquisar e a sistematizar o conhecimento obtido. Estuda os métodos científicos sob os aspectos descritivos e da análise reflexiva. Ao abordar o processo científico, a Metodologia da Ciência, além de descrever o que são os métodos indutivo, dedutivo e hipotético-dedutivo, inclui outros procedimentos que levam a formulação da hipóteses, elaboração de leis, explicações de leis, explicações e teorias cientificas, fazendo também uma análise crítica deles. MÉTODO INDUTIVO – A indução leva a conclusões de caráter geral, a partir de casos particulares. MÉTODO DEDUTIVO – é o Silogismo, que a partir de duas proposições chamadas premissas, retira uma terceira chamada conclusão. A palavra Metodologia vem do Grego: META - que significa ao largo, caminho; LOGOS - discurso, estudo. A Metodologia consiste em estudar e avaliar os vários métodos disponíveis, identificando suas limitações ou não em nível das implicações de suas atualizações. A Metodologia em nível aplicado examina e avalia as técnicas, bem como a geração ou verificação de novos métodos que conduzem à captação e processamento de informações Com vistas à resolução de problemas de investigação. MÉTODO – visão abstrata da ação; METODOLOGIA – visão concreta da operacionalização. O ponto de partida dessa pesquisa foi observar qual o caminho percorrido pelo etanol produzido pela Usina Boa Vista, identificar o método logístico adotado pela usina, quantifica qual o principal modal utilizado para o escoamento da produção.
  • 13. O métodos utilizados para coletar as informações necessárias se darão por pesquisa bibliográfica através de artigos, revistas, e livros, como referencial teórico e a realização de uma entrevista com o responsável pela logística de escoamento da produção Marcos, a entrevista foi realizada na própria usina boa vista, onde pudemos ter uma idéia de como funciona todo esse processo. Embora apenas um dos acadêmicos desta pesquisa trabalhe diretamento na empresa sede da pesquisa, os envolvidos nesse projeto mantem interesse em como em relação ao tema “logistica” o que ajudou as linhas de investigação. Com a falta de clareza nas razoes para o qual a produção de etanol da usina boa vista já não é distribuída aos postos da cidade no que resultaria em um baixo custo logístico que engloba a saída do etanol da fabrica ao consumidor final, resultando em um combustível mais barato ao consumidor final.