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Jornal digital 13-03-17Jornal digital 13-03-17
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prejuízo campanha

  1. Sábado 8.11.2014 O GLOBO l 3 País A bancada do PT na Câmara saiu do en- contro com a presi- dente Dilma, anteontem, com a suspeita — e a espe- rança, também — de que a relação do Planalto com o partido deverá mudar neste segundo mandato. Por mais de duas vezes, Dilma, que circulava pelas rodinhas dos deputados, interrompeu seu périplo para chamar a um cantinho o presidente do PT, Rui Falcão. Prestigi- ando Falcão, Dilma mos- trou aos 70 deputados da bancada o carinho que tem pelo partido. Antes da Dilma, a bancada do PT havia se reunido e, por unanimidade, decidiu que não existe a menor possibili- dade de entendimento com o candidato do PMDB à presi- dência da Câmara, Eduardo Cunha. E até criou uma co- missão para cuidar do assun- to. Informalmente, alguns deputados falam no nome de Arlindo Chinaglia como uma das opções para enfrentar Cunha. A maioria admite até apoiar um nome de fora do PT que tenha condições de enfrentar o Todo Poderoso. A ESPERANÇA DA BANCADA DO PT Coluna do Moreno JORGE BASTOS MORENO Pobre rico Uma trapalhada da equipe jurídica do senador Pedro Taques, eleito governador de Mato Grosso, está causando uma verdadeira guerra no seu quintal. Como em muitas das chapas ao Senado, o candidato escolhe um suplente rico para ajudar a sustentar a campanha e outro “pobre”, mas cujo nome aporte votos. O rico ,geralmente, fica na primeira suplência e, em caso de ausência do titular, tem a prerrogativa de assumir a vaga. Por erro, a chapa de Taques registrou o suplente pobre antes do rico. Assim, será o policial rodoviário federal José Medeiros, do PPS, que herdará a cadeira de Taques. O suplente rico, o empresário do ramo madeireiro Paulo Fiúza, está inconsolável e até agora não desistiu de reverter o quadro, apesar de sucessivas negativas da Justiça Eleitoral. Polivalente Ninguém aparece mais cotado para tantas pastas diferentes quanto Jaques Wagner. O governador da Bahia está nas listas de Casa Civil, Relações Institucionais, Integração e Desenvolvimento, fora a presidência da Petrobras. Como na Casa Civil deve permanecer Aloizio Mercadante, e a presidente tende a deixar Wagner perto dela, seu destino mais provável, segundo auxiliares de Dilma, seria um ministério palaciano especialmente turbinado para recebê-lo. E por que não colocar Wagner na Petrobras? Um cardeal petista responde: “Para o mercado, nas atuais circunstâncias, entregar a Petrobras a alguém do partido equivale a manter o Arno Augustin no Tesouro”. Sonho Parece que Wagner quer ir para Indústria e Comércio. Só que há uma articulação forte para torná-lo ministro da Justiça, que voltaria assim a ter um papel político. Mas só um ministro sabe o que Dilma pretende para o seu segundo governo: Mercadante. Todos os outros só especulam. E Dilma quer resolver seu Ministério até 14 de dezembro, seu aniversário. Em família Quem convive com Cid Gomes acha que é sincera a sua disposição de passar uma temporada nos EUA quando encerrar o mandato no Ceará, em vez de ocupar posto na Esplanada. Se — e apenas se — ele escolher esse caminho, o ministro da família será o irmão Ciro. Provavelmente de Ciência e Tecnologia. Conversas Na conversa de Dilma e Lula na terça-feira se falou de tudo: montagem de Ministério, relação com governadores e um bom tempo sobre a sucessão na Câmara. Ou seja, falou-se muito no onipresente Eduardo Cunha. A conclusão foi clara: 2015 pode ter problemas de seca, turbulência econômica, Operação Lava Jato, mas tudo pode piorar muito dependendo de quem comanda a Câmara. Ilustre Chamou a atenção a figura que, entre um gole e outro numa xícara de chá, presidia o Senado em plena noite de terça-feira, um dia geralmente agitado na Casa. O desconhecido atende pelo nome de Kaká Andrade. É segundo suplente do senador Eduardo Amorim, que se licenciou da vaga. oglobo.globo.com/pais/moreno DEPOISDASURNAS_ Conta alta para os partidosDívidadecampanhasestaduaisno1ºturnochegaaR$89,8milhões;maiorprejuízoédoPT Em meio às discussões sobre reforma política e possíveis mudanças no modelo de financiamento dascampanhaseleitorais,ospartidosterãoquear- carcomumafaturaindigesta,consequênciadireta do último pleito: R$ 89,8 milhões. Este é o valor da dívida deixada pelos candidatos a governador, eleitos ou não, que encerraram suas participações no primeiro turno do processo eleitoral. Levando- se em consideração apenas os 13 governadores eleitos no primeiro turno, a conta fica negativa em R$ 19,5 milhões. A situação mais complicada é a doPT,queamargouumprejuízodeR$60milhões, o equivalente a 66% do total. Nem mesmo Rui Costa, eleito governador da Bahia, construiu uma campanha saudável financeiramente, deixando uma dívida de R$ 13 milhões. Alexandre Padilha, ex-ministro da Saúde e derrotado na disputa pelo governo de São Paulo, ficou com o maior passivo entre todos os candidatos analisados: R$ 24 mi- lhões. A situação seria ainda pior se o comitê de Dilma Rousseff e a própria direção nacional do partido não tivessem contribuído com Padilha. Em setembro e outubro, a campanha da presiden- te e o PT doaram, juntos, R$ 4,6 milhões. Para quitar as dívidas contraídas durante a campanha, as legendas podem usar verbas do Fundo Partidário, patrimônio composto, entre outras fontes, por dotações orçamentárias da União. Até o dia 25 de setembro, data da última atualização, os partidos haviam recebido um montante de R$ 273,2 milhões referentes ao fun- do. O levantamento das dívidas, feito pelo GLO- BO com base nas prestações de contas disponibi- lizadas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), le- vou em consideração os candidatos que alcança- rampelomenos5%dosvotosválidosnoprimeiro turno. A quantia foi calculada a partir da diferen- ça entre a arrecadação e os gastos declarados por cada candidato à Justiça Eleitoral. A conta deverá aumentar ainda mais quando os dados referentes à arrecadação e às despesas dos candidatos que foram ao segundo turno estiverem disponíveis. LINDBERGH E GLEISI NÃO FECHARAM CONTAS Os fracassos das campanhas dos senadores Lind- bergh Farias, quarto lugar no Rio, e Gleisi Hoff- mann, que ficou em terceiro no Paraná, também contribuíram para o passivo do PT. Lindbergh, que levou o partido a romper a aliança com o PMDB no estado, deixou a campanha com uma dívida de R$ 11,9 milhões. Já Gleisi, aposta do partido para encerrar a hegemonia tucana no Pa- raná, ficou devendo R$ 5,9 milhões. O governa- dor de Brasília, Agnelo Queiroz, que fracassou em tentativa à reeleição e sequer foi ao segundo tur- no, deixou uma fatura de R$ 1,8 milhão. Procura- da, a direção nacional do partido afirmou que não sabia dar informações a respeito do paga- mento de dívidas de campanha. O tesoureiro da campanha de Dilma Rousseff, Edinho Silva, não retornou as ligações. O diretor-executivo da ONG Transparência Brasil, Cláudio Weber Abramo, afirma que as dí- vidas representam um erro no projeto financei- ro desenhado para as campanhas. — Revela falta de planejamento eleitoral, mas nãoésinônimodefalênciadessemodelodefinan- ciamento. No entanto, haveria meios mais inteli- gentes de controlar essas doações, diminuindo os gastos das campanhas. Para as grandes empresas, com faturamento muito alto, esse limite fica eleva- do, o que aumenta a disparidade — afirma, em re- ferência ao fato de as empresas poderem contri- buir com valores correspondentes a até 2% de seu faturamento bruto no ano anterior à eleição. O fato de os candidatos gastarem muito mais do que arrecadam tem respaldo legal. O TSE permite que as dívidas dos candidatos sejam as- sumidas pela direção nacional dos partidos. A resolução do tribunal para as eleições de 2014 prevê que “eventuais débitos de campanha não quitados até a data fixada para a apresentação da prestação de contas poderão ser assumidos pelo partido político”. A decisão cabe à direção nacional de cada legenda, que é obrigada a apresentar um cronograma de pagamento. Os partidos têm quatro anos para quitar as dívidas. Segundo José Norberto Campelo, presidente da Comissão Especial de Direito Eleitoral da OAB, a partir de 2012 o TSE passou a permitir que os partidos assumam os valores exceden- tes, o que ajuda os candidatos a ganhar tempo: — Na verdade, a Justiça Eleitoral admite essa si- tuação. Para evitar a rejeição das contas, somente os partidos podem se responsabilizar (pelas dívi- das). Caso contrário, as contas ficam irregulares. Com a nova lei, a vantagem para os candidatos é ganhar tempo, é uma espécie de antecipação de receita partidária. Um empréstimo para garantir a campanha. Em segundo lugar na lista de devedores aparece o PSDB, com uma conta de R$ 6,7 milhões. Reelei- to governador do Paraná, Beto Richa terminou a campanhacomumdébitodeR$3,7milhões.JáPi- menta da Veiga, derrotado em Minas Gerais, dei- xou de herança um passivo de R$ 2,7 milhões. O governador Geraldo Alckmin, reconduzido ao posto em São Paulo, gastou R$ 40,3 milhões e ter- minou a eleição com um superávit modesto: R$ 620,49. Por telefone, a assessoria do PSDB negou a existênciadovalorcitadopeloGLOBO,dissequeo partido ainda está fechando as contas da campa- nha e buscando arrecadações para quitar as dívi- das.Apesardecontestarovalorcalculadocomba- se nas prestações de contas disponibilizadas pelo TSE, o PSDB não informou quanto deve. As campanhas dos candidatos do PSB tam- bém vão pesar no orçamento do partido. Her- deiro político de Eduardo Campos e eleito go- vernador de Pernambuco no primeiro turno, Paulo Câmara deixou uma dívida de R$ 1,07 milhão. Os prejuízos do governador do Espíri- to Santo, Renato Casagrande, derrotado em sua tentativa de se reeleger, e da senadora Lí- dice da Mata, terceira colocada na Bahia, fo- ram ainda maiores: R$ 2,5 milhões e R$ 2,2 mi- lhões respectivamente. O partido tem também casos curiosos de contabilidade, como o do deputado estadual Marcelo Ramos, derrotado no Amazonas, que terminou o pleito com um saldo de R$ 7,44. Ainda no PSB, há um episó- dio de contabilidade cirúrgica. Vanderlan Vi- eira Cardoso, que ficou fora do segundo turno em Goiás, arrecadou R$ 4.529.107,12 e gastou exatamente o mesmo valor. As situações em que os tesoureiros das campa- nhas entregaram as contas zeradas se espalham também por outros partidos. O governador Rai- mundo Colombo (PSD), reeleito em Santa Catari- na, gastou a mesma quantia recebida em doações: R$ 12.686.824,52. Marcelo Miranda (PMDB), eleito no Tocantins, teve gastos e despesas idênticos: R$ 7.255.534,88. Sebastião Rodrigues (DEM), no Acre, Antônio Gomide (PT), em Goiás, Robério Paulino Rodrigues (PSOL), no Rio Grande do Norte, e Ja- queline Cassol (PR), em Rondônia, apresentaram contas com a mesma situação. A direção nacional do PSB disse que não recebeu pedido de ajuda dos candidatos para pagar dívidas. O partido afirmou que apenas autorizou os comitês de cada estado devedor a pagar as despesas correspondentes. DESPESA POR CADA VOTO FOI MAIOR EM MT Entre os governadores eleitos no primeiro turno, a relaçãomaisaltaentredespesasdecampanhaevo- tos conquistados foi do senador Pedro Taques (PDT), eleito governador do Mato Grosso. Taques gastou R$ 29,5 milhões e conquistou 833.788 votos, uma média de R$ 35,4 por voto. Em Alagoas, o go- vernadoreleitoRenanFilho(PMDB)gastouR$16,8 milhõesnacampanhaeteve670.310votos,umgas- to médio de R$ 25,09 por voto. As despesas de Ge- raldoAlckmin(PSDB),reeleitoemSãoPaulo,foram de R$ 40,3 milhões, em um total de 12.230.807 vo- tos.Emmédia,AlckmingastouR$3,30porvoto.No Maranhão, segundo pior IDH do país, Flávio Dino (PCdoB) gastou R$ 9,3 milhões, uma média de R$ 4,98 por eleitor conquistado. No Piauí, terceiro pior IDH,aoladodoPará,asdespesasdeWellingtonDi- as (PT) foram de R$ 4,8 milhões, R$ 4,58 por voto. l GABRIELA ALLEGRO Núcleo de Jornalismo de Dados LETÍCIA FERNANDES E MARCO GRILLO opais@oglobo.com.br PT PSDB PSB PTB PSC PDT PP PSD PMDB PCdoB PPS Solidariedade PR PSOL DEM 35,70 1.007,00 1.320,45 1.616,91 2.519,71 -60.074.482,82 -6.716.911,12 -5.881.366,09 -4.796.198,48 -4.744.322,08 -2.461.960,00 -1.871.275,33 1.354.527,05 -1.042.113,57 -940.765,29 DívidaPartido -24.617.308,41 -13.062.702,01 -11.997.027,23 -5.917.030,42 -4.796.198,48 -4.744.322,08 -3.777.274,42 -2.723.162,02 -2.648.724,44 -2.553.455,66 BALANÇO DAS CAMPANHAS FONTE: Tribunal Superior Eleitoral Receita Despesas Receita Despesas Receita Despesas Receita Despesas Receita Despesas Receita Despesas Receita Despesas Receita Despesas Receita Despesas Receita Despesas MAIORES ROMBOS (em R$) CONTAS NO VERMELHO (em R$) 15.592.817,66 40.210.126,07 32.196.722,63 7.311.999,75 19.309.026,98 21.038.010 26.955.040,42 19.736.207,21 24.532.405,69 3.266.809,32 8.011.131,4 25.899.853,39 29.677.127,81 40.416.502,3 43.139.664,32 4.335.812,03 6.984.536,47 12.685.747,23 15.239.202,89 45.259.424,64 DIFERENÇA Saldo positivoPartido CONTAS NO AZUL (em R$) *São os canditatos eleitos Renato Casagrande (PSB) Lúdio Cabral (PT) Pimenta da Veiga (PSDB) Beto Richa (PSDB)* Eduardo Amorim (PSC) Armando Monteiro (PTB) Gleisi Hoffmann (PT) Lindbergh Farias (PT) Rui Costa (PT)* Alexandre Padilha (PT) NA WEB glo.bo/1vFkmLH Prestação de contas do PSB não inclui avião do acidente com Campos
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