1. 26/12/2009
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO
FAMEV-FACULDADE DE AGRONOMIA E MEDICINA
VETERINÁRIA
CURSO DE AGRONOMIA
Manejo de Pragas da
Cultura do Algodoeiro
Engo Agro Marcos Ferreira da Costa
Como as pragas aparecem
na lavoura?
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2. 26/12/2009
Manejo de Pragas
REFÚGIOS
Algodão
• Quanto uma praga pode comer?
• Spodoptera spp
•1 maçã/planta
•perda de 20 a 30 @/ha
•Inseticida: ± 320 dólares/ha
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3. 26/12/2009
Pragas iniciais
Lagarta rosca (Agrotis ipsilon)
• Asas anteriores: coloração
escura, cinza ou marrom
mosqueado;
• Asas post.: uniformemente
claras e semi-transparentes;
• Comprimento: ± 20 mm e
pode ultrapassar 30mm de
envergadura;
• São de hábito noturno;
• Oviposição: fendas no solo,
mas geralmente nas folhas
ou no caule, separadamente
ou em pequenos grupos;
• Uma fêmea coloca em média
1000 ovos.
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4. 26/12/2009
Lagarta rosca (Agrotis ipsilon)
• As lagartas são verde-
amarelo-claro;
• Quando totalmente
desenvolvidas, atingem até
50 mm de comprimento;
• São moles, gordas e
apresentam a caract. de
enrolarem o corpo quando
tocadas, por isso o nome
comum de lagarta rosca;
• Abrigam no solo durante o
dia e à noite saem p/ comer.
• Praga polífaga: alimentam
de feijão, milho, arroz, trigo,
melão, amendoim, algodão,
etc.
Lagarta rosca - Controle
• Destruição de soqueiras;
• Períodos chuvosos: ocorre redução da
população da praga;
• Ataques fortes - Controle químico:
– aplicando-se na base das plantas inseticidas em
pulverizações;
– Tratamento de sementes
• Não esquecer que as larvas têm bastante
inimigos naturais:
• Aves, besouros da família Carabidae, etc.
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5. 26/12/2009
Broca da raiz ( Eutinobothrus brasiliensis)
• Larvas são ápodas e
robustas;
• Com 6-7 mm de comp.;
• Coloração creme com
cabeça parda;
• Destrói a casca e abre
galeria no caule e raízes
para seu abrigo e
alimentação, cortando a
circulação da seiva;
• Prejudica plantas com até
25 cm de altura;
• Entresafra: sobrevive em
restos da cultura e
malváceas (guanxumas).
Broca da raiz - Adulto
• Besouro noturno, 5 mm de
comp., cor pardo-escura até
quase preta-fosca;
• Ciclo:
• Adulto: 200 a 300 dias;
• Incubação: 6 a 15 dias;
• Larva: 30 a 90 dias;
• Pupa: 1 a 15 dias
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Plantas atacadas pela broca da raiz
• Plantas de até 25 cm de
altura, geralmente causa a
morte (Figura).
• Controle:
• Com defensivos é
preventivo;
• TS: ± 60% de efic.
(Santos, 1991);
• Rotação de culturas;
• Destruição de soq.;
• Eliminação de
plantas daninhas
hospedeiras;
• Plantas iscas.
• Pulv. da bordadura.
Percevejos castanho das raízes
– Scaptocoris castanea
— Atarsocoris brachiariae
• Período crítico: 0 a 60 dias
• Amostragem: no solo, até 50 cm de profundidade
• Nível de controle: Presença
• Prejuízos: Redução do stand e queda de produção.
• Medidas de controle (preventivas):
– Gradagem antes do plantio
– Tratamento de sementes
– Granulados no sulco de semeadura
– Pulverização no sulco de semeadura
– Melhor efeito de controle:
• antecipar a adubação de cobertura de 10 a 12 dias.
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Adulto do percevejo castanho
Cigarrinhas
Agallia sp.
Agallia albidula
Sonesimia grossa
Xenophloea viridis
• Adulto da cigarrinha verde.
• O adulto tem cor variada,
depende da espécie (cinza,
branco ou verde);
• Injetam uma saliva tóxica;
• Sugam a seiva das plantas
provocando deformações
de folha;
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Cigarrinhas
• Período crítico: 7 aos 40 dias;
• Infestação migratória: Pastagens, soja, milho e ervas
daninhas;
• Amostragem: Presença do inseto nas plantas;
• Medidas de controle:
• Tratamento de sementes;
• Granulados na semeadura;
• Pulverização;
• Usar produtos sistêmicos e de contato.
Tripes (Frankliniella shulzei e
Caliothrips brasiliensis)
• Adultos têm de 1 a 3 mm de comp.,cerca de 2 mm de
envergadura;
• A fêmea pode colocar de 20 a 100 ovos (isoladamente nas
folhas);
• Ciclo:
• Período adulto: 20 dias
• Período de incubação: 4 dias
• Período ninfal: 5 a 10 dias.
• Danos: Manchas prateadas no limbo, necrose ao longo das
nervuras e dobramento das bordas voltadas para cima.
• Controle: Tratamento de sementes ou em incorporação no
solo, é feito juntamente com o controle da broca-da-raiz.
• Aplicar produtos sistêmico quando a infestação atingir níveis
de controle.
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Tripes
• Período crítico: 7 aos 25 dias;
• Amostragem: Plantas jovens e flores;
• Nível de controle: 5 tripes/planta; 20% de pontos
e 2-3 tripes/folha.
• Prejuízos: desenvolvimento retardado e virose
(mosaico tardio).
• Controle:
• Tratamento de sementes;
• Granulados na semeadura;
• Pulverização;
• Usar inseticidas sistêmicos.
Tripes (Frankliniella shulzei e
Caliothrips brasiliensis)
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Pulgão (Aphis gossypii )
• PRAGA
• Período crítico: 20 aos 60 dias
• Nível de controle: > 30% de plantas com pulgões ou > 20
pulgões/folha
• Amostragem: folha do ponteiro
• Variedades: resistentes e tolerantes a viroses
• Inseticidas: seletivos
• Vistorias: período crítico
• Medidas de controle:
• Destruição de soqueiras
• Manejo de ervas daninhas
• Tratamento de sementes ou granulados no sulco de semeadura
• Alternância de inseticidas
• Época de semeadura
Pulgão (Aphis gossypii )
• VETOR
• Período crítico: 05 aos 120 dias
• Nível de controle: 5 a 10% de plantas com pulgões ou 1
pulgão/planta
• Amostragem: Toda a planta
• Variedades: Susceptíveis a viroses ( M. das nervuras e vermelhão )
• Inseticidas: sistêmicos + contato
• Vistorias: Freqüentes
• ≥
Observar se é colônia (≥ 3 pulgões), presença ou pulgão alado
• Medidas de controle:
• Destruição de soqueiras
• Manejo de ervas daninhas
• Tratamento de sementes ou granulados no sulco de semeadura
• Alternância de inseticidas
• Época de semeadura
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Ninfas, adultos alados e ápteros de pulgão;
População de pulgões face inferior da folha.
Pragas Intermediárias
Desfolhadoras
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Curuquerê (Alabama argillacea)
• Adulto: mariposa marrom-avermelhada
• Mede cerca de 38mm de envergadura e 15 de comp.
• Ciclo: adulto: 12 a 30 dias; Incubação: 2 a 8 dias;
• Larval: 14 a 21 dias e Pupal: 7 a 21 dias.
• Pode ter de 3 a 7 gerações/ano.
• Período crítico: 10 a 120 dias;
• Amostragem: Lagartas ou desfolhamento.
• Nível de controle: 1 a 2 lag. peq./planta 10% de desfolha;
• Esporadicamente pode atacar brotos, gemas ou maçãs.
• Prejuízos: redução da produção.
• Controle:
– Inimigos naturais (predador Joaninha)
– Inseticidas reguladores de crescimento
– Carbamatos e fosforados
Curuquerê (Adulto e Lagarta)
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13. 26/12/2009
Curuquerê (Pupa e Danos das lagartas)
Lagarta do Cartucho do Milho (Spodoptera frugiperda)
•Período crítico: 60 aos 110 dias
•Nível de controle:
• 5 lagartas médias/100 flores
• 10 % de plantas com lagartas
• Presença de massa de ovos
•Amostragem: 5ª folha da haste principal e flores
•Postura: Massa de ovos (folhas e brácteas)
•Infestação: Folhas, caules, brácteas, flores, botões e maçãs
•Hospedeiro: Capim pé de galinha
•Controle: Inset. reg. de crescimento, carbamatos, fosforados
e piretróides
•Observação: Plantas hospedeiras adjacentes, migração e
níveis elevados de N
•Feromônio sexual: Detecção de entrada de mariposas.
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14. 26/12/2009
Postura da Spodoptera
• Uma fêmea chega a pôr 1000 ovos
• Os ovos são em grupos separados
• Os ovos são cobertos por pêlos
destacados do abdome da fêmea
• Na eclosão as lagartas têm 1 - 1,5
mm de comprimento
• Coloração: variável, do verde claro
ao castanho escuro
• Apresenta 3 finas linhas long.
branco-amareladas no dorso
• No 5º instar aparece uma mancha
em forma de Y invertido na parte
frontal da cabeça
• Lagartas penetram no solo onde se
transformam em crisálidas.
Último estágio larval de (Spodoptera frugiperda) e
Último estágio larval de (Spodopetra latifascia)
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15. 26/12/2009
Lagarta falsa Medideira
• Adulto: mariposa com 35
mm de envergadura e 25 mm
de comprimento;
• Asas anteriores: coloração
cinza-parda-escura, pequeno
desenho prateado no centro
como uma letra U;
• Danos: larvas desfolham as
plantas (folhas mais velhas);
• Controle:
• O controle químico se faz
no mesmo nível de dano
da Lagarta Curuquerê,
principalmente com
piretróides:
Lagarta Falsa Medideira e Danos
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16. 26/12/2009
Vaquinha (Costalimaita ferruginea vulgata;
Typophorus nigritus e Diabrotica speciosa)
• Ataca em qualquer fase, porém esporadica/e
(considerada praga secundária);
• A larva vive no solo;
• Polífago: alimenta de algodão, eucalipto,
goiabeira, cajueiro, etc.
• Danos: Destruição das folhas novas;
• Controle:
• Inseto muito sensível à maioria dos inseticidas;
• Controle não deve ser preventivo;
• Tanto os de contato como os de ingestão têm boa
ação sobre esta praga.
Vaquinha (Costalimaita ferruginea vulgata e
Typophorus nigritus)
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17. 26/12/2009
Mosca Branca (Bemisia tabaci)
• Ataque: altas temperaturas e pouca precipitação;
• Praga polífaga: soja, feijão, tomate, guanxumas e
cucurbitáceas servem de hospedeiros;
• Período crítico: até 100 dias;
• Danos diretos: Sucção da seiva; Ação toxicogênica e
Fotossíntese ( Fumagina);
• Danos indiretos: Gemnivirus e Mosaico Comum;
• Nível de controle: 10 insetos na 3ª folha a partir do ápice;
• Químico: Fosforados, Carbamatos, Neonicotinóides e
Piretróides;
• Aplicação no final da tarde; Intercalar óleo: 0,5 a 0,8%.
• Cultural:
• Destruição de soqueiras; Preparo antecipado; Época de
plantio definida; Rotação de culturas; Variedades de ciclo
curto; Eliminação de ervas; Variedades resistentes;
Aumentar densidade de plantio; Quebra ventos e Plantio na
Palha.
Mosca Branca (Bemisia tabaci) e
Capulho com substância pegajosa e fumagina
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18. 26/12/2009
Percevejo Lygus ( Lygus lineolaris)
• Adulto é marrom, preto e
amarelo;
• Danos: sugam as gemas,
maçãs, talos e folhas jovens;
• Botões florais podem ser
picados e logo caem;
• Gemas e maçãs não crescem
normalmente;
• Maçãs produzidas: peq.
manchas pardo-avermelh. e
peq. maçãs amarelas e
caem;
• Controle químico: Pode ser
efetuado com produtos
Sistêmicos.
Percevejo Rajado ( Horciasoides crítico: )
• Período nobilelus 40 a
120 dias;
• Amostragem: botões
florais e rede
entomológica;
• Nível de controle: 10
insetos/ 100 redadas
ou 20% de botões com
percevejos;
• Controle: Piretróides
(CE) e Fosforados;
• Prejuízos: Bico de
Papagaio.
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19. 26/12/2009
Ácaro Branco e Rajado (Polyphagotarsonemus
latus e Tetranychus urticae)
• Ocorrências: Reboleira e temperatura elevada;
• Umidade Alta: Ácaro branco e Baixa: Ácaro rajado;
• Hospedeiros: Mamona, Feijão, Soja, Mamoeiro, etc.;
• Prejuízos: na produção;
• Medidas de controle:
• Destruição de plantas hospedeiras;
• Controle de reboleira;
• Pulverização adequada;
• Uso de acaricidas específicos.
Ácaro Branco (rasgaduras das folhas antes da
dessecação) e Ácaro rajado (coloração vermelha
característica)
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20. 26/12/2009
Pragas da Fase Reprodutiva
Lagarta das maçãs (Heliothis virescens e H. zea )
• CICLO
• Período adulto: 15 a 20 dias
• Período de incubação: 3 a 5 dias
• Período larval: 2 a 3 semanas
• Período pupal: 1 a 2 semanas
• Período crítico: 40 aos 130 dias
• Nível de controle: 1 a 2 lagartas peq./ planta ou 10% de
desfolha no ponteiro
• Amostragem: Ponteiro, botões florais e maçãs com
presença de ovos
• Prejuízo: redução da produção
• Controle:
– Tem que ser feito no 1º ínstar, no 2º ínstar só com mistura de
produtos para controlar.
– Lagartas pequenas (até 1 cm)
– Inseticidas Carbamatos, fosforados e piretróides (após os 70
dias)
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21. 26/12/2009
Lagarta das Maçãs (Adulto)
• Adultos:
– Mariposas de aproximad. 20mm
de comp. e 35 mm de
envergadura;
– Cor: esverdeada pálida;
– As asas anteriores têm bordas
com faixas escuras e claras
onduladas;
– Possui três listras nas asas;
– Ficam escondidos nas folhas,
saem de noite para alimentar-se
e fazer a oviposição.
– Obs.: H. zea - precisa 25% a
mais do i.a do produto para ser
controlada do que a H. virescens
Lagarta das maçãs e Danos nas maçãs
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22. 26/12/2009
Bicudo (Anthonomus grandis)
• Chegou no Brasil em 1983;
• Período crít.: 35 a 100 dias
• Adulto: Inseto com cerca
de 7 mm de comprimento;
• Coloração: cinza ou cast.;
• Possui dois espinhos no
fêmur do 1º par de pernas;
• Move-se ativamente nas
superfícies vegetais e se
alimenta dos botões
florais, flores e maçãs
novas;
• Final da cultura: abrigos
(capim, mata) abaixo da
cobertura vegetal entra
em diapausa.
Bicudo ( A. Grandis)
• Ovos do bicudo num botão
floral;
• Oviposição nos botões ou
maçãs;
• Ovos: postos isoladamente
através de um orifício feito
pela fêmea;
• Em seguida: é fechado por
uma secreção cerosa;
• O ovo é liso, branco, com
aproximadamente 0,8 mm
de comprimento.
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23. 26/12/2009
Bicudo ( A. grandis )
• Larva: é branca, ápoda em
forma de C, mede em torno
de 5 mm de comprimento.
• Alimenta-se dentro do
próprio botão ou maças
jovens (exceto o adulto);
• Pupa muito parecida com a
larva;
• Ciclo: Adulto: 20 a 40 dias
• Incubação: 2 a 4 dias
• Larva: 4 a 12 dias
• Pupa: 2 a 6 dias
• 5 a 6 gerações/safra.
• 1 Fêmea = 100 a 150 ovos.
Danos
• Danos: ataque inicia-se pela bordadura;
• Causados pelo adulto e larva;
• Ausência de estruturas reprodutivas: pode alimentar-se
de folhas jovens, pecíolo e parte terminal do caule;
• Geralmente perfura os botões florais, para alimentar-se ou
colocar seus ovos;
• Brácteas tornam-se amarelas, bem abertas e caem após
sete dias;
• Flores: aspecto de “balão”, por causa da não abertura
normal das pétalas;
• Larvas: alimentam dentro das gemas florais ou maçãs,
ocasionando mais queda de gemas ou dano na fibra.
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24. 26/12/2009
Controle
• Nível de controle: 10 a 15% de botões atacados;
• Plantio isca: plantar 5 linhas de algodão na bordadura pelo
menos 10 dias antes da semeadura;
• Destruição dos restos culturais (soqueiras);
• Catação de estruturas reprodutivas até 70 DAE;
• Semeadura uniforme;
• Tubo mata bicudo (TMB) - 10% morre no tubo e 90% fora;
• Pulverização na bordadura;
• Instalação de Biobicudo para detectar a entrada da praga;
• Uso de inseticidas: Sistêmico e Contato;
• No meio do talhão: se encontrar um bicudo, fazer aplicação
no talhão inteiro.
Pragas finais
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25. 26/12/2009
Lagarta rosada ( Pectinophora gossypiella )
• Descrição e biologia
• Adulto é mariposa pequena (±
15 mm de envergadura e 9
mm de comp.);
• A fêmea tem hábito noturno;
• Macho é , asas anteriores
pardo-escuras, com manchas
transversais mais escuras e
bem marcadas (fig.);
• Asas posteriores, mais
estreitas, acinzentadas, com
reflexos de pérola, com orla
de pêlos bronzeados.
• O corpo vai até na metade da
asa.
Lagarta rosada - oviposição
• Fêmea põe em média 250 a
500 ovos;
• Colocados isoladamente ou
em grupo de 5 a 100 nas
folhas, flores, gemas e
principalmente na base das
maçãs, onde ficam
protegidos pelas brácteas;
• Ovos: são ovalados
estriados de coloração
branco-esverdeada, com
cerca de 0,5 mm de
comprimento;
• Antes da eclosão ficam
avermelhados.
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26. 26/12/2009
Lagarta rosada - Larva
• Ao eclodir, a lagarta é de
coloração branco-palha-
brilhante e a cabeça escura;
• Desenvolvendo-se, fica
rosácea com duas faixas
transversais bem marcadas
em cada segmento (figura);
• Comp. máximo: ± 12 mm;
• Fase de pupa(8 mm de
comp.): dentro da cápsula ou
no solo;
• Ciclo: adulto 7 a 15 dias;
• incubação 3 a 12 dias;
• larva 6 a 30 dias;
• pupa 6 a 24 dias.
Danos da lagarta rosada
• Fase prejudicial à cultura: larval;
• Ataca botões florais, flores e maçãs;
• Ataque começa nos botões florais, impedindo a abertura
dos mesmos, ou seja, as pétalas ficam embricadas,
tomando um aspecto de roseta (figura);
• Posteriormente, os botões florais murcham e caem;
• Fura a maçã para entrar, que logo cicatriza;
• Alimenta-se das sementes, destruindo-as quase
totalmente, deixando apenas o tegumento;
• Podem viver várias larvas no mesmo capulho;
• Ao transitar de uma semente para outra, ocorre a
destruição, o murchamento e amarelecimento das fibras;
• Maçãs defeituosas não se abrem normalmente (carimã).
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27. 26/12/2009
Flores em “roseta”: danos
provocado pela lagarta rosada
Controle
• Período crítico: 80 aos 120 dias;
• Nível de controle: 7% de maçãs atacadas;
• 15 a 20 mariposas/48 horas/armadilha;
• 10% de flores “rosetadas”;
• Amostragem: maçãs e feromônio sexual;
• Medidas de controle:
• Destruição de soqueira;
• Semeadura na época correta;
• O controle químico é dificultado devido a vida endocárpica
da lagarta;
• Inseticidas piretróides (melhores resultados).
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28. 26/12/2009
Percevejo manchador
(Dysdercus peruvianus e D. ruficolis)
• Aparecem na última fase da
cultura;
• Insetos de 10 a 20 mm de
comp., laranja-avermelhados
a café-claros;
• Têm cabeças e apêndices
marrom-escuros;
• Tórax com três listras
brancas na base das pernas;
• As asas em repouso formam
uma mancha em forma de “V”
invertido;
• Alimentam-se picando a
semente do algodão.
Ninfas do percevejo manchador
• As ninfas têm cinco estágios;
• No primeiro: são ápteras, cor
de rosa e não se alimentam;
• Segundo e terceiro:
alimentam-se de sementes
tenras no solo;
• Nos outros: Sobem pela planta,
aglomeram-se sobre as maçãs,
capulhos e com o rostro
sugam a seiva das sementes.
• Ciclo: Adulto: 25 a 80 dias
• Incubação: 10 dias
• Ninfa: 3 a 6 semanas
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29. 26/12/2009
Danos causados
• Os adultos e os últimos estágios ninfais ao picarem as
maçãs e sugarem as sementes, causam os seguintes
danos:
• Queda ou mau desenvolvimento das maçãs;
• Menos de 25 dias: calosidades no interior da lócula
picada ( Figura esquerda);
• Abertura defeituosa dos capulhos;
• Podridão das fibras, com penetração de bactérias e
fungos pelas perfurações;
• Manchas nas fibras de cor marrom-amarelada(dejeções
ou outros), Figura direita;
• Redução do poder germinativo das sementes;
• Danos são mais importantes quanto mais cedo os
percevejos atacarem.
Calosidade e lóculos de algodão
em caroço danificados
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30. 26/12/2009
Controle do percevejo manchador
• Período crítico: 60 a 120 dias;
• Amostragem: botões florais e rede
entomológica;
• Nível de controle: 20% de botões com
percevejos;
• Medidas de controle: inseticidas piretróides e
fosforados;
• Em condições normais do aparecimento de
populações, não se justificam pulverizações
específicas para esta praga.
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32. 26/12/2009
• MIP - um sistema de manejo de pragas que no
contexto do meio ambiente associado à
dinâmica da população da espécie, utiliza todas
as técnicas e métodos apropriados da maneira
mais compatível possível e mantém as
populações das pragas a um nível inferior ao
que causaria danos econômicos (FAO, 1967).
• Preservação do meio ambiente:
• Respeito ao equilíbrio do agrossistema da lavoura
de algodão;
• Utiliza a idéia chave de níveis de dano econômico.
• Cresceu ultimamente principalmente devido aos
problemas de resistência de pragas e desequilíbrio
ecológico, provocados pelo uso contínuo e sem critérios
dos defensivos agrícolas.
MIP
• Métodos e técnicas que podem ser utilizados em conjunto:
• a) Controle cultural:
– Variedades: aumentar a precocidade - controle do bicudo;
– Algodão transgênico: Bacillus thuringiensis.
– b) Práticas culturais:
• Rotação de cultura;
• Semeadura concentrada dentro de um período recomendado;
• Lavoura isca;
• Catação de botões florais atacados;
• Destruição e incorporação de soqueiras.
– C) Controle biológico:
• Inseticidas biológicos (B.t);
• Uso de iscas de feromônios.
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33. 26/12/2009
Conceitos básicos e práticos do MIP
• Nível de controle: É o nível de população da praga a partir da
qual se estabelece o momento de tomada de decisão para o
controle, a fim de evitar prejuízos.
• Amostragem: É um procedimento pelo qual se estima a
população da praga na cultura através da observação direta das
plantas, procurando identificar e quantificar a presença das
pragas, danos ou sintomas.
• Período crítico: São fases do desenvolvimento da planta em que
determinadas pragas encontram os melhores momentos para o
crescimento populacional, ocasionando os maiores prejuízos.
• Praga-chave: Uma ou mais pragas consideradas mais
importantes para as diferentes fases de desenvolvimento da
cultura. Determina os mecanismos e o momento de controle.
• Monitoramento: Determina o momento adequado das aplicações
como também se constitui em um meio efetivo de avaliação de
eficiência de controle.
Levantamento de Pragas
• Por que devemos fazer o levantamento das
pragas?
• Como é feito o levantamento?
• Caminhamento em zigue-zague
• Caminhamento em “M”
• Caminhamento em “W”
• Quando deve ser feito?
• A partir de que nível de infestação devemos
controlar?
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35. 26/12/2009
Caminhamento em W
Amostragem
• 1 monitor/500 ha;
• Até 40 DAE: 10 plantas/ponto;
• 40 a 80 DAE: 5 plantas/ponto;
• Após 80 DAE: 3 plantas/ponto;
• Talhão de 100 ha: 50 pontos de amostragem;
• Talhão de 150 ha: 70 pontos de amostragem.
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36. 26/12/2009
Predadores e Parasitóides
• O algodoeiro abriga também
numerosas espécies de insetos
benéficos, que desempenham um
papel importante no controle natural
das populações de pragas.
• São divididos em dois grupos:
predadores e Parasitóides.
Predadores - larvas e/ou adultos de alguns
coleópteros, dípteros e neurópteros, se alimentam
dos pulgões, moscas brancas, ácaros e ovos de
diversos insetos.
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37. 26/12/2009
Eriopsis Connexa e Cycloneda Sanguinea -
Predadores de pulgões
Polistes sp. e Podisus nigrispinus -
Predadores de Curuquerê
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38. 26/12/2009
Parasitóides
• Insetos que podem atacar os diferentes
estágios do hospedeiro: ovo, larva, ninfa
e adulto;
• Fase larval: desenvolve parcial ou
integralmente no hospedeiro, dentro ou
sobre o qual os ovos são depositados;
• Os tricogramas são pequenos
himenópteros ( 1 mm) que põem seus
ovos dentro de lepidópteros prejudiciais:
• Heliothis virescens
• Alabama argillacea
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39. 26/12/2009
Patógenos
• Doenças também interferem no
controle nas populações de pragas:
• Doença branca (Nomuraea rileyi), infectando
lagarta da Curuquerê);
• Poliedrose nuclear - doença preta; e
• Baculovírus: 2ª figura - lagarta de Spodoptera
litoralis - última fase de desenvolvimento da
doença.
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