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  UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO
FAMEV-FACULDADE DE AGRONOMIA E MEDICINA
              VETERINÁRIA
          CURSO DE AGRONOMIA




   Manejo de Pragas da
   Cultura do Algodoeiro


                    Engo Agro Marcos Ferreira da Costa




Como as pragas aparecem
      na lavoura?




                                                                 1
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                                Manejo de Pragas
REFÚGIOS



                   Algodão




  • Quanto uma praga pode comer?

      • Spodoptera spp

           •1 maçã/planta

           •perda de 20 a 30 @/ha

           •Inseticida: ± 320 dólares/ha




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  Pragas iniciais




Lagarta rosca (Agrotis ipsilon)
              • Asas anteriores: coloração
                escura, cinza ou marrom
                mosqueado;
              • Asas post.: uniformemente
                claras e semi-transparentes;
              • Comprimento: ± 20 mm e
                pode ultrapassar 30mm de
                envergadura;
              • São de hábito noturno;
              • Oviposição: fendas no solo,
                mas geralmente nas folhas
                ou no caule, separadamente
                ou em pequenos grupos;
              • Uma fêmea coloca em média
                1000 ovos.




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 Lagarta rosca (Agrotis ipsilon)
                              • As lagartas são verde-
                                amarelo-claro;
                              • Quando             totalmente
                                desenvolvidas, atingem até
                                50 mm de comprimento;
                              • São     moles,    gordas      e
                                apresentam a caract. de
                                enrolarem o corpo quando
                                tocadas, por isso o nome
                                comum de lagarta rosca;
                              • Abrigam no solo durante o
                                dia e à noite saem p/ comer.
                              • Praga polífaga: alimentam
                                de feijão, milho, arroz, trigo,
                                melão, amendoim, algodão,
                                etc.




      Lagarta rosca - Controle

• Destruição de soqueiras;
• Períodos chuvosos: ocorre redução                     da
  população da praga;
• Ataques fortes - Controle químico:
  – aplicando-se na base das plantas inseticidas em
    pulverizações;
  – Tratamento de sementes
• Não esquecer que as larvas têm bastante
  inimigos naturais:
     • Aves, besouros da família Carabidae, etc.




                                                                          4
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Broca da raiz ( Eutinobothrus brasiliensis)
                     • Larvas    são   ápodas    e
                       robustas;
                     • Com 6-7 mm de comp.;
                     • Coloração     creme     com
                       cabeça parda;
                     • Destrói a casca e abre
                       galeria no caule e raízes
                       para    seu     abrigo    e
                       alimentação, cortando a
                       circulação da seiva;
                     • Prejudica plantas com até
                       25 cm de altura;
                     • Entresafra: sobrevive em
                       restos    da    cultura   e
                       malváceas (guanxumas).




      Broca da raiz - Adulto



                     • Besouro noturno, 5 mm de
                       comp., cor pardo-escura até
                       quase preta-fosca;



                     • Ciclo:
                           •    Adulto: 200 a 300 dias;
                           •    Incubação: 6 a 15 dias;
                           •    Larva: 30 a 90 dias;
                           •    Pupa: 1 a 15 dias




                                                                  5
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    Plantas atacadas pela broca da raiz
                                 • Plantas de até 25 cm de
                                   altura, geralmente causa a
                                   morte (Figura).

                                 • Controle:
                                       • Com defensivos é
                                         preventivo;
                                       • TS: ± 60% de efic.
                                         (Santos, 1991);
                                       • Rotação de culturas;
                                       • Destruição de soq.;
                                       • Eliminação          de
                                         plantas      daninhas
                                         hospedeiras;
                                       • Plantas iscas.
                                       • Pulv. da bordadura.




         Percevejos castanho das raízes
             – Scaptocoris castanea
            — Atarsocoris brachiariae

•   Período crítico: 0 a 60 dias
•   Amostragem: no solo, até 50 cm de profundidade
•   Nível de controle: Presença
•   Prejuízos: Redução do stand e queda de produção.
•   Medidas de controle (preventivas):

     –   Gradagem antes do plantio
     –   Tratamento de sementes
     –   Granulados no sulco de semeadura
     –   Pulverização no sulco de semeadura
     –   Melhor efeito de controle:
          • antecipar a adubação de cobertura de 10 a 12 dias.




                                                                          6
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Adulto do percevejo castanho




         Cigarrinhas
         Agallia sp.
       Agallia albidula
      Sonesimia grossa
      Xenophloea viridis

                • Adulto da cigarrinha verde.
                • O adulto tem cor variada,
                  depende da espécie (cinza,
                  branco ou verde);
                • Injetam uma saliva tóxica;
                • Sugam a seiva das plantas
                  provocando     deformações
                  de folha;




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                      Cigarrinhas
• Período crítico: 7 aos 40 dias;
• Infestação migratória: Pastagens, soja, milho e ervas
  daninhas;
• Amostragem: Presença do inseto nas plantas;

• Medidas de controle:

       •   Tratamento de sementes;
       •   Granulados na semeadura;
       •   Pulverização;
       •   Usar produtos sistêmicos e de contato.




        Tripes (Frankliniella shulzei e
           Caliothrips brasiliensis)

  •   Adultos têm de 1 a 3 mm de comp.,cerca de 2 mm de
      envergadura;
  •   A fêmea pode colocar de 20 a 100 ovos (isoladamente nas
      folhas);
  •   Ciclo:
  •   Período adulto: 20 dias
  •   Período de incubação: 4 dias
  •   Período ninfal: 5 a 10 dias.
  •   Danos: Manchas prateadas no limbo, necrose ao longo das
      nervuras e dobramento das bordas voltadas para cima.
  •   Controle: Tratamento de sementes ou em incorporação no
      solo, é feito juntamente com o controle da broca-da-raiz.
  •   Aplicar produtos sistêmico quando a infestação atingir níveis
      de controle.




                                                                              8
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                    Tripes
• Período crítico: 7 aos 25 dias;
• Amostragem: Plantas jovens e flores;
• Nível de controle: 5 tripes/planta; 20% de pontos
  e 2-3 tripes/folha.
• Prejuízos: desenvolvimento retardado e virose
  (mosaico tardio).


• Controle:
                    • Tratamento de sementes;
                    • Granulados na semeadura;
                    • Pulverização;
                    • Usar inseticidas sistêmicos.




         Tripes (Frankliniella shulzei e
            Caliothrips brasiliensis)




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           Pulgão (Aphis gossypii )

                              • PRAGA
•   Período crítico: 20 aos 60 dias
•   Nível de controle: > 30% de plantas com pulgões ou > 20
    pulgões/folha
•   Amostragem: folha do ponteiro
•   Variedades: resistentes e tolerantes a viroses
•   Inseticidas: seletivos
•   Vistorias: período crítico
•   Medidas de controle:
•    Destruição de soqueiras
•    Manejo de ervas daninhas
•    Tratamento de sementes ou granulados no sulco de semeadura
•    Alternância de inseticidas
•    Época de semeadura




            Pulgão (Aphis gossypii )
                              • VETOR
•   Período crítico: 05 aos 120 dias
•   Nível de controle: 5 a 10% de plantas com pulgões ou 1
    pulgão/planta
•   Amostragem: Toda a planta
•   Variedades: Susceptíveis a viroses ( M. das nervuras e vermelhão )
•   Inseticidas: sistêmicos + contato
•   Vistorias: Freqüentes
•                           ≥
    Observar se é colônia (≥ 3 pulgões), presença ou pulgão alado
•   Medidas de controle:
•    Destruição de soqueiras
•    Manejo de ervas daninhas
•    Tratamento de sementes ou granulados no sulco de semeadura
•    Alternância de inseticidas
•    Época de semeadura




                                                                                10
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Ninfas, adultos alados e ápteros de pulgão;
População de pulgões face inferior da folha.




  Pragas Intermediárias




       Desfolhadoras




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    Curuquerê (Alabama argillacea)
•   Adulto: mariposa marrom-avermelhada
•   Mede cerca de 38mm de envergadura e 15 de comp.
•   Ciclo: adulto: 12 a 30 dias; Incubação: 2 a 8 dias;
•   Larval: 14 a 21 dias e Pupal: 7 a 21 dias.
•   Pode ter de 3 a 7 gerações/ano.
•   Período crítico: 10 a 120 dias;
•   Amostragem: Lagartas ou desfolhamento.
•   Nível de controle: 1 a 2 lag. peq./planta 10% de desfolha;
•   Esporadicamente pode atacar brotos, gemas ou maçãs.
•   Prejuízos: redução da produção.

• Controle:
    – Inimigos naturais (predador Joaninha)
    – Inseticidas reguladores de crescimento
    – Carbamatos e fosforados




     Curuquerê (Adulto e Lagarta)




                                                                        12
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Curuquerê (Pupa e Danos das lagartas)




Lagarta do Cartucho do Milho (Spodoptera frugiperda)

•Período crítico: 60 aos 110 dias
•Nível de controle:
                       • 5 lagartas médias/100 flores
                       • 10 % de plantas com lagartas
                       • Presença de massa de ovos

•Amostragem: 5ª folha da haste principal e flores
•Postura: Massa de ovos (folhas e brácteas)
•Infestação: Folhas, caules, brácteas, flores, botões e maçãs
•Hospedeiro: Capim pé de galinha
•Controle: Inset. reg. de crescimento, carbamatos, fosforados
 e piretróides
•Observação: Plantas hospedeiras adjacentes, migração e
 níveis elevados de N
•Feromônio sexual: Detecção de entrada de mariposas.




                                                                       13
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       Postura da Spodoptera
                          •   Uma fêmea chega a pôr 1000 ovos
                          •   Os ovos são em grupos separados
                          •   Os ovos são cobertos por pêlos
                              destacados do abdome da fêmea
                          •   Na eclosão as lagartas têm 1 - 1,5
                              mm de comprimento
                          •   Coloração: variável, do verde claro
                              ao castanho escuro
                          •   Apresenta 3 finas linhas long.
                              branco-amareladas no dorso
                          •   No 5º instar aparece uma mancha
                              em forma de Y invertido na parte
                              frontal da cabeça
                          •   Lagartas penetram no solo onde se
                              transformam em crisálidas.




Último estágio larval de (Spodoptera frugiperda) e
 Último estágio larval de (Spodopetra latifascia)




                                                                           14
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   Lagarta falsa Medideira
               • Adulto: mariposa com 35
                 mm de envergadura e 25 mm
                 de comprimento;
               • Asas anteriores: coloração
                 cinza-parda-escura, pequeno
                 desenho prateado no centro
                 como uma letra U;
               • Danos: larvas desfolham as
                 plantas (folhas mais velhas);
               • Controle:
                     • O controle químico se faz
                       no mesmo nível de dano
                       da Lagarta Curuquerê,
                       principalmente      com
                       piretróides:




Lagarta Falsa Medideira e Danos




                                                          15
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 Vaquinha (Costalimaita ferruginea vulgata;
 Typophorus nigritus e Diabrotica speciosa)

• Ataca em qualquer fase, porém esporadica/e
  (considerada praga secundária);
• A larva vive no solo;
• Polífago:   alimenta    de algodão, eucalipto,
  goiabeira, cajueiro, etc.
• Danos: Destruição das folhas novas;
• Controle:
     • Inseto muito sensível à maioria dos inseticidas;
     • Controle não deve ser preventivo;
     • Tanto os de contato como os de ingestão têm boa
       ação sobre esta praga.




    Vaquinha (Costalimaita ferruginea vulgata e
               Typophorus nigritus)




                                                                 16
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   Mosca Branca (Bemisia tabaci)
•  Ataque: altas temperaturas e pouca precipitação;
• Praga polífaga: soja, feijão, tomate, guanxumas e
  cucurbitáceas servem de hospedeiros;
• Período crítico: até 100 dias;
• Danos diretos: Sucção da seiva; Ação toxicogênica e
  Fotossíntese ( Fumagina);
• Danos indiretos: Gemnivirus e Mosaico Comum;
• Nível de controle: 10 insetos na 3ª folha a partir do ápice;
• Químico: Fosforados, Carbamatos, Neonicotinóides e
  Piretróides;
• Aplicação no final da tarde; Intercalar óleo: 0,5 a 0,8%.


• Cultural:
      • Destruição de soqueiras; Preparo antecipado; Época de
        plantio definida; Rotação de culturas; Variedades de ciclo
        curto; Eliminação de ervas; Variedades resistentes;
        Aumentar densidade de plantio; Quebra ventos e Plantio na
        Palha.




      Mosca Branca (Bemisia tabaci) e
Capulho com substância pegajosa e fumagina




                                                                            17
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Percevejo Lygus ( Lygus lineolaris)
                        • Adulto é marrom, preto e
                          amarelo;
                        • Danos: sugam as gemas,
                          maçãs, talos e folhas jovens;
                        • Botões florais podem ser
                          picados e logo caem;
                        • Gemas e maçãs não crescem
                          normalmente;
                        • Maçãs     produzidas:    peq.
                          manchas pardo-avermelh. e
                          peq.  maçãs     amarelas    e
                          caem;
                        • Controle químico: Pode ser
                          efetuado     com     produtos
                          Sistêmicos.




  Percevejo Rajado ( Horciasoides crítico: )
                     • Período nobilelus 40 a
                        120 dias;
                    •   Amostragem: botões
                        florais     e      rede
                        entomológica;
                    •   Nível de controle: 10
                        insetos/ 100 redadas
                        ou 20% de botões com
                        percevejos;
                    •   Controle: Piretróides
                        (CE) e Fosforados;
                    •   Prejuízos:   Bico    de
                        Papagaio.




                                                                 18
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    Ácaro Branco e Rajado (Polyphagotarsonemus
            latus e Tetranychus urticae)


•   Ocorrências: Reboleira e temperatura elevada;
•   Umidade Alta: Ácaro branco e Baixa: Ácaro rajado;
•   Hospedeiros: Mamona, Feijão, Soja, Mamoeiro, etc.;
•   Prejuízos: na produção;

• Medidas de controle:

       • Destruição de plantas hospedeiras;
       • Controle de reboleira;
       • Pulverização adequada;
       • Uso de acaricidas específicos.




      Ácaro Branco (rasgaduras das folhas antes da
     dessecação) e Ácaro rajado (coloração vermelha
                     característica)




                                                                19
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Pragas da Fase Reprodutiva




    Lagarta das maçãs (Heliothis virescens e H. zea )

                             • CICLO
•   Período adulto: 15 a 20 dias
•   Período de incubação: 3 a 5 dias
•   Período larval: 2 a 3 semanas
•   Período pupal: 1 a 2 semanas
•   Período crítico: 40 aos 130 dias
•   Nível de controle: 1 a 2 lagartas peq./ planta ou 10% de
    desfolha no ponteiro
•   Amostragem: Ponteiro, botões florais e maçãs com
    presença de ovos
•   Prejuízo: redução da produção

• Controle:
     – Tem que ser feito no 1º ínstar, no 2º ínstar só com mistura de
       produtos para controlar.
     – Lagartas pequenas (até 1 cm)
     – Inseticidas Carbamatos, fosforados e piretróides (após os 70
       dias)




                                                                               20
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   Lagarta das Maçãs (Adulto)
                  • Adultos:
                     – Mariposas de aproximad. 20mm
                       de comp. e 35 mm de
                       envergadura;
                     – Cor: esverdeada pálida;
                     – As asas anteriores têm bordas
                       com faixas escuras e claras
                       onduladas;
                     – Possui três listras nas asas;
                     – Ficam escondidos nas folhas,
                       saem de noite para alimentar-se
                       e fazer a oviposição.
                     – Obs.: H. zea - precisa 25% a
                       mais do i.a do produto para ser
                       controlada do que a H. virescens




Lagarta das maçãs e Danos nas maçãs




                                                                 21
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Bicudo (Anthonomus grandis)
              • Chegou no Brasil em 1983;
              • Período crít.: 35 a 100 dias
              • Adulto: Inseto com cerca
                de 7 mm de comprimento;
              • Coloração: cinza ou cast.;
              • Possui dois espinhos no
                fêmur do 1º par de pernas;
              • Move-se ativamente nas
                superfícies vegetais e se
                alimenta      dos     botões
                florais, flores e maçãs
                novas;
              • Final da cultura: abrigos
                (capim, mata) abaixo da
                cobertura vegetal entra
                em diapausa.




   Bicudo ( A. Grandis)

             • Ovos do bicudo num botão
               floral;
             • Oviposição nos botões ou
               maçãs;
             • Ovos: postos isoladamente
               através de um orifício feito
               pela fêmea;
             • Em seguida: é fechado por
               uma secreção cerosa;
             • O ovo é liso, branco, com
               aproximadamente 0,8 mm
               de comprimento.




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          Bicudo ( A. grandis )

                              • Larva: é branca, ápoda em
                                forma de C, mede em torno
                                de 5 mm de comprimento.
                              • Alimenta-se     dentro    do
                                próprio botão ou maças
                                jovens (exceto o adulto);
                              • Pupa muito parecida com a
                                larva;
                              • Ciclo: Adulto: 20 a 40 dias
                              •        Incubação: 2 a 4 dias
                              •        Larva: 4 a 12 dias
                              •        Pupa: 2 a 6 dias
                              • 5 a 6 gerações/safra.
                              • 1 Fêmea = 100 a 150 ovos.




                         Danos


• Danos: ataque inicia-se pela bordadura;
• Causados pelo adulto e larva;
• Ausência de estruturas reprodutivas: pode alimentar-se
  de folhas jovens, pecíolo e parte terminal do caule;
• Geralmente perfura os botões florais, para alimentar-se ou
  colocar seus ovos;
• Brácteas tornam-se amarelas, bem abertas e caem após
  sete dias;
• Flores: aspecto de “balão”, por causa da não abertura
  normal das pétalas;
• Larvas: alimentam dentro das gemas florais ou maçãs,
  ocasionando mais queda de gemas ou dano na fibra.




                                                                      23
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                      Controle
• Nível de controle: 10 a 15% de botões atacados;
• Plantio isca: plantar 5 linhas de algodão na bordadura pelo
  menos 10 dias antes da semeadura;
• Destruição dos restos culturais (soqueiras);
• Catação de estruturas reprodutivas até 70 DAE;
• Semeadura uniforme;
• Tubo mata bicudo (TMB) - 10% morre no tubo e 90% fora;
• Pulverização na bordadura;
• Instalação de Biobicudo para detectar a entrada da praga;
• Uso de inseticidas: Sistêmico e Contato;
• No meio do talhão: se encontrar um bicudo, fazer aplicação
  no talhão inteiro.




            Pragas finais




                                                                       24
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Lagarta rosada ( Pectinophora gossypiella )

                       • Descrição e biologia
                     • Adulto é mariposa pequena (±
                       15 mm de envergadura e 9
                       mm de comp.);
                     • A fêmea tem hábito noturno;
                     • Macho é , asas anteriores
                       pardo-escuras, com manchas
                       transversais mais escuras e
                       bem marcadas (fig.);
                     • Asas posteriores, mais
                       estreitas, acinzentadas, com
                       reflexos de pérola, com orla
                       de pêlos bronzeados.
                     • O corpo vai até na metade da
                       asa.




      Lagarta rosada - oviposição
                      • Fêmea põe em média 250 a
                        500 ovos;
                      • Colocados isoladamente ou
                        em grupo de 5 a 100 nas
                        folhas, flores, gemas e
                        principalmente na base das
                        maçãs,      onde      ficam
                        protegidos pelas brácteas;
                      • Ovos:     são     ovalados
                        estriados   de   coloração
                        branco-esverdeada,      com
                        cerca de 0,5 mm de
                        comprimento;
                      • Antes da eclosão ficam
                        avermelhados.




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           Lagarta rosada - Larva
                             • Ao eclodir, a lagarta é de
                               coloração        branco-palha-
                               brilhante e a cabeça escura;
                             • Desenvolvendo-se,          fica
                               rosácea com duas faixas
                               transversais bem marcadas
                               em cada segmento (figura);
                             • Comp. máximo: ± 12 mm;
                             • Fase de pupa(8 mm de
                               comp.): dentro da cápsula ou
                               no solo;
                             • Ciclo: adulto 7 a 15 dias;
                                    • incubação 3 a 12 dias;
                                    • larva 6 a 30 dias;
                                    • pupa 6 a 24 dias.




          Danos da lagarta rosada
• Fase prejudicial à cultura: larval;
• Ataca botões florais, flores e maçãs;
• Ataque começa nos botões florais, impedindo a abertura
  dos mesmos, ou seja, as pétalas ficam embricadas,
  tomando um aspecto de roseta (figura);
• Posteriormente, os botões florais murcham e caem;
• Fura a maçã para entrar, que logo cicatriza;
• Alimenta-se    das      sementes,    destruindo-as quase
  totalmente, deixando apenas o tegumento;
• Podem viver várias larvas no mesmo capulho;
• Ao transitar de uma semente para outra, ocorre a
  destruição, o murchamento e amarelecimento das fibras;
• Maçãs defeituosas não se abrem normalmente (carimã).




                                                                        26
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         Flores em “roseta”: danos
       provocado pela lagarta rosada




                           Controle

•   Período crítico: 80 aos 120 dias;
•   Nível de controle: 7% de maçãs atacadas;
•   15 a 20 mariposas/48 horas/armadilha;
•   10% de flores “rosetadas”;
•   Amostragem: maçãs e feromônio sexual;

• Medidas de controle:
        • Destruição de soqueira;
        • Semeadura na época correta;
        • O controle químico é dificultado devido a vida endocárpica
          da lagarta;
        • Inseticidas piretróides (melhores resultados).




                                                                              27
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      Percevejo manchador
 (Dysdercus peruvianus e D. ruficolis)

                  • Aparecem na última fase da
                    cultura;
                  • Insetos de 10 a 20 mm de
                    comp., laranja-avermelhados
                    a café-claros;
                  • Têm cabeças e apêndices
                    marrom-escuros;
                  • Tórax    com   três   listras
                    brancas na base das pernas;
                  • As asas em repouso formam
                    uma mancha em forma de “V”
                    invertido;
                  • Alimentam-se    picando     a
                    semente do algodão.




Ninfas do percevejo manchador

                  • As ninfas têm cinco estágios;
                  • No primeiro: são ápteras, cor
                    de rosa e não se alimentam;
                  • Segundo         e       terceiro:
                    alimentam-se     de   sementes
                    tenras no solo;
                  • Nos outros: Sobem pela planta,
                    aglomeram-se sobre as maçãs,
                    capulhos e com o rostro
                    sugam a seiva das sementes.
                  • Ciclo: Adulto: 25 a 80 dias
                        • Incubação: 10 dias
                        • Ninfa: 3 a 6 semanas




                                                               28
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               Danos causados

• Os adultos e os últimos estágios ninfais ao picarem as
  maçãs e sugarem as sementes, causam os seguintes
  danos:
      • Queda ou mau desenvolvimento das maçãs;
      • Menos de 25 dias: calosidades no interior da lócula
        picada ( Figura esquerda);
      • Abertura defeituosa dos capulhos;
      • Podridão das fibras, com penetração de bactérias e
        fungos pelas perfurações;
      • Manchas nas fibras de cor marrom-amarelada(dejeções
        ou outros), Figura direita;
      • Redução do poder germinativo das sementes;
      • Danos são mais importantes quanto mais cedo os
        percevejos atacarem.




   Calosidade e lóculos de algodão
       em caroço danificados




                                                                     29
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    Controle do percevejo manchador


• Período crítico: 60 a 120 dias;
• Amostragem:       botões    florais  e    rede
  entomológica;
• Nível de controle: 20% de botões com
  percevejos;
• Medidas de controle: inseticidas piretróides e
  fosforados;
• Em condições normais do aparecimento de
  populações, não se justificam pulverizações
  específicas para esta praga.




                                                          30
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Manejo Integrado de Pragas
          (MIP)




                                    31
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   • MIP - um sistema de manejo de pragas que no
     contexto do meio ambiente associado à
     dinâmica da população da espécie, utiliza todas
     as técnicas e métodos apropriados da maneira
     mais compatível possível e mantém as
     populações das pragas a um nível inferior ao
     que causaria danos econômicos (FAO, 1967).
   • Preservação do meio ambiente:
          • Respeito ao equilíbrio do agrossistema da lavoura
            de algodão;
          • Utiliza a idéia chave de níveis de dano econômico.
          • Cresceu    ultimamente    principalmente  devido   aos
            problemas de resistência de pragas e desequilíbrio
            ecológico, provocados pelo uso contínuo e sem critérios
            dos defensivos agrícolas.




                                MIP
• Métodos e técnicas que podem ser utilizados em conjunto:
• a) Controle cultural:
   – Variedades: aumentar a precocidade - controle do bicudo;
   – Algodão transgênico: Bacillus thuringiensis.

   – b) Práticas culturais:
      • Rotação de cultura;
      • Semeadura concentrada dentro de um período recomendado;
      • Lavoura isca;
      • Catação de botões florais atacados;
      • Destruição e incorporação de soqueiras.

          – C) Controle biológico:
              • Inseticidas biológicos (B.t);
              • Uso de iscas de feromônios.




                                                                             32
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  Conceitos básicos e práticos do MIP

• Nível de controle:    É o nível de população da praga a partir da
  qual se estabelece o momento de tomada de decisão para o
  controle, a fim de evitar prejuízos.
• Amostragem: É um procedimento pelo qual se estima a
  população da praga na cultura através da observação direta das
  plantas, procurando identificar e quantificar a presença das
  pragas, danos ou sintomas.
• Período crítico: São fases do desenvolvimento da planta em que
  determinadas pragas encontram os melhores momentos para o
  crescimento populacional, ocasionando os maiores prejuízos.
• Praga-chave:     Uma ou mais pragas consideradas mais
  importantes para as diferentes fases de desenvolvimento da
  cultura. Determina os mecanismos e o momento de controle.
• Monitoramento: Determina o momento adequado das aplicações
  como também se constitui em um meio efetivo de avaliação de
  eficiência de controle.




          Levantamento de Pragas
• Por que devemos fazer o levantamento das
  pragas?

• Como é feito o levantamento?

       • Caminhamento em zigue-zague
       • Caminhamento em “M”
       • Caminhamento em “W”

• Quando deve ser feito?
• A partir de que nível de infestação devemos
  controlar?




                                                                             33
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Caminhamento em zigue e zague




    Caminhamento em M




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              Caminhamento em W




              Amostragem

•   1 monitor/500 ha;
•   Até 40 DAE: 10 plantas/ponto;
•   40 a 80 DAE: 5 plantas/ponto;
•   Após 80 DAE: 3 plantas/ponto;
•   Talhão de 100 ha: 50 pontos de amostragem;
•   Talhão de 150 ha: 70 pontos de amostragem.




                                                        35
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      Predadores e Parasitóides

  • O    algodoeiro    abriga   também
    numerosas    espécies    de  insetos
    benéficos, que desempenham um
    papel importante no controle natural
    das populações de pragas.

  • São   divididos  em    dois       grupos:
    predadores e Parasitóides.




Predadores - larvas e/ou adultos de alguns
coleópteros, dípteros e neurópteros, se alimentam
dos pulgões, moscas brancas, ácaros e ovos de
diversos insetos.




                                                           36
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Eriopsis Connexa e Cycloneda Sanguinea -
         Predadores de pulgões




 Polistes sp. e Podisus nigrispinus -
      Predadores de Curuquerê




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             Parasitóides
• Insetos que podem atacar os diferentes
  estágios do hospedeiro: ovo, larva, ninfa
  e adulto;
• Fase larval: desenvolve parcial ou
  integralmente no hospedeiro, dentro ou
  sobre o qual os ovos são depositados;
• Os     tricogramas      são     pequenos
  himenópteros ( 1 mm) que põem seus
  ovos dentro de lepidópteros prejudiciais:
    • Heliothis virescens
    • Alabama argillacea




                                                     38
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                  Patógenos


• Doenças    também    interferem    no
  controle nas populações de pragas:

    • Doença branca (Nomuraea rileyi), infectando
      lagarta da Curuquerê);

    • Poliedrose nuclear - doença preta; e

    • Baculovírus: 2ª figura - lagarta de Spodoptera
      litoralis - última fase de desenvolvimento da
      doença.




                                                              39

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  • 1. 26/12/2009 UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO FAMEV-FACULDADE DE AGRONOMIA E MEDICINA VETERINÁRIA CURSO DE AGRONOMIA Manejo de Pragas da Cultura do Algodoeiro Engo Agro Marcos Ferreira da Costa Como as pragas aparecem na lavoura? 1
  • 2. 26/12/2009 Manejo de Pragas REFÚGIOS Algodão • Quanto uma praga pode comer? • Spodoptera spp •1 maçã/planta •perda de 20 a 30 @/ha •Inseticida: ± 320 dólares/ha 2
  • 3. 26/12/2009 Pragas iniciais Lagarta rosca (Agrotis ipsilon) • Asas anteriores: coloração escura, cinza ou marrom mosqueado; • Asas post.: uniformemente claras e semi-transparentes; • Comprimento: ± 20 mm e pode ultrapassar 30mm de envergadura; • São de hábito noturno; • Oviposição: fendas no solo, mas geralmente nas folhas ou no caule, separadamente ou em pequenos grupos; • Uma fêmea coloca em média 1000 ovos. 3
  • 4. 26/12/2009 Lagarta rosca (Agrotis ipsilon) • As lagartas são verde- amarelo-claro; • Quando totalmente desenvolvidas, atingem até 50 mm de comprimento; • São moles, gordas e apresentam a caract. de enrolarem o corpo quando tocadas, por isso o nome comum de lagarta rosca; • Abrigam no solo durante o dia e à noite saem p/ comer. • Praga polífaga: alimentam de feijão, milho, arroz, trigo, melão, amendoim, algodão, etc. Lagarta rosca - Controle • Destruição de soqueiras; • Períodos chuvosos: ocorre redução da população da praga; • Ataques fortes - Controle químico: – aplicando-se na base das plantas inseticidas em pulverizações; – Tratamento de sementes • Não esquecer que as larvas têm bastante inimigos naturais: • Aves, besouros da família Carabidae, etc. 4
  • 5. 26/12/2009 Broca da raiz ( Eutinobothrus brasiliensis) • Larvas são ápodas e robustas; • Com 6-7 mm de comp.; • Coloração creme com cabeça parda; • Destrói a casca e abre galeria no caule e raízes para seu abrigo e alimentação, cortando a circulação da seiva; • Prejudica plantas com até 25 cm de altura; • Entresafra: sobrevive em restos da cultura e malváceas (guanxumas). Broca da raiz - Adulto • Besouro noturno, 5 mm de comp., cor pardo-escura até quase preta-fosca; • Ciclo: • Adulto: 200 a 300 dias; • Incubação: 6 a 15 dias; • Larva: 30 a 90 dias; • Pupa: 1 a 15 dias 5
  • 6. 26/12/2009 Plantas atacadas pela broca da raiz • Plantas de até 25 cm de altura, geralmente causa a morte (Figura). • Controle: • Com defensivos é preventivo; • TS: ± 60% de efic. (Santos, 1991); • Rotação de culturas; • Destruição de soq.; • Eliminação de plantas daninhas hospedeiras; • Plantas iscas. • Pulv. da bordadura. Percevejos castanho das raízes – Scaptocoris castanea — Atarsocoris brachiariae • Período crítico: 0 a 60 dias • Amostragem: no solo, até 50 cm de profundidade • Nível de controle: Presença • Prejuízos: Redução do stand e queda de produção. • Medidas de controle (preventivas): – Gradagem antes do plantio – Tratamento de sementes – Granulados no sulco de semeadura – Pulverização no sulco de semeadura – Melhor efeito de controle: • antecipar a adubação de cobertura de 10 a 12 dias. 6
  • 7. 26/12/2009 Adulto do percevejo castanho Cigarrinhas Agallia sp. Agallia albidula Sonesimia grossa Xenophloea viridis • Adulto da cigarrinha verde. • O adulto tem cor variada, depende da espécie (cinza, branco ou verde); • Injetam uma saliva tóxica; • Sugam a seiva das plantas provocando deformações de folha; 7
  • 8. 26/12/2009 Cigarrinhas • Período crítico: 7 aos 40 dias; • Infestação migratória: Pastagens, soja, milho e ervas daninhas; • Amostragem: Presença do inseto nas plantas; • Medidas de controle: • Tratamento de sementes; • Granulados na semeadura; • Pulverização; • Usar produtos sistêmicos e de contato. Tripes (Frankliniella shulzei e Caliothrips brasiliensis) • Adultos têm de 1 a 3 mm de comp.,cerca de 2 mm de envergadura; • A fêmea pode colocar de 20 a 100 ovos (isoladamente nas folhas); • Ciclo: • Período adulto: 20 dias • Período de incubação: 4 dias • Período ninfal: 5 a 10 dias. • Danos: Manchas prateadas no limbo, necrose ao longo das nervuras e dobramento das bordas voltadas para cima. • Controle: Tratamento de sementes ou em incorporação no solo, é feito juntamente com o controle da broca-da-raiz. • Aplicar produtos sistêmico quando a infestação atingir níveis de controle. 8
  • 9. 26/12/2009 Tripes • Período crítico: 7 aos 25 dias; • Amostragem: Plantas jovens e flores; • Nível de controle: 5 tripes/planta; 20% de pontos e 2-3 tripes/folha. • Prejuízos: desenvolvimento retardado e virose (mosaico tardio). • Controle: • Tratamento de sementes; • Granulados na semeadura; • Pulverização; • Usar inseticidas sistêmicos. Tripes (Frankliniella shulzei e Caliothrips brasiliensis) 9
  • 10. 26/12/2009 Pulgão (Aphis gossypii ) • PRAGA • Período crítico: 20 aos 60 dias • Nível de controle: > 30% de plantas com pulgões ou > 20 pulgões/folha • Amostragem: folha do ponteiro • Variedades: resistentes e tolerantes a viroses • Inseticidas: seletivos • Vistorias: período crítico • Medidas de controle: • Destruição de soqueiras • Manejo de ervas daninhas • Tratamento de sementes ou granulados no sulco de semeadura • Alternância de inseticidas • Época de semeadura Pulgão (Aphis gossypii ) • VETOR • Período crítico: 05 aos 120 dias • Nível de controle: 5 a 10% de plantas com pulgões ou 1 pulgão/planta • Amostragem: Toda a planta • Variedades: Susceptíveis a viroses ( M. das nervuras e vermelhão ) • Inseticidas: sistêmicos + contato • Vistorias: Freqüentes • ≥ Observar se é colônia (≥ 3 pulgões), presença ou pulgão alado • Medidas de controle: • Destruição de soqueiras • Manejo de ervas daninhas • Tratamento de sementes ou granulados no sulco de semeadura • Alternância de inseticidas • Época de semeadura 10
  • 11. 26/12/2009 Ninfas, adultos alados e ápteros de pulgão; População de pulgões face inferior da folha. Pragas Intermediárias Desfolhadoras 11
  • 12. 26/12/2009 Curuquerê (Alabama argillacea) • Adulto: mariposa marrom-avermelhada • Mede cerca de 38mm de envergadura e 15 de comp. • Ciclo: adulto: 12 a 30 dias; Incubação: 2 a 8 dias; • Larval: 14 a 21 dias e Pupal: 7 a 21 dias. • Pode ter de 3 a 7 gerações/ano. • Período crítico: 10 a 120 dias; • Amostragem: Lagartas ou desfolhamento. • Nível de controle: 1 a 2 lag. peq./planta 10% de desfolha; • Esporadicamente pode atacar brotos, gemas ou maçãs. • Prejuízos: redução da produção. • Controle: – Inimigos naturais (predador Joaninha) – Inseticidas reguladores de crescimento – Carbamatos e fosforados Curuquerê (Adulto e Lagarta) 12
  • 13. 26/12/2009 Curuquerê (Pupa e Danos das lagartas) Lagarta do Cartucho do Milho (Spodoptera frugiperda) •Período crítico: 60 aos 110 dias •Nível de controle: • 5 lagartas médias/100 flores • 10 % de plantas com lagartas • Presença de massa de ovos •Amostragem: 5ª folha da haste principal e flores •Postura: Massa de ovos (folhas e brácteas) •Infestação: Folhas, caules, brácteas, flores, botões e maçãs •Hospedeiro: Capim pé de galinha •Controle: Inset. reg. de crescimento, carbamatos, fosforados e piretróides •Observação: Plantas hospedeiras adjacentes, migração e níveis elevados de N •Feromônio sexual: Detecção de entrada de mariposas. 13
  • 14. 26/12/2009 Postura da Spodoptera • Uma fêmea chega a pôr 1000 ovos • Os ovos são em grupos separados • Os ovos são cobertos por pêlos destacados do abdome da fêmea • Na eclosão as lagartas têm 1 - 1,5 mm de comprimento • Coloração: variável, do verde claro ao castanho escuro • Apresenta 3 finas linhas long. branco-amareladas no dorso • No 5º instar aparece uma mancha em forma de Y invertido na parte frontal da cabeça • Lagartas penetram no solo onde se transformam em crisálidas. Último estágio larval de (Spodoptera frugiperda) e Último estágio larval de (Spodopetra latifascia) 14
  • 15. 26/12/2009 Lagarta falsa Medideira • Adulto: mariposa com 35 mm de envergadura e 25 mm de comprimento; • Asas anteriores: coloração cinza-parda-escura, pequeno desenho prateado no centro como uma letra U; • Danos: larvas desfolham as plantas (folhas mais velhas); • Controle: • O controle químico se faz no mesmo nível de dano da Lagarta Curuquerê, principalmente com piretróides: Lagarta Falsa Medideira e Danos 15
  • 16. 26/12/2009 Vaquinha (Costalimaita ferruginea vulgata; Typophorus nigritus e Diabrotica speciosa) • Ataca em qualquer fase, porém esporadica/e (considerada praga secundária); • A larva vive no solo; • Polífago: alimenta de algodão, eucalipto, goiabeira, cajueiro, etc. • Danos: Destruição das folhas novas; • Controle: • Inseto muito sensível à maioria dos inseticidas; • Controle não deve ser preventivo; • Tanto os de contato como os de ingestão têm boa ação sobre esta praga. Vaquinha (Costalimaita ferruginea vulgata e Typophorus nigritus) 16
  • 17. 26/12/2009 Mosca Branca (Bemisia tabaci) • Ataque: altas temperaturas e pouca precipitação; • Praga polífaga: soja, feijão, tomate, guanxumas e cucurbitáceas servem de hospedeiros; • Período crítico: até 100 dias; • Danos diretos: Sucção da seiva; Ação toxicogênica e Fotossíntese ( Fumagina); • Danos indiretos: Gemnivirus e Mosaico Comum; • Nível de controle: 10 insetos na 3ª folha a partir do ápice; • Químico: Fosforados, Carbamatos, Neonicotinóides e Piretróides; • Aplicação no final da tarde; Intercalar óleo: 0,5 a 0,8%. • Cultural: • Destruição de soqueiras; Preparo antecipado; Época de plantio definida; Rotação de culturas; Variedades de ciclo curto; Eliminação de ervas; Variedades resistentes; Aumentar densidade de plantio; Quebra ventos e Plantio na Palha. Mosca Branca (Bemisia tabaci) e Capulho com substância pegajosa e fumagina 17
  • 18. 26/12/2009 Percevejo Lygus ( Lygus lineolaris) • Adulto é marrom, preto e amarelo; • Danos: sugam as gemas, maçãs, talos e folhas jovens; • Botões florais podem ser picados e logo caem; • Gemas e maçãs não crescem normalmente; • Maçãs produzidas: peq. manchas pardo-avermelh. e peq. maçãs amarelas e caem; • Controle químico: Pode ser efetuado com produtos Sistêmicos. Percevejo Rajado ( Horciasoides crítico: ) • Período nobilelus 40 a 120 dias; • Amostragem: botões florais e rede entomológica; • Nível de controle: 10 insetos/ 100 redadas ou 20% de botões com percevejos; • Controle: Piretróides (CE) e Fosforados; • Prejuízos: Bico de Papagaio. 18
  • 19. 26/12/2009 Ácaro Branco e Rajado (Polyphagotarsonemus latus e Tetranychus urticae) • Ocorrências: Reboleira e temperatura elevada; • Umidade Alta: Ácaro branco e Baixa: Ácaro rajado; • Hospedeiros: Mamona, Feijão, Soja, Mamoeiro, etc.; • Prejuízos: na produção; • Medidas de controle: • Destruição de plantas hospedeiras; • Controle de reboleira; • Pulverização adequada; • Uso de acaricidas específicos. Ácaro Branco (rasgaduras das folhas antes da dessecação) e Ácaro rajado (coloração vermelha característica) 19
  • 20. 26/12/2009 Pragas da Fase Reprodutiva Lagarta das maçãs (Heliothis virescens e H. zea ) • CICLO • Período adulto: 15 a 20 dias • Período de incubação: 3 a 5 dias • Período larval: 2 a 3 semanas • Período pupal: 1 a 2 semanas • Período crítico: 40 aos 130 dias • Nível de controle: 1 a 2 lagartas peq./ planta ou 10% de desfolha no ponteiro • Amostragem: Ponteiro, botões florais e maçãs com presença de ovos • Prejuízo: redução da produção • Controle: – Tem que ser feito no 1º ínstar, no 2º ínstar só com mistura de produtos para controlar. – Lagartas pequenas (até 1 cm) – Inseticidas Carbamatos, fosforados e piretróides (após os 70 dias) 20
  • 21. 26/12/2009 Lagarta das Maçãs (Adulto) • Adultos: – Mariposas de aproximad. 20mm de comp. e 35 mm de envergadura; – Cor: esverdeada pálida; – As asas anteriores têm bordas com faixas escuras e claras onduladas; – Possui três listras nas asas; – Ficam escondidos nas folhas, saem de noite para alimentar-se e fazer a oviposição. – Obs.: H. zea - precisa 25% a mais do i.a do produto para ser controlada do que a H. virescens Lagarta das maçãs e Danos nas maçãs 21
  • 22. 26/12/2009 Bicudo (Anthonomus grandis) • Chegou no Brasil em 1983; • Período crít.: 35 a 100 dias • Adulto: Inseto com cerca de 7 mm de comprimento; • Coloração: cinza ou cast.; • Possui dois espinhos no fêmur do 1º par de pernas; • Move-se ativamente nas superfícies vegetais e se alimenta dos botões florais, flores e maçãs novas; • Final da cultura: abrigos (capim, mata) abaixo da cobertura vegetal entra em diapausa. Bicudo ( A. Grandis) • Ovos do bicudo num botão floral; • Oviposição nos botões ou maçãs; • Ovos: postos isoladamente através de um orifício feito pela fêmea; • Em seguida: é fechado por uma secreção cerosa; • O ovo é liso, branco, com aproximadamente 0,8 mm de comprimento. 22
  • 23. 26/12/2009 Bicudo ( A. grandis ) • Larva: é branca, ápoda em forma de C, mede em torno de 5 mm de comprimento. • Alimenta-se dentro do próprio botão ou maças jovens (exceto o adulto); • Pupa muito parecida com a larva; • Ciclo: Adulto: 20 a 40 dias • Incubação: 2 a 4 dias • Larva: 4 a 12 dias • Pupa: 2 a 6 dias • 5 a 6 gerações/safra. • 1 Fêmea = 100 a 150 ovos. Danos • Danos: ataque inicia-se pela bordadura; • Causados pelo adulto e larva; • Ausência de estruturas reprodutivas: pode alimentar-se de folhas jovens, pecíolo e parte terminal do caule; • Geralmente perfura os botões florais, para alimentar-se ou colocar seus ovos; • Brácteas tornam-se amarelas, bem abertas e caem após sete dias; • Flores: aspecto de “balão”, por causa da não abertura normal das pétalas; • Larvas: alimentam dentro das gemas florais ou maçãs, ocasionando mais queda de gemas ou dano na fibra. 23
  • 24. 26/12/2009 Controle • Nível de controle: 10 a 15% de botões atacados; • Plantio isca: plantar 5 linhas de algodão na bordadura pelo menos 10 dias antes da semeadura; • Destruição dos restos culturais (soqueiras); • Catação de estruturas reprodutivas até 70 DAE; • Semeadura uniforme; • Tubo mata bicudo (TMB) - 10% morre no tubo e 90% fora; • Pulverização na bordadura; • Instalação de Biobicudo para detectar a entrada da praga; • Uso de inseticidas: Sistêmico e Contato; • No meio do talhão: se encontrar um bicudo, fazer aplicação no talhão inteiro. Pragas finais 24
  • 25. 26/12/2009 Lagarta rosada ( Pectinophora gossypiella ) • Descrição e biologia • Adulto é mariposa pequena (± 15 mm de envergadura e 9 mm de comp.); • A fêmea tem hábito noturno; • Macho é , asas anteriores pardo-escuras, com manchas transversais mais escuras e bem marcadas (fig.); • Asas posteriores, mais estreitas, acinzentadas, com reflexos de pérola, com orla de pêlos bronzeados. • O corpo vai até na metade da asa. Lagarta rosada - oviposição • Fêmea põe em média 250 a 500 ovos; • Colocados isoladamente ou em grupo de 5 a 100 nas folhas, flores, gemas e principalmente na base das maçãs, onde ficam protegidos pelas brácteas; • Ovos: são ovalados estriados de coloração branco-esverdeada, com cerca de 0,5 mm de comprimento; • Antes da eclosão ficam avermelhados. 25
  • 26. 26/12/2009 Lagarta rosada - Larva • Ao eclodir, a lagarta é de coloração branco-palha- brilhante e a cabeça escura; • Desenvolvendo-se, fica rosácea com duas faixas transversais bem marcadas em cada segmento (figura); • Comp. máximo: ± 12 mm; • Fase de pupa(8 mm de comp.): dentro da cápsula ou no solo; • Ciclo: adulto 7 a 15 dias; • incubação 3 a 12 dias; • larva 6 a 30 dias; • pupa 6 a 24 dias. Danos da lagarta rosada • Fase prejudicial à cultura: larval; • Ataca botões florais, flores e maçãs; • Ataque começa nos botões florais, impedindo a abertura dos mesmos, ou seja, as pétalas ficam embricadas, tomando um aspecto de roseta (figura); • Posteriormente, os botões florais murcham e caem; • Fura a maçã para entrar, que logo cicatriza; • Alimenta-se das sementes, destruindo-as quase totalmente, deixando apenas o tegumento; • Podem viver várias larvas no mesmo capulho; • Ao transitar de uma semente para outra, ocorre a destruição, o murchamento e amarelecimento das fibras; • Maçãs defeituosas não se abrem normalmente (carimã). 26
  • 27. 26/12/2009 Flores em “roseta”: danos provocado pela lagarta rosada Controle • Período crítico: 80 aos 120 dias; • Nível de controle: 7% de maçãs atacadas; • 15 a 20 mariposas/48 horas/armadilha; • 10% de flores “rosetadas”; • Amostragem: maçãs e feromônio sexual; • Medidas de controle: • Destruição de soqueira; • Semeadura na época correta; • O controle químico é dificultado devido a vida endocárpica da lagarta; • Inseticidas piretróides (melhores resultados). 27
  • 28. 26/12/2009 Percevejo manchador (Dysdercus peruvianus e D. ruficolis) • Aparecem na última fase da cultura; • Insetos de 10 a 20 mm de comp., laranja-avermelhados a café-claros; • Têm cabeças e apêndices marrom-escuros; • Tórax com três listras brancas na base das pernas; • As asas em repouso formam uma mancha em forma de “V” invertido; • Alimentam-se picando a semente do algodão. Ninfas do percevejo manchador • As ninfas têm cinco estágios; • No primeiro: são ápteras, cor de rosa e não se alimentam; • Segundo e terceiro: alimentam-se de sementes tenras no solo; • Nos outros: Sobem pela planta, aglomeram-se sobre as maçãs, capulhos e com o rostro sugam a seiva das sementes. • Ciclo: Adulto: 25 a 80 dias • Incubação: 10 dias • Ninfa: 3 a 6 semanas 28
  • 29. 26/12/2009 Danos causados • Os adultos e os últimos estágios ninfais ao picarem as maçãs e sugarem as sementes, causam os seguintes danos: • Queda ou mau desenvolvimento das maçãs; • Menos de 25 dias: calosidades no interior da lócula picada ( Figura esquerda); • Abertura defeituosa dos capulhos; • Podridão das fibras, com penetração de bactérias e fungos pelas perfurações; • Manchas nas fibras de cor marrom-amarelada(dejeções ou outros), Figura direita; • Redução do poder germinativo das sementes; • Danos são mais importantes quanto mais cedo os percevejos atacarem. Calosidade e lóculos de algodão em caroço danificados 29
  • 30. 26/12/2009 Controle do percevejo manchador • Período crítico: 60 a 120 dias; • Amostragem: botões florais e rede entomológica; • Nível de controle: 20% de botões com percevejos; • Medidas de controle: inseticidas piretróides e fosforados; • Em condições normais do aparecimento de populações, não se justificam pulverizações específicas para esta praga. 30
  • 32. 26/12/2009 • MIP - um sistema de manejo de pragas que no contexto do meio ambiente associado à dinâmica da população da espécie, utiliza todas as técnicas e métodos apropriados da maneira mais compatível possível e mantém as populações das pragas a um nível inferior ao que causaria danos econômicos (FAO, 1967). • Preservação do meio ambiente: • Respeito ao equilíbrio do agrossistema da lavoura de algodão; • Utiliza a idéia chave de níveis de dano econômico. • Cresceu ultimamente principalmente devido aos problemas de resistência de pragas e desequilíbrio ecológico, provocados pelo uso contínuo e sem critérios dos defensivos agrícolas. MIP • Métodos e técnicas que podem ser utilizados em conjunto: • a) Controle cultural: – Variedades: aumentar a precocidade - controle do bicudo; – Algodão transgênico: Bacillus thuringiensis. – b) Práticas culturais: • Rotação de cultura; • Semeadura concentrada dentro de um período recomendado; • Lavoura isca; • Catação de botões florais atacados; • Destruição e incorporação de soqueiras. – C) Controle biológico: • Inseticidas biológicos (B.t); • Uso de iscas de feromônios. 32
  • 33. 26/12/2009 Conceitos básicos e práticos do MIP • Nível de controle: É o nível de população da praga a partir da qual se estabelece o momento de tomada de decisão para o controle, a fim de evitar prejuízos. • Amostragem: É um procedimento pelo qual se estima a população da praga na cultura através da observação direta das plantas, procurando identificar e quantificar a presença das pragas, danos ou sintomas. • Período crítico: São fases do desenvolvimento da planta em que determinadas pragas encontram os melhores momentos para o crescimento populacional, ocasionando os maiores prejuízos. • Praga-chave: Uma ou mais pragas consideradas mais importantes para as diferentes fases de desenvolvimento da cultura. Determina os mecanismos e o momento de controle. • Monitoramento: Determina o momento adequado das aplicações como também se constitui em um meio efetivo de avaliação de eficiência de controle. Levantamento de Pragas • Por que devemos fazer o levantamento das pragas? • Como é feito o levantamento? • Caminhamento em zigue-zague • Caminhamento em “M” • Caminhamento em “W” • Quando deve ser feito? • A partir de que nível de infestação devemos controlar? 33
  • 34. 26/12/2009 Caminhamento em zigue e zague Caminhamento em M 34
  • 35. 26/12/2009 Caminhamento em W Amostragem • 1 monitor/500 ha; • Até 40 DAE: 10 plantas/ponto; • 40 a 80 DAE: 5 plantas/ponto; • Após 80 DAE: 3 plantas/ponto; • Talhão de 100 ha: 50 pontos de amostragem; • Talhão de 150 ha: 70 pontos de amostragem. 35
  • 36. 26/12/2009 Predadores e Parasitóides • O algodoeiro abriga também numerosas espécies de insetos benéficos, que desempenham um papel importante no controle natural das populações de pragas. • São divididos em dois grupos: predadores e Parasitóides. Predadores - larvas e/ou adultos de alguns coleópteros, dípteros e neurópteros, se alimentam dos pulgões, moscas brancas, ácaros e ovos de diversos insetos. 36
  • 37. 26/12/2009 Eriopsis Connexa e Cycloneda Sanguinea - Predadores de pulgões Polistes sp. e Podisus nigrispinus - Predadores de Curuquerê 37
  • 38. 26/12/2009 Parasitóides • Insetos que podem atacar os diferentes estágios do hospedeiro: ovo, larva, ninfa e adulto; • Fase larval: desenvolve parcial ou integralmente no hospedeiro, dentro ou sobre o qual os ovos são depositados; • Os tricogramas são pequenos himenópteros ( 1 mm) que põem seus ovos dentro de lepidópteros prejudiciais: • Heliothis virescens • Alabama argillacea 38
  • 39. 26/12/2009 Patógenos • Doenças também interferem no controle nas populações de pragas: • Doença branca (Nomuraea rileyi), infectando lagarta da Curuquerê); • Poliedrose nuclear - doença preta; e • Baculovírus: 2ª figura - lagarta de Spodoptera litoralis - última fase de desenvolvimento da doença. 39