Este documento discute as dimensões da pobreza, incluindo falta de autoestima, isolamento social, desemprego, falta de acesso à educação e renda insuficiente. Ele também fornece diretrizes para que centros espíritas acolham melhor os pobres, como adotar o diálogo inter-religioso, oferecer apoio social, orientação e acompanhamento aos necessitados.
1. Dimensões da pobreza:
Do Ser: da personalidade, dignidade, da autoestima e auto
reconhecimento;
Do Estar: das redes de pertencimento social, desde a
família à redes de vizinhança, do convívio e de interação
social e a sociedade mais geral;
Do Fazer: das tarefas realizadas e socialmente
reconhecidas, quer sob forma de emprego remunerado
(rendimento traduzível em poder de compra e em estatuto
do consumidor)
2. Do Criar – capacidade de empreender, de assumir
iniciativas, de definir e criar ações, quaisquer que sejam;
Do Saber: Acesso à informação (escolar ou não, formal
ou formal), necessário à tomada fundamental de decisões
e de capacidade crítica, face à sociedade;
Do Ter: do rendimento , do poder de compra, de acesso
a níveis de consumo médio, da capacidade aquisitiva
(incluindo a capacidade de estabelecer prioridade de
aquisições e consumo)
3. Como fazer:
Acolhimento no centro espírita ( espaço de suporte
social) que deverá realizar “ acolhimento, cuidado,
reconhecimento, compreensão, informação e
orientação.
Isso implica em mudança de mentalidade e de
organização e do funcionamento do cento espírita.
Não mais a classe baixa tendo como acesso ao Centro
Espírita pela “porta dos fundos” aquela que
historicamente foi emblematizada no “ato de dar as
migalhas aos pobres”.
4. Eixos fundamentais para realizar o processo
Acolher: Adotar o diálogo inter – religioso como valor
Consolar: Ouvir para identificar a necessidade;
Esclarecer: Á Luz do Evangelho, com amorosidade;
fazer o irmão refletir sobre a situação;
Orientar: Apresentar todos os trabalhos da Casa
Espírita, convidar a participar e posteriormente dar
encaminhamentos pertinentes aos recursos públicos
5. Parábola do Bom Samaritano
1º - Observar
2º -Aproximar-se
3º- Utilizar os recursos necessário à
assistência imediata
4º -Acompanhar
5º- Tornar-se responsável pelo outro
6. “Não repilas o que se queixa, com receio
de que te engane; vai às origens do mal .
Alivia, primeiro; em seguida, informa-te
e vê se o trabalho, se os conselhos,
mesmo a afeição não serão mais eficazes
do que a tua esmola.”
E. S. E. Cheverus cap. XVI item II)