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Ano letivo 17-18 Dezembro 2017
Agrupamento de Escolas Castelo da Maia
Área de Competência - Cidadania e Profissionalidade
Domínio de referência 4 :Identificar estereótipos culturais e sociais, compreendendo os mecanismos da sua formação
e revelando distanciamento crítico
Núcleo Gerador 3 – Reflexividade e pensamento critico
Professor: Alcides marques
1
Cultura
Em todos os tempos e lugares, a vida social tem suscitado
crenças, idealizado valores, criado normas, encontrado
soluções organizativas e institucionais, inventado instrumentos
de trabalho, desenvolvido capacidades, produzido obras
artísticas, técnicas, literárias, etc., que a caracterizam e lhe
conferem originalidade.
2
Cultura
Este conjunto de elementos (crenças, valores, normas, produções
artísticas, literárias, técnicas, etc.) que caracterizam a forma como
uma comunidade resolve os problemas do quotidiano, designa-se
por cultura.
3
Cultura
De modo simplificado, pode dizer-se que a cultura representa
a expressão de um grupo e concretiza tudo o que é
socialmente aprendido e partilhado pelos membros desse
grupo.
4
Cultura e herança biológica
Cultura distingue-se de herança biológica. O choro à
nascença não é exclusivo de um grupo, é parte da natureza
biológica dos seres humanos; mas o choro ou o refrear do choro
em circunstâncias determinadas são já traços característicos de
uma certa forma de viver, são já um elemento cultural.
5
Cultura – seus significados
Significado popular, comum, do termo cultura:
Cultura representa um conjunto de manifestações em domínios
do saber e fazer considerados “nobres”, como música, literatura,
artes plásticas, filosofia, ….
Quando nos referimos a alguém que aprecia boas obras
literárias, que gosta de música erudita, que é um conhecedor de
arte e fala com correção, dizemos que é um indivíduo culto, em
sentido comum.
6
Cultura – seus significados
Significado sociológico do termo cultura:
Cultura é, em sentido sociológico, o conjunto de maneiras
próprias de pensar, sentir e agir de qualquer grupo. Todos
vivemos e trazemos a marca de uma cultura (a nossa cultura ).
7
Cultura – seus significados
Assim sendo, todos nos integramos numa cultura (de acordo com
o sentido sociológico da palavra), embora uns sejam mais cultos
do que outros (de acordo com o sentido comum da palavra).
8
Cultura e subculturas
Subculturas representam as “culturas” de grupos mais pequenos
que se inserem na sociedade.
Todas as sociedades são portadoras de múltiplas subculturas
que, no seu conjunto, coexistem com a cultura dominante.
O fado vadio é um dos traços
que tipificam a subcultura de
Lisboa.
9
Cultura e subculturas
As festas aos santos populares são um traço cultural português
embora cada região/cidade as festeje de forma específica.
Os festejos do Santo António em
Lisboa ou do São João no Porto
constituem traços das respetivas
subculturas.
10
Padrões de cultura
Representam conjuntos próprios de maneiras de pensar, sentir e
agir de uma sociedade específica.
Assim sendo, o padrão de cultura é uma referência sociológica
que permite identificar grupos sociais.
11
Cultura – elementos materiais e imateriais
Todas as culturas integram traços ou elementos de duas ordens:
espiritual ou imaterial e material.
Os elementos espirituais e materiais não têm existência
separada, antes interagem dialeticamente, produzindo a cultura.
12
Cultura – elementos materiais
A fé – elemento imaterial da cultura – tem expressão nos locais
de culto – elementos materiais das respetivas culturas.
13
Cultura – elementos imateriais
Os elementos imateriais compreendem as ideias, crenças,
normas, valores, usos e costumes do grupo. Neste conjunto,
revestem-se de especial importância os valores, nomeadamente
os religiosos.
14
A pessoa como produto e produtora de cultura
A cultura é dinâmica – a pessoa recebe a cultura do seu grupo de
pertença – a pessoa é um produto cultural –, mas também a
transforma, aperfeiçoando-a, ajustando-a aos novos
condicionalismos sociais – a pessoa é produtora de cultura.
PRODUTO
PRODUTOR
CULTURA
15
GRUPOS SOCIAIS
16
Interações sociais
A vida social implica interações entre os membros da coletividade:
• Interações informais – relações não duradouras, não
estruturadas (sem finalidades e papéis bem definidos);
• Interações formais – relações duradouras e estruturadas
(finalidades e papéis sociais bem definidos).
17
Interações informais
Participação num evento; assistência a um espetáculo; fila para o
transporte, …
Nas interações informais não há qualquer tipo de relação estruturada.
18
Interações formais
Relações familiares; relações entre colegas de escola ou de
empresa ; relações entre amigos, …
Nas interações formais há finalidades a alcançar e papéis a desempenhar.
19
Interações sociais e agrupamentos
As interações estabelecidas dão origem a formas de agrupamento
distintas:
Interações informais
Agrupamentos não
estruturados
Interações formais
Agrupamentos estruturados
ou grupos
20
Tipos de agrupamentos
Agrupamentos não estruturados
Ex.: passageiros de um comboio, consumidores no centro
comercial, espetadores no cinema, teatro ou concerto….
21
Tipos de agrupamentos
Agrupamentos estruturados ou grupos
Ex.: família, amigos, escola, empresa, clube de futebol, partido
político, ….
22
Noção de grupo social
Conjunto de pessoas que estabelecem entre si relações
duradouras com vista a alcançar determinadas finalidades,
partilhando interesses, valores e códigos de conduta.
23
Classificação dos grupos
Estruturados
ou grupos
Quanto à pertença
do indivíduo
Grupo de pertença /
Grupo de referência
Quanto à função
social
Família / Empresa / Igreja /
Partido político, etc.
Quanto ao tipo de
relacionamento
Grupo primário /
Grupo secundário
24
Classificação dos grupos
Quanto à pertença
Grupo de pertença – aquele a que a pessoa pertence, no qual
está inserida.
Pode gerar:
• Fenómenos de identificação (a pessoa identifica-se com os
elementos do seu grupo);
• Fenómenos de rejeição (a pessoa rejeita os elementos de
grupos diferentes).
25
Classificação dos grupos
Grupo de pertença
Grupos de pertença rivais
26
Classificação dos grupos
Quanto à pertença
Grupo de referência – é aquele a que a pessoa deseja
pertencer.
Funciona como grupo- padrão:
• Os seus valores e comportamentos constituem modelos
culturais a seguir;
• Influencia as opiniões e as atitudes das pessoas que querem
sair do grupo de pertença e inserir-se no grupo de referência.
27
Classificação dos grupos
Quanto à função social
Os grupos distinguem-se pela função que desempenham na vida
social. Por exemplo:
• Grupo Família – socialização;
• Grupo Empresa – produção de bens;
• Grupo Igreja – divulgação da fé e da doutrina;
• Grupo Desportivo – prática de desporto e educação física;
• ….
28
ORDEM SOCIAL E CONTROLO SOCIAL
29
Ordem social
Normas sociais – definem os comportamentos adequados às
diversas situações sociais.
Ex: os alunos estão atentos nas aulas; os peões atravessam na
passadeira, etc.
A maioria das pessoas atua de acordo com as normas.
A vida coletiva processa-se em harmonia.
Ordem social
30
Conformidade social
• Adesão aos valores e normas socialmente aceites;
• Uniformização das condutas sociais
Ordem social
31
Graus de conformidade social
• Conformidade mais estrita – maior exigência no cumprimento
das normas: sociedade tradicional, regimes autoritários,
partidos políticos, ….
• Conformidade menos estrita - maior autonomia nas
condutas: sociedade urbana, regimes democráticos,
universidades,….
Festival Ariran, Pyongyang, Coreia do Nore Gay Pride Parade, Nova Iorque 32
Comportamento desviante ou desvio
• Comportamento social contrário à norma social.
Ex: Conduzir sem carta de condução, ….
• Contestação dos modelos de comportamento socialmente
aceites.
Ex: Recusa de cumprimento do serviço militar obrigatório,….
• Adesão a outros modelos sociais.
Ex: viver em comunidade, grupos pacifistas,….
33
Anomia
• Indefinição normativa;
• Enfraquecimento das normas;
• Comportamentos confusos e perturbados;
• Os indivíduos “não sabem a quantas andam”;
• Instabilidade;
• Desadaptação às normas sociais;
• Menor coesão interna.
34
Controlo social
A sociedade leva os seus membros a adotar comportamentos de
acordo com as normas sociais.
Evitar comportamentos desviantes
Manter a ordem social
35
Mecanismos de controlo social
Conjunto dos meios que a sociedade utiliza para levar as
pessoas a submeterem-se às normas:
1. Socialização
2. Pressão social
3. Sanções sociais
36
Mecanismos de controlo social
1. Socialização
• Interiorização dos valores e normas sociais
• Desempenho voluntário dos papéis sociais
• Comportamento de acordo com os modelos sociais por hábito,
tradição e costume
• Atuação em conformidade com as normas sociais
Manutenção da ordem social
37
Mecanismos de controlo social
2. Pressão social
• Necessidade de aceitação no grupo e na sociedade
• Medo da reprovação social: crítica, ridículo, gozo e reprovação
social
Adoção dos comportamentos socialmente aceites
Manutenção da ordem social
38
Mecanismos de controlo social
3. Sanções sociais
• Premiar quem se comporta em conformidade com a norma:
recompensa, prémio, elogio, bolsa de estudos, promoção, etc.
– sanções positivas
• Punir quem se comporta contrariamente à norma: punição,
multa, reprovação, despedimento, pena de prisão, etc. –
sanções negativas
Assegurar o cumprimento das normas
Manter a ordem social
39
Ordem social e controlo social
Síntese
• Ordem social – as pessoas atuam em conformidade com os
valores e as normas sociais.
Harmonia da vida coletiva
• Comportamentos desviantes – as pessoas têm comportamentos
contrários às normas
Instabilidade e perturbação da vida coletiva
• Controlo social – a sociedade utiliza mecanismos que previnem o
desvio.
Manutenção da ordem social e harmonia da vida coletiva
40
VALORES MORAIS/ÉTICOS
Partindo do conceito da ética, os valores éticos são princípios que não
se limitam apenas às normas, costumes e tradições culturais de uma
sociedade (valores morais), mas também procuram se focar nas
características compreendidas como essenciais para o melhor modo
de viver ou agir em sociedade de modo geral.
Valores morais são os conceitos, juízos e pensamentos que são
considerados “certos” ou “errados” por determinada pessoa na
sociedade.
Normalmente, os valores morais começam a ser transmitidos para as
pessoas nos seus primeiros anos de vida, através do convívio familiar.
Com o passar do tempo, este indivíduo vai aperfeiçoando os seus valores,
a partir de observações e experiências obtidas na vida social.
Os valores morais são variáveis, ou seja, podem divergir entre sociedades
ou grupos sociais diferentes. Por exemplo, para um grupo de indivíduos
uma ação pode ser considerada correta, enquanto que para outros esta
mesma atitude é repudiada e tida como errada ou imoral.
41
MORAL VERSUS ETICA
42
REFLEXÃO SOBRE
ÉTICA/MORAL/VALORES
43

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Cultura e Grupos Sociais

  • 1. Ano letivo 17-18 Dezembro 2017 Agrupamento de Escolas Castelo da Maia Área de Competência - Cidadania e Profissionalidade Domínio de referência 4 :Identificar estereótipos culturais e sociais, compreendendo os mecanismos da sua formação e revelando distanciamento crítico Núcleo Gerador 3 – Reflexividade e pensamento critico Professor: Alcides marques 1
  • 2. Cultura Em todos os tempos e lugares, a vida social tem suscitado crenças, idealizado valores, criado normas, encontrado soluções organizativas e institucionais, inventado instrumentos de trabalho, desenvolvido capacidades, produzido obras artísticas, técnicas, literárias, etc., que a caracterizam e lhe conferem originalidade. 2
  • 3. Cultura Este conjunto de elementos (crenças, valores, normas, produções artísticas, literárias, técnicas, etc.) que caracterizam a forma como uma comunidade resolve os problemas do quotidiano, designa-se por cultura. 3
  • 4. Cultura De modo simplificado, pode dizer-se que a cultura representa a expressão de um grupo e concretiza tudo o que é socialmente aprendido e partilhado pelos membros desse grupo. 4
  • 5. Cultura e herança biológica Cultura distingue-se de herança biológica. O choro à nascença não é exclusivo de um grupo, é parte da natureza biológica dos seres humanos; mas o choro ou o refrear do choro em circunstâncias determinadas são já traços característicos de uma certa forma de viver, são já um elemento cultural. 5
  • 6. Cultura – seus significados Significado popular, comum, do termo cultura: Cultura representa um conjunto de manifestações em domínios do saber e fazer considerados “nobres”, como música, literatura, artes plásticas, filosofia, …. Quando nos referimos a alguém que aprecia boas obras literárias, que gosta de música erudita, que é um conhecedor de arte e fala com correção, dizemos que é um indivíduo culto, em sentido comum. 6
  • 7. Cultura – seus significados Significado sociológico do termo cultura: Cultura é, em sentido sociológico, o conjunto de maneiras próprias de pensar, sentir e agir de qualquer grupo. Todos vivemos e trazemos a marca de uma cultura (a nossa cultura ). 7
  • 8. Cultura – seus significados Assim sendo, todos nos integramos numa cultura (de acordo com o sentido sociológico da palavra), embora uns sejam mais cultos do que outros (de acordo com o sentido comum da palavra). 8
  • 9. Cultura e subculturas Subculturas representam as “culturas” de grupos mais pequenos que se inserem na sociedade. Todas as sociedades são portadoras de múltiplas subculturas que, no seu conjunto, coexistem com a cultura dominante. O fado vadio é um dos traços que tipificam a subcultura de Lisboa. 9
  • 10. Cultura e subculturas As festas aos santos populares são um traço cultural português embora cada região/cidade as festeje de forma específica. Os festejos do Santo António em Lisboa ou do São João no Porto constituem traços das respetivas subculturas. 10
  • 11. Padrões de cultura Representam conjuntos próprios de maneiras de pensar, sentir e agir de uma sociedade específica. Assim sendo, o padrão de cultura é uma referência sociológica que permite identificar grupos sociais. 11
  • 12. Cultura – elementos materiais e imateriais Todas as culturas integram traços ou elementos de duas ordens: espiritual ou imaterial e material. Os elementos espirituais e materiais não têm existência separada, antes interagem dialeticamente, produzindo a cultura. 12
  • 13. Cultura – elementos materiais A fé – elemento imaterial da cultura – tem expressão nos locais de culto – elementos materiais das respetivas culturas. 13
  • 14. Cultura – elementos imateriais Os elementos imateriais compreendem as ideias, crenças, normas, valores, usos e costumes do grupo. Neste conjunto, revestem-se de especial importância os valores, nomeadamente os religiosos. 14
  • 15. A pessoa como produto e produtora de cultura A cultura é dinâmica – a pessoa recebe a cultura do seu grupo de pertença – a pessoa é um produto cultural –, mas também a transforma, aperfeiçoando-a, ajustando-a aos novos condicionalismos sociais – a pessoa é produtora de cultura. PRODUTO PRODUTOR CULTURA 15
  • 17. Interações sociais A vida social implica interações entre os membros da coletividade: • Interações informais – relações não duradouras, não estruturadas (sem finalidades e papéis bem definidos); • Interações formais – relações duradouras e estruturadas (finalidades e papéis sociais bem definidos). 17
  • 18. Interações informais Participação num evento; assistência a um espetáculo; fila para o transporte, … Nas interações informais não há qualquer tipo de relação estruturada. 18
  • 19. Interações formais Relações familiares; relações entre colegas de escola ou de empresa ; relações entre amigos, … Nas interações formais há finalidades a alcançar e papéis a desempenhar. 19
  • 20. Interações sociais e agrupamentos As interações estabelecidas dão origem a formas de agrupamento distintas: Interações informais Agrupamentos não estruturados Interações formais Agrupamentos estruturados ou grupos 20
  • 21. Tipos de agrupamentos Agrupamentos não estruturados Ex.: passageiros de um comboio, consumidores no centro comercial, espetadores no cinema, teatro ou concerto…. 21
  • 22. Tipos de agrupamentos Agrupamentos estruturados ou grupos Ex.: família, amigos, escola, empresa, clube de futebol, partido político, …. 22
  • 23. Noção de grupo social Conjunto de pessoas que estabelecem entre si relações duradouras com vista a alcançar determinadas finalidades, partilhando interesses, valores e códigos de conduta. 23
  • 24. Classificação dos grupos Estruturados ou grupos Quanto à pertença do indivíduo Grupo de pertença / Grupo de referência Quanto à função social Família / Empresa / Igreja / Partido político, etc. Quanto ao tipo de relacionamento Grupo primário / Grupo secundário 24
  • 25. Classificação dos grupos Quanto à pertença Grupo de pertença – aquele a que a pessoa pertence, no qual está inserida. Pode gerar: • Fenómenos de identificação (a pessoa identifica-se com os elementos do seu grupo); • Fenómenos de rejeição (a pessoa rejeita os elementos de grupos diferentes). 25
  • 26. Classificação dos grupos Grupo de pertença Grupos de pertença rivais 26
  • 27. Classificação dos grupos Quanto à pertença Grupo de referência – é aquele a que a pessoa deseja pertencer. Funciona como grupo- padrão: • Os seus valores e comportamentos constituem modelos culturais a seguir; • Influencia as opiniões e as atitudes das pessoas que querem sair do grupo de pertença e inserir-se no grupo de referência. 27
  • 28. Classificação dos grupos Quanto à função social Os grupos distinguem-se pela função que desempenham na vida social. Por exemplo: • Grupo Família – socialização; • Grupo Empresa – produção de bens; • Grupo Igreja – divulgação da fé e da doutrina; • Grupo Desportivo – prática de desporto e educação física; • …. 28
  • 29. ORDEM SOCIAL E CONTROLO SOCIAL 29
  • 30. Ordem social Normas sociais – definem os comportamentos adequados às diversas situações sociais. Ex: os alunos estão atentos nas aulas; os peões atravessam na passadeira, etc. A maioria das pessoas atua de acordo com as normas. A vida coletiva processa-se em harmonia. Ordem social 30
  • 31. Conformidade social • Adesão aos valores e normas socialmente aceites; • Uniformização das condutas sociais Ordem social 31
  • 32. Graus de conformidade social • Conformidade mais estrita – maior exigência no cumprimento das normas: sociedade tradicional, regimes autoritários, partidos políticos, …. • Conformidade menos estrita - maior autonomia nas condutas: sociedade urbana, regimes democráticos, universidades,…. Festival Ariran, Pyongyang, Coreia do Nore Gay Pride Parade, Nova Iorque 32
  • 33. Comportamento desviante ou desvio • Comportamento social contrário à norma social. Ex: Conduzir sem carta de condução, …. • Contestação dos modelos de comportamento socialmente aceites. Ex: Recusa de cumprimento do serviço militar obrigatório,…. • Adesão a outros modelos sociais. Ex: viver em comunidade, grupos pacifistas,…. 33
  • 34. Anomia • Indefinição normativa; • Enfraquecimento das normas; • Comportamentos confusos e perturbados; • Os indivíduos “não sabem a quantas andam”; • Instabilidade; • Desadaptação às normas sociais; • Menor coesão interna. 34
  • 35. Controlo social A sociedade leva os seus membros a adotar comportamentos de acordo com as normas sociais. Evitar comportamentos desviantes Manter a ordem social 35
  • 36. Mecanismos de controlo social Conjunto dos meios que a sociedade utiliza para levar as pessoas a submeterem-se às normas: 1. Socialização 2. Pressão social 3. Sanções sociais 36
  • 37. Mecanismos de controlo social 1. Socialização • Interiorização dos valores e normas sociais • Desempenho voluntário dos papéis sociais • Comportamento de acordo com os modelos sociais por hábito, tradição e costume • Atuação em conformidade com as normas sociais Manutenção da ordem social 37
  • 38. Mecanismos de controlo social 2. Pressão social • Necessidade de aceitação no grupo e na sociedade • Medo da reprovação social: crítica, ridículo, gozo e reprovação social Adoção dos comportamentos socialmente aceites Manutenção da ordem social 38
  • 39. Mecanismos de controlo social 3. Sanções sociais • Premiar quem se comporta em conformidade com a norma: recompensa, prémio, elogio, bolsa de estudos, promoção, etc. – sanções positivas • Punir quem se comporta contrariamente à norma: punição, multa, reprovação, despedimento, pena de prisão, etc. – sanções negativas Assegurar o cumprimento das normas Manter a ordem social 39
  • 40. Ordem social e controlo social Síntese • Ordem social – as pessoas atuam em conformidade com os valores e as normas sociais. Harmonia da vida coletiva • Comportamentos desviantes – as pessoas têm comportamentos contrários às normas Instabilidade e perturbação da vida coletiva • Controlo social – a sociedade utiliza mecanismos que previnem o desvio. Manutenção da ordem social e harmonia da vida coletiva 40
  • 41. VALORES MORAIS/ÉTICOS Partindo do conceito da ética, os valores éticos são princípios que não se limitam apenas às normas, costumes e tradições culturais de uma sociedade (valores morais), mas também procuram se focar nas características compreendidas como essenciais para o melhor modo de viver ou agir em sociedade de modo geral. Valores morais são os conceitos, juízos e pensamentos que são considerados “certos” ou “errados” por determinada pessoa na sociedade. Normalmente, os valores morais começam a ser transmitidos para as pessoas nos seus primeiros anos de vida, através do convívio familiar. Com o passar do tempo, este indivíduo vai aperfeiçoando os seus valores, a partir de observações e experiências obtidas na vida social. Os valores morais são variáveis, ou seja, podem divergir entre sociedades ou grupos sociais diferentes. Por exemplo, para um grupo de indivíduos uma ação pode ser considerada correta, enquanto que para outros esta mesma atitude é repudiada e tida como errada ou imoral. 41