3. Ativismo transmidia
Mobilização transmídia envolve
e conecta as bases de um
movimento social na produção
colaborativa de espaço através
das multiplataformas de mídia.
4. Mídias Locativas
Mídias locativas agregam conteúdo a uma
localidade/objetos, servindo para funções de
monitoramento, vigilância, mapeamento, GPS,
localização, anotação ou jogos.
Além dessas funções de controle, o espaço
produzido pelas mídias locativas pode ser
configurados como um lugar de resistência.
5. Produção de espaços
Computação ubíqua e pervasiva – Mark
Weiser (1991)
Integração das funcionalidades da redes
digitais nos objetivos do dia-a-dia e em
ambientes físicos de forma orgânica/invisível.
Da mesma forma a escrita e a eletricidade
evoluíram de tal forma a se tornarem
essenciais a vida cotidiana, a computação
também segue esse caminho.
6. Produção de espaços
Em “Game design as narrative
architecture”, Henry Jenkins analisa o
potencial dos videogames como meio
comunicativo na perspectiva de quatro
diferentes formas de espaços narrativos.
(JENKINS, 2008).
(<http://web.mit.edu/cms/People/henry3/games&narrative.html)
7. Produção de espaços
Narrativas evocativas: imersão em espaços
que apresentam novas experiências narrativas
através da manipulação de histórias,
personagens e lugares pertencentes ao
imaginário popular.
Narrativas encenadas: a criação narrativa se
apresenta através de incidentes localizados
combinados com objetivos e conflitos pré-
definidos.
8. Produção de espaços
Narrativas embutidas: espaços para
experimentação onde a história pode ser vista
menos como uma estrutura temporal e mais como
um corpo de informação a ser combinada
possibilitando múltiplos caminhos narrativos.
Narrativas emergentes: narrativas que não são
pré-estruturadas e que tomam forma durante a
gameplay, onde os personagens são providos de
desejos e vontades que podem entrar em conflito e
produzir encontros dramáticos atraentes.
9. Narrativas geolocativas
Narrativas geolocativas são espaços de
compartilhamento de histórias produzidas
em contextos que permitem ao usuário
explorar o ambiente e resgatar
memórias, além de criar suas próprias
histórias e armazená-las nas mídias móveis.
11. ARGs: espaços imersivos
Os espaços imersivos produzido pelos
alternate reality games (ARGs), ou jogos
de realidade alternada, se estruturam em
camadas, com diferentes níveis de
experiência para os jogadores, onde as
atividades cotidianas se transformam em
domínio da ficção, tecendo sinergias
entre o mundo da história e o mundo real.
12. Estratégias móveis de resistência
Estratégias ativistas que utilizam
a conectividade pessoal móvel
(Celular, GPS, IPAD, mídias
locativas, entre outras) e redes
sociais (Facebook, Twitter,
MySpace, etc), para desafiar o
controle do Estado.
13. Estratégia de circulação
“Em uma estratégia de mobilização
transmídia, os textos de mídia
produzidos através de práticas
participativas podem ter uma circulação
mais ampla e produzir narrativas de
circulação multimodal que alcancem e
envolvam públicos diversos.” (Berkman)
14. Movimento dos direitos dos
imigrantes latinos em Los Angeles
Os jovens imigrantes latinos foram
mobilizados nas redes sociais e os idosos
pela mídia tradicional: uma rádio em
língua espanhola e “um filme
documentário sobre protestos latinos em
Los Angeles, dos anos 1960, que foi ao ar
pouco antes das manifestações.”
(Costanza-Chock)
15. O Efeito Facebook - Colômbia
Para David Kirkpatrick, autor do livro, casos
como “os da Colômbia ou do Irã, significa que
as pessoas comuns estão originando a
transmissão em broadcast.” (p. 16)
O movimento Anti-FARC (final de 2007) se
espalhou de forma viral pela sociedade;
difundiu informações na grande mídia e
permitiu ao governo obter êxitos inesperados.
16. Plataformas sociais: caso queniano
“Kenyan Pundit” – blog criado em 2007
pela ativista Mwai Kibaki para relatar a
violência étnica na eleição queniana.
“Ushahidi.com” – plataforma criada em
2008 que permite a qualquer usuário
montatr sua base de dados através de
mensagens de texto recebidas de
telefones celulares. (Shirky, p. 19-20)
17. O Efeito Facebook - Egito
“Somos todos Khaled” - (junho de 2010).
Página criada a partir da morte do ativista
egípcio Khaled Said num cibercafé, em
Alexandria.
Khaled Said teria postado na internet um
vídeo com policiais dividindo um
montante em drogas apreendidas depois
de uma operação.
19. Spoof – paródia de Avatar
Um grupo de ativistas palestinos se
fantasiou de Na vi (seres azuis de Avatar)
para fazer uma analogia com a sua
situação e protestar contra Israel:
http://www.youtube.com/watch?v=KStnb
XWfnuk&feature=player_embedded
20. Características das redes móveis
No artigo publicado na Revista GEMInIS
(http://www.revistageminis.ufscar.br/index.php
/geminis) sobre mobilidade e ativismo, Tarciso
T. Silva retoma as três características centrais
das redes móveis, segundo Castells (2009):
flexibilidade
escalabilidade
sobrevivência
21. Estrutura das redes móveis
Imediaticidade – “Nas manifestações no Egito,
foi aberto um centro de mídia no acampamento na
praça Tahrir no Cairo a fim de recolher materiais
produzidos pelos manifestantes. Nesta galeria
aberta no Flick (Egypt Revolution 20115), cujas
fotos foram recebidas pelo centro, percebe-se o teor
presencial das fotos, com vários elementos
indicando um tipo de assinatura, uma marca na
participação dos eventos.” (Silva)
22. Descentralidade
No Egito e na Líbia, a internet
chegou a ser desligada e as
operadoras de telefonia celular foram
bloqueadas pelos regimes totalitários
numa tentativa de conter a
organização política dos
manifestantes.
23. Imersão / agenciamento
Imersão – Aplicativos para celulares que
geram efeitos de imersão (ponto de vista do
usuário), servem como porta de entrada para a
mobilização e o envolvimento de grupos em
defesa de uma causa.
Agenciamento – sensação experimentada por
uma pessoa de que a participação num ação é
resultado de sua decisão ou escolha.
24. Mobilização transmídia
Para Costanza-Chock, a mobilização
transmídia deve ser pensada na relação
entre os movimentos sociais e a estrutura
de oportunidades das mídias, levando em
consideração as ferramentas e as práticas
utilizadas pelos atores sociais para
difundirem suas idéias.
25. A cultura da participação
Shirky (2010), descreve as três formas de uso do
„excedente cognitivo‟:
Meios: a „mídia‟ é o tecido conjuntivo da sociedade
Motivos: motivações sociais e pessoais
Oportunidades: produção social colaborativa
26. Tropa de Elite – fãs como produtores
“Tropa de Elite 3 – O Inimigo Agora é no
Complexo do Alemão”. Vídeo mescla imagens
dos filmes e da cobertura televisiva:
(http://www.youtube.com/watch?v=7rQiLsV
MyrI)
“Tropa de Elite 3 – Operações em Niterói”
(2007) – documentário feito por policiais.
27. Zonas de contato
Para o escritor Hakim Bey (Peter Lamborn
Wilson), o „cosmopolismo pop‟, caracterizado
por Deleuze e Guattari como „monadologia‟
ou „máquina de guerra‟, é uma estratégia de
resistência que transforma a pressão exercida
para que os indivíduos se tonem cidadãos do
mundo, globalizados, além de portadores de
sua cidadania local, em zonas autônomas
temporárias (TAZ).
28. Zonas de ativismo transmídia
“Abra um mapa do território; sobre ele,
coloque um mapa das mudanças políticas;
sobre ele, ponha um mapa da internet,
especialmente da contra-net, com sua ênfase
no fluxo clandestino de informações e
logística; e, por último, sobre tudo isso, o
mapa 1:1 da imaginação criativa, estética, de
valores.” A malha resultante... são as zonas de
ativismo transmídia.
29. Considerações finais
“A maioria dos atuais protestos têm
sido de pequena escala e vindos da
esquerda, mas se o movimento Tea
Party decidir que todos devem se vestir
como um Jedi e retratar Obama como
Darth Vader? Como George Lucas
responderia ou reagiria?” ( Bennett)
30. Referências
Bennett, J. Transmedia Activism: Politics, Avatar and Harry
Potter. Disponível em:
(http://www.jawbone.tv/articles/item/494-transmedia-
activism-politics-avatar-and-harry-potter.html) Acesso:
19/05/2011.
BEY, H. Zona autônoma temporária. (pdf) Disponível em:
(www.sabotagem.cjb.net) Acesso: 19/05/2011.
COSTANZA, S. C. Transmedia Mobilization. Disponível em
(http://cyber.law.harvard.edu/events/luncheon/2011/03/costanz
achock>) Acesso: 19/05/2011.
SHIRKY, C. A Cultura da participação. Rio de Janeiro,
Editora Zahar, 2010.
31. Referências
SILVA, T.T. Mobilidade e ativismo: novas estratégias na
luta contra o Estado hegemônico. Revista GEMInIS, Ano 2
-n.1. Disponível em:
(revistageminis.ufscar.br/index.php/geminis). Acesso em:
19/05/2011)
KIRKPATTRICK, D. O Efeito Facebook. Rio de Janeiro,
Editora Intrínseca Ltda, 2010.
ORAM, A. Media old and new are mobilized for effective
causes. Disponível
em:(<//radar.oreilly.com/2011/03/media-old-and-new-are-
mobilize.html>) Acesso: 19/05/2011.